Abrindo Espaços. Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz

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2 Abrindo Espaços Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz Brasília, dezembro de 2008

3 Representação da UNESCO no Brasil Representante Vincent Defourny Setor de Ciências Humanas e Sociais Coordenadora Marlova Jovchelovitch Noleto Oficiais de Projeto Carlos Alberto dos Santos Vieira Beatriz Maria Godinho Barros Coelho Rosana Sperandio Pereira Alessandra Terra Magagnin Coordenador Editorial Célio da Cunha Fundação Vale Conselho de Curadores Tito Botelho Martins Junior Carla Grasso Gabriel Stoliar Pedro Aguiar de Freitas Orlando Góes Pereira Lima Olinta Cardoso Costa Márcio Luis Silva Godoy Adriana da Silva Garcia Bastos Marconi Tarbes Viana Representação no Brasil SAS, Quadra 5, Bloco H, Lote 6, Ed. CNPq/IBICT/UNESCO, 9º andar Brasília/DF Brasil Tel.: (55 61) Fax: (55 61) grupoeditorial@unesco.org.br Fundação Vale Av. Graça Aranha, Rio de Janeiro/RJ - Brasil Tel.: (55 21) Fax: (55 21)

4 Abrindo Espaços Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz

5 2008 Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) Organização e redação final: Marlova Jovchelovitch Noleto Redação e edição: Gabriela Athias Colaboradores: Cristina Cordeiro, Helena Povere, Lia Diskin, Candido Gomes, Marisa Sari, Julio Jacobo, Regina Vassimon, Anailde Almeida, Leoberto N. Brancher e Rita Ippolito Revisão técnica: Marlova Jovchelovitch Noleto, Rosana Sperandio Pereira, Alessandra Terra Magagnin e Candido Gomes Revisão: Denise Martins e Jeanne Sawaya Diagramação: Paulo Selveira Capa e projeto gráfico: Edson Fogaça Abrindo espaços: guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz. Brasília: UNESCO, Fundação Vale, p. (Série saber e fazer; 3). ISBN: Cultura de Paz 2.Violência 3. Escolas 4. Atividades Extracurriculares 5. Jovens Desfavorecidos 6. Programas Sociais 7. Brasil I. UNESCO II. Fundação Vale III. Título CDD Os autores são responsáveis pela escolha e apresentação dos fatos contidos neste livro, bem como pelas opiniões nele expressas, que não são necessariamente as da UNESCO, nem comprometem a Organização. As indicações de nomes e a apresentação do material ao longo deste livro não implicam a manifestação de qualquer opinião por parte da UNESCO a respeito da condição jurídica de qualquer país, território, cidade, região ou de suas autoridades, tampouco da delimitação de suas fronteiras ou limites.

6 Agradecimentos A experiência do Programa Abrindo Espaços não existiria sem a colaboração de atores de inquestionável competência e verdadeiramente comprometidos com a melhoria da qualidade da educação no Brasil. Entre essas pessoas, merece especial agradecimento o Ministro da Educação, Fernando Haddad, intelectual e executivo que vem demonstrando grande habilidade em dar novos rumos ao sistema educacional brasileiro, sem nunca medir esforços para apoiar as iniciativas da Representação da UNESCO no Brasil. Naturalmente, este agradecimento é extensivo a toda a sua equipe, sobretudo ao Secretário-Executivo do MEC, José Henrique Paim Fernandes, com quem o programa começou quando ainda era presidente do FNDE, ao Secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, André Lázaro, e à Coordenadora Nacional do Programa Escola Aberta, Natália Duarte. Agradecemos ao Ministro da Justiça, Tarso Genro, e a Ricardo Henriques, pois foi em suas gestões como Ministro da Educação e Secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, respectivamente, que o programa foi lançado e tomou forma. Agradecemos também à Diretora de Comunicação da Vale, Olinta Cardoso, e à Fundação Vale, que tornou possível esta coleção. Exemplo vivo de responsabilidade social, a Fundação demonstra com consistência que o conceito de progresso só é pleno quando o setor privado leva em conta fatores como preservação do meio ambiente, fortalecimento do capital social das comunidades com que interage e respeito às identidades culturais. Agradecemos, por fim, aos profissionais da UNESCO envolvidos direta ou indiretamente no Abrindo Espaços, os quais trabalham incansavelmente pelo sucesso do programa, e aos colegas do setor editorial, que contribuíram para que este trabalho fosse bem-sucedido. São eles Doutor Célio da Cunha, Edson Fogaça, Jeanne Sawaya, Larissa Leite, Mônica Noleto, Paulo Selveira, Pedro Henrique Souza e Rodrigo Domingues.

7 Coleção Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz Coordenação Marlova Jovchelovitch Noleto Beatriz Maria Godinho Barros Coelho Revisão Técnica Marlova Jovchelovitch Noleto Rosana Sperandio Pereira Alessandra Terra Magagnin Colaboradores Gabriela Athias Candido Gomes Adriel Amaral

8 SUMÁRIO Apresentação A multiplicação da cultura de paz...9 Vincent Defourny Viver a paz, viver em paz...11 Silvio Vaz de Almeida Introdução Abrindo Espaços: inclusão social e educação para o século XXI...13 Marlova Jovchelovitch Noleto Sobre a Série Saber e Fazer...19 O Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz...21 Jovem, escola e comunidade: os focos do programa...24 Elementos de identidade do Programa Abrindo Espaços...26 A UNESCO e a cooperação técnica no Programa Abrindo Espaços...28 A construção da cultura de paz...30

