Abrindo Espaços. Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz
|
|
- Luzia Franca Corte-Real
- 8 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1
2 Abrindo Espaços Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz Brasília, dezembro de 2008
3 Representação da UNESCO no Brasil Representante Vincent Defourny Setor de Ciências Humanas e Sociais Coordenadora Marlova Jovchelovitch Noleto Oficiais de Projeto Carlos Alberto dos Santos Vieira Beatriz Maria Godinho Barros Coelho Rosana Sperandio Pereira Alessandra Terra Magagnin Coordenador Editorial Célio da Cunha Fundação Vale Conselho de Curadores Tito Botelho Martins Junior Carla Grasso Gabriel Stoliar Pedro Aguiar de Freitas Orlando Góes Pereira Lima Olinta Cardoso Costa Márcio Luis Silva Godoy Adriana da Silva Garcia Bastos Marconi Tarbes Viana Representação no Brasil SAS, Quadra 5, Bloco H, Lote 6, Ed. CNPq/IBICT/UNESCO, 9º andar Brasília/DF Brasil Tel.: (55 61) Fax: (55 61) grupoeditorial@unesco.org.br Fundação Vale Av. Graça Aranha, Rio de Janeiro/RJ - Brasil Tel.: (55 21) Fax: (55 21)
4 Abrindo Espaços Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz
5 2008 Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) Organização e redação final: Marlova Jovchelovitch Noleto Redação e edição: Gabriela Athias Colaboradores: Cristina Cordeiro, Helena Povere, Lia Diskin, Candido Gomes, Marisa Sari, Julio Jacobo, Regina Vassimon, Anailde Almeida, Leoberto N. Brancher e Rita Ippolito Revisão técnica: Marlova Jovchelovitch Noleto, Rosana Sperandio Pereira, Alessandra Terra Magagnin e Candido Gomes Revisão: Denise Martins e Jeanne Sawaya Diagramação: Paulo Selveira Capa e projeto gráfico: Edson Fogaça Abrindo espaços: guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz. Brasília: UNESCO, Fundação Vale, p. (Série saber e fazer; 3). ISBN: Cultura de Paz 2.Violência 3. Escolas 4. Atividades Extracurriculares 5. Jovens Desfavorecidos 6. Programas Sociais 7. Brasil I. UNESCO II. Fundação Vale III. Título CDD Os autores são responsáveis pela escolha e apresentação dos fatos contidos neste livro, bem como pelas opiniões nele expressas, que não são necessariamente as da UNESCO, nem comprometem a Organização. As indicações de nomes e a apresentação do material ao longo deste livro não implicam a manifestação de qualquer opinião por parte da UNESCO a respeito da condição jurídica de qualquer país, território, cidade, região ou de suas autoridades, tampouco da delimitação de suas fronteiras ou limites.
6 Agradecimentos A experiência do Programa Abrindo Espaços não existiria sem a colaboração de atores de inquestionável competência e verdadeiramente comprometidos com a melhoria da qualidade da educação no Brasil. Entre essas pessoas, merece especial agradecimento o Ministro da Educação, Fernando Haddad, intelectual e executivo que vem demonstrando grande habilidade em dar novos rumos ao sistema educacional brasileiro, sem nunca medir esforços para apoiar as iniciativas da Representação da UNESCO no Brasil. Naturalmente, este agradecimento é extensivo a toda a sua equipe, sobretudo ao Secretário-Executivo do MEC, José Henrique Paim Fernandes, com quem o programa começou quando ainda era presidente do FNDE, ao Secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, André Lázaro, e à Coordenadora Nacional do Programa Escola Aberta, Natália Duarte. Agradecemos ao Ministro da Justiça, Tarso Genro, e a Ricardo Henriques, pois foi em suas gestões como Ministro da Educação e Secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, respectivamente, que o programa foi lançado e tomou forma. Agradecemos também à Diretora de Comunicação da Vale, Olinta Cardoso, e à Fundação Vale, que tornou possível esta coleção. Exemplo vivo de responsabilidade social, a Fundação demonstra com consistência que o conceito de progresso só é pleno quando o setor privado leva em conta fatores como preservação do meio ambiente, fortalecimento do capital social das comunidades com que interage e respeito às identidades culturais. Agradecemos, por fim, aos profissionais da UNESCO envolvidos direta ou indiretamente no Abrindo Espaços, os quais trabalham incansavelmente pelo sucesso do programa, e aos colegas do setor editorial, que contribuíram para que este trabalho fosse bem-sucedido. São eles Doutor Célio da Cunha, Edson Fogaça, Jeanne Sawaya, Larissa Leite, Mônica Noleto, Paulo Selveira, Pedro Henrique Souza e Rodrigo Domingues.
7 Coleção Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz Coordenação Marlova Jovchelovitch Noleto Beatriz Maria Godinho Barros Coelho Revisão Técnica Marlova Jovchelovitch Noleto Rosana Sperandio Pereira Alessandra Terra Magagnin Colaboradores Gabriela Athias Candido Gomes Adriel Amaral
8 SUMÁRIO Apresentação A multiplicação da cultura de paz...9 Vincent Defourny Viver a paz, viver em paz...11 Silvio Vaz de Almeida Introdução Abrindo Espaços: inclusão social e educação para o século XXI...13 Marlova Jovchelovitch Noleto Sobre a Série Saber e Fazer...19 O Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz...21 Jovem, escola e comunidade: os focos do programa...24 Elementos de identidade do Programa Abrindo Espaços...26 A UNESCO e a cooperação técnica no Programa Abrindo Espaços...28 A construção da cultura de paz...30
9 Os passos para a implantação do programa...35 Passo 1 Tomando a decisão...37 Passo 2 Estruturando o programa e discutindo seu formato...38 Passo 3 Formando a equipe de coordenação central...39 Passo 4 Definindo os critérios para selecionar as escolas participantes e mobilizando-as para a participação no programa...41 Passo 5 Compondo as equipes locais e iniciando o processo de formação continuada...46 Passo 6 Mobilizando a comunidade e realizando diagnósticos...52 Passo 7 Definindo as atividades e divulgando as oficinas...56 Passo 8 Abrindo os portões: integrando escola e comunidade...59 Passo 9 Monitorando e avaliando o programa...62 Passo 10 Documentando a experiência...64 Abrindo Espaços: três experiências pioneiras...67 O Programa Escolas de Paz Rio de Janeiro...68 O Projeto Escola Aberta Pernambuco...70 O Programa Abrindo Espaços Bahia...73 Influenciando a formulação de políticas públicas: nasce o Programa Escola Aberta...77 O que dá certo...82 Saiba mais...85 Referências bibliográficas...91
10 Apresentação A multiplicação da cultura de paz No ano em que o Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz completa oito anos, a Representação da UNESCO no Brasil tem a oportunidade de lançar uma coleção de sete publicações para sistematizar uma iniciativa de inclusão social e redução de violência com foco na escola, no jovem e na comunidade. O Programa Abrindo Espaços consiste na abertura das escolas públicas nos fins de semana, com oferta de atividades de esporte, lazer, cultura, inclusão digital e preparação inicial para o mundo do trabalho. Ao contribuir para romper o isolamento institucional da escola e fazê-la ocupar papel central na articulação da comunidade, o programa materializa um dos fundamentos da cultura de paz: estimular a convivência entre grupos diferentes e favorecer a resolução de conflitos pela via da negociação. A UNESCO agradece à Fundação Vale pela parceria que lhe possibilita publicar esta coleção, uma ferramenta de multiplicação de um programa que já é política pública e está presente em escolas dos 26 estados da federação e do Distrito Federal. O objetivo das publicações é compartilhar com a sociedade o conhecimento e a experiência acumulados pela UNESCO na gestão do Programa Abrindo Espaços, que tem como uma de suas missões agregar valor a iniciativas focadas na construção e na multiplicação da cultura de paz. 9
11 Além disso, auxiliar tecnicamente nossos parceiros na execução de programas e projetos capazes de construir um Brasil mais justo e menos desigual, especialmente para as populações vulneráveis, caso de milhares de jovens que vivem nas periferias pobres do país, onde atuam as escolas do Abrindo Espaços. Conhecer as publicações é apenas o primeiro passo para o caminho a ser percorrido pelos interessados em identificar mais uma opção de sucesso na promoção da cultura de paz, na inclusão social e na redução de violência. A UNESCO no Brasil está à disposição para seguir contribuindo com estados, municípios e demais parceiros empenhados em aprofundar-se em programas dessa natureza. Vincent Defourny Representante da UNESCO no Brasil 10
12 Viver a paz, viver em paz Paz, para ser vivida, tem de ser construída, dia a dia, nos pequenos atos, de onde germinam as grandes transformações. Paz é para ser realizada, não só idealizada. Paz se faz, não é dada. Nós, da Fundação Vale, temos consciência de que a paz é, sobretudo, ação. E que só se torna realidade quando caminha junto com o desenvolvimento humano. Por isso, adotamos como uma de nossas áreas de atuação a educação: para a cidadania e para vida. Acreditamos no papel estruturante da educação, na importância da inclusão social e no protagonismo juvenil crenças partilhadas com a UNESCO no Programa Abrindo Espaços. A iniciativa, que nasceu da experiência em três estados brasileiros, tornou-se política pública em 2004 e agora, com esta coleção, realizada em parceria com a Fundação Vale, passa a ser sistematizada e oferecida a vários países. O Programa Abrindo Espaços vem contribuindo para redefinir o papel da escola e firmá-la como referência entre os jovens. Ao ampliar o acesso a atividades de lazer, cultura e esporte, cria oportunidades para que os jovens exercitem valores como a não-violência, a liberdade de opinião e o respeito mútuo, fortalecendo suas noções de pertencimento ao grupo social. Com esta coleção, esperamos transmitir vivências, compartilhar conhecimentos e, ao mesmo tempo, ajudar a criar condições para que se construa uma visão de futuro em que prevaleçam o diálogo, a tolerância e a responsabilidade. Sílvio Vaz de Almeida Diretor Superintendente da Fundação Vale 11
