Pós-Graduação a distância

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Pós-Graduação a distância"

Transcrição

1 Pós-Graduação a distância Direito Penal e Processo Penal Lei das Execuções Penais (lei 7.210/84) Paulo Tonelli

2 Sumário Natureza Jurídica, Objeto, Aplicação e Princípios da Execução Penal Natureza Jurídica...8 Tema: Natureza Jurídica da Execução Penal Objeto...9 I Penas Privativas de Liberdade:...9 II Penas Restritivas de Direitos...9 III Pena de Multa Aplicação Princípios da Execução Penal Princípio da Legalidade Princípio da Igualdade Princípio da Jurisdicionalidade Princípio do Duplo Grau de Jurisdição Princípio do Contraditório Princípio da Humanidade Princípio da Individualização da Pena Princípio da publicidade Sujeitos Passivos da Lei de Execução Penal Preso Provisório Condenado Individualização da Pena Assistência ao Preso, Trabalho, Deveres, Direitos e Disciplina Assistência ao Preso Assistência Material Assistência à saúde Assistência Jurídica Assistência Educacional Assistência Social Assistência Religiosa Assistência ao Egresso Trabalho Deveres Direitos Disciplina Sanções... 16

3 5.2 Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) Recompensas Organização Penitenciária e Estabelecimentos Penais Organização Penitenciária Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária Juízo da Execução Aplicação da lei mais benéfica ao réu Extinção da Punibilidade Soma ou Unificação de Penas Progressão ou Regressão de Regime Detração e Remição Suspensão Condicional da Pena (sursis) Livramento Condicional Saídas Temporárias Outras atribuições Ministério Público Conselho Penitenciário Departamentos Penitenciários Patronato Conselho da Comunidade Defensoria Pública Estabelecimentos Penais Instalações Especiais Penitenciária Colônia Agrícola, Industrial ou similar Casa do Albergado Centro de Observação Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Cadeia Pública Execução das Penas e da Medida de Segurança Execução das Penas Execução da Pena Privativa de Liberdade Regimes Progressão de Regime Regressão de Regime Autorização de Saídas Remição de pena... 28

4 1.1.6 Livramento Condicional Monitoração Eletrônica Execução das Penas Restritivas de Direitos Prestação de Serviços à Comunidade Limitação de fim de semana Interdição temporária de direitos Execução da Pena de Multa MEDIDA DE SEGURANÇA Execução das Medidas de Segurança Cessação da Periculosidade Suspensão Condicional da Execução da Pena e Incidentes de Execução SUSPENSÃO CONDICIONAL DA EXECUÇÃO DA PENA INCIDENTES DE EXECUÇÃO Conversões Conversão da Pena Privativa de Liberdade em Restritiva de Direitos Conversão da Pena Restritiva de Direitos em Privativa de Liberdade Conversão da Pena Privativa de Liberdade em Medida de Segurança Excesso ou Desvio Anistia e Indulto... 34

5 Natureza Jurídica, Objeto, Aplicação e Princípios da Execução Penal 1 Natureza Jurídica O Estado possui a pretensão punitiva após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, ou seja, a aplicação concreta do direito de punir em decorrência de um cometimento de uma infração penal. Nesse momento, o Estado possui o interesse de executar a pena aplicada, a pretensão executória da pena. A execução penal em si não é parte integrante do processo penal aplicado no Brasil, vez que é considerada como um processo autônomo, com seus próprios princípios e regras, bem como jurisdicionalizada através do Juiz da Execução, ainda que o processo penal seja a sua fonte subsidiária em conformidade com o art. 2º, da LEP. Ainda assim, a execução tem natureza mista, pois a atividade do Juiz de Execuções Penais é judicial e administrativa, pois o mesmo aplica, além da pena, a medida de segurança. Além disso, no processo penal, em poucos momentos o Juiz atua de ofício, diferentemente da Execução Penal, através da qual o Juiz poderá sempre fazê-lo por expressa autorização legal. Segundo Guilherme de Souza Nucci, a Execução Penal é uma ciência autônoma, com princípios próprios, embora sem, jamais, desvincular-se do Direito Penal e do Direito Processual Penal. 1 De acordo com o entendimento de Ada Pellegrini Grinover, não se nega que a execução penal é uma atividade complexa, que se desenvolve entrosadamente nos planos jurisdicional e administrativo, e não se desconhece que dessa atividade participam dois Poderes: O Judiciário e o Executivo, por intermédio, respectivamente, dos órgãos jurisdicionais e estabelecimentos penais. 2 As súmulas das Mesas de Processo Penal, atividade ligada ao Departamento de Direito Processual da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, tendo como Presidente o Prof. Dante Busana e Vice Presidentes os Profs. Ada Pellegrini Grinover e Oscar Xavier de Freitas, apresentam o seguinte teor: Tema: Natureza Jurídica da Execução Penal 1. Súmula nº 39: A execução penal é atividade complexa que se desenvolve entrosadamente nos planos jurisdicional e administrativo. 2. Súmula nº 40: Guarda natureza administrativa a expiação da pena. É objeto do processo de execução, guardando natureza jurisdicional e tutela tendente à efetivação da sanção penal, inclusive com as modificações desta, decorrentes da cláusularebus sic stantibus, ínsita na sentença condenatória. 3. Súmula nº 41: Em toda e qualquer execução penal, há pelo menos dois momentos jurisdicionais: seu inicio e seu encerramento. 4. Súmula nº 42: No curso de toda e qualquer execução penal, podem, a qualquer momento, ocorrer fenômenos processuais, sempre que o Juiz for chamado a julgar, exercendo então a função jurisdicional em toda sua plenitude. 5. Súmula nº 43: Esses fenômenos processuais não se restringem aos denominados incidentes de execução (sursis e livramento condicional), mas se estendem a todos os outros, como o excesso ou desvio de execução, as modificações da pena privativa de liberdade, a unificação de penas, a reabilitação, a cessação antecipada das medidas de segurança, a conversão da pena pecuniária em pena privativa de liberdade, a revogação do sursisou do livramento condicional etc. 6. Súmula nº 44: Como em todo processo, entendido como relação jurídico-processual tríplice, o processo de execução penal e processo de partes, que assegura ao sentenciado as garantias do devido processo legal, decorrente diretamente da Constituição, mesmo no silêncio dos Códigos. 1 - NUCCI, Guilherme de Souza. Leis Penais e Processuais Penais. São Paulo: RT. 2009, p Enciclopédia de Direito. São Paulo: Saraiva, vol.35, in- Julio Fabrini Mirabete, Execução Penal, 11ª Ed. São Paulo:Atlas, 2007, p

6 2 Objeto A Execução Penal no Brasil é regulada pela Lei de Execuções Penais, Lei de 11 de julho de 1984, introduzindo uma grande reforma na Parte Geral do nosso atual e obsoleto Código Penal de O objeto da Execução Penal em conformidade com o art. 1º da LEP é efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal, ou seja, aplicar concretamente a sentença condenatória e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado. A Finalidade da pena e da própria LEP é a repressão ao crime, a prevenção para o não cometimento do crime e a própria recuperação do criminoso. A legislação penal brasileira estabeleceu os seguintes tipos de pena: I Penas Privativas de Liberdade: 1. Reclusão: Admite o regime inicial fechado, porém, pode-se iniciar tanto em regime inicial fechado como o regime inicial semiaberto. 2. Detenção: Não admite o regime inicial fechado, iniciando-se assim a pena no regime inicial semiaberto ou aberto. 3. Prisão simples (estabelecida pela Lei das Contravenções Penais Lei 3688/41) não admite regime inicial fechado. II Penas Restritivas de Direitos 1. Prestação pecuniária. 2. Perda de bens e valores 3. Prestação de serviços à comunidade. 4. Interdição temporária de direitos. 5. Limitação de final de semana. III Pena de Multa E finalmente, as Medidas de Segurança são: 1. Internação para tratamento em hospital psiquiátrico e; 2. Tratamento ambulatorial. 3 Aplicação A Lei de Execuções Penais é aplicada tanto para o preso condenado em definitivo como ao preso que é provisório, não havendo distinção se referido preso foi processado pela justiça comum, estadual ou federal, nos crimes eleitorais, comuns ou militares. O preso provisório é aquele que ainda não foi condenado em definitivo por uma sentença penal condenató- ria transitada em julgado e ainda não pode ser considerado culpado, ante a ausência do trânsito em julgado. Portanto, ao preso provisório existe a possibilidade de o mesmo exercer o direito de voto, pois a supressão do seu direito de voto somente se efetua quando o mesmo possuir uma sentença penal condenatória transitada em julgado. A LEP confere direitos aos presos provisórios e aos condenados, todos os direitos quem não foram atingidos pela sentença penal condenatória ou pela lei, além de reconhecer que aos condenados e aos presos provisórios estão garantidos todos os direitos fundamentais estabelecidos pela Carta Magna em seu art. 5º. Outro ponto fundamental da LEP é a proibição de qualquer distinção de natureza social, religiosa, ou política aos detentos, reconhecendo ao preso a livre escolha de sua crença religiosa e política, obedecendo assim a Constituição Federal que pune a qualquer discriminação que viole aos direitos fundamentais. De acordo com o Art. 4 da LEP, o Estado deverá recorrer à cooperação da comunidade na execução da pena e da medida de segurança; podemos dizer que em algumas penitenciárias isso ocorre em convênios estabelecidos entre o Governo do Estado e algumas pastorais carcerárias, igrejas e organizações não governamentais, e no âmbito do Juízo de Execução Penal, pelos Juízes de Execuções Penais, com a apresentação a autoridade judiciária de um relatório mensal sobre a situação prisional, aqui geralmente ventilando-se matérias de extremo interesse para uma boa execução de pena. 3 Ainda assim, Adeildo Nunes nos ensina que a LEP éaplicável a quem é considerado inocente, mas que está preso por força de uma prisão cautelar, mas é também aplicável àquele já considerado criminoso, uma vez transitada em julgado a sentença penal condenatória.4 Finalmente, a LEP tem como destino a própria pessoa do preso, sendo ele provisório ou condenado, estabelecendo regras, deveres e normas para o bom convívio entre os presos provisórios ou condenados. Deste modo o criminoso deve ser tratado com dignidade de acordo com todos os preceitos fundamentais estabelecidos pela nossa Constituição Federal, sendo exigido dele o fiel cumprimento da condenação imposta, oferecendo condições e meios para uma reintegração à sociedade após o cumprimento efetivo de sua pena. 3 - NUNES, Adeildo. Da Execução Penal. Rio de Janeiro:Ed. Forense p Idem. 6

