Apresenta. Elenco. Natalia Presser Marcelo Lujan Andrei Presser. Técnica. Alessandro de Angelis. Direção. Mark Bromilow

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Therezinha Clementino Pinto
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1 Apresenta Elenco Natalia Presser Marcelo Lujan Andrei Presser Técnica Alessandro de Angelis Direção Mark Bromilow

2 A história Telhado de ninguém conta a história de duas pessoas que se abrigam no telhado de uma casa depois de uma catástrofe. Elas ficam ilhadas e devem aprender a sobreviver com o que encontram em sua ilha e com o que aparece boiando à volta delas. A situação as obriga a encontrar formas de resolver suas diferenças. Nessa convivência, aprendem o valor da cooperação, da tolerância e do respeito à natureza. Os dois náufragos no telhado se equilibram o tempo todo entre o egoísmo, a vaidade e a arrogância, de um lado, e, de outro, a cooperação, a humildade e a tolerância. Tudo isso de forma leve e bem-humorada, utilizando as habilidades circenses dos atores adaptadas ao cenário. Sem palavras, a linguagem universal do corpo e da música remete ao encantamento do cinema mudo, fruto de um cuidadoso trabalho de pesquisa e criação do grupo.

Nessa convivência, aprendem o valor da cooperação, da tolerância e do respeito à natureza.

3 O embate de valores entre os personagens pode ser sintetizado nas perguntas que todos nos fazemos (ou deveríamos nos fazer) nas mais diversas situações da vida: Por que às vezes não conseguimos nos comunicar com os outros? Os dois personagens falam idiomas diferentes, vêm de culturas diversas. Não conseguem se comunicar com palavras. O desafio é encontrar novas formas de comunicação. Nos nossos dias, apesar de tantos meios de comunicação instantânea, muitas vezes não conseguimos expressar nossas ideias e sentimentos. Por que às vezes é tão difícil dizer o que pensamos? Como podemos aprender a nos comunicar melhor? Será que todos os grupos sociais têm voz? E as pessoas que mudam de estado ou de país? Podemos imaginar suas dificuldades de comunicação? O Brasil, país formado principalmente por povos indígenas e imigrantes europeus e africanos, tem muito a pensar sobre isso. O que você sabe sobre o cinema mudo? Telhado de ninguém utiliza, entre outros recursos, a linguagem do cinema mudo. Há mais ou menos cem anos, o cinema era assim: os atores não falavam. Ainda não existia a tecnologia para gravar o som e a imagem ao mesmo tempo. Enquanto o filme era exibido, os músicos tocavam no cinema, ao vivo, a trilha sonora do filme. Às vezes havia apenas um pianista; outras vezes era uma orquestra inteira! Um dos mais famosos atores do cinema mudo foi Charles Chaplin. Com seus gestos e a expressão do rosto, Chaplin fazia a plateia rir e chorar. Os atores de Telhado de ninguém fazem o mesmo: contam a história sem palavras, utilizando movimentos e a expressão facial. Como nos filmes mudos, a trilha sonora ao vivo está integrada ao espetáculo, completando o sentido de cada cena.

Nos nossos dias, apesar de tantos meios de comunicação instantânea, muitas vezes não conseguimos expressar nossas ideias e sentimentos. Por que às vezes é tão difícil dizer o que pensamos?

4 Que língua se fala no Brasil? Se você respondeu português, não está totalmente errado, mas também não está totalmente certo. Essa é a língua oficial, mas além dela são falados muitos outros idiomas. Em muitas colônias de imigrantes se fala alemão, italiano, japonês, coreano... E veja só: os povos indígenas falam mais de 170 línguas e dialetos. Há também a língua dos surdos, chamada libras. E as variações regionais da língua portuguesa... A melhor resposta, portanto, seria: o idioma oficial do Brasil é o português, com as diversas variações regionais, mas também são faladas muitas outras línguas. Você gosta de conversar com seus amigos e familiares? Quando está conversando, você presta atenção no que a outra pessoa está dizendo? Como nos relacionamos com as outras pessoas? Nossos dois náufragos, ali naquele único pedaço de terra seca, descobrem que nem sempre é fácil superar as diferenças. Demoram um pouco a perceber que podem aprender um com o outro e que juntos são mais fortes e mais eficazes que sozinhos. Estamos sempre competindo, lutando por poder? Em que situações a competição é algo saudável? Quando a cooperação é um modo melhor de se relacionar com amigos, familiares e professores?

E as variações regionais da língua portuguesa.

