MANUAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES DE EXTENSÃO

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1 MANUAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES DE EXTENSÃO Barbacena 2016

2 O presente manual tem por objetivo apresentar informações sobre normas, obrigações e oportunidades da Extensão. Portanto, sua leitura atenta auxiliará a sanar dúvidas comuns e a encontrar maneiras mais propícias e adequadas para o desenvolvimento de atividades de extensão. O manual contém informações sobre conceitos, planejamento e serviços acerca da extensão na UNIPAC Barbacena. MANUAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA 1. Apresentação O estabelecimento de uma Política de Extensão é um elemento fundamental nas instituições de ensino superior e deve ser construída e renovada no ambiente acadêmico. Este processo permanente de discussão envolve a participação ativa do corpo docente e a interação com a comunidade local. Neste contexto, cabe reforçar o caráter dinâmico e o papel preponderante da Extensão como uma ação de articulação entre o Ensino e a Pesquisa na instituição. O manual aqui apresentado tem como objetivo fundamental auxiliar a elaboração de proposta de ações de extensão na UNIPAC. Além disto, consolidar o papel da Pró reitoria de Pesquisa, Extensão, Pós-graduação e Cultura () em apoiar os projetos e ações de extensão na instituição. Qualquer informação pode ainda ser obtida diretamente na. marianaantunes@unipac.br (32) (32) Horário de Funcionamento: 9:00 18:00 h

3 2. Conceitos Preliminares Um dos primeiros passos para o entendimento da Política Nacional de Extensão Universitária é reconhecer a institucionalização da Extensão. Vale lembrar o preceito constitucional de indissociabilidade entre o Ensino, a Pesquisa e Extensão, a importância conferida pela LDB às atividades extensionistas e a destinação, feita pelo PNE , de 10% da creditação curricular a essas atividades. De acordo com o Plano Nacional de Extensão, publicado em novembro de 1999, a Extensão Universitária é conceituada como um processo educativo, cultural e científico que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre a Universidade e a Sociedade. Nesse sentindo, a Extensão Universitária deve ser enxergada como uma via de mão dupla, onde tanto a comunidade acadêmica quanto a sociedade têm papel coadjuvante no processo de troca de saberes sistematizados e na troca de conhecimento. Os alunos e professores encontrarão na sociedade a possibilidade de aplicabilidade prática do conhecimento científico e acadêmico e, em contrapartida, a sociedade oferece à Universidade os saberes construídos em sua prática cotidiana, em seu fazer profissional ou vivência comunitária. Esse fluxo, que estabelece a troca de saberes sistematizados, académico e popular, terá como consequência: a produção do conhecimento resultante do confronto com a realidade brasileira e regional; a democratização do conhecimento académico e a participação efetiva da comunidade na atuação da Universidade Conceitos Básicos Existe ainda uma grande dificuldade no meio acadêmico em identificar quais são as ações de extensão e em como distingui-las em sua aplicabilidade e objetivo. Nesse sentido, descreveremos brevemente do que se trata cada uma delas Ações de Extensão As ações de extensão dividem-se em Programa, Projeto, Curso, Evento e Prestação de Serviço. Deve-se ressaltar que, para cada uma delas, existe um formulário próprio que atenda às suas demandas e peculiaridades Programa de Extensão O Programa de Extensão é um conjunto articulado de projetos e outras ações de extensão (cursos, eventos, prestação de serviços), preferencialmente integrando as ações de extensão, pesquisa e ensino. Tem caráter orgânico-institucional, clareza de diretrizes e orientação para um objetivo comum, sendo executado a médio e longo prazo.

4 Projeto de Extensão O Projeto de Extensão é uma ação processual e contínua de caráter educativo, social, cultural, científico ou tecnológico, com objetivo específico e prazos determinados. Um Projeto de Extensão pode acontecer isoladamente ou pode ser vinculado a um Programa de Extensão (forma preferencial) Curso de Extensão O Curso de Extensão consiste em uma ação pedagógica, de caráter teórico e/ou prático, presencial ou à distância, planejada e organizada de modo sistemático, com carga horária mínima de 8 horas e critérios de avaliação definidos. As ações que, porventura, tenham a mesma natureza de curso, porém com carga horária inferior a 8 horas são consideradas como Evento de Extensão. A Prestação de Serviço realizada como curso deverá ser registrada como curso. O Curso presencial exige a presença do aluno durante toda a oferta da carga horária. Já o Curso de extensão a distância é caracterizado pela não-exigência da presença do aluno durante toda a oferta da carga horária; as atividades presenciais (sessões de esclarecimento, orientação presencial, avaliação, etc) não devem ultrapassar 20% da carga horária total. Para visualizar as classificações dos cursos, clique aqui. Para visualizar os quadros modelos para controle do total de cursos e eventos, clique aqui Evento de Extensão O Evento de Extensão consiste em uma ação que implica na apresentação e/ou exibição pública, livre ou com clientela específica, do conhecimento ou produto cultural, artístico, esportivo, científico e tecnológico desenvolvido, conservado ou reconhecido pela Universidade. Para visualizar o quadro de classificação de eventos e suas definições, clique aqui Prestação de Serviço A Prestação de Serviço enquanto ação de extensão é a realização de trabalho oferecido pela Instituição de Educação Superior ou contratado por terceiros (comunidade, empresa, órgão público, etc.); a prestação de serviços se caracteriza por intangibilidade, inseparabilidade processo/produto e não resulta na posse de um bem. Quando a prestação de serviço é oferecida como curso ou projeto de extensão deve ser registrada como tal (curso ou projeto).