7 4 Princípios da Execução Penal Os princípios da execução penal são essenciais à garantia do condenado, com como à regularidade processual, como afirma Sidio Rosa de Mesquita Júnior 5. Ainda assim, Paulo Lúcio Nogueira enumera os seguintes princípios: da legalidade, da igualdade, da jurisdicionalidade, do duplo grau de jurisdição, do contraditório e da humanização da pena (preferimos nomear como princípio da humanidade) 6 e outros citados por Sidio Rosa de Mesquita, como princípio da individualização da pena e da publicidade Princípio da Legalidade O princípio da legalidade está definido na LEP pelos artigos 2º e 3º, determinando que a jurisdição seja exercida na forma dela própria e do Código de Processo Penal. Como a própria CF estabelece em seu art., 5º, inciso II: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, além do cânone do direito penal em ressonância com a execução penal: não há pena sem lei anterior que a defina e, como bem definido por Alexis Augusto Couto de Brito: não há execução da pena sem lei, garantindo assim que tanto o Juiz como a autoridade administrativa concorrerão para com as finalidades da pena, garantindo direitos e distribuindo deveres em conformidade com a lei ROSA DE MESQUITA JÚNIOR, Sidio. Manual de Execução Penal. São Paulo:Ed. Jurídica Atlas. 2ª ed., p NOGUEIRA, Paulo Lúcio. Comentários à Lei de Execução Penal. São Paulo:Ed. Saraiva, p Ibídem. 8 - COUTO DE BRITO, Alexis Augusto.Execução Penal.São Paulo: Ed. Quartier Latin p Princípio da Igualdade O princípio da igualdade não trata de equiparar como iguais todos os condenados, pois existem diferenças entre os homens e as penas definidas a cada um deles, e essas diferenças são importantes na execução da pena. A igualdade visa a inexistência de discriminação dos condenados por motivos de sexo, raça, origem social, crença religiosa, política, porque todos os condenados possuem os mesmos direitos. 4.3 Princípio da Jurisdicionalidade O princípio da jurisdicionalidade determina que a execução da pena é um processo legal, exigindo que um Juiz de direito conduza o mesmo, que ao nosso entendimento tem o caráter jurisdicional, como está estabelecido pelo Art. 2º,caput da LEP. Antigamente prevalecia o entendimento que a atividade do Juiz da Execução era sempre vinculada a uma atividade administrativa, atualmente predomina o entendimento que a natureza jurídica da execução penal tem o caráter jurisdicional, onde há a intervenção do Juiz na execução da pena, sem excluir todos os atos administrativos que acompanham a atuação do Juiz. 4.4 Princípio do Duplo Grau de Jurisdição Como bem define Mirabete, o princípio do duplo grau de jurisdição apresenta-se como o meio necessário para assegurar-se maior certeza às decisões, o qual está implícito na Constituição Federal, que se refere à competência dos tribunais para julgarem em grau de recurso determinadas causas. 9 Na Lei de Execuções Penais o princípio foi acolhido, onde existe a previsão do recurso de agravo no prazo de cinco dias para confrontar as decisões do Juiz da Execução Princípio do Contraditório O art. 5º, LV da Constituição Federal dispõe que: LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;. Como a execução penal possui caráter jurisdicional, ela recepciona o princípio em questão, pois durante o processo, o condenado possui o direito de defesa e de apresentar todas as provas admitidas em direito e questionar as apresentadas. O condenado na execução de sua pena poderá sofrer processos administrativos para apuração de suas faltas, e poderá apresentar todos os meios de prova que dispuser. 7

8 4.6 Princípio da Humanidade Este princípio está definido expressamente pela Constituição Federal, que assim estabelece em seu art. 5ª, inciso LXVII: não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; A aplicação da pena ao condenado deve ser ponderada e justa para que não haja injustiças e tenha principalmente o caráter de humanidade. A sanção humanizada acarreta a devolução do egresso reintegrado para uma vida em sociedade. 4.7 Princípio da Individualização da Pena O foco principal da aplicação deste princípio é a classificação correta dos condenados de acordo com a sua periculosidade, personalidade e antecedentes, para que receba o tratamento penitenciário adequado, para evitar a união entre presos de maior periculosidade com aqueles que não possuem um grau mínimo de periculosidade. Este princípio possui um grau de elevada importância para os objetivos de reinserção social dos condenados a sociedade e possui natureza constitucional. A Constituição Federal regulou em seu art. 5º, inciso XLVI a individualização de pena: a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; Ainda assim, preocupou-se com a individualização da pena no inciso XLVIII: XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; assistência dos escrivães, do secretário, do oficial de justiça que servir de porteiro, em dia e hora certos, ou previamente designados. Porém, como consta no Art. 5º, LXI da CF: a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. E como afirma Sídio Rosa de Mesquita Júnior, a publicidade do processo de execução não deve ser muito ampla 11, visto que a LEP determina em seu art. 198: É defeso ao integrante dos órgãos da execução penal, e ao servidor, a divulgação de ocorrência que perturbe a segurança e a disciplina dos estabelecimentos, bem como exponha o preso à inconveniente notoriedade, durante o cumprimento da pena. 9 - MIRABETE, Julio Fabrini. Processo Penal. São Paulo: Ed. Atlas, 2ª Ed p Sumula 700 do STF: É de cinco dias o prazo para interposição de Agravo contra Decisão do Juiz da Execução Penal ROSA DE MESQUITA JÚNIOR, Cidio. op. cit. p Princípio da publicidade Todos os atos processuais são públicos. Esse princípio está diretamente vinculado ao direito administrativo, pois todo ato processual deve ser público e transparente. No processo penal, por exemplo, a publicidade do processo faz parte do processo acusatório, como bem reproduz o Código de Processo Penal em seu art. 792,caput: As audiências, sessões e os atos processuais serão, em regra, públicos e se realizarão nas sedes dos juízos e tribunais, com 8

9 Sujeitos Passivos da Lei de Execução Penal 1 Preso Provisório O preso provisório é todo aquele que ainda não possui uma sentença penal condenatória transitada em julgado. Podemos dizer que todo o preso provisório está restringido de sua liberdade temporariamente em virtude de um dos tipos de prisão processual: prisão temporária, em flagrante, preventiva, decorrente de pronúncia e sentença penal condenatória ainda recorrível. A todo preso provisório é aplicado a LEP, garantindo ao mesmo todos os direitos expressos no art. 41 da LEP como: assistência jurídica, material, social, religiosa, à saúde, permissões de saída, etc. 2 Condenado O condenado é todo aquele que possui uma sentença penal condenatória transitada em julgado. Como já citado anteriormente o condenado poderá sofrer uma sanção penal como a pena privativa de liberdade (reclusão, detenção ou prisão simples), pena restritiva de direitos ou multa. 3 Individualização da Pena A individualização é a aplicação da pena de acordo com as circunstancias legais e particulares de cada condenado, assegurando a aquele que cometeu à infração penal a devida retribuição e sua reinserção ao convívio social. A individualização da pena está prevista no art. 5º da LEP: Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da execução penal. Com o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, o Juiz, após a prisão através de uma pena privativa de liberdade, determina a expedição ao Juízo de Execuções Penais o documento chamado de Guia de Recolhimento, prevista no art. 105 e 106 da LEP, que deverá conter obrigatoriamente as seguintes informações: I - o nome do condenado; II - a sua qualificação civil e o número do registro geral no órgão oficial de identificação; III - o inteiro teor da denúncia e da sentença condenatória, bem como certidão do trânsito em julgado; IV - a informação sobre os antecedentes e o grau de instrução; V - a data da terminação da pena; VI - outras peças do processo reputadas indispensáveis ao adequado tratamento penitenciário. A guia de recolhimento também é conhecida como carta de guia e ao ingressar no estabelecimento prisional para início de cumprimento de pena, além de todas as informações e documentos que acompanham tal documento, o condenado é submetido a um exame para se tornar efetiva a individualização da pena, o chamadoexame criminológico, que determina a periculosidade do agente, seus antecedentes e personalidade, orientando-se assim a individualização da execução penal. O Exame Criminológico é realizado pela Comissão Técnica de Classificação existente em cada estabelecimento prisional e será presidida pelo diretor do estabelecimento e composta, no mínimo, por dois chefes de serviço, um psiquiatra, um psicólogo e um assistente social. Ainda assim, a LEP considera obrigatório o exame para os condenados ao regime fechado e facultativoàqueles condenados ao regime semi-aberto, em conformidade com o art. 8º. Não há exigência de exame ao condenado ao regime aberto por ausência de dispositivo legal. Conforme ensinamentos de Álvaro Mayrink da Costa, as avaliações aplicadas abordariam: I Estudo biossomático perquirem-se os antecedentes familiares e pessoais, dados do exame biofisiológico, clínico e morfoantropométrico. II Exame psiquiátrico um exame clínico, entrevista, aplicação de testes e eletrocenfalograma, direcionados à avaliação do temperamento, sensibilidade, regularidade de ritmo, excitabilidade, estabilidade muscular e emocional. III Exame psicológico testes de inteligência, personalidade e orientação profissional IV Investigação social coleta dos dados que indiquem, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. Deve investigar o meio circundante da gênese violenta reconstituindo a história do periciado e de sua família MAYRINK DA COSTA, Álvaro. Exame Criminológico. São Paulo: Ed. Jurídica e Universitária. 1993, p. 150/

10 Assistência ao Preso, Trabalho, Deveres, Direitos e Disciplina 1 Assistência ao Preso O art. 10 da LEP determina que a assistência ao preso é um dever do Estado, prevenindo o crime e orientando o retorno do egresso ao convívio harmônico com a sociedade. A LEP estabeleceu seis medidas de assistência ao preso: material, à saúde, jurídica, educacional, social, religiosa e ao egresso. 1.1 Assistência Material A assistência material versa que o Estado deverá prover alimentação, vestuário e instalações higiênicas ao preso. A alimentação saudável tem um caráter fundamental para o preso, pois além de ser um direito da população carcerária, também é interesse do Estado na preservação da saúde dos presos, além da preservação da disciplina interna nos estabelecimentos prisionais, pois existem muitas rebeliões que ocorrem por insatisfação dos presos no tocante à comida que lhes é oferecida. O vestuário é obrigação do Estado em oferecer e o preso deve cuidar das roupas e manter obrigatoriamente a higiene das mesmas, tal como a higiene da cela e de seus objetos pessoais. Entretanto, o Estado deverá proporcionar ao preso os meios necessários para que o mesmo possa cuidar tanto de sua cela, quanto do seu vestuário. 1.2 Assistência à saúde O preso tem como garantia através do Estado a assistência à saúde como caráter preventivo e curativo, consistindo essa garantia, atendimento médico, farmacêutico e odontológico. O estabelecimento penal deverá contar com uma equipe de profissionais especializados que regulem e zelem por essas garantias estabelecidas pela LEP em seu art. 14. Geralmente, os estabelecimentos penais possuem enfermarias, e salas para atendimento odontológico, pois assim se evitaria maiores gastos ao Estado com a locomoção dos presos para atendimento fora do estabelecimento penal. Outro ponto a considerar é o fato da celeridade, pois o atendimento no próprio estabelecimento penal evita mortes em casos de extrema urgência. Caso o estabelecimento penal não possua como atender ao preso em caso de enfermidade, o mesmo deverá ser encaminhado ao hospital civil mais próximo. Importante salientar que o STJ já decidiu que diante da ineficiência do Estado em prestar a assistência mé- dica adequada, ao condenado será concedida a prisão domiciliar até o seu restabelecimento (HC 28588/RS). Ademais, as Regras Mínimas da ONU para o tratamento do recluso asseguram ao preso o bem estar físico e mental através de atividades recreativas e culturais. 1.3 Assistência Jurídica A assistência jurídica é dirigida a todos os presos que não possuem condições financeiras para constituir advogados. Todas as unidades federativas são obrigadas a prestar assistência jurídica pela Defensoria Pública, dentro e fora dos estabelecimentos penais. A assistência jurídica permite que o condenado exija a adequada execução da pena mediante o pedido de benefícios tais como: livramento condicional, progressão de regime, habeas corpus, revisão criminal, remissão etc. A assistência jurídica também abrange aqueles que não possuem uma sentença penal condenatória transitada em julgado, com a interposição de pedidos como: relaxamento da prisão em flagrante, habeas corpus, liberdade provisória etc. Alexis Augusto Couto de Brito nos ensina que: A assistência judiciária visa à proteção dos direitos do preso e ao patrocínio de seus interesses perante a Justiça. 13 De acordo com o art.16, 3º da LEP, fora dos estabelecimentos penais, serão implementados Núcleos Especializados da Defensoria Pública para a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos réus, sentenciados em liberdade, egressos e seus familiares, sem recursos financeiros para constituir advogado. A aplicação da assistência jurídica ao preso garante a efetivação do princípio do contraditório e da ampla defesa, que sempre devem estar presentes durante a execução da pena, nos planos jurisdicional e administrativo. 1.4 Assistência Educacional A assistência educacional é uma garantia ao preso à instrução escolar e a sua formação profissional. O ensino de primeiro grau possui caráter obrigatório e o ensino profissional será ministrado em nível de iniciação ou de aperfeiçoamento técnico. O condenado que estiver cumprindo pena em regime semiaberto, possui o direito de freqüentar o curso sem vigilância direta, na própria comarca do Juízo das Execuções, mediante uma autorização de saída. O estabelecimento prisional deverá possuir instalações adequadas para o ensino, contando com material didático e professor habilitado. Ainda assim poderá possuir material moderno como projetores, computadores, televisores e bi- 10

