Uso de Animais em Ensino e Pesquisa Legislação Brasileira

Transcrição

1 Uso de Animais em Ensino e Pesquisa Legislação Brasileira Silvia Tereza Ribeiro Castro Embrapa

2 Uso de Animais em Ensino e Pesquisa Uso consciente de animais de qualidade Excelência nos resultados e confiabilidade do estudo (a condição de saúde do animal poderá interferir nos resultados da pesquisa, dependendo do estado em que o animal se encontra)

3 Qualidade Produção de animais e condições de manutenção Espécie adequada Número de animais Procedimentos adequados e corretamente executados, e Cuidado com os animais

4 O uso de animais em ensino e pesquisa está amparado por lei A Lei Nº de 08 de outubro de 2008 (Lei Arouca) Regulamenta o inciso VII do 1º do art.225 da Constituição Federal, estabelecendo procedimentos para o uso científico de animais; Revoga a Lei No , de 8 de maio de 1979

5 O uso de animais em ensino e pesquisa está amparado por lei Decreto Nº 6.899, de 15 de julho de Dispõe sobre a composição do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal-CONCEA, estabelece as normas para seu funcionamento e de sua Secretaria-Executiva, -Cria o Cadastro das Instituições de Uso Científico de Animais- CIUCA, mediante a regulamentação da Lei nº , de 8 de outubro de 2008, que dispõe sobre procedimentos para o uso científico de animais, e dá outras providências.

6 O uso de animais em ensino e pesquisa está amparado por lei A Lei (Lei No de 08 de outubro de 2008) - estabelece os procedimentos para o uso científico de animais O Decreto (Decreto Nº 6.899, de 15 de julho de 2009) - Regulamenta a Lei - Dispõe sobre a composição do CONCEA e - Cria o Cadastro das Instituições de Uso Científico de Animais-CIUCA A Portaria (Portaria Nº 870, de 19 de outubro 2010) oficializa as resoluções advindas dos órgãos competentes Resoluções Normativas instituem, alteram e revogam dispositivos

7 Portaria Nº 870, de 19 de outubro 2010, resolve: Art.1º O Cadastro das Instituições de Uso Científico de Animais-CIUCA será implementado pela Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação-CGTI do Ministério da Ciência e Tecnologia-MCT e será administrado pela Secretaria-Executiva do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal-CONCEA

8 Art. 2º O CIUCA deverá registrar: I- As instituições que criam ou utilizam animais com finalidade de ensino e pesquisa científica; II- Os protocolos experimentais ou pedagógicos aplicáveis aos procedimentos de ensino e projetos de pesquisa científica realizados ou em andamento no País, assim como os pesquisadores, a partir de informações remetidas pelas CEUAS; e III- As solicitações de credenciamento no CONCEA.

9 Art. 4º Compete à CGTI (Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação) implementar o sistema informatizado do CIUCA, de acordo com as orientações da Secretaria-Executiva do CONCEA e em consonância com as Resoluções Normativas expedidas pelo Conselho.

10 Legislação brasileira - histórico Decreto (1934) - Estabelece medidas de proteção aos animais Lei (6197) - proteção da vida selvagem Lei (1979)- Vivissecção Constituição Federal (1988) Lei Crimes Ambientais (1998)

11 Legislação brasileira - histórico Lei Arouca (2008) Decreto CONCEA (2009) RN 1 e RN 2 CONCEA CEUAs (2010) RN 3 CONCEA Cadastro Instituições que utilizam animais para fins científicos e didáticos (2011) - revogada

12 Resoluções Normativas RN 1 - dispõe sobre a instalação e funcionamento das CEUAs RN 2 - dá nova redação à RN 1 (inciso II do art. 4º; 4º do art.6º), acrescentou arts. 6º-A e 6º B; RN 3 - foi revogada (dificultavam o credenciamento das instituições); RN 4 - dispõe sobre a utilização do formulário unificado para solicitação de autorização para uso de animais em ensino e/ou pesquisa às CEUAs;

13 Resoluções Normativas RN 5 - baixa recomendações às agências de amparo e fomento à pesquisa científica; RN 6 - altera dispositivos da RN 1, cria a função de coordenador técnico de biotério; responsável técnico - deve ser um méd. veterinário RN 7 - dispõe sobre as informações dos projetos submetidos às CEUAs, a serem remetidas por intermédio do Cadastro das Informações de Uso Científico de Animais CIUCA; RN 8 - dispõe sobre a prorrogação do prazo para envio do Relatório Anual de Atividades pelas CEUAs

