O S B E N E F Í C I O S D A M Ú S I C A N A S V I V Ê N C I A S D E L A Z E R P A R A I D O S O S. G iselle Al v es de Moura * R esum o:
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1 O S B E N E F Í C I O S D A M Ú S I C A N A S V I V Ê N C I A S D E L A Z E R P A R A I D O S O S J osé Albert o Du arte de As sumpção * G iselle Al v es de Moura * R esum o: O p r esent e t r ab al ho o bj et iva apresent ar at r avés d e um r elat o d e ex p eri ên ci a o s efeitos p ositivos d a música p ara idosos q u e f r eqüen tam G r u pos d e Convi v ên cia e In s titui ções d e Lo n ga P erman ência. E m m édia i dosos, d e am bos os s ex os, com i dade i gual ou superior a 6 0 anos s ão b en efi ciados co m es s a atividade. A periodi cidade d os en contros m usicais geralmente é m ensal. A at ivi d ad e d esenvol vi da o corre d esde , como servi ço d e apoio do Programa Vida A tiva d en t re a s d ivers as f o rm as d e at endi mento a i dosos. D e acordo co m o r el ato dos i dosos a m úsica estimul a vivênci as positivas no cot idi ano, aum ent a a i nt egração e ades ão na part i cip ação de at ivi d ad es ofert ad as. P al avras -chav e: Id o so, Música, Lazer In t r o d u ção: D ados do IBGE ( 2 011) co n fi rm am o alargamen to do t opo d a p i râmide et ári a em f unção do au m ento d a população idosa co m 65 an os o u m ai s. Em 1991 a popul ação b rasilei r a de idoso s co r r es pondia a 4,8%, p assando para 5,9% em 2000 e 7,4% em Destaca - se que as regiões S udes t e e Sul r epresent am as duas regi õ es m ais envelhecidas d o país. E st imativas d este ó r gão p esqui s ad or i ndica m q u e esta popul ação i dosa alcan çará 32 milhões d e p e s soas at é 2025, culminando em um a m udan ça d este p erfil popul acional. M edi an t e estas modifi caçõ es d a pirâm ide popul aci onal o d es ejo de u m a m elhor qual idade d e vida p ara os i dosos t em d es p ertad o um a n o va s ensibi lidade n a s ociedade com o u m todo, o que r ep r es e n t a um d es afio
2 p ara as políticas públ icas de l az er p ara o s idosos. Segundo N eri (2007), o au m ent o d a consci ênci a em busca d e um a m el hor q u alidade d e v ida na v elhi ce t em o co r rido em f u nção do au m ent o d a v isibilidade dos i dosos como um novo mercado, al ém d a cri ação de oportuni d ad es soci ai s. Al ém d isso, a p artir d es s as m udanças sociai s o s b r as ilei ro s p assaram a p erceb er novas formas d e co mpreender a v elhice afas t an do -s e dos estereótipos, r ealiza n do o d es ej o d e fi car v el ho mant endo a j uventude ( N ER I, , p. 14). G o mes; Pinhei ro ; Lacerda ( ) enfat izam a n ecessidade d e p r oporcionar at ivi dades di n âmicas e cri at ivas d e laz er para r essignificar d e fo rm a co nstrut iva a v ida d es t es i dosos. N a co ncepção destes p esqui sadores somente ocupar o t em po l ivre n ão é o s u fi ci ent e p ara atender as n ecessidad es e int eres ses d esta popul ação. H á que se construi r co l etivam ent e açõ es h arm oniosas de acord o co m a realidade d os m esmos. N essa perspectiva, a m úsica associad a às práticas corp orais t em se apresent ado com o u m a d as fo rm a s d e vi v en ci ar o s conteú d os cul turais, f í sico s, i nt el ect u ais, s o ci ai s e art ísticos citados com o cont eúdos d e i nt eres se n o