11 blioteca, aplicando-se a mesma metodologia do ensino publico educacional. O direito ao ensino visa diminuir o numero de analfabetos no Brasil e em conformidade com o Art. 20 da LEP, a administração penitenciaria poderá celebrar convênios com entidades públicas ou privadas para que executem esta atividade dentro dos próprios presídios. O acesso à educação aos presos tem extrema relevância não somente com a melhora das suas capacidades intelectuais, mas também com o intuito do Estado na reintegração do preso a sociedade. Por tal motivo, existe apelo e preocupação para que o preso freqüente estes cursos de formação primária ou técnica, para que gradativamente haja uma reinserção no contexto social, familiar e profissional COUTO DE BRITO, Alexis Augusto. op. cit. p Assistência Social A função principal da assistência social é o amparo ao preso e ao internado, preparando-os para o retorno à liberdade. O art. 23 da LEP define a as incumbências da assistência social, como: I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames; II - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as dificuldades enfrentadas pelo assistido; III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias; IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação; V - promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do liberando, de modo a facilitar o seu retorno à liberdade; VI - providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e do seguro por acidente no trabalho; VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da vítima. Conforme ensinamentos de Armida Beramini Miotto, a aplicação do serviço social no campo penitenciário tem fins: paliativo (aliviando os sofrimentos advindo do status de condenado); curativo (propiciar condições para que o preso viva em equilíbrio, e quando recuperar sua liberdade, não volte a delinqüir); preventivo (esclarecendo os obstáculos para a reinserção dos egressos no meio social); construtivo (melhorando as qualidades de vida dentro e fora da prisão). Todas as formas de serviço são plenamente aplicáveis ao preso, às vítimas e as suas famílias Assistência Religiosa No âmbito da ressocialização do preso, a assistência religiosa possui um papel fundamental. O art. 24 da LEP prevê a liberdade de culto aos presos e internados, permitindo-lhes a participação nos cultos e posse de livros religiosos. Assegura também que os estabelecimentos penais possuam locais apropriados para o culto religioso e não obriga ao preso que não possui culto ou religião a participar da atividade religiosa. A função religiosa tem o caráter de reintegração social do preso, fazendo com que o ambiente dentro do estabelecimento penal seja mais pacífico. 1.7 Assistência ao Egresso Egresso é aquele que foi recentemente liberado definitivamente de um estabelecimento prisional, pelo prazo de um ano, a contar da data de saída do estabelecimento, e ao liberado condicionalmente, durante o período de prova. De acordo com o art. 25 da LEP, a assistência ao egresso consiste na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade e na concessão, caso necessário de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo máximo de dois meses, podendo ser prorrogável por igual período por declaração do assistente social, caso haja empenho do egresso na obtenção de emprego. O serviço de assistência social deverá orientar ao egresso e acompanhar sua família e ambiente de trabalho, aconselhando-o e apoiando-o MIOTTO, Arminda Bergamini. Curso de Direito Penitenciário, São Paulo: Ed. Saraiva p.416/ Trabalho O capítulo III do título II da LEP é totalmente destinado ao trabalho do preso. A LEP estabelece o trabalho do preso como obrigatório e não tem o caráter punitivo ou de agravar a pena, mas de respeitar a dignidade humana daquele que possui capacidade para exercê-lo. 15 Conforme a LEP o trabalho do preso não está sujeito à CLT. Mesmo sendo um dever, no entendimento de Alexis Augusto Couto de Brito, o preso pode recusar-se a trabalhar, porém a recusa poderá ser prejudicial no momento de solicitação de algum benefício 16. O trabalho não é uma assistência, entretanto a LEP considera o trabalho um dos meios de combater a ociosidade, como um mal a ser evitado. O trabalho do preso será sempre remunerado e não pode ser inferior a três quartos do salário mínimo e o produto do labor deverá atender aos danos causados pelo crime (desde que determinados judicialmente e não reparados por outros 11

12 meios), à assistência a família, custeio de despesas pessoais e ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado. A parte restante será depositada para a constituição do pecúlio, em caderneta de poupança, que será entregue ao condenado quando posto em liberdade. 17 O trabalho é facultativo ao preso provisório, e caso este opte por trabalhar, obrigatoriamente o trabalho deverá ser interno e o preso provisório poderá beneficiar-se da remição, caso seja condenado. Os idosos, doentes, deficientes físicos, a gestante e a parturiente estão dispensados do trabalho. O recluso trabalhador terá direito de pelo menos um dia de descanso semanal e também deverá dispor de tempo suficiente para freqüentar cursos de qualificação profissional e atividades com vistas a sua reeducação e reintegração ao meio social. A jornada de trabalho deverá ser de no mínimo seis horas e no máximo oito horas diárias, com descanso garantido aos domingos e feriados. No que diz respeito ao trabalho externo, excepcionalmente será permitido ao preso em regime fechado, o labor em obras e serviços públicos realizados pela administração pública direta e indireta. Além disso, a LEP permite a possibilidade do trabalho externo em empresas privadas, desde que tomadas as devidas cautelas contra fuga (Art. 36, 2ª parte da LEP). A autorização para o trabalho externo cabe ao diretor do estabelecimento penal e devem ser observadas e respeitadas, com relação ao preso, suas aptidões, sua idade, sua habilitação, condição pessoal, sua capacidade e necessidades futuras. Outro fator determinante para a autorização para o trabalho externo é que o preso deverá haver cumprido no mínimo 1/6 da pena imposta. Somente após esse período que lhe é autorizado o trabalho externo. Interessante frisar que esse período de 1/6 da pena é o mesmo período de progressão do regime fechado para o regime semi-aberto. Ao adquirir a progressão, não há a necessidade de cumprir novamente mais 1/6 da pena, podendo imediatamente ser autorizado ao trabalho externo. Nesse sentido o STJ editou a Súmula 40: Para obtenção dos benefícios de saída temporária e trabalho externo, considera-se o tempo de cumprimento da pena no regime fechado.caso o preso venha a cometer alguma falta grave ou fato definido como crime, ou até mesmo demonstrar indisciplina, irresponsável ou inapto ao trabalho, a autorização para o trabalho externo poderá ser imediatamente revogada. 3 Deveres A LEP prevê que o primeiro dever do condenado é cumprir a pena que lhe foi imposta e submeter-se a todas as normas de execução da pena. O art. 39 da LEP enumera todos os deveres do preso, a saber: I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença; II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se; III - urbanidade e respeito no trato com os demais condenados; IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina; V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas; VI - submissão à sanção disciplinar imposta; VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores; VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho; IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento; X - conservação dos objetos de uso pessoal. 4 Direitos O Art. 5º da Constituição Federal em seus incisos III e XLIX estabelecem que: ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante e é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral. Assim como a CF, a LEP determinou em seu art. 41 os direitos dos presos: I - alimentação suficiente e vestuário; II - atribuição de trabalho e sua remuneração; III - Previdência Social; IV - constituição de pecúlio; V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação; VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena; VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa; VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado; X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados; XI - chamamento nominal; 12

13 XII - igualdade de tratamento, salvo quanto às exigências da individualização da pena; XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento; XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito; XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes. XVI atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da autoridade judiciária competente. Importante destacar que alguns dos direitos enumerados, foram abordados no tópico assistência, tendo-se em vista a importância dos mesmos. Mediante decisão motivada do diretor do estabelecimento prisional, os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos e, no que forem compatíveis, todas as observações já descritas poderão ser aplicadas ao preso provisório ou aquele submetido à medida de segurança. Destacamos também que o preso poderá contratar médico de sua confiança, através de seus familiares e dependentes, a fim de orientar e acompanhar o tratamento. 5 Disciplina O preso, submetido à prisão provisória ou condenado em definitivo, deverá ser cientificado das normas definidas no estabelecimento prisional, não devendo alegar ignorância das mesmas. A manutenção da disciplina será mantida pelo comando direto da autoridade administrativa, a quem fiscaliza e sanciona a todos aqueles que estejam sob seus cuidados, como o preso provisório, aquele que está condenado a pena restritiva de direitos e ao condenado a pena privativa de liberdade. A colaboração com a ordem do estabelecimento prisional está relacionada à observância do rol dos deveres do preso (art. 39 da LEP). São vedadas todas as sanções que coloquem em perigo a integridade física e moral do preso, citamos como exemplo a utilização de celas escuras e sanções coletivas. As infrações médias e leves serão apuradas e sancionadas no âmbito administrativo, anotadas no prontuário do preso infrator e sem a necessidade da comunicação ao Juiz de Execuções, a não ser que sejam solicitadas. Exemplos de faltas leves (estabelecimento padrão no Regimento dos Estabelecimentos Prisionais do Estado de São Paulo): transitar indevidamente pela unidade prisional; adentrar cela alheia sem autorização; estar indevidamente trajado; improvisar varais e cortinas na cela ou alojamento, comprometendo a vigilância, entre outros. Exemplos de faltas médias: faltar com os deveres de urbanidade perante os agentes penitenciários e sentenciados; simular doença para eximir-se de dever legal ou regulamentar; induzir ou instigar alguém a praticar falta disciplinar grave, praticar autolesão como auto de rebeldia etc. Caso a infração seja de natureza grave, o Juiz de Execução Penal deverá ser comunicado pelo responsável da administração do estabelecimento prisional. As conseqüências da falta grave são:regressão de regime (art. 118 da LEP), perda de benefícios com a saída temporária (Art. 125 da LEP), perda da remissão (art. 127 da LEP) ou a conversão da pena restritiva de direitos em privativa de liberdade (Art. 181 da LEP). O art. 50 da LEP estabelece como falta grave as seguintes condutas: I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; II - fugir; III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; IV - provocar acidente de trabalho; V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas; VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. VII tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo. Ainda assim, constitui falta grave àquele condenado a pena privativa de liberdade que descumpriu, injustificadamente, a restrição imposta; retarda, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta e inobserva os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, da LEP (obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se e execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas). Finalmente, a prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave (Art. 52, caput, primeira parte, da LEP). 5.1 Sanções O art. 53 da LEP determina as seguintes sanções disciplinares: I Advertência verbal: no direito administrativo, figura como admoestação verbal, geralmente reservada a infrações leves ou praticadas na forma culposa; II Repreensão: costumeiramente aplicada por escrito, destina-se à reiteração de faltas leves ou à prática de falta média; 13

