Desempenho Fonético em Crianças dos 3 a 7anos de idade no P.E.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Desempenho Fonético em Crianças dos 3 a 7anos de idade no P.E."

Transcrição

1 Desempenho Fonético em Crianças dos 3 a 7anos de idade no P.E. Abstract Lurdes de Castro Moutinho e Rosa Maria Lima Centro de Línguas e Culturas, Universidade de Aveiro (Portugal) pfonetica@dlc.ua.pt Based in productions of European Portuguese children between 3 and 7 years old were analysed. We considered the production of three phonemes in different structural positions (constituents) regarding the syllable. Results indicate that the production of the phoneme varies according to the constituent it is associated to. On the other hand - and for a same constituent (coda) - it was observed that fricatives are acquired earlier than liquids. Keywords: Phonetics, Phonology, language acquisition, syllables. Resumo A partir de dados de um estudo transversal junto de falantes do português Europeu, as produções fonológicas de crianças entre os 3 e os 7 anos e meio foram analisadas. Considerou-se a produção de três fonemas em diferentes posições na sílaba (constituintes). Os resultados demonstram que a produção do fonema varia em função do constituinte. Para além disto, para um mesmo constituinte (coda) observa-se que o fonema fricativo é mais precocemente adquirido que os fonemas líquidos. Palavras-chave: Fonética, Fonologia; Aquisição da linguagem; Constituintes silábicos. 1

2 1. Introdução Caracterizar a produção normativa de crianças falantes do Português Europeu (PE) implica que sejam adotadas unidades lingüísticas relevantes. Uma questão fundamental diz respeito à suficiência do fonema enquanto unidade cuja correção articulatória exprime, per se, o estado evolutivo de uma amostra de linguagem infantil. Na atualidade, tanto a Lingüística como as abordagens empíricas do desenvolvimento tendem a questionar a utilidade de um conhecimento sobre, por exemplo, a articulação do /r/. Ao contrário, impõe-se, cada vez mais, a necessidade de conhecer a produção do fonema num dado contexto. Para que se possa questionar a suficiência do fonema, é necessário obter resultados que indiquem a dependência da produção fonêmica face a outras variáveis, nomeadamente o estatuto que o fonema ocupa enquanto elemento estrutural na sílaba. No PE, os fonemas /l/, /r/ e /S/ 1 podem ocupar diferentes constituintes silábicos: o fonema /l/ pode surgir no início de uma sílaba /CV/ (como em livro), no final de uma sílaba CVC (mal) ou na segunda consoante de uma sílaba CCV (placa); o fonema /r/ pode também ser encontrado nas 3 posições (cara, parte, prato); o fonema /S/ pode ser encontrado em CV (chuva) e em CVC (pasta). Esta diversidade de contextos para um mesmo fonema foi integrada num estudo. Os dados são aqui apresentados, sendo extraídas implicações para uma leitura da aquisição do PE. 2. Referencial Teórico Diferentes modelos de estrutura da sílaba formalizam e nomeiam diferentes constituintes silábicos (Blevins, 1995), entendendo-se por constituintes os elementos estruturais da sílaba. Entre as várias versões, o modelo da ramificação binária considera a existência de ataque e rima, esta última dividida em núcleo e coda. Relativamente aos casos apontados para os formatos CV, CVC e CCV, a consoante inicial de CV é um ataque simples; a consoante final em CVC é uma coda (sendo V o núcleo); a segunda 1 Para as transcrições, adoptamos, neste artigo, a versão do Alfabeto Fonético Internacional, para o Português ( por ser uma forma mais facilitadora de apresentar as transcrições. 2

3 consoante em CCV constitui a ramificação do ataque, sendo o grupo CC um ataque ramificado. O impacto desenvolvimental das formalizações inerentes à Linguística nomeadamente no âmbito da Fonologia Não Linear (Bernhardt & Stoel-Gammon, 1995) resulta na hipótese de dependência da aquisição do fonema relativamente aos elementos designados como suprassegmentais (formato silábico, palavra, acento, etc.). Entre estes, a associação do fonema a um dado constituinte silábico figura como um factor a ter em conta quando se analisa o processo de aquisição da Fonologia de uma língua. Esta perspectiva remete para uma abordagem do desenvolvimento fonológico e, simultaneamente, um sistema de aplicação à clínica que tentam ultrapassar uma perspectiva fonema-a-fonema. Do ponto de vista das grandes tradições de leitura da aquisição, um sistema de dependência do fonema face a unidades superiores apela a conceitos de hierarquia de níveis de representação (Fonologia não linear) que são progressivamente consolidados e coloca-nos numa tradição generativista/chomskiana de cariz inatista, articulando-se com uma gramática de princípios e parâmetros que redunda no estudo da aquisição de formatos silábicos. Para o PE, Freitas (1997) oferece uma primeira caracterização. Um estudo por nós realizado prolonga esta análise, partindo dele o enfoque que se lança neste artigo. 3. Método Foi conduzido um estudo transversal sobre uma amostra de 432 participantes, com idades compreendidas entre os 3 e os 7 anos. As variáveis independentes inerentes à criança incluiram a idade (amostra equitativamente dividida em 9 grupos etários, com âmbito de 6 meses cada), o sexo (metade de cada sexo) e o meio (urbano vs. rural, ambos no Norte de Portugal). Foi ainda classificado o Nível Socioeconómico de cada criança, bem como a Instituição educativa frequentada. Foi desenhada uma prova de nomeação para recolha de dados relativos à produção fonológica em palavras. Mediante a apresentação de uma imagem, a criança era convidada a nomeá-la. A selecção dos materiais da prova procurou contemplar a possibilidade de avaliação do efeito de variáveis linguísticas sobre a produção. Concretamente, incluiram-se materiais passíveis de eliciar a produção da máxima diversidade ao nível de (1) fonemas, (2) formatos silábicos (CV, CVC, CCV, CGV, etc.), (3) dimensão silábica (mono, di, tri, polissílabos), (4) estatutos da sílaba quanto ao 3

4 acento (acentuada, não acentuada) e (5) posições da sílaba na palavra (inicial, média, final). Tendo em conta o cruzamento destas variáveis linguísticas, a selecção das palavras a eliciar visou respeitar o critério de máxima diversidade formal, ao mesmo tempo que obedeceu à necessidade de oferecer estímulos semanticamente familiares e diversificados. As produções obtidas foram submetidas a classificações relativas à correcção da palavra como um todo (i) e a correcção de cada sílaba constante da mesma (ii). Na segunda classificação (sílaba), consideraram-se níveis de resposta em função da ausência vs. presença de processos fonológicos de simplificação (omissão, substituição, harmonia, metátese, epêntese), sendo cada um dos processos especificado. A análise da produção, tendo em conta o cruzamento do nível do fonema e o nível do formato, permite apreciar o peso da constituência i.e., do estatuto do fonema num formato sobre a correcção articulatória do mesmo. 4. Resultados De um ponto de vista global, os resultados revelam um efeito da idade na produção fonológica, não sendo significativos os efeitos decorrentes das demais variáveis inerentes à criança. Verificou-se, nomeadamente, uma ruptura acentuada no desempenho fonológico entre os 4 anos e os 4 anos e 6 meses. Por outro lado, aos 5 anos e meio parece haver uma estabilização. Ao longo deste percurso, os fonemas e os formatos silábicos sofrem processos de aquisição diferenciados. Tendo em conta os objectivos específicos desta abordagem, centramo-nos na produção dos fonemas consonantais /S/, /l/ e /r/ nas distintas posições de constituência que eles podem ocupar na sílaba: ataque simples (CV), coda (CVC) e ramificação de ataque (CCV). Produção de fonemas consonantais em CV (ataque simples) A análise da produção dos distintos fonemas consonantais no constituinte ataque simples revela uma hierarquia que privilegia fonemas oclusivos e formatos mais simples. Na totalidade das crianças, observa-se um aumento da quantidade de desvios articulatórios na sucessão oclusivas/líquidas/fricativas (quadro 1). 4

