A filosofia política de Jonh Locke. Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Uilson Fernandes Uberaba 08 de novembro de 2016 Curso ENEM 9º ANO
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1 A filosofia política de Jonh Locke Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Uilson Fernandes Uberaba 08 de novembro de 2016 Curso ENEM 9º ANO
2 ENEM 2012 TEXTO I - Não é sem razão que o ser humano procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros que estão já unidos, ou pretendem unir-se, para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens a que chamo de propriedade. LOCKE, J. Segundo tratado sobre governo: ensaio relativo à verdadeira origem, extensão e objetivo do governo civil. São Paulo: Abril Cultural, 1978 (adaptado). TEXTO II - Para que essas classes com interesses econômicos em conflitos não destruam a si mesmas e à sociedade numa luta estéril, surge a necessidade de um poder que, na aparência, esteja acima da sociedade, que atenue o conflito, mantenha-o dentro dos limites da ordem. ENGELS, F. In: GALLINO, L. Dicionário de sociologia. São Paulo: Paulus, 2005 (adaptado). Os textos expressam duas visões sobre a forma como os indivíduos se organizam socialmente. Tais visões apontam, respectivamente, para as concepções: A) Liberal, em defesa da liberdade e da propriedade privada Conflituosa, exemplificada pela luta de classes. B) Heterogênea, favorável à propriedade privada Consensual, sob o controle de classes com interesses comuns. C) Igualitária, baseada na filantropia Complementar, com objetivos comuns unindo classes antagônicas. D) Compulsória, na qual as pessoas possuem papéis que se complementam Individualista, na qual as pessoas lutam por seus interesses. E) Libertária, em defesa da razão humana Contraditória, na qual vigora o estado de natureza.
3 R: A
4 Os contratualistas: John Locke John Locke (1689) foi um dos principais representantes do empirismo e formulador das primeiras teses liberais.
5 O contexto histórico de locke Locke viveu em um período marcado por profundos conflitos políticos, religiosos e sociais. Dois movimentos são fundamentais neste contexto e serviram para as bases monárquicas absolutistas inglesas, consequência da crise verificada no Antigo Regime: Revolução Puritana, Revolução Gloriosa
6 Revolução Puritana A revolução puritana aconteceu na Inglaterra no século XVI durante a Guerra Civil ( ) onde o rei e o parlamento se enfrentaram. O conflito se iniciou quando o parlamento impôs ao rei Carlos I a petição dos direitos onde dizia que problemas com impostos, prisões, julgamentos e convocações do exército só seriam possíveis com autorização do parlamento.
7 Revolução Puritana O rei aceitou a imposição, mas não a cumpriu. Após uma reunião onde o parlamento criticou as atitudes do rei, o parlamento foi dissolvido e o rei governou sem ele por onze anos. As atitudes do rei começaram a formar revoltosos que começaram seus protestos na Escócia quando o rei impôs o anglicanismo aos presbiterianos e aos puritanos.
8 Revolução Puritana Revolução Burguesa que se centrou sobre alguns dos princípios básicos do liberalismo e preparou o terreno para o cheque mate da monarquia na Inglaterra.
9 Oliver Cromwell foi o principal líder da revolução puritana, ao centro a mensagem em grego: crer em um só Deus, na mão direita uma bíblia símbolo do puritanismo, uma pessoa e uma serpente sendo esmagadas, respectivamente a monarquia e o mau que este sistema político trazia as pessoas, os trabalhadores demonstram o valor do trabalho, e as bandeiras da Inglaterra, Escócia e Irlanda unidas no parlamento único. Revolução Puritana
10 Revolução gloriosa Nome pelo qual ficou conhecida a mudança política verificada em Inglaterra em O rei Jaime II, cujo catolicismo vinha gerando descontentamento, foi deposto e partiu para o exílio. Guilherme de Orange um Rei submetido ao Parlamentarismo.
11 Revolução gloriosa A pedido de várias personalidades influentes, Guilherme de Orange e sua mulher Mary assumiram conjuntamente o trono, na condição de jurarem um documento (o chamado Bill of Rights Declaração de Direitos) que previa certas restrições ao poder real e obrigava à realização de sessões parlamentares e eleições regulares.
12 Revolução gloriosa Pode ser descrita como uma reforma institucional da máxima importância, que modernizou a estrutura governativa do país, na medida em que, implicitamente, negava o direito divino dos reis.
13 As primeiras Revoluções burguesas Revolução Puritana O pensamento político de Locke Revolução Gloriosa Consolidação de interesses Burgueses e Liberalistas
14 O contexto histórico de locke Nesse período, deu-se também a formação de monopólios comerciais, a exemplo da Cia das Índias Orientais; como bem sabemos, monopólios vão contra a noção de livre mercado, o que suscitou a divisão de interesses da burguesia.
15 Locke: um homem de seu tempo... É interessante notar que Locke, justifica em suas obras posteriores, vários ideais propostos pelos cabeças-redondas, a saber: o livre comércio para os pequenos produtores, a proteção e preservação das pequenas propriedades, fim do pagamento do dízimo à igreja, separação da igreja e do estado (crítica ao absolutismo divino) e fim dos cercamentos (propriedade como direito natural).
16 Locke: um homem de seu tempo... Locke busca refutar as teses desenvolvidas por Robert Filmer, que a partir de uma fundamentação biblica, tenta demonstrar em seu livro Patriarca ou o Direito natural dos Reis a legitimidade do monarca a partir de pressupostos divinos.