13 Introdução Abrindo Espaços: inclusão social e educação para o século XXI No ano 2000, durante as comemorações do Ano Internacional da Cultura de Paz, a Representação da UNESCO no Brasil lançou o Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz. Ao longo destes oito anos, o programa, que, ao abrir escolas públicas no fim de semana, combina elementos de inclusão social e educação, solidificou-se e é a primeira ação da UNESCO no Brasil a tornar-se política pública. A metodologia proposta pelo Abrindo Espaços é a base do Programa Escola Aberta, criado pelo Ministério da Educação, em 2004, hoje presente em todos os estados brasileiros. Entre 2000 e 2006, em parceria com secretarias municipais e estaduais de educação, o Programa Abrindo Espaços abriu 10 mil escolas e atendeu cerca de 10 milhões de pessoas nos cinco primeiros estados em que foi implantado Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e São Paulo. Cabe destacar que em São Paulo o programa foi implantado em praticamente toda a rede estadual, atingindo escolas de um total de 6 mil. Com o nome de Escola da Família, contou com 30 mil voluntários e 35 mil universitários atuando diretamente nas escolas. A dimensão do Abrindo Espaços nestes anos de existência revela a riqueza da experiência acumulada por toda a equipe da UNESCO e, sobretudo, pelos parceiros e executores do programa. A parceria com a Fundação Vale possibilita agora o lançamento de uma coleção de sete publicações que sistematizam a metodologia do Programa Abrindo Espaços em todas as suas dimensões 13
14 bases conceituais, aplicações práticas e recomendações, análise de especialistas, custos de implantação, além de incluir duas cartilhas cujo conteúdo ensina a vivenciar na prática a construção da cultura de paz. As cartilhas constituem um guia para professores, alunos, supervisores e todos aqueles envolvidos na operacionalização dos programas Abrindo Espaços e Escola Aberta, e reforçam a necessidade de se ter também instrumentais que possam orientar a ação de nossos educadores na construção de uma cultura de paz. Costumamos dizer que a UNESCO tem muitos objetivos, mas uma única missão, que está destacada em seu ato constitutivo: Uma vez que as guerras começam na mente dos homens, é na mente dos homens que as defesas da paz devem ser construídas. Por meio da criação e implantação do Programa Abrindo Espaços, a UNESCO no Brasil teve a oportunidade de atuar como laboratório de idéias, ajudando a criar as diretrizes metodológicas de um programa nacional baseado na cultura de paz, com o objetivo de propor um espaço de inclusão social e de valorização da escola pública. Ao inserir-se no marco mais amplo de atuação da UNESCO, o programa contribui para fortalecer o conceito de educação ao longo da vida, bem como para a erradicação e o combate à pobreza. Volta-se ainda para a construção de uma nova escola para o século XXI, caracterizada muito mais como escola-função, e não apenas como escola-endereço, ou seja, uma escola que, de fato, contribua para o desenvolvimento humano e integral dos seus alunos e da comunidade. O programa atua para ajudar a transformar as escolas em espaço de acolhimento e pertencimento, de trocas e de encontros. O objetivo é que elas sejam capazes de incorporar na programação oferecida no fim de semana as demandas do segmento jovem, bem como suas expressões artísticas e culturais, fortalecendo a participação dos estudantes e jovens nas atividades da escola. Espera-se, ainda, que a abertura das escolas nos fins de semana contribua para uma reflexão sobre a escola da semana, sugerindo novas práticas capazes de interferir positivamente nas relações entre alunos e professores. É verdade que, quando se sentem acolhidos, os estudantes desenvolvem uma relação diferenciada com a escola e tornam-se menos vulneráveis à evasão escolar. Por isso, podemos afirmar que o programa contribui para ajudar a reduzir os preocupantes 14
15 números relacionados à grande quantidade de estudantes que ingressam no ensino fundamental em comparação com o reduzido percentual que consegue finalizar o ensino médio. É importante destacar também o papel fundamental que desempenha a educação na redução de desigualdades sociais. Não há transformação social sem investimento em educação. Pesquisas feitas pelo Banco Mundial e pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) demonstram que um ano a mais de estudo na vida de estudantes do sexo feminino impactam na diminuição da mortalidade infantil e materna, por exemplo. Tais estudos também demonstram o efeito de um ano a mais de estudo nos indicadores de empregabilidade e salários na América Latina. O jovem como foco O Programa Abrindo Espaços foi criado com base em uma série de pesquisas sobre juventude feitas pela UNESCO no Brasil. Tais pesquisas revelavam que os jovens eram, como ainda são, o grupo que mais se envolve em situações de violência, tanto na condição de agentes quanto de vítimas. A maior parte desses atos violentos acontece nos fins de semana, nas periferias, envolvendo, sobretudo, jovens de classes empobrecidas e em situação de vulnerabilidade. Além disso, grande parte das escolas, especialmente as localizadas nas periferias das grandes cidades, estava envolvida em situações de extrema violência. Os Mapas da Violência, de autoria do pesquisador Julio Jacobo Waiselfisz, lançados pela UNESCO nos anos de 1999, 2000, 2002 e 2004, foram fundamentais para entender o papel dos jovens nos casos de violência no país. Considerando-se esses dados, pode-se entender que, por trás de uma idéia aparentemente simples a abertura das escolas aos sábados e domingos para oferecer aos jovens e suas famílias atividades de cultura, esporte, arte, lazer e formação profissional, há uma estratégia de empoderar os jovens, fortalecer a comunidade, fortalecer o papel da escola e contribuir para a redução dos índices de violência, construindo uma cultura de paz. O Programa Abrindo Espaços trouxe ainda para o ambiente escolar estratégias utilizadas em trabalhos comunitários, como o levantamento das demandas locais, a valorização de talentos, o fortalecimento das ações por meio de parcerias com organizações não-governamentais e outras entidades que atuam na região da escola. 15
16 O fato de o Abrindo Espaços validar a experiência das comunidades e os saberes locais faz com que o programa contribua para quebrar o muro do isolamento institucional das escolas, abrindo de fato suas portas para os moradores, os pais dos alunos, enfim, a toda a comunidade, que passa a reconhecer a escola como sua. Os estudantes e sua comunidade sentem-se valorizados à medida que suas demandas são atendidas e que as expressões juvenis são fortalecidas. Isto possibilita maior integração entre todos os atores envolvidos no processo e favorece a descoberta de novas formas de relação capazes de gerar o sentimento de pertencimento tão necessário para o exercício do protagonismo juvenil. O programa representa ainda uma alternativa à falta de acesso a atividades culturais, uma realidade nas periferias brasileiras. O acesso à cultura, à arte, ao esporte, ao lazer e à educação permite que os jovens encontrem outras formas de expressão diferentes da linguagem da violência. A participação em oficinas de teatro, artesanato, música, dança e outras tantas atividades lúdicas abre horizontes, fortalece a auto-estima e é capaz de ajudar o jovem a descobrir um novo sentimento de pertencimento em relação à sua escola e à sua comunidade. Na dinâmica do programa, o jovem e a comunidade são os protagonistas não são vistos como meros beneficiários das atividades do fim de semana. Os jovens desempenham papel central: articulam atividades e mobilizam a comunidade para participar do programa. Essa participação é reforçada à medida que a grade de programação revela e valoriza os talentos locais. Outro aspecto a ser ressaltado é a natureza descentralizadora do programa, que permite aos estados, municípios e escolas terem flexibilidade para adequá-lo às realidades e necessidades locais, sempre orientados pelos mesmos princípios, conceitos éticos e metodológicos. O programa é único e flexível em sua diversidade, e construir essa unidade na multiplicidade foi um de seus grandes desafios. Acreditamos ter encontrado o fio condutor dessa unidade, materializado numa proposta que valoriza o saber local, respeita o protagonismo juvenil, valoriza e reforça o papel da escola e envolve a comunidade no programa, adaptando a metodologia desenvolvida para cada realidade/diversidade nas múltiplas regiões do país. 16
17 Com esta coleção, acreditamos estar colocando à disposição de educadores, profissionais da área social e especialistas de todo o Brasil um instrumento que, ao lado de outros tantos, certamente permitirá trabalhar a inclusão social e os valores da cultura de paz na escola, de forma a contribuir para a redução das desigualdades e a formação de cidadãos cada vez mais solidários, que respeitem os direitos humanos e valorizem a tolerância, reforçando o papel fundamental da educação na transformação social. Além de disseminar a boa experiência dos programas Abrindo Espaços e Escola Aberta no Brasil, acreditamos que esta coleção também contribuirá para o crescimento da cooperação internacional, uma das importantes funções da UNESCO. Cabe ainda agradecer a importante parceria da Fundação Vale, por meio de sua então Presidente, Olinta Cardoso, ela própria uma entusiasta do programa, e de sua contribuição para a inclusão social e a melhoria da educação. Agradeço também a todos os parceiros do Programa Abrindo Espaços nos estados e municípios onde foi implantado e aos parceiros do Programa Escola Aberta do Ministério da Educação, que juntamente com professores, diretores, alunos, jovens e as comunidades o transformaram em uma experiência de sucesso. Por fim, agradeço a todos os profissionais do Setor de Ciências Humanas e Sociais da UNESCO no Brasil, uma equipe de pessoas comprometidas com um mundo melhor e sem as quais essa experiência não teria sido possível. A concepção e a implantação do Programa Abrindo Espaços iniciaram-se no ano 2000 e se estenderam por todo ano de 2001, um ano que marcou profundamente minha vida. Em 2001, nasceu Laura, minha filha, e com ela renasceram em mim todas as convicções que alimento de que construir um mundo menos violento, mais igual e justo é tarefa coletiva e só será possível se esse desafio for assumido por todos, traduzindo os princípios da cultura de paz, dos direitos humanos e do respeito à diversidade, concretamente, na vida de cada cidadão. Marlova Jovchelovitch Noleto Coordenadora de Ciências Humanas e Sociais da UNESCO no Brasil 17