5 Quadro 1. Média de desvios (percentagem relativa à produção de todas as sílabas) em consoante inicial de CV Classe Média D.P. Oclusivas 0,5% 0,012 Líquidas 5,5% 0,088 Fricativas 5,6% 0,097 Os testes de comparação de médias indicam diferenças significativas apenas entre os pares de classes oclusivas-líquidas e oclusivas-fricativas (p<0,001). Entre líquidas e fricativas não existem diferenças significativas quanto à quantidade de desvios. A tomada em conta do factor idade implica a adopção de um critério de sucesso sob a forma de percentagem de sucesso numa dada faixa etária - para definir um momento de aquisição do fonema. Adoptaram-se dois critérios distintos um critério de 10% e um de 5% (gráfico 1). Idade de aquisição de classes de modo segundo 2 critérios líquidas Fricativas 95% 90% oclusivas Gráf. 1. Idade de aquisição de oclusivas, fricativas e liquidas segundo 2 critérios. Para um critério de <10% de erro/>90% de sucesso, verifica-se que a aquisição de oclusivas ocorre na primeira metade da faixa dos 3 anos (3a) e que a aquisição de fricativas e líquidas ocorre aos 4ª (primeira metade da faixa etária dos 4 anos). Para um critério de <5% de erro/>95% de sucesso, as oclusivas adquirem-se aos 3a, seguindo-se as líquidas aos 4b (segunda metade da faixa dos 4 anos) e as fricativas 5

6 apenas aos 5b. Na adopção deste último critério torna-se visível a maior dificuldade imposta pelas fricativas. Parece, assim, revelar-se uma tendência de aperfeiçoamento mais tardio nas fricativas, apesar de constituírem, ao longo do percurso, uma dificuldade equiparável à que é oferecida pelas líquidas: como vimos, o desvio obtido nas duas classes para todas as crianças não difere significativamente. É ainda de referir que os dados não convergem com os de Lamprecht (1993), obtidos com crianças falantes do Português do Brasil. Formulando uma ordem de aquisição de classes de modo de articulação, a autora refere a sequência oclusivas<fricativas<líquidas. O peso do vozeamento (surda-sonora) e do lugar de articulação (anteriorposterior) faz-se sentir no mapeamento das idades de aquisição de cada fonema. Observa-se que as sonoras são, de forma geral, mais tardias e que as anteriores são facilitadas relativamente às posteriores (gráf.2). Quanto ao factor vozeamento, este cria diferenças significativas entre produção de oclusivas (surdas mais facilitadas que sonoras) e ao nível das fricativas (o mesmo acontece). Neste contexto, as fricativas sonoras constituem o último estádio, sendo preservada a seqüência [1]. [1] oclusivas (surdas->sonoras) < fricativas (surdas->sonoras). O privilégio no domínio das consoantes surdas parece compatível com resultados como os de Lamprecht (1993), que apontam para a presença de processos de dessonorização (desvozeamento) no conjunto de processos de substituição encontrados na amostra analisada, sendo inexistentes os processos - inversos - de sonorização ou vozeamento. A autora afirma ainda que, no processo de aquisição "...o modo de articulação é o factor mais poderoso, sendo a dessonorização superada nas plosivas alguns meses mais cedo que nas fricativas..." (p.104). Os nossos resultados parecem indicar um mesmo sentido no processo de aquisição. Quanto à influência do ponto ou lugar de articulação na produção de consoantes iniciais em CV, Lamprecht (1993) afirma ser "...mais comum a aquisição na ordem labiais>dentais>alveolares>palatais/velares" (p.102). É, portanto, um eixo no sentido antero-posterior o que se estabelece. Os nossos resultados sugerem a existência de um eixo anterior-posterior para oclusivas sonoras e fricativas sonoras. No caso das fricativas sonoras, é de salientar que o fonema /v/ recebeu um claro privilégio face aos demais. Julgamos que este dado - para além de atestar a sua posição anterior - se deve ainda ao facto de, em grande parte dos participantes, este se ter realizado como variante dialectal (do Norte de Portugal) da 6

7 classe das oclusivas imperfeitas. Ao contrário, para oclusivas surdas e para nasais, o ponto não actua como diferenciador de idades de aquisição. Nas fricativas surdas, o carácter tardio dos fonemas integrantes desta classe não acompanha um estrito critério anterior-posterior. Verifica-se, nomeadamente, que a palatal /S/ antecede a alveolar /s/. O mesmo tipo de inversão surge quando consideramos a ordenação obtida para a totalidade das líquidas. Observa-se então que uma velar (R) antecede uma palatal (L). Consideradas subclasses de líquidas (laterais e vibrantes), mantém-se a ordenação anterior-posterior no interior de cada uma delas. Ao nível das nasais existe uma indiferenciação quanto a ponto de articulação, já que aí a palatal (J) surge no mesmo momento que a bilabial (m) e a alveolar (n). Em suma, observa-se que o vozeamento actua de forma consistente na geração de dificuldades (oclusivas e fricativas). O lugar opera de forma clara apenas nas oclusivas sonoras e fricativas sonoras. As líquidas apresentam a este respeito uma irregularidade. No entanto, se considerarmos líquidas laterais, a tendência replica-se. Estes dados surgem em abono da realidade psicológica/articulatória das classes de vibrantes e laterais. O agrupamento de ambas na classe das líquidas pode, neste contexto, perder relevância. Existe, assim, um cruzamento de influências sobre a produção do formato CV afectando o constituinte ataque simples. Essas influências configuram níveis de dificuldade específicos para a aquisição de consoantes passíveis de ocupar mais que um constituinte - /S/, /l/ e /r/.consideramos, em primeiro lugar e de forma mais próxima, o posicionamento de cada um destes fonemas na hierarquia de aquisição em CV. Em seguida, atendemos ao estatuto dos fonemas /l/ e /r/ nos constituintes coda (CVC) e ramificação de ataque (CCV). Consideramos separadamente o fonema /S/, já que este apenas pode associar-se à coda e não a uma ramificação de ataque. 7

8 Idade de aquisição de Consoantes em CV segundo critérios de 90%, 95% e 98% Idade k t p v b d m n nh f x l R r g s lh z j Consoantes Gráf. 2. Idade de aquisição para cada fonema consonântico em função de 3 critérios. São assinalados os fonemas /S/, /r/ e /l/. Produção dos fonemas /S/, /l/ e /r/ em CV Tal como é legível no gráf. 2, o fonema fricativo /x/ tem uma idade de aquisição correspondente a 3a, para um critério de 90% de sucesso. O mesmo se pode ler no gráf. 3, podendo aí apreciar-se que se trata de um fonema de aquisição mais precoce que outras fricativas. Idade de aquisição das fricativas para critério de 90% v f S s z Z Gráf.3. Idade de aquisição das fricativas. O fonema /S/ é destacado. 8

9 Os fonemas /l/ e /r/ apresentam, para o mesmo critério, a idade de aquisição de 4a, sendo de aquisição mais precoce que a líquida /L/ (gráf. 4). Idade de aquisição das líquidas para critério de 90% l r R L Gráf. 4. Idade de aquisição das líquidas. Os fonemas /l/ e /r/ são destacados. Produção dos fonemas /l/ e /r/ em CVC e CCV Para a totalidade das crianças, podem ser apreciados os valores de desvio respeitante à articulação dos fonemas /l/ e /r/ nos diversos constituintes (gráf. 5). Desvios por constituência em /l/ e /r/ média de desvio (valores relativos) 0,3 0,25 0,2 0,15 0,1 0,05 0 ataque ramificação coda l r Gráf. 5. Desvios por constituência em fonemas l e r Como pode ser lido, a associação das duas consoantes a um ataque simples comporta percentagens de erro da ordem dos 5%. Nos demais contextos (ramificação de ataque e coda), as percentagens de erro elevam-se substancialmente. Existem diferentes perfis para cada um dos fonemas: 9