9 Os passos para a implantação do programa...35 Passo 1 Tomando a decisão...37 Passo 2 Estruturando o programa e discutindo seu formato...38 Passo 3 Formando a equipe de coordenação central...39 Passo 4 Definindo os critérios para selecionar as escolas participantes e mobilizando-as para a participação no programa...41 Passo 5 Compondo as equipes locais e iniciando o processo de formação continuada...46 Passo 6 Mobilizando a comunidade e realizando diagnósticos...52 Passo 7 Definindo as atividades e divulgando as oficinas...56 Passo 8 Abrindo os portões: integrando escola e comunidade...59 Passo 9 Monitorando e avaliando o programa...62 Passo 10 Documentando a experiência...64 Abrindo Espaços: três experiências pioneiras...67 O Programa Escolas de Paz Rio de Janeiro...68 O Projeto Escola Aberta Pernambuco...70 O Programa Abrindo Espaços Bahia...73 Influenciando a formulação de políticas públicas: nasce o Programa Escola Aberta...77 O que dá certo...82 Saiba mais...85 Referências bibliográficas...91

10 Apresentação A multiplicação da cultura de paz No ano em que o Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz completa oito anos, a Representação da UNESCO no Brasil tem a oportunidade de lançar uma coleção de sete publicações para sistematizar uma iniciativa de inclusão social e redução de violência com foco na escola, no jovem e na comunidade. O Programa Abrindo Espaços consiste na abertura das escolas públicas nos fins de semana, com oferta de atividades de esporte, lazer, cultura, inclusão digital e preparação inicial para o mundo do trabalho. Ao contribuir para romper o isolamento institucional da escola e fazê-la ocupar papel central na articulação da comunidade, o programa materializa um dos fundamentos da cultura de paz: estimular a convivência entre grupos diferentes e favorecer a resolução de conflitos pela via da negociação. A UNESCO agradece à Fundação Vale pela parceria que lhe possibilita publicar esta coleção, uma ferramenta de multiplicação de um programa que já é política pública e está presente em escolas dos 26 estados da federação e do Distrito Federal. O objetivo das publicações é compartilhar com a sociedade o conhecimento e a experiência acumulados pela UNESCO na gestão do Programa Abrindo Espaços, que tem como uma de suas missões agregar valor a iniciativas focadas na construção e na multiplicação da cultura de paz. 9

11 Além disso, auxiliar tecnicamente nossos parceiros na execução de programas e projetos capazes de construir um Brasil mais justo e menos desigual, especialmente para as populações vulneráveis, caso de milhares de jovens que vivem nas periferias pobres do país, onde atuam as escolas do Abrindo Espaços. Conhecer as publicações é apenas o primeiro passo para o caminho a ser percorrido pelos interessados em identificar mais uma opção de sucesso na promoção da cultura de paz, na inclusão social e na redução de violência. A UNESCO no Brasil está à disposição para seguir contribuindo com estados, municípios e demais parceiros empenhados em aprofundar-se em programas dessa natureza. Vincent Defourny Representante da UNESCO no Brasil 10

12 Viver a paz, viver em paz Paz, para ser vivida, tem de ser construída, dia a dia, nos pequenos atos, de onde germinam as grandes transformações. Paz é para ser realizada, não só idealizada. Paz se faz, não é dada. Nós, da Fundação Vale, temos consciência de que a paz é, sobretudo, ação. E que só se torna realidade quando caminha junto com o desenvolvimento humano. Por isso, adotamos como uma de nossas áreas de atuação a educação: para a cidadania e para vida. Acreditamos no papel estruturante da educação, na importância da inclusão social e no protagonismo juvenil crenças partilhadas com a UNESCO no Programa Abrindo Espaços. A iniciativa, que nasceu da experiência em três estados brasileiros, tornou-se política pública em 2004 e agora, com esta coleção, realizada em parceria com a Fundação Vale, passa a ser sistematizada e oferecida a vários países. O Programa Abrindo Espaços vem contribuindo para redefinir o papel da escola e firmá-la como referência entre os jovens. Ao ampliar o acesso a atividades de lazer, cultura e esporte, cria oportunidades para que os jovens exercitem valores como a não-violência, a liberdade de opinião e o respeito mútuo, fortalecendo suas noções de pertencimento ao grupo social. Com esta coleção, esperamos transmitir vivências, compartilhar conhecimentos e, ao mesmo tempo, ajudar a criar condições para que se construa uma visão de futuro em que prevaleçam o diálogo, a tolerância e a responsabilidade. Sílvio Vaz de Almeida Diretor Superintendente da Fundação Vale 11

13 Introdução Abrindo Espaços: inclusão social e educação para o século XXI No ano 2000, durante as comemorações do Ano Internacional da Cultura de Paz, a Representação da UNESCO no Brasil lançou o Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz. Ao longo destes oito anos, o programa, que, ao abrir escolas públicas no fim de semana, combina elementos de inclusão social e educação, solidificou-se e é a primeira ação da UNESCO no Brasil a tornar-se política pública. A metodologia proposta pelo Abrindo Espaços é a base do Programa Escola Aberta, criado pelo Ministério da Educação, em 2004, hoje presente em todos os estados brasileiros. Entre 2000 e 2006, em parceria com secretarias municipais e estaduais de educação, o Programa Abrindo Espaços abriu 10 mil escolas e atendeu cerca de 10 milhões de pessoas nos cinco primeiros estados em que foi implantado Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e São Paulo. Cabe destacar que em São Paulo o programa foi implantado em praticamente toda a rede estadual, atingindo escolas de um total de 6 mil. Com o nome de Escola da Família, contou com 30 mil voluntários e 35 mil universitários atuando diretamente nas escolas. A dimensão do Abrindo Espaços nestes anos de existência revela a riqueza da experiência acumulada por toda a equipe da UNESCO e, sobretudo, pelos parceiros e executores do programa. A parceria com a Fundação Vale possibilita agora o lançamento de uma coleção de sete publicações que sistematizam a metodologia do Programa Abrindo Espaços em todas as suas dimensões 13