campo d o l az er (D U MAZEDIE R, 1976). Paralel am ent e, o l az er pode p ro porci on ar n ovas oportunidades p ara o d es envol vimento p essoal e soci a l es timul ando os idosos a encont r ar n ovos p apéis s o ciais e um novo estilo de vi d a. (C AMP A G NA; S CHWARTZ, 2010). P or o ut ro l ad o, com o ação terapêut i ca, a música t em o p ot encial d e ativar a m emória e r econstru ir as ex p eri ên ci as do t em po p r es ent e e p assado. Estas v ivên cias p r az erosas d a m úsica p ossivelmen t e estimul am o i n co nsci ent e a t razer i nform açõ es ao consci ent e ( TOUR IN H O, ). D e f o rm a geral os r ecurs os d a m úsica p ara i dosos s ão m ai s u tilizados em t erap i a (m usicot er ap i a) que u tilizam C Ds, rádi o, cham ado s música m o rt a como ex plica T O UR IN H O (2 0 06). No estudo em questão, o G r u po M usical descri to n este r el at o ut iliz a -s e d a música viva p r o cu r an do envol ver o s i dosos n o p r o cesso, ex ercendo t am bém s ua f u n ção t erapêu tica.
3 O b jetivo O p r es ent e r elato tem o objetivo de ap r esent ar e di s cut ir um a d as ações d e apoio d o P ro grama Vi d a A tiva, at r av és do G r upo Musical Trem Chic q u e procura incentivar a p o pulação i dosa a p artici p ar de v ivênci as musicais, q ue constituem p r át i cas de l azer. N este int uito b usca-se esti mular atrav és d a m úsica ações ed u cativas que p r oporcionem melhorias na qual idade de vida. T r ajetóri a Met odológi ca U m a d as açõ es do P r o gram a Vi d a At iva é o f ertad a n a f o r m a de apoi os, a qual pode s er ex emplifi cad a p el a co ntínua p art i cipação do G r u po Musical Trem Chi c. Este G r u po Musical atende entidades conveni ad as com a P r efeitura Muni cipal d e Belo Ho riz onte, G ru pos d e C onvi vênci a, In s tituiçõ es d e Lo n ga P erman ênci a p ara Id o s os e ex iste h á aproximad am ent e n o ve a n os. O o bj et ivo d est e apoi o é d i versifi car a s p r át i cas d e l azer o f ert adas aos i dosos que f r eqüent am o s d i ferentes espaço s d e l az er/ r ecreação. At r avés d as vi v ên ci as e dinâmicas m usicais, moviment os corporai s, d an ça, r ecreação e r esgate d as can çõ es e músicas d a cultura popul ar, es pera-se que o s idoso s enco nt r em p ossibilidad es para um a m el hor qualidade de vi d a. In i cial m ent e o Gru p o M usical Trem C hi c r ealiz a um a v isita t écni ca p ara fo rm al izar o p r imei ro contato com os i dosos partici pant es e a d ireção do s di ferent es espaço s d e l azer o u d e r es idên cia, com o por ex empl o, as ILP Is. A l ém d e co nhecer a r ealidade do local este contato f o rm al vi sa observ ar a r e alidade de cada p úbl i co a s er at en di do, e v eri f ica a d isponibilidad e d e t empo e f r equência para cada encontro. A p ós esta et ap a as p ar tes i nt eressadas ag endam os en contro s musicais. D e fo r ma geral é o r ganiz ad o um en contro m en s al com u ma h o r a de d u r ação. O s instrum ent os musicai s u tilizados p elos p r ofissionais s ão viola caipi r a, p andei r o e v oz. C om o estrat égi a s ão em p regados o s r ecursos d e r epert ório v ari ad os co mo m arch inhas, s am b a d e r aiz, f o r ró, músicas