10 (1) O fonema /r/ comporta maior quantidade de desvios relativamente ao constituinte homólogo /l/; (2) Esta diferença é mais acentuada na posição de ramificação de ataque ( prato ) coloca claramente mais dificuldades que ( planta ); (3) A influência do constituinte sobre cada fonema é distinta: para /l/, a coda impõe mais dificuldades que a ramificação de ataque ( mal é mais difícil que planta ); para /r/ a ramificação de ataque ( prato ) será mais geradora de dificuldades que a coda ( parto ). Do ponto de vista da idade de aquisição dos fonemas, observa-se que as posições de coda e de ramificação de ataque (gráf. 6) comportam, de forma semelhante, um nível de dificuldade substantivamente mais elevado que o observado no formato CV. Idade de aquisição de /l/ e /r/ em CCV e CVC para critério de 90% r l coda ramificação ataque Gráf. 6. Idade de aquisição de /l/ e /r/ em função do constituinte. O fonema /l/ em coda passa a ser adquirido apenas aos 7a e, em ramificação de ataque, aos 5a. O fonema /r/ em coda passa a ser adquirido aos 6b e, em ramificação de ataque, aos 6a. Na globalidade, surge a hierarquia de acesso [2] [2] ataque l/ataque r<ramificação l<ramificação r<coda r<coda l. Produção do fonema /S/ em CV e CVC A coexistência de codas fricativas (S) com codas líquidas (l e r) impõe ainda o levantamento do estatuto das primeiras no percurso de acesso aos fonemas em causa. 10

11 Para o conjunto das crianças, a coda fricativa gera menos desvios que a líquida lateral e esta que a líquida vibrante. Do ponto de vista da idade de aquisição (critério de 90% de sucesso), verifica-se que a apropriação deste tipo de codas ocorre em momento substancialmente mais precoce (gráf. 7). S r l Gráf. 7. idade de aquisição de codas fricativas ( S) e líquidas (r e l) para critério de 90% de sucesso. Encontramos, assim, uma idade de aquisição da coda fricativa correspondente a 3a a mesma que é apurada quando se analisa o desempenho das mesmas crianças para o formato CV (constituinte ataque simples). A distância entre esta faixa etária e as que marcam a aquisição das codas líquidas (6b para /r/ e 7a para /l/) é clara. Isto significa que tendo em conta apenas a coda - a articulação da palavra pista ou da palavra patos será mais precocemente conseguida que a das palavras perto ou mal. Há, no entanto, que fazer uma salvaguarda no caso da coda fricativa, entram em jogo as forças associadas às marcas de plural. Na verdade, quando a criança acede à produção da palavra patos, actualiza também uma imposição linguística do foro morfológico. Neste sentido, o sucesso em patos resulta - não apenas da consolidação de representações fonológicas mas, também, da consolidação de representações gramaticais. A hipótese segundo a qual a concorrência destas duas forças pode constituir factor de catalização deste tipo de aquisição merece, em consequência, ser examinada. 11

12 Se a hipótese em causa for confirmável, então o factor "posição da sílaba na palavra" afectará o perfil de desempenho nas codas. Concretamente, espera-se que as sílabas finais (portadoras das marcas de plural) induzam um sucesso mais claro. O privilégio das codas fricativas em sílabas em final de palavra é, de facto, confirmado, tal como o gráfico 8 indica. Média de respostas correctas a CV /S/em função da posição da sílaba na palavra (início, meio e fim) 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 início meio fim Gráf.8. Posição da sílaba na palavra e sucesso em codas fricativas. 5. Discussão Verificou-se que os fonemas passíveis de ocupar os três constituintes (ataque, ramificação de ataque e coda - fonema /l/ e fonema /r/) desencadeiam comportamentos fonológicos muito distintos, conforme a associação dos mesmos a cada um dos constituintes. Nos trabalhos de Freitas (1997, 2001), o factor constituência surge associado à definição de uma hierarquia de formatos silábicos. No entanto, as líquidas em causa emergem, aí, ambas na ordem ataque não ramificado< rima ramificada (coda)< ataque ramificado. Na presente investigação verificou-se que a produção dos segmentos em ataque simples é invariavelmente melhor sucedida na totalidade das crianças. No entanto, o grau de dificuldade manifesto junto dos outros dois constituintes (ramificação de ataque e coda) surge invertido. Para /l/ e /r/, as codas constituem-se como o último dos estadios adquiridos (ataque<ataque ramificado<coda). Há que salientar que, segundo um critério de 70% de sucesso, em /r/ ocorre o inverso as codas são mais precoces que as ramificações de ataque. Ao mesmo tempo, 12

13 os resultados para a totalidade das crianças indicam o mesmo as codas com maior sucesso que as ramificações de ataque. Isto poderá sinalizar que o fonema /r/, ocupando o constituinte "ataque ramificado", é de uma efectiva maior dificuldade na totalidade do percurso de aquisição mas é, ao mesmo tempo, objecto de uma aprendizagem terminal mais precoce (critério de >90%). Se, no caso do fonema /r/, os resultados são relativamente ambíguos, para o fonema /l/ surge um padrão de alguma forma surpreendente face aos dados até agora disponíveis para a língua portuguesa. Este surge sob a forma de inversão do padrão esperado para o fonema /l/. A formulação do mesmo pode ser feita em duas perspectivas: existe uma aparente "dificuldade" inerente à coda /l/ e, simultanemanete, uma correlativa da "facilidade" da ramificação de ataque /l/ (relativamente. A especial dificuldade da coda /l/ no PE pode levantar a hipótese explicativa da não vinculação a marcas gramaticais, ao contrário do que acontece com a coda /r/ (verbos). Trata-se de uma hipótese a merecer posteriores abordagens. A análise do comportamento linguístico das crianças face aos fonemas /l/ e /r/ em diferentes constituintes faz, assim, notar a variabilidade da produção do fonema em função da constituência. Este quadro não é mantido quando se trata do fonema /S/,já que a idade de aquisição deste tipo de codas é a mesma que se verifica para formato CV. Assim, muito embora os resultados ao nível do formato apontem para a anterioridade do ataque simples (CV) face à coda (CVC), a especificidade fonemática da coda parece ser um factor de peso. Significa isto que tratar-se de uma coda não é, em si, um factor absolutamente determinante da produção linguística, já que no caso do /S/ parece ser indiferente tratar-se de um ataque simples ou de uma coda. Também os dados de Freitas (1997) a este respeito colocam as codas fricativas em vantagem desenvolvimental. Lamprecht (1993) reforça ainda esta ideia, situando o "fechamento com a fricativa..." (p.103) até aos 3:08 no máximo e, aos 4:01, o fechamento com a líquida não lateral. A coda líquida lateral é apresentada por Lamprecht (idem) como não constituindo dificuldade, por ser semivocalizada. Esta é, contudo, uma particularidade do português brasileiro que inviabiliza qualquer comparação com os resultados de crianças falantes do português europeu. Existe, contudo, convergência quanto à precedência da coda fricativa relativamente à líquida não lateral. Em suma, existem forças concorrentes. Por um lado, o factor constituência (ataque vs. coda vs. ramificação de ataque) interfere na aquisição de fonemas. Porém, 13

14 no caso das codas (/s/, /l/, /r/), o fonema que a constitui determina ele próprio formas diferentes de domínio. Assim, não representa igual nível de dificuldade uma coda quer ela seja fricativa, líquida lateral ou líquida vibrante. Por esta razão, deixa de fazer sentido a definição de um só estadio para a aquisição de codas. Quanto ao aspecto específico da posição da sílaba com coda fricativa na palavra, confirma-se a tendência - observada na clínica - para o privilégio das codas fricativas em posição de final de palavra face às codas fricativas em outras posições. Esta tendência - de resto geral na totalidade das sílabas - reforça um princípio de facilitação oriundo dos marcadores morfossintácticos (marcas de plural). A partir dos resultados obtidos, verifica-se que as situações em que a coda fricativa é efectivamente um plural - posição final de palavra - são mais facilitadas na sua produtividade fonológica. Isto não impede que - como vimos atrás - a coda fricativa seja, em geral, de mais fácil produção. 6. Principais conclusões A consideração do fonema como unidade de estudo na abordagem da aquisição de uma língua tem um fundamento parcial, já que o modo, o ponto e o vozeamento interferem a níveis diversos na realização das distintas consoantes iniciais de um mesmo formato - CV. No entanto, parece existir uma clara relação "top-down" (determinação da sílaba sobre o segmento). Por um lado, a emergência de /r/ e /l/ em codas e ramificações de ataque é claramente mais tardia que em ataque simples. Se a aquisição da estrutura silábica é, em parte, condição para a realização do fonema, o inverso também ocorre. A aquisição de codas obedece a hierarquias distintas conforme se trata de fonemas líquidos ou da fricativa. Desta forma, uma sequência de aquisição de constituintes problemáticos parece não ser totalmente independente do tipo de fonema em causa. Por tudo isto, em geral, a noção de aquisição de fonema, tal como ela foi abordada em diversos estudos numa perspectiva histórica, surge como frágil à luz das determinações demonstradas. Adquirir o segmento não é, em suma, algo que ocorra de forma autónoma e dissociada dos contextos suprassegmentais que os incluem. Parecem surgir, no termo deste percurso, um conjunto de novas problematizações que se nos afiguram relevantes, quer para um conhecimento do percurso real de aquisição nas crianças falantes do PE, quer para o próprio. 14

