UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS PÓS-GRADUAÇÃO EM METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA ESCOLAR ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO FÍSICA

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1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS PÓS-GRADUAÇÃO EM METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA ESCOLAR ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO FÍSICA MANAUS 2015

2 ANA MARIA CORTEZ FERNANDES DE ALENCAR REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA ESCOLAR ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO FÍSICA Relato de experiência apresentado no Trabalho de Conclusão de Curso na Pós-Graduação em Metodologia do Ensino da Educação Física, turma 01 da Universidade do Estado do Amazonas. Orientador: Professor Doutor Jefferson Jurema MANAUS 2015

3 1 RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PROJETO DE REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA ESCOLAR ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO FÍSICA Resumo Este trabalho apresenta um relato de experiência vivida durante 5 meses com os alunos de 3º ao 5ª ano dos Ciclo, resolvi realizar esse projeto com esta clientela por observar que a violência já vem com os alunos dos anos iniciais e assim tentar minimizar a violência dentro da escola que a cada dia só aumenta e ao mesmo tempo fazer meu relato de experiência e tentar através das atividades da aula de Educação Física, conscientizar os alunos da importância do ser social e que a violência não leva ninguém para o sucesso e nem tão pouco a uma sociedade saudável. Antes das aulas procuro comparar as regras dos jogos e brincadeiras com as regras de nossa convivência escolar, na família e na sociedade de modo geral, sempre deixando claro que com união e com respeito eles tem mais oportunidade de ganhar tanto nos nossos jogos como na vida conseguindo uma sociedade melhor para todos, principalmente para eles mesmos. Os professores regentes que também se preocupam com tanta violência e que trabalham para que os alunos melhorem, me procuravam para trocarmos ideias, para realização de atividades que podem melhorar a cada dia o comportamento dos alunos. Palavras-chave: violência, escola, alunos e atividade física. Objetivo Geral: Diminuir os índices da violência no ambiente escolar através da atividade física desenvolvendo valores fundamentais de partilha, respeito, solidariedade, afeto, ajuda ao próximo e principalmente igualdade.

4 2 Introdução Sou Professora da Rede Pública de Ensino com o tempo de 22 anos de trabalho e o que percebo a cada ano que os alunos ficam mais agressivos, menos tolerantes e devido a constantes atos de violências físicas e verbais de alunos com seus colegas e até mesmo com os professores dentro da escola. Eu professora de Educação Física do 6º ao 9º ano do ensino fundamental tento mudar essas atitudes sem muito êxito. Resolvi também trabalhar com alunos do Ciclo com faixa etária de 8 a 13 anos. A agressividade é o comportamento adaptativo intenso, ou seja, o indivíduo que é vítima de violência constante tem dificuldade de se relacionar com o próximo e de estabelecer limites porque estes às vezes não foram construídos no âmbito familiar. O sujeito agressivo tem atitudes agressivas para se defender e não é tido como violento (MARCELOS, 2011, p.1) Para (LOPES, 2008, p.1) a agressividade é compreendida como uma forma da criança se defender, porém precisa ser orientada pelos pais desde os primeiros anos para não ser algo que venha a trazer efeitos negativos para o seu desenvolvimento. Mas sabemos que na maioria das vezes essa orientação não acontece, pelo contrário a criança é estimulada a agredir os colegas e intimidá-los para se defender, estimulo este muito negativo para o desenvolvimento do indivíduo, inclusive na adolescência podendo levá-lo para a criminalidade. Interpretando e compreendendo as manifestações emocionais e corporais dos alunos como ser participativo de uma sociedade, suas atitudes, relações interpessoais; com atitudes que transformam e é transformado pelo seu ambiente. Atitudes agressivas, uso do poder, intimidação de colegas e enfretamento de professores e funcionários parecem nem ter limites. Tudo isso

5 3 contradiz o propósitos essenciais da escola de educar e socializar, trazendo prejuízos individuais e coletivos, além de instalar um clima de terror entre aqueles entre aqueles que deveriam ser parceiros no processo educativo: o professor e o aluno, pais, enfim a comunidade escolar (FERNANDES E SOUZA, 2008, p. 1). Na aula de Educação Física Este ano de 2015 estou trabalhando pela primeira vez com os alunos de 3º ao 5ª ano dos Ciclo, e cursando a pós-graduação, tinha que realizar um projeto na escola e assim início de maio resolvi realizar esse projeto com esta clientela por observar que a violência já vem com os alunos dos anos iniciais e assim tenta minimizar a violência dentro da escola que a cada dia só aumenta e ao mesmo tempo fazer meu relato de experiência e tentar através das atividades da aula de Educação Física, conscientizar os alunos da importância do ser social e que a violência não leva ninguém para o sucesso e nem tão pouco a uma sociedade saudável. Alunos de 3º ao 5º ano do ciclo por estarem com a mente mais aberta a aprendizagem, antes das aulas procuro comparar as regras dos jogos e brincadeiras com as regras de nossa convivência escolar, na família e na sociedade de modo geral, sempre deixando claro que com união e com respeito eles tem mais oportunidade de ganhar tanto nos nossos jogos como na vida conseguindo uma sociedade melhor para todos, principalmente para eles mesmos. Explicando que os jogos e brincadeiras que realizamos em nossas aulas têm as suas normas e regras e que a violência será repudiada e que é um ato que em jogos oficiais é punido com rigor, a pessoa que agride a outra é expulso e deixa de jogar por vários jogos para poder ser mais tolerante e que nas nossas aulas o aluno que agir com violência para com o colega é levado a direção aonde será chamado seu responsável e deixando naquele momento de participar das atividades da aula de Educação Física por se encontrar na

