PARECER LTCAT / É ÓBVIO, ELE NÃO MORREU! CANAL 3R / COTESIA ISEGNET
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- Pedro Henrique Vilaverde Martini
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1 "ESTAMOS DISPONIBIZANDO ESTE MATERIAL APÓS UM SÉRIE DE PERGUNTAS DE USUÁRIOS SOBRE O TEMA: LAUDO TÉCNICO E LTCAT. PERCEBEMOS EQUIVOCOS PERPETUADOS SEM FUNDAMENTOS OU NEXO COM A REALIDADE. UMA TENTATIVA DE DRIBLAR O ÓBVIO." 1. Problemática Lembramos que a idéia do Canal 3R é a divulgação do conhecimento, o alerta a necessidade de capacitação e da prática. Não polemizar ou denegrir ninguém. M.Sc Engo Rogério Dias Regazzi Diretor 3R Brasil Tecnologia Ambiental Diretor 10/03/2013 Alguns profissionais vem anunciando a Morte do LTCAT ou a não necessidade de elaboração deste documento para corroborar com os formulários e lançamento dos dados ambientais para preenchimento do PPP dentre outros documentos do INSS/MPAS. Afirmam que empresas que admitam trabalhadores regidos pela CLT, tal documento foi substituído pelas Demonstrações Ambientais (PPRA, PCMAT e PGR). É lamentável a tentativa de transformar o PPRA, dente outros, em documento que não tem esta finalidade, isto é, de serem Laudos Técnicos confiáveis que retratam a real condição de trabalho dos colaboradores. Sem polemizar o assunto este parecer claro e objetivo esclarece de forma definitiva tal assunto que nem deveria estar em discussão, pois não se discute o óbvio quando envolvidas técnicas consagradas e regulamentadas. 2. Onde está o equivoco? Na interpretação da IN99: Art 170 5º As metodologias e os procedimentos de avaliação que foram alterados por esta Instrução Normativa somente serão exigidos para as avaliações realizadas a partir de 1º de janeiro de 2004, sendo facultado à empresa a sua utilização antes desta data. Art A partir da publicação desta IN, para as empresas obrigadas ao cumprimento das Normas Regulamentadoras do MTE, nos termos do item 1.1 da NR-01 do MTE, o LTCAT será substituído pelos programas de prevenção PPRA, PGR e PCMAT. Para todos os demonstrativos ambientais devem existir laudos técnicos que corroboram as medições e avaliações ambientais. O equivoco se deve a interpretações erradas e tendenciosas a partir da convergência entre os limites do MPAS e do MTE com a regulamentação da IN99. A partir desta Instrução Normativa os limites do MPAS e do MTE passaram a ser convergentes, isto é, os laudos técnicos que corroboram o PPRA, o PGR, o PCMAT e o PPP passam a serem os mesmos, não Página 1 de 6
2 havendo mais a necessidade de dois laudos técnicos de condições ambientais de trabalho diferentes devido aos históricas de limites de tolerância e métodos de medição entre os dois Ministérios. O MPAS relacionando os agentes de risco para benefícios previdenciários e o MTE relacionado-os os risco de exposição, insalubridade e prevenção, dentre outros temas. Então, a partir da IN99 deve existir apenas um laudo técnico que corroboram todos os documentos, e podemos chamá-lo de LTCAT ou como quiser, pois é o que se propõem para este documento técnico. O LTCAT não morreu! Sempre existiu e vai continuar existindo com este ou outro nome. O que está ocorrendo é a tentativa de considerar o PPRA como laudo técnico o que é uma irresponsabilidade, uma negação do óbvio na tentativa de denegrir a área de saúde e segurança do trabalho. O INSS aceita e deve aceitar o PPRA, o PCMAT e o PGR, e estes são corroborados pelos laudos técnicos ambientais, simples e claro. Portanto, o Laudo Técnico pode ser exigido nas vistorias das perícias do INSS como de qualquer ação judicial, evidenciando os demonstrativos ambientais lançados no PPRA, por exemplo. Os dados constantes dos formulários: antigo SB - 40, DISES BE 5235, DSS 8030, DIRBEN 8030DIRBEN-8030 ou do PPP deverão ser corroborados pelo LTCAT da época. E quando aceito o PPRA, o PCMAT ou PGR, estes devem estar corroborados a laudos técnicos ocupacionais (LTO / LTA, LTCAT) emitido por profissionais registrados e capacitados. Novamente: "Claro, simples e óbvio." Estamos verificando nos últimos anos sindicatos patronais, empresas e consultores adquirindo equipamentos com o incentivo de fornecedores. Estes são na maioria obsoletos e sem funções específicas que não atendem a técnica e as necessidades metrológicas. Somado a isso destacamos a falta de conhecimento e a da capacitação necessária para montagem de estratégias de amostragem, avaliação da medição, uso da funções dos equipamentos, rastreabilidade metrológica, procedimentos e técnicas de auditoria dos resultados, síntese e análise dos agentes de risco. Estão lançando diretamente o que medem em documentos como o PPRA, concluindo sem critério e qualquer embasamento técnico e prático sobre as condições do ambiente de trabalho. Atitudes estas irresponsáveis, enganadores que criam um passivo, denegrindo a área de Saúde e Segurança do Trabalho, pois vários colegas e peritos dizem que o que fazem atendem a fiscalização e as normativas. E o trabalhador? Como fica? As Normas são um curso prático? Elas são holísticas! Servem para balizar e evitar absurdos! Isto tudo hoje é piada nos fóruns técnicos onde estão presentes as universidades, centros de pesquisa e institutos / redes metrológicas, pois daqui a pouco os peritos e consultores "legalmente capacitados" vão calibrar seus ouvidos e dedos como padrão de medição. Sem comprometer alguns amigos e profissionais, essa é uma discussão sem nexo com a realidade e as boas práticas metrológicas. Aliais metrologia é a ciência da medição e tais termos, onde Laudos Técnicos são incluídos, estão no VIM - Vocabulário Internacional de Metrologia, onde encontram-se os termos reconhecidos entre os países membros do BIPM (Bureau International des Poids et Mesures), traduzidos e acordado para cada idioma. Página 2 de 6
