UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE UNESC CURSO DE DIREITO TAKIRA MATOS HOFFMANN

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1 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE UNESC CURSO DE DIREITO TAKIRA MATOS HOFFMANN O TRABALHO DOS APENADOS NAS PENITENCIÁRIAS DO ESTADO DO PARANÁ QUE ADOTAM O SISTEMA DE CO- GESTÃO/PRIVATIZAÇÃO E A POSSIBILIDADE DA CARACTERIZAÇÃO DE EXPLORAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA À LUZ DA LEGISLAÇÃO VIGENTE. CRICIUMA, MAIO 2009.

2 TAKIRA MATOS HOFFMANN O TRABALHO DOS APENADOS NAS PENITENCIÁRIAS DO ESTADO DO PARANÁ QUE ADOTAM O SISTEMA DE CO- GESTÃO/PRIVATIZAÇÃO E A POSSIBILIDADE DA CARACTERIZAÇÃO DE EXPLORAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA, À LUZ DA LEGISLAÇÃO VIGENTE. Monografia, apresentada ao Curso de Direito da Universidade do Extremo Sul Catarinense como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Direito. Orientador: Profº. Dr. André Viana Custódio CRICIUMA, MAIO 2009.

3 TAKIRA MATOS HOFFMANN O TRABALHO DOS APENADOS NAS PENITENCIÁRIAS DO ESTADO DO PARANÁ QUE ADOTAM O SISTEMA DE CO-GESTÃO/PRIVATIZAÇÃO E A POSSIBILIDADE DA CARACTERIZAÇÃO DE EXPLORAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA, À LUZ DA LEGISLAÇÃO VIGENTE Esta Monografia foi julgada adequada como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Direito e aprovada em sua forma final pelo Curso de Graduação em Direito. Prof. Dr. Sergio Francisco Carlos Graziano Sobrinho Coordenador do Curso Banca Examinadora: Prof. Dr. André Viana Custódio - UNESC Orientador Prof. Dr. Sergio Francisco Carlos Graziano Sobrinho - UNESC Prof. Esp. Anamara de Souza - UNESC

4 Dedico esta monografia a minha mãe Graça, que fez um esforço enorme para que eu concluísse essa etapa da minha vida e sempre lutou e lutará para ver seus filhos felizes.

5 AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus, pois sem ele eu não teria conseguido ficar longe de casa durante cinco anos, nem mesmo alcançar tudo que já alcancei e que ainda vou conquistar. Em segundo lugar agradeço a minha mãe Graça, a base da minha vida, minha luz, minha força, meu porto seguro, que se sacrificou muito para que eu concluísse mais essa etapa na minha vida, e que em breve colherá os louros dessa conquista. Agradeço a meu pai Arnaldo in memorian, que está sempre presente ao meu lado, de alguma forma ou de outra, me mostrando os caminhos dessa vida, e que deve estar cheio de orgulho de ver o sonho dele realizado através dos filhos. Agradeço aos meus irmãos Toranagá e Nícolas, que estão sempre presentes em meus pensamentos, e me apóiam e me amam mesmo a distância. Sei que perdi muitos aniversários e momentos importantes nestes anos, mas amo vocês incondicionalmente. Agradeço ao meu padrasto Dilton, que me apóia e me ajuda sempre, e especialmente por fazer da minha mãe uma pessoa muito feliz. Agradeço ao meu orientador Dr. André Viana Custódio, que mesmo com essa vida frenética que leva, teve tempo de me guiar, me auxiliar e me fazer entender o quanto a pesquisa é importante para um profissional mais humano. Também agradeço a todos os meus amigos, em especial a Francieli Valim Bittencourt, amiga de todas as horas, sempre alegre e sorridente, que deixou um pedaço dela em meu coração. Bem como a minha colega Bruna Baggio Crocetta, companheira incansável nessa jornada pela vida, que me cativou pelo seu companheirismo e parceria, sempre estará guardada em meu coração. Agradeço ainda aos amigos e aos colegas da faculdade, que sempre estavam presentes nos momentos especiais, sem eles estes últimos cinco anos não seriam iguais. Por fim, agradecer a todos que me auxiliaram, me apoiaram e de alguma forma estão presentes na minha vida, principalmente a minha fiel companheira de

6 apartamento, minha prima Larissa, que me ouviu reclamar de muita coisa, presenciou meus momentos de dispersão, bem como viu minha alegria ao concluir esta pesquisa, sem ela esse período em Santa Catarina não teria sido igual. Obrigado a todos por tudo!

7 O fraco não alcança sua meta. (Autor desconhecido)

8 RESUMO A pesquisa apresentada tem como objetivo geral analisar o trabalho dos apenados nas penitenciárias que adotam o sistema de co-gestão no Estado do Paraná e a possibilidade de caracterização de exploração da mão-de-obra prisional. Como objetivos específicos: Examinar os direitos fundamentais e humanos dos presos no Brasil, bem como sua eventual violação diante das penitenciárias que adotam o sistema de co-gestão. Analisar o funcionamento destas penitenciárias, além da regulamentação dessa parceria feita entre o Estado e o particular, por meio de concessão e permissão de serviço público, no que tange a administração e tutela do preso frente à este novo modelo prisional. Pesquisar o trabalho exercido pelos apenados no interior destas penitenciárias, tentando verificar se há caracterização de exploração da mão-de-obra prisional em virtude do objetivo lucrativo do setor privado em face do objetivo de reinserção do preso na sociedade por parte do poder público. Estudar dos diversos modelos de co-gestão já adotados em penitenciárias brasileiras, principalmente as do Ceará e as do Paraná. Fazer um paralelo entre os pontos positivos e os pontos negativos deste novo modelo. Dessa forma a presente pesquisa será feita pelo método hipotético-dedutivo, no qual consiste em eleger um conjunto de hipóteses que podem ou não ser comprovadas no decorrer da pesquisa. No que tange ao tipo de pesquisa, será utilizado a pesquisa qualitativa, no qual a compreensão das informações é feita de uma forma mais global e inter-relacionada com fatores variados, privilegiando os contextos. Será também utilizada a pesquisa teórica, feita através de material bibliográfico e dados oficiais. Já quanto a modalidade de pesquisa, será utilizada a pesquisa descritiva, não propondo soluções, mas visando a interpretação dos fenômenos e a contribuição no sentido de promover uma análise rigorosa do objeto da pesquisa. Palavras-chave: Direitos Fundamentais. Sistema de Co-gestão. Exploração. Trabalho Prisional. Penitenciária Industrial.

