PARECER. Foi atribuído à permuta o valor de 500,00, não havendo lugar ao pagamento de qualquer quantia, por inexistir diferença declarada de valores.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PARECER. Foi atribuído à permuta o valor de 500,00, não havendo lugar ao pagamento de qualquer quantia, por inexistir diferença declarada de valores."

Transcrição

1 P.º R. P. 127/2006 DSJ-CT- Contrato de permuta. Sua caracterização. Registo de aquisição do imóvel permutado. Verificação do cumprimento das obrigações fiscais. Anexação de prédios. Requisitos essenciais à formação da nova unidade predial. Impossibilidade de efectuar o seu registo com carácter de provisoriedade. PARECER Relatório 1 Em 13 de Março de 2006, a coberto das aps. 7 e 8, foram requisitados na Conservatória do Registo Predial de dois actos de registo, sendo o primeiro referente à aquisição do prédio descrito sob o n.º 00839/ a favor do agora recorrente, e o segundo respeitante ao averbamento de anexação do referido prédio com o descrito sob o n.º 00370/ Para instruir os aludidos pedidos foi apresentada fotocópia certificada da escritura de permuta, dois documentos matriciais respeitantes a cada um dos mencionados prédios e o documento comprovativo da declaração para inscrição do novo prédio resultante da anexação daqueles artigo P1217, proveniente da junção dos anteriores artigos matriciais n.ºs 25 e No verso da requisição, o interessado prestou ainda declarações complementares atinentes à identificação da nova unidade predial. Da referida escritura consta que os outorgantes celebraram um contrato de permuta, através do qual o primeiro transmite o prédio urbano descrito na Conservatória do Registo Predial de sob o n.º 00839/031031, da mesma freguesia, ao segundo, que se compromete à «execução de uma escada ou rampa, em cubos de granito ou outro material equivalente, na referida área, bem como a execução de todos os trabalhos necessários ao escoamento das águas pluviais». Foi atribuído à permuta o valor de 500,00, não havendo lugar ao pagamento de qualquer quantia, por inexistir diferença declarada de valores. Não consta do título qualquer referência ao pagamento do imposto do selo nem ao IMT. 1

2 2 O despacho de qualificação exarado sobre os aludidos pedidos de registo vai no sentido da recusa, em virtude da permuta não ser admissível a registo, pois a troca dela constante não é de dois bens sujeitos a registo mas de um bem e de uma prestação de serviço. Cita os art.ºs 939.º, 879.º e 1154.º, todos do Código Civil e o 69.º, n.º 1, al. d), do CRP. Para a recusa do segundo acto, a Senhora Conservadora invoca a dependência deste com o anterior art.º 69.º n.º 2 do CRP. 3 A referida qualificação não mereceu concordância do requerente que, tempestivamente, a impugnou nos termos que aqui se dão por integralmente reproduzidos, dos quais destacamos, muito em síntese, o seguinte: O contrato de permuta celebrado é válido, não tendo o mesmo de incidir obrigatoriamente sobre dois bens imóveis, antes podendo incidir sobre imóveis, direitos, serviços, desde que tais objectos sejam física ou legalmente possíveis, não sejam contrários à lei, à ordem pública ou ofensivos dos bons costumes e que sejam determináveis artigo 280.º do Código Civil. Consequentemente, o recurso deve ser julgado procedente e os registos lavrados em conformidade com o pedido. 4 A Senhora Conservadora proferiu despacho de sustentação da posição antes assumida, aduzindo os argumentos que se dão aqui por integralmente reproduzidos. Reafirma que na noção do artigo 939.º do Código Civil não cabe a translação da propriedade, por um lado, e a feitura de algo, por outro, invocando em abono da sua tese a doutrina do parecer proferido no proc.º n.º R.P.60/99DSJ-CT 1. Acrescenta, nesta fase, mais um obstáculo à elaboração do registo de aquisição atinente à falta de pagamento do imposto sobre a transmissão do imóvel artigo 1.º do CIMI. 1 A questão abordada neste parecer é, contudo, diversa. A escritura subjacente ao registo indicava claramente que se tratava de uma compra e venda não de uma permuta. Um dos contraentes transmitia ao outro a propriedade de uma coisa mediante o pagamento de um determinado preço em dinheiro, o que não é seguramente o caso vertido nos autos. 2

3 5 O processo é o próprio, as partes têm legitimidade e inexistem questões prévias ou prejudiciais que obstem ao conhecimento do mérito do recurso, pelo que cumpre emitir parecer. Fundamentação 1 A resolução da matéria controvertida nos autos gira, essencialmente, em torno da celebração do contrato de permuta, mediante o qual um dos contraentes transmite ao outro um bem imóvel e este dá em troca um bem de natureza diversa. Em função da admissibilidade ou não da celebração do aludido contrato, com os contornos descritos, se determinará o destino do presente recurso. Por isso, afigura-se-nos aconselhável traçar, como ponto prévio, uma breve resenha alusiva ao surgimento, conceito, características e regime jurídico aplicável ao contrato de permuta ou de troca. 1.1 Como se sabe, a troca é o contrato mais antigo que surgiu, tendo ocorrido instintivamente face às necessidades dos homens primitivos, que só podiam obter pacificamente os bens que precisavam, e outros possuíam em excesso, oferecendo a permuta com os que tinham de sobra, e eram, por sua vez, desejados por estes 2. As dificuldades inerentes à troca directa, por não haver coincidência de necessidades dos permutantes, paralelamente com a natural evolução económica depressa determinaram o surgimento de um meio de troca comum (primeiro, uma mercadoria-tipo, evoluindo-se depois para a moeda), com o subsequente esbatimento da permuta, que se tornou dispensável a partir do momento em que o dinheiro assumiu a função de meio geral de trocas. O Código Civil de 1867, no Título II, dedicado aos contratos em particular, dedicava-lhe expressamente três artigos 1592.º a 1594.º. No corpo do citado artigo 1592.º o escambo ou troca era definido como «o contrato por que se dá uma coisa por outra, ou uma espécie de moeda por outra espécie dela». O único acrescentava que «dando-se dinheiro por outra coisa, será de venda ou escambo, segundo o disposto nos artigos 1544.º e 1545.º». 2 Cfr. Cunha Gonçalves, in Dos Contratos em Especial, 1953, pág

4 O artigo 1545.º distinguia a compra e venda e a troca nos seguintes termos: «Se o preço da coisa consistir parte em dinheiro, e parte em outra coisa, o contrato será de venda, quando a parte em dinheiro for a maior das duas; e será de troca ou escambo, quando essa parte em dinheiro for a de menor valor. único. Quando os valores das duas partes forem iguais, presumir-se-á que o contrato é de venda.» Actualmente a troca ou permuta não é objecto de regulamentação específica no Código Civil Português, mas desta omissão não podemos extrair que o legislador quisesse afastar tal contrato, daí decorrendo apenas o entendimento de que seria desnecessária qualquer referência específica. Com efeito, a sua atipicidade não obsta à existência de referências normativas pontuais. Veja-se, a título meramente exemplificativo, o artigo 480.º do Código Comercial 3 ; o artigo 1378.º do Código Civil, referente à troca e permuta de terrenos no âmbito do emparcelamento dos prédios rústicos; os artigos 2.º e 4.º do CIMT, restrito a bens imóveis; o artigo 20.º, n.º 1.1.1, do RERN e o artigo 6.º, n.º 2, alínea a), da Tabela de Honorários e Encargos Notariais. Outros ordenamentos jurídicos, designadamente o espanhol, francês e alemão, reservam-lhe ainda alguma regulamentação própria, embora muito escassa, limitando-se praticamente a definir a figura e a remeter para a aplicação do regime próprio do contrato de compra e venda, com as devidas adaptações. Em termos gerais, pode afirmar-se que a tónica comum nestas codificações civis europeias é colocada no facto de um dos contraentes dar uma coisa para receber outra, excluindo o dinheiro como contrapartida (exclusiva ou maioritária) e remetendo subsidiariamente para a regulamentação prevista para a compra e venda, com as devidas adaptações 4. 3 Este Código reconhece a categoria nos seguintes termos: «O escambo ou troca será mercantil nos mesmos casos em que o é a compra e venda, e regular-se-á pelas mesmas regras estabelecidas para esta, em tudo quanto forem aplicáveis às circunstâncias ou condições daquele contrato». 4 Em França, o Código Civil dedica-lhe os artigos 1702.º a 1707.º, no primeiro dos quais procede à sua definição, fazendo, no último, remissão para as regras do contrato de compra e venda. Também o Código Civil espanhol lhe reserva algumas normas, começando pela definição (artigo 1538.º) e remetendo para a aplicação subsidiária das disposições relativas à compra e venda (artigo 1541.º). O Código Civil alemão limita-se a referir que são aplicáveis à permuta as disposições da compra e venda. 4