3 3. Pontos a lembrar a) O PPRA, PCMAT e PGR dentre outros documentos são programas bem definidos nas NR do MTE cujos dados ambientais são sumarizados em tabelas por indivíduos, funções ou grupos homogêneos, portanto, não são nem tem a finalidade de serem laudos ou comprovantes ambientais, contudo podem ser usados para coleta de dados de medição por estarem sumarizados. Não temos porque polemizar ou inventar nomes como PPRA ou PPRA-DA. O PPRA tem diversas fases e recomenda-se a elaboração de um laudo inicial por profissional da área de segurança no trabalho. Este laudo registrará a antecipação do reconhecimento dos riscos existentes, e, no caso de não serem identificados, dispensará as demais etapas, resumindo-se apenas num relatório de registro, dispensando as outras fases: avaliação, controle, implantação de medidas corretivas e monitoramento dos riscos. Portanto, o Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho ou do Trabalhador ou Laudo de Condições de Trabalho ou Laudo Técnico - Pericial do Ambiente de Trabalho, não importa o nome, sempre deve existir, sendo imprescindível. b) DO REGISTRO DE DADOS Deverá ser mantido pelo empregador ou instituição um registro de dados, estruturado de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 anos O registro de dados deverá estar sempre disponível aos trabalhadores interessados ou seus representantes e para as autoridades competentes. "Bom! Quem são estes registros de dados? A resposta é fácil: são os Laudos Técnicos emitidos por Engenheiro de Segurança o Médico do Trabalho. Como chamamos estes Laudos? Sim com as siglas LTCAT, LTA, Laudo-Tecnico Pericial, isto é, como quiser. Contudo são Laudos Técnicos elaborados por profissionais capacitados, onde estão presentes premissas, estratégias, metodologias, equipamentos, local, data, principais fontes, considerações, rastreabilidade metrológica, dentre outras informações. c) Da IN99. Para qualquer lançamento ou demonstrativo ambiental deve ser descrita no Laudo Técnico a respectiva metodologia utilizada e o tipo do equipamento, conforme exigência contida no item 15.6 da NR-15 da Portaria nº 3.214/78 (Lei nº 6.514/77). Deve-se, atendendo as premissas do MPAS apresentar os métodos, técnica, aparelhagens e equipamentos utilizados para a elaboração do laudo técnico, que também pode ser chamado de LTCAT, referência técnica de todos os demonstrativos ambientais. d) Das Instruções Normativas do INSS "I - o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), nos termos da NR-09, visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, pela antecipação, pelo reconhecimento, pela avaliação e, conseqüentemente, pelo controle da ocorrência de riscos ambientais, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle, devendo ser elaborado e implementado pela empresa, por estabelecimento; II o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é obrigatório para as atividades relacionadas à mineração, deve ser elaborado e implementado pela Empresa ou pelo Página 3 de 6
4 permissionário de lavra garimpeira e substitui o PPRA para essas atividades, nos termos da NR 22, do M.T.E.; III o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT), nos termos da NR-18, obrigatório para estabelecimentos que desenvolvem indústria da construção, grupo 45 da tabela CNAE, com vinte trabalhadores ou mais, implementa medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho; IV o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), nos termos da NR-07, objetiva promover e preservar a saúde dos trabalhadores, a ser elaborado e implementado pela empresa ou pelo estabelecimento, a partir do PPRA e do PCMAT, com o caráter de promover prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde; V O LTCAT é uma declaração pericial emitida por engenheiro de segurança ou por médico do trabalho habilitado pelo respectivo órgão de registro profissional, que é parte integrante do Programa de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, e tem por finalidade: a) apresentar os resultados da análise global do desenvolvimento do PPRA, do PGR e do PCMAT, nos termos dos itens 9.2.1, e da NR-09, do MTE; b) demonstrar o reconhecimento dos agentes nocivos e discriminar a natureza, a intensidade e a concentração que possuem, nos termos do item da NR-09, do MTE; c) identificar as condições ambientais de trabalho por setor ou o processo produtivo, por estabelecimento ou obra, em consonância com os demais artigos deste capítulo, e com os demais expedientes do MPAS, do MTE ou do INSS pertinentes; d) explicitar as avaliações quantitativas e qualitativas dos riscos, por função, por grupo homogêneo de exposição ou por posto de trabalho. 