14 bases conceituais, aplicações práticas e recomendações, análise de especialistas, custos de implantação, além de incluir duas cartilhas cujo conteúdo ensina a vivenciar na prática a construção da cultura de paz. As cartilhas constituem um guia para professores, alunos, supervisores e todos aqueles envolvidos na operacionalização dos programas Abrindo Espaços e Escola Aberta, e reforçam a necessidade de se ter também instrumentais que possam orientar a ação de nossos educadores na construção de uma cultura de paz. Costumamos dizer que a UNESCO tem muitos objetivos, mas uma única missão, que está destacada em seu ato constitutivo: Uma vez que as guerras começam na mente dos homens, é na mente dos homens que as defesas da paz devem ser construídas. Por meio da criação e implantação do Programa Abrindo Espaços, a UNESCO no Brasil teve a oportunidade de atuar como laboratório de idéias, ajudando a criar as diretrizes metodológicas de um programa nacional baseado na cultura de paz, com o objetivo de propor um espaço de inclusão social e de valorização da escola pública. Ao inserir-se no marco mais amplo de atuação da UNESCO, o programa contribui para fortalecer o conceito de educação ao longo da vida, bem como para a erradicação e o combate à pobreza. Volta-se ainda para a construção de uma nova escola para o século XXI, caracterizada muito mais como escola-função, e não apenas como escola-endereço, ou seja, uma escola que, de fato, contribua para o desenvolvimento humano e integral dos seus alunos e da comunidade. O programa atua para ajudar a transformar as escolas em espaço de acolhimento e pertencimento, de trocas e de encontros. O objetivo é que elas sejam capazes de incorporar na programação oferecida no fim de semana as demandas do segmento jovem, bem como suas expressões artísticas e culturais, fortalecendo a participação dos estudantes e jovens nas atividades da escola. Espera-se, ainda, que a abertura das escolas nos fins de semana contribua para uma reflexão sobre a escola da semana, sugerindo novas práticas capazes de interferir positivamente nas relações entre alunos e professores. É verdade que, quando se sentem acolhidos, os estudantes desenvolvem uma relação diferenciada com a escola e tornam-se menos vulneráveis à evasão escolar. Por isso, podemos afirmar que o programa contribui para ajudar a reduzir os preocupantes 14

15 números relacionados à grande quantidade de estudantes que ingressam no ensino fundamental em comparação com o reduzido percentual que consegue finalizar o ensino médio. É importante destacar também o papel fundamental que desempenha a educação na redução de desigualdades sociais. Não há transformação social sem investimento em educação. Pesquisas feitas pelo Banco Mundial e pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) demonstram que um ano a mais de estudo na vida de estudantes do sexo feminino impactam na diminuição da mortalidade infantil e materna, por exemplo. Tais estudos também demonstram o efeito de um ano a mais de estudo nos indicadores de empregabilidade e salários na América Latina. O jovem como foco O Programa Abrindo Espaços foi criado com base em uma série de pesquisas sobre juventude feitas pela UNESCO no Brasil. Tais pesquisas revelavam que os jovens eram, como ainda são, o grupo que mais se envolve em situações de violência, tanto na condição de agentes quanto de vítimas. A maior parte desses atos violentos acontece nos fins de semana, nas periferias, envolvendo, sobretudo, jovens de classes empobrecidas e em situação de vulnerabilidade. Além disso, grande parte das escolas, especialmente as localizadas nas periferias das grandes cidades, estava envolvida em situações de extrema violência. Os Mapas da Violência, de autoria do pesquisador Julio Jacobo Waiselfisz, lançados pela UNESCO nos anos de 1999, 2000, 2002 e 2004, foram fundamentais para entender o papel dos jovens nos casos de violência no país. Considerando-se esses dados, pode-se entender que, por trás de uma idéia aparentemente simples a abertura das escolas aos sábados e domingos para oferecer aos jovens e suas famílias atividades de cultura, esporte, arte, lazer e formação profissional, há uma estratégia de empoderar os jovens, fortalecer a comunidade, fortalecer o papel da escola e contribuir para a redução dos índices de violência, construindo uma cultura de paz. O Programa Abrindo Espaços trouxe ainda para o ambiente escolar estratégias utilizadas em trabalhos comunitários, como o levantamento das demandas locais, a valorização de talentos, o fortalecimento das ações por meio de parcerias com organizações não-governamentais e outras entidades que atuam na região da escola. 15

16 O fato de o Abrindo Espaços validar a experiência das comunidades e os saberes locais faz com que o programa contribua para quebrar o muro do isolamento institucional das escolas, abrindo de fato suas portas para os moradores, os pais dos alunos, enfim, a toda a comunidade, que passa a reconhecer a escola como sua. Os estudantes e sua comunidade sentem-se valorizados à medida que suas demandas são atendidas e que as expressões juvenis são fortalecidas. Isto possibilita maior integração entre todos os atores envolvidos no processo e favorece a descoberta de novas formas de relação capazes de gerar o sentimento de pertencimento tão necessário para o exercício do protagonismo juvenil. O programa representa ainda uma alternativa à falta de acesso a atividades culturais, uma realidade nas periferias brasileiras. O acesso à cultura, à arte, ao esporte, ao lazer e à educação permite que os jovens encontrem outras formas de expressão diferentes da linguagem da violência. A participação em oficinas de teatro, artesanato, música, dança e outras tantas atividades lúdicas abre horizontes, fortalece a auto-estima e é capaz de ajudar o jovem a descobrir um novo sentimento de pertencimento em relação à sua escola e à sua comunidade. Na dinâmica do programa, o jovem e a comunidade são os protagonistas não são vistos como meros beneficiários das atividades do fim de semana. Os jovens desempenham papel central: articulam atividades e mobilizam a comunidade para participar do programa. Essa participação é reforçada à medida que a grade de programação revela e valoriza os talentos locais. Outro aspecto a ser ressaltado é a natureza descentralizadora do programa, que permite aos estados, municípios e escolas terem flexibilidade para adequá-lo às realidades e necessidades locais, sempre orientados pelos mesmos princípios, conceitos éticos e metodológicos. O programa é único e flexível em sua diversidade, e construir essa unidade na multiplicidade foi um de seus grandes desafios. Acreditamos ter encontrado o fio condutor dessa unidade, materializado numa proposta que valoriza o saber local, respeita o protagonismo juvenil, valoriza e reforça o papel da escola e envolve a comunidade no programa, adaptando a metodologia desenvolvida para cada realidade/diversidade nas múltiplas regiões do país. 16