9 SUMARIO INTRODUÇÃO...10 CAPÍTULO 01 - OS DIREITOS DAS PESSOAS PRESAS NO BRASIL, NO CONTEXTO DAS FINALIDADES DA PENA E DA REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO PRISIONAL ASPECTOS SOBRE O SISTEMA PRISIONAL E A CONDIÇÃO DO PRESO NO BRASIL OS TRATADOS INTERNACIONAIS SOBRE OS PRESOS A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA SOBRE TRATAMENTO AO PRESO...23 CAPITULO 02 - O FUNCIONAMENTO DAS PENITENCIÁRIAS QUE ADOTAM O SISTEMA DE CO-GESTÃO E AS EXPERIÊNCIAS BRASILEIRAS MODELO DE PRIVATIZAÇÃO AMERICANO ARRENDAMENTO DAS PRISÕES ADMINISTRAÇÃO PRIVADA DAS PENITENCIÁRIAS CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS ESPECÍFICOS COM PARTICULARES MODELO DE PRIVATIZAÇÃO FRANCÊS PROPOSTAS DE CO-GESTÃO ADOTADAS NO BRASIL...32 CAPITULO 03 - O TRABALHO EXERCIDO PELOS APENADOS DENTRO DAS PENITENCIÁRIAS DE CO-GESTÃO NO PARANÁ E A POSSIBILIDADE DE EXPLORAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA PRISIONAL DIREITOS E DEVERES DOS TRABALHADORES PRESOS REGIME DE FUNCIONAMENTO PENITENCIÁRIO E O TRABALHO PRISIONAL NAS PENITENCIÁRIAS DE CO- GESTÃO DO PARANÁ MÃO-DE-OBRA PRISIONAL VERSUS ENRIQUECIMENTO DAS EMPRESAS GESTORAS...47 CONSIDERAÇÕES FINAIS...52 REFERÊNCIAS...54

10 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo geral analisar o trabalho dos apenados nas penitenciárias industriais do estado do Paraná que adotam o sistema de co-gestão/privatização e a possibilidade de caracterização de exploração da mão-deobra prisional, sendo feito um estudo à luz da legislação vigente. Um aspecto importante no tocante ao trabalho prisional é o exame dos direitos constitucionais das pessoas presas no Brasil, especificamente no contexto da finalidade da pena e a regulamentação do trabalho prisional. Bem como a análise do funcionamento destas penitenciárias que adotam o sistema de co-gestão. Além de pesquisar o trabalho exercido pelos apenados no interior destas penitenciárias, tentando verificar se há caracterização de exploração da mão-de-obra prisional. Sabe-se que o sistema carcerário brasileiro encontra-se em péssimas condições, conforme se vê diariamente em jornais e na mídia de uma forma geral. Dessa forma, é visível que a criminalidade ainda está muito presente em nossa sociedade, por isso, reformas legislativas são imprescindíveis para um sistema penal mais eficiente, não só prisional. Os direitos fundamentais assegurados pela Constituição da República Federativa do Brasil são freqüentemente violados, pois para manter a ordem em meio ao caos no sistema carcerário, tende-se a violar alguns direitos fundamentais para garantir outros, como o caso da violação da dignidade humana para garantir o direito à vida, ou melhor, a sobrevivência. Na busca de melhorias nas prisões, o Estado implantou, através de concessão e permissão do serviço público, a idéia de privatização, chamada de cogestão, para garantir melhores condições no cumprimento da pena através do trabalho profissionalizante remunerado, da educação. Conseqüentemente esta co-gestão deveria representar uma economia significativa no orçamento do Estado, que fica responsável somente pela escolha das empresas, mediante processo licitatório, e pela tutela dos apenados durante o cumprimento da sanção imposta, atribuindo como responsabilidade para a empresa, toda a infra-estrutura necessária para a

11 administração do estabelecimento, em troca esta utiliza a mão-de-obra dos presos para a produção de produtos que serão comercializados por ela. No Brasil não existe um modelo de privatização regulamentado, por isso os estados podem adotar modelos diversos de terceirização. O primeiro estado a implementar a idéia foi o Paraná, que em 1999 implementou na Penitenciária Industrial de Guarapuava, já em 2002, devido ao sucesso desta, o estado implementou a idéia de co-gestão também na Penitenciária Industrial de Cascavel. O Estado do Paraná paga as empresas gestoras das penitenciárias cerca de R$ 3 milhões mensais, que não se reflete na realidade, pois os serviços foram precarizados, falta medicamentos, a alimentação está em desacordo com o firmado em contrato e falta manutenção dos equipamentos de segurança essenciais, diante disso, percebe-se que a meta da ressocialização é posta em segundo plano, uma vez que as empresas recebem do governo, de acordo com o número de detentos, logo, não há então interesse na ressocialização. Por isso, houve redução das iniciativas de privatização no Paraná, os motivos são vários, tais como o alto custo aos cofres públicos, à ilusão perdida dos lucros fáceis pelas empresas gestoras, que estão imersas em processos trabalhistas, pois na prática o que ocorre são baixíssimos salários e carga horária excessiva, além dos processos criminais, devido a prática constante de torturas e até homicídios. Nesse contexto, as promessas de melhorias das condições de cumprimento da pena ficam cada vez mais distintas da realidade. Destarte, o fracasso é visível, pois o lucro para a iniciativa privada não é suficiente para arcar com as conseqüências de seus atos, bem como se evidenciou que a problemática prisional não é porque o Estado ou as empresas gestoras falham, mas é a idéia de castigo que anula qualquer possibilidade se não o sofrimento. Nesse contexto, pretende-se examinar nessa pesquisa se o sistema de cogestão adotado no estado do Paraná pode caracterizar a exploração da mão-de-obra prisional, uma vez que a legislação que regulamenta o trabalho das pessoas presas, foi criado com a idéia de que dentro dos estabelecimentos prisionais haveria apenas uma etapa da produção de determinado produto e não como acontece na Penitenciária

12 Industrial de Guarapuava e na Penitenciária Industrial de Cascavel, que entra a matéria prima e sai o produto finalizado, pronto para ser comercializado. Dessa forma a presente pesquisa será feita pelo método hipotético-dedutivo, no qual consiste em eleger um conjunto de hipóteses que podem ou não ser comprovadas no decorrer da pesquisa. No que tange ao tipo de pesquisa, será utilizado a pesquisa qualitativa, no qual a compreensão das informações é feita de uma forma mais global e interrelacionada com fatores variados, privilegiando os contextos. Será também utilizada a pesquisa teórica, feita através de material bibliográfico e dados oficiais. Já quanto a modalidade de pesquisa, será utilizada a pesquisa descritiva, não propondo soluções, mas visando a interpretação dos fenômenos e a contribuição no sentido de promover uma análise rigorosa do objeto da pesquisa.