5 1.2 Genericamente, poder-se-á afirmar que a troca ou permuta consiste no contrato que tem por objecto a transferência recíproca da propriedade de coisas ou direitos entre os contraentes, com exclusão de dinheiro 5. Este contrato é, por um lado, obrigacional, porque faz surgir a obrigação de entrega para as duas partes [al. b) do art.º 879.º do C.C.] e real quoad effectum, uma vez que a propriedade dos bens trocados se transmite por mero efeito do contrato [art.ºs. 879.º, al. a) e 408.º, n.º 1 do C.C.]. A troca é um contrato que se desdobra em duas obrigações unidas, que têm a sua causa uma na outra (sinalagma genético) e permanecem ligadas por uma relação de reciprocidade e interdependência durante a fase de execução do contrato (sinalagma funcional) 6. A reciprocidade das obrigações, prestação e contra-prestação, existe tanto no contrato de compra e venda como no de permuta, o que, consabidamente, diverge é a contraprestação que no primeiro contrato corresponde ao preço pago pelo comprador enquanto no segundo consiste na entrega da coisa dada em troca 7. Apesar de se tratar de um contrato atípico, pois o nosso Direito Civil não lhe faz qualquer referência expressa, o facto de ser oneroso determina que, na medida em que seja conforme com a sua natureza, se lhe aplique o regime da compra e venda, por força do prescrito no artigo 939.º do Código Civil 8. A grande similitude de regulação com a compra e venda exclui, porém, a aplicação das normas que pressupõem uma contrapartida pecuniária da alienação, designadamente as ínsitas nos artigos 883.º, 885.º e 886.º do Código Civil. É da 5 Cfr. Menezes Leitão, in Direito das Obrigações, 3.ª edição, pág. 165 e Cunha Gonçalves, in Tratado de Direito Civil, Vol. VIII, pág. 628, que cita o seguinte exemplo: «A operação em que uma pessoa dá títulos de crédito e outra um prédio é de troca e embora os títulos possam ser rapidamente reduzidos a dinheiro eles não são dinheiro, não representam preço». 6 Veja-se Almeida Costa, in Direito das Obrigações, 3.ª edição, pág. 270 e segts. 7 No que respeita à classificação das coisas e à noção consagrada no artigo 202.º do Código Civil veja-se Carvalho Fernandes, in Teoria Geral do Direito Civil, Vol.I, 3.ª edição, pág. 669 e segts, Menezes Cordeiro, in Direitos Reais, 1993, pág. 190, e o parecer n.º 4/2002, da Procuradoria-Geral da República, publicado na II Série, do D.R. n.º 223, de 26 de Setembro de A enorme importância deste preceito, que manda aplicar as normas da compra e venda a outros contratos onerosos de alienação de bens, como a troca, tornou inútil a regulamentação da troca ou permuta cfr. Antunes Varela, in Código Civil, pág

6 essência da troca, ou escambo como se dizia na velha Ordenação, dar uma coisa que não seja dinheiro por outra 9. Aplica-se-lhe, contudo, o disposto nos artigos 219.º, 408, n.º 1, 875.º (quando verse sobre bens imóveis) e 879.º do Código Civil. 2 Delineado o enquadramento legal da questão, é imperioso que analisemos agora, concretamente, a possibilidade de mediante o contrato de permuta, titulado na escritura em que se alicerça o pedido de registo e que afasta qualquer contrapartida monetária 10, uma das partes transmitir um imóvel, consistindo a contraprestação da outra parte na prestação de um serviço, tendo ainda em conta que vigora entre nós o princípio da liberdade contratual consagrada no n.º 1 do artigo 405.º do Código Civil, que faculta aos particulares grande amplitude para disciplinarem os seus interesses permitindo-lhes, dentro dos limites da lei, configurar os seus contratos com o conteúdo concreto que bem lhes aprouver. Transpondo a doutrina exposta para o caso dos autos, verificamos que a escritura titula, na verdade, um contrato de permuta em que os contraentes, fazendo jus à liberdade de fixação do conteúdo do contrato, estipularam a prestação e a contraprestação que entenderam conveniente, contidos dentro dos limites legais, pelo que pugnamos pela suficiência do título apresentado para o registo de aquisição peticionado, que corresponde ao exigível pelos artigos 219.º e 875.º do Código Civil. Daqui decorre que a exigência da recorrida permuta de imóvel por outro bem sujeito a registo não colhe qualquer apoio legal. Assim, consubstanciando o contrato de permuta um negócio translativo da propriedade das coisas e sendo um dos bens permutados um imóvel deve ser efectuado definitivamente o correspondente registo de aquisição peticionado, tendo como causa a permuta, a 9 Cfr. Dias Ferreira, in Código Civil Português, (Código de Seabra), 3.º Vol., pág A qualificação do contrato é controvertida nos casos em que as partes apesar de efectuarem a troca de bens, uma delas inclua ainda uma prestação em dinheiro, por os bens terem valores diferentes. Alguns autores sustentam ainda que, mesmo assim, estamos perante um contrato de permuta, salvo se a soma em dinheiro constituir a prestação principal ou o elemento proeminente do contrato. Outros entendem que a posição preferível será a que qualifica esta situação como um contrato misto de venda e permuta, determinando de acordo com a teoria da combinação a aplicação a cada atribuição económica do regime que a regula. Menezes Leitão, in ob. citada, pág

7 não ser que outros motivos obstaculizem à feitura do mesmo, o que na realidade acontece in casu. 3 Com efeito, da escritura apresentada não consta que tenha sido pago o imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis (IMT), que incide sobre as transmissões, a título oneroso, do direito de propriedade, por força do disposto nos artigos 1.º, n.º 1, 2.º, n.º 1, e 4.º do CIMT. Ora, sendo certo que é obrigação do notário cobrar o imposto do selo devido, por força do prescrito no artigo 2.º, n.º 1, alínea a) do CIS, e não celebrar escrituras, que operem a transmissão de imóveis, sem que lhe seja apresentada a declaração prevista no artigo 19.º do CIMT acompanhada do correspondente comprovativo da cobrança, que arquivará, fazendo disso menção expressa na respectiva escritura, por força do prescrito no n.º 1 do artigo 19.º do mesmo Código, o correspondente registo não pode ser efectuado em termos definitivos, por força do prescrito no n.º 1 do artigo 72.º do CRP e ainda no artigo 50.º do CIMT. Do exposto decorre inexoravelmente que o registo de aquisição peticionado só pode ser lavrado como provisório por dúvidas, convertível após a regularização das obrigações fiscais devidas. 4 Passemos agora à análise do pedido de averbamento de anexação respeitante à ap. 8/060308, tendo em conta a natureza deste acto e a sua dependência relativamente ao anterior. A formação de uma nova realidade predial resultante da anexação de dois (ou mais) prédios autónomos deve necessariamente obedecer a determinados requisitos materiais ou substantivos. É necessário que se trate de prédios contíguos, que pertençam ao mesmo proprietário, em termos de poderem constituir um direito de propriedade unitário, que o proprietário manifeste a sua vontade nessa reunião, podendo a mesma emergir da declaração prestada para o registo Cfr., adrede, o parecer do CT proferido no proc.º n.º R.P.17/99 DSJ-CT, in BRN n.º 8/99, II, pág. 2, que acompanhamos. 7