18 Sobre a Série Saber e Fazer Este livro, Abrindo Espaços Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz, é o terceiro volume da Série Saber e Fazer Sistematização do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz. O conteúdo desta publicação é complementar ao dos outros dois livros que compõem a série: Construindo Saberes, sobre as referências conceituais e a metodologia do programa, e Fortalecendo Competências, sobre a formação continuada dos profissionais nele envolvidos. Esta série é resultado da experiência acumulada ao longo de oito anos, desde o lançamento do programa pela UNESCO, no ano Os conteúdos apresentados nos três livros são fruto de documentos produzidos pela equipe do Setor de Ciências Humanas e Sociais da Representação da UNESCO no Brasil e de publicações que avaliaram o programa localmente em diferentes estágios da sua execução. Todos estão citados na bibliografia e na sessão Saiba Mais, que indica sites e outras fontes para quem desejar aprofundar conhecimentos sobre os temas citados nos três livros. Também foram feitas entrevistas com os cinco coordenadores responsáveis pela implantação do programa nos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Rio Grande do Sul. Para facilitar a leitura e a utilização dessas informações, elas foram organizadas em uma série, com três livros, que têm conteúdos complementares. Esta série integra a Coleção Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz. Espera-se que a série e a coleção sejam vistas pelos profissionais que atuam nas escolas como um mapa dos melhores caminhos para a abertura das escolas aos sábados e aos domingos. Que sirva de objeto de consulta e ajude a todos na missão de construir uma escola pública mais acolhedora e inclusiva. 19
19 Grupos de percussão são muito procurados por jovens afro-descendentes. Colégio Estadual Guadalajara (RJ). 20
20 O PROGRAMA ABRINDO ESPAÇOS: EDUCAÇÃO E CULTURA PARA A PAZ No ano 2000, durante as comemorações do Ano Internacional da Cultura de Paz, a Representação da UNESCO no Brasil lançou o Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz. O programa consiste na abertura das escolas públicas nos fins de semana, com oferta de oficinas e ações diversas, que contemplam atividades de estímulo à expressão oral e artística, de desenvolvimento físico, de reforço escolar, de convivência e de sociabilidade e cidadania, entre outras. Por trás da abertura das escolas no fim de semana uma idéia que se materializa em um gesto aparentemente simples, reside uma estratégia de inclusão social: oferecer às comunidades vulnerabilizadas pelo processo de exclusão social, especialmente aos jovens e às crianças, atividades nos campos da educação para a cidadania, do esporte, da cultura, da formação profissional, do reforço escolar, do lazer, ao lado de outras de cunho artístico-cultural. O Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz está inserido no marco mais amplo de atuação da UNESCO: a concretização cotidiana da cultura de paz, o fortalecimento do conceito de educação para todos e ao longo da vida, a erradicação e o combate à pobreza, e a construção de uma nova escola para o século XXI, que seja escola-função, e não escola-endereço, ou seja, uma escola que, de fato, contribua para o desenvolvimento humano integral dos seus alunos e da comunidade. 21
21 Abrindo Espaços Em 2004, em função dos resultados positivos alcançados pelo programa, sobretudo em relação ao fortalecimento da escola pública e à inclusão social de jovens, o governo federal, por meio do Ministério da Educação, em parceria com a UNESCO, lançou em âmbito nacional o Programa Escola Aberta: educação, cultura, esporte e trabalho para a juventude, pautado no conceito e na metodologia do Abrindo Espaços. Na base de todas essas experiências está a busca do resgate da escola como instituição significativa na vida do jovem. A idéia é que a escola passe a incorporar as demandas juvenis por cultura, esporte, cidadania e lazer, tornando-se um local não só cada vez mais atraente para o jovem, mas também propício à maior aproximação entre a escola e a comunidade. O Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz é uma ação de inclusão social e tem como focos o jovem, a escola e a comunidade, atuando diretamente na melhoria da qualidade da educação e na criação de um novo significado para a escola. É também uma ação de inclusão educacional, pois, de acordo com a percepção dos diversos atores que dele participam, contribui para a melhoria da aprendizagem, da relação aluno professor escola, favorecendo o desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens. Ao combinar elementos de educação e inclusão social, o programa acentua o conceito destacado por Cecília Braslawsky, Como tantos outros, o conceito de qualidade da educação é, ao mesmo tempo, muito simples e muito sofisticado. Sob nossa perspectiva, uma educação de qualidade é aquela que permite que todos aprendam o que necessitam aprender, no momento oportuno de sua vida e de suas sociedades, e que o façam com felicidade, porque todos merecemos a felicidade ou, como se diz em francês, le bonheur. Neste sentido, é valido argumentar que o direito ao 22
22 Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz bem-estar não é um direito que se deva postergar para a vida adulta. Meninos e meninas merecem, antes de qualquer pessoa, sentir-se bem quando estão na escola, ser felizes na escola (BRASLAVSKY, 2005). A experiência do Programa Abrindo Espaços permite aos jovens e a suas famílias participarem de atividades inacessíveis à maioria das comunidades em situação de vulnerabilidade social. As oficinas desenvolvidas nos fins de semana são momentos em que as crianças resgatam o direito à infância, participando de brincadeiras, cantando, fazendo teatro, artesanato, jogando futebol, vôlei e outras tantas atividades. Sobretudo em comunidades de baixa renda, é importante reservar à criança o direito de brincar, já que o espaço lúdico é uma das condições essenciais para uma infância feliz. Também os jovens e suas famílias, mães, pais, avós, ao participar das diversas oficinas, deparam com um universo cultural novo: aulas de dança e yoga, sessões de cinema e teatro, oficinas de musica. Os depoimentos dos vários atores envolvidos no programa confirmam seu caráter inclusivo e também seu papel no resgate desta importante condição da vida humana: o bem-estar e a felicidade. O Abrindo Espaços é também um importante instrumento de prevenção da violência e promoção da cultura de paz, colaborando para promover significativas mudanças nos altos níveis de violência que, em geral, envolvem as comunidades vulneráveis e as próprias escolas participantes do programa. Pesquisas da UNESCO revelam que os índices de vitimização juvenil aumentam significativamente nos fins de semana, sobretudo em função da ausência de opções culturais, esportivas e de lazer que afetam os jovens das classes desfavorecidas. Se, por um lado, a falta de acesso a esses bens favorece o envolvimento dos jovens em situações de violência, por outro, o acesso à cultura, à arte, ao esporte e à educação permite-lhes encontrar outras formas de expressão. 23
23 Abrindo Espaços Soma-se a isto a importância que o jovem e sua comunidade assumem na própria dinâmica do programa, quando este valoriza os talentos da comunidade, respeita as demandas locais e dá espaço às diversas expressões juvenis, possibilitando a integração entre a escola, o jovem e a comunidade. Este processo enseja ao jovem a descoberta de novas formas de ver e relacionar-se com o outro e consigo próprio, gerando o sentimento de pertencimento e fortalecendo, assim, a auto-estima, além de estimular o respeito à diversidade e a melhor convivência. Outro aspecto a ser ressaltado na estratégia do programa é a sua descentralização, permitindo que cada estado, cada município e cada escola tenham flexibilidade para adequá-lo a sua realidade e às necessidades locais, sempre orientados por princípios e conceitos éticos e metodológicos únicos. Diversidade, flexibilidade e controle local são componentes essenciais do Programa Abrindo Espaços, presentes na mobilização da escola e da comunidade, no planejamento e na divulgação das oficinas, na formação de parcerias, na capacitação das equipes locais e em vários outros aspectos do programa. Jovem, escola e comunidade: os focos do programa No Programa Abrindo Espaços, a escola é reconhecida como espaço potencialmente privilegiado para o investimento em um processo de mudança de atitude e comportamento dos jovens expostos, ativa ou passivamente, à violência (ABRAMOVAY et al., 2001). Considera-se que a instituição escolar é detentora de representatividade e respeitabilidade junto aos jovens e às comunidades: a) pela possibilidade de constituir-se como espaço de referência e pertencimento, tendo em vista a posição social que ocupa como núcleo organizado legítimo; b) pelo fato de ser local de acesso a todos os membros da comunidade, independentemente de estarem a ela vinculados de modo formal; c) pela condição potencial que tem de configurar-se como via mais informal de aproximação entre a juventude, a família e a comunidade. 24
24 Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz Não é somente do espaço escolar que se vale o programa: sua efetivação depende da participação dos recursos humanos, do coletivo da instituição diretores, professores, merendeiras, auxiliares. Suas atividades incorporam-se a práticas educativas e a outras iniciativas em curso, utilizando seus equipamentos e materiais. Portanto, o Abrindo Espaços conta com os recursos humanos e materiais da escola, devendo sua proposta estar plenamente integrada ao projeto político-pedagógico, com ênfase no jovem, na própria escola e na comunidade (NOLETO, 2001, p. 18). A participação dos jovens implica o reconhecimento de suas formas peculiares de comunicação, reivindicação, expressão e subjetividade, sendo fundamental, para isso, a recusa aos estereótipos e estigmas que, entre outras conseqüências, conduzem, hoje, à associação entre juventude e violência. Implica, também, incluir ou dar voz e funções aos jovens em atividades do programa e prestar-lhes apoio no sentido de permitir-lhes combinar o exercício de liderança com a aprendizagem. Ao se abrir nos fins de semana para a comunidade e jovens de todas as idades estimulando-os a participar na concepção e na realização das atividades, a escola promove o encontro entre gerações, que possibilita a troca, a convivência e a compreensão. A experiência do Programa Abrindo Espaços já demonstra também a possibilidade de ampliação do universo cultural dos jovens e dos professores; a aproximação entre a escola e a família; o reconhecimento do espaço escolar como instância de cuidado e de não-exposição da juventude a situações de violência; a possibilidade de se desenvolverem novas opções de convivência entre jovens de diferentes grupos, no interior da escola ou externamente a ela; o estabelecimento de maior aproximação e solidariedade entre os jovens, os professores e as comunidades, viabilizando espaços de encontro, diálogo e afetividade. 25