14 III Suspensão ou restrição de direitos: limita-se às hipóteses permitidas por lei, no art. 41, parágrafo único da LEP: inciso V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação; inciso X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados; e inciso XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes. O prazo não poderá ser superior a 30 dias. (art. 58) IV Isolamento: refere-se à separação do preso dos demais, em cela individual nos casos de regime fechado, em cela isolada dos demais presos, ou cela preparada para tanto. Tal isolamento não poderá exceder o prazo de 30 dias e deverá ser comunicado ao Juiz de Execuções. Excepcionalmente, a autoridade administrativa poderá preventivamente decretar o isolamento pelo período máximo de 10 dias que obrigatoriamente será computado no prazo total do isolamento. V Regime Disciplinar Diferenciado (RDD): deverá ser imposto por decisão judicial fundamentada. Veremos a seguir. 15 dias, definindo a transferência para o RDD ou não; e da decisão proferida cabe recurso de Agravo (art. 197 da LEP). A adoção do RDD possuirá as seguintes características: 1-) duração máxima de 360 dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave da mesma espécie, até o limite de 1/6 da pena aplicada; 2-) recolhimento em cela individual; 3-) visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de 2 horas; e 4-) direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol. Ainda assim, a legislação prevê a possibilidade dadeterminação preventiva da medida, no interesse da disciplina e da averiguação do fato, que dependerá do Juiz competente (art. 60 da LEP). Segundo Alexis Couto de Brito, na ausência de disposição legal quanto ao prazo preventivo do regime, o mesmo entende que não poderá exceder a 10 dias, em interpretação analógica ao próprio artigo 60 que estipula aquele prazo para o isolamento preventivo Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) O Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) foi criado a partir da Resolução 26/2001 da Secretária da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, para combater o grande crescimento da criminalidade organizada no Estado, previu a possibilidade de isolamento do preso em até trezentos e sessenta dias, desde que aplicados a membros de facções criminosas e presos com comportamentos incompatíveis. A resolução transformou-se na Lei /2009 que incluiu na LEP o RDD, condicionando-o a seguintes situações: 1-) prática de fato previsto como crime doloso que ocasione subversão da ordem ou disciplina interna (art. 52); 2-) presos que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade (art. 52, 1º); 3-) presos sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimentos ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilhas ou bando (art. 52, 2º)18. O RDD poderá ser aplicado ao preso provisório, ao condenado, nacional ou estrangeiro, bastando qualquer uma das condições já mencionadas. A autoridade administrativa deverá elaborar um requerimento circunstanciado para o Juiz de Execuções, alegando os motivos para a inclusão do preso em tal regime. A decisão judicial deverá ser precedida de manifestação do Ministério Público e da Defesa do preso. O Juiz prolatará a decisão em 18 - COUTO DE BRITO, Alexis Augusto. op. cit. p.166/ COUTO DE BRITO, Alexis Augusto. op. cit. p Recompensas Assim como o mau comportamento carcerário acarreta sanções aos presos, a LEP também definiu recompensas aos presos que reconhecidamente possuam um bom comportamento carcerário, colaboração com a disciplina, dedicação ao trabalho etc. As formas de recompensa estabelecidas pela LEP são: Elogio: é a anotação no prontuário do preso, que demonstra uma menção favorável, uma adequação ao regime prisional e um comportamento carcerário exemplar. A grande finalidade da anotação do elogio no prontuário do preso é o incentivo a outros presos sobre a boa conduta. A existência de elogios no prontuário poderá ser utilizada a favor do preso na concessão de saídas temporárias (art. 122 da LEP), livramento condicional (Art. 131 da LEP), de conversão (art. 180 da LEP) e de indulto individual (art. 188 da LEP). Regalias: no que diz respeito à concessão de regalias, a LEP foi omissa em dizer quais seriam as regalias que podem 14

15 ser concedidas aos presos, remetendo a questão à legislação local e aos regulamentos carcerários. As regalias não podem contrariar os objetivos da LEP, tampouco se revestirem de aspectos discriminatórios e podem ser aplicadas ao preso que se encontre no regime semi-aberto, podendo ser suspensas ou restringidas, mediante decisão motivada da autoridade que concedeu. Renato Marcão nos enumera algumas regalias: receber bens de consumo, patrimoniais, de qualidade, quantidade e embalagem permitida pela administração, trazidos por visitantes; visitas conjugais ou íntimas; assistir a sessões de cinema, teatro, shows e outras atividades socioculturais, fora do horário normal, em épocas especiais; participar de atividades coletivas, além da escola e do trabalho, em horário mais flexível; participar de exposições de trabalho, pintura e outros que digam respeito às suas atividades; concorrer em festivais e outros eventos; praticar esportes em áreas específicas; visitas extraordinárias, devidamente autorizadas MARCÃO, Renato. Curso de Execução Penal. São Paulo: Ed. Saraiva p.51. Organização Penitenciária e Estabelecimentos Penais 1 Organização Penitenciária Fazem parte dos órgãos da Execução penal: o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciaria, o Juízo da Execução, o Ministério Público, o Conselho Penitenciário, os Departamentos Penitenciários, o Patronato, o Conselho da Comunidade e a Defensoria Pública. 1.1 Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária é um órgão subordinado ao Ministério da Justiça, com sede em Brasília e possui 13 membros que são nomeados exclusivamente por ato do Ministério da Justiça, designados entre professores, profissionais da área do direito Penal, Processual Penal, Penitenciário, Criminológico e ciências correlatas, bem como representantes da comunidade e dos Ministérios da Área Social, com mandato efetivo de dois anos, e será renovado a cada ano em um terço dos seus membros. O Art. 64 da LEP enumera as funções do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária: I - propor diretrizes da política criminal quanto à prevenção do delito, administração da Justiça Criminal e execução das penas e das medidas de segurança; II - contribuir na elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo as metas e prioridades da política criminal e penitenciária; III - promover a avaliação periódica do sistema criminal para a sua adequação às necessidades do País; IV - estimular e promover a pesquisa criminológica; V - elaborar programa nacional penitenciário de formação e aperfeiçoamento do servidor; VI - estabelecer regras sobre a arquitetura e construção de estabelecimentos penais e casas de albergados; VII - estabelecer os critérios para a elaboração da estatística criminal; VIII - inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais, bem assim informar-se, mediante relatórios do Conselho Penitenciário, requisições, visitas ou outros meios, acerca do desenvolvimento da execução penal nos Estados, Territórios e Distrito Federal, propondo às autoridades dela incumbida as medidas necessárias ao seu aprimoramento; IX - representar ao Juiz da execução ou à autoridade administrativa para instauração de sindicância ou procedimento 15

16 administrativo, em caso de violação das normas referentes à execução penal; X - representar à autoridade competente para a interdição, no todo ou em parte, de estabelecimento penal. 1.2 Juízo da Execução Com a aprovação da Lei de Execução Penal, a execução da pena e a medida de segurança passou a ser jurisdicionalizada, onde é atribuído ao Juiz da Execução o objetivo de exercer o controle jurisdicional de todos os atos administrativos praticados pelos diversos órgãos públicos e seus agentes.o Juiz da Execução decide, no âmbito do processo legal, a progressão de regime, livramento condicional, remissão de pena, indulto, extinção da execução, estando assim praticando uma atividade jurisdicional; ao compor e instalar um Conselho de Comunidade ou emitir atestado de cumprimento de pena, essa atuação será na esfera administrativa, por esses motivos, resulta-se que o Juiz de Execução Penal exerce uma atividade jurisdicional e administrativa. A competência do Juiz de Execução Penal inicia-se com a prolação da sentença penal condenatória. Com a prisão do condenado, a competência transfere-se ao Juiz da Execução. No caso de Suspensão Condicional da Pena, a competência passará ao Juiz da Execução somente após a audiência admonitória, realizada pelo Juiz a quo. Submetido à prisão o Juiz competente será aquele da comarca onde o condenado cumpre a sua pena. No período de prova do sursis, a execução caberá ao Juiz da Execução da comarca onde reside o condenado, o que também é válido para os condenados a penas restritivas de direito ou à prisão domiciliar Aplicação da lei mais benéfica ao réu O art. 66, em seu inciso I, determina que a primeira atividade jurisdicional do Juiz da Execução é a de aplicar a casos julgados lei posterior que de qualquer forma favorecer o condenado. Está em plena conformidade com o preceito constitucional que lei não reatrogirá, salvo para beneficiar ao réu. Neste sentido o STF já decidiu que a competência ao juízo das Extinção da Punibilidade O Juiz da Execução deverá declarar a extinção da punibilidade nos casos em que a sentença condenatória já houver transitado em julgado. 22 Refere-se aos casos em que, após ser definitivamente condenado, surgir circunstância que torne a punibilidade do réu extinta. A extinção da punibilidade 23 deve ser declarada ex officiopelo Juiz da Execução. O Juiz deverá a qualquer momento processual declarar a extinção processual e, caso não o faça, o interessado poderá requerer, peticionando ao Juiz da Execução o seu reconhecimento. O procedimento adotado será o determinado pelos artigos 194 a 197 da LEP. Da decisão que declarar ou negar extinta a punibilidade, caberá Agravo em Execução Soma ou Unificação de Penas Também compete ao Juiz das Execuções a soma e unificação de penas e, na existência de diversas condenações, o Juiz poderá somar as penas ou precisará unificá-las, no caso de concurso de crimes ou quando estas superem 30 anos de prisão. Mesmo em condenações provenientes de outros Estados da Federação, a competência será do Juiz da Execução onde estiver cumprindo pena o condenado e as guias de recolhimento deverão ser enviadas para ser efetuada a soma das penas. O Juiz da Execução receberá as guias de recolhimento e registrará cada uma delas por ordem cronológica da condenação. O pedido de unificação das penas deve ser dirigido, originalmente, ao Juízo das Execuções Criminais e poderá ser solicitada pela defesa. Caso haja o indeferimento, caberá Agravo em Execução, com fundamento no artigo 66, III, alínea a da LEP. execuções sobre a aplicação de lei mais benigna Súmula 611 do STF: Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna 22 - Art. 66, I da LEP Art. 107 do Código Penal Art. 197 da LEP. 16

17 1.2.4 Progressão ou Regressão de Regime O sistema adotado no Brasil é o de progressão do regime mais severo ao menos gravoso, sistema adotado igualmente em países como Itália, França, Alemanha e Espanha, modelo próprio de países que não admitem a pena de morte e sim a reinserção social do condenado. O Código Penal Brasileiro adotou três regimes prisionais: fechado, semiaberto e o aberto. A progressão de regime é gradual, não admitindo salto do regime fechado ao aberto e sim do fechado para o semiaberto. Para beneficiar-se da progressão de regime, basta que o condenado tenha cumprido mais de 1/6 da pena imposta, e que o diretor do estabelecimento prisional firme um atestado de bom comportamento carcerário. Porém, em relação aos crimes hediondos, a partir da edição da Lei /2009, exige-se 2/5 para os condenados não reincidentes e 3/5 para aqueles reincidentes. Todo pedido de progressão de regime deverá ser analisado pelo Juiz da Execução, do fechado para o semiaberto e do semiaberto para o aberto e será imprescindível a oitiva do membro do Ministério Público que fiscaliza o pedido em questão. Caso o pedido de progressão de regime seja indeferido, caberá recurso de Agravo em Execução. 25 Enquanto a progressão de regime beneficia o preso, a regressão prejudica. Ocorre a regressão de regime prisional quando o condenado que progrediu de regime, comete falta grave ou comete novo crime. Comprovada tal conduta (falta grave ou novo crime) e ouvido o Ministério Público e a defesa, cabe ao Juiz da Execução decidir sobre a regressão do regime aberto ao semiaberto ou do semiaberto ao fechado. Ocorrendo falta grave, o condenado perderá todo o tempo anteriormente remido. 26 A regressão exige o contraditório, a ampla defesa e a oitiva do condenado, torna necessário que o réu tenha sido beneficiado com a progressão anterior a falta grave cometida Art. 66, III, alínea b da LEP Art. 127 da LEP Detração e Remição A detração é o desconto do tempo de prisão provisória (prisão em flagrante, condenatória recorrível, temporária, pronúncia e preventiva) no tempo de cumprimento da pena definitiva. O art. 42 do Código Penal preconiza a respeito: Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior. O final do artigo anterior refere-se aos Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico. A remição é a redução da pena cumprida em regime fechado ou semiaberto através do trabalho, na proporção de 1 dia de pena por 3 dias trabalhados. Cabe ao Juiz da Execução aplicar o desconto, tanto nos casos de detração, como conceder a remição, após o cômputo dos dias trabalhados. Caso haja indeferimento da remição ou da detração, caberá recurso de Agravo em Execução Suspensão Condicional da Pena (sursis) A suspensão condicional da pena, conhecida como sursis é a suspensão parcial da execução de certas penas privativas de liberdade, mediante certas condições e durante um período de tempo. Presentes os requisitos legais, a obtenção do sursis é direito subjetivo do condenado. O Juiz deverá, obrigatoriamente, manifestar-se sobre a concessão ou não do beneficio. Na LEP, é passível de Agravo em Execução, a revogação do sursis durante a execução da pena nas hipóteses do artigo 81 do Código Penal (condenação irrecorrível, não repara o dano ou não presta serviços a comunidade no primeiro ano) 27 ; na aplicação pelo Juiz da Execução, das condições do benefício que for concedido pelo Tribunal, em grau de recurso, se assim for determinado pelo Acórdão (art. 159, 2º da LEP) e na modificação das regras e condições do sursis (art. 158, 2º da LEP) Livramento Condicional O livramento condicional é a última etapa do sistema penitenciário progressivo. Mediante o cumprimento de diversas condições, o condenado terá a oportunidade de cumprir o restante de sua pena em liberdade. É de competência do Juízo da Execução e também entendido como um direito subjetivo do condenado, que ao atender aos requisitos estabelecidos pelo Código Penal, deverá ser libertado antes do prazo final da sentença penal condenatória. 17

