O Apoio do BNDES ao Setor de Energia Solar Fotovoltaica
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- Letícia Evelyn Fagundes Arruda
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1 O Apoio do BNDES ao Setor de Energia Solar Fotovoltaica
2 CONTEXTO REGULATÓRIO i. Contexto Regulatório Resoluções ANEEL 481/2012 e 482/2012; Instituiu o Sistema de Compensação de Energia (Net-metering); Removeu a principal barreira à entrada da geração distribuída (falta de respaldo regulatório); Normatizou o tratamento das distribuidoras às solicitações de conexão de sistemas distribuídos em suas redes por parte de seus clientes Desconto de 80% na TUST e TUSD para usinas fotovoltaicas (geração centralizada). Leilões ANEEL/ MME/ EPE; Inclusão da fonte solar na competição a partir do Leilão A-3/2013; 2
3 CONTEXTO FISCAL ii. Contexto fiscal Convenio Confaz ICMS 101/97; Isenção de ICMS para módulos e células fotovoltaicas. Lei de Informática; PPB de módulos e células fotovoltaicas (Em revisão pelo MDIC/MCTI) + 5% do faturamento em P&D = Redução de IPI e, em alguns estados, de ICMS. PADIS Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Indústria de Semicondutores Redução a zero de alíquotas de II, IPI, PIS/COFINS na venda dos equipamentos e na compra de máquinas para a fábrica; Contrapartida de 5% do faturamento aplicado em P&D. Observações: 1.Tributação de ICMS na parcela da energia gerada pelo consumidor que é injetada na rede dificulta a instalação dos sistemas fotovoltaicos distribuídos onde já há paridade tarifária e está atrasando o desenvolvimento deste mercado. 2.É necessário uma coordenação entre os impostos de importação de componentes de módulos fotovoltaicos e o do módulo acabado com as etapas de nacionalização propostas na 3 nova metodologia.
4 Até 2014 Marco Regulatório favorável Incentivos fiscais Âncora de demanda Leilões Federais e Estaduais Forte demanda potencial com paridade de preço (Geração Distribuída) Financiamento adequado disponível mas faltam equipamentos com código FINAME. O estágio atual da cadeia de fornecimento brasileira para o setor fotovoltaico não permite que os fabricantes de equipamentos fotovoltaicos atinjam os percentuais mínimos de nacionalização exigidos pelo BNDES 4
5 Ciclo vicioso da cadeia solar Inexistência de equipamentos com conteúdo local Dificuldade no financiamento Estagnação da Demanda 5
6 2014 o ano da virada Informação da EPE indica leilões de 3,5 GW de Energia Solar para os próximos quatro anos (sinal de médio prazo). 1º Leilão de Reserva com produto específico para fonte solar será realizado em 10/10/2014 conforme Portaria MME nº 236/2014; Plano de Nacionalização Progressiva (PNP) PNP para Equipamentos Fotovoltaicos Credenciamento de fabricantes e equipamentos Financiamento aos projetos 6
7 Ciclo virtuoso da cadeia solar Leilões específicos Demanda mínima de equipamentos Mais fornecedores redução de preços Instalação de fábricas - Cód. Finame Demanda (GD) Financiamento favorável 7
8 Plano de Nacionalização Progressiva (PNP) Caso de sucesso: PNP do setor eólico. Quase 40 novas plantas fabris instaladas Premissas do PNP Solar: Estimular o surgimento no Brasil de uma indústria de equipamentos/componentes da cadeia fotovoltaica, atualmente inexistente; Flexibilidade: evitar monopólios no fornecimento de insumos e de subcomponentes em qualquer etapa do processo produtivo; Assegurar que a produção nacional seja competitiva; Abranger as diversas tecnologias existentes. 8
9 Metodologia de Credenciamento / Financiamento Estabelecer regras específicas para o incentivo ao surgimento de fabricantes nacionais: Abdicar do índice de nacionalização em peso e valor como critério de credenciamento; Exigir a nacionalização de componentes e processos específicos ao longo do plano. Incentivar e premiar o aumento do conteúdo nacional: Aumentar a participação no financiamento com o incremento de itens e processos produtivos nacionais. Oferecer alternativas flexíveis de nacionalização para contornar situações monopolistas: Itens básicos: Relação mínima de itens/processos obrigatoriamente nacionais que serão exigidos para o credenciamento e manutenção no CFI do BNDES; Itens opcionais: Itens que não serão obrigatoriamente nacionais para o credenciamento e manutenção no CFI do BNDES. Adicionam percentuais de ajuste somente após a incorporação do componente nacionalizado ao módulo fotovoltaico. Itens prêmio: Relação mínima de itens/processos opcionais. Adicionam percentuais de ajuste antecipadamente à incorporação do componente nacionalizado ao módulo fotovoltaico. São normalmente componentes e/ou processos com percentuais de 9 ajuste mais representativos que os itens básicos e opcionais.