25 Abrindo Espaços No programa, conjugam-se diferentes estratégias, de forma a tornar a escola mais atraente para os jovens e a comunidade. Tais estratégias, de forma simplificada, são: a valorização do papel do diretor; a valorização do aluno, do professor e da escola; o exercício do diálogo; o trabalho coletivo; a participação da família e da comunidade; a criação de um novo significado do espaço físico; o incremento da sociabilidade e a construção do sentido de pertencimento. No seu conjunto, estas estratégias contribuem para a construção de um bom clima escolar, importante fator de redução da violência. Elementos da identidade do Programa Abrindo Espaços O Programa Abrindo Espaços apresenta elementos constitutivos de sua identidade, que, desde o ano 2000, quando foi criado pela Representação da UNESCO no Brasil, têm colaborado para que o programa venha se institucionalizando em diferentes estados como política publica de inclusão social e educacional. Baseando-se em princípios, valores e conceitos propostos pela UNESCO, destacam-se os principais elementos que compõem a identidade do programa: 1) o respeito e a valorização da educação de qualidade e do papel dos educadores professores, diretores e outros membros da comunidade escolar, traduzidos em constantes e periódicas formações continuadas, produções de publicações destinadas a eles e outras ações; 2) a importância da integração entre as ações regulares da escola (e seu projeto pedagógico) e as ações desenvolvidas nos fins de semana; 3) a importância da integração da direção pedagógica da escola definidores e executores das linhas pedagógicas no planejamento conjunto das ações do fim de semana com a coordenação do programa; 26
26 Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz 4) a prática de uma relação dialógica e democrática com os parceiros e com toda comunidade escolar; 5) a construção e a definição coletiva com os parceiros locais das fases e ações do programa; 6) a valorização e a promoção da cultura local, e a preocupação com a construção de relações positivas com a comunidade local; 7) a identificação e a valorização dos talentos locais; 8) a valorização e a promoção das organizações não-governamentais comunitárias; 9) a prática da comunicação permanente e do constante fluxo de informações entre os profissionais envolvidos no programa; 10) a elaboração constante de publicações sobre temas relacionados ao programa, como importante instrumento de produção e disseminação do conhecimento; 11) a determinação dos critérios de risco e vulnerabilidade social como fundamentais para a seleção de escolas participantes do programa. Além dos elementos de identidade que compõem o Programa Abrindo Espaços, cabe destacar que, pelo seu alto potencial de replicabilidade, o programa também é constituído de elementos que podem sofrer adaptações, a depender das características e especificidades locais. Entre estes elementos, destacam-se: a autonomia na definição da composição das equipes locais de coordenação ou equipes gestoras; 27
27 Abrindo Espaços a flexibilidade da determinação dos horários de funcionamento das escolas nos fins de semana (embora a UNESCO recomende que as escolas devam abrir aos sábados, preferencialmente e, se possível, aos domingos, e ter uma programação durante as férias escolares); a definição do cardápio de atividades a serem desenvolvidas nos fins de semana; a autonomia na definição quanto à participação ou não de voluntários no programa; a autonomia na definição quanto à oferta ou não de alimentação aos participantes do programa. A UNESCO e a cooperação técnica no Programa Abrindo Espaços Acreditando em que não há aprendizagem sem desenvolvimento humano e que a escola deve ser fortalecida para que possa dar respostas às necessidades básicas da aprendizagem, e defendendo isso, a UNESCO no Brasil vem prestando cooperação técnica aos parceiros que decidiram implantar o Programa Abrindo Espaços. O Programa Abrindo Espaços tem, entre suas principais referências conceituais, os quatro pilares do conhecimento (quadro na página 33) propostos por Jacques Delors 1 et alii, de modo a contribuir para que a aprendizagem e o desenvolvimento humano caminhem de forma indissociável 2. O programa tem, ainda, grande potencial transformador. Nesses oito anos de funcionamento, a Organização construiu e sedimentou significativa experiência na execução, no acompanhamento e na multiplicação 1. DELORS, J. et al. (Org.). Educação: um tesouro a descobrir. 8.ed. São Paulo: UNESCO, Cortez, Aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. 28
28 Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz de iniciativas baseadas na metodologia e nos conceitos do Programa Abrindo Espaços. Além de ter auxiliado estados e municípios na gestão do programa, a UNESCO construiu importante capital humano e solidificou extensa rede de colaboradores capazes de, em conjunto com a coordenação nacional do programa, oferecer insumos de qualidade para a institucionalização do Abrindo Espaços como política pública voltada para a juventude, destacando o papel da escola na inclusão social e na construção da cultura de paz. Nesse sentido, compõem a estrutura da cooperação técnica prestada pela UNESCO no âmbito do Programa Abrindo Espaços: 1) a discussão metodológica e conceitual sobre o programa, imprescindível para o seu entendimento e sua implementação; 2) a oferta de processos de capacitação e formação continuada em diversos temas relacionados ao programa, entre eles: conceitos gerais e metodologia do programa; juventude; cultura de paz; prevenção da violência, protagonismo juvenil; trabalho com comunidades; voluntariado; diagnóstico, monitoramento e avaliação; 3) a produção de publicações, inéditas ou reeditadas, que subsidiem as ações desenvolvidas no programa e as reflexões a ele relacionadas (a exemplo de cartilhas, resultados de conferências, declarações internacionais etc.) e a sistematização das experiências; 4) a avaliação das experiências desenvolvidas de modo a contribuir para a continuidade e replicação do programa, independentemente das mudanças de gestores governamentais. 29
29 Abrindo Espaços A construção da cultura de paz Sessenta anos depois da fundação das Nações Unidas e da UNESCO, o mundo encontra-se novamente em posição de transformar a cultura predominante de violência em cultura de paz. Hoje, o desafio consiste em encontrar os meios de mudar definitivamente as atitudes, os valores e os comportamentos, com o fim de promover a paz e a justiça social, a segurança e a solução nãoviolenta dos conflitos. Esse movimento multidimensional requer o apoio ativo e a participação contínua de uma rede sólida de indivíduos e de organizações que atuem em prol da paz e da conciliação. As organizações não-governamentais desempenham um papel de fundamental importância para este movimento, portanto, convém envolvê-las sempre e chamá-las à ação nos níveis regional, nacional e internacional. A guerra fria chegou ao fim, mas ainda subsistem conflitos armados e lutas civis, que sacrificam vidas humanas em muitos países. Outras fontes de tensão são a deterioração do meio ambiente, a desertificação, o excesso de população, a competição por recursos de água doce em vias de esgotamento, a desnutrição e a flagrante desigualdade econômica entre países ricos e pobres, bem como, internamente, a desigualdade social fruto da concentração de renda e de modelos econômicos excludentes. Substituir a secular cultura de guerra pela cultura de paz requer um esforço educativo prolongado para modificar as reações à adversidade e construir o desenvolvimento sustentável, que possa suprimir as causas de conflito. O programa da cultura de paz está voltado não apenas para a prevenção das guerras, porque podemos até imaginar que as guerras são algo distante de nosso cotidiano. Estamos falando das guerras anônimas travadas na violência. Estamos falando de prevenir e combater todo tipo de violência, exploração, crueldade, desigualdade e opressão. 30
30 Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz No campo do desenvolvimento econômico, é preciso passar da economia competitiva de mercado e de um modelo excludente e concentrador de renda, a um desenvolvimento mútuo e sustentável, sem o qual é impossível alcançar a paz duradoura. Há que revisar o conceito de adotar modelos de desenvolvimento de outros países, de modo a respeitar cada país, suas tradições e a diversidade, incorporando as dimensões humana e social e de participação. Como fortalecer a consciência sobre a importância e a urgência da tarefa vital de promover a transição de uma cultura de guerra para uma cultura da paz? Como encontrar os caminhos e meios para alterar os valores, atitudes, crenças e comportamentos do tempo presente? Hoje, o desafio foi ampliado para além da situação das guerras declaradas entre duas ou mais nações, ou mesmo entre populações de um mesmo país, como ocorre nas guerras civis. A proposta de paz discutida globalmente consiste em encontrar os meios de mudar definitivamente atitudes, valores e comportamentos individuais e coletivos, com o objetivo de assegurar a solução nãoviolenta de todos os tipos de conflito registrados em diversos ambientes, entre eles, as escolas. A maioria dos programas de cultura de paz existentes propõe atuar nos conflitos registrados no cotidiano em praticamente todas as sociedades do mundo. São confrontos marcados pela intolerância racial, religiosa, cultural, socioeconômica e, ainda, pelo preconceito contra minorias. O próprio entendimento de violência, neste contexto, deve acontecer de forma mais ampla. É preciso compreendê-la não apenas como expressão de maus-tratos e agressões físicas, mas, também, como perpetuação de populações vulneráveis em situações indignas, privadas do acesso a serviços básicos de saúde, educação e assistência social, entre tantos outros. 31