8 A estes requisitos acresce ainda um outro de legitimidade tabular e que consiste na exigência de o proprietário ser, enquanto tal, titular inscrito (em termos definitivos) dos prédios a anexar, por força do preceituado no artigo 38.º do CRP. No caso dos autos, o recorrente é proprietário dos prédios n.ºs 00370/ e do 00839/031031, encontrando-se o primeiro definitivamente inscrito a seu favor, ficando o segundo, na decorrência deste recurso, inscrito provisoriamente em seu nome. Falha, assim, um dos pressupostos básicos para a satisfação do pedido, visto que um dos prédios não se encontra definitivamente inscrito em nome do proprietário. Ora, em face do prescrito nos artigos 100.º, n.º 1 e 101.º, n.º 3, a contrario, do CRP, não é possível efectuar com o carácter de provisoriedade o averbamento de anexação, o que determina a sua recusa, ao abrigo do disposto nos artigos 69.º, n.º 2, do mesmo Código. Como consequência lógica dos princípios e das regras expostas, deve a recorrida proceder ao registo de aquisição como provisório por dúvidas e proceder à recusa do subsequente averbamento de anexação. O recorrente, logo que cumpridas as obrigações fiscais devidas, pode, dentro do prazo de vigência do registo de aquisição, requerer a sua conversão, bem como o averbamento de anexação pretendido, uma vez que as condições necessárias e suficientes para a anexação se encontram então preenchidas. Face ao exposto, somos de parecer que o presente recurso merece provimento parcial. Em consonância, firmamos as seguintes C O N C L U S Õ E S I A permuta caracteriza-se como um contrato sinalagmático, genética e funcionalmente, em que a prestação consiste na entrega de uma coisa a uma das partes e a contraprestação na entrega de outra coisa, em espécie, à contraparte. 8

9 II A escritura de permuta mediante a qual um dos outorgantes transmite um imóvel ao outro e este, em troca, lhe presta um serviço, é título bastante para o registo de aquisição daquele imóvel. III Os actos sujeitos a encargos de natureza fiscal não podem ser lavrados definitivamente sem que se mostrem pagos ou assegurados os direitos do fisco. IV São requisitos essenciais da anexação dos prédios a contiguidade destes, a pertença ao mesmo proprietário inscrito e o seu consentimento à formação da nova unidade predial. V Sendo impeditiva dessa formação a circunstância de um dos prédios não estar definitivamente inscrito em nome do proprietário, e não ser possível, em face do disposto nos artigos 100.º, n.º 1 e 101.º, n.º 3, a contrario, do CRP, efectuar o averbamento de anexação como provisório, deve ser recusado o registo peticionado, por força do preceituado no n.º 2 do artigo 69.º do mesmo Código Este parecer foi homologado pelo Exmo. Senhor Director-Geral em 9

10 Proc. R.P. 127/2006 DSJ-CT Declaração de voto Acompanho a proposta de provimento parcial do recurso, aderindo, em geral, à apreciação de mérito propugnada no parecer, porém, com as seguintes ressalvas: Quanto ao registo de aquisição Não obstante a discussão possível em torno da caracterização jurídica do contrato realizado 12, tratar-se-á, em qualquer caso, de um contrato susceptível de transmitir a propriedade do imóvel artigos 405º, 1305º, e 1316º, todos do Código Civil. Quanto ao registo de anexação Sem embargo de subscrever todo o conteúdo da conclusão V do parecer e a respectiva fundamentação de facto, verifico também existir uma divergência entre a área do prédio resultante da anexação e a soma das áreas dos prédios anexados. Serão os 12,85 m2 em falta o resultado de um erro de medição ou a área correspondente à escada ou rampa a efectuar, ou já efectuada, pelo apresentante? E, nesta hipótese, em que esfera jurídica domínio público municipal ou domínio privado do apresentante se integra a dita escada ou rampa? Por outro lado, de acordo com a declaração para inscrição na matriz do prédio, após a anexação, resulta terem ocorrido obras concluídas em , dado, de resto, confirmado na petição de recurso, o que, no meu entender, suscita também 12 Considerando que a permuta é um contrato que tem por objecto a transferência recíproca da propriedade de coisas ou direitos entre os contraentes e que estes direitos têm de ser objectiváveis, ou pela sua directa ligação a uma coisa ou pela possibilidade de se destacarem do seu titular originário, de modo a poderem circular livremente, passando de um sujeito a outro (Parecer nº4/2002 da Procuradoria-Geral da República, disponível em ; Considerando ainda que a prestação de facto material positivo realização de obra - não se integra com facilidade na categoria de coisa ou direito (Castro Mendes, Teoria Geral, págs ), parece possível equacionar o contrato dos autos como um contrato misto da categoria do contrato de tipo duplo ou geminado. 10

11 resposta sobre se da anexação dos prédios, operada no domínio do DL 555/99, de 16 de Dezembro, terá resultado um lote destinado, imediata ou subsequente, à edificação urbana; se, ao invés, a área de 17 m2 adquirida por via do contrato e anexada ao prédio nº370/ se destinou apenas a logradouro, realizando-se as obras de reconstrução ou modificação exclusivamente à custa da área do referido prédio nº 370/ ou, ainda, se a cedência dos 17 m2 se insere no âmbito de eventuais condições à reconstrução do prédio impostas em sede de projecto urbanístico. Em suma, estes esclarecimentos são também, no meu entender, pressupostos relevantes, senão mesmo indispensáveis, para a realização do averbamento de anexação em tabela. 11

P.º R. P. 22/2009 SJC-CT-

P.º R. P. 22/2009 SJC-CT- P.º R. P. 22/2009 SJC-CT- Averbamento de rectificação da descrição quanto à área, fundado em erro de medição. Enquadramento do respectivo pedido na previsão legal do artigo 28.º-C do CRP ou no processo

Leia mais

Lei n. o 7/2013. Regime jurídico da promessa de transmissão. de edifícios em construção. Breve introdução

Lei n. o 7/2013. Regime jurídico da promessa de transmissão. de edifícios em construção. Breve introdução Lei n. o 7/2013 Regime jurídico da promessa de transmissão de edifícios em construção Breve introdução 1. O que regula essencialmente o Regime jurídico da promessa de transmissão de edifícios em construção?

Leia mais

P.º R. P. 301/04 DSJ-CT

P.º R. P. 301/04 DSJ-CT P.º R. P. 301/04 DSJ-CT - Registo de hipoteca legal por dívidas à Segurança Social sobre bens dos gerentes da sociedade devedora. Documentos instrutórios : certidão comprovativa da dívida e cópia autenticada

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório:

DELIBERAÇÃO. Relatório: P.º n.º R. P. 234/2007DSJ-CT:Contrato de arrendamento comercial incidente sobre parte de prédio urbano, com duração superior a seis anos - Sua registabilidade. DELIBERAÇÃO Relatório: 1 Em 28 de Setembro

Leia mais

A posição deste Conselho vai expressa na seguinte. Deliberação

A posição deste Conselho vai expressa na seguinte. Deliberação P.º n.º C.P. 72/2010 SJC-CT Pedidos de registo dependentes formulados por via electrónica. Apresentação em diferentes Conservatórias. Inversão da ordem de anotação no Diário. Artigo 75.º, n.º 4 do Código

Leia mais

formalizada por escritura pública de compra e venda, de 28 de Novembro de, entre a 1.ª Ré e os 2ºs Réus;

formalizada por escritura pública de compra e venda, de 28 de Novembro de, entre a 1.ª Ré e os 2ºs Réus; 1 Pº R. P. 170/2008 SJC-CT: Registo de acção de preferência pedido de cancelamento do registo de aquisição a favor do comprador e do registo de aquisição a favor de terceiro adquirente. DELIBERAÇÃO 1.

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Do despacho de recusa foi interposto recurso hierárquico, cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos.

