INFORMAÇÕES DE MERCADO. Preços do Feijão ao produtor no Mercado Interno - R$/SC 60 kg Estado Praça/Tipo 23/ago 1 Mês Var. %

Transcrição

1 INFORMAÇÕES DE MERCADO FEIJÃO: Preços do Feijão ao produtor no Mercado Interno - R$/ 60 kg Estado Praça/Tipo 23/ago 1 Mês Var. % Apucarana/Carioca 85,00 100,00-15,0 Corn. Procópio/Carioca 90,00 98,50-8,6 Fco. Beltrão/Carioca 90,00 100,00-10,0 Fco. Beltrão/Preto 70,00 100,00-30,0 União da Vitória/Preto 65,00 65,70-1,1 Curitiba/Preto (CIF) 67,30 66,80 0,7 Chapecó/Carioca 80,00 80,00 0,0 Concórdia/Carioca 95,00 83,00 14,5 Ibirama/Preto 70,00 67,00 4,5 Jaraguá do Sul/Preto 70,00 67,00 4,5 Erechim/Carioca 62,00 60,00 3,3 Getúlio Vargas/Preto 55,00 55,00 0,0 SP São Paulo/Carioca (CIF) 107,50 125,00-14,0 BA Irecê/Carioca 110,00 140,00-21,4 MG Unaí/Carioca 97,00 110,00-11,8 Fonte: Secretarias da Agricultura e fonte oficiosas do mercado. Estima-se a colheita de uma safra de 3,32 milhões de toneladas de feijão para o ano/safra 2009/10, para um consumo de 3,5 milhões de toneladas. Os elevados estoques de passagem de 2008/09 para 2009/10, de mais de 267 mil toneladas tem servido como elemento para um suporte na oferta que não tem permitido a crescente dos preços neste ano. Entretanto, o fim da comercialização da primeira safra, a chegada do final da comercialização da segunda coloca os preços em situação muito dependente das condições de desenvolvimento das lavouras da terceira safra. Sendo esta a responsável pelo suprimento da demanda até pelo menos

2 dezembro próximo, e sendo esta cultivada principalmente no Centro-Oeste do país, as condições climáticas com falta de chuvas têm trazido preocupações aos compradores. Assim, os preços apresentaram elevação em junho e julho nas principais praças de comercialização com os incêndios e o tempo muito seco então verificado nestas regiões. Como estes não foram tão intensos quanto inicialmente se esperavam, os preços refluíram no último mês, entre o final de julho e final de agosto. Entretanto, há condições para novos aumentos em caso de retorno de adversidades climáticas. Ainda não há número oficial para a safra plantada em 2010/11, mas os reduzidíssimos preços do milho neste ano no Brasil tendem a abrir espaço para o aumento do plantio na safra de verão, pela ordem: 1)para a soja e 2) para o feijão.

3 MILHO: Preços do Milho ao produtor no Mercado Interno - R$/sc 60 kg Estado Praça 23/ago 1 Mês Var. % Cascavel 13,80 12,70 8,7 Cornélio Procópio 13,30 12,30 8,1 Francisco Beltrão 14,25 13,70 4,0 Guarapuava 13,50 12,50 8,0 Ponta Grossa 15,30 14,60 4,8 Chapecó 19,50 17,80 9,6 Canoinhas 15,00 15,00 0,0 Cruz Alta 16,50 15,00 10,0 Carazinho 16,50 15,50 6,5 Erechim 16,00 15,00 6,7 GO Cristalina 15,50 14,00 10,7 Goiânia 16,50 14,50 13,8 MT Tangará da Serra 9,00 7,50 20,0 Assis 16,00 14,80 8,1 SP Avaré 16,80 14,50 15,9 Orlândia 15,00 14,00 7,1 Campinas (CIF) 19,50 17,80 9,6 Fonte: Secretarias da Agricultura e fonte oficiosas do mercado. As cotações do milho aos produtores apresentaram elevações significativas em praticamente todas as praças de comercialização no mercado interno no mês de agosto. Isto se deveu: 1) Leilões de PEP e PEO por parte da Conab que retiraram do mercado entre maio e agosto 10 milhões de toneladas do cereal; 2) Aumento da demanda interna como decorrência do forte consumo de carne de frango e suína no pais neste ano; 3) Elevação nos preços internacionais devidos aos problemas com a safra norte-americana para 2010/11 e; 4) Pequena, mas inesperada desvalorização do real frente a dólar, o que aumentou a paridade de exportação e encareceu as importações;