15 Referências BERNHARDT, B. & STOEL GAMMON, C. Nonlinear phonology: introduction and clinical applications. Journal of Speech and Hearing Research, 37,

16 BLEVINS, J. The syllable in phonological theory. In J. GOLDSMITH (Ed.), The Handbook of Phonological Theory. Cambridge: Blackwell DICIONÁRIO de SOCIOLOGIA (1988) Tipologia PCS. FREITAS, M. Aquisição da Estrutura Silábica do Português Europeu. [Tese de Doutoramento]. Lisboa: Universidade de Lisboa FREITAS, M. J. & SANTOS, A. Contar (histórias de) Sílabas. Lisboa: Colibri LAMPRECHT, R. A aquisição da fonologia do português na faixa etária dos 2:9-5:5. Letras de Hoje, 20, DICIONÁRIO de SOCIOLOGIA (1988) Tipologia PCS. 16

Objetivo. Letras. Análise Linguística? Em que consiste? Estruturas fonológicas da língua portuguesa. Prof a : Dr a. Leda Cecília Szabo

Objetivo. Letras. Análise Linguística? Em que consiste? Estruturas fonológicas da língua portuguesa. Prof a : Dr a. Leda Cecília Szabo Letras Prof a : Dr a. Leda Cecília Szabo Estruturas fonológicas da língua portuguesa Objetivo Entrar em contato com as características da análise fonológica. Conhecer os fonemas consonantais e vocálicos

Leia mais

24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano

24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano 24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano Mariana Tavares Colégio Camões, Rio Tinto João Pedro da Ponte Departamento de Educação e Centro de Investigação em Educação Faculdade de Ciências

Leia mais

Barómetro Regional da Qualidade Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços de Saúde

Barómetro Regional da Qualidade Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços de Saúde Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços de Saúde Entidade Promotora Concepção e Realização Enquadramento Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços de Saúde Índice RESUMO EXECUTIVO...

Leia mais

Modelo Cascata ou Clássico

Modelo Cascata ou Clássico Modelo Cascata ou Clássico INTRODUÇÃO O modelo clássico ou cascata, que também é conhecido por abordagem top-down, foi proposto por Royce em 1970. Até meados da década de 1980 foi o único modelo com aceitação

Leia mais

GRUPO DISCIPLINAR DE INGLÊS - 330. Critérios de Avaliação. Ano letivo 2015/2016

GRUPO DISCIPLINAR DE INGLÊS - 330. Critérios de Avaliação. Ano letivo 2015/2016 GRUPO DISCIPLINAR DE INGLÊS - 330 Critérios de Avaliação Ano letivo 2015/2016 Em conformidade com os programas e respectivas orientações e processos de operacionalização da disciplina de Inglês procurou-se

Leia mais

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL Ana Rita Ramos 1 Cristina Silva 2 1 Departamento de Análise de Riscos e Solvência do ISP 2 Departamento de Estatística e Controlo de Informação do ISP As opiniões

Leia mais

CAPÍTULO 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

CAPÍTULO 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS CAPÍTULO 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS Após a aplicação do instrumento de recolha de dados, torna-se necessário proceder à respectiva apresentação e análise dos mesmos, a fim de se poderem extrair

Leia mais

ESTRUTURA EMPRESARIAL NACIONAL 1995/98

ESTRUTURA EMPRESARIAL NACIONAL 1995/98 ESTRUTURA EMPRESARIAL NACIONAL 1995/98 NOTA METODOLÓGICA De acordo com a definição nacional, são pequenas e médias empresas aquelas que empregam menos de 500 trabalhadores, que apresentam um volume de

Leia mais

Desigualdade Económica em Portugal

Desigualdade Económica em Portugal Desigualdade Económica em Portugal Principais resultados 1 A publicação anual pelo Eurostat e pelo INE de indicadores de desigualdade na distribuição pessoal do rendimento em Portugal, e a sua comparação

Leia mais

A INVESTIGAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA E A SUA EVOLUÇÃO

A INVESTIGAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA E A SUA EVOLUÇÃO A INVESTIGAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA E A SUA EVOLUÇÃO Alexandre Homem de Cristo A ciência política cresceu e afirmou-se enquanto disciplina científica em Portugal, desde os anos 1990, sendo a face mais evidente

Leia mais

Classes sociais. Ainda são importantes no comportamento do consumidor? Joana Miguel Ferreira Ramos dos Reis; nº 209479 17-10-2010

Classes sociais. Ainda são importantes no comportamento do consumidor? Joana Miguel Ferreira Ramos dos Reis; nº 209479 17-10-2010 Universidade Técnica de Lisboa - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Ciências da Comunicação Pesquisa de Marketing Docente Raquel Ribeiro Classes sociais Ainda são importantes no comportamento

Leia mais

GT Psicologia da Educação Trabalho encomendado. A pesquisa e o tema da subjetividade em educação

GT Psicologia da Educação Trabalho encomendado. A pesquisa e o tema da subjetividade em educação GT Psicologia da Educação Trabalho encomendado A pesquisa e o tema da subjetividade em educação Fernando Luis González Rey 1 A subjetividade representa um macroconceito orientado à compreensão da psique

Leia mais

Investimento Directo Estrangeiro e Salários em Portugal Pedro Silva Martins*

Investimento Directo Estrangeiro e Salários em Portugal Pedro Silva Martins* Investimento Directo Estrangeiro e Salários em Portugal Pedro Silva Martins* Os fluxos de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) para Portugal tornaram-se uma componente importante da economia portuguesa

Leia mais

Notas sobre a população a propósito da evolução recente do número de nascimentos

Notas sobre a população a propósito da evolução recente do número de nascimentos Maria João Valente Rosa* Análise Social, vol. xxxiii (145), 1998 (1. ), 183-188 Notas sobre a população a propósito da evolução recente do número de nascimentos O número de nascimentos em Portugal tem

Leia mais

INFORMAÇÃO-PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA

INFORMAÇÃO-PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA Ano Letivo 2012/2013 INFORMAÇÃO-PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho Disciplina: ECONOMIA C Prova/Código: 312 Ano(s) de Escolaridade: 12º Ano 1. Introdução A prova

Leia mais

AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS D. ANTÓNIO FERREIRA GOMES INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA DE INGLÊS 2º CICLO ANO 2015

AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS D. ANTÓNIO FERREIRA GOMES INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA DE INGLÊS 2º CICLO ANO 2015 AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS D. ANTÓNIO FERREIRA GOMES INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA DE INGLÊS 2º CICLO ANO 2015 1. Introdução O presente documento visa divulgar as características da

Leia mais

Sons Vocais do Inglês Americano

Sons Vocais do Inglês Americano Sons Vocais do Inglês Americano Existem mais de 40 sons vocais no inglês americano que podem ser classificados de acordo com a forma básica em que são produzidos. Classe quanto á forma Vogais Fricativas

Leia mais

IV Fórum do Sector Segurador e Fundos de Pensões. Lisboa, 15 de Abril de 2009

IV Fórum do Sector Segurador e Fundos de Pensões. Lisboa, 15 de Abril de 2009 IV Fórum do Sector Segurador e Fundos de Pensões Lisboa, 15 de Abril de 2009 Foi com todo o gosto e enorme interesse que aceitei o convite do Diário Económico para estar presente neste IV Fórum do sector