DELIBERAÇÃO. Do despacho de recusa foi interposto recurso hierárquico, cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos. Pº R.P. 16/2008 SJC-CT- Registo de hipoteca legal nos termos do artº 195º do CPPT Título Suficiência Despacho do Chefe de Serviço de Finanças competente que a requerimento do executado autorize a substituição

Leia mais

Pº R.P. 71/2008 SJC-CT

Pº R.P. 71/2008 SJC-CT Pº R.P. 71/2008 SJC-CT Aditamento a alvará de loteamento Ampliação de área de lote por redução da área do domínio público municipal Título para registo. DELIBERAÇÃO Relatório: O Município de. requisitou

Leia mais

Perguntas Frequentes sobre a Rede de Apoio ao Consumidor Endividado

Perguntas Frequentes sobre a Rede de Apoio ao Consumidor Endividado Perguntas Frequentes sobre a Rede de Apoio ao Consumidor Endividado A Direção-Geral do Consumidor (DGC) apresenta um conjunto de respostas às perguntas suscitadas com maior frequência. Em caso de dúvida,

Leia mais

P.º 110.SJC.GCS/2010

P.º 110.SJC.GCS/2010 PARECER: DESPACHO: P.º 110.SJC.GCS/2010 ASSUNTO: Disposição transitória do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 20/2008, de 31 de Janeiro. 1. O Senhor Chefe do Gabinete de Sua Excelência, o Secretário de Estado

Leia mais

Pº C.Co.36/2012 SJC-CT

Pº C.Co.36/2012 SJC-CT Pº C.Co.36/2012 SJC-CT Consulente: Registo Nacional de Pessoas Coletivas. Sumário: Publicação das alterações de estatutos das fundações com natureza de Instituições Particulares de Solidariedade Social(IPSS)

Leia mais

Deliberação. 1 Em especial, no âmbito dos P.ºs CP 83/2008 SJC-CT e R.P. 227/2009 SJC-CT.

Deliberação. 1 Em especial, no âmbito dos P.ºs CP 83/2008 SJC-CT e R.P. 227/2009 SJC-CT. P.º n.º R.P. 60/2010 SJC-CT Penhora. Cancelamento não oficioso. Eventual conexão com o registo de aquisição, conjuntamente requerido. Tributação emolumentar DELIBERAÇÃO 1 Os presentes autos respeitam à

Leia mais

PARECER N.º 403/CITE/2015

PARECER N.º 403/CITE/2015 PARECER N.º 403/CITE/2015 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa do pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível de trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do

Leia mais

PARECER N.º 28/CITE/2005

PARECER N.º 28/CITE/2005 PARECER N.º 28/CITE/2005 Assunto: Parecer prévio nos termos do n.º 1 do artigo 45.º do Código do Trabalho e dos artigos 79.º e 80.º da Lei n.º 35/2004, de 29 de Julho Processo n.º 26 FH/2005 I OBJECTO

Leia mais

Meritíssimo Conselheiro Presidente do Tribunal Constitucional R-1870/11 (A6)

Meritíssimo Conselheiro Presidente do Tribunal Constitucional R-1870/11 (A6) Meritíssimo Conselheiro Presidente do Tribunal Constitucional R-1870/11 (A6) O Provedor de Justiça, no uso da competência prevista no artigo 281.º, n.º 2, alínea d), da Constituição da República Portuguesa,

Leia mais

Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil - São Paulo

Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil - São Paulo PROCEDIMENTOS GERAIS PARA O REGISTO DE EMPRESAS EM PORTUGAL As sociedades estrangeiras podem praticar as suas actividades em Portugal através da constituição de uma representação permanente no território

Leia mais

Publicado na revista TOC. Fiscalidade no imobiliário Contrato de locação financeira imobiliária Enquadramento fiscal

Publicado na revista TOC. Fiscalidade no imobiliário Contrato de locação financeira imobiliária Enquadramento fiscal Publicado na revista TOC Fiscalidade no imobiliário Contrato de locação financeira imobiliária Enquadramento fiscal O regime jurídico do contrato de locação financeira, vem consagrado no DL nº 149/95,

Leia mais

PARECER N.º 45/CITE/2011

PARECER N.º 45/CITE/2011 PARECER N.º 45/CITE/2011 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível a trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do n.º 5 do artigo

Leia mais

Regulamento de inventario e cadastro do património da Câmara de Vila Nova de Cerveira Nota justificação

Regulamento de inventario e cadastro do património da Câmara de Vila Nova de Cerveira Nota justificação Regulamento de inventario e cadastro do património da Câmara de Vila Nova de Cerveira Nota justificação Para cumprimento do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 51.º e alíneas d). f) e g) do n.º 2

Leia mais

Secção II 1* Fundos e sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional

Secção II 1* Fundos e sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional Secção II 1* Fundos e sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional Artigo 102.º Objecto É aprovado o regime especial aplicável aos fundos de investimento imobiliário para arrendamento

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 9º; 18º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 9º; 18º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA 9º; 18º. Intermediação - em crédito à habitação; leasing imobiliário; conta empréstimo; crédito automóvel; produtos estruturados; leasing equipamentos e

Leia mais

No Site do Instituto de Registos e Notariado (www.irn.mj.pt) poderão obter se os Contactos dos Serviços de Registo Predial.

No Site do Instituto de Registos e Notariado (www.irn.mj.pt) poderão obter se os Contactos dos Serviços de Registo Predial. VAI PERMUTAR A SUA CASA? PRESTE ATENÇÃO AO SEGUINTE! As normas da compra e venda são aplicáveis aos outros contratos onerosos pelos quais se alienam bens ou se estabeleçam encargos sobre eles, na medida

Leia mais

14. Convenção Relativa à Citação e à Notificação no Estrangeiro dos Actos Judiciais e Extrajudiciais em Matéria Civil e Comercial

14. Convenção Relativa à Citação e à Notificação no Estrangeiro dos Actos Judiciais e Extrajudiciais em Matéria Civil e Comercial 14. Convenção Relativa à Citação e à Notificação no Estrangeiro dos Actos Judiciais e Extrajudiciais em Matéria Civil e Comercial Os Estados signatários da presente Convenção, desejando criar os meios

Leia mais

REGULAMENTO DE COMPENSAÇÕES POR NÃO CEDÊNCIA DE TERRENOS PARA EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS VERDES PÚBLICOS DECORRENTE DA APROVAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS

REGULAMENTO DE COMPENSAÇÕES POR NÃO CEDÊNCIA DE TERRENOS PARA EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS VERDES PÚBLICOS DECORRENTE DA APROVAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS REGULAMENTO DE COMPENSAÇÕES POR NÃO CEDÊNCIA DE TERRENOS PARA EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS VERDES PÚBLICOS DECORRENTE DA APROVAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS 1. O Regulamento referente à compensação pela não

Leia mais

IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE AS TRANSMISSÕES ONEROSAS DE IMÓVEIS (IMT) E IMPOSTO DO SELO (IS) VERBA 1.1

IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE AS TRANSMISSÕES ONEROSAS DE IMÓVEIS (IMT) E IMPOSTO DO SELO (IS) VERBA 1.1 Classificação: 0 00. 0 1. 0 9 Segurança: P ú blic a Processo: GABINETE DO DIRETOR GERAL Direção de Serviços do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, do Imposto do Selo, do Imposto

Leia mais

Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários

Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários RELATÓRIO FINAL DA CONSULTA PÚBLICA DA AGMVM SOBRE A PROPOSTA DE REFORMA DO CÓDIGO DE MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS 1. Introdução No presente documento procede-se à análise das respostas recebidas no

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 9º; 18º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 9º; 18º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA 9º; 18º Condomínios de imóveis Processo: nº 2773, despacho do SDG dos Impostos, substituto legal do Director - Geral, em 2011-12-15. Conteúdo: Tendo por

Leia mais

PREÇOS MAIS BARATOS E TRANSPARENTES NA COMPRA DE CASA

PREÇOS MAIS BARATOS E TRANSPARENTES NA COMPRA DE CASA PREÇOS MAIS BARATOS E TRANSPARENTES NA COMPRA DE CASA 31 de Julho de 2008 O Ministério da Justiça esclarece o seguinte: 1. Na generalidade das situações, os preços do registo predial diminuíram em comparação