31 Abrindo Espaços Não há cultura de paz sem democracia, participação, igualdade, respeito aos direitos humanos, respeito à diversidade cultural, justiça, liberdade, tolerância, diálogo, reconciliação, solidariedade e justiça social. A cultura de paz é entendida, ainda, como uma tecnologia de convivência baseada na tolerância, na solidariedade, no compartilhamento e no respeito aos direitos individuais. No caso dos grupos que, por motivos diversos, defendem interesses diferentes e advogam causas distintas, colocando-se em campos opostos, muitas vezes como adversários, são estas as bases que devem nortear suas relações. Os conceitos de cidadania, direitos humanos e cultura de paz também integram a proposta pedagógica do Programa Abrindo Espaços conceitos que, somados aos instrumentos metodológicos, promovem a inclusão social, a educação de qualidade, o direito de ser criança e jovem, e contribuem para a prevenção da violência. É com base em todos estes pressupostos que se constrói o Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz. A implantação do Programa Abrindo Espaços nas escolas, como foi visto nos livros 1 e 2 desta coleção, é uma estratégia que tem se mostrado bem sucedida para a construção da cultura de paz, envolvendo estudantes, professores e comunidade, além de influenciar positivamente as atividades escolares desenvolvidas de segunda a sexta-feira. Uma das principais ferramentas para o sucesso do programa é o estímulo à convivência entre os diversos grupos existentes na escola e seu entorno. Com base no aprendizado da convivência com o outro um dos princípios propostos por Delors e um dos principais valores do Programa Abrindo Espaços vão sendo construídos os fundamentos da cultura de paz, da solidariedade, do respeito ao próximo e da tolerância. 32
32 Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz Síntese dos quatro pilares...aprender a conhecer: estimula o prazer de compreender, de conhecer, descobrir e construir o conhecimento....aprender a fazer: relaciona-se ao investimento nas competências pessoais, para que as pessoas tenham as habilidades necessárias para acompanhar a evolução de sociedades marcadas pelo avanço do conhecimento....aprender a conviver: é um dos maiores desafios da educação, já que a maior parte da história da humanidade é marcada por guerras e conflitos decorrentes da tradição de se administrar conflitos por meio da violência....aprender a ser: refere-se ao conceito de educação ao longo da vida em seu sentido mais amplo, visando ao desenvolvimento humano tanto no aspecto pessoal quanto no profissional. 33
33 As oficinas de artes marciais ampliam o universo cultural dos estudantes. Instituto de Educação Governador Roberto Silveira, Rio de Janeiro (RJ). 34
34 OS PASSOS PARA A IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA Este livro é um guia passo a passo para a implementação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz, com o propósito de contribuir com aqueles que desejam iniciar experiência semelhante. Não se trata de uma fórmula ou receita única e acabada, mas, sim, de uma referência que, ao mesmo tempo em que orienta a implantação do programa, é flexível o bastante para se adaptar às peculiaridades locais e regionais. Acima, destacamos os elementos de identidade do programa, que deverão estar presentes sempre em sua implantação, e também reforçamos que seu potencial de replicabilidade permite adaptá-lo a cada realidade, respeitando as especificidades do local onde será implantado. O nome que o programa terá também é de livre escolha: o importante é que este nome reflita o fio condutor dos sentidos literal e metafórico de abertura das escolas. Literalmente, as escolas devem-se abrir a toda a comunidade alunos, jovens, moradores. O sentido metafórico refere-se à necessidade de serem acolhedoras, inclusivas, receptivas e comprometidas, de fato, com o novo, com as sugestões, as necessidades e os desejos da comunidade escolar, e que traduzam uma nova pratica pedagógica, com mais qualidade e com o compromisso de formar cidadãos democráticos, tolerantes e capazes de contribuir para a construção da cultura de paz. 35
35 Abrindo Espaços Dessa forma, os procedimentos aqui sugeridos podem ter conformações variadas ou acontecer de forma simultânea, de acordo com as necessidades dos estados, dos municípios e das escolas, mas, de modo geral, devem favorecer a intervenção crítica e criativa das equipes de coordenação que implementam o programa, assim como dos profissionais que atuam diretamente nas escolas. Mesmo com essa flexibilidade, o programa deverá manter sua unidade, com um fio condutor único, e com seus objetivos essenciais preservados, que são a inclusão social, a transformação e a abertura da escola, uma educação de qualidade, a valorização do papel do professor e a construção da cultura de paz. A seguir, apresenta-se o detalhamento dos passos sugeridos para a implantação do programa. A partir do passo 3, para melhor compreensão, as ações são divididas em três etapas: o que é preciso fazer; como fazer e quem é o responsável pela ação. 36
36 Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz Tomando a decisão Este passo representa a vontade política de uma cidade ou de um estado de abrir a rede de escolas públicas ou parte dela para os jovens e a comunidade. Isso quer dizer que os gestores estão propondo transformar as escolas em espaços mais acolhedores para a comunidade e os jovens, ao mesmo tempo em que pretendem fortalecê-la institucionalmente. O primeiro passo efetivo para a implantação do programa consiste na realização de negociações entre a Secretaria Estadual (ou Municipal) de Educação e a UNESCO, caso se deseje a cooperação técnica para o programa de abertura das escolas. Durante a negociação entre o órgão público e a UNESCO, são definidas as condições referentes à governabilidade do programa, como sustentação financeira, sustentação técnica e infra-estrutura, posteriormente registradas no acordo de cooperação entre os parceiros. 37
37 Abrindo Espaços Estruturando o programa e discutindo seu formato Com base em ampla discussão entre os gestores públicos (educação, desenvolvimento social, cultura), estrutura-se o formato inicial do programa. Nesta etapa é recomendado planejar quem fará parte da coordenação central, quem será convidado para fazer parte da rede de parcerias, quais serão os critérios de seleção das escolas participantes, entre outros elementos. Nesta fase, costuma-se promover, concomitantemente, uma reunião com a equipe da escola (diretor, professores, conselho escolar, outros servidores, pais, alunos) e a comunidade local, para conversar, discutir os objetivos, os princípios, a estrutura, a metodologia e os resultados esperados do programa, estimulando a participação de todos. Além disso, em geral é feito o levantamento inicial dos interesses e das necessidades da comunidade quanto às atividades a serem desenvolvidas nos fins de semana, identificando parceiros que possam apoiar o programa e que contribuam para definir a sua estrutura. Também se definem os dias de abertura das escolas (se durante todo fim de semana ou apenas no sábado ou no domingo), os horários, os objetivos das atividades e a forma de implementá-las. 38
38 Guia passo a passo para a implantação do Programa Abrindo Espaços: educação e cultura para a paz Formando a equipe de coordenação central do programa É preciso formar a equipe de coordenação central do programa, composta por representantes, preferencialmente da Secretaria de Educação essenciais, em se tratando de uma ação baseada na escola, das demais secretarias que dele participarão e, se for o caso, da UNESCO. A UNESCO, por meio de sua Representação no Brasil, poderá ou não fazer parte da equipe central, contribuindo de qualquer maneira, independentemente de sua participação cotidiana nos trabalhos, visando a dar apoio para que a implantação do programa siga de acordo com os eixos metodológicos previstos. As equipes de coordenação central podem ter formatos diversos. No Rio de Janeiro, por exemplo, este grupo era constituído por técnicos da Secretaria de Estado da Educação e da UNESCO, assim como em São Paulo e na Bahia. Em Pernambuco, diferentemente, formou-se um comitê metropolitano, integrado por representantes da Secretaria de Estado de Educação e por suas gerências regionais, além das secretarias municipais. O que faz a equipe central? A coordenação central, formada por uma equipe do(s) órgão(s) público(s) parceiro(s) e por um representante da UNESCO (se for o caso), responde pela gestão administrativa e pedagógica do programa. Faz acompanhamento e avaliação, registra avanços, discute ações e planeja atividades que possam melhorar a qualidade das formações profissionais e do programa de modo geral. 39
Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI
FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI Grupo Acadêmico Pedagógico - Agosto 2010 O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) expressa os fundamentos filosóficos,
Leia maisRompendo os muros escolares: ética, cidadania e comunidade 1
PROGRAMA ÉTICA E CIDADANIA construindo valores na escola e na sociedade Rompendo os muros escolares: ética, cidadania e comunidade 1 Ulisses F. Araújo 2 A construção de um ambiente ético que ultrapasse
Leia maisINTRODUÇÃO. Sobre o Sou da Paz: Sobre os Festivais Esportivos:
1 INTRODUÇÃO Sobre o Sou da Paz: O Sou da Paz é uma organização que há mais de 10 anos trabalha para a prevenção da violência e promoção da cultura de paz no Brasil, atuando nas seguintes áreas complementares:
Leia maise construção do conhecimento em educação popular e o processo de participação em ações coletivas, tendo a cidadania como objetivo principal.