10 Silício Cristalino (Mono/Poli) Módulo Fotovoltaico Sistema Fotovoltaico 10
11 PLANO DE NACIONALIZAÇÃO TECNOLOGIA: SILÍCIO CRISTALINO TABELA 1: MÓDULO FOTOVOLTAICO PERÍODO Dez/2017 Jan/ Dez/2019 Jan/ Componentes NÍvel de Exigência Classif. Item % de ajuste Classif. Item % de ajuste Classif. Item % de ajuste Vidro, Policarbonato ou Acrílico Fabricados no Brasil com conteúdo local 10% 10% 10% MATERIAIS Backsheet Fabricados no Brasil com conteúdo local 5% 5% 5% Encapsulante (EVA) Fabricados no Brasil com conteúdo local 5% 5% 5% Junction box Fabricados no Brasil com conteúdo local 5% MÓDULO FOTOVOLTAICO PROCESSOS Frame (Moldura) Módulo Célula Wafer Fabricados no Brasil com conteúdo local Processo de montagem do Módulo (conexão das células + sobreposição de materiais + laminação + emolduramento + conexão dos módulos + testes) Processo de Fabricação das Células (Tratameneto quimico + dopagem + tratamento antirreflexo + Impressão dos contatos + testes Processo de Fabricação dos Wafer (Fatiamento do lingote) 40% 60% 60% 30% 30% 5% 5% 5% Lingote Processo de Fabricação do Lingote (Fundição + cristalização do silício) 5% 5% 5% Silício Grau Solar Processo de Fabricação Siemens (grau eletrônico) ou Metalúrgico (grau solar) 30% 30% 30% FATOR DE NACIONALIZAÇÃO mínimo do MÓDULO - "Fator N" (%) (APENAS itens básicos) 60% 40% 60% Itens Básicos Itens Opcionais Itens Prêmio 11
12 PLANO DE NACIONALIZAÇÃO TECNOLOGIA: SILÍCIO CRISTALINO TABELA 2: SISTEMA FOTOVOLTAICO (MÓDULO + COMPONENTES ELÉTRICOS + ESTRUTURAS + INVERSOR) PERÍODO Dez/2017 Jan/ Dez/2019 Jan/ Componentes NÍvel de Exigência Classif. Item % de ajuste Classif. Item % de ajuste Classif. Item % de ajuste (A') FATOR DE NACIONALIZAÇÃO mínimo do MÓDULO - "Fator N" (%) (APENAS itens básicos) Participação relativa do MÓDULO no sistema (%) 60% 40% 60% 60% 60% 60% SISTEMA FOTOVOLTAICO (A) MÓDULO (B) Componentes Elétricos (String box + cabeamento) Estrutura metálica (sustentação) Itens básicos definidos na Tabela 1 de MÓDULO Tecnologia : Silício Cristalino Processo de fabricação com conteúdo local Processo de fabricação com conteúdo local (C) Inversor Processo de fabricação com conteúdo local 20% 36% 24% 36% 20% 40% 40% FATOR DE NACIONALIZAÇÃO mínimo do SISTEMA - "Fator N" (%) (APENAS itens básicos) 56% 64% 76% FATOR DE NACIONALIZAÇÃO mínimo do SISTEMA- "Fator N" (%) (itens básicos + inversor nacional) 76% 64% 76% Será considerado um percentual de ajuste de 6% adicionados ao "Fator N" quando o módulo fotovoltaico utilizado possuir CLASSIFICAÇÃO ENERGÉTICA "A" conforme TABELA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA - SISTEMA DE ENERGIA FOTOVOLTAICA - MÓDULOS disponível no site INMETRO. Itens Básicos Itens Opcionais 12
13 Filme Fino (a-si, CdTe, CIGS, Orgânico) Módulo Fotovoltaico Célula Impressa Orgânica 13
14 PLANO DE NACIONALIZAÇÃO TABELA 1: MÓDULOS FOTOVOLTAICOS TECNOLOGIA: FILME FINO PERÍODO DEZ/2017 JAN/ Componentes Nivel de Exigência Classif. Item % de ajuste Classif. Item % de ajuste Substrato Fabricados no Brasil com conteúdo local Vidro (low iron), Plástico ou metal 20% 20% MÓDULO FOTOVOLTAICO MATERIAIS PROCESSOS Compostos do filme fino Fabricados no Brasil 10% 10% Junction Box Fabricados no Brasil com conteúdo local 5% Cobertura traseira Frame (Moldura) Encapsulamento do módulo Fabricados no Brasil com conteúdo local Vidro (comum) ou metal Fabricados no Brasil com conteúdo local Processos de laminação e montagem final Definição das células Processo de marcação a laser ou outro método 10% Deposição de camadas Processos de deposição do Filme Fino 20% 60% 70% FATOR DE NACIONALIZAÇÃO mínimo do MÓDULO - "Fator N" (%) (APENAS itens básicos) 60% 70% Itens Básicos Itens Opcionais Itens Prêmio 14