13 CAPÍTULO 01 - OS DIREITOS DAS PESSOAS PRESAS NO BRASIL, NO CONTEXTO DAS FINALIDADES DA PENA E DA REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO PRISIONAL 1.1 Aspectos sobre o sistema prisional e a condição do preso no Brasil Os direitos fundamentais assegurados pela Constituição da República Federativa do Brasil, dispostos no art. 5º do referido diploma legal, dentre os quais destaca-se o direito à dignidade da pessoa humana, a liberdade, a igualdade, a intimidade, são frequentemente violados por parte do Estado no trato para com os presos, pois para manter a organização do sistema carcerário, tende-se a violar alguns direitos fundamentais para garantir outros, como o caso da violação da dignidade humana para garantir o direito à vida, ou melhor, a sobrevivência, uma vez que os presos são submetidos a tratamento desumano no interior dos estabelecimentos prisionais, que lhe ferem a dignidade, tanto física quanto psicológica, bem como a constante violação de sua intimidade, para com isso tentar manter os presos controlados e assim garantir-lhes a sobrevivência. Assim dispõe DOTTI: A sistemática violação da intimidade da pessoa presa com as naturais conseqüências ofensivas ao patrimônio físico, moral e espiritual, compõe um trecho significativo desta odisséia e faz lembrar que antes, como agora, quase nada mudou (1998, p. 115). A questão penitenciária no país é algo muito discutido, uma vez que por mais avançado que sejam os métodos utilizados no cumprimento das penas, ou por mais garantidos que sejam os direitos humanos inerentes às pessoas presas, é muito difícil encontrar uma forma de garantir ao condenado o mínimo dos seus direitos, uma vez que o próprio ideário de prisão é uma falácia pretensiosa. Há que se ressaltar que uma enunciação de direitos a despeito de sua intenção moralizante e dos progressos que traz que não esteja devidamente acompanhada dos meios necessários á sua instrumentalização corre o sério risco de se transformar em uma simples carta de intenções, repleta de

14 dispositivos de ordem programática, mas sem a devida efetividade, quando não deturpados em favor do poder punitivo. (ROIG, 2005, p. 174). Assim dispõe COLNAGO: A grave superlotação é talvez o mais básico e crônico problema afligindo o sistema prisional brasileiro e prisões superlotadas são extremamente perigosas: aumentam as tensões elevando a violência entre os presos, tentativa de fugas e ataques aos guardas. (2006, p. 76). A proteção não é função meramente do Estado, envolve também toda a sociedade, por isso, deve haver uma participação e principalmente uma incessante luta da sociedade para melhores condições das pessoas presas dentro e fora dos estabelecimentos prisionais. Outra fonte importante dos direitos e garantias dos presos é a Lei nº 7.210/84, que institui a Lei de Execução Penal, sendo importante ressaltar que: A LEP é uma obra extremamente saudável aos direitos humanos dos presos e contém várias provisões ordenando tratamento individualizado, protegendo os direitos substantivos e processuais dos presos e garantindo assistência médica, jurídica, educacional, social, religiosa e material. (FERNANDES, 2000, p. 144). Também há na Lei de Execuções Penais, uma preocupação com um tratamento adequado no sistema prisional, induzindo aos magistrados que se valham de penas alternativas à prisão, como fianças, serviços comunitários e suspensão condicional. (FERNANDES, 2000, p. 144). A característica principal numa lei de execuções penais não é a prestação de contas do condenado, mas é o Estado pensando no futuro do condenado, o ponto crucial não é mais a quem acusar e condenar, e sim a quem defender e guiar (Roberto Lyra, citado por ROIG, 2005, p. 175), essa deveria ser a meta a ser buscada na formulação e principalmente, na aplicação da legislação penal. No decorrer dos anos, a forma de execução da pena foi muito abordada no instituto da penologia, sendo que a mesma deve ter por função a reintegração do preso

15 ao convívio social e não apenas a função de retribuição e prevenção, como é vista pela sociedade (FERNANDES, 2000, p. 396). Nesse sentido, a maior das antinomias para que se mantenha a prisão como ressocializadora de indivíduos, conforme afirma CONDE, é o fato de que se: [...] essa mesma sociedade produz e define a criminalidade, que sentido tem, então, falar da ressocialização de delinqüente em uma sociedade que se produz ela mesma essa delinqüência? Não deveríamos antes mudar essa sociedade? (citado por TORRES, 2007, p. 119). Também, para CONDE: Devemos seguir lutando pela melhora e humanização do sistema penitenciário, não porque assim se vai conseguir a tão discutida ressocialização (não creio que seja possível sem uma mudança estrutural da sociedade), senão porque o delinqüente que entra na prisão tem, pelo menos, um direito: quando libertado, depois de cumprir sua condenação, não saia em piores condições para levar uma vida digna em liberdade (citado por TORRES. 2007, p. 121) Nesse contexto, a ressocialização se converteu num conceito fantasma de onde se pode deduzir tanto a ideologia do tratamento como fundamentar uma prática de terror (TORRES, 2007, p. 123). Logo, aos que não acreditam na manutenção das prisões, só resta continuar afirmando e desconstruindo a falácia ideológica do tratamento penitenciário (TORRES, 2007, p. 123). [...] mesmo havendo, aqui e acolá, uma e outra instituição penitenciária que razoavelmente atenta aos reclamos da terapêutica criminal, faz-se incontestável que está em gradativa decadência o ideário da pena de prisão. Erram, por isso, os que pretendem combater o fenômeno delinqüêncial com a exasperação das penas privativas de liberdade. (FERNANDES, 2000, p. 107) Por isso, é visível que a ideologia da salvação do condenado tem sido incensada às alturas, mas também denunciada como um dos grandes mitos dos projetos de salvação (DOTTI, 1998, p. 113).