17 O Primeiro Tratado sobre o Governo Civil Assim, no estado de natureza, um homem adquire um poder sobre o outro; mas não um poder absoluto ou arbitrário para tratar um criminoso segundo as exaltações apaixonadas ou a extravagância ilimitada de sua própria vontade quando está em seu poder; mas apenas para infringir lhe, na medida em que a tranquilidade e a consciência o exigem, a pena proporcional a sua transgressão, que seja bastante para assegurar a reparação e a prevenção. Pois estas são as únicas duas razões por que um homem pode legalmente ferir outro, o que chamamos de punição. Página 38
18 John Locke O Primeiro Tratado sobre o Governo Civil, foi basicamente todo elaborado para a demonstração dos falsos argumentos de Robert Filmer. Locke rejeita que os princípios políticos sejam extraídos de passagens da Escritura. O paternalismo de Filmer fundamentava a defesa da monarquia absoluta na ideia de que ao homens não são livres, mas sim escravos.
19 John Locke A refutação de tal tese no primeiro tratado permite fundar a limitação do poder dos governantes na liberdade e igualdade naturais dos seres humanos. Ser Humano é Livre Limitação do poder da monarquia Liberdade e Igualdade são Princípios Invioláveis Importância do direito de liberdade e igualdade
20 John Locke Entretanto, sua principal obra foi o Segundo Tratado sobre o Governo Civil, podemos afirmar que é neste texto que Locke de fato expõe sua teoria política de maneira positiva, delimitando de maneira clara a origem, os limites e os fins verdadeiros do poder civil.
21 John Locke Neste aspecto a complementação da teoria contratualista de Locke, se coloca no plano do contrato social como forma de reconhecer e proteger a propriedade privada, donde percebemos, sua abertura ao que chamamos liberalismo.
22 John Locke Liberdade e Igualdade são Princípios Invioláveis Contrato Social Respeito a Liberdade, a Igualdade e Propriedade Privada VIDA, LIBERDADE E PROPRIEDADE = DIREITOS NATURAIS GOVERNANTE DEVE SEMPRE GARANTIR ESTES PRINCÍPIOS
23 John Locke John Locke transferiu seu empirismo clarificado pela razão para a política, para a análise social. A partir da crítica e da razão, desenvolveu a concepção da bondade natural humana e sua capacidade de construir a própria felicidade, ideias que confrontavam com as bases teóricas do estado absolutista, o seu estado contemporâneo.
24 ENEM 2014 Sendo os homens, por natureza, todos livres, iguais e independentes, ninguém pode ser expulso de sua propriedade e submetido ao poder político de outrem sem dar consentimento. A maneira única em virtude da qual uma pessoa qualquer renuncia à liberdade natural e se reveste dos laços da sociedade civil consiste em concordar com outras pessoas em juntar-se e unir-se em comunidade para viverem com segurança, conforto e paz umas com as outras, gozando garantidamente das propriedades que tiverem e desfrutando de maior proteção contra quem quer que não faça parte dela. LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Os pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1978 Segundo a Teoria da Formação do Estado, de John Locke, para viver em sociedade, cada cidadão deve a)manter a liberdade do estado de natureza, direito inalienável. b)abrir mão de seus direitos individuais em prol do bem comum. c)abdicar de sua propriedade e submeter-se ao poder do mais forte. d)concordar com as normas estabelecidas para a vida em sociedade. e)renunciar à posse jurídica de seus bens, mas não à sua independência.
25 VUNESP 2007 "Sendo os homens, por natureza, todos livres, iguais e independentes, ninguém pode ser expulso de sua propriedade e submetido ao poder político de outrem sem dar consentimento. A maneira única em virtude da qual uma pessoa qualquer renuncia à liberdade natural e se reveste dos laços da sociedade civil consiste em concordar com outras pessoas em juntar- se e unir-se em comunidade para viverem com segurança, conforto e paz umas com as outras, gozando garantidamente das propriedades que tiverem e desfrutando de maior proteção contra quem quer que não faça parte dela. Qualquer número de homens pode fazê-lo, porque não prejudica a liberdade dos demais; ficam como estavam na liberdade do estado de natureza." (John Locke, Segundo Tratado sobre o Governo Civil) A alternativa que expressa as idéias expostas no texto é: a) A sociedade civil consiste na união de homens livres por natureza, para que todos em conjunto possam melhor desfrutar de suas propriedades. b) Somente quando unidos numa sociedade civil os homens podem desfrutar da liberdade. c) É o poder vigente na sociedade civil que institui a propriedade, razão pela qual deve prover os meios de sua preservação e proteção. d) Liberdade e propriedade não existem no estado de natureza, e essa seria a principal razão que levaria os homens a unir-se na sociedade civil. e) Os laços que unem os indivíduos na sociedade civil provêm de mecanismos de coerção, e não da livre concordância de todos.
26 ENEM 2010 Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua própria pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa liberdade, por que abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outro poder? Ao que é óbvio responder que, embora no estado de natureza tenha tal direito, a utilização do mesmo é muito incerta e está constantemente exposto à invasão de terceiros porque, sendo todos senhores tanto quanto ele, todo homem igual a ele e, na maior parte, pouco observadores da eqüidade e da justiça, o proveito da propriedade que possui nesse estado é muito inseguro e muito arriscado. Estas circunstâncias obrigam-no a abandonar uma condição que, embora livre, está cheia de temores e perigos constantes; e não é sem razão que procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros que estão já unidos, ou pretendem unir-se, para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens a que chamo de propriedade. (Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991) Do ponto de vista político, podemos considerar o texto como uma tentativa de justificar: a) a existência do governo como um poder oriundo da natureza. b) a origem do governo como uma propriedade do rei. c) o absolutismo monárquico como uma imposição da natureza humana. d) a origem do governo como uma proteção à vida, aos bens e aos direitos. e) o poder dos governantes, colocando a liberdade individual acima da propriedade.
27 ENEM 2010 ALTERNATIVA D
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