17 Com esta coleção, acreditamos estar colocando à disposição de educadores, profissionais da área social e especialistas de todo o Brasil um instrumento que, ao lado de outros tantos, certamente permitirá trabalhar a inclusão social e os valores da cultura de paz na escola, de forma a contribuir para a redução das desigualdades e a formação de cidadãos cada vez mais solidários, que respeitem os direitos humanos e valorizem a tolerância, reforçando o papel fundamental da educação na transformação social. Além de disseminar a boa experiência dos programas Abrindo Espaços e Escola Aberta no Brasil, acreditamos que esta coleção também contribuirá para o crescimento da cooperação internacional, uma das importantes funções da UNESCO. Cabe ainda agradecer a importante parceria da Fundação Vale, por meio de sua então Presidente, Olinta Cardoso, ela própria uma entusiasta do programa, e de sua contribuição para a inclusão social e a melhoria da educação. Agradeço também a todos os parceiros do Programa Abrindo Espaços nos estados e municípios onde foi implantado e aos parceiros do Programa Escola Aberta do Ministério da Educação, que juntamente com professores, diretores, alunos, jovens e as comunidades o transformaram em uma experiência de sucesso. Por fim, agradeço a todos os profissionais do Setor de Ciências Humanas e Sociais da UNESCO no Brasil, uma equipe de pessoas comprometidas com um mundo melhor e sem as quais essa experiência não teria sido possível. A concepção e a implantação do Programa Abrindo Espaços iniciaram-se no ano 2000 e se estenderam por todo ano de 2001, um ano que marcou profundamente minha vida. Em 2001, nasceu Laura, minha filha, e com ela renasceram em mim todas as convicções que alimento de que construir um mundo menos violento, mais igual e justo é tarefa coletiva e só será possível se esse desafio for assumido por todos, traduzindo os princípios da cultura de paz, dos direitos humanos e do respeito à diversidade, concretamente, na vida de cada cidadão. Marlova Jovchelovitch Noleto Coordenadora de Ciências Humanas e Sociais da UNESCO no Brasil 17

18 Sobre a Série Saber e Fazer Este livro, Abrindo Espaços Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz, é o terceiro volume da Série Saber e Fazer Sistematização do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz. O conteúdo desta publicação é complementar ao dos outros dois livros que compõem a série: Construindo Saberes, sobre as referências conceituais e a metodologia do programa, e Fortalecendo Competências, sobre a formação continuada dos profissionais nele envolvidos. Esta série é resultado da experiência acumulada ao longo de oito anos, desde o lançamento do programa pela UNESCO, no ano Os conteúdos apresentados nos três livros são fruto de documentos produzidos pela equipe do Setor de Ciências Humanas e Sociais da Representação da UNESCO no Brasil e de publicações que avaliaram o programa localmente em diferentes estágios da sua execução. Todos estão citados na bibliografia e na sessão Saiba Mais, que indica sites e outras fontes para quem desejar aprofundar conhecimentos sobre os temas citados nos três livros. Também foram feitas entrevistas com os cinco coordenadores responsáveis pela implantação do programa nos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Rio Grande do Sul. Para facilitar a leitura e a utilização dessas informações, elas foram organizadas em uma série, com três livros, que têm conteúdos complementares. Esta série integra a Coleção Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz. Espera-se que a série e a coleção sejam vistas pelos profissionais que atuam nas escolas como um mapa dos melhores caminhos para a abertura das escolas aos sábados e aos domingos. Que sirva de objeto de consulta e ajude a todos na missão de construir uma escola pública mais acolhedora e inclusiva. 19

19 Grupos de percussão são muito procurados por jovens afro-descendentes. Colégio Estadual Guadalajara (RJ). 20

20 O PROGRAMA ABRINDO ESPAÇOS: EDUCAÇÃO E CULTURA PARA A PAZ No ano 2000, durante as comemorações do Ano Internacional da Cultura de Paz, a Representação da UNESCO no Brasil lançou o Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz. O programa consiste na abertura das escolas públicas nos fins de semana, com oferta de oficinas e ações diversas, que contemplam atividades de estímulo à expressão oral e artística, de desenvolvimento físico, de reforço escolar, de convivência e de sociabilidade e cidadania, entre outras. Por trás da abertura das escolas no fim de semana uma idéia que se materializa em um gesto aparentemente simples, reside uma estratégia de inclusão social: oferecer às comunidades vulnerabilizadas pelo processo de exclusão social, especialmente aos jovens e às crianças, atividades nos campos da educação para a cidadania, do esporte, da cultura, da formação profissional, do reforço escolar, do lazer, ao lado de outras de cunho artístico-cultural. O Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz está inserido no marco mais amplo de atuação da UNESCO: a concretização cotidiana da cultura de paz, o fortalecimento do conceito de educação para todos e ao longo da vida, a erradicação e o combate à pobreza, e a construção de uma nova escola para o século XXI, que seja escola-função, e não escola-endereço, ou seja, uma escola que, de fato, contribua para o desenvolvimento humano integral dos seus alunos e da comunidade. 21