15 PLANO DE NACIONALIZAÇÃO TECNOLOGIA: FILME FINO TABELA 2: SISTEMA FOTOVOLTAICO (MÓDULO + COMPONENTES ELÉTRICOS + ESTRUTURAS + INVERSOR) PERÍODO DEZ/2017 JAN/ Componentes Nivel de Exigência Classif. Item % de ajuste Classif. Item % de ajuste (A') FATOR DE NACIONALIZAÇÃO mínimo do MÓDULO - "Fator N" (%) (APENAS itens básicos) Participação relativa do MÓDULO no sistema (%) 60% 70% 60% 60% SISTEMA FOTOVOLTAICO (A) (B) MÓDULO Componentes Elétricos (String box + cabeamento) Estrutura metálica (sustentação) Itens básicos definidos na Tabela 1 de MÓDULO Tecnologia : Filme Fino Processo de fabricação com conteúdo local Processo de fabricação com conteúdo local (C) Inversor Processo de fabricação com conteúdo local 20% 36% 42% 20% 40% FATOR DE NACIONALIZAÇÃO mínimo do SISTEMA - "Fator N" (%) (APENAS itens básicos) FATOR DE NACIONALIZAÇÃO mínimo do SISTEMA- "Fator N" (%) (itens básicos + inversor nacional) 56% 82% 76% 82% Será considerado um percentual de ajuste de 6% adicionados ao "Fator N" quando o módulo fotovoltaico utilizado possuir CLASSIFICAÇÃO ENERGÉTICA "A" conforme TABELA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA - SISTEMA DE ENERGIA FOTOVOLTAICA - MÓDULOS disponível no site INMETRO. Itens Básicos Itens Opcionais 15
16 V. PRÓXIMOS PASSOS E EVOLUÇÕES DO PLANO PROXIMOS PASSOS 1.Articular com Ministérios (Em particular o aumento do Imposto de Importação do equipamento completo) 2.Acompanhar os incentivos governamentais a nível estadual (ICMS) 3.Acompanhar iniciativas governamentais relativas aos impactos ambientais dos projetos solares 4.Articular com governo federal sinalizações mais claras sobre a demanda projetada para energia solar. Leilões estaduais podem contribuir. 16
17 Matriz de Energia Elétrica Matriz de Energia Elétrica Carvão; 2,6% Nuclear; 1,5% Petróleo; 5,9% Gás; 10,9% Eólica; 2,9% Biomassa; 9,2% Hidro; 67,0% Fonte: Aneel 17
18 VI. CONDIÇÕES DE APOIO DO BNDES AO LEILÃO DE RESERVA DE 2014 BNDES FINEM a) Custo Financeiro: TJLP b) Remuneração Básica do BNDES: 1,0% a.a. c) Taxa de Risco de Crédito: entre 0,4% e 2,87% a.a. d) Taxa de Intermediação Financeira: 0,5% a.a. Fundo Clima a) Custo Financeiro: 0,1% b) Remuneração Básica do BNDES: 0,9% a.a. c) Taxa de Risco de Crédito: entre 0,4% e 2,87% a.a. d) Taxa de Intermediação Financeira: 0,5% a.a. 18
19 CONDIÇÕES DE APOIO DO BNDES AO LEILÃO DE RESERVA DE 2014 Prazo: Fundo Clima: até 12 anos, incluído o período de carência. Finem: até 16 anos de amortização. Em ambos os casos, o período de carência será de até seis meses após a entrada do projeto em operação comercial. Sistema de Amortização: SAC ou PRICE. Valor do Crédito: ICSD anual mínimo de 1,2 (sem caixa acumulado) Participação máxima do BNDES: Serviços: 80% Equipamentos: regra do Fator N 19
20 CONDIÇÕES DE APOIO DO BNDES AO LEILÃO DE RESERVA DE 2014 Participação Máxima do BNDES para o sistema fotovoltaico a) Fundo Clima: até 15% do valor do sistema fotovoltaico x Fator N ; b) FINEM: até 65% do valor do sistema fotovoltaico x Fator N ; OBS1: A participação do BNDES poderá ser ampliada para até 90%. Neste caso, a parcela do crédito referente ao aumento da participação terá custo equivalente a Cesta ou IPCA ou TS ou TJ3 ou TJ6 e a remuneração básica do BNDES será de, no mínimo, 1,2% a.a. OBS2: Os recursos provenientes do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima) serão alocados aos projetos, conforme disponibilidade orçamentária do fundo e a efetiva transferência desses recursos ao BNDES. 20
21 Credenciamento de Equipamentos Fotovoltaicos mento_fotovoltaicos.html Condições de Apoio Financeiro a Projetos de Geração de Energia Solar Leilão a_solar_2014.html Felipe Cerqueira Guth felipe.guth@bndes.gov.br 21
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