Educação Não-Formal Todos os cidadãos estão em permanente processo de reflexão e aprendizado. Este ocorre durante toda a vida, pois a aquisição de conhecimento não acontece somente nas escolas e universidades,
Leia maisTrabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS
Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT Proposta do CDG-SUS Desenvolver pessoas e suas práticas de gestão e do cuidado em saúde. Perspectiva da ética e da integralidade
Leia maisPolítica Nacional de Participação Social
Política Nacional de Participação Social Apresentação Esta cartilha é uma iniciativa da Secretaria-Geral da Presidência da República para difundir os conceitos e diretrizes da participação social estabelecidos
Leia maisDEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO
O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO ROSINALDO PANTOJA DE FREITAS rpfpantoja@hotmail.com DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO RESUMO: Este artigo aborda o Projeto político pedagógico e também
Leia maisPuerta Joven. Juventud, Cultura y Desarrollo A.C.
Puerta Joven. Juventud, Cultura y Desarrollo A.C. Declaração de Princípios Quem Somos Somos uma organização não-governamental dedicada à promoção da liderança juvenil e da participação da cultura da juventude
Leia mais11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica
11 de maio de 2011 Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SPAECE-ALFA E DAS AVALIAÇÕES DO PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ _ 2ª Etapa 1. INTRODUÇÃO Em 1990, o Sistema de Avaliação
Leia maisA AÇÃO COMUNITÁRIA NO PROJOVEM. Síntese da proposta de Ação Comunitária de seus desafios 2007
A AÇÃO COMUNITÁRIA NO PROJOVEM Síntese da proposta de Ação Comunitária de seus desafios 2007 A AÇÃO COMUNITÁRIA NO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Dimensão formativa do programa voltada à educação para a cidadania
Leia maisProteção Infanto-Juvenil no campo: uma Colheita para o Futuro
Proteção Infanto-Juvenil no campo: uma Colheita para o Futuro A Campanha Nacional pela Proteção Infanto-Juvenil no campo: uma colheita para o futuro, é uma ação estratégica do Movimento Sindical de Trabalhadores
Leia maisEntusiasmo diante da vida Uma história de fé e dedicação aos jovens
Entusiasmo diante da vida Uma história de fé e dedicação aos jovens A obra salesiana teve início em Turim, na Itália, onde Dom Bosco colocou em prática seus ideais de educação associados ao desenvolvimento
Leia maisINVESTIMENTO SOCIAL. Agosto de 2014
INVESTIMENTO SOCIAL Agosto de 2014 INVESTIMENTO SOCIAL Nós promovemos o desenvolvimento sustentável de diversas maneiras Uma delas é por meio do Investimento Social INVESTIMENTO INVESTIENTO SOCIAL - Estratégia
Leia maisintrodução Trecho final da Carta da Terra 1. O projeto contou com a colaboração da Rede Nossa São Paulo e Instituto de Fomento à Tecnologia do
sumário Introdução 9 Educação e sustentabilidade 12 Afinal, o que é sustentabilidade? 13 Práticas educativas 28 Conexões culturais e saberes populares 36 Almanaque 39 Diálogos com o território 42 Conhecimentos
Leia maisNo Brasil, a Shell contratou a ONG Dialog para desenvolver e operar o Programa, que possui três objetivos principais:
PROJETO DA SHELL BRASIL LTDA: INICIATIVA JOVEM Apresentação O IniciativaJovem é um programa de empreendedorismo que oferece suporte e estrutura para que jovens empreendedores de 18 a 30 anos desenvolvam
Leia maisApoio às políticas públicas já existentes;
Uma voz complementa a outra, um sorriso cativa o próximo e é nesse pensamento que o Instituto Mundo Melhor, organização sem fins lucrativos liderada pelo Grupo MM Mercadomóveis, trabalha com projetos sociais
Leia mais1.3. Planejamento: concepções
1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência
Leia maisEducação para a Cidadania linhas orientadoras
Educação para a Cidadania linhas orientadoras A prática da cidadania constitui um processo participado, individual e coletivo, que apela à reflexão e à ação sobre os problemas sentidos por cada um e pela
Leia maisPrêmio Itaú-Unicef Fundamentos da edição 2007. Ações Socioeducativas
Fundamentos da edição 2007 Ações Socioeducativas I - conjuguem educação e proteção social como meio de assegurar o direito ao desenvolvimento integral de crianças e adolescentes de 6 a 18 anos em condições
Leia maisPLANO DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO: processo, participação e desafios. Seminário dos/as Trabalhadores/as da Educação Sindsep 24/09/2015
PLANO DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO: processo, participação e desafios Seminário dos/as Trabalhadores/as da Educação Sindsep 24/09/2015 Ação Educativa Organização não governamental fundada por um
Leia maisPlataforma dos Centros Urbanos
Plataforma dos Centros Urbanos O que é a Plataforma dos Centros Urbanos? É uma iniciativa nacional de articulação, fortalecimento e desenvolvimento de políticas públicas, programas e ações voltados para
Leia maisANEXO I ROTEIRO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS FIA 2011. Cada projeto deve conter no máximo 20 páginas
Cada projeto deve conter no máximo 20 páginas 1. APRESENTAÇÃO Faça um resumo claro e objetivo do projeto, considerando a situação da criança e do adolescente, os dados de seu município, os resultados da
Leia maisComunidade Solidária: parcerias contra a pobreza
Comunidade Solidária: parcerias contra a pobreza OConselho da Comunidade Solidária foi criado em 1995 com base na constatação de que a sociedade civil contemporânea se apresenta como parceira indispensável
Leia maisPORTARIA NORMATIVA INTERMINISTERIAL Nº- 17, DE 24 DE ABRIL DE 2007
PORTARIA NORMATIVA INTERMINISTERIAL Nº- 17, DE 24 DE ABRIL DE 2007 Institui o Programa Mais Educação, que visa fomentar a educação integral de crianças, adolescentes e jovens, por meio do apoio a atividades
Leia maisTERMO DE REFERÊNCIA SE-001/2011
TERMO DE REFERÊNCIA SE-001/2011 Objeto da contratação Consultor sênior Título do Projeto Projeto BRA 07/010 Designação funcional Duração do contrato Consultoria por produto 04 meses Data limite para envio
Leia maisSAÚDE COMO UM DIREITO DE CIDADANIA
SAÚDE COMO UM DIREITO DE CIDADANIA José Ivo dos Santos Pedrosa 1 Objetivo: Conhecer os direitos em saúde e noções de cidadania levando o gestor a contribuir nos processos de formulação de políticas públicas.
Leia maisO que é protagonismo juvenil?