Leia mais

SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Art.º 22.º do Regulamento de Estágio, publicado no Diário da República de 9 de Fevereiro de 2010)

SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Art.º 22.º do Regulamento de Estágio, publicado no Diário da República de 9 de Fevereiro de 2010) SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Art.º 22.º do Regulamento de Estágio, publicado no Diário da República de 9 de Fevereiro de 2010) 1 SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO (Artigo

Leia mais

2006/2011 ES JOSÉ AUGUSTO LUCAS OEIRAS RESULTADOS DOS EXAMES DOS 11.º/12.º ANOS DE ESCOLARIDADE

2006/2011 ES JOSÉ AUGUSTO LUCAS OEIRAS RESULTADOS DOS EXAMES DOS 11.º/12.º ANOS DE ESCOLARIDADE 1 ES JOSÉ AUGUSTO LUCAS OEIRAS RESULTADOS DOS EXAMES DOS 11.º/12.º ANOS DE ESCOLARIDADE 2006/2011 2 3 INTRODUÇÃO 4 SUMÁRIO 5 A EVOLUÇÃO DOS RESULTADOS DOS EXAMES DO 12º ANO MÉDIAS POR ESCOLA 11 ANÁLISE

Leia mais

DIMENSÃO DE CONSTRUÍDO

DIMENSÃO DE CONSTRUÍDO Ano letivo 2013-2014 Programa de Apoio à Avaliação do Sucesso Académico DIMENSÃO DE CONSTRUÍDO (Avaliação Formativa) REFERENCIAL IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR Agrupamento de Escolas D. Sancho I

Leia mais

Começo por apresentar uma breve definição para projecto e para gestão de projectos respectivamente.

Começo por apresentar uma breve definição para projecto e para gestão de projectos respectivamente. The role of Project management in achieving Project success Ao longo da desta reflexão vou abordar os seguintes tema: Definir projectos, gestão de projectos e distingui-los. Os objectivos da gestão de

Leia mais

Múltiplos Estágios processo com três estágios Inquérito de Satisfação Fase II

Múltiplos Estágios processo com três estágios Inquérito de Satisfação Fase II O seguinte exercício contempla um processo com três estágios. Baseia-se no Inquérito de Satisfação Fase II, sendo, por isso, essencial compreender primeiro o problema antes de começar o tutorial. 1 1.

Leia mais

O ALOJAMENTO NO TERRITÓRIO DOURO ALLIANCE - EIXO URBANO DO DOURO

O ALOJAMENTO NO TERRITÓRIO DOURO ALLIANCE - EIXO URBANO DO DOURO O ALOJAMENTO NO TERRITÓRIO DOURO ALLIANCE - EIXO URBANO DO DOURO Vila Real, Março de 2012 ÍNDICE INTRODUÇÃO... 4 CAPITULO I Distribuição do alojamento no Território Douro Alliance... 5 CAPITULO II Estrutura

Leia mais

Revista Perspectiva. 2 Como o artigo que aqui se apresente é decorrente de uma pesquisa em andamento, foi possível trazer os

Revista Perspectiva. 2 Como o artigo que aqui se apresente é decorrente de uma pesquisa em andamento, foi possível trazer os OS SABERES CIENTÍFICOS SOBRE A EDUCAÇÃO INFANTIL: continuidades e descontinuidades na produção acadêmica recente. CAMPOS, Mariê Luise Campos UFSC mariecampos10@gmail.com eixo: Educação e Infância / n.

Leia mais

AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTILIZADORES DO CANAL INTERNET AT 2014

AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTILIZADORES DO CANAL INTERNET AT 2014 AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTILIZADORES DO CANAL INTERNET AT Março 2015 AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTILIZADORES CANAL INERNET AT AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTILIZADORES DO CANAL INTERNET AT Autoridade

Leia mais

GESTÃO CURRICULAR LOCAL: FUNDAMENTO PARA A PROMOÇÃO DA LITERACIA CIENTÍFICA. José Luís L. d`orey 1 José Carlos Bravo Nico 2 RESUMO

GESTÃO CURRICULAR LOCAL: FUNDAMENTO PARA A PROMOÇÃO DA LITERACIA CIENTÍFICA. José Luís L. d`orey 1 José Carlos Bravo Nico 2 RESUMO GESTÃO CURRICULAR LOCAL: FUNDAMENTO PARA A PROMOÇÃO DA LITERACIA CIENTÍFICA José Luís L. d`orey 1 José Carlos Bravo Nico 2 RESUMO Resumo A Reorganização Curricular formalmente estabelecida pelo Decreto-lei

Leia mais

O Processo Básico de Reorganização da Economia

O Processo Básico de Reorganização da Economia O Processo Básico de Reorganização da Economia É útil, sempre, mas particularmente no tempo que vivemos, mantermos clara a compreensão do processo de reorganização da economia dos agentes intervenientes

Leia mais

Desigualdade Económica em Portugal

Desigualdade Económica em Portugal Observatório Pedagógico Desigualdade Económica em Portugal Carlos Farinha Rodrigues ISEG / Universidade Técnica de Lisboa Um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos 18 de Outubro de 2012 2 Objectivos:

Leia mais

ESLC 2011 LÍNGUAS ESTRANGEIRAS PROJAVI PROJETOS DE AVALIAÇÃO INTERNACIONAL DE ALUNOS

ESLC 2011 LÍNGUAS ESTRANGEIRAS PROJAVI PROJETOS DE AVALIAÇÃO INTERNACIONAL DE ALUNOS 1 PROJAVI PROJETOS DE AVALIAÇÃO INTERNACIONAL DE ALUNOS 2 SUMÁRIO EXECUTIVO ESCL apresentação do estudo O primeiro Inquérito Europeu às Competências em Línguas (ESLC 1 ), iniciativa da Comissão Europeia,

Leia mais

PUBLICAÇÕES:TECNOMETAL n.º 139 (Março/Abril de 2002) KÉRAMICA n.º 249 (Julho/Agosto de 2002)

PUBLICAÇÕES:TECNOMETAL n.º 139 (Março/Abril de 2002) KÉRAMICA n.º 249 (Julho/Agosto de 2002) TÍTULO: Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho AUTORIA: Paula Mendes PUBLICAÇÕES:TECNOMETAL n.º 139 (Março/Abril de 2002) KÉRAMICA n.º 249 (Julho/Agosto de 2002) FUNDAMENTOS A nível dos países

Leia mais

INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA INGLÊS LE I (2 anos) 2015

INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA INGLÊS LE I (2 anos) 2015 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA INGLÊS LE I (2 anos) 2015 Prova 06 / 2015 --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Leia mais

Unidade: Os Níveis de Análise Linguística I. Unidade I:

Unidade: Os Níveis de Análise Linguística I. Unidade I: Unidade: Os Níveis de Análise Linguística I Unidade I: 0 OS NÍVEIS DE ANÁLISE LINGUÍSTICA I Níveis de análise da língua Análise significa partição em segmentos menores para melhor compreensão do tema.