4) O que é o LTCAT, como o próprio nome indica? a) De acordo com o Art 188 da IN78 (Revogada) e 84 (Também Revogada): V o LTCAT é uma declaração pericial emitida por engenheiro de segurança ou por médico do trabalho habilitado pelo respectivo órgão de registro profissional, que é parte integrante do Programa de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, e tem por finalidade: a) apresentar os resultados da análise global do desenvolvimento do PPRA, do PGR e do PCMAT, nos termos dos itens 9.2.1, e da NR-09, do MTE; b) demonstrar o reconhecimento dos agentes nocivos e discriminar a natureza, a intensidade e a concentração que possuem, nos termos do item da NR-09, do MTE; c) identificar as condições ambientais de trabalho por setor ou o processo produtivo, por estabelecimento ou obra, em consonância com os demais artigos deste capítulo, e com os demais expedientes do MPAS, do MTE ou do INSS pertinentes; d) explicitar as avaliações quantitativas e qualitativas dos riscos, por função, por grupo homogêneo de exposição ou por posto de trabalho. Página 4 de 6
5 b) De acordo com o Português? Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho. c) Da engenharia Parecer técnico resultado dos trabalhos de medição, monitoramento, investigação, simulação, inspeção e/ou perícia. 5) Considerações sobre os demonstrativos ambientais para o MPAS e MTE? O LTCAT não morreu, ele continua exigindo com este ou outro nome como documento mais importante onde todos os outros fazem referência. Aliais em sistemas de gestão da qualidade e de acreditação metrológica deve-se existir registros para a rastreabilidade documental e metrológica. Os laudos ambientais como o LTCAT ou LTA também podem ser referenciados diretamente pelos documentos e formulários do INSS/MPAS, evitando dúvidas técnicas e de neutralização do agente presentes no PPRA. A ausência dos Laudos Técnicos é crime de falsidade ideológica, pois os demonstrativos ambientais devem ser comprovados e confiáveis. Neste devem estar presentes o histórico de medição dentre outros comprovantes, além de serem emitidos por engenheiro de segurança ou mético do trabalho habilitado "legalmente" e "tecnicamente". Nos Laudos técnicos estão presentes e identificadas as metodologias, processos e sistemas de medição, estratégias de amostragem e avaliação, estratégias de elaboração dos GHE(s), incerteza de medição, identificação das principais fontes, critério e confiabilidade do método de neutralização do agente de risco, cálculos técnicos confiáveis, influência do lay-out, rastreabilidade metrológica e documental, dentre outros. É muita prevenção e irresponsabilidade o lançamento de dados de medição temporais, isto é, só existem numa situação na empresa ou frente de obra. Sem estudo, sem a análise da operação das exposições de maior risco, das fases da obra, da confiabilidade do equipamento de medição, além do emprego de técnicas atemporais que auditam e balizam os processos de medição, o que se lança é mero indicador o que compromete as partes, pois não tem valor técnico. Obedecendo as boas práticas e critérios metrológicos é possível concluir sobre a condição do ambiente de trabalho e as medidas de prevenção e controle. "Chegamos ao ponto que técnicos e engenheiros realizam medições e as lançam diretamente nos documentos como "proforma" para concluir um serviço de baixo nível pago por gestores que querem apagar incêndio seja pela tentiva de atender aos autos da fiscalização, seja aos sistemas de qualidade ou para atender as exigências de recebimento de BM de clientes âncoras. Acham que uma medição sem critério atende todas as situações encontradas de exposição do ano todo. Por favor! Página 5 de 6
6 Os maus profissionais tentam convencer que o que eles escrevem, avaliam ou medem, é verdade absoluta, seguindo suas subjetividades, falta de conhecimento ou opinião o que muitas vezes ocorre na área jurídica perpetuado pelos peritos nomeados. Lembramos que estamos abordando questões de medicina e engenharia que são deterministas e hoje em dia bem conhecidas, basta estudar, se capacitar e praticar. O Barato Custa Caro! "Art Os laudos técnico-periciais de datas anteriores ao exercício das atividades que atendam aos requisitos das normas da época em que foram realizados servirão de base para o enquadramento da atividade com exposição a agentes nocivos, desde que a empresa confirme, no formulários antigos, na DIRBEN-8030 ou no PPP, que as condições atuais de trabalho (ambiente, agente nocivo e outras) permaneceram inalteradas desde que foram elaborados." O LTCAT NÃO MORREU! ELE É ÓBVIO CHAME-O COMO QUISER ELE TEM QUE EXISTIR... Página 6 de 6
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