21 Abrindo Espaços Em 2004, em função dos resultados positivos alcançados pelo programa, sobretudo em relação ao fortalecimento da escola pública e à inclusão social de jovens, o governo federal, por meio do Ministério da Educação, em parceria com a UNESCO, lançou em âmbito nacional o Programa Escola Aberta: educação, cultura, esporte e trabalho para a juventude, pautado no conceito e na metodologia do Abrindo Espaços. Na base de todas essas experiências está a busca do resgate da escola como instituição significativa na vida do jovem. A idéia é que a escola passe a incorporar as demandas juvenis por cultura, esporte, cidadania e lazer, tornando-se um local não só cada vez mais atraente para o jovem, mas também propício à maior aproximação entre a escola e a comunidade. O Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz é uma ação de inclusão social e tem como focos o jovem, a escola e a comunidade, atuando diretamente na melhoria da qualidade da educação e na criação de um novo significado para a escola. É também uma ação de inclusão educacional, pois, de acordo com a percepção dos diversos atores que dele participam, contribui para a melhoria da aprendizagem, da relação aluno professor escola, favorecendo o desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens. Ao combinar elementos de educação e inclusão social, o programa acentua o conceito destacado por Cecília Braslawsky, Como tantos outros, o conceito de qualidade da educação é, ao mesmo tempo, muito simples e muito sofisticado. Sob nossa perspectiva, uma educação de qualidade é aquela que permite que todos aprendam o que necessitam aprender, no momento oportuno de sua vida e de suas sociedades, e que o façam com felicidade, porque todos merecemos a felicidade ou, como se diz em francês, le bonheur. Neste sentido, é valido argumentar que o direito ao 22

22 Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz bem-estar não é um direito que se deva postergar para a vida adulta. Meninos e meninas merecem, antes de qualquer pessoa, sentir-se bem quando estão na escola, ser felizes na escola (BRASLAVSKY, 2005). A experiência do Programa Abrindo Espaços permite aos jovens e a suas famílias participarem de atividades inacessíveis à maioria das comunidades em situação de vulnerabilidade social. As oficinas desenvolvidas nos fins de semana são momentos em que as crianças resgatam o direito à infância, participando de brincadeiras, cantando, fazendo teatro, artesanato, jogando futebol, vôlei e outras tantas atividades. Sobretudo em comunidades de baixa renda, é importante reservar à criança o direito de brincar, já que o espaço lúdico é uma das condições essenciais para uma infância feliz. Também os jovens e suas famílias, mães, pais, avós, ao participar das diversas oficinas, deparam com um universo cultural novo: aulas de dança e yoga, sessões de cinema e teatro, oficinas de musica. Os depoimentos dos vários atores envolvidos no programa confirmam seu caráter inclusivo e também seu papel no resgate desta importante condição da vida humana: o bem-estar e a felicidade. O Abrindo Espaços é também um importante instrumento de prevenção da violência e promoção da cultura de paz, colaborando para promover significativas mudanças nos altos níveis de violência que, em geral, envolvem as comunidades vulneráveis e as próprias escolas participantes do programa. Pesquisas da UNESCO revelam que os índices de vitimização juvenil aumentam significativamente nos fins de semana, sobretudo em função da ausência de opções culturais, esportivas e de lazer que afetam os jovens das classes desfavorecidas. Se, por um lado, a falta de acesso a esses bens favorece o envolvimento dos jovens em situações de violência, por outro, o acesso à cultura, à arte, ao esporte e à educação permite-lhes encontrar outras formas de expressão. 23

23 Abrindo Espaços Soma-se a isto a importância que o jovem e sua comunidade assumem na própria dinâmica do programa, quando este valoriza os talentos da comunidade, respeita as demandas locais e dá espaço às diversas expressões juvenis, possibilitando a integração entre a escola, o jovem e a comunidade. Este processo enseja ao jovem a descoberta de novas formas de ver e relacionar-se com o outro e consigo próprio, gerando o sentimento de pertencimento e fortalecendo, assim, a auto-estima, além de estimular o respeito à diversidade e a melhor convivência. Outro aspecto a ser ressaltado na estratégia do programa é a sua descentralização, permitindo que cada estado, cada município e cada escola tenham flexibilidade para adequá-lo a sua realidade e às necessidades locais, sempre orientados por princípios e conceitos éticos e metodológicos únicos. Diversidade, flexibilidade e controle local são componentes essenciais do Programa Abrindo Espaços, presentes na mobilização da escola e da comunidade, no planejamento e na divulgação das oficinas, na formação de parcerias, na capacitação das equipes locais e em vários outros aspectos do programa. Jovem, escola e comunidade: os focos do programa No Programa Abrindo Espaços, a escola é reconhecida como espaço potencialmente privilegiado para o investimento em um processo de mudança de atitude e comportamento dos jovens expostos, ativa ou passivamente, à violência (ABRAMOVAY et al., 2001). Considera-se que a instituição escolar é detentora de representatividade e respeitabilidade junto aos jovens e às comunidades: a) pela possibilidade de constituir-se como espaço de referência e pertencimento, tendo em vista a posição social que ocupa como núcleo organizado legítimo; b) pelo fato de ser local de acesso a todos os membros da comunidade, independentemente de estarem a ela vinculados de modo formal; c) pela condição potencial que tem de configurar-se como via mais informal de aproximação entre a juventude, a família e a comunidade. 24

24 Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz Não é somente do espaço escolar que se vale o programa: sua efetivação depende da participação dos recursos humanos, do coletivo da instituição diretores, professores, merendeiras, auxiliares. Suas atividades incorporam-se a práticas educativas e a outras iniciativas em curso, utilizando seus equipamentos e materiais. Portanto, o Abrindo Espaços conta com os recursos humanos e materiais da escola, devendo sua proposta estar plenamente integrada ao projeto político-pedagógico, com ênfase no jovem, na própria escola e na comunidade (NOLETO, 2001, p. 18). A participação dos jovens implica o reconhecimento de suas formas peculiares de comunicação, reivindicação, expressão e subjetividade, sendo fundamental, para isso, a recusa aos estereótipos e estigmas que, entre outras conseqüências, conduzem, hoje, à associação entre juventude e violência. Implica, também, incluir ou dar voz e funções aos jovens em atividades do programa e prestar-lhes apoio no sentido de permitir-lhes combinar o exercício de liderança com a aprendizagem. Ao se abrir nos fins de semana para a comunidade e jovens de todas as idades estimulando-os a participar na concepção e na realização das atividades, a escola promove o encontro entre gerações, que possibilita a troca, a convivência e a compreensão. A experiência do Programa Abrindo Espaços já demonstra também a possibilidade de ampliação do universo cultural dos jovens e dos professores; a aproximação entre a escola e a família; o reconhecimento do espaço escolar como instância de cuidado e de não-exposição da juventude a situações de violência; a possibilidade de se desenvolverem novas opções de convivência entre jovens de diferentes grupos, no interior da escola ou externamente a ela; o estabelecimento de maior aproximação e solidariedade entre os jovens, os professores e as comunidades, viabilizando espaços de encontro, diálogo e afetividade. 25