5 Como você pode cooperar com sua família? E na escola? Cada pessoa é de um jeito: menino, menina, magro, gordo, alto, baixo, de óculos, cadeira de rodas, aparelho nos dentes, fala com sotaque, gosta de jogar futebol... Como você é? E seus amigos? O que eu tenho que ver com as desigualdades sociais? Os personagens de Telhado de ninguém de repente se encontram sem nada, totalmente desprotegidos. Isso nos remete à realidade brasileira. No espaço das cidades convivem pessoas de várias origens sociais: ricos, pobres, mendigos, classe média... Nem sempre conseguimos ser solidários com aqueles que vivem numa condição social desfavorecida. E dificilmente percebemos o quanto somos responsáveis pelas desigualdades sociais. Você já se perguntou por que algumas pessoas não têm onde morar? Alguma vez você já imaginou como é a vida de uma criança que vive na rua? Como você acha que uma comunidade poderia ajudar as pessoas que vivem nas ruas?

O que eu tenho que ver com as desigualdades sociais? Os personagens de Telhado de ninguém de repente se encontram sem nada, totalmente desprotegidos. Isso nos remete à realidade brasileira.

6 Por que, afinal, é tão importante cuidar do planeta? Do telhado, os dois sobreviventes têm uma boa visão do planeta após o desastre. Não dizem, mas sem dúvida sabem que têm alguma responsabilidade pela situação atual. O planeta respondeu às agressões de todo tipo: excesso de lixo produzido pelo consumismo exagerado, devastação e exploração descontrolada dos recursos naturais. Somos, como afirmam algumas culturas aborígines, apenas os guardiões da Terra. Somos nós que pertencemos a ela, juntamente com os outros animais, os vegetais, a água, a terra e o ar. Cabe a nós preservá-la para os nossos filhos, e os filhos dos nossos filhos. Pergunte a adultos de sua família como era sua cidade quando eles eram crianças. Tente descobrir por que as mudanças aconteceram. O que você pode fazer para preservar o ambiente? Por que será que a sociedade atual produz tanto lixo? O que você sabe sobre reciclagem? Como assim, de ninguém? O telhado, metáfora do planeta, não é de ninguém. Não é de ninguém porque é de todos, não só os que o ocupam atualmente, mas também as gerações que virão. Quando adquirimos um objeto qualquer, é muito fácil saber que é nosso. Mas quando algo é de todos, temos a impressão de que não somos responsáveis pelo que lhe aconteça. Daí as depredações aos bens públicos. É fundamental que as crianças, desde cedo compreendam o sentido de bem coletivo. Aí reside a esperança de uma sociedade mais humanizada: uns cuidando dos outros, e todos cuidando do planeta. Visite uma praça de sua cidade e observe: as pessoas que frequentam a praça estão cuidando bem dela? Por que dizemos que as ruas, a escola e as praças são de todos?

O planeta respondeu às agressões de todo tipo: excesso de lixo produzido pelo consumismo exagerado, devastação e exploração descontrolada dos recursos naturais.

7 Ficha técnica Realização: Companhia do Polvo Concepção: Mark Bromilow e Natalia Presser Direção / dramaturgia: Mark Bromilow Direção musical: Marcelo Lujan Arranjos musicais: Andrei Presser Concepção cenográfica: Mark Bromilow e Natalia Presser Desenho cenográfico: Vivianne Kiritani (Usina da Alegria Planetária) Cenotécnico / serralheiro: Dimas Assistente de cenografia: Alessandro de Angelis Figurinos: Vivianne Kiritani (Usina da Alegria Planetária) Desenho de luz: Camila Andrade Criador do boneco: Virgílio Zago Costureira: Judite e Kátia Produção: Touché Cultural Material didático e revisão de textos: Meg Presser Comunicação visual: Fabio Avolio / Viviane Almeida Ilustração: Beatriz Jorge Fotógrafo: Paulo Barbuto Vídeo: Marina Presser Voz off: Ricardo Rodrigues Objetos de cena: Marcelo Estolai Técnico / bonequeiro: Alessandro de Angelis Elenco Natalia Presser, Marcelo Lujan, Andrei Presser Stand-in: Nico Serrano Agradecimentos Alex Marinho, André Caldas, Anita Bertelli, Bel Mucci, Bruno Rudolf, Cabaret Trixmix, Cesar Hatti, Circo Amarillo, Daniela Rocha, Domingos Montagner, Elizeu de Angelis, Erica Stoppel, Fernando Sampaio, Gabriel Souza Santos, Guilherme Bueno, Henrique Cirilo, Ivanilda Presser, Jacques Lecoq, Julia Presser, Kiko Caldas, Le Plat du Jour, Luciana Freitas, Luciana Menin, Marcelo Castro, Michel Robidoux, Nilton Silva, Norberto Presser, Pablo Nordio, Renato Rozemblit, Ricardo Rodrigues, Rodrigo Matheus, Sandro França, Stela Presser, Verônica de Angelis, Vera Presser e Ziza Brisola Agradecimento especial: Grupo La Mínima

Figurinos: Vivianne Kiritani (Usina da Alegria Planetária) Desenho de luz: Camila Andrade Criador do boneco: Virgílio Zago Costureira: Judite e Kátia Produção: Touché Cultural Material didático e

8 Realização Produção Apoio Projeto realizado com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura, Programa de Ação Cultural 2012

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