16 Nesse sentido, é evidente que a salvação do condenado é um grande mito, pois se a sociedade não muda, não há como criar oportunidade para os presos, quando estes forem soltos, uma vez que esta mesma sociedade é preconceituosa. [...] basta verificar que a esperança (honesta ou simulada) de alcançar a recuperação, ressocialização, readaptação, reinserção ou reeducação social e outras designações otimistas de igual gênero, penetrou formalmente em sistemas normativos com proclamações retóricas em modernas constituições, códigos penais e leis penitenciárias sem que a execução prática das medidas corresponda aos anseios de recuperação que não raramente se exaurem na literalidade dos textos (DOTTI, 1998, p. 113). Diante da falta de perspectiva de efetivas melhoras no trato para com os presos, principalmente no poder público, é que a situação se torna crítica a cada dia que passa, estando cada vez mais perto crise do sistema prisional, que tende a se tornar uma instituição de reprodução de violência. Para mudar esta realidade, reformas profundas são imprescindíveis à efetiva humanização da justiça penal e sua para com a realidade atual (FERNANDES, 2000, p. 107), por isso: [...] é imperiosa, portanto, a urgente reforma da normatização penitenciária (em especial da LEP e os Regulamentos Penitenciários dos Estados), no sentido de adequá-la aos preceitos fundamentais da Carta de 1988, impondo-se, então, limites racionais ao poder executivo estatal, sempre dentro de uma perspectiva reducionista de danos (ROIG, 2005, p. 174). Para mudar a situação da crise do sistema prisional, a doutrina da área penal busca a prevenção da criminalidade, diante disso, chegou-se a alguns pontos básicos e fundamentais para atingir esta finalidade, dentre os quais, destacam-se: a) a substituição do vigente sistema de penas; b) melhores condições de dignidade para o tratamento do preso; c) o reconhecimento de que a pena privativa de liberdade tem se mostrado inadequada em relação aos seus fins, tanto sob o ângulo retributivo como sob os aspectos preventivos; d) a necessidade de se reservar a prisão penal para os casos de maior gravidade; e) a recomendação da efetiva aplicação do regime de prisão-aberta e outras medidas substitutivas da prisão (DOTTI, 1998, p. 117).

17 Um tipo de medida utilizada atualmente para buscar a inclusão do preso na sociedade, é o trabalho realizado dentro dos estabelecimentos prisionais, que possui uma função, determinada pela Lei de Execução Penal, de incluí-lo ao convívio social, nesse sentido, afirma FERNANDES que, o trabalho realizado dentro dos estabelecimentos prisionais, concomitante com a educação e o treinamento profissional, são estratégias de reabilitação aos apenados (2000, p. 290). Porém, sabe-se que esta idéia é um mito, conforme demonstra LEÃO: [...] o trabalho penitenciário seria inútil, tanto do ponto de vista de uma suposta capacidade ressocializadora, como do ponto de vista econômico. Só teria uma certa eficiência a partir de sua capacidade disciplinar e do seu caráter regulador, que produzem um poder capaz de transformar o indivíduo em máquina, no sentido de uma adequação dos corpos a movimentos repetitivos e enfadonhos, produzindo um efeito alienante que exclui a agitação e a distração, permitindo uma maior vigilância e controle sobre a massa carcerária. (2003, p. 68). Além do trabalho feito dentro dos estabelecimentos prisionais, há também a possibilidade de trabalho externo, feito por organizações mistas de presos e administradores, onde há controvérsia pelo risco de exploração indevida do trabalhador, (FERNANDES, 2000, p. 463). Quando ocorre exploração no tocante à remuneração do trabalhador preso, é porque decorre do absoluto desrespeito da sociedade como um todo, pela pessoa do preso, que nunca é respeitado como titular de direitos (FERNANDES, 2000, p. 464). Também há a possibilidade de haver uma empresa que opere com critérios únicos em todos os estabelecimentos penais, regulamentando o trabalho prisional, o salário, a jornada de trabalho, privando o Estado dessa responsabilidade, mas isso só pode ser feito mediante processo licitatório para concessão e permissão de serviço público ao particular. Por isso, com a crise da idéia de ressocialização e dos institutos de cumprimento da pena, surge a idéia de privatização, que visa à transformação da administração prisional, sob responsabilidade do Estado, para a iniciativa privada, com a justificativa de que estas desempenhariam a atividade com mais eficiência (BREDOW, 2007, p. 204).

18 Prisões significam muito dinheiro. Muito dinheiro. Em construções, em equipamentos e em administração. Isto é assim, independentemente de se tratar de prisões privadas ou públicas. As empresas privadas estão envolvidas de uma ou de outra forma em todos os sistemas ocidentais (CHRISTIE, 1998, p. 101). Assim há empresas que simplesmente fornecem pessoal de vigilância e outros serviços, mas também há as empresas que fornecem toda a estrutura de bens e atividades necessários ao funcionamento dos estabelecimentos prisionais (WACQUANT, 2001, p. 90). Existe uma idéia, talvez falaciosa, de que os estabelecimentos prisionais privatizados são melhores dos que os públicos, mas na prática o que ocorre é a mesma situação, qual seja, violação dos direitos humanos, físicos, psicológicos dos presos. Assim, o sistema prisional tem como conseqüência a precariedade, ocorrida através do descaso e discriminação que é atribuída a situação prisional no Brasil. (OLIVEIRA, 2003, p. 97). Dispõe CHRISTIE que, o caráter comunitário da punição desaparece nas propostas de prisões privadas. (1998, p. 105). Assim, o ideário de que o particular pode desempenhar as funções do Estado de forma mais eficiente, não passa de uma falácia, pois a engrenagem que mantém as grandes empresas é o lucro, e não o respeito aos direitos humanos e fundamentais que deveriam ser o fundamento dos atos praticados pelo poder público. Destarte, conforme previsto na Constituição Federal, em legislação infraconstitucional, qual seja, a Lei de Execuções Penais, o Código Penal e principalmente em Declarações Universais, como por exemplo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, as Regras Mínimas para o Tratamento dos Prisioneiros, os direitos humanos básicos de todos os seres humanos devem ser o respeitados e efetivados, pois são o ponto fundamental do Estado Democrático de Direito. 1.2 Os tratados internacionais sobre os presos A Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1948, é um dos principais textos acerca dos direitos