25 Abrindo Espaços No programa, conjugam-se diferentes estratégias, de forma a tornar a escola mais atraente para os jovens e a comunidade. Tais estratégias, de forma simplificada, são: a valorização do papel do diretor; a valorização do aluno, do professor e da escola; o exercício do diálogo; o trabalho coletivo; a participação da família e da comunidade; a criação de um novo significado do espaço físico; o incremento da sociabilidade e a construção do sentido de pertencimento. No seu conjunto, estas estratégias contribuem para a construção de um bom clima escolar, importante fator de redução da violência. Elementos da identidade do Programa Abrindo Espaços O Programa Abrindo Espaços apresenta elementos constitutivos de sua identidade, que, desde o ano 2000, quando foi criado pela Representação da UNESCO no Brasil, têm colaborado para que o programa venha se institucionalizando em diferentes estados como política publica de inclusão social e educacional. Baseando-se em princípios, valores e conceitos propostos pela UNESCO, destacam-se os principais elementos que compõem a identidade do programa: 1) o respeito e a valorização da educação de qualidade e do papel dos educadores professores, diretores e outros membros da comunidade escolar, traduzidos em constantes e periódicas formações continuadas, produções de publicações destinadas a eles e outras ações; 2) a importância da integração entre as ações regulares da escola (e seu projeto pedagógico) e as ações desenvolvidas nos fins de semana; 3) a importância da integração da direção pedagógica da escola definidores e executores das linhas pedagógicas no planejamento conjunto das ações do fim de semana com a coordenação do programa; 26

26 Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz 4) a prática de uma relação dialógica e democrática com os parceiros e com toda comunidade escolar; 5) a construção e a definição coletiva com os parceiros locais das fases e ações do programa; 6) a valorização e a promoção da cultura local, e a preocupação com a construção de relações positivas com a comunidade local; 7) a identificação e a valorização dos talentos locais; 8) a valorização e a promoção das organizações não-governamentais comunitárias; 9) a prática da comunicação permanente e do constante fluxo de informações entre os profissionais envolvidos no programa; 10) a elaboração constante de publicações sobre temas relacionados ao programa, como importante instrumento de produção e disseminação do conhecimento; 11) a determinação dos critérios de risco e vulnerabilidade social como fundamentais para a seleção de escolas participantes do programa. Além dos elementos de identidade que compõem o Programa Abrindo Espaços, cabe destacar que, pelo seu alto potencial de replicabilidade, o programa também é constituído de elementos que podem sofrer adaptações, a depender das características e especificidades locais. Entre estes elementos, destacam-se: a autonomia na definição da composição das equipes locais de coordenação ou equipes gestoras; 27

27 Abrindo Espaços a flexibilidade da determinação dos horários de funcionamento das escolas nos fins de semana (embora a UNESCO recomende que as escolas devam abrir aos sábados, preferencialmente e, se possível, aos domingos, e ter uma programação durante as férias escolares); a definição do cardápio de atividades a serem desenvolvidas nos fins de semana; a autonomia na definição quanto à participação ou não de voluntários no programa; a autonomia na definição quanto à oferta ou não de alimentação aos participantes do programa. A UNESCO e a cooperação técnica no Programa Abrindo Espaços Acreditando em que não há aprendizagem sem desenvolvimento humano e que a escola deve ser fortalecida para que possa dar respostas às necessidades básicas da aprendizagem, e defendendo isso, a UNESCO no Brasil vem prestando cooperação técnica aos parceiros que decidiram implantar o Programa Abrindo Espaços. O Programa Abrindo Espaços tem, entre suas principais referências conceituais, os quatro pilares do conhecimento (quadro na página 33) propostos por Jacques Delors 1 et alii, de modo a contribuir para que a aprendizagem e o desenvolvimento humano caminhem de forma indissociável 2. O programa tem, ainda, grande potencial transformador. Nesses oito anos de funcionamento, a Organização construiu e sedimentou significativa experiência na execução, no acompanhamento e na multiplicação 1. DELORS, J. et al. (Org.). Educação: um tesouro a descobrir. 8.ed. São Paulo: UNESCO, Cortez, Aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. 28

28 Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz de iniciativas baseadas na metodologia e nos conceitos do Programa Abrindo Espaços. Além de ter auxiliado estados e municípios na gestão do programa, a UNESCO construiu importante capital humano e solidificou extensa rede de colaboradores capazes de, em conjunto com a coordenação nacional do programa, oferecer insumos de qualidade para a institucionalização do Abrindo Espaços como política pública voltada para a juventude, destacando o papel da escola na inclusão social e na construção da cultura de paz. Nesse sentido, compõem a estrutura da cooperação técnica prestada pela UNESCO no âmbito do Programa Abrindo Espaços: 1) a discussão metodológica e conceitual sobre o programa, imprescindível para o seu entendimento e sua implementação; 2) a oferta de processos de capacitação e formação continuada em diversos temas relacionados ao programa, entre eles: conceitos gerais e metodologia do programa; juventude; cultura de paz; prevenção da violência, protagonismo juvenil; trabalho com comunidades; voluntariado; diagnóstico, monitoramento e avaliação; 3) a produção de publicações, inéditas ou reeditadas, que subsidiem as ações desenvolvidas no programa e as reflexões a ele relacionadas (a exemplo de cartilhas, resultados de conferências, declarações internacionais etc.) e a sistematização das experiências; 4) a avaliação das experiências desenvolvidas de modo a contribuir para a continuidade e replicação do programa, independentemente das mudanças de gestores governamentais. 29

