Recuperação ambiental e produção de energia renovável com espécies da caatinga no Polo Gesseiro do Araripe (PE)
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- Manuela Fortunato Azeredo
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1 Recuperação ambiental e produção de energia renovável com espécies da caatinga no Polo Gesseiro do Araripe (PE) Prof. Drª Sheila Maria Bretas Bittar UFRPE Kinross Canada-Brazil Network for Advanced Education and Research in Land Resource Management
2 O PÓLO GESSEIRO DO ARARIPE (PGA) Segunda reserva mundial de gipsita: mais de 1 bilhão de toneladas (DNPM, 2010); Responde por 95% da produção nacional; Arranjo Produtivo Local do Gesso (APL - Gesso).
3 ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DO GESSO 39 mineradoras de gipsita; 139 calcinadoras; 726 fábricas de pré-moldados; empregos diretos e empregos indiretos; 364 milhões de dólares, faturamento do PGA em (SINDUSGESSO, 2012)
4 CONTEXTO GEOLÓGICO Mapa Geológico da Bacia do Araripe (Assine, 1990).
5 O MINÉRIO Formação Santana (Cretáceo Inferior): siltitos, margas, calcários, folhelhos e camadas de gipsita; Extração do minério: lavra a céu aberto, em bancadas simples com altura de cerca 15 metros; Atividades de lavra: decapeamento, perfuração, carregamento de explosivos, desmonte, fragmentação de blocos e carregamento/transporte; A gipsita (CaSO 4.2H 2 O) que aquecida acima de 160 C, se transforma gesso (CaSO 4.1/2H 2 O). Utilização: odontológica, ortopédica, cerâmica, vidreira, automobilística, construção civil e agrícola.
6 PROBLEMAS AMBIENTAIS Desmatamento da caatinga.
7 Utilização de lenha nas calcinadoras como fonte de energia.
8 Mudanças na paisagem e rede de drenagens. Cava da mina
9 Pilhas de bota fora. Modificações das redes de drenagens.
10 Poluição do ar.
11 Utilização do estéril da mineração da gipsita da região do Araripe-PE para recuperação ambiental e produção de energia renovável Multidisciplinar; Transformar o estéril em solo; Vegetar as áreas de bota fora com espécies lenhosas; Recompor a paisagem; Plantio de mamona (Ricinus communis L.) - biodiesel; Melhoria das condições sócio-econômicas da região; Desenvolver tecnologias de reabilitação ambiental.
12 AÇÕES PROPOSTAS Caracterização do estéril. Coleta do estéril para análises e experimentos.
13 Estudo dos solos em áreas de caatinga preservada próximas às minas.
14 Levantamento das espécies lenhosas em áreas de caatinga preservada e em áreas de bota fora onde a vegetação se instalou espontaneamente.
15 Seleção de espécies lenhosas da caatinga e de variedades de mamona melhor adaptadas às condições do solo recomposto. Experimentos em casa de vegetação.
16 Avaliação da qualidade da água em cavas e poços da região. Experimento com lenhosas da caatinga no bota fora da Mina São Jorge (Ouricuri) - Projeto Piloto de Revegetação. Difusão das tecnologias geradas.
17 PROJETO PILOTO DE REVEGETAÇÃO Nome Vulgar Angico Nome Científico Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Aroeira-do-sertão Myracrodruon urundeuva Allemão Braúna Catingueira Schinopsis brasiliensis Engl. Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P. ueiroz var. pyramidalis Tul. Uso apícola Sim Sim Ração Animal Crescimento Sim Sim Pioneira ou secundária inicial Secundária Tardia Sim Sim Secundária Sim Sim Pioneira Solos Férteis; podem ser compactados; não inundados. Terrenos secos e rochosos. Férteis; ricos em carbonatos; profundos e pedregosos; Prefere os arenosos, porém adapta-se a diversos tipos. Jatobá Hymenaea sp. Sim Sim* Secundária Pouco férteis e argilosos. Pau-ferro ou Jucá Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P.Queiroz Não Sim Pioneira Argilosos; úmidos; profundos. Pereiro Aspidosperma pyrifolium Mart. Sim Não Secundária Tardia Férteis; argilosos; ricos em carbonatos; rochosos ou não. Tamboril Umbuzeiro Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong. Spondias tuberosa Arruda Não Não Pioneira Úmidos e pouco exigente. Sim Sim* Secundária Arenosos a argilosos profundo e drenado; não compactado.
18 Distribuição das espécies na parcela
19 Implantação do Experimento (maio 2010) Área Piloto Mina São Jorge
20 Vista geral - maio 2010 Vista geral - janeiro 2012
21 Angico - maio 2010 Angico - janeiro 2012
22 Aroeira - maio 2010 Aroeira - janeiro 2012
23 Baraúna - maio 2010 Baraúna - janeiro 2012
24 Catingueira - maio 2010 Catingueira - janeiro 2012
25 Jatobá - maio 2010 Jatobá - janeiro 2012
26 Pau ferro - maio 2010 Pau ferro - janeiro 2012
27 Pereiro - maio 2010 Pereiro - janeiro 2012
28 Tamboril - maio 2010 Tamboril - janeiro 2012
29 Umbuzeiro - maio 2010 Umbuzeiro maio 2012
30 Desenvolvimento das plantas sem adição de composto Desenvolvimento das plantas com adição de composto
31 Desempenho da algumas espécies na produção de energia. *Incremento Médio Anual Barros (2009)
32 CONSIDERAÇÕES FINAIS Eucalipto Espécies da caatinga Rápido desenvolvimento??? Fácil obter mudas ( clones ) Difícil coleta de sementes ( clones?) Necessita grande quantidade Adaptada às condições do ambiente de água ( 30 L/planta/ dia) Ótima aptidão para celulose???? Boa aptidão para lenha Boa aptidão para lenha dependendo da espécie Uso apícola Uso apícola (produtos diferenciados)??? Uso ração animal e alimentação humana Minimiza o uso da caatinga Promove recuperação do ambiente Monocultura Biodiversidade
33 É possível promover a recuperação ambiental e produzir energia com espécies da caatinga a partir do manejo adequado de florestas plantadas, preservando este bioma único no mundo? Yes, we can!!!!!!
34 AGRADECIMENTOS CABRNET FACEPE UFRPE UoGuelph - Canadá Mineradora São Jorge S.A. schulze@depa.ufrpe.br
35 Referências Bibliográficas ASSINE, M.L. Bacia do Araripe. B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p , maio/nov BARROS, C. B. C. de. Volumetria, calorimetria e fixação de carbono em florestas plantadas com espécies exóticas e nativas usadas como fonte energética no Polo Gesseiro do Araripe PE. Dissertação de Mestrado em Ciências Florestais, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Departamento de Ciências Florestais, 2009, 65 p., il. DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÃO MINERAL (DNPM). Sumário Mineral. Gipsita Disponível em: < a.pdf> EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos (Rio de Janeiro, RJ). Manual de métodos de análise de solo. 2. ed. Rio de Janeiro, p. SINDICATO DA INDÚSTRIA DE GESSO DO ESTADO DE PERNAMBUCO (SINDUSGESSO), Disponível em: < WALKLEY, A.; BLACK, I.A. An examination of the Degtjareff method for determining soil organic matter, and aproposed modification of the chromic acid titration method. Soil Science, Baltimore, v.37, p.29-38, Jan./June.
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