Leia mais

RECOMENDAÇÃO N.º 6/ B / 2004 [art.º 20.º, n.º 1, alínea b), da Lei n.º 9/91, de 9 de Abril]

RECOMENDAÇÃO N.º 6/ B / 2004 [art.º 20.º, n.º 1, alínea b), da Lei n.º 9/91, de 9 de Abril] Número: 6/B/2004 Data: 25-03-2004 Entidade visada: Secretária de Estado da Administração Pública Assunto: Curso de Estudos Avançados em Gestão Pública. Promoção a técnico superior de 1.ª classe. Processo:

Leia mais

12. Convenção Relativa à Supressão da Exigência da Legalização dos Actos Públicos Estrangeiros

12. Convenção Relativa à Supressão da Exigência da Legalização dos Actos Públicos Estrangeiros 12. Convenção Relativa à Supressão da Exigência da Legalização dos Actos Públicos Estrangeiros Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando suprimir a exigência da legalização diplomática ou

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: Código do Imposto do Selo 60.º CIS, Verba 2 TGIS

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: Código do Imposto do Selo 60.º CIS, Verba 2 TGIS Diploma: Código do Imposto do Selo Artigo: Assunto: 60.º CIS, Verba 2 TGIS FICHA DOUTRINÁRIA Comunicação de contratos de arrendamento Processo: 2010004346 IVE n.º 1703, com despacho concordante, de 2011.03.18,

Leia mais

TRATAMENTO FISCAL DE PARTILHA POR DIVÓRCIO

TRATAMENTO FISCAL DE PARTILHA POR DIVÓRCIO Antas da Cunha LAW FIRM TRATAMENTO FISCAL DE PARTILHA POR DIVÓRCIO I) MAIS-VALIAS A mais-valia consiste na diferença entre o valor de aquisição (que pode ser gratuita ou onerosa) e o valor de realização

Leia mais

REGISTO COMERCIAL. Isabel Quinteiro. Adjunta da Conservadora na Conservatória do Registo Predial e Comercial de Montemor-o-Velho

REGISTO COMERCIAL. Isabel Quinteiro. Adjunta da Conservadora na Conservatória do Registo Predial e Comercial de Montemor-o-Velho REGISTO COMERCIAL Isabel Quinteiro Adjunta da Conservadora na Conservatória do Registo Predial e Comercial de Montemor-o-Velho Outubro de 2010 Introdução IRN, IP É um instituto público integrado na administração

Leia mais

Republicação do Despacho Normativo n. 18 -A/2010, de 1 de julho CAPÍTULO I. Disposições comuns. Artigo 1. Objeto. Artigo 2.

Republicação do Despacho Normativo n. 18 -A/2010, de 1 de julho CAPÍTULO I. Disposições comuns. Artigo 1. Objeto. Artigo 2. Republicação do Despacho Normativo n. 18 -A/2010, de 1 de julho CAPÍTULO I Disposições comuns Artigo 1. Objeto O presente despacho normativo regulamenta os pedidos de reembolso de imposto sobre o valor

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório

DELIBERAÇÃO. Relatório Pº R.P. 241/2007 DSJ-CT- Consentimento do credor como título para cancelamento de hipoteca (artigo 56º do C.R.P.) Forma legal Reconhecimento de assinatura por advogado ou solicitador - Registo informático

Leia mais

Sumário: Registo da propriedade de veículos ao abrigo do regime transitório especial consagrado no Decreto-Lei n.º 20/2008, de 31 de Janeiro.

Sumário: Registo da propriedade de veículos ao abrigo do regime transitório especial consagrado no Decreto-Lei n.º 20/2008, de 31 de Janeiro. P.º R. Bm. 4/2008 SJC-CT Sumário: Registo da propriedade de veículos ao abrigo do regime transitório especial consagrado no Decreto-Lei n.º 20/2008, de 31 de Janeiro. Recorrente: Manuel. Recorrida: Conservatória

Leia mais

Extinção da empresa por vontade dos sócios

Extinção da empresa por vontade dos sócios Extinção da empresa por vontade dos sócios A dissolução de uma sociedade por deliberação dos sócios pode fazer-se de várias formas, designadamente de forma imediata, com liquidação simultânea, com partilha,

Leia mais

RESPOSTA À RECLAMAÇÃO DO PARECER N.º 65/CITE/2015

RESPOSTA À RECLAMAÇÃO DO PARECER N.º 65/CITE/2015 RESPOSTA À RECLAMAÇÃO DO PARECER N.º 65/CITE/2015 Assunto: Resposta à reclamação do parecer prévio à intenção de recusa do pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível de trabalhadora

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Exigibilidade - Emissão/venda do Voucher /Cheque Prenda. Processo: nº 700, por despacho do Director - Geral, em 2010-06-16.

FICHA DOUTRINÁRIA. Exigibilidade - Emissão/venda do Voucher /Cheque Prenda. Processo: nº 700, por despacho do Director - Geral, em 2010-06-16. FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA 7º; 8º; alínea c) do nº1 do art. 18º. Exigibilidade - Emissão/venda do Voucher /Cheque Prenda. Processo: nº 700, por despacho do Director - Geral, em 2010-06-16.

Leia mais

Pº R.P. 7/2010 SJC-CT

Pº R.P. 7/2010 SJC-CT Pº R.P. 7/2010 SJC-CT Coisas que se encontram no domínio público (fora do comércio jurídico). Insusceptibilidade da sua aquisição por usucapião. Recusa. Imposto de selo. DELIBERAÇÃO 1., advogado, apresentou

Leia mais

Caso prático o contrato - promessa

Caso prático o contrato - promessa Caso prático o contrato - promessa Em 1 Setembro de 2009, A casado no regime de separação de bens com B, celebrou com C, casado no regime de comunhão geral de bens com D, ambos residentes em Lisboa, um

Leia mais

FI CHA DOUTRINÁRIA. Diploma: Código do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis/Estatuto dos Benefícios Fiscais

FI CHA DOUTRINÁRIA. Diploma: Código do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis/Estatuto dos Benefícios Fiscais FI CHA DOUTRINÁRIA Diploma: Código do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis/Estatuto dos Benefícios Fiscais Artigo: Assunto: 49.º EBF Fundos de Investimento Imobiliário e Isenção de

Leia mais

sucessivamente plasmado no nº1 do artigo 20º do Decreto-Lei nº 409/89, de 18 de Novembro e no artigo 18º do Decreto-Lei nº 312/99, de 10 de Agosto

sucessivamente plasmado no nº1 do artigo 20º do Decreto-Lei nº 409/89, de 18 de Novembro e no artigo 18º do Decreto-Lei nº 312/99, de 10 de Agosto Tem a Administração Educativa recorrido, ora com carácter ocasional, ora com carácter regular, à contratação por oferta de escola de pessoal docente detentor de formação especializada para assegurar a

Leia mais

1372-(6) Diário da República, 1.ª série N.º 44 3 de Março de 2008

1372-(6) Diário da República, 1.ª série N.º 44 3 de Março de 2008 1372-(6) Diário da República, 1.ª série N.º 44 3 de Março de 2008 inferior a 0,8 m 1,2 m, ou, caso se trate de operação urbanística em fracção já existente, confinante com arruamento ou espaço de circulação

Leia mais

Recurso nº 795/2010 Data: 17 de Fevereiro de 2011. Assuntos: - Incerteza jurídica - Nome romanizado - Rectificação - Nova prova.

Recurso nº 795/2010 Data: 17 de Fevereiro de 2011. Assuntos: - Incerteza jurídica - Nome romanizado - Rectificação - Nova prova. Recurso nº 795/2010 Data: 17 de Fevereiro de 2011 Assuntos: - Incerteza jurídica - Nome romanizado - Rectificação - Nova prova Sumário 1. Quando o Tribunal estiver perante uma situação em que o arresto

Leia mais

P.ºn.º R.P. 89/2010 SJC-CT Anexação. Hipoteca. Indivisibilidade. Cancelamento. Arredondamento de estremas de prédio confinante.