O que é protagonismo juvenil? Branca Sylvia Brener * Índice Protagonismo Juvenil Por que a participação social dos jovens? O papel do educador Bibliografia Protagonismo Juvenil A palavra protagonismo vem
Leia maisUM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES
Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias novembro/2011 página 1 UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES Claudia Davis: É preciso valorizar e manter ativas equipes bem preparadas
Leia maisPROJETO interação FAMÍLIA x ESCOLA: UMA relação necessária
PROJETO interação FAMÍLIA x ESCOLA: UMA relação necessária Apoio: Secretária municipal de educação de santo Afonso PROJETO INTERAÇÃO FAMÍLIA X ESCOLA: UMA RELAÇÃO NECESSÁRIA. É imperioso que dois dos principais
Leia maisGUIA DE SUGESTÕES DE AÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
GUIA DE SUGESTÕES DE AÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA ALFABETIZAÇÃO NO TEMPO CERTO NAs REDES MUNICIPAIS DE ENSINO SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS
Leia maisPLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS EDUCAÇÃO BÁSICA ENSINO SUPERIOR EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL EDUCAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO SISTEMA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA EDUCAÇÃO E MÍDIA Comitê Nacional de Educação
Leia maisem partilhar sentido. [Gutierrez e Prieto, 1994] A EAD pode envolver estudos presenciais, mas para atingir seus objetivos necessita
II. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A assessoria pedagógica não consiste em transmitir certezas, mas em partilhar sentido. [Gutierrez e Prieto, 1994] A EAD pode envolver estudos presenciais, mas para atingir
Leia maisNecessidade e construção de uma Base Nacional Comum
Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum 1. O direito constitucional à educação é concretizado, primeiramente, com uma trajetória regular do estudante, isto é, acesso das crianças e jovens a
Leia maisO Projeto Casa Brasil de inclusão digital e social
II Fórum de Informação em Saúde IV Encontro da Rede BiblioSUS O Projeto Casa Brasil de inclusão digital e social Maria de Fátima Ramos Brandão Outubro/2007 1 Apresentação O Projeto Casa Brasil Modelos
Leia maisEDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA
EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA Autores: FIGUEIREDO 1, Maria do Amparo Caetano de LIMA 2, Luana Rodrigues de LIMA 3, Thalita Silva Centro de Educação/
Leia maisSECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO VIÇOSA/ALAGOAS PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGCIO
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO VIÇOSA/ALAGOAS PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGCIO Texto:Ângela Maria Ribeiro Holanda ribeiroholanda@gmail.com ribeiroholanda@hotmail.com A educação é projeto, e, mais do que isto,
Leia maisSEDE NACIONAL DA CAMPANHA
Campanha Ponto Final na Violência contra as Mulheres e Meninas SEDE NACIONAL DA CAMPANHA REDE NACIONAL FEMINSTA DE SAÚDE, DIREITOS SEXUAIS E DIREITOS REPRODUTIVOS Avenida Salgado Filho, 28, cj 601. Porto
Leia maisCom-Vida. Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida
Com-Vida Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida Com-Vida Comissao de Meio Ambiente e Qualidade de Vida Depois de realizar a Conferência... Realizada a Conferência em sua Escola ou Comunidade, é
Leia maisPrincípios, valores e iniciativas de mobilização comunitária. Território do Bem - Vitória/ES
Princípios, valores e iniciativas de mobilização comunitária. Território do Bem - Vitória/ES O Ateliê de Idéias é uma organização social, sem fins lucrativos, fundada em 2003, que tem como missão desenvolver
Leia maisMATRIZES CURRICULARES MUNICIPAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA - MATEMÁTICA: UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA EM MOGI DAS CRUZES
MATRIZES CURRICULARES MUNICIPAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA - MATEMÁTICA: UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA EM MOGI DAS CRUZES Marcia Regiane Miranda Secretaria Municipal de Educação de Mogi das Cruzes marcia.sme@pmmc.com.br
Leia maisINSTITUTO SINGULARIDADES CURSO PEDAGOGIA MATRIZ CURRICULAR POR ANO E SEMESTRE DE CURSO
INSTITUTO SINGULARIDADES CURSO PEDAGOGIA MATRIZ CURRICULAR POR ANO E SEMESTRE DE CURSO 1º N1 1. Espaços e Práticas Culturais 40h N1 2. Oficina de Artes Visuais 80h N1 3. Prática de Leitura e escrita 80h
Leia maisPor uma pedagogia da juventude
Por uma pedagogia da juventude Juarez Dayrell * Uma reflexão sobre a questão do projeto de vida no âmbito da juventude e o papel da escola nesse processo, exige primeiramente o esclarecimento do que se
Leia maisCoordenação Técnica Agosto/2010. Iniciativa
Coordenação Técnica Agosto/2010 Iniciativa FUNDAÇÃO ITAÚ SOCIAL NOSSA CAUSA O Itaú, por meio da Fundação Itaú Social, se dedica a formular, implantar e disseminar metodologias voltadas à melhoria de políticas
Leia maisPedagogia Estácio FAMAP
Pedagogia Estácio FAMAP # Objetivos Gerais: O Curso de Graduação em Pedagogia da Estácio FAMAP tem por objetivo geral a formação de profissionais preparados para responder às diferenciadas demandas educativas
Leia maisFORMAÇÃO DA CIDADANIA OBJETIVOS E METAS
FORMAÇÃO DA CIDADANIA OBJETIVOS E METAS 1. Garantir a participação juvenil na elaboração e acompanhamento das políticas públicas na área de cidadania, em nível municipal, estadual e nacional, promovendo
Leia maisPromover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;
POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE OBJETIVO Esta Política tem como objetivos: - Apresentar as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente as inovações
Leia maisASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RECORTE HORIZONTAL NO ATENDIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS
ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RECORTE HORIZONTAL NO ATENDIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS Mônica Abranches 1 No Brasil, no final da década de 70, a reflexão e o debate sobre a Assistência Social reaparecem e surge
Leia maisUm país melhor é possível
Um país melhor é possível Um país melhor é urgente... 53 milhões de pobres vivem com renda familiar mensal de um salário mínimo; Desses, 20 milhões são indigentes ou vivem com renda de até ½ salário; Os
Leia maisMostra de Projetos 2011. Cozinha Escola Borda Viva
Mostra de Projetos 2011 Cozinha Escola Borda Viva Mostra Local de: São José dos Pinhais Categoria do projeto: I - Projetos em implantação, com resultados parciais Nome da Instituição/Empresa: Associação
Leia mais1ª Conferência Livre da Juventude em Meio Ambiente Foco em Recursos Hídricos
1ª Conferência Livre da Juventude em Meio Ambiente Foco em Recursos Hídricos Realização: Instituto Terrazul Parceria: Coordenadoria da Juventude da PMRJ Comitê da Bacia Hidrográfica da Baía de Guanabara
Leia maisSecretaria Nacional de Segurança Pública
Secretaria Nacional de Segurança Pública Mulheres da Paz Conceito do Mulheres da Paz O Projeto MULHERESDAPAZ é uma iniciativa do Ministério da Justiça, instituída pela Lei n 11.530/2007 e pelo Decreto
Leia maisO sistema de garantia dos direitos humanos das crianças e dos adolescentes: responsabilidades compartilhadas.
Página1 Curso de extensão universitária: O sistema de garantia dos direitos humanos das crianças e dos adolescentes: responsabilidades compartilhadas. Apresentação: Em 2015, comemorando 25 anos do ECA,
Leia maisPOLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE
POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE 1) OBJETIVOS - Apresentar de forma transparente as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente
Leia maisProfissionais de Alta Performance
Profissionais de Alta Performance As transformações pelas quais o mundo passa exigem novos posicionamentos em todas as áreas e em especial na educação. A transferência pura simples de dados ou informações
Leia maisRELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004
RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004 1. Palestras informativas O que é ser voluntário Objetivo: O voluntariado hoje, mais do que nunca, pressupõe responsabilidade e comprometimento e para que se alcancem os resultados
Leia maisA IMPORTÂNCIA DO ASSISTENTE SOCIAL NOS PROJETOS SOCIAIS E NA EDUCAÇÃO - UMA BREVE ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA DO PROJETO DEGRAUS CRIANÇA
A IMPORTÂNCIA DO ASSISTENTE SOCIAL NOS PROJETOS SOCIAIS E NA EDUCAÇÃO - UMA BREVE ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA DO PROJETO DEGRAUS CRIANÇA Tamara Nomura NOZAWA 1 Telma Lúcia Aglio GARCIA 2 Edmárcia Fidelis ROCHA
Leia maisPLANO ESTADUAL DE CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA
PLANO ESTADUAL DE CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA Comitê Intersetorial Direito à Convivência Familiar e Comunitária Porto Alegre, 9 de outubro de 2012 DIRETRIZES Fundamentação Plano Nacional Efetivação
Leia maisCURSO DE GESTÃO EM COOPERATIVISMO: Aproximando educação popular e tecnologias
CURSO DE GESTÃO EM COOPERATIVISMO: Aproximando educação popular e tecnologias Iara Aquino Henn 1 [...] Sem ter programado a gente pára pra pensar. È como espiar para um corredor com mil possibilidades.
Leia maisProjeto Político-Pedagógico Estudo técnico de seus pressupostos, paradigma e propostas
Projeto Político-Pedagógico Estudo técnico de seus pressupostos, paradigma e propostas Introdução A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional afirma que cabe aos estabelecimentos de ensino definir
Leia maisREGULAMENTO CURSO DESCENTRALIZADO
REGULAMENTO CURSO DESCENTRALIZADO I Nome do curso PROTAGONISMO JUVENIL - GRÊMIO ESTUDANTIL E A FORMAÇÃO CIDADÃ NO ESPAÇO ESCOLAR II Apresentação: descrição do curso O curso capacitará os participantes
Leia maisNúcleo de Educação Infantil Solarium
0 APRESENTAÇÃO A escola Solarium propõe um projeto de Educação Infantil diferenciado que não abre mão do espaço livre para a brincadeira onde a criança pode ser criança, em ambiente saudável e afetivo
Leia maisGráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição 2012. Fatia 3;
COMO ESTUDAR SE NÃO TENHO COM QUEM DEIXAR MEUS FILHOS? UM ESTUDO SOBRE AS SALAS DE ACOLHIMENTO DO PROJOVEM URBANO Rosilaine Gonçalves da Fonseca Ferreira UNIRIO Direcionado ao atendimento de parcela significativa
Leia maisV Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014. Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO.
V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014 Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO. RESUMO Adriana Vieira de Lima Colégio Marista Arquidiocesano
Leia maisProjeto Alvorada: ação onde o Brasil é mais pobre
Projeto Alvorada: ação onde o Brasil é mais pobre N o Brasil há 2.361 municípios, em 23 estados, onde vivem mais de 38,3 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza. Para eles, o Governo Federal criou
Leia maisPlano de Ação. Colégio Estadual Ana Teixeira. Caculé - Bahia Abril, 2009.