29 Abrindo Espaços A construção da cultura de paz Sessenta anos depois da fundação das Nações Unidas e da UNESCO, o mundo encontra-se novamente em posição de transformar a cultura predominante de violência em cultura de paz. Hoje, o desafio consiste em encontrar os meios de mudar definitivamente as atitudes, os valores e os comportamentos, com o fim de promover a paz e a justiça social, a segurança e a solução nãoviolenta dos conflitos. Esse movimento multidimensional requer o apoio ativo e a participação contínua de uma rede sólida de indivíduos e de organizações que atuem em prol da paz e da conciliação. As organizações não-governamentais desempenham um papel de fundamental importância para este movimento, portanto, convém envolvê-las sempre e chamá-las à ação nos níveis regional, nacional e internacional. A guerra fria chegou ao fim, mas ainda subsistem conflitos armados e lutas civis, que sacrificam vidas humanas em muitos países. Outras fontes de tensão são a deterioração do meio ambiente, a desertificação, o excesso de população, a competição por recursos de água doce em vias de esgotamento, a desnutrição e a flagrante desigualdade econômica entre países ricos e pobres, bem como, internamente, a desigualdade social fruto da concentração de renda e de modelos econômicos excludentes. Substituir a secular cultura de guerra pela cultura de paz requer um esforço educativo prolongado para modificar as reações à adversidade e construir o desenvolvimento sustentável, que possa suprimir as causas de conflito. O programa da cultura de paz está voltado não apenas para a prevenção das guerras, porque podemos até imaginar que as guerras são algo distante de nosso cotidiano. Estamos falando das guerras anônimas travadas na violência. Estamos falando de prevenir e combater todo tipo de violência, exploração, crueldade, desigualdade e opressão. 30

30 Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz No campo do desenvolvimento econômico, é preciso passar da economia competitiva de mercado e de um modelo excludente e concentrador de renda, a um desenvolvimento mútuo e sustentável, sem o qual é impossível alcançar a paz duradoura. Há que revisar o conceito de adotar modelos de desenvolvimento de outros países, de modo a respeitar cada país, suas tradições e a diversidade, incorporando as dimensões humana e social e de participação. Como fortalecer a consciência sobre a importância e a urgência da tarefa vital de promover a transição de uma cultura de guerra para uma cultura da paz? Como encontrar os caminhos e meios para alterar os valores, atitudes, crenças e comportamentos do tempo presente? Hoje, o desafio foi ampliado para além da situação das guerras declaradas entre duas ou mais nações, ou mesmo entre populações de um mesmo país, como ocorre nas guerras civis. A proposta de paz discutida globalmente consiste em encontrar os meios de mudar definitivamente atitudes, valores e comportamentos individuais e coletivos, com o objetivo de assegurar a solução nãoviolenta de todos os tipos de conflito registrados em diversos ambientes, entre eles, as escolas. A maioria dos programas de cultura de paz existentes propõe atuar nos conflitos registrados no cotidiano em praticamente todas as sociedades do mundo. São confrontos marcados pela intolerância racial, religiosa, cultural, socioeconômica e, ainda, pelo preconceito contra minorias. O próprio entendimento de violência, neste contexto, deve acontecer de forma mais ampla. É preciso compreendê-la não apenas como expressão de maus-tratos e agressões físicas, mas, também, como perpetuação de populações vulneráveis em situações indignas, privadas do acesso a serviços básicos de saúde, educação e assistência social, entre tantos outros. 31

31 Abrindo Espaços Não há cultura de paz sem democracia, participação, igualdade, respeito aos direitos humanos, respeito à diversidade cultural, justiça, liberdade, tolerância, diálogo, reconciliação, solidariedade e justiça social. A cultura de paz é entendida, ainda, como uma tecnologia de convivência baseada na tolerância, na solidariedade, no compartilhamento e no respeito aos direitos individuais. No caso dos grupos que, por motivos diversos, defendem interesses diferentes e advogam causas distintas, colocando-se em campos opostos, muitas vezes como adversários, são estas as bases que devem nortear suas relações. Os conceitos de cidadania, direitos humanos e cultura de paz também integram a proposta pedagógica do Programa Abrindo Espaços conceitos que, somados aos instrumentos metodológicos, promovem a inclusão social, a educação de qualidade, o direito de ser criança e jovem, e contribuem para a prevenção da violência. É com base em todos estes pressupostos que se constrói o Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz. A implantação do Programa Abrindo Espaços nas escolas, como foi visto nos livros 1 e 2 desta coleção, é uma estratégia que tem se mostrado bem sucedida para a construção da cultura de paz, envolvendo estudantes, professores e comunidade, além de influenciar positivamente as atividades escolares desenvolvidas de segunda a sexta-feira. Uma das principais ferramentas para o sucesso do programa é o estímulo à convivência entre os diversos grupos existentes na escola e seu entorno. Com base no aprendizado da convivência com o outro um dos princípios propostos por Delors e um dos principais valores do Programa Abrindo Espaços vão sendo construídos os fundamentos da cultura de paz, da solidariedade, do respeito ao próximo e da tolerância. 32

32 Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz Síntese dos quatro pilares...aprender a conhecer: estimula o prazer de compreender, de conhecer, descobrir e construir o conhecimento....aprender a fazer: relaciona-se ao investimento nas competências pessoais, para que as pessoas tenham as habilidades necessárias para acompanhar a evolução de sociedades marcadas pelo avanço do conhecimento....aprender a conviver: é um dos maiores desafios da educação, já que a maior parte da história da humanidade é marcada por guerras e conflitos decorrentes da tradição de se administrar conflitos por meio da violência....aprender a ser: refere-se ao conceito de educação ao longo da vida em seu sentido mais amplo, visando ao desenvolvimento humano tanto no aspecto pessoal quanto no profissional. 33