Leia mais

12 EXCEL MACROS E APLICAÇÕES

12 EXCEL MACROS E APLICAÇÕES INTRODUÇÃO O principal objetivo deste livro é auxiliar o leitor na sua aprendizagem sobre os recursos avançados do Excel em especial na interligação com o Visual Basic for Applications (VBA). Pretende-se

Leia mais

Gestão da inovação A avaliação e a medição das actividades de IDI

Gestão da inovação A avaliação e a medição das actividades de IDI Gestão da inovação A avaliação e a medição das actividades de IDI Projecto GAPI 2.0 Universidade de Aveiro, 19 de Fevereiro de 2010 João M. Alves da Cunha Introdução Modelo de Interacções em cadeia Innovation

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA E ESTATÍSTICA DATA MINING EM VÍDEOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA E ESTATÍSTICA DATA MINING EM VÍDEOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA E ESTATÍSTICA DATA MINING EM VÍDEOS VINICIUS DA SILVEIRA SEGALIN FLORIANÓPOLIS OUTUBRO/2013 Sumário

Leia mais

circular ifdr Noção de Organismo de Direito Público para efeitos do cálculo de despesa pública SÍNTESE: ÍNDICE

circular ifdr Noção de Organismo de Direito Público para efeitos do cálculo de despesa pública SÍNTESE: ÍNDICE N.º 01/2008 Data: 2008/07/16 Noção de Organismo de Direito Público para efeitos do cálculo de despesa pública Elaborada por: Núcleo de Apoio Jurídico e Contencioso e Unidade de Certificação SÍNTESE: A

Leia mais

FICHA TÉCNICA AUTORIA DESIGN IMPRESSÃO TIRAGEM ISBN DEPÓSITO LEGAL EDIÇÃO. Relatório Síntese. Rita Espanha, Patrícia Ávila, Rita Veloso Mendes

FICHA TÉCNICA AUTORIA DESIGN IMPRESSÃO TIRAGEM ISBN DEPÓSITO LEGAL EDIÇÃO. Relatório Síntese. Rita Espanha, Patrícia Ávila, Rita Veloso Mendes Relatório Síntese FICHA TÉCNICA AUTORIA Rita Espanha, Patrícia Ávila, Rita Veloso Mendes DESIGN IP design gráfico, Lda. IMPRESSÃO Jorge Fernandes, Lda. TIRAGEM 200 exemplares ISBN 978-989-8807-27-4 DEPÓSITO

Leia mais

O Quadro Nacional de Qualificações e a sua articulação com o Quadro Europeu de Qualificações

O Quadro Nacional de Qualificações e a sua articulação com o Quadro Europeu de Qualificações O Quadro Nacional de Qualificações e a sua articulação com o Quadro Europeu de Qualificações CENFIC 13 de Novembro de 2009 Elsa Caramujo Agência Nacional para a Qualificação 1 Quadro Europeu de Qualificações

Leia mais

Ministério das Finanças Instituto de Informática. Departamento de Sistemas de Informação

Ministério das Finanças Instituto de Informática. Departamento de Sistemas de Informação Ministério das Finanças Instituto de Informática Departamento de Sistemas de Informação Assiduidade para Calendários Específicos Junho 2010 Versão 6.0-2010 SUMÁRIO 1 OBJECTIVO 4 2 ECRÃ ELIMINADO 4 3 NOVOS

Leia mais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANTÓNIO FEIJÓ

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANTÓNIO FEIJÓ FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL 1 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ANTÓNIO FEIJÓ EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR REGISTO DE OBSERVAÇÃO / AVALIAÇÃO Nome Data de Nascimento / / Jardim de Infância de Educadora de Infância AVALIAÇÃO

Leia mais

CONCLUSÕES. Conclusões 413

CONCLUSÕES. Conclusões 413 CONCLUSÕES Conclusões 413 Conclusões 414 Conclusões 415 CONCLUSÕES I - Objectivos do trabalho e resultados obtidos O trabalho realizado teve como objecto de estudo a marca corporativa e a investigação

Leia mais

Desigualdade Económica em Portugal

Desigualdade Económica em Portugal Desigualdade Económica em Portugal A publicação anual pelo Eurostat e pelo INE de indicadores de desigualdade na distribuição pessoal do rendimento em Portugal, e a sua comparação com os dos restantes

Leia mais

Dias, Paulo (2004). Comunidades de aprendizagem e formação on-line. Nov@ Formação, Ano 3, nº3, pp.14-17

Dias, Paulo (2004). Comunidades de aprendizagem e formação on-line. Nov@ Formação, Ano 3, nº3, pp.14-17 Comunidades de aprendizagem e formação on-line Paulo Dias Universidade do Minho pdias@iep.uminho.pt Introdução Comunicar e aprender em rede constituem dois aspectos de uma das mais profundas mudanças em

Leia mais

Os Segredos da Produtividade. por Pedro Conceição

Os Segredos da Produtividade. por Pedro Conceição Os Segredos da Produtividade por Pedro Conceição Em 1950, cada português produzia durante uma hora de trabalho um quinto do que um trabalhador norte-americano conseguia na mesma hora. Em 1999 esta diferença

Leia mais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS Nº 2 DE ABRANTES Área Disciplinar de Biologia e Geologia ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS ALUNOS (1º PERÍODO 2013/2014)

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS Nº 2 DE ABRANTES Área Disciplinar de Biologia e Geologia ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS ALUNOS (1º PERÍODO 2013/2014) AGRUPAMENTO DE ESCOLAS Nº 2 DE ABRANTES Área Disciplinar de Biologia e Geologia ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS ALUNOS (1º PERÍODO 2013/2014) (Anexo à ata nº 4, da reunião de 07-03-2014) A. LEITURA GLOBAL DOS

Leia mais

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) por Mónica Montenegro, Coordenadora da área de Recursos Humanos do MBA em Hotelaria e

Leia mais

PLANO DE PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA NO CONSUMO (PPEC) REVISÃO DAS REGRAS

PLANO DE PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA NO CONSUMO (PPEC) REVISÃO DAS REGRAS PLANO DE PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA NO CONSUMO (PPEC) REVISÃO DAS REGRAS Intervenção do Senhor Presidente da CIP Confederação da Indústria Portuguesa, Eng.º Francisco van Zeller, na Audição Pública (CCB, 04/04/2008)

Leia mais

TIC Unidade 2 Base de Dados. Informação é todo o conjunto de dados devidamente ordenados e organizados de forma a terem significado.

TIC Unidade 2 Base de Dados. Informação é todo o conjunto de dados devidamente ordenados e organizados de forma a terem significado. Conceitos relativos à Informação 1. Informação O que á a informação? Informação é todo o conjunto de dados devidamente ordenados e organizados de forma a terem significado. 2. Dados Em informática designa-se

Leia mais

As leis da procura e oferta são fundamentais para o entendimento correcto do funcionamento do sistema de mercado.

As leis da procura e oferta são fundamentais para o entendimento correcto do funcionamento do sistema de mercado. CAPÍTULO 3 PROCURA, OFERTA E PREÇOS Introdução As leis da procura e oferta são fundamentais para o entendimento correcto do funcionamento do sistema de mercado. O conhecimento destas leis requer que, em

Leia mais

Acesso não regular à formação superior e creditação de qualificações académicas e profissionais

Acesso não regular à formação superior e creditação de qualificações académicas e profissionais Acesso não regular à formação superior e creditação de qualificações académicas e profissionais A experiência da Universidade de Lisboa Ana Paula Curado Universidade de Lisboa, Reitoria Gabinete de Apoio

Leia mais

Proposta de reformulação da Pós-Graduação em Teatro e Comunidade ESMAE-IPP (aumento para 60 créditos)

Proposta de reformulação da Pós-Graduação em Teatro e Comunidade ESMAE-IPP (aumento para 60 créditos) Proposta de reformulação da Pós-Graduação em Teatro e Comunidade ESMAE-IPP (aumento para 60 créditos) Claire Binyon, Hugo Cruz e Sónia Passos 1. Evolução da Pós-Graduação em Teatro e Comunidade na ESMAE

Leia mais

Português Abril 2015

Português Abril 2015 Direção Geral de Estabelecimentos Escolares AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PÓVOA DE LANHOSO - 150915 Informação Prova Final de ciclo a nível de escola Português Abril 2015 Prova 81/ 2015 3.º Ciclo do Ensino

Leia mais

FERNANDO TARALLO EM TRÊS MOMENTOS

FERNANDO TARALLO EM TRÊS MOMENTOS FERNANDO TARALLO EM TRÊS MOMENTOS Antonio Carlos Santana de Souza (UEMS / PPGLETRAS UFGRS) acssuems@gmail.com Reúno aqui a resenha de três textos que foram muito importantes para a minha formação sociolinguística.