P.ºn.º R.P. 89/2010 SJC-CT Anexação. Hipoteca. Indivisibilidade. Cancelamento. Arredondamento de estremas de prédio confinante. P.ºn.º R.P. 89/2010 SJC-CT Anexação. Hipoteca. Indivisibilidade. Cancelamento. Arredondamento de estremas de prédio confinante. DELIBERAÇÃO 1. É a seguinte a situação registral dos dois prédios abrangidos

Leia mais

2- Com o devido respeito, esta é uma falsa questão. Senão vejamos:

2- Com o devido respeito, esta é uma falsa questão. Senão vejamos: Pº CP 3/06 DSJ-CT: Desjudicialização - Processo especial de justificação - Acção declarativa comum para reconhecimento do direito de propriedade - Competência material dos julgados de paz CONSULTA: Parecer

Leia mais

Ofício-Circulado 60009, de 21/05/1999 - Direcção de Serviços de Justiça Tributária

Ofício-Circulado 60009, de 21/05/1999 - Direcção de Serviços de Justiça Tributária Ofício-Circulado 60009, de 21/05/1999 - Direcção de Serviços de Justiça Tributária PLANOS PRESTACIONAIS - DEC-LEI Nº 124/96 REDUÇÃO DA TAXA DE JUROS DE MORA VINCENDOS CONSTITUIÇÃO DE GARANTIAS - DEC-LEI

Leia mais

PARECER N.º 38/CITE/2005

PARECER N.º 38/CITE/2005 PARECER N.º 38/CITE/2005 Assunto: Parecer nos termos do n.º 3 do artigo 133.º do Código do Trabalho e da alínea j) do n.º 1 do artigo 496.º da Lei n.º 35/2004, de 29 de Julho Não renovação de contrato

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA Artigo: 29º, 36º e 40º

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA Artigo: 29º, 36º e 40º Diploma: CIVA Artigo: 29º, 36º e 40º Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Faturas - Mediadores de seguros que pratiquem operações isentas Processo: nº 4686, por despacho de 2013-05-15, do SDG do IVA, por delegação

Leia mais

Pº R.P.135 136 /2009 SJC-CT-

Pº R.P.135 136 /2009 SJC-CT- Pº R.P.135 e 136 /2009 SJC-CT- (Im)possibilidade legal de incluir a cláusula de reversão dos bens doados em contrato de partilha em vida. DELIBERAçÃO Relatório 1. Os presentes recursos hierárquicos vêm

Leia mais

PARECER N.º 19/CITE/2006

PARECER N.º 19/CITE/2006 PARECER N.º 19/CITE/2006 Assunto: Parecer prévio nos termos do artigo 45.º do Código do Trabalho e dos artigos 79.º e 80.º da Lei n.º 35/2004, de 29 de Julho Processo n.º 20 FH/2006 I OBJECTO 1.1. A CITE

Leia mais

APROVA OS MODELOS DE ALVARÁS DE LICENCIAMENTO OU AUTORIZAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS

APROVA OS MODELOS DE ALVARÁS DE LICENCIAMENTO OU AUTORIZAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS APROVA OS MODELOS DE ALVARÁS DE LICENCIAMENTO OU AUTORIZAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS (Portaria n.º 1107/2001, de 18 de Setembro) O Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, que aprovou o novo regime

Leia mais

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C JUIZADO ESPECIAL (PROCESSO ELETRÔNICO) Nº201070510020004/PR RELATORA : Juíza Andréia Castro Dias RECORRENTE : LAURO GOMES GARCIA RECORRIDO : UNIÃO FAZENDA NACIONAL V O T O Dispensado o relatório, nos termos

Leia mais

Pº R. Co. 39/2005 DSJ-CT- Averbamento de mudança de sede para concelho limítrofe Título. DELIBERAÇÃO

Pº R. Co. 39/2005 DSJ-CT- Averbamento de mudança de sede para concelho limítrofe Título. DELIBERAÇÃO Pº R. Co. 39/2005 DSJ-CT- Averbamento de mudança de sede para concelho limítrofe Título. Recorrente:, Ldª. DELIBERAÇÃO Recorrida: Conservatória do Registo Comercial Registo a qualificar: Averbamento à

Leia mais

Titulação de Actos sujeitos a Registo Predial

Titulação de Actos sujeitos a Registo Predial Titulação de Actos sujeitos a Registo Predial Forma Legal e Desmaterialização Olga Barreto IRN,I.P. Os actos sujeitos a registo predial podem ser titulados: Escritura pública Documento particular autenticado

Leia mais

Legislação Farmacêutica Compilada. Portaria n.º 377/2005, de 4 de Abril. B, de 20 de Maio de 2005. INFARMED - Gabinete Jurídico e Contencioso 59-C

Legislação Farmacêutica Compilada. Portaria n.º 377/2005, de 4 de Abril. B, de 20 de Maio de 2005. INFARMED - Gabinete Jurídico e Contencioso 59-C 1 Estabelece que o custo dos actos relativos aos pedidos previstos no Decreto- Lei n.º 72/91, de 8 de Fevereiro, bem como dos exames laboratoriais e dos demais actos e serviços prestados pelo INFARMED,

Leia mais

P.º R.P. 204/2007 DSJ-CT-

P.º R.P. 204/2007 DSJ-CT- P.º R.P. 204/2007 DSJ-CT- Anexação de dois prédios urbanos, sendo um deles um terreno para construção urbana, destinado, por vontade do titular inscrito de ambos, a logradouro do outro (edifício de r/c,

Leia mais

Fórum Jurídico. Junho 2013 Direito do Trabalho INSTITUTO DO CONHECIMENTO AB. www.abreuadvogados.com 1/5

Fórum Jurídico. Junho 2013 Direito do Trabalho INSTITUTO DO CONHECIMENTO AB. www.abreuadvogados.com 1/5 Junho 2013 Direito do Trabalho A Livraria Almedina e o Instituto do Conhecimento da Abreu Advogados celebraram em 2012 um protocolo de colaboração para as áreas editorial e de formação. Esta cooperação

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 6º; 14º; Decreto-Lei n.º 347/85, de 23/08; Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 6º; 14º; Decreto-Lei n.º 347/85, de 23/08; Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA 6º; 14º; Decreto-Lei n.º 347/85, de 23/08; Localização de operações - Transportes terrestres, operações de armazenagem e distribuição Continente RA s -

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Código do Imposto do Selo Verba 17.2 da TGIS

FICHA DOUTRINÁRIA. Código do Imposto do Selo Verba 17.2 da TGIS Diploma: Artigo: Assunto: Código do Imposto do Selo Verba 17.2 da TGIS FICHA DOUTRINÁRIA Isenção do imposto do selo prevista na parte final do n.º 1 do artigo 8.º do Estatuto Fiscal Cooperativo Processo:

Leia mais

FORMALIDADES PARA CRIAÇÃO DE EMPRESAS TIPOS DE SOCIEDADES

FORMALIDADES PARA CRIAÇÃO DE EMPRESAS TIPOS DE SOCIEDADES Associação Nacional de Jovens Empresários APOIO JURÍDICO FORMALIDADES PARA CRIAÇÃO DE EMPRESAS TIPOS DE SOCIEDADES ANJE - Associação Nacional de Jovens Empresários Casa do Farol Rua Paulo Gama s/n 4169-006

Leia mais

DELIBERAÇÃO Nº 72 / 2006. I - Introdução

DELIBERAÇÃO Nº 72 / 2006. I - Introdução DELIBERAÇÃO Nº 72 / 2006 I - Introdução A Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) tem recebido, com muita frequência, um grande número de pedido de acessos a dados pessoais de saúde de titulares

Leia mais

PROCONVERGENCIA ORIENTAÇÃO N.º 1/2011 ORIENTAÇÃO DE GESTÃO PROGRAMA OPERACIONAL DOS AÇORES PARA A CONVERGÊNCIA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

PROCONVERGENCIA ORIENTAÇÃO N.º 1/2011 ORIENTAÇÃO DE GESTÃO PROGRAMA OPERACIONAL DOS AÇORES PARA A CONVERGÊNCIA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES PROCONVERGENCIA PROGRAMA OPERACIONAL DOS AÇORES PARA A CONVERGÊNCIA ORIENTAÇÃO N.º 1/2011 ORIENTAÇÃO DE GESTÃO FEDER Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional Abril de 2011 PROCONVERGENCIA

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 18º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 18º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA 18º Prestação de Serviços de telemarketing Processo: nº 3109, despacho do SDG dos Impostos, substituto legal do Director - Geral, em 2012-05-18. Conteúdo:

Leia mais

Guia prático de procedimentos para os. Administradores de Insolvência.