33 As oficinas de artes marciais ampliam o universo cultural dos estudantes. Instituto de Educação Governador Roberto Silveira, Rio de Janeiro (RJ). 34

34 OS PASSOS PARA A IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA Este livro é um guia passo a passo para a implementação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz, com o propósito de contribuir com aqueles que desejam iniciar experiência semelhante. Não se trata de uma fórmula ou receita única e acabada, mas, sim, de uma referência que, ao mesmo tempo em que orienta a implantação do programa, é flexível o bastante para se adaptar às peculiaridades locais e regionais. Acima, destacamos os elementos de identidade do programa, que deverão estar presentes sempre em sua implantação, e também reforçamos que seu potencial de replicabilidade permite adaptá-lo a cada realidade, respeitando as especificidades do local onde será implantado. O nome que o programa terá também é de livre escolha: o importante é que este nome reflita o fio condutor dos sentidos literal e metafórico de abertura das escolas. Literalmente, as escolas devem-se abrir a toda a comunidade alunos, jovens, moradores. O sentido metafórico refere-se à necessidade de serem acolhedoras, inclusivas, receptivas e comprometidas, de fato, com o novo, com as sugestões, as necessidades e os desejos da comunidade escolar, e que traduzam uma nova pratica pedagógica, com mais qualidade e com o compromisso de formar cidadãos democráticos, tolerantes e capazes de contribuir para a construção da cultura de paz. 35

35 Abrindo Espaços Dessa forma, os procedimentos aqui sugeridos podem ter conformações variadas ou acontecer de forma simultânea, de acordo com as necessidades dos estados, dos municípios e das escolas, mas, de modo geral, devem favorecer a intervenção crítica e criativa das equipes de coordenação que implementam o programa, assim como dos profissionais que atuam diretamente nas escolas. Mesmo com essa flexibilidade, o programa deverá manter sua unidade, com um fio condutor único, e com seus objetivos essenciais preservados, que são a inclusão social, a transformação e a abertura da escola, uma educação de qualidade, a valorização do papel do professor e a construção da cultura de paz. A seguir, apresenta-se o detalhamento dos passos sugeridos para a implantação do programa. A partir do passo 3, para melhor compreensão, as ações são divididas em três etapas: o que é preciso fazer; como fazer e quem é o responsável pela ação. 36

36 Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz Tomando a decisão Este passo representa a vontade política de uma cidade ou de um estado de abrir a rede de escolas públicas ou parte dela para os jovens e a comunidade. Isso quer dizer que os gestores estão propondo transformar as escolas em espaços mais acolhedores para a comunidade e os jovens, ao mesmo tempo em que pretendem fortalecê-la institucionalmente. O primeiro passo efetivo para a implantação do programa consiste na realização de negociações entre a Secretaria Estadual (ou Municipal) de Educação e a UNESCO, caso se deseje a cooperação técnica para o programa de abertura das escolas. Durante a negociação entre o órgão público e a UNESCO, são definidas as condições referentes à governabilidade do programa, como sustentação financeira, sustentação técnica e infra-estrutura, posteriormente registradas no acordo de cooperação entre os parceiros. 37

37 Abrindo Espaços Estruturando o programa e discutindo seu formato Com base em ampla discussão entre os gestores públicos (educação, desenvolvimento social, cultura), estrutura-se o formato inicial do programa. Nesta etapa é recomendado planejar quem fará parte da coordenação central, quem será convidado para fazer parte da rede de parcerias, quais serão os critérios de seleção das escolas participantes, entre outros elementos. Nesta fase, costuma-se promover, concomitantemente, uma reunião com a equipe da escola (diretor, professores, conselho escolar, outros servidores, pais, alunos) e a comunidade local, para conversar, discutir os objetivos, os princípios, a estrutura, a metodologia e os resultados esperados do programa, estimulando a participação de todos. Além disso, em geral é feito o levantamento inicial dos interesses e das necessidades da comunidade quanto às atividades a serem desenvolvidas nos fins de semana, identificando parceiros que possam apoiar o programa e que contribuam para definir a sua estrutura. Também se definem os dias de abertura das escolas (se durante todo fim de semana ou apenas no sábado ou no domingo), os horários, os objetivos das atividades e a forma de implementá-las. 38

38 Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz Formando a equipe de coordenação central do programa É preciso formar a equipe de coordenação central do programa, composta por representantes, preferencialmente da Secretaria de Educação essenciais, em se tratando de uma ação baseada na escola, das demais secretarias que dele participarão e, se for o caso, da UNESCO. A UNESCO, por meio de sua Representação no Brasil, poderá ou não fazer parte da equipe central, contribuindo de qualquer maneira, independentemente de sua participação cotidiana nos trabalhos, visando a dar apoio para que a implantação do programa siga de acordo com os eixos metodológicos previstos. As equipes de coordenação central podem ter formatos diversos. No Rio de Janeiro, por exemplo, este grupo era constituído por técnicos da Secretaria de Estado da Educação e da UNESCO, assim como em São Paulo e na Bahia. Em Pernambuco, diferentemente, formou-se um comitê metropolitano, integrado por representantes da Secretaria de Estado de Educação e por suas gerências regionais, além das secretarias municipais. O que faz a equipe central? A coordenação central, formada por uma equipe do(s) órgão(s) público(s) parceiro(s) e por um representante da UNESCO (se for o caso), responde pela gestão administrativa e pedagógica do programa. Faz acompanhamento e avaliação, registra avanços, discute ações e planeja atividades que possam melhorar a qualidade das formações profissionais e do programa de modo geral. 39

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