6 4 sala da direção ou da pedagoga, saindo perdendo duas vezes e que o bom das nossas aulas era as brincadeiras e companheirismo que era pra ser formado durante os jogos. Mas para evitar que alunos deixassem de participar eu realizo as minhas atividades sempre com jogos que eles precisem do colega como, por exemplo, a manja sempre com dois ou mais alunos para que um ajudasse o outro a pegar os colegas, cabo de guerra e os jogos de equipe como voleibol, basquete, futsal no início separando os alunos procuro deixar os alunos mais agressivos com os mais calmos e com os que precisavam de mais ajuda também e assim pedia para eles que ajudassem os colegas a realizar as atividades e eles ajudavam pois a maioria nessa fase gosta de ajudar o professor e é uma forma do mesmo se sentir o professor e também por ser a equipe dele e que todos precisam da ajuda um dos outros para e principalmente a união para ter um bom resultado. E assim todas as aulas temos o momento dos lembretes que são as nossa regras de convivência, e explicar que em nossos jogos não tem perdedor e sim ganhadores que as nossas atividades são realizadas para que todos ganhem, no início eles se espantavam quando falava desta forma e eu explicava que eram sim todos ganhadores que cada um ganhava mais desenvolvimento de suas capacidades física e motoras como mais agilidade, equilíbrio, coordenação motora, força, desenvolvimento maior de seu aprendizado que seria o lado cognitivo, um desenvolvimento total de corpo e mente, que as nossas aulas não era pra ter discriminação, pois todos que participam são campeões. Nas minhas conversas com alguns professores regentes que também preocupados com tanta violência trabalham para que os alunos melhorem pediam minha ajuda já que Educação Física é a aula que a maioria das crianças gostam, para realização de atividades que podemos melhorar a cada dia o comportamento destes alunos, pois realizando um trabalho voltado para a

7 5 redução da violência na escola nesta fase, temos mais chance de conseguir amenizar a violência. Por outro lado observei que os alunos mais violentos são aqueles que ficam mais tempo sozinhos e muitas das vezes eles não têm a proteção de um adulto, pai ou mãe, muitas das vezes eles ainda ficam responsáveis por outro irmão menor, perdendo a proteção da pessoa que seria seu protetor, passa muito cedo da condição de ser protegido para proteger, a carência de atenção, de carinho, de uma conversar com os pais também deixa a criança revoltada. O aluno agressor para se defender agride achando que assim não será agredido, quer mostrar que ele é o mais forte da sala de aula e assim ser respeitado, alguns alunos tem esse comportamento por passar muito tempo na rua e serem agredidos pelos maiores e mais fortes e as vezes até mesmo em casa. Toda vez que um aluno estar muito agitado, não deixando explicar a atividade, eu chamo pra perto de mim, abraço e percebo que eles ficam encabulados, arredios e não querem, mas logo passa e deles ficam todo carinhoso, provando a falta de carinho, atenção e diálogo dos pais com o filho, mostrar o quanto seu filho é importante, falta de interesse pela atividade que o filho faz na escola, tem criança que nem roupa própria pra fazer atividade física tem e muita das vezes não é falta de dinheiro, é simplesmente falta de interesse, da importância pelo que o filho estar fazendo na escola. Considerações Finais Ao realizar o projeto de redução da violência escolar através da Educação Física, foi bom até para melhorar o meu conhecimento, mudando minha maneira de agir com os alunos, que antes deste projeto o aluno que realizava algum tipo de violência ficava sem participa das atividades práticas da aula de Educação Física.

8 6 Atualmente com esta mudança nas minhas aulas de Educação Física aonde alunos violentos não deixam mais de participar das atividades, conclui que diminuiu mais a violência, não um resultado muito alto, conseguir diminuir 20% (vinte por cento), particularmente esperava mais. Também concluir que teve aluno que diminuiu a agressividade nas aulas de Educação Física, mas nas aulas das outras disciplinas não. Não sei se o tempo foi pouco, mas não desanimei sei que se eu conseguir diminuir a agressividade de um aluno que seja eu já fico satisfeita, sei que sem ajuda dos pais é muito difícil alcançarmos um número grande de alunos. Espero que com a continuidade esses alunos cheguem ao 6º anos menos agressivos e que como sou a professora do 6º anos muitos vão continuar sendo meus alunos e assim vou poder dar continuidade no trabalho pela redução da violência escola. Referências Bibliográficas Site efdesportes.com, revista digital. Buenos Aires, año 16, nº 159 agosto de 2011, A Violência e a Agressividade na Escola, Luis Antônio Silva Campos, Mariana Cristina de Oliveira. Site Catolicaonline.com.br, Revista da Católica, Uberlândia, artigo V.2, n.3, p , Possibilidades de intervenção e combate ao fenômeno Bullying escolar, Ilze Arduine de Araújo, Silma Carmo Nunes.

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