Guia prático de procedimentos para os. Administradores de Insolvência. Guia prático de procedimentos para os Administradores de Insolvência. Índice Introdução 1. Requerimentos 2. Apreensão de bens 2.1. Autos de apreensão de bens 2.2. Apreensão de vencimento 2.3. Apreensão

Leia mais

P.º R. Co. 5/2008 DSJ-CT

P.º R. Co. 5/2008 DSJ-CT P.º R. Co. 5/2008 DSJ-CT Sumário: Deliberação sociais. Reflexos de eventuais vícios nos registos. Poderes de qualificação do conservador. Alteração do contrato social. Título para registo. Relatório: 1

Leia mais

Outubro 2013 LEGAL FLASH I ANGOLA REGIME PROVISÓRIO DE CONSTITUIÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DE SOCIEDADES COMERCIAIS UNIPESSOAIS LEGISLAÇÃO EM DESTAQUE 4

Outubro 2013 LEGAL FLASH I ANGOLA REGIME PROVISÓRIO DE CONSTITUIÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DE SOCIEDADES COMERCIAIS UNIPESSOAIS LEGISLAÇÃO EM DESTAQUE 4 LEGAL FLASH I ANGOLA Outubro 2013 LEGAL FLASH I ANGOLA REGIME PROVISÓRIO DE CONSTITUIÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DE SOCIEDADES COMERCIAIS UNIPESSOAIS 2 LEGISLAÇÃO EM DESTAQUE 4 I. REGIME PROVISÓRIO DE CONSTITUIÇÃO

Leia mais

1. Legislação Aplicável

1. Legislação Aplicável VAI COMPRAR CASA? PRESTE ATENÇÃO AO SEGUINTE! Compra e venda é o contrato pelo qual se transmite a propriedade de uma coisa ou outro direito, mediante um preço Art.º 874.º do Código Civil 1. Legislação

Leia mais

Pº R.P.16/2005 DSJ-CT Usufruto Alienação conjunta, gratuita ou onerosa, por nu proprietário e usufrutuário Eficácia real Efeitos tabulares.

Pº R.P.16/2005 DSJ-CT Usufruto Alienação conjunta, gratuita ou onerosa, por nu proprietário e usufrutuário Eficácia real Efeitos tabulares. Pº R.P.16/2005 DSJ-CT Usufruto Alienação conjunta, gratuita ou onerosa, por nu proprietário e usufrutuário Eficácia real Efeitos tabulares. PARECER Registo a qualificar: Aquisição da fracção autónoma U1

Leia mais

Parecer. Finaliza, formulando um único pedido, correspondente aos efeitos da impugnação pauliana, e que se traduz no seguinte:

Parecer. Finaliza, formulando um único pedido, correspondente aos efeitos da impugnação pauliana, e que se traduz no seguinte: P.º R. P. 150/2005 DSJ-CT: Registo de acção. Pedido constante da petição inicial respeitante apenas à impugnação pauliana, não obstante se invoque também na parte narrativa do articulado a nulidade do

Leia mais

Decreto-Lei n.º 111/2005, de 08/07

Decreto-Lei n.º 111/2005, de 08/07 Contém as alterações dos seguintes diplomas: DL n.º 33/2011, de 07/03 DL n.º 99/2010, de 02/09 DL n.º 247-B/2008, de 30/12 DL n.º 318/2007, de 26/09 DL n.º 125/2006, de 29/06 DL n.º 76-A/2006, de 29/03

Leia mais

Pº R.P. 154/2004 DSJ-CT.- Inscrição de servidão de gás Menções Efeitos Título para registo Trato sucessivo.

Pº R.P. 154/2004 DSJ-CT.- Inscrição de servidão de gás Menções Efeitos Título para registo Trato sucessivo. Pº R.P. 154/2004 DSJ-CT.- Inscrição de servidão de gás Menções Efeitos Título para registo Trato sucessivo. PARECER Recorrente:, S.A. Recorrida: 2ª Conservatória do Registo Predial de. Registo a qualificar:

Leia mais

Tribunal de Contas. ACÓRDÃO N.º 2/2003 1.ª S/PL de 28 de Janeiro de 2003. R.O. n.º 20/02 Processo n.º 1779/2002 SUMÁRIO:

Tribunal de Contas. ACÓRDÃO N.º 2/2003 1.ª S/PL de 28 de Janeiro de 2003. R.O. n.º 20/02 Processo n.º 1779/2002 SUMÁRIO: ACÓRDÃO N.º 2/2003 1.ª S/PL de 28 de Janeiro de 2003 R.O. n.º 20/02 Processo n.º 1779/2002 CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO / ENCARGO FINANCEIRO / ENDIVIDAMENTO MUNICIPAL / DÉFICE PÚBLICO / MUNICÍPIO /

Leia mais

TRIBUNAL ARBITRAL DE CONSUMO

TRIBUNAL ARBITRAL DE CONSUMO Processo n.º 1911/2015 Requerente: João Requerida: SA 1. Relatório 1.1. A requerente, alegando anomalias no funcionamento de computador portátil que comprou à requerida, pediu, inicialmente, a sua substituição

Leia mais

PROCEDIMENTOS DO REGISTO DA MARCA EM MOÇAMBIQUE.

PROCEDIMENTOS DO REGISTO DA MARCA EM MOÇAMBIQUE. PROCEDIMENTOS DO REGISTO DA MARCA EM MOÇAMBIQUE. Os procedimentos do registo da marca encontram-se dispostos no Código da Propriedade Industrial adiante (CPI), artigos 110 à 135; o registo é igualmente

Leia mais

Processo de arbitragem n.º 78/2015. Sentença

Processo de arbitragem n.º 78/2015. Sentença Processo de arbitragem n.º 78/2015 Demandante: A Demandada: B Árbitro único: Jorge Morais Carvalho Sentença I Processo 1. O processo correu os seus termos em conformidade com o Regulamento do Centro Nacional

Leia mais

ASSUNTO: Partilha por divórcio art.º 1790.º do Código Civil Impostos.

ASSUNTO: Partilha por divórcio art.º 1790.º do Código Civil Impostos. Proc.º n.º C. N. 20/2009 SJC CT ASSUNTO: Partilha por divórcio art.º 1790.º do Código Civil Impostos. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DO PROBLEMA: O helpdesk do Balcão das Heranças e Divórcios com Partilha colocou

Leia mais

PARECER N.º 81/CITE/2012

PARECER N.º 81/CITE/2012 PARECER N.º 81/CITE/2012 Assunto: Parecer prévio à intenção de recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível a trabalhadora com responsabilidades familiares, nos termos do n.º 5 do artigo

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Relatório:

DELIBERAÇÃO. Relatório: Pº R.P. 274/2007 DSJ-CT- Modificação do conteúdo do direito de propriedade horizontal Alteração do regime de uso de certa parte comum de edifício destinado a parqueamento automóvel Suficiência da verificação,

Leia mais

CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS

CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS Edição de Bolso 8.ª EDIÇÃO ACTUALIZAÇÃO N. 1 1 CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS EDIÇÃO DE BOLSO Actualização n. 1 ORGANIZAÇÃO BDJUR BASE DE DADOS JURÍDICA EDITOR EDIÇÕES