18 O pedido de livramento condicional será dirigido ao Juiz da Execução e o seu indeferimento caberá Agravo em Execução, fundamentado através do art. 66, III, alínea e da LEP Saídas Temporárias A saída temporária poderá ser a permissão de saída, devidamente autorizada pelo diretor do estabelecimento, porém sempre acompanhada de escolta (Art. 120 da LEP) ou, a concessão ao condenado que cumpra sua pena no regime semiaberto, atendidos os requisitos da LEP (Art. 122 e ss. da LEP). Deverá ser concedida pelo Juiz da Execução, após a devida manifestação pelo Ministério Público e Administração Penitenciária. Caso haja deferimento ou indeferimento do pedido, o recurso cabível é o Agravo em Execução, interposto diretamente ao Juiz da Execução, fundamentada através do art. 66, IV da LEP Outras atribuições Ainda compete, ao Juízo da Execução, instruir e decidir os diversos incidentes de execução que se apresentam durante a execução da pena e da medida de segurança. Ainda assim, o Juiz acolhe ou indefere pedido de indulto, comutação de pena, substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, a conversão da pena restritiva de direitos e de multa em privativa de liberdade, aplicar ou revogar medida de segurança, inspecionar mensalmente os estabelecimentos penais da sua jurisdição, interditar, no todo ou em parte, estabelecimento penal que estiver funcionando em condições inadequadas ou com infringência aos dispositivos da LEP, compor e instalar conselhos da comunidade, emitir atestado anual sobre a situação do detento e remoção de condenados Art A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário: I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso; II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo justificado, a reparação do dano; III - descumpre a condição do 1º do art. 78 deste Código. Revogação facultativa 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado por crime culposo ou por contravenção, à pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos. 1.3 Ministério Público Em conformidade com a Constituição Federal em seu art. 127, o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Esse órgão será responsável por toda fiscalização da execução da pena e da medida de segurança, oficiando no processo executivo e nos incidentes da execução (art. 67 da LEP). O Art. 67 da LEP garante a manifestação do parquet em todas as fases da execução. Ainda que não exista previsão expressa da manifestação dos órgãos nos pedidos apresentados ou nas concessões ou revogações de benefícios aos condenados, é imprescindível a abertura de vistas ao Promotor de Justiça. A única hipótese de ausência da manifestação do Ministério Público é a declaração pelo Juiz da Execução referente à extinção da pena pelo seu cumprimento integral. Neste caso, como afirma Alexis Augusto Couto de Brito, não cabe ao Juiz qualquer decisão de mérito, tornando-se desnecessária a participação do Promotor de Justiça, já que o ato judicial será meramente declaratório28. Como rol meramente exemplificativo, pois o Ministério Público atua em toda a fase executória, o artigo 68 da LEP dispõe das atividades a serem exercidas pelo Ministério Público: I - fiscalizar a regularidade formal das guias de recolhimento e de internamento; II - requerer: a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento do processo executivo; b) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de execução; c) a aplicação de medida de segurança, bem como a substituição da pena por medida de segurança; d) a revogação da medida de segurança; e) a conversão de penas, a progressão ou regressão nos regimes e a revogação da suspensão condicional da pena e do livramento condicional; f) a internação, a desinternação e o restabelecimento da situação anterior. III - interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade judiciária, durante a execução. Necessário frisar que além das atribuições já descritas, o Ministério Público tem o dever também de visitar os estabelecimentos penais. O promotor deverá comparecer ao menos uma vez ao mês nos estabelecimentos penais de sua comar- 18

19 ca. Este mandamento é definido pela Lei Orgânica do Ministério Público (Lei 8.625/93) COUTO DE BRITO, Alexis Augusto. op. cit. p Conselho Penitenciário Definido nos arts. 69 e 70 da LEP, O Conselho Penitenciário é órgão consultivo e fiscalizador da execução da pena, e será integrado por membros nomeados pelo Governador do Estado, do Distrito Federal e dos Territórios, dentre profissionais da área do direito penal, processual penal, penitenciário e ciências correlatas, bem como representantes da comunidade. O mandato de seus membros será pelo período de quatro anos. Sua incumbência será de emitir parecer sobre indulto e comutação de pena, excetuada a hipótese de pedido de indulto com base no estado de saúde do preso; inspecionar estabelecimentos e serviços penais; apresentar, no primeiro trimestre de cada ano, ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária relatório dos trabalhos efetuados no exercício anterior e supervisionar os patronatos, bem como a assistência aos egressos. Embora não seja um órgão composto por servidores públicos, tem natureza administrativa, que recebe atribuições de consultoria (art. 70, I da LEP) e fiscalização (art. 70, II e IV da LEP), no âmbito do poder de tutela da Administração Pública. 1.5 Departamentos Penitenciários Os arts. 71 e 72 da LEP prevêem duas esferas de funcionamento dos Departamentos Penitenciários: o Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) e o Departamento Penitenciário Local. O DEPEN, subordinado ao Ministério da Justiça, é órgão executivo da Política Penitenciária Nacional e de apoio administrativo e financeiro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. São atribuições do DEPEN: I - acompanhar a fiel aplicação das normas de execução penal em todo o Território Nacional; II - inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e serviços penais; III - assistir tecnicamente as Unidades Federativas na implementação dos princípios e regras estabelecidos nesta Lei; IV - colaborar com as Unidades Federativas mediante convênios, na implantação de estabelecimentos e serviços penais; V - colaborar com as Unidades Federativas para a realização de cursos de formação de pessoal penitenciário e de ensino profissionalizante do condenado e do internado. VI estabelecer, mediante convênios com as unidades federativas, o cadastro nacional das vagas existentes em estabelecimentos locais destinadas ao cumprimento de penas privativas de liberdade aplicadas pela justiça de outra unidade federativa, em especial para presos sujeitos a regime disciplinar. Incumbem também ao Departamento a coordenação e supervisão dos estabelecimentos penais e de internamento federais. Os Departamentos Penitenciários Locais, conforme disposição do art. 73 da LEP, serão criados por Lei Estadual, e terão como atribuição supervisionar e coordenar os estabelecimentos penais da Unidade da Federação a que pertencer (Art. 74 da LEP). A sua estrutura será semelhante ao Departamento Penitenciário Federal, mas terá a função de orientar e fiscalizar as unidades subordinadas à unidade da federação a que pertencer, para que mantenham a integração com órgão federal e executem as regras gerais penitenciárias em conformidade com a política criminal da União. 1.6 Patronato A finalidade do Patronato público ou particular é prestar assistência aos albergados e aos egressos, assistindo ao ex- -recluso que deixa o cárcere. Possui a orientação e apoio para reintegrá-los à vida em liberdade; na concessão, se necessário, de alojamento por dois meses, que poderá ser prorrogado por uma única vez, comprovado, por declaração do assistente social, o empenho na obtenção de emprego; orientar os condenados à pena privativa de direitos; fiscalizar o cumprimento das penas de prestação de serviços à comunidade e de limitação de fim de semana; colaborar na fiscalização do cumprimento das condições da suspensão e do livramento condicional (art. 79 da LEP). 1.7 Conselho da Comunidade O Conselho da Comunidade é um órgão auxiliar do Poder Judiciário, formado por iniciativa do Juiz da Execução, e composto no mínimo por representante de associação comercial ou industrial, um advogado indicado pela Seção da Ordem dos Advogados do Brasil, um Defensor Público indicado pelo Defensor Público Geral (Lei /2010) e um assistente social escolhido pela Delegacia Seccional do Conselho Nacional de Assistentes Sociais (Art. 80 da LEP). Na ausência de representação prevista neste artigo, ficará a critério do Juiz da Execução a escolha dos integrantes do Conselho. Dentre suas tarefas, incumbe ao Conselho da Comunidade: visitar, pelo menos mensalmente, os estabelecimentos penais existentes na comarca; entrevistar presos; apresentar 19

20 relatórios mensais ao Juiz da Execução e ao Conselho Penitenciário e diligenciar a obtenção de recursos materiais e humanos para melhor assistência ao preso ou internado, em harmonia com a direção do estabelecimento. (Art. 81 da LEP). Rotary, Lions, clubes de serviços em geral, lojas maçônicas, igrejas católicas (pastoral do preso), evangélica etc., federações espíritas, associações comerciais de pais, de moradores, de bairros, APAC (Associação de Proteção e Assistência Carcerária) são exemplos de forças comunitárias que devem ser canalizadas para a melhoria da execução das penas, pela via do Conselho da Comunidade MARCÃO, Renato. op. cit. p Defensoria Pública A Lei de 19 de agosto de 2010 incluiu no rol da Organização Penitenciária, a Defensoria Pública para prever assistência jurídica aos presos dentro dos estabelecimentos prisionais. De acordo com o art.81-a da LEP, A Defensoria Pública velará pela regular execução da pena e da medida de segurança, oficiando, no processo executivo e nos incidentes da execução, para a defesa dos necessitados em todos os graus e instâncias, de forma individual e coletiva. Referida Lei /2010, trouxe a LEP uma garantia maior de amparo ao preso carente, que não possui condições financeiras de constituir um advogado, atribuindo competências para a Defensoria Pública, tais como: providências necessárias ao desenvolvimento do processo executivo; a aplicação aos casos julgados de lei posterior que de qualquer modo favorecer o condenado; a declaração de extinção da punibilidade; a unificação de penas; a detração e remição da pena; a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de execução; a aplicação de medida de segurança e sua revogação, bem como a substituição da pena por medida de segurança; a conversão de penas, a progressão nos regimes, a suspensão condicional da pena, o livramento condicional, a comutação de pena e o indulto; a autorização de saídas temporárias; a internação, a desinternação e o restabelecimento da situação anterior; o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra comarca; a remoção do condenado na hipótese de segurança pública ou do próprio condenado; requerer a emissão anual do atestado de pena a cumprir e interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade judiciária ou administrativa durante a execução; Interessante salientar que a Defensoria Pública também poderá efetuar o papel fiscalizador como: representar ao Juiz da Execução ou à autoridade administrativa para instauração de sindicância ou procedimento administrativo em caso de violação das normas referentes à execução penal; visitar os estabelecimentos penais, tomando providências para o adequado funcionamento, requerer, quando for o caso, a apuração de responsabilidade e, requerer à autoridade competente a interdição, no todo ou em parte, de estabelecimento penal. Em atuação similar ao Ministério Público, a Lei /2010 acrescentou na LEP, a determinação que o órgão da Defensoria Pública visitará periodicamente os estabelecimentos penais, registrando a sua presença em livro próprio. (Art. 81-B, par. único da LEP) 2 Estabelecimentos Penais Os estabelecimentos penais são os locais destinados aos presos provisórios, aos condenados a penas privativas de liberdade ou restritiva de direitos, aos inimputáveis e semi-imputáveis submetidos às medidas de segurança e aos egressos. O Art. 5º, XLVIII da Constituição Federal determina que a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado. A mulher e o maior de sessenta anos, separadamente serão recolhidos em estabelecimento próprio e adequados à sua condição social. O mesmo conjunto arquitetônico poderá abrigar estabelecimento de destinação diversa, desde que devidamente isolados (Art. 82, 1º e 2º da LEP). Ainda assim deverão ficar separados: os presos provisórios dos definitivos, os primários dos reincidentes, os que são ou foram funcionários do Sistema da Administração da Justiça e o Índio (Lei 6.001/73, Art. 73). Cabe lembrar que preso provisório é todo aquele que está na fase processual da privação da liberdade, tais como os presos em prisão preventiva, temporária, por pronúncia, em flagrante ou por condenação recorrível. Quando ocorre o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, o preso já não é considerado provisório e sim preso definitivo. 2.1 Instalações Especiais Todos os estabelecimentos prisionais deverão ser específicos para aqueles presos que nele se encontram, devendo assim atender à finalidade da execução, proporcionando áreas e serviços destinados a dar assistência, educação, trabalho, lazer e prática esportiva. Os demais, direcionados aos presos provisórios, às penas restritivas de direitos e ao egresso, poderão contar com estas áreas e serviços, mas de acordo com a necessidade e recursos