19 humanos no mundo, e conforme afirma LEAL, tem se apresentado como um instrumento impulsionador do processo de generalização da proteção internacional dos Direitos Humanos, (2000, p.105). Em seu corpo ela dispõe de diversos direitos inerentes aos seres humanos, que visam melhores condições no respeito e trato com as pessoas, dentre os quais pode-se citar a dignidade da pessoa humana, que constitui meta fundamental de todos os Estados Democráticos, previsto implicitamente no art. 1º da Declaração: Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. A Declaração Universal de 1948 objetiva delinear uma ordem pública fundada no respeito à dignidade humana, ao consagrar valores básicos universais. Desde seu preâmbulo, é afirmada a dignidade inerente a toda pessoa humana, titular de direitos iguais e inalienáveis. Vale dizer, para a Declaração Universal a condição de pessoa é o requisito único e exclusivo para a titularidade de direitos. A universalidade dos direitos humanos traduz a absoluta ruptura com o legado nazista, que condicionava a titularidade de direitos à pertinência à determinada raça (a raça ariana). (PIOVESAN, 2008, p. 137). Também há uma preocupação aparente na Declaração de que não haja distinção entre a condição das pessoas perante as outras, ou perante a própria sociedade, conforme dispõe o art. 2º: I - Todo o homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. II - Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania. A partir da proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos é que as comunidades internacionais vêm assumindo, ao menos no plano formal, a concepção de direitos humanos como primordial no ramo dos interesses públicos internacionais, demonstrando, inclusive, a responsabilidade dos Estados através de suas políticas internas e externas para proteção destes direitos. (LEAL, 2000, p. 102).

20 Cabe ainda considerar que o princípio da prevalência dos direitos humanos contribui substantivamente para o sucesso da ratificação, pelo Estado brasileiro, de instrumentos internacionais de proteção dos direitos humanos (PIOVESAN, 2008, p. 41). Nesse contexto, um dos principais tratados internacionais adotados pelo Brasil para com o tratamento das pessoas presas é as Regras Mínimas para o Tratamento dos Prisioneiros, que não tem como meta criar um modelo de penitenciária, mas sim esboçar as regras básicas inerentes aos apenados, estimulando esforços para a superação das dificuldades práticas encontradas nos sistemas prisionais de todo o mundo, tentando assim evitar que haja violação dos direitos humanos de todo e qualquer cidadão. As Regras Mínimas para Tratamento dos Presos referem-se a uma codificação dos direitos do preso, consagrada como a Declaração Universal dos Direitos do Recluso Comum. Sua origem data do início do século XX. A primeira versão, elaborada pela Comissão Internacional Penal e Penitenciária, em 1903, foi adotada, em 1933, pela Liga das Nações. Após ter sofrido nova revisão em 1951, as Regras Mínimas foram oficialmente adotadas pela Organização das Nações Unidas quando da realização do I Congresso para Prevenção do Crime e Tratamento do Delinqüente, em Demonstrada a importância atribuída a essas normas, o IV Congresso para Prevenção do Crime e Tratamento do Delinqüente, em 1970, aprovou, por unanimidade, a resolução que recomendava, em caráter de urgência, a aplicação das Regras Mínimas pelos governos de todos os países membros. (OLIVEIRA, 2003, p. 169). Em seu corpo, as Regras Mínimas dispõem de diversas formas de organização penitenciária, visando sempre à melhoria nas condições de cumprimento da pena, em cotejo com os direitos humanos proclamados pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. Na primeira parte das Regras Mínimas, estão tratadas as matérias relativas a administração geral dos estabelecimentos de cumprimento da pena, e estas diretrizes são aplicadas a todos os tipos de presos, quais sejam, civis, militares, condenados, preventivos, provisórios. Já na segunda parte, estão dispostas as regras referentes a cada tipo de presos, separados por seção, entretanto, as regras da seção A, que tratam de presos condenados, são aplicadas subsidiariamente aos outros presos das demais seções, quando estas forem omissas em algum caso.

21 Prisioneiros: Assim dispõe o art. 1º das Regras Mínimas para o Tratamento dos Art. 1º - As regras que se seguem deverão ser aplicadas imparcialmente. Não haverá discriminação alguma baseada em raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou qualquer outra opinião, origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou em qualquer outra situação. Ante o artigo supra, percebe-se que a meta fundamental destas Regras Mínimas é o tratamento igualitário aos presos, a fim de se evitar um tratamento diferenciado e discriminatório, muito comum em estabelecimentos prisionais de todo o mundo. Anexo as Regras Mínimas, há também os Princípios Básicos Relativos ao Tratamento dos Reclusos, outro documento universal, emanado da Assembléia Geral das Nações Unidas da ONU, que visa melhores condições no trato dos reclusos, além de humanização na justiça penal, bem como a proteção dos direitos humanos. Este documento busca melhorar a aplicação das Regras Mínimas, expondo assim os princípios básicos que inspiram a defesa das pessoas encarceradas. Assim dispõe do art. 1º dos Princípios Básicos: Todos os reclusos devem ser tratados com o respeito devido à dignidade e ao valor inerentes ao ser humano, com isso, percebe-se que a meta principal das normas internacionais acerca dos direitos dos presos, deve estar pautada no respeito à dignidade da pessoa humana, valor este que está expresso na Constituição da República Federativa do Brasil, conforme será explicado adiante. Já o art. 5º dos Princípios Básicos dispõe o seguinte: Art. 5º - Exceto no que se refere às limitações evidentemente necessárias pelo fato da sua prisão, todos os reclusos devem continuar a gozar sai direitos do homem e das liberdades fundamentais, enunciados na Declaração Universal dos Direitos do Homem e, caso o Estado interessado neles seja parte, no Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, no Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos e no Protocolo Facultativo que o acompanham bem como de todos os outros direitos enunciados em outros instrumentos das Nações Unidas.