Leia mais

4. CONCLUSÕES. 4.1 - Principais conclusões.

4. CONCLUSÕES. 4.1 - Principais conclusões. 4. CONCLUSÕES Neste último Capítulo da nossa investigação iremos apresentar as principais conclusões deste estudo, como também as suas limitações e sugestões para futuras investigações. 4.1 - Principais

Leia mais

Parecer. Conselheiro/Relator: Maria da Conceição Castro Ramos

Parecer. Conselheiro/Relator: Maria da Conceição Castro Ramos Parecer Projeto de Decreto-Lei que procede à revisão do regime jurídico da habilitação profissional para a docência dos educadores e professores dos ensinos básico e secundário Conselheiro/Relator: Maria

Leia mais

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou nesta terça-feira os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos,

Leia mais

CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES. 1. Conclusões e Recomendações

CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES. 1. Conclusões e Recomendações 153 CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES 1. Conclusões e Recomendações Um Estudo de Caso, como foi salientado no capítulo Metodologia deste estudo, traz à baila muitas informações sobre uma

Leia mais

M V O I V M I E M N E T N O T O D E D E C A C R A G R A G A E E D E D E N A N V A I V O I S O

M V O I V M I E M N E T N O T O D E D E C A C R A G R A G A E E D E D E N A N V A I V O I S O MOVIMENTO DE CARGA E DE NAVIOS NOS PORTOS DO CONTINENTE JUNHO DE 2014 (Valores Acumulados) Página 1 de 33 ÍNDICE Factos mais relevantes do movimento portuário no 1º semestre de 2014 0. Movimento por Tipo

Leia mais

Introdução. instituição. 1 Dados publicados no livro Lugar de Palavra (2003) e registro posterior no banco de dados da

Introdução. instituição. 1 Dados publicados no livro Lugar de Palavra (2003) e registro posterior no banco de dados da Introdução O interesse em abordar a complexidade da questão do pai para o sujeito surgiu em minha experiência no Núcleo de Atenção à Violência (NAV), instituição que oferece atendimento psicanalítico a

Leia mais

Hans J. Vermeer Skopos and commission in translational action

Hans J. Vermeer Skopos and commission in translational action Hans J. Vermeer Skopos and commission in translational action 1 Synopsis? Introdução de conceitos importantes para a Skopostheorie de Vermeer: Skopos - termo técnico para o objectivo ou propósito da tradução;

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

Definições (parágrafo 9) 9 Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados

Definições (parágrafo 9) 9 Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados Norma contabilística e de relato financeiro 14 Concentrações de actividades empresariais Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Relato Financeiro IFRS 3

Leia mais

Organização. Trabalho realizado por: André Palma nº 31093. Daniel Jesus nº 28571. Fábio Bota nº 25874. Stephane Fernandes nº 28591

Organização. Trabalho realizado por: André Palma nº 31093. Daniel Jesus nº 28571. Fábio Bota nº 25874. Stephane Fernandes nº 28591 Organização Trabalho realizado por: André Palma nº 31093 Daniel Jesus nº 28571 Fábio Bota nº 25874 Stephane Fernandes nº 28591 Índice Introdução...3 Conceitos.6 Princípios de uma organização. 7 Posição

Leia mais

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS No âmbito da avaliação realizada, a nível internacional, sobre os fundamentos da crise financeira iniciada no Verão

Leia mais

Os domínios da Oralidade e da Gramática no ensino básico

Os domínios da Oralidade e da Gramática no ensino básico Ação de Formação Os domínios da Oralidade e da Gramática no ensino básico Fevereiro 7, 28 Março: 7 Abril: 11 Formadora Doutora Carla Gerardo 1- Modalidade: Oficina de Formação Duração: 25 horas+25 horas

Leia mais

AS DESIGUALDADES DE REMUNERAÇÕES ENTRE HOMENS E MULHERES AUMENTAM COM O AUMENTO DO NIVEL DE ESCOLARIDADE E DE QUALIFICAÇÃO DAS MULHERES

AS DESIGUALDADES DE REMUNERAÇÕES ENTRE HOMENS E MULHERES AUMENTAM COM O AUMENTO DO NIVEL DE ESCOLARIDADE E DE QUALIFICAÇÃO DAS MULHERES Desigualdades graves entre Homens e Mulheres com escolaridade e qualificação elevadas Pág. 1 AS DESIGUALDADES DE REMUNERAÇÕES ENTRE HOMENS E MULHERES AUMENTAM COM O AUMENTO DO NIVEL DE ESCOLARIDADE E DE

Leia mais

Caso Prático 2. O Ministro de Estado e das Finanças aprovou o seguinte despacho:

Caso Prático 2. O Ministro de Estado e das Finanças aprovou o seguinte despacho: Caso Prático 2 O Ministro de Estado e das Finanças aprovou o seguinte despacho: 1 O Instituto de Informática deve adquirir 200 servidores da marca ZXZ, por forma a garantir o correcto armazenamento do

Leia mais

PARECER CE N.º 256 / 2010

PARECER CE N.º 256 / 2010 PARECER CE N.º 256 / 2010 ASSUNTO: Formação de Supervisores Clínicos em Prática Tutelada em Enfermagem O CE ADOPTA NA ÍNTEGRA O PARECER Nº 79 / 2010 / COMISSÃO DE FORMAÇÃO 1. Enquadramento O Modelo de

Leia mais

INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO A partir de meados do século xx a actividade de planeamento passou a estar intimamente relacionada com o modelo racional. Uma das propostas que distinguia este do anterior paradigma era a integração

Leia mais

111 ENSINO FUNDAMENTAL

111 ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO FUNDAMENTAL 111 A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS NO MUNICÍPIO 112 O Sistema Público Municipal de Ensino de Viana, acompanhando as mudanças educacionais de ordem político-pedagógica

Leia mais

Workshop de Economia da Saúde

Workshop de Economia da Saúde A Doença de Baumol Portugal e a Experiência dos Países da OCDE UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA João Tovar Jalles Fevereiro 2006 (1) Sector da Saúde com importância económica e social crescente na sociedade

Leia mais

IMS Health. Carlos Mocho. General Manager. www.imshealth.com

IMS Health. Carlos Mocho. General Manager. www.imshealth.com IMS Health Carlos Mocho General Manager www.imshealth.com Q. A IMS tem actividade em Portugal e Fale-nos um pouco da actividade da empresa? R. A IMS Portugal iniciou em Portugal no inicio deste ano (2008),

Leia mais

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas.

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas. SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas. SANTOS, Silvana Salviano silvanasalviano@hotmail.com UNEMAT Campus de Juara JESUS, Lori Hack de lorihj@hotmail.com UNEMAT

Leia mais

1.º CEB. Clara Amorim

1.º CEB. Clara Amorim 1.º CEB Metas Curriculares de Português Documento de referência para o ensino e a aprendizagem e para a avaliação interna e externa, de progressiva utilização obrigatória. Contém os conteúdos do programa

Leia mais

Escola de Educação Básica São Judas Tadeu. APAE Jaguariaíva/PR Modalidade de Educação Especial. Professora: Héber Fabiana Vieira de Souza Mello.

Escola de Educação Básica São Judas Tadeu. APAE Jaguariaíva/PR Modalidade de Educação Especial. Professora: Héber Fabiana Vieira de Souza Mello. Escola de Educação Básica São Judas Tadeu. APAE Jaguariaíva/PR Modalidade de Educação Especial. Professora: Héber Fabiana Vieira de Souza Mello. Relatório de Prática Pedagógica Ensino Fundamental Fase

Leia mais

B. Qualidade de Crédito dos Investimentos das Empresas de Seguros e dos Fundos de Pensões. 1. Introdução. 2. Âmbito

B. Qualidade de Crédito dos Investimentos das Empresas de Seguros e dos Fundos de Pensões. 1. Introdução. 2. Âmbito B. Qualidade de Crédito dos Investimentos das Empresas de Seguros e dos Fundos de Pensões 1. Introdução A mensuração, mitigação e controlo do nível de risco assumido pelos investidores institucionais (e

Leia mais

PROGRAMA DE UNIDADE CURRICULAR. Curso: Licenciatura em Educação Básica Ciclo: 1º Ramo: Educação Ano: 2º Designação:

PROGRAMA DE UNIDADE CURRICULAR. Curso: Licenciatura em Educação Básica Ciclo: 1º Ramo: Educação Ano: 2º Designação: PROGRAMA DE UNIDADE CURRICULAR Curso: Licenciatura em Educação Básica Ciclo: 1º Ramo: Educação Ano: 2º Designação: Aquisição e Desenvolvimento da Linguagem Créditos: 5 Departamento: Ciências da Comunicação

Leia mais

Excelência Sr. Presidente da Associação Angolana de Bancos, Distintos Membros dos Conselhos de Administração dos Bancos

Excelência Sr. Presidente da Associação Angolana de Bancos, Distintos Membros dos Conselhos de Administração dos Bancos Excelência Sr. Presidente da Associação Angolana de Bancos, Distintos Membros dos Conselhos de Administração dos Bancos Comerciais, Caros Convidados, Minhas senhoras e meus senhores. O evento que hoje

Leia mais

CAP. I ERROS EM CÁLCULO NUMÉRICO

CAP. I ERROS EM CÁLCULO NUMÉRICO CAP. I ERROS EM CÁLCULO NUMÉRICO 0. Introdução Por método numérico entende-se um método para calcular a solução de um problema realizando apenas uma sequência finita de operações aritméticas. A obtenção

Leia mais

A VISTA BACKSTAGE PRINCIPAIS OPÇÕES NO ECRÃ DE ACESSO

A VISTA BACKSTAGE PRINCIPAIS OPÇÕES NO ECRÃ DE ACESSO DOMINE A 110% ACCESS 2010 A VISTA BACKSTAGE Assim que é activado o Access, é visualizado o ecrã principal de acesso na nova vista Backstage. Após aceder ao Access 2010, no canto superior esquerdo do Friso,

Leia mais

Ser Voluntário. Ser Solidário.

Ser Voluntário. Ser Solidário. Ser Voluntário. Ser Solidário. Dia Nacional da Cáritas 2011 Colóquio «Ser Voluntário. Ser Solidário». Santarém, 2011/03/26 Intervenção do Secretário Executivo do CNE, João Teixeira. (Adaptada para apresentação

Leia mais

EMPREGABILIDADE DOS PSICÓLOGOS:

EMPREGABILIDADE DOS PSICÓLOGOS: EMPREGABILIDADE DOS PSICÓLOGOS: FACTOS E MITOS VÍTOR COELHO E ANA AMARO OBSERVATÓRIO DE EMPREGABILIDADE DA OPP Durante os últimos anos, periodicamente, têm sido apresentados dados contrastantes sobre os

Leia mais

Quadro 2 Distribuição temporal das partes do teste. Pausa para recolha e distribuição de material

Quadro 2 Distribuição temporal das partes do teste. Pausa para recolha e distribuição de material Projeto Testes Intermédios 2012/2013 3.º Ciclo INGLÊS Informação n.º 2 OBJETO DE AVALIAÇÃO Os testes intermédios de Inglês, LE I (9.º ano) têm por referência o Programa de Inglês, 3.º Ciclo, LE I e o Quadro

Leia mais

PROJECTOS DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

PROJECTOS DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO PROJECTOS DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO Clip-art Retrieval using Sketches PTDC/EIA-EIA/108077/2008 Deliverable: D3 Feature Extraction Library (Vectors) Task: T3 Feature Extraction

Leia mais

Manual do Ambiente Moodle para Professores

Manual do Ambiente Moodle para Professores UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL Manual do Ambiente Moodle para Professores Tarefas Versão 1.0b Setembro/2011 Direitos Autorais: Essa apostila está licenciada sob uma Licença Creative Commons 3.0

Leia mais

ENSINO FUNDAMENTAL. De acordo a LDB 9394/96 o Ensino Fundamental, juntamente com a Educação Infantil e o Ensino Médio, compõe a Educação básica.

ENSINO FUNDAMENTAL. De acordo a LDB 9394/96 o Ensino Fundamental, juntamente com a Educação Infantil e o Ensino Médio, compõe a Educação básica. ENSINO FUNDAMENTAL De acordo a LDB 9394/96 o Ensino Fundamental, juntamente com a Educação Infantil e o Ensino Médio, compõe a Educação básica. Art. 32 "o Ensino Fundamental, com duração mínima de oito

Leia mais

Guia de Estudo Folha de Cálculo Microsoft Excel

Guia de Estudo Folha de Cálculo Microsoft Excel Tecnologias da Informação e Comunicação Guia de Estudo Folha de Cálculo Microsoft Excel Estrutura geral de uma folha de cálculo: colunas, linhas, células, endereços Uma folha de cálculo electrónica ( electronic

Leia mais

PSICOLOGIA B 12º ANO

PSICOLOGIA B 12º ANO PSICOLOGIA B 12º ANO TEXTO DE APOIO ASSUNTO: Piaget Piaget apresenta uma teoria que privilegia o aspecto cognitivo do desenvolvimento, encarado como processo descontínuo, uma evolução por 4 estádios que

Leia mais

Avaliação do Desempenho 2007

Avaliação do Desempenho 2007 Outubro de 2008 Relatório Geral Avaliação do Desempenho 2007 Universidade de Coimbra Conselho de Coordenação da Avaliação da Universidade de Coimbra No ano de 2007, a avaliação do desempenho pelo Sistema

Leia mais

Modelos de cobertura em redes WIFI

Modelos de cobertura em redes WIFI Comunicação sem fios Departamento de Engenharia Electrotécnica Secção de Telecomunicações Mestrado em Fisica 2005/2006 Grupo: nº e Modelos de cobertura em redes WIFI 1 Introdução Nos sistemas de comunicações

Leia mais

Diagrama de transição de Estados (DTE)

Diagrama de transição de Estados (DTE) Diagrama de transição de Estados (DTE) O DTE é uma ferramenta de modelação poderosa para descrever o comportamento do sistema dependente do tempo. A necessidade de uma ferramenta deste tipo surgiu das

Leia mais

Gramática do Português, Maria Fernanda Bacelar do Nascimento (Centro de Linguística da Universidade de Lisboa)

Gramática do Português, Maria Fernanda Bacelar do Nascimento (Centro de Linguística da Universidade de Lisboa) A publicação da Gramática do Português resulta de um projecto realizado a convite e sob o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian. Consiste numa obra em três volumes, de que apresentamos hoje os dois

Leia mais

ESTUDO DOS FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DO ENSINO NAS PRODUÇÕES ACADÊMICAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO: O CASO DA UNICAMP

ESTUDO DOS FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DO ENSINO NAS PRODUÇÕES ACADÊMICAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO: O CASO DA UNICAMP ESTUDO DOS FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DO ENSINO NAS PRODUÇÕES ACADÊMICAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO: O CASO DA UNICAMP Roberta Gurgel Azzi UNICAMP Ana Paula Américo da Silva UNICAMP Priscila Larocca UEPG

Leia mais

INTRODUÇÃO objectivo

INTRODUÇÃO objectivo INTRODUÇÃO O tema central deste trabalho é o sistema de produção just-in-time ou JIT. Ao falarmos de just-in-time surge de imediato a ideia de produção sem stocks, inventários ao nível de zero, produção

Leia mais

Estudos de Imagem e Notoriedade

Estudos de Imagem e Notoriedade Estudos de Imagem e Notoriedade 1- Enquadramento O Serviço: Relatórios Avaliação da Imagem e Notoriedade das organizações, bem como da força de marca e posicionamento face à concorrência. Para que Serve:

Leia mais

INSTITUTO SUPERIOR DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL REGULAMENTO DE ACTIVIDADE PROFISSIONAL RELATÓRIO FINAL

INSTITUTO SUPERIOR DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL REGULAMENTO DE ACTIVIDADE PROFISSIONAL RELATÓRIO FINAL REGULAMENTO DE ACTIVIDADE PROFISSIONAL RELATÓRIO FINAL MESTRADO EM MARKETING ESTRATÉGICO MESTRADO EM COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 1. Princípios Gerais O presente normativo tem por finalidade, possibilitar aos

Leia mais

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2004 Ano Base 2001_2002_2003 SOCIOLOGIA CAPES Período de Avaliação: 2001-2002-2003 Área de Avaliação: SOCIOLOGIA

Leia mais