TRABALHO CARTILHA DO REEDUCANDO

TRABALHO CARTILHA DO REEDUCANDO TRABALHO VOLTA AO CRIME CARTILHA DO REEDUCANDO CARTILHA DO REEDUCANDO ÍNDICE Introdução...5 Deveres...6 Direitos...7 Disciplina...10 Sanções...11 Formulário para Habeas Corpus...12 Petição Simplificada...13

Leia mais

Prof. Alison Rocha QUESTÕES COMENTADAS DA LEI DE EXECUÇÕES PENAIS

Prof. Alison Rocha QUESTÕES COMENTADAS DA LEI DE EXECUÇÕES PENAIS Prof. Alison Rocha QUESTÕES COMENTADAS DA LEI DE EXECUÇÕES PENAIS A respeito da execução penal, instituída pela Lei n.º 7.210/1984, assinale a opção correta. a) O trabalho do condenado, como dever social

Leia mais

CONTRATO DE TRABALHO. Empregado Preso

CONTRATO DE TRABALHO. Empregado Preso CONTRATO DE TRABALHO Empregado Preso Muitas dúvidas surgem quando o empregador toma conhecimento que seu empregado encontra-se preso. As dúvidas mais comuns são no sentido de como ficará o contrato de

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 128, DE 2014

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 128, DE 2014 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 128, DE 2014 Altera a Lei de Execução Penal e o Código Penal para criminalizar o diretor do estabelecimento penal ou o agente público competente pela não atribuição de trabalho

Leia mais

Capítulo 1 Crimes Hediondos Lei 8.072/1990

Capítulo 1 Crimes Hediondos Lei 8.072/1990 Sumário Prefácio... 11 Apresentação dos autores... 13 Capítulo 1 Crimes Hediondos Lei 8.072/1990 1. Para entender a lei... 26 2. Aspectos gerais... 28 2.1 Fundamento constitucional... 28 2.2 A Lei dos

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº, DE DE 2010.

RESOLUÇÃO Nº, DE DE 2010. RESOLUÇÃO Nº, DE DE 2010. Dispõe sobre a divulgação de dados processuais eletrônicos na rede mundial de computadores, expedição de certidões judiciais e dá outras providências. O PRESIDENTE DO CONSELHO

Leia mais

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 91, inciso III, da Constituição Estadual e,

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 91, inciso III, da Constituição Estadual e, DECRETO N.º 2297 R, DE 15 DE JULHO DE 2009. (Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial de 16/07/2009) Dispõe sobre procedimentos para concessão de licenças médicas para os servidores públicos

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 11.438, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2006. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte

Leia mais

LEI 11.438, DE 29 DE DEZEMBRO DE

LEI 11.438, DE 29 DE DEZEMBRO DE LEI 11.438, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2006 Dispõe sobre incentivos e benefícios para fomentar as atividades de caráter desportivo e dá outras providências. * V. Dec. 6.180/2007 (Regulamenta a Lei 11.438/2006).

Leia mais

REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO FACULDADE SUMARÉ

REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO FACULDADE SUMARÉ REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO FACULDADE SUMARÉ 2008 CAPÍTULO I DA CONCEPÇÃO E FINALIDADE Art. 1º. Respeitada a legislação vigente, as normas específicas aplicáveis a cada curso e, em

Leia mais

Errado, pois não abrange o menor infrator.

Errado, pois não abrange o menor infrator. Exercícios LEP 1. (SEJUS-ES/09) O objetivo da execução penal é efetivar as disposições de decisão criminal condenatória, ainda que não definitiva, de forma a proporcionar condições para a integração social

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 11.438, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2006. Dispõe sobre incentivos e benefícios para fomentar as atividades de caráter desportivo e

Leia mais

PORTARIA CAU/SP Nº 063, DE 31 DE AGOSTO DE 2015.

PORTARIA CAU/SP Nº 063, DE 31 DE AGOSTO DE 2015. PORTARIA CAU/SP Nº 063, DE 31 DE AGOSTO DE 2015. Aprova a Instrução Normativa nº 06, de 31 de agosto de 2015, que regulamenta os trâmites administrativos dos Contratos no âmbito do Conselho de Arquitetura

Leia mais

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO 1) Identificação Disciplina Direito Penal II - NOTURNO Carga horária

Leia mais

FABIANA PRADO DOS SANTOS NOGUEIRA CONSELHEIRA CRMMG DELEGADA REGIONAL UBERABA

FABIANA PRADO DOS SANTOS NOGUEIRA CONSELHEIRA CRMMG DELEGADA REGIONAL UBERABA FABIANA PRADO DOS SANTOS NOGUEIRA CONSELHEIRA CRMMG DELEGADA REGIONAL UBERABA FABIANA PRADO DOS SANTOS NOGUEIRA CONSELHEIRA CRMMG DELEGADA REGIONAL UBERABA Conjunto de normas que definem os aspectos da

Leia mais

AULA 05 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; 205 214; 227 229 LEI 8.069 DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 05

AULA 05 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; 205 214; 227 229 LEI 8.069 DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 05 AULA 05 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; 205 214; 227 229 LEI 8.069 DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 05 DO DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO ESPORTE E AO LAZER

Leia mais

Considerando que as Faculdades Integradas Sévigné estão em plena reforma acadêmica que será implementada a partir de 2009 e;

Considerando que as Faculdades Integradas Sévigné estão em plena reforma acadêmica que será implementada a partir de 2009 e; RESOLUÇÃO CSA 02/2009 REFERENDA A PORTARIA DG 02/2008 QUE APROVOU A INSERÇÃO DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS NÃO OBRIGATÓRIOS NOS PROJETOS PEDAGÓGICOS DOS CURSOS OFERTADOS PELAS FACULDADES INTEGRADAS SÉVIGNÉ.

Leia mais

DECRETO nº 53.464 de 21-01-1964

DECRETO nº 53.464 de 21-01-1964 DECRETO nº 53.464 de 21-01-1964 Regulamenta a Lei nº 4.119, de agosto de 1962, que dispõe sobre a Profissão de Psicólogo. O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o art.87, item

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 11.438, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2006. Texto compilado Dispõe sobre incentivos e benefícios para fomentar as atividades de caráter

Leia mais

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL. MENSAGEM N o 479, DE 2008

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL. MENSAGEM N o 479, DE 2008 COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL MENSAGEM N o 479, DE 2008 Submete à consideração do Congresso Nacional o texto do Tratado de Extradição entre a República Federativa do Brasil e o Governo

Leia mais

Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo.

Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo. Conforme o Estatuto da Criança e do Adolesecente Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados: I -

Leia mais

ANTEPROJETO DE REGIMENTO GERAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UFAL (Sob apreciação do MEC para fins de homologação) Título II Da estrutura

ANTEPROJETO DE REGIMENTO GERAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UFAL (Sob apreciação do MEC para fins de homologação) Título II Da estrutura ANTEPROJETO DE REGIMENTO GERAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS UFAL (Sob apreciação do MEC para fins de homologação) Art. 8º... Título II Da estrutura Capítulo I Do Conselho Universitário Seção I Da

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA DO CHOÇA ESTADO DA BAHIA

PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA DO CHOÇA ESTADO DA BAHIA LEI Nº 272, DE 06 DE JUNHO DE 2014. Dispõe sobre a criação do Conselho Comunitário de Segurança Pública e Entidades Afins do Município de Barra do Choça e dá outras Providências. O PREFEITO MUNICIPAL DE

Leia mais

CAPÍTULO III DA REESTRUTURAÇÃO

CAPÍTULO III DA REESTRUTURAÇÃO LEI N 3934 DISPÕE SOBRE A REESTRUTURAÇÃO E REORGANIZAÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO MUNICIPIO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E DÁ OUTRA PROVIDÊNCIAS. A Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim,

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE VENTANIA Estado do Paraná

PREFEITURA MUNICIPAL DE VENTANIA Estado do Paraná LEI Nº 548, DE 21 DE JUNHO DE 2011 DISPÕE SOBRE A CONTRATAÇÃO DE PESSOAL POR TEMPO DETERMINADO, PARA ATENDER A NECESSIDADE TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL E RELEVANTE INTERESSE PÚBLICO, CONFORME ESPECIFICA.

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA PORTARIA N 1370/2004 PGJ.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA PORTARIA N 1370/2004 PGJ. MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA PORTARIA N 1370/2004 PGJ. O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, no uso de suas atribuições legais

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 021/2007 DO CONSELHO SUPERIOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS UNIFAL-MG

RESOLUÇÃO Nº 021/2007 DO CONSELHO SUPERIOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS UNIFAL-MG MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG Comissão Permanente de Propriedade Intelectual RESOLUÇÃO Nº 021/2007 DO CONSELHO SUPERIOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS UNIFAL-MG

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº DE 2011

PROJETO DE LEI Nº DE 2011 PROJETO DE LEI Nº DE 2011 Altera a Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, a Lei 8.666, de 21 de junho de 1993 e a Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º O art. 4º

Leia mais

I CONGRESSO BRASILEIRO DE EXECUÇÃO DE PENAS E MEDIDAS ALTERNATIVAS

I CONGRESSO BRASILEIRO DE EXECUÇÃO DE PENAS E MEDIDAS ALTERNATIVAS I CONGRESSO BRASILEIRO DE EXECUÇÃO DE PENAS E MEDIDAS ALTERNATIVAS CARTA DE CURITIBA Os participantes do I CONGRESSO BRASILEIRO DE EXECUÇÃO DE PENAS E MEDIDAS ALTERNATIVAS, realizado em Curitiba PR, de

Leia mais

CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - ATUALIZAÇÕES

CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - ATUALIZAÇÕES CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - ATUALIZAÇÕES - Evasão de divisas e lavagem de capitais as alterações da Lei 12.683/12 - Investigação de crimes financeiros - Cooperação jurídica internacional

Leia mais

NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT]

NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT] NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT] 1. Os Tribunais de Contas somente podem realizar suas tarefas quando são independentes da entidade auditada e são protegidos

Leia mais

Atribuições estaduais e municipais na fiscalização ambiental

Atribuições estaduais e municipais na fiscalização ambiental Atribuições estaduais e municipais na fiscalização ambiental Rodolfo Torres Advogado Assessor Jurídico do INEA Especialista em Direito Ambiental pela PUC/RJ Fiscalização: noções gerais Manifestação do

Leia mais

ADVERTÊNCIA E SUSPENSÃO DISCIPLINAR

ADVERTÊNCIA E SUSPENSÃO DISCIPLINAR ADVERTÊNCIA E SUSPENSÃO DISCIPLINAR A CLT ao estabelecer em seu artigo 2º a definição de empregador, concede a este o poder e o risco da direção da atividade, controlando e disciplinando o trabalho, aplicando,

Leia mais

PROCESSO PENAL COMNENTÁRIOS RECURSOS PREZADOS, SEGUEM OS COMENTÁRIOS E RAZÕES PARA RECURSOS DAS QUESTÕES DE PROCESSO PENAL.

PROCESSO PENAL COMNENTÁRIOS RECURSOS PREZADOS, SEGUEM OS COMENTÁRIOS E RAZÕES PARA RECURSOS DAS QUESTÕES DE PROCESSO PENAL. PROCESSO PENAL COMNENTÁRIOS RECURSOS PREZADOS, SEGUEM OS COMENTÁRIOS E RAZÕES PARA RECURSOS DAS QUESTÕES DE PROCESSO PENAL. A PROVA FOI MUITO BEM ELABORADA EXIGINDO DO CANDIDATO UM CONHECIMENTO APURADO

Leia mais

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO PROJETO DE LEI N o 4.230, DE 2004 (Apensados os Projetos de Lei n os. 6.254, de 2005, 269, de 2007) Acrescenta parágrafo único ao art. 126 da

Leia mais

CONSELHO SUPERIOR DA DEFENSORIA PÚBLICA RESOLUÇÃO CSDPE Nº 016/2013

CONSELHO SUPERIOR DA DEFENSORIA PÚBLICA RESOLUÇÃO CSDPE Nº 016/2013 CONSELHO SUPERIOR DA DEFENSORIA PÚBLICA RESOLUÇÃO CSDPE Nº 016/2013 Dispõe sobre as atribuições da Coordenação de Atendimento ao Preso Provisório da Defensoria Pública da Capital e dá outras providências.