22 Assim, evidente que cabe ao Estado, em conformidade com os direitos humanos garantidos internacionalmente, garantir ao preso as condições necessárias ao cumprimento de sua pena. Já no que tange ao trabalho prisional, assim prevê o art. 8º dos Princípios Básicos: Art. 8º - Devem ser criadas condições que permitam aos reclusos ter um emprego útil e remunerado, o qual facilitará a sua integração no mercado de trabalho do país e lhes permitirá contribuir para sustentar as suas próprias necessidades financeiras e as das suas famílias. Ante o art. 8º, percebe-se que uma das formas utilizadas atualmente para tentar a reinserção do preso na sociedade é feita através do trabalho prisional, que deveria sempre visar desenvolver aptidões dos presos, para que se permita ao mesmo ter um emprego quando obtiver sua liberdade. Para que realmente sejam efetivados estes Princípios Básicos, dispõe o art. 10º o seguinte: Art Com a participação e ajuda da comunidade e das instituições sociais, e com o devido respeito pelos interesses das vítimas, devem ser criadas condições favoráveis a reinserção do antigo recluso na sociedade, nas melhores condições possíveis. Conforme este artigo, vê-se que não cabe somente ao poder público a busca por melhorias no sistema prisional do estado, mas cabe a sociedade como um todo, que deve participar efetivamente para melhorar esta realidade do sistema carcerário brasileiro. É importante ressaltar o que diz PIOVESAN: A prevalência dos direitos humanos, como princípio a reger o Brasil no âmbito internacional, não implica apenas o engajamento do País, no processo de elaboração de normas vinculadas ao Direito Internacional dos Direitos Humanos, mas sim a busca da plena integração de tais regras na ordem jurídica interna brasileira. Implica, ademais, o compromisso de adotar uma posição política contrária aos Estados em que os direitos humanos sejam gravemente desrespeitados. (2008, p.40).

23 Estes documentos internacionais ratificados pelo Brasil constituem metas básicas pelas quais o país deve seguir para aplicar e garantir os direitos humanos inerentes aos presos. 1.3 A legislação brasileira sobre tratamento ao preso No tocante a legislação nacional acerca do tratamento ao preso, dispõe PIOVESAN, que o rol de direitos e garantias previstos na Magna Carta não exclui outros decorrentes de tratados internacionais no qual o país é signatário, ou seja, os direitos humanos frutos de normas internacionais, são constitucionalmente protegidos, uma vez que passam a incorporação pelo texto constitucional. (2008, p. 52). Assim, expressa a mais célere legislação, a Constituição da República Federativa do Brasil, em seu art. 3º, III, um objetivo fundamental do país, a dignidade da pessoa humana, garantida a todos os cidadãos, independente de raça, sexo, cor e principalmente, se são homens livres ou presos. (LEAL, 1997, p. 15). Este objetivo, conforme dito anteriormente, também encontra respaldo na Declaração Universal dos Direitos Humanos, bem como em todos os outros documentos que o seguem. Impossível pensarmos a democracia brasileira sem enfrentar o tema dos direitos humanos, impossível falarmos em Estado Democrático sem encarar o desrespeito pela dignidade da vida humana que se estabelece neste país em todos os níveis e quadrantes, impossível tratarmos do tema Estado Democrático de Direito, a despeito da função social dos operadores jurídicos. (LEAL, 1997, p. 14). Assim, constitui um preceito fundamental do Estado Democrático de Direitos a dignidade da pessoa humana, que deve ser respeitada em todas os segmentos da sociedade, não podendo ser passível de supressão por parte de qualquer pessoa, seja ela um ente do poder público, no exercício de suas funções, ou um cidadão civil, sem qualquer motivo justificável á violação de preceitos inerentes a todos.

24 Enfatize-se que a Constituição brasileira de 1988, como marco jurídico da institucionalização dos direitos humanos e da transição democrática no País, ineditamente consagra o primado do respeito aos direitos humanos como paradigma propugnado para a ordem internacional. Esse princípio invoca a abertura da ordem jurídica brasileira ao sistema internacional de proteção dos direitos humanos e, ao mesmo tempo, exige nova interpretação de princípios tradicionais, como a soberania nacional e a não-intervenção. Se a prevalência dos direitos humanos é o princípio a reger o Brasil no cenário internacional, está-se conseqüentemente a admitir a concepção de que os direitos humanos constituem tema de legitima preocupação e interesse da comunidade internacional. (PIOVESAN, 2008, p. 343). Outro documento importante, que dispõe de direitos inerentes aos presos é o Decreto-Lei nº 2.848/40, que criou o Código Penal Brasileiro. Neste decreto estão dispostos os diversos tipos de cumprimento de penas, desde as privativas de liberdade, as restritivas de direitos, inclusive as medidas de segurança e as penas de multa. Conforme o art. 40 deste decreto-lei, cabe a legislação especial regular os direitos e deveres dos presos (BRASIL, 2009-C). A legislação especial mencionada pelo Código Penal é a Lei nº 7.210/84, a Lei de Execuções Penais, um documento de extrema importância para os direitos e deveres do preso, no qual estão dispostas as formas de tratamento dos presos dentro dos estabelecimentos prisionais. Conforme dispõe o art. 1º a execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado (BRASIL, 2009-B), a Lei de Execução Penal busca efetivar a sentença criminal, porém sempre deverá ser aplicada pautada na integração do condenado. Em seu capítulo 2, a Lei de Execução Penal dispõe das assistências que devem ser ofertadas ao presos. Estas assistências serão materiais, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa, que devem ser aplicadas em todos os estabelecimentos prisionais, buscando a harmonia entre os presos e o sistema prisional (BRASIL, B). O trabalho prisional está disposto no capítulo 3, no qual estão expressas as formas pelas quais o trabalho deve ser realizado, bem como os direitos trabalhistas inerentes aos presos. Assim dispõe o art. 28, caput, O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalidade educativa e produtiva

25 (BRASIL, 2009-B). Percebe-se que a função essencial do trabalho prisional é preservar a dignidade da pessoa humana, pois não é porque a pessoa está presa que perderá os direitos que lhe são conferidos pelo o Estado Democrático de Direitos. Na seção II do capítulo 4 da Lei de Execução Penal, estão dispostos os direitos dos presos, que devem ser aplicados em cotejo com os direitos fundamentais e humanos garantidos pela Magna Carta brasileira. Dessa forma, os direitos trabalhistas que deveriam ser garantidos aos presos, encontram-se abaixo especificados: Art Constituem direitos do preso: [...] II - atribuição de trabalho e sua remuneração; III - Previdência Social; IV - constituição de pecúlio; V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação; (BRASIL, 2009-B). Os direitos dos presos citados acima devem ser a base de um sistema prisional de excelência, para que assim o preso seja efetivamente inserido da sociedade, tendo garantido seus direitos humanos e fundamentais.