4 A firmeza do mercado deve ser destacada, principalmente, porque isto ocorreu no momento de intensificação da colheita da safrinha no Paraná, o maior produtor do cereal no inverno. Estes níveis de preços, entretanto, não devem enganar o menos avisado, uma vez que os preços do cereal neste ano de 2010 foram totalmente decepcionantes, em termos de rentabilidade, para os agricultores. Na realidade a colheita de uma safra bem superior à anterior, aliada a estoques de passagem de 2008/09 para 2009/10 de quase 12 milhões de toneladas, produziu um volume para suprimento do mercado interno de 66,2 milhões de toneladas, o maior da história no Brasil. Com uma exportação menor que a de períodos anteriores, nem mesmo a elevação do consumo para 45 milhões de toneladas foi suficiente para manter os preços. Assim, durante praticamente todo o primeiro semestre os preços mantiveram-se bem abaixo do mínimo. Mesmo no momento, a elevação apresentada até aqui não permite uma recuperação mais significativa nos preços e depende muito mais de fatores externos que de internos. Assim, para 2010/11 está quase que certa uma redução significativa na área plantada na safra de verão. Os agricultores somente poderão aumentar a área na safrinha do próximo ano. Mesmo assim isto vai depender dos níveis de preços da soja e do trigo no primeiro semestre de 2011.

5 TRIGO: Preços do Trigo ao produtor (sc) no mercado de lotes (t) e no Mercado Interno - R$ Estado Praça 23/ago 1 Mês Var. % Cascavel (sc 60 kg) 22,53 22,53 0,0 Curitiba -CIF (t) 450,00 420,00 7,1 Francisco Beltrão (sc 60 kg) 22,00 21,00 4,8 Chapecó (sc 60 kg) 25,50 25,00 2,0 Canoinhas (sc 60 kg) 24,50 24,00 2,1 Erechim (sc 60 kg) 21,50 21,00 2,4 Santa Rosa (t) 420,00 390,00 7,7 MG São Gotardo (t) 450,00 410,00 9,8 GO Cristalina (t) 450,00 410,00 9,8 SP Orlândia (sc 60 kg) 26,00 24,80 4,8 São Paulo -CIF (t) 480,00 465,00 3,2 Fonte: Secretarias da Agricultura e fontes oficiosas do mercado. Os preços do trigo no mercado interno apresentaram em agosto último um leve movimento de alta. Isto se deveu a fatores altistas, mas que são compensados por condições no abastecimento interno que dificultam uma sustentação maior dos níveis de preços. Entre os fatores altistas, o principal está relacionado ao mercado mundial. Apesar das boas condições em termos de volume produzido e estoque o abastecimento mundial, a seca que assola no momento o Canadá, Estados Unidos, Austrália e principalmente a Rússia, traz problemas para o mercado mundial. Assim, a Rússia praticamente não está mais exportando seus costumeiros volumes para o mercado europeu, o que trouxe aumento no preço no mercado mundial. De toda forma, os bons estoques de passagem dificultam uma elevação maior. Quanto aos fatores internos, em 2010 a safra é de 5,3 milhões de toneladas, de acordo com a Conab, volume mais de 340 mil toneladas a maior que a colhida em Como o consumo deste ano, de 10,2 milhões de toneladas, é praticamente o mesmo do observado no ano passado, os elevados estoques de passagem de 2009 para este ano produzem um suprimento bastante folgado, acima das 13,1 milhões de toneladas. Acresce-se, ainda, que a safra está apenas começando a ser colhida no Paraná, devendo-se prolongar para setembro neste Estado e outubro e novembro em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ou seja, os preços dificilmente terão aporte para novo aumento neste ano no Brasil.