Leia mais

Doutrina - Omissão de Notificação da Doença

Doutrina - Omissão de Notificação da Doença Doutrina - Omissão de Notificação da Doença Omissão de Notificação da Doença DIREITO PENAL - Omissão de Notificação de Doença CP. Art. 269. Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja

Leia mais

PARECER Nº, DE 2015. RELATOR: Senador WALDEMIR MOKA I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2015. RELATOR: Senador WALDEMIR MOKA I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2015 Da COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, em decisão terminativa, sobre o Projeto de Lei da Câmara nº 44, de 2012 (Projeto de Lei nº 4.097, de 2004, na Casa de origem), do Deputado Zenaldo Coutinho,

Leia mais

Política de Divulgação de Atos ou Fatos Relevantes da Quality Software S.A. ( Política de Divulgação )

Política de Divulgação de Atos ou Fatos Relevantes da Quality Software S.A. ( Política de Divulgação ) Política de Divulgação de Atos ou Fatos Relevantes da Quality Software S.A. ( Política de Divulgação ) Versão: 1.0, 08/03/2013 Fatos Relevantes v 1.docx 1. INTRODUÇÃO E OBJETIVO... 3 2. PESSOAS SUJEITAS

Leia mais

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES RESOLUÇÃO CFC N.º 1.166/09 Dispõe sobre o Registro Cadastral das Organizações Contábeis. regimentais, O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e RESOLVE: CAPÍTULO I

Leia mais

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual Lição 6. Férias Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual 6.1. FÉRIAS INDIVIDUAIS: arts. 129 a 138 da CLT. As férias correspondem

Leia mais

PROPOSTAS PARA A REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA

PROPOSTAS PARA A REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA PROPOSTAS PARA A REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA 1. Criar o Fórum Metropolitano de Segurança Pública Reunir periodicamente os prefeitos dos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo para discutir, propor,

Leia mais

PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR

PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR 1 - A autorização para que crianças e adolescentes passem as festas de final de

Leia mais

CURSO DE DIREITO REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO (NÚCLEO DE PRÁTICAS JURÍDICAS)

CURSO DE DIREITO REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO (NÚCLEO DE PRÁTICAS JURÍDICAS) CURSO DE DIREITO REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO (NÚCLEO DE PRÁTICAS JURÍDICAS) REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA E DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO TÍTULO I DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV

DIREITO PROCESSUAL PENAL IV AULA DIA 25/05/2015 Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com DIREITO PROCESSUAL PENAL IV Procedimento Sumaríssimo (Lei 9.099/95) - Estabelece a possibilidade de conciliação civil,

Leia mais

Súmulas em matéria penal e processual penal.

Súmulas em matéria penal e processual penal. Vinculantes (penal e processual penal): Súmula Vinculante 5 A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. Súmula Vinculante 9 O disposto no artigo

Leia mais

VALTER KENJI ISHIDA ... PRATICA ]URIDICA DE EXECUÇAO PENAL INCLUINDO (RERMISSÃO

VALTER KENJI ISHIDA ... PRATICA ]URIDICA DE EXECUÇAO PENAL INCLUINDO (RERMISSÃO VALTER KENJI ISHIDA ~...... PRATICA ]URIDICA DE - EXECUÇAO PENAL INCLUINDO (RERMISSÃO Sumário Abreviaturas, xiii Abreviaturas típicas da execução penal, xv Prefácio, xvii Nota do autor à 1 ~ edição, xix

Leia mais

Noções de Direito Civil Personalidade, Capacidade, Pessoa Natural e Pessoa Jurídica Profª: Tatiane Bittencourt

Noções de Direito Civil Personalidade, Capacidade, Pessoa Natural e Pessoa Jurídica Profª: Tatiane Bittencourt PESSOA NATURAL 1. Conceito: é o ser humano, considerado como sujeito de direitos e deveres. Tais direitos e deveres podem ser adquiridos após o início da PERSONALIDADE, ou seja, após o nascimento com vida

Leia mais

PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS

PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS 1. Quanto à fonte: a) Alimentos legais: fixados pela lei, fundamentados no direito de família, decorrentes do casamento, ou união estável ou da relação de parentesco

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO PROJETO DE LEI Nº 289, DE 1999

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO PROJETO DE LEI Nº 289, DE 1999 COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO PROJETO DE LEI Nº 289, DE 1999 Acrescenta artigo à Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 - Lei de Execução Penal. Autor: Deputado MARÇAL FILHO Relator: Deputado

Leia mais

A PRISÃO PREVENTIVA E AS SUAS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART. 313 DO CPP, CONFORME A LEI Nº 12.403, DE 2011.

A PRISÃO PREVENTIVA E AS SUAS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART. 313 DO CPP, CONFORME A LEI Nº 12.403, DE 2011. A PRISÃO PREVENTIVA E AS SUAS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART. 313 DO CPP, CONFORME A LEI Nº 12.403, DE 2011. Jorge Assaf Maluly Procurador de Justiça Pedro Henrique Demercian Procurador de Justiça em São Paulo.

Leia mais

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, RESOLUÇÃO CFC N.º 1.389/12 Dispõe sobre o Registro Profissional dos Contadores e Técnicos em Contabilidade. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, RESOLVE:

Leia mais

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.389/12 Dispõe sobre o Registro Profissional dos Contadores e Técnicos em Contabilidade.

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.389/12 Dispõe sobre o Registro Profissional dos Contadores e Técnicos em Contabilidade. RESOLUÇÃO CFC N.º 1.389/12 Dispõe sobre o Registro Profissional dos Contadores e Técnicos em Contabilidade. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, RESOLVE:

Leia mais

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO FISCAL DO FUNDO DE APOSENTADORIA E PENSÃO DO SERVIDOR- FAPS

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO FISCAL DO FUNDO DE APOSENTADORIA E PENSÃO DO SERVIDOR- FAPS REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO FISCAL DO FUNDO DE APOSENTADORIA E PENSÃO DO SERVIDOR- FAPS CAPÍTULO I DA NATUREZA Art. 1.º - O Conselho Fiscal do Fundo de Aposentadoria e Pensão do Servidor- FAPS, criado

Leia mais

ATO DO 1º SECRETÁRIO Nº 2, DE 2013.

ATO DO 1º SECRETÁRIO Nº 2, DE 2013. ATO DO 1º SECRETÁRIO Nº 2, DE 2013. Regulamenta o controle do cumprimento da jornada e do horário de trabalho pelos servidores do Senado Federal, nos termos do Ato da Comissão Diretora nº 7, de 2010. O

Leia mais

Princípios norteadores

Princípios norteadores Princípios norteadores A Associação pela Reforma Prisional, Conectas Direitos Humanos, Instituto dos Defensores de Direitos Humanos, Instituto Sou da Paz, Instituto Terra, Trabalho e Cidadania, Instituto

Leia mais

Brasília, 27 de maio de 2013.

Brasília, 27 de maio de 2013. NOTA TÉCNICA N o 20 /2013 Brasília, 27 de maio de 2013. ÁREA: Desenvolvimento Social TÍTULO: Fundo para Infância e Adolescência (FIA) REFERÊNCIAS: Lei Federal n o 4.320, de 17 de março de 1964 Constituição

Leia mais

MPE Direito Penal Aplicação da Lei Penal no Tempo e no Espaço Emerson Castelo Branco

MPE Direito Penal Aplicação da Lei Penal no Tempo e no Espaço Emerson Castelo Branco MPE Direito Penal Aplicação da Lei Penal no Tempo e no Espaço Emerson Castelo Branco 2013 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. 1. APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO E NO

Leia mais

Projeto de Lei Municipal dispondo sobre programa de guarda subsidiada

Projeto de Lei Municipal dispondo sobre programa de guarda subsidiada Projeto de Lei Municipal dispondo sobre programa de guarda subsidiada LEI Nº..., DE... DE... DE... 1. Dispõe sobre Programa de Guarda Subsidiada para Crianças e Adolescentes em situação de risco social

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 01/2005. A Comissão Estadual dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Estado do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais,

RESOLUÇÃO Nº 01/2005. A Comissão Estadual dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Estado do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais, RESOLUÇÃO Nº 01/2005 A Comissão Estadual dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Estado do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais, CONSIDERANDO que a Lei nº 9.099/95 é uma Lei de Princípios,

Leia mais

REGIMENTO DO CONSELHO CONSULTIVO DO AUDIOVISUAL DE PERNAMBUCO

REGIMENTO DO CONSELHO CONSULTIVO DO AUDIOVISUAL DE PERNAMBUCO REGIMENTO DO CONSELHO CONSULTIVO DO AUDIOVISUAL DE PERNAMBUCO CAPITULO I DA NATUREZA E FINALIDADE Art. 1º - O Conselho Consultivo do Audiovisual de Pernambuco, órgão colegiado permanente, consultivo e

Leia mais

ANÁLISE DO EDITAL DE AUDIÊNCIA PÚBLICA SDM Nº 15/2011 BM&FBOVESPA

ANÁLISE DO EDITAL DE AUDIÊNCIA PÚBLICA SDM Nº 15/2011 BM&FBOVESPA ANÁLISE DO EDITAL DE AUDIÊNCIA PÚBLICA SDM Nº 15/2011 MINUTA PROPOSTA CVM Art. 1º As pessoas habilitadas a atuar como integrantes do sistema de distribuição, os analistas, os consultores e os administradores

Leia mais

INSTRUÇÃO CONJUNTA Nº 1, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008

INSTRUÇÃO CONJUNTA Nº 1, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008 SECRETARIA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR INSTRUÇÃO CONJUNTA Nº 1, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008 Estabelece critérios para a execução das atribuições legais da Secretaria de Previdência Complementar - SPC e da

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO Nº 21/2007

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO Nº 21/2007 RESOLUÇÃO Nº 21/2007 O DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, CONSIDERANDO o que consta do Processo nº 25.154/2007-18 CENTRO DE EDUCAÇÃO (CE); CONSIDERANDO

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 4.019, DE 29 DE SETEMBRO DE 2011

RESOLUÇÃO Nº 4.019, DE 29 DE SETEMBRO DE 2011 RESOLUÇÃO Nº 4.019, DE 29 DE SETEMBRO DE 2011 Dispõe sobre medidas prudenciais preventivas destinadas a assegurar a solidez, a estabilidade e o regular funcionamento do Sistema Financeiro Nacional. O Banco

Leia mais

AUTORIZAÇÃO DE USO DE BEM PERMANENTE EM AMBIENTE EXTERNO A UFRB

AUTORIZAÇÃO DE USO DE BEM PERMANENTE EM AMBIENTE EXTERNO A UFRB AUTORIZAÇÃO DE USO DE BEM PERMANENTE EM AMBIENTE EXTERNO A UFRB 1 BASE LEGAL LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 (Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das Autarquias

Leia mais

MUTIRÃO CARCERÁRIO Plano do Projeto

MUTIRÃO CARCERÁRIO Plano do Projeto 1. Introdução O projeto do Mutirão Carcerário, iniciado pelo Conselho Nacional de Justiça em agosto de 2008 a partir da vigência da Resolução Conjunta nº 01/2009 do CNJ/CNMP e Resolução nº 89/2009 do CNJ,

Leia mais

Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015.

Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Mensagem de veto Vigência Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Art. 1 o É instituída a Lei Brasileira

Leia mais

Regulamenta e estabelece normas sobre os Cursos de Extensão Universitária da Universidade de São Paulo e dá outras providências.