14 Resoluções Normativas RN 9 - prorroga o prazo para requerimento do credenciamento RN 10 - foi revogada (dificultavam o credenciamento das instituições); RN 11 - dispõe sobre os procedimentos para a abertura de processo administrativo no CONCEA para apuração de infração administrativa (tomar cuidado) RN 12 - trata da Diretriz Brasileira para o Cuidado e a Utilização de Animais para Fins Científicos e Didáticos - DBCA

15 Resoluções Normativas RN 13 - Guia de eutanásia RN 14 suspende as atividades das instituições sem CIAEPE RN 15 - Guia de roedores e lagomorfos RN 16 - altera os critérios e procedimentos para requerimento, emissão, revisão, extenção, suspensão e cancelamento do Credenciamento Institucional para atividades com Animais em Ensino ou Pesquisa CIAEPE; - altera e revoga dispositivos das RNs nº 3, nº 10 e nº14 e dá outras providências; RN 17 - reconhece métodos alternativos ao uso de animais em atividades de pesquisa no Brasil.

16 DBCA 2013 Diretriz Brasileira de Prática Para o Cuidado e Utilização de Animais Para Fins Científicos e Didáticos Esta diretriz apresenta princípios de conduta que permitem garantir o cuidado e o manejo éticos de animais utilizados para fins científicos ou didáticos; Promove o desenvolvimento e uso de técnicas que substituam o uso de animais; Estabelece a adesão aos princípios de substituição (replacement), redução (reduction) e refinamento (refinement); substituição - por métodos validados redução - minimizar o número de animais refinar - métodos e procedimentos a fim de evitar dor ou distresse.

17 DBCA 2013 Diretriz Brasileira de Prática Para o Cuidado e Utilização de Animais Para Fins Científicos e Didáticos Dor O alívio da dor ou do distresse deve prevalecer sobre a finalização de um projeto ou protocolo. Caso isso não seja possível, o animal deve ser submetido à eutanasia imediatamente. Distresse Estado de desconforto no qual o animal não é capaz de se adaptar completamente aos fatores estressores, e manifesta respostas comportamentais ou fisiológicas anormais.

18 DBCA 2013 Diretriz Brasileira de Prática Para o Cuidado e Utilização de Animais Para Fins Científicos e Didáticos Eutanásia Modo de matar o animal, com o mínimo de dor e distresse.

19 DBCA 2013 Diretriz Brasileira de Prática Para o Cuidado e Utilização de Animais Para Fins Científicos e Didáticos Responsabilidades Pesquisadores, professores e usuários de animais para fins científicos ou didáticos são responsáveis pelos aspectos relacionados ao bem-estar dos animais utilizados. Bem-estar animal Estado de equilíbrio físico e mental do animal em seu ambiente. O bem estar é relativo e pode mudar de acordo com o ambiente.

20 Publicações do CONCEA Diretriz Brasileira para o Cuidado e a Utilização de Animais para fins Científicos e Didáticos DBCA; Diretrizes da prática de Eutanásia do CONCEA; Formulário unificado para solicitação de autorização de animais para uso em ensino e/ou pesquisa; Manual operacional do Sistema CIUCA (versão 2.02); Procedimentos para cadastro de projetos no perfil CEUA Sistema CIUCA e Roteiro para elaboração do relatório anual

21 CONCEA Publicados Diretriz Brasileira para o Cuidado e a Utilização de Animais para fins Científicos e Didáticos DBCA Diretrizes da Prática de Eutanásia do CONCEA Estrutura Física e Ambiente de Roedores e Lagomorfos

22 Publicações em elaboração Guia de Produção, Manutenção e Utilização de Animais Caninos e Felinos Procedimentos e estrutura física e ambiente Peixes, Repteis e Anfíbios Procedimentos e estrutura física e ambiente

23 Publicações em elaboração Guia de Produção, Manutenção e Utilização de Animais Ruminantes, Suínos, Aves e Equinos Procedimentos e estrutura física e ambiente Animais Selvagens de Vida Livre Procedimentos e estrutura física

24 Guia Brasileiro de Produção e Utilização de Animais para Atividades de Ensino ou Pesquisa Científica Estão submetidos à consulta pública: Primatas não humanos; Estudos Clínicos conduzidos à campo Contribuições: Mediante preenchimento de dois formulários, anexos Até 15/10/2014

25 O que não é ético perante a legislação Ter conduta contrária a normas estabelecidas por lei A lei prevê multas e punições

26 O que é ético Observar o que a lei estabelece, quando da utilização de animais para fins científicos ou didáticos, e cumpri-la.

27 Cuidado com o bem estar animal em procedimentos de rotina

28 Obrigada! (61)