4 r o mânt icas, s eres tas, a l ém d e co ntempl ar os pedi dos dos idosos. C om pl em en t an do as vi vênci as musicai s s ão ut iliz ad as d inâm icas m usicais e causos d o n osso f ol clore q ue p ro movem a i n teração e p art i cipação do público. A p artici p ação d os idosos o corre atrav és d o acompan h am ento das músicas, d an ça e canto. Aq u el es que apresent am l imitações f ísicas partici p am assistindo. D iscussão N o d ecorrer d es t as vi v ên cias, observamos q u e p r aticam en t e todos o s i doso s d e grupos de co nvivênci a citam b oas razões p ara p art icipar da p r át i ca musical t ais com o: r el em b r ar m úsicas an tigas relat ivas à s ua cultura, aum en to d a aut o estima, além d e m el horar as r el açõ es i nt erp essoais. Em s eus depoimen tos, r elat am q u e a int eração co m a p r át i ca m usical es timul a a p artici pação nos grupos d e f orma p r azerosa. Q u ando el es vêm a qui, eu g anho anos e a nos d e vida (T. E., 75 a n os). Nunca falto quando sei que é o Trem C hi c (M.A. 69 anos ). M edi an t e esses r esultad os p ositivos, p ercebemos q ue a p art i ci p ação d os idosos n estes en contros t em au ment ado n o s di f erent es espaço s em que s ão o f ert ad os, b em co mo a m el hori a e ampliação dos r elaci onam entos i nt erp es s o ais. Al ém d isso, m uitos idosos passaram a p art i cipar d e co r ais e b ai l es p ara t erceira idad e vencen d o a timidez. O b s erva-s e como limitação d es te t r ab al ho, a r eduzida f r eq u ên cia destas p r át i cas musicais em f unção da carênci a d e p r o fissionai s p ara o d esen volvi ment o desta ativi d ad e d e fo r ma int egrada. C onsideraçõ es fi n ai s Baseando em nossa ex p eri ênci a p r át i ca, e n as o bservações p ara elaboração d este r elat o percebe - se q u e as ex periências m usicais estimul am os i dosos a s ai r da acomodação. E stes usuários p assam a p erceb er n ovas p ers p ectivas p ara usufrui r o s b en s culturai s, os q uais d evem s er assegurados p e la s o ci ed ade b r asilei ra. A d emais, ap roximar -
5 s e d a cultura ex p eriment ad a por esta f aixa et ári a ao longo d os anos r epres ent a um a form a de respei t á - los e val orizar as di f erentes culturas. R eferênci as bibliográficas C AMP A G NA, J.; SCHW ARTZ, G. M. O cont eú do int e l ectual do l az er no p r o cesso d e ap r ender a envelhecer. M o triz, Rio Claro, v. 16, n.2, p , ab r -j un D U M A ZEDIE R, J. Lazer e cul tura p o pul ar. S ão P au lo. P ers pectiva, p. G O MES, C.; P IN H E IR O, M.; LA C ERDA, L. L azer, turismo e inclusão s o ci al: interven ção com idosos. Belo Horiz onte: UFM G, p. INSTIT U T O BRAS ILE IR O D E G E O GR A FIA E E STATÍS T IC A. P ri meiros r esultados d efinitivos d o C enso 2 010: p opulação d o Brasil é d e p essoas. Disponível em: h ttp:// b ge.gov.br/hom e/ presidencia/ notici as /notici a_ vi sual iza.php? id_not i ci a=1 866&i d_pagi n a=1 Acesso em: 09 maio 2012 N E R I, A. L. Q u alidade d e vida n a v elhi ce e subj et ivi d ad e. In : N ER I, A. L. ( O r g.). Q ualidade d e vida na velhi ce : u m en f oque multidi sciplinar. C am pi n as: Alínea, 2007, cap. 1, p T O UR IN H O, L. M. C. M usicot erapi a e a t erceira i dade ou M u sico t er api a : corp o s onoro. D isponível em: < argon.co m. b r/ users/luci a/1001.html >. Acesso em 09 maio
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