Regulamenta e estabelece normas sobre os Cursos de Extensão Universitária da Universidade de São Paulo e dá outras providências. RESOLUÇÃO CoCEx nº 6667, de 19 de dezembro de 2013. (D.O.E. 21.12.13) (Protocolado 11.5.2443.1.5). Regulamenta e estabelece normas sobre os Cursos de Extensão Universitária da Universidade de São Paulo

Leia mais

NORMATIZAÇÃO DE ESTÁGIO PARA OS CURSOS TÉCNICOS E SUPERIORES DO IFSULDEMINAS

NORMATIZAÇÃO DE ESTÁGIO PARA OS CURSOS TÉCNICOS E SUPERIORES DO IFSULDEMINAS MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUL DE MINAS GERAIS NORMATIZAÇÃO DE ESTÁGIO PARA OS CURSOS TÉCNICOS E SUPERIORES

Leia mais

A Lei 6.019/74 que trata da contratação da mão de obra temporária abrange todos os segmentos corporativos ou há exceções?

A Lei 6.019/74 que trata da contratação da mão de obra temporária abrange todos os segmentos corporativos ou há exceções? LUANA ASSUNÇÃO ALBUQUERK Especialista em Direito do Trabalho Advogada Associada de Cheim Jorge & Abelha Rodrigues - Advogados Associados O CONTRATO TEMPORÁRIO DE TRABALHO São as conhecidas contratações

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº. INSTRUÇÃO Nº 112 - CLASSE 12ª - DISTRITO FEDERAL (Brasília).

RESOLUÇÃO Nº. INSTRUÇÃO Nº 112 - CLASSE 12ª - DISTRITO FEDERAL (Brasília). RESOLUÇÃO Nº INSTRUÇÃO Nº 112 - CLASSE 12ª - DISTRITO FEDERAL (Brasília). Relator: Ministro Ari Pargendler. Dispõe sobre pesquisas eleitorais. O TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, usando das atribuições que

Leia mais

MUNICÍPIO DE CRUZEIRO DO SUL - ACRE GABINETE DO PREFEITO MEDIDA PROVISÓRIA N 002/2013, DE 14 DE MARÇO DE 2013.

MUNICÍPIO DE CRUZEIRO DO SUL - ACRE GABINETE DO PREFEITO MEDIDA PROVISÓRIA N 002/2013, DE 14 DE MARÇO DE 2013. Pág. 1 de 7 MEDIDA PROVISÓRIA N 002/2013, DE 14 DE MARÇO DE 2013. DO: PODER EXECUTIVO AO: PODER LEGISLATIVO DISPÕE SOBRE A POLÍTICA MUNICIPAL DE ATENDIMENTO DOS DIREITOS DO IDOSO, CRIA O FUNDO MUNICIPAL

Leia mais

do Idoso Portaria 104/2011

do Idoso Portaria 104/2011 DEVER DE NOTIFICAR- do Idoso Portaria 104/2011 Lei 6.259/75l Lei 10.778/03, ECA, Estatuto n Médicos n Enfermeiros n Odontólogos n Biólogos n Biomédicos n Farmacêuticos n Responsáveis por organizações e

Leia mais

RESOLUÇÃO N o 53 de 28/01/2013 - CAS RESOLVE: CAPÍTULO I DAS DEFINIÇÕES

RESOLUÇÃO N o 53 de 28/01/2013 - CAS RESOLVE: CAPÍTULO I DAS DEFINIÇÕES Regulamento de Estágios Estágios Não Obrigatórios Remunerados (ENOR) e Estágios Curriculares Obrigatórios (ECO) de alunos dos cursos superiores da Universidade Positivo. Aprovado pela Resolução n o 53

Leia mais

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS REGULAMENTO DO PROGRAMA BOLSA DE COMPLEMENTAÇÃO EDUCACIONAL CAPÍTULO I NATUREZA E FINALIDADE

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS REGULAMENTO DO PROGRAMA BOLSA DE COMPLEMENTAÇÃO EDUCACIONAL CAPÍTULO I NATUREZA E FINALIDADE CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS REGULAMENTO DO PROGRAMA BOLSA DE COMPLEMENTAÇÃO EDUCACIONAL CAPÍTULO I NATUREZA E FINALIDADE Art.1º- O presente Regulamento destina-se a fixar diretrizes

Leia mais

Capítulo I das Atividades do Conselho

Capítulo I das Atividades do Conselho REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE ITARANTIM BA, DE ACORDO COM A LEI Nº 11.947/2009 E RESOLUÇÃO/CD/FNDE Nº 038/2009. Capítulo I das Atividades do Conselho

Leia mais

REGIMENTO DA UNIDADE DE AUDITORIA INTERNA DO IF SUDESTE DE MINAS GERAIS CAPÍTULO I

REGIMENTO DA UNIDADE DE AUDITORIA INTERNA DO IF SUDESTE DE MINAS GERAIS CAPÍTULO I REGIMENTO DA UNIDADE DE AUDITORIA INTERNA DO IF SUDESTE DE MINAS GERAIS CAPÍTULO I Disposições Preliminares Art. 1º A Auditoria Interna do IF Sudeste de Minas Gerais, está vinculada ao Conselho Superior,

Leia mais

Projeto de Decreto. (Criar uma denominação/nome própria para o programa)

Projeto de Decreto. (Criar uma denominação/nome própria para o programa) Projeto de Decreto Dispõe sobre as atribuições e competência do Programa de Execução de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, atendendo à Resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente,

Leia mais

Faço saber, que a Câmara Municipal de Mangueirinha, Estado do Paraná aprovou e eu, ALBARI GUIMORVAM FONSECA DOS SANTOS, sanciono a seguinte lei:

Faço saber, que a Câmara Municipal de Mangueirinha, Estado do Paraná aprovou e eu, ALBARI GUIMORVAM FONSECA DOS SANTOS, sanciono a seguinte lei: LEI Nº 1512/2009 SÚMULA: Cria o Conselho Municipal da Educação. Faço saber, que a Câmara Municipal de Mangueirinha, Estado do Paraná aprovou e eu, ALBARI GUIMORVAM FONSECA DOS SANTOS, sanciono a seguinte

Leia mais

Divisão de Atos Internacionais

Divisão de Atos Internacionais Divisão de Atos Internacionais Âmbito de AplicaçãoConvenção Interamericana Sobre Obrigação Alimentar (Adotada no Plenário da Quarta Conferência Especializada Interamericana sobre Direito Internacional

Leia mais

CAPÍTULO I CONCEITO, FINALIDADE E OBJETIVOS

CAPÍTULO I CONCEITO, FINALIDADE E OBJETIVOS VOTO CONSU 2009-02 de 23/04/2009 2011-03 de 24/03/2011 2012-19 de 14/06/2012 REGULAMENTO INSTITUCIONAL DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO Estabelece as normas institucionais para a realização de Estágios

Leia mais

FONTES DO PROCESSO FONTE MATERIAL E FORMAL

FONTES DO PROCESSO FONTE MATERIAL E FORMAL FONTES DO PROCESSO PENAL FONTE MATERIAL E FORMAL FONTES LUGARES DE ONDE PROVEM A NORMA OU LUGARES DE ONDE PROVEM A NORMA OU DIREITO. PODEM SER: - MATERIAIS - FONTES CRIADORAS - FORMAIS FONTES DE EXPRESSÃO

Leia mais

EXERCÍCIOS ATO INFRACIONAL.

EXERCÍCIOS ATO INFRACIONAL. EXERCÍCIOS ATO INFRACIONAL. 1.José foi inserido em medida sócio-educativa de internação, com prazo indeterminado. Durante o cumprimento da medida sócio-educativa, já tendo completado dezoito anos, praticou

Leia mais

Qualificação técnica. A documentação relativa à qualificação técnica limita-se a:

Qualificação técnica. A documentação relativa à qualificação técnica limita-se a: Observe, quando da contratação de empresas para realização de obras e/ou prestação de serviços, o disposto na Lei 8.212/91, que determina a exigência da Certidão Negativa de Débito da empresa na contratação

Leia mais

ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PROVIMENTO N. 11/2016-CM

ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PROVIMENTO N. 11/2016-CM PROVIMENTO N. 11/2016-CM Institui o Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário GMF de que trata a Resolução n. 96, de 27-10-2009 e a Resolução n. 214, de 15-12-2015, ambas do Conselho

Leia mais

CONSELHOS TUTELARES FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES

CONSELHOS TUTELARES FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES CONSELHOS TUTELARES FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES Conselho Tutelar Órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente,

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 5.236, DE 2013 (Do Sr. Jovair Arantes)

PROJETO DE LEI N.º 5.236, DE 2013 (Do Sr. Jovair Arantes) CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI N.º 5.236, DE 2013 (Do Sr. Jovair Arantes) Acrescenta artigos à Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, para a implantação de medidas que assegurem ampla informação aos

Leia mais

MODELO REGIMENTO DO CORPO CLÍNICO CAPÍTULO I CONCEITUAÇÃO

MODELO REGIMENTO DO CORPO CLÍNICO CAPÍTULO I CONCEITUAÇÃO MODELO REGIMENTO DO CORPO CLÍNICO CAPÍTULO I CONCEITUAÇÃO Art. 1º - Corpo Clínico é o conjunto de médicos que se propõe a assumir solidariamente a responsabilidade de prestar atendimento aos usuários que

Leia mais

CAPÍTULO I DA NATUREZA E DOS OBJETIVOS

CAPÍTULO I DA NATUREZA E DOS OBJETIVOS REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NÃO OBRIGATÓRIO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE ARTHUR THOMAS CAPÍTULO I DA NATUREZA E DOS OBJETIVOS Art. 1º. O presente Regulamento estabelece as políticas

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI N o 3.966, DE 2004 Modifica a Lei nº 9.609, de 1998, que dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador. Autor:

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº XXX, DE XXX DE XXXXX DE 2015. O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ), no uso de suas atribuições legais e regimentais,

RESOLUÇÃO Nº XXX, DE XXX DE XXXXX DE 2015. O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ), no uso de suas atribuições legais e regimentais, RESOLUÇÃO Nº XXX, DE XXX DE XXXXX DE 2015 Regulamenta o teletrabalho no âmbito do Poder Judiciário e dá outras providências. O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ), no uso de suas atribuições

Leia mais

PREFEITO MUNICIPAL DE ARACATI

PREFEITO MUNICIPAL DE ARACATI LEI N.º 064/2013. Dispõe sobre a Reorganização do Fundo Municipal para os Direitos da Criança e do Adolescente-FMDCA de Aracati, e dá outras providências. O PREFEITO MUNICIPAL DE ARACATI, no uso de suas

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO. PORTARIA Nº CF-POR-2012/00116 de 11 de maio de 2012

PODER JUDICIÁRIO. PORTARIA Nº CF-POR-2012/00116 de 11 de maio de 2012 PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL CONSELHO DA JUSTIÇA FEDERAL PORTARIA Nº CF-POR-2012/00116 de 11 de maio de 2012 Dispõe sobre a composição, o funcionamento e as atribuições dos Comitês Gestores do Código

Leia mais

ACIDENTES DE TRABALHO

ACIDENTES DE TRABALHO ACIDENTES DE TRABALHO CONCEITOS - PROCEDIMENTOS INTERNOS - Divisão Administrativa Serviço de Segurança e Higiene no Trabalho Índice CÂMARA Nota Prévia...2 1. Legislação Aplicável...2 2. Âmbito...3 3. Conceitos...3

Leia mais

ATO DO DIRETOR-GERAL Nº 1516, DE 2005

ATO DO DIRETOR-GERAL Nº 1516, DE 2005 ATO DO DIRETOR-GERAL Nº 1516, DE 2005 Estabelece as competências da Secretaria de Segurança Legislativa do Senado Federal e das Subsecretarias e Serviços a ela subordinados. O DIRETOR-GERAL DO SENADO FEDERAL,

Leia mais

PARECER CREMEC N.º 06/2014 14/03/2014

PARECER CREMEC N.º 06/2014 14/03/2014 PARECER CREMEC N.º 06/2014 14/03/2014 PROCESSO-CONSULTA PROTOCOLO CREMEC Nº 6566/08 ASSUNTO: RESPONSABILIDADE MÉDICA PARECERISTA: CÂMARA TÉCNICA DE AUDITORIA DO CREMEC EMENTA O ato médico é responsabilidade

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E CIDADANIA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E CIDADANIA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E CIDADANIA PROJETO DE LEI N o 3.962, DE 2012 Altera e inclui dispositivos na Lei nº 8.906, de 04 de julho de 1994, e no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940,

Leia mais