5 2.2. Áreas do Conhecimento Todas as ações de Extensão Universitária devem ser classificadas em Áreas do Conhecimento, tendo por base as definidas pelo CNPq (Tabela 1). Tabela 1. Áreas do Conhecimento* para classificação das ações de extensão Ciências Exatas e da Terra Ciências Biológicas Engenharia / Tecnologia Ciências da Saúde Ciências Agrárias Ciências Sociais Ciências Humanas Lingüística, Letras e Artes Fonte: CNPq 2.3. Áreas Temáticas A denominação de áreas temáticas e suas respectivas definições se dão conforme classificação determinada pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras FORPROEX. Qualquer tipo de ação relacionado à extensão deverá ser classificado segundo a área temática correspondente, podendo ser relacionado a mais de uma área. Nesses casos, devem ser utilizadas a área temática principal e, opcionalmente, a área temática secundária. Para classificar corretamente a área temática, é importante observar o objeto ou assunto que será enfocado na ação. Mesmo que não se encontre no conjunto das áreas uma correspondência absoluta com o objeto da ação, a mais aproximada, tematicamente, deverá ser a escolhida. A finalidade da classificação é a sistematização, de maneira a favorecer os estudos e relatórios sobre a produção da Extensão Universitária brasileira, segundo agrupamentos temáticos, bem como a articulação de indivíduos ou grupos que atuam na mesma área temática. As classificações das ações de extensão estão disponíveis no Quadro 1.

6 Quadro 1. Classificação das ações de extensão Denominação Comunicação Cultura Direitos humanos e justiça Educação Meio ambiente Saúde Tecnologia e produção Trabalho Definição Comunicação social; mídia comunitária; comunicação escrita e eletrônica; produção e difusão de material educativo; televisão universitária; rádio universitária; capacitação e qualificação de recursos humanos e de gestores de políticas públicas de comunicação social; cooperação interinstitucional e cooperação internacional na área. Desenvolvimento de cultura; cultura, memória e patrimônio; cultura e memória social; cultura e sociedade; folclore, artesanato e tradições culturais; produção cultural e artística na área de fotografia, cinema e vídeo; produção cultural e artística na área de música e dança; produção teatral e circense; rádio universitária; capacitação de gestores de políticas públicas do setor cultural; cooperação interinstitucional e cooperação internacional na área; cultura e memória social. Assistência jurídica; capacitação e qualificação de recursos humanos e de gestores de políticas públicas de direitos humanos; cooperação interinstitucional e cooperação internacional na área; direitos de grupos sociais; organizações populares; questão agrária. Educação básica; educação e cidadania; educação à distância; educação continuada; educação de jovens e adultos; educação especial; educação infantil; ensino fundamental; ensino médio; incentivo à leitura; capacitação e qualificação de recursos humanos e de gestores de políticas públicas de educação; cooperação interinstitucional e cooperação internacional na área. Preservação e sustentabilidade do meio ambiente; meio ambiente e desenvolvimento sustentável; desenvolvimento regional sustentável; aspectos de meio ambiente e sustentabilidade do desenvolvimento urbano e do desenvolvimento rural; capacitação e qualificação de recursos humanos e de gestores de políticas públicas de meio ambiente; cooperação interinstitucional e cooperação internacional na área; educação ambiental; gestão de recursos naturais, sistemas integrados para bacias regionais. Promoção à saúde e qualidade de vida; atenção a grupos de pessoas com necessidades especiais; atenção integral à mulher; atenção integral à criança; atenção integral à saúde de adultos; atenção integral à terceira idade; atenção integral ao adolescente e ao jovem; capacitação e qualificação de recursos humanos e de gestores de políticas públicas de saúde; cooperação interinstitucional e cooperação internacional na área; desenvolvimento do sistema de saúde; saúde e segurança no trabalho; esporte, lazer e saúde; hospitais e clínicas universitárias; novas endemias e epidemias; saúde da família; uso e dependência de drogas. Transferência de tecnologias apropriadas; empreendedorismo; empresas juniores; inovação tecnológica; pólos tecnológicos; capacitação e qualificação de recursos humanos e de gestores de políticas públicas de ciências e tecnologia; cooperação interinstitucional e cooperação internacional na área; direitos de propriedade e patentes. Reforma agrária e trabalho rural; trabalho e inclusão social; capacitação e qualificação de recursos humanos e de gestores de políticas públicas do trabalho; cooperação interinstitucional e cooperação internacional na área; educação profissional; organizações populares para o trabalho; cooperativas populares; questão agrária; saúde e segurança no trabalho; trabalho infantil; turismo e oportunidades de trabalho.