26 CAPITULO 02 - O FUNCIONAMENTO DAS PENITENCIÁRIAS QUE ADOTAM O SISTEMA DE CO-GESTÃO E AS EXPERIÊNCIAS BRASILEIRAS 2.1 Modelo de Privatização Americano A execução da pena nos Estados Unidos da América possui como marca divisória a década de 1980, no qual a atividade da execução da pena passou a ser exercida pelo poder judiciário, como uma atividade jurisdicional, dando legitimidade a este poder de fiscalizar e manter os estabelecimentos prisionais, e não mais pelo poder executivo, como uma mera atividade administrativa. Assim dispõe GOMES: Desde 1980, especialmente nos EUA, o sistema penal vem produzindo o subproduto da superpovoação dos presídios. Tudo começou como fruto da política econômica neoliberal de Reagan (que contou, nessa iniciativa, com a co-autoria de Tatcher). Cabe considerar que desde essa época, paralelamente, vem se difundindo o fenômeno da privatização dos presídios, que deu origem a uma das mais destacadas facetas da industria das prisões (2007). Os problemas carcerários nos Estados Unidos são muito parecidos com os enfrentados pelo Brasil, dentre os quais, o constante desrespeito aos direitos dos presos, que se tornou um forte impulso para a remodelação do sistema até então vigente. Pois à atrofia deliberada do Estado social corresponde a hipertrofia distópica do Estado penal: a miséria e a extinção de um têm como contrapartida direta e necessária a grandeza e a prosperidade insolente do outro (WACQUANT, 2001, p.80). Assim, numa época de aumento exorbitante da população carcerária, de aumento de gastos e de degradação dos estabelecimentos prisionais é que o poder público começa a tomar medidas, uma vez que não há como aumentar as penas previstas na legislação norte americana, bem como não existe mais recurso suficiente para criação de novos presídios, assim a privatização surge como uma proposta de solução á crise no sistema prisional dos Estados Unidos (MINHOTO, 2000, p.64).

27 Os Estados Unidos foram os pioneiros na aplicação de um modelo de privatização dos estabelecimentos prisionais. A justificativa para este tipo de gestão era a redução de gastos públicos, que por sua vez era a idéia central da política difundida pelo Presidente Ronald Reagan, na década de 80. Assim dispõe CARVALHO FILHO: A privatização de presídios foi implantada nos Estados Unidos da América a partir da década de 1980, quando as penitenciárias estavam superlotadas e a Justiça exigia adequação no número de vagas ao numero de presos e não havia recursos para gerenciar e construir novos presídios (2002, p. 62). O poder público, ao contratar o particular para gerir a prisão, continua responsável por seu financiamento, regulação, avaliação e controle, porém com o ideário de que a privatização possa vir a beneficiar-lhe pelo acesso a novas tecnologias, redução de gastos com pessoal, entre outros benefícios. Assim, com a ideia de economia advinda com a privatização, o pensamento norte americano para com a população carente era de construir penitenciárias e não de investir em escolas, empregos e melhorias nas condições de vida das pessoas, a fim de evitar o encarceramento destes (WACQUANT, 2001, p.92). Por isso, era muito mais benéfico ao Estado manter penitenciárias e pessoas lá dentro amontoadas, do que investir na prevenção de delitos. Algumas se contentam em gerir penitenciárias existentes, às quais fornecem pessoal de vigilância e serviços. Outras oferecem a gama completa dos bens e atividades necessários à detenção: concepção arquitetônica, financiamento, construção, manutenção, administração, seguro, empregados, e até mesmo o recrutamento e o transporte dos prisioneiros oriundos de outras jurisdições que alugam vagas para seus reincidentes. Pois também existe um florescente mercado de importação-exportação de detentos entre estados. (WACQUANT, 2001, p ). O modelo norte-americano de gestão privada dos estabelecimentos prisionais era dividido em três gêneros distintos: 1) arrendamento das prisões; 2) administração privada das penitenciárias e 3) contratação de serviços específicos com particulares.

28 2.1.1 Arrendamento das prisões Neste modelo, o governo aluga por um período de tempo à propriedade de um particular e passa a utilizá-lo como estabelecimento prisional, ou seja, as empresas privadas financiavam e construíam as prisões e depois alugavam ao governo, sendo que após um determinado período o Estado passava a ter a propriedade do imóvel. Neste caso, a iniciativa privada estaria no fato de construir as prisões, os demais atos advindos da execução penal ficariam a cargo do órgão estatal. Este modelo de privatização traz riscos ao investidor privado, qual seja, o declínio da população carcerária, o que pode ocasionar a falta de interesse do Estado em renovar a locação. Porém, o ato de alugar a prisão de uma empresa privada pode não ser a melhor forma de financiar a expansão do sistema prisional, em virtude do alto investimento em pagamentos de aluguéis, e o numero expressivo de presos novos que surgem a cada ano. Mesmo assim, a dificuldade para a construção de novos espaços físicos que abriguem uma penitenciária fez com que o arrendamento das prisões, aliado com a contratação de serviços específicos com particulares se tornassem os mais utilizados nos Estados Unidos Administração privada das penitenciárias Neste modelo cabe á administração privada a iniciativa de construir e administrar as prisões, inclusive pelo serviço de segurança, sendo assim, é uma privatização quase que total dos estabelecimentos prisionais. A participação dos empresários neste modelo de privatização se divide em três setores: a) administrar estabelecimentos destinados a presos que estão em fase final de cumprimento da pena, preparando-os para o retorno à sociedade livre; b) gerir instituições destinadas ao tratamento de delinquentes juvenis e c) estabelecimentos destinados a agrupar imigrantes ilegais.