Leia mais

Despacho conjunto n.º 413/99, de 15 de Maio

Despacho conjunto n.º 413/99, de 15 de Maio Despacho conjunto n.º 413/99, de 15 de Maio MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE Aprova o Regulamento do Fundo de Compensação Sócio-Económica no âmbito do Programa de Expansão

Leia mais

REGULAMENTO DA PROMOÇÃO CHANCE ÚNICA

REGULAMENTO DA PROMOÇÃO CHANCE ÚNICA REGULAMENTO DA PROMOÇÃO CHANCE ÚNICA 1 Da Oferta 1.1. A presente oferta promocional denominada CHANCE ÚNICA ( Oferta ) é instituída por mera liberalidade de empresas do grupo Camargo Corrêa Desenvolvimento

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 6º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: 6º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA 6º. Localização de Serviços - Locação financeira e aluguer de longa duração - Meios de transporte. Processo: nº 1156, despacho do SDG dos Impostos, substituto

Leia mais

Regime de qualificações nos domínios da construção urbana e do urbanismo Perguntas e respostas sobre a inscrição/renovação da inscrição

Regime de qualificações nos domínios da construção urbana e do urbanismo Perguntas e respostas sobre a inscrição/renovação da inscrição Regime de qualificações nos domínios da construção urbana e do urbanismo Perguntas e respostas sobre a inscrição/renovação da inscrição 1. Quais as instruções a seguir pelos técnicos que pretendam exercer

Leia mais

P.º R. P. 189/2009 SJC-CT-

P.º R. P. 189/2009 SJC-CT- P.º R. P. 189/2009 SJC-CT- Pedido de rectificação de averbamento à descrição, ao abrigo do disposto no artigo 121.º do Código do Registo Predial Recusa Impugnação hierárquica Legitimidade da entidade ad

Leia mais

PROJECTO DE REGULAMENTO PROCEDIMENTOS DE COBRANÇA E ENTREGA AOS MUNICÍPIOS DA TMDP (TAXA MUNICIPAL DE DIREITOS DE PASSAGEM)

PROJECTO DE REGULAMENTO PROCEDIMENTOS DE COBRANÇA E ENTREGA AOS MUNICÍPIOS DA TMDP (TAXA MUNICIPAL DE DIREITOS DE PASSAGEM) http://www.anacom.pt/template15.jsp?categoryid=110699 PROJECTO DE REGULAMENTO PROCEDIMENTOS DE COBRANÇA E ENTREGA AOS MUNICÍPIOS DA TMDP (TAXA MUNICIPAL DE DIREITOS DE PASSAGEM) A Lei das Comunicações

Leia mais

circular ifdr Noção de Organismo de Direito Público para efeitos do cálculo de despesa pública SÍNTESE: ÍNDICE

circular ifdr Noção de Organismo de Direito Público para efeitos do cálculo de despesa pública SÍNTESE: ÍNDICE N.º 01/2008 Data: 2008/07/16 Noção de Organismo de Direito Público para efeitos do cálculo de despesa pública Elaborada por: Núcleo de Apoio Jurídico e Contencioso e Unidade de Certificação SÍNTESE: A

Leia mais

Convenção nº 146. Convenção sobre Férias Anuais Pagas dos Marítimos

Convenção nº 146. Convenção sobre Férias Anuais Pagas dos Marítimos Convenção nº 146 Convenção sobre Férias Anuais Pagas dos Marítimos A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho: Convocada para Genebra pelo conselho administração da Repartição Internacional

Leia mais

LEI N.º 23/96, DE 26 DE JULHO, ALTERADA PELA LEI N. O 12/2008, DE 26 DE FEVEREIRO, E PELA LEI N. O 24/2008, DE 2 DE JUNHO Serviços públicos essenciais

LEI N.º 23/96, DE 26 DE JULHO, ALTERADA PELA LEI N. O 12/2008, DE 26 DE FEVEREIRO, E PELA LEI N. O 24/2008, DE 2 DE JUNHO Serviços públicos essenciais LEI N.º 23/96, DE 26 DE JULHO, ALTERADA PELA LEI N. O 12/2008, DE 26 DE FEVEREIRO, E PELA LEI N. O 24/2008, DE 2 DE JUNHO Serviços públicos essenciais Artigo 1.º Objecto e âmbito 1 A presente lei consagra

Leia mais

Decreto n.º 118/80 Acordo Económico e Comercial entre o Governo da República Portuguesa e o Governo dos Estados Unidos Mexicanos

Decreto n.º 118/80 Acordo Económico e Comercial entre o Governo da República Portuguesa e o Governo dos Estados Unidos Mexicanos Decreto n.º 118/80 Acordo Económico e Comercial entre o Governo da República Portuguesa e o Governo dos Estados Unidos Mexicanos O Governo decreta, nos termos da alínea c) do artigo 200.º da Constituição,

Leia mais

CASA PRONTA. Perguntas & Respostas

CASA PRONTA. Perguntas & Respostas CASA PRONTA Perguntas & Respostas 1. O que é o balcão Casa Pronta? O Casa Pronta é um balcão único onde é possível realizar todas as operações relativas à compra e venda de casa (prédios urbanos). Neste

Leia mais

Outros actos que têm de ser registados no Registo Comercial

Outros actos que têm de ser registados no Registo Comercial Outros actos que têm de ser registados no Registo Comercial A maior parte das alterações que ocorrem na vida de uma empresa têm de ser registadas no Registo Comercial. O registo comercial destina-se a

Leia mais

REGULAMENTO BOLSAS DE INVESTIGAÇÃO PARA ESTRANGEIROS

REGULAMENTO BOLSAS DE INVESTIGAÇÃO PARA ESTRANGEIROS I. DISPOSIÇÕES GERAIS Artº 1º 1. Com o fim de estimular a difusão da cultura portuguesa em países estrangeiros, a Fundação Calouste Gulbenkian, através do Serviço de Bolsas Gulbenkian, concede bolsas de

Leia mais

REGULAMENTO CURSOS TÉCNICOS SUPERIORES PROFISSIONAIS DO INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO E DA ADMINISTRAÇÃO (ISCIA) Disposições Gerais

REGULAMENTO CURSOS TÉCNICOS SUPERIORES PROFISSIONAIS DO INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO E DA ADMINISTRAÇÃO (ISCIA) Disposições Gerais REGULAMENTO CURSOS TÉCNICOS SUPERIORES PROFISSIONAIS DO INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO E DA ADMINISTRAÇÃO (ISCIA) Disposições Gerais O presente regulamento visa aplicar o regime estabelecido

Leia mais

Acórdão nº 199 /05 30 NOV.05 1ªS/SS. O Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde (IGIF) remeteu para

Acórdão nº 199 /05 30 NOV.05 1ªS/SS. O Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde (IGIF) remeteu para Mantido pelo acórdão nº 6/06, de 01/02/06, proferido no recurso nº 01/06 Acórdão nº 199 /05 30 NOV.05 1ªS/SS Processo nº 1561/05 Acordam em Subsecção da 1ª Secção: O Instituto de Gestão Informática e Financeira

Leia mais

P.º R. P. 98/2009 SJC-CT-

P.º R. P. 98/2009 SJC-CT- P.º R. P. 98/2009 SJC-CT- Aquisição com base em doação de quinhão hereditário Recusa do registo Prédios com inscrição de aquisição em compropriedade, por usucapião e não em comunhão hereditária Alegado

Leia mais

PARECER N.º 50/CITE/2003. Assunto: Parecer nos termos do artigo 17.º n.º 2 do Decreto-Lei n.º 230/2000, de 23 de Setembro Processo n.

PARECER N.º 50/CITE/2003. Assunto: Parecer nos termos do artigo 17.º n.º 2 do Decreto-Lei n.º 230/2000, de 23 de Setembro Processo n. PARECER N.º 50/CITE/2003 Assunto: Parecer nos termos do artigo 17.º n.º 2 do Decreto-Lei n.º 230/2000, de 23 de Setembro Processo n.º 57/2003 I - OBJECTO 1.1. A CITE recebeu, em 2 de Setembro de 2003,

Leia mais