Plano de Ação Colégio Estadual Ana Teixeira Caculé - Bahia Abril, 2009. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR Unidade Escolar: Colégio Estadual Ana Teixeira Endereço: Av. Antônio Coutinho nº 247 bairro São
Leia maisDECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997
DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997 Reunidos na cidade de Quebec de 18 a 22 de setembro de 1997, na Conferência Parlamentar das Américas, nós, parlamentares das Américas, Considerando que o
Leia maisINSTITUCIÓN: Programa Primeira Infância Melhor. Departamento de Ações em Saúde Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul
EXPERIENCIA PRESENTADA EN FORMATO PÓSTER: Primeira Infância Melhor Fazendo Arte: Relato de experiência da Política Pública do Estado do Rio Grande do Sul/ Brasil na formação lúdica de visitadores domiciliares
Leia maisTEXTO RETIRADO DO REGIMENTO INTERNO DA ESCOLA APAE DE PASSOS:
TEXTO RETIRADO DO REGIMENTO INTERNO DA ESCOLA APAE DE PASSOS: Art. 3º - A Escola oferece os seguintes níveis de ensino: I. Educação Infantil: de 0 a 05 anos de idade. Educação Precoce de 0 a 03 anos Educação
Leia maisMINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Orientações para a elaboração do projeto escolar
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO MÉDIA E TECNOLÓGICA Coordenação-Geral de Ensino Médio Orientações para a elaboração do projeto escolar Questões norteadoras: Quais as etapas necessárias à
Leia maisPROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM Resumo Gisele Gomes Avelar Bernardes- UEG 1 Compreendendo que a educação é o ponto chave
Leia maisO Marco de Ação de Dakar Educação Para Todos: Atingindo nossos Compromissos Coletivos
O Marco de Ação de Dakar Educação Para Todos: Atingindo nossos Compromissos Coletivos Texto adotado pela Cúpula Mundial de Educação Dakar, Senegal - 26 a 28 de abril de 2000. 1. Reunidos em Dakar em Abril
Leia maisNÚCLEO DE APOIO AO ACADÊMICO Projeto de Funcionamento
NÚCLEO DE APOIO AO ACADÊMICO Projeto de Funcionamento Responsável: Psic. Juliana Cohen MANAUS/AM APRESENTAÇÃO O Núcleo de Apoio ao Acadêmico (NAA) da Faculdade La Salle/Manaus-AM, em consonância com a
Leia maisJosé Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE
José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE Cabe a denominação de novas diretrizes? Qual o significado das DCNGEB nunca terem sido escritas? Educação como direito Fazer com que as
Leia mais14 de dezembro de 2012 MONITORAMENTO DO PROGRAMA APRENDIZ LEGAL/ FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO
14 de dezembro de 2012 MONITORAMENTO DO PROGRAMA APRENDIZ LEGAL/ FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO 1. APRESENTAÇÃO A presente proposta de projeto refere-se ao Monitoramento do Programa Aprendiz Legal idealizado
Leia maisAtuando com responsabilidade para. colher um futuro melhor. Fábrica de São José dos Campos
Atuando com responsabilidade para colher um futuro melhor. Fábrica de São José dos Campos Compromisso com um futuro melhor. Com o nosso trabalho, somos parte da solução para uma agricultura mais sustentável.
Leia maiseducacaobarra@yahoo.com.br CEP: 18.325-000 BARRA DO CHAPÉU - SP
Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte Rua Prof. Paulo Francisco de Assis 82 Centro Fone e Fax (15) 3554-1290 E-mail educacaobarra@yahoo.com.br CEP: 18.325-000 BARRA DO CHAPÉU - SP I As ações
Leia maisCurrículo e tecnologias digitais da informação e comunicação: um diálogo necessário para a escola atual
Currículo e tecnologias digitais da informação e comunicação: um diálogo necessário para a escola atual Adriana Cristina Lázaro e-mail: adrianaclazaro@gmail.com Milena Aparecida Vendramini Sato e-mail:
Leia maisVIGILÂNCIA SOCIAL E A GESTÃO DA INFORMAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
VIGILÂNCIA SOCIAL E A GESTÃO DA INFORMAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO CONCEITUANDO... Vigilância Social : Produção e sistematização de informações territorializadas sobre
Leia maisPROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim - ES PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Introdução O Programa Municipal de Educação Ambiental estabelece diretrizes, objetivos, potenciais participantes, linhas
Leia maisDIRETRIZES DE FUNCIONAMENTO DO MOVIMENTO NACIONAL PELA CIDADANIA E SOLIDARIEDADE/ NÓS PODEMOS
1 DIRETRIZES DE FUNCIONAMENTO DO MOVIMENTO NACIONAL PELA CIDADANIA E SOLIDARIEDADE/ NÓS PODEMOS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES E OBJETIVO DO MOVIMENTO 2 Artigo 1º O Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade/Nós
Leia maisSugestões e críticas podem ser encaminhadas para o email: nape@ufv.br CONSIDERAÇÕES INICIAIS:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E CULTURA ORIENTAÇÕES GERAIS PARA SUBMISSÃO DE PROJETOS DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA Neste ano o processo seletivo será realizado por meio de um sistema
Leia maisQuem faz a diferença? E.E.E.I. Olímpio Catão Sala 10 - Sessão 1
Quem faz a diferença? E.E.E.I. Olímpio Catão Sala 10 - Sessão 1 Professor(es) Apresentador(es): responsável: Simone da Silva de Paula corresponsável: Lucilene Fernandes Realização: Foco O Projeto Quem
Leia maisResgate histórico do processo de construção da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA)
Resgate histórico do processo de construção da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) Mário Lopes Amorim 1 Roberto Antonio Deitos 2 O presente
Leia maisSe você acredita que as escolas são o único e provável destino dos profissionais formados em Pedagogia, então, está na hora de abrir os olhos
Se você acredita que as escolas são o único e provável destino dos profissionais formados em Pedagogia, então, está na hora de abrir os olhos O pedagogo David Bomfin, 50 anos, deixou, há algum tempo, de
Leia maisPROGRAMA TEMPO DE ESCOLAO
PROGRAMA TEMPO DE ESCOLAO O Programa Tempo de Escola foi iniciado em junho de 2010, com a participação de Escolas Municipais e ONGs executoras. O Programa Tempo de Escola, que inclui o Programa Mais Educação
Leia maisUNESCO Brasilia Office Representação no Brasil Declaração sobre as Responsabilidades das Gerações Presentes em Relação às Gerações Futuras
UNESCO Brasilia Office Representação no Brasil Declaração sobre as Responsabilidades das Gerações Presentes em Relação às Gerações Futuras adotada em 12 de novembro de 1997 pela Conferência Geral da UNESCO
Leia maisDeclaração de Pequim adotada pela Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres: Ação para Igualdade, Desenvolvimento e Paz (1995)
Declaração de Pequim adotada pela Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres: Ação para Igualdade, Desenvolvimento e Paz (1995) 1. Nós, os Governos, participante da Quarta Conferência Mundial sobre as
Leia maisMETODOLOGIA & Hábito de estudos AULA DADA AULA ESTUDADA
Educação Infantil METODOLOGIA & Hábito de estudos AULA DADA AULA ESTUDADA s s s Precisao e organizacao nos conceitos A agitação é a mesma. Com algumas adaptações ao espaço e ao tempo, a rotina e as histórias
Leia maisCURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4
CAMPUS CARAGUATUBA CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 PROFESSOR: ANDRESSA MATTOS SALGADO-SAMPAIO ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A PRÁTICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO
Leia maisSumário 1. CARO EDUCADOR ORIENTADOR 3 PARCEIROS VOLUNTÁRIOS 3. TRIBOS NAS TRILHAS DA CIDADANIA 4
Guia do Educador CARO EDUCADOR ORIENTADOR Sumário 1. CARO EDUCADOR ORIENTADOR 3 2. PARCEIROS VOLUNTÁRIOS 3 3. TRIBOS NAS TRILHAS DA CIDADANIA 4 Objetivo GERAL 5 METODOLOGIA 5 A QUEM SE DESTINA? 6 O QUE
Leia maisestão de Pessoas e Inovação
estão de Pessoas e Inovação Luiz Ildebrando Pierry Secretário Executivo Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade Prosperidade e Qualidade de vida são nossos principais objetivos Qualidade de Vida (dicas)
Leia maisPrefeitura Municipal de Santos
Prefeitura Municipal de Santos Estância Balneária SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO Seção de Suplência/ SESUPLE Parceiros do Saber Projeto de alfabetização de Jovens e Adultos Justificativa
Leia maisDIREITOS HUMANOS, JUVENTUDE E SEGURANÇA HUMANA
DIREITOS HUMANOS, JUVENTUDE E SEGURANÇA HUMANA FARIAS, Maria Lígia Malta ¹ SOUSA, Valéria Nicolau de ² TANNUSS, Rebecka Wanderley ³ Núcleo De Cidadania e Direitos Humanos/ PROEXT RESUMO O Projeto de Extensão
Leia maisMinistério do Desenvolvimento Agrário Secretaria de Desenvolvimento Territorial. Sistema de Gestão Estratégica. Documento de Referência
Ministério do Desenvolvimento Agrário Secretaria de Desenvolvimento Territorial Sistema de Gestão Estratégica Brasília - 2010 SUMÁRIO I. APRESENTAÇÃO 3 II. OBJETIVOS DO SGE 4 III. MARCO DO SGE 4 IV. ATORES
Leia maisPrograma de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico. Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA
Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA Brasília, abril/2006 APRESENTAÇÃO O presente manual tem por objetivo
Leia maisA Família e sua importância no processo educativo dos alunos especiais
Geyza Pedrisch de Castro Joana Darc Macedo Passos Sandra Lima Karantino A Família e sua importância no processo educativo dos alunos especiais Guajará Mirim RO. 2012. 1. JUSTIFICATIVA O presente Projeto
Leia maisMinuta do Capítulo 8 do PDI: Políticas de Atendimento aos Discentes
Minuta do Capítulo 8 do PDI: Políticas de Atendimento aos Discentes Elaborada pela Diretoria de Assuntos Estudantis 1 1 Esta minuta será apreciada pelo Colegiado de Ensino, Pesquisa e Extensão nos dias
Leia maisAtividade I Como podemos fortalecer o Núcleo na Região para garantir a continuidade dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - ODMs?
QUATRO BARRAS 09/07/2007 Horário: das 13h às 17h30 Local: Atividade I Como podemos fortalecer o Núcleo na Região para garantir a continuidade dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - ODMs? Grupo 01:
Leia maisPROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA
PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA Conceito: PROJETO: -Proposta -Plano; Intento -Empreendimento -Plano Geral de Construção -Redação provisória de lei; Estatuto Referência:Minidicionário - Soares Amora
Leia mais