29 Enfim, as exigências orçamentárias e a moda política do menos Estado levam à mercantilização tanto da assistência como da prisão. Várias jurisdições, como o Texas ou o Tenesse, já colocam boa parte de seus detentos em prisões privadas e subcontratam firmas especializadas para o acompanhamento administrativo dos beneficiários de ajudas sociais. Maneira de tornar os pobre e os prisioneiros (que eram pobres fora e que em sua esmagadora maioria voltarão a sê-lo ao sair) rentáveis, tanto no plano ideológico como no econômico (WACQUANT, 2001, p. 99). Atualmente a tendência é que se permita a privatização de alguns serviços e o fornecimento de certos bens, uma vez que a privatização total encontra-se em estágio decrescente, em virtude do surgimento do Estado Democrático de Direito, onde cabe ao Estado, e só ele, administrar determinadas funções previstas nas Magnas Cartas dos paises. Assim, o interesse pela privatização total é decrescente, porém, ainda existem empresas especializadas neste ramo, que concorrem na exploração deste modelo prisional, como, por exemplo, a empresa Pires Segurança Ltda, que destina-se a implementar prisões privadas no sistema prisional brasileiro, inspirando-se na experiência norte americana (MINHOTO, 2000, p. 92). Mas este conceito já não é mais tão difundido mundialmente, uma vez que as funções de guarda, tutela dos presos devem permanecer com o Estado, conforme referido acima Contratação de serviços específicos com particulares Por fim, este modelo de privatização consiste na contratação de empresas privadas para a execução de determinados serviços, ou seja, é essencialmente uma terceirização de algumas áreas de atuação dentro dos institutos de cumprimento da pena, no qual o Estado faz um contrato com o particular, passando a este a responsabilidade de alimentar, vestir e manter o preso, tendo como contraprestação o trabalho prisional a seu favor. O Estado, ao contratar a execução do serviço ao setor privado, continuaria responsável por seu financiamento, regulação, avaliação e controle, mas se beneficiaria do acesso a novas tecnologias, redução de gastos com pessoal, da burocracia ( red tape ) e dos atrasos recorrentes nos cronogramas, no caso

30 das prisões, fundamentalmente, a construção de novos estabelecimentos (MINHOTO, 2000, p. 65). Nestes estabelecimentos prisionais incluem-se também as prisões industriais, como no caso especifico da Penitenciária Industrial de Guarapuava e a de Cascavel, ambas no estado do Paraná, que serão alvo do capítulo final. Estes consistem em modelos nos quais as empresas criam no interior do estabelecimento prisional uma fábrica, uma indústria, utilizando a mão-de-obra dos presos para trabalharem na fabricação destes produtos, prestando serviços às empresas gestoras, como forma de manter o sistema de prisão industrial funcionando. Este tipo de utilização da mão-de-obra prisional esta relacionada a dois aspectos importantes: a) somente os empresários podem ofertar as vagas nestes estabelecimentos industriais, tentando evitar a ociosidade no cárcere e b) o conceito de reabilitação pela educação ao invés de trabalho e disciplina esta desacreditado, conforme será visto no terceiro capítulo do presente estudo. 2.2 Modelo de Privatização Francês No ano de 1945 ocorre um marco na execução penal francesa, qual seja, uma importante reforma no sistema penitenciário, que tinha por base quatorze princípios, com o objetivo principal de proporcionar aos presos as básicas condições para seu retorno a sociedade livre. Ao contrário dos estados Unidos, portanto, a expansão penitenciária na França é alimentada não pelo encarceramento excessivo, mas pela dualização da atividade penal e pela maior duração das penas (WACQUANT, 2001, p. 105). Porém, somente em 1986 é que o governo francês toma medidas realmente efetivas para solucionar os problemas decorrentes da superpopulação carcerária, saindo do âmbito de projetos e discussões. Essa medida é a apresentação junto ao Senado do projeto , onde havia a proposta de ser criada vagas para abrigar todos os condenados. Era um projeto ambicioso e na sua versão inicial, no artigo 1º, já atribuía ao setor privado a construção, financiamento, estruturação, colocação em funcionamento e administração do estabelecimento penal, inclusive da

31 vigilância e custódia dos presos, ou seja, uma privatização total, tal qual o modelo de administração privada das penitenciárias utilizado nos Estados Unidos da América. Esta proposta gerou muita polêmica junto ao Senado, uma vez que se acreditava ser inconstitucional a delegação da função de punir ao setor privado, em virtude de a França ser um Estado Democrático de Direitos. O projeto fora recusado, e em 1987 surge o projeto , que nada mais era do que uma adaptação do projeto anterior às condições reais de aplicabilidade no Estado Francês. Este novo projeto tinha o intuito de construir imediatamente vagas para a população carcerária francesa, e foi considerado o mais inovador para a época, causando grandes discussões entre os que eram a favor do projeto, como o ministro da justiça francês, Albin Schaladon, que acreditava que o projeto beneficiaria os presos e o governo, uma vez que este não possuía condições de criar novas vagas no sistema carcerário, e os que acreditavam que o poder de punir não poderia ser transferido ao particular, uma vez que consistia em função exclusiva do Estado Democrático de Direito. Inicialmente a proposta era de uma privatização total, transferindo todos os serviços relacionados à execução penal ao setor privado, inspirado no modelo americano de privatizar. Mas esta ideia não foi aceita, passando assim a utilizar um sistema denominado co-gestão, no qual a responsabilidade pelo gerenciamento e administração da prisão cabe tanto ao setor público como ao privado. Esse sistema de co-gestão tem alguns pontos primordiais definidos no contrato, a saber: o Estado cabe a indicação do Diretor Geral do estabelecimento, seu relacionamento com o juiz da execução penal e a responsabilidade pela segurança interna e externa da prisão, à empresa contratada compete a organização do trabalho, da educação, do lazer, da alimentação, do fornecimento de vestimentas e demais serviços relacionados ao preso, incluindo a assistência médica, social, e jurídica; essa empresa receberá uma quantia por preso/dia pela prestação desses serviços. (OLIVEIRA, 1996, p.81). Assim, surge o modelo de privatização francês, muito semelhante ao modelo de contratação de serviços específicos com particulares, implantando nos Estados Unidos, porém com uma particularidade, o uso pela primeira vez do nome co-gestão,

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