7 2.4. Linhas de Extensão A denominação Linha de Extensão foi implementada a partir de 2006, substituindo a denominação anterior Linha Programática, e tem especial importância para a nucleação das Ações de Extensão, ou seja, a construção de programas. Elas se dão de acordo com a classificação determinada pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras FORPROEX. As linhas de extensão não são, necessariamente, ligadas a uma área temática, em especial. Por exemplo, ações relativas à linha de extensão Inovação Tecnológica podem ser registradas na área temática Saúde, ou Educação, ou Trabalho, ou mesmo Tecnologia, dependendo do tema em questão. Elas estão apresentadas em ordem alfabética, acompanhadas por descrições que discriminam formas de operacionalização mais comuns. Para acessar o quadro com as linhas de extensão, clique aqui Inter-relação entre as Ações de Extensão Uma das formas mais eficazes para o cumprimento das diretrizes de impacto, interação social dialógica e construção de parcerias, interdisciplinaridade e integração ensino/pesquisa/extensão é a sistematização das ações de extensão em programas. Nesse sentido, pode-se reunir projetos que se enquadram em uma mesma Linha de Extensão que, por sua vez, vão oferecendo outras ações de extensão relacionadas à Linha de Extensão do Programa, como Cursos, Eventos, etc. O Esquema da Figura 1 ilustra esse exemplo. Figura 1. Inter-relação entre as Ações de Extensão

8 3. Diretrizes para Elaboração de Propostas de Extensão na UNIPAC As atividades e ações de extensão na UNIPAC serão desenvolvidas segundo a classificação demonstrada no item e deverão observar o seguinte cronograma: 1) Baixar o formulário específico, condizente com o tipo de Ação de Extensão que se pretende realizar e preenche-lo de forma adequada, atentando-se para cada item e a informação que cada um deve conter; 2) Encaminhar duas cópias do formulário preenchido para a Direção do Campus, para ser avaliada a sua viabilidade financeira e logística, e assinatura do responsável; 3) Após aprovação da Direção, o proponente da Ação de Extensão deverá entregar os dois formulários assinados na para avaliação da Coordenação de Pesquisa, Extensão e Cultura; 4) Após análise da Coordenação da, o formulário será devolvido para a Coordenação do Curso de Graduação a que se refere a Ação de Extensão com seu respectivo status. Ressalta-se que os formulários com as propostas de ações devem ser encaminhados para a com o prazo máximo de 20 (vinte) dias anteriores ao evento. Os formulários apresentados que não obedecerem esse prazo serão reprovados sem revisão e devolvidos ao proponente. Ao final da atividade desenvolvida, o responsável pela Ação de Extensão deverá encaminhar à o formulário de Avaliação da Ação proposta (disponível no site da UNIPAC), juntamente com a planilha de Excel contendo o tipo de ação, nome do evento, carga horária atribuída e a lista completa dos nomes das pessoas a serem certificadas e o tipo de certificação a ser emitida. A Figura 2 representa o Fluxograma para elaboração de proposta de Ação de Extensão. Figura 2. Fluxograma de Elaboração de Proposta de Ação de Extensão

9 4. Procedimento de Emissão de Certificado de Atividade de Extensão A será responsável pela emissão dos certificados relativos às Ações de Extensão. Os certificados serão emitidos em um prazo médio de 20 dias somente após realizados os seguintes processos: 1) Após o evento, o responsável pela Ação de Extensão deverá preencher o formulário de Avaliação adequado ao tipo de Ação, disponível no site da UNIPAC. 2) Enviar por para a a planilha com os dados referentes à Ação de Extensão, com nomes dos organizadores, participantes, convidados, além do nome da Ação, caga horária e tipo de certificação a ser emitida. Para acessar o modelo de planilha, clique aqui. Ressaltamos que para a emissão dos certificados, a planilha deverá estar preenchida corretamente, com todos os campos atendidos e os nomes a serem certificados deverão estar escritos sem nenhum tipo de abreviatura. Possíveis dúvidas durante o preenchimento da planilha poderão ser esclarecidas diretamente na ou pelo telefone (32) Os certificados só serão emitidos mediante o atendimento dos processos elencados acima. Casos em que houver necessidade da certificação no dia do evento, essa condição deverá estar descrita no formulário de extensão e só será concedida para palestrantes, professores ou ministrantes de cursos. Os Certificados de Participação e/ou Declarações de Participação em Atividade de Extensão, seja projeto ou curso, só serão emitidos após o término da programação, tendo o participante cumprido no mínimo 80% (oitenta por cento) das atividades programadas Tratamento das Não-Conformidades O tratamento das não-conformidades relativas a qualquer processo envolvendo as ações de extensão deverão ser tratados junto à Direção Acadêmica e em conjunto com a Coordenação do Curso envolvido.