Fatores determinantes da participação e do rendimento do idoso e não-idoso no mercado de trabalho brasileiro

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1 A Economa em Revsta Volume 18 Número 2 Dezembro de Fatores determnantes da partcpação e do rendmento do doso e nãodoso no mercado de trabalho braslero Cláuda Sá de Moura/UEM Marna Slva da Cunha/UEM RESUMO Esse trabalho se propõe a analsar quas as característcas do doso no mercado de trabalho e quas são os determnantes do rendmento do doso, utlzando o procedmento de Heckman (equação de seleção). Os determnantes dos rendmentos do doso podem ser encontrados em varáves, tas como: setor, horas trabalhadas, nível educaconal e gênero. Buscase verfcar também se a partcpação do doso vem aumentando e se modfcando com o passar dos anos no Brasl. Notase que os resultados foram sgnfcatvos e de acordo com o esperado e que há dferenças nos rendmentos dos dosos, como por exemplo, quando é do sexo masculno, branco, mora na zona urbana, na regão metropoltana e, prncpalmente, se resde no Estado de São Paulo. Palavraschave: Idoso, Rendmento, Mercado de Trabalho. 1 INTRODUÇÃO Baxas taxas de fecunddade, aumento da longevdade e urbanzação acelerada ocorrdas no Brasl, estão refletndo no crescmento relatvo da população, que vem declnando sstematcamente, desde a década de 1970, e tem gerado um aumento sgnfcatvo da população dosa. Este processo se mostra rreversível, se não ocorrerem mudanças na fecunddade e mortaldade esperadas para os próxmos anos. Já é notável o aumento dos dosos no mercado de trabalho em razão de sua dsposção físca e mental, e sto tem mudado o perfl das polítcas e aumentado a preocupação de como proteger os dosos e levanta o debate quanto a capacdade da socedade braslera em se adaptar a este novo cenáro, que é vsto com preocupação, conforme Camarano (1999), por acarretar mudanças no perfl das demandas por polítcas públcas, colocando desafos para o Estado, a socedade e a famíla. Há poucos trabalhos que tratam especfcamente sobre a partcpação do doso no mercado de trabalho, assm como são poucos os trabalhos que estudam o rendmento do doso e que compara os dosos e os nãodosos. Esse trabalho tem como objetvo dentfcar fatores que determnam a partcpação e o rendmento do doso e do nãodoso no mercado de trabalho braslero. Para tanto, será utlzado o procedmento de Heckman para a estmação das equações de rendmento. São analsados os dados da Pesqusa Naconal de Amostras Domclares (PNAD) de 1992 e O objeto de estudo são os dosos, sto é, pessoas acma dos 60 anos que, estão ou não nserdas no mercado de trabalho braslero. A escolha de 60 anos como o níco do ntervalo prendese ao fato de que é esse o ntervalo consderado pela Polítca Naconal do Idoso. É mportante assnalar que o corte cronológco mostrase necessáro para as análses sócodemográfcas da população dosa. A Organzação das Nações Undas defnu o lmte de 60 anos para uma pessoa ser consderada dosa nos países em desenvolvmento e 65 anos para os países desenvolvdos e no Brasl, o Estatuto do Idoso referenda o lmte de 60 anos. Este trabalho está dvddo em quatro seções, nclundo esta breve Introdução. A Segunda Seção descreve a fonte de dados, a metodologa, o modelo empírco e a analse descrtva prelmnar que auxlou a pesqusa sobre os prncpas fatores que determnam a partcpação e a renda dos dosos e nãodosos do Brasl. A Tercera Seção apresenta a partcpação no mercado de trabalho e os dferencas de rendmento da população dosa e nãodosa ocupada conforme a análse das equações de seleção e rendmento de Heckman. Por fm, as Consderações Fnas abordam os prncpas resultados obtdos no trabalho.

2 154 A Economa em Revsta Volume 18 Número 2 Dezembro de METODOLOGIA 2.1 FONTE DE DADOS As análses têm como base as nformações coletadas na PNAD do IBGE que trata de um levantamento anual realzado por meo de uma amostra de domcílos que abrange todo o país. Para permtr uma comparação os dados referentes à área rural dos estados da antga Regão Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondôna e Rorama), no ano de 2007, foram excluídos. Foram também excluídos os ndvíduos sem declaração de nformações, não determnadas ou dados gnorados. A Tabela 1, apresenta o número de observações utlzados, depos de elmnados os dados sem declaração, não determnados, ou dados gnorados, nos anos de 1992 e O ano de 2007 apresentou aumento no total de observações, refletndo o aumento populaconal no Brasl. Tabela 1. número de observações utlzadas pela PNAD nas análses dos anos de 1992 e Número de Observações Nãodosos Idosos Total Fonte: IBGE/PNAD Resultado da pesqusa. 2.2 MÉTODO A maor parte dos modelos econométrcos empregam o método de Mínmos Quadrados Ordnáros (MQO), mas no caso da equação de rendmentos, podem ocorrer város problemas, pos o procedmento usual é regredr a renda em função apenas de varáves explcatvas dos ndvíduos ocupados, gnorandose os desempregados e os natvos, porque este grupo não possu um emprego remunerado, e sto causa um problema de vés de seletvdade amostral. Por sso, este método fo questonado por Heckman (1979), que defende que a ocorrênca de vés se deve pelas dferenças exstentes entre a perspectva de ocupação de cada ndvíduo no mercado de trabalho e as regras dstntas de decsão de ocupação, que no caso do MQO, são analsados da mesma forma. Assm, uma amostra consttuída apenas por ndvíduos que estão ocupados pode não representar toda a população, pos pode haver ndvíduos que acetam ou não trabalhar pelo saláro ofertado e sso faz com que sejam comparados ndvíduos para os quas uma regra vale com outros para os quas tal regra é volada. Por exemplo, as mulheres, que levam em conta a materndade no momento da nserção em um emprego, um problema não consderado no caso dos homens e sso reflete o uso de amostras seleconadas de forma nãoaleatóra para se estmar relações comportamentas. Conforme a teora do cclo de vda, o ndvíduo não se ocupa por causa da renda não depender somente da oferta de trabalho oferecda pelo mercado e do saláro contratado, mas, também, do saláro de reserva mplícto do agente, sto é, do saláro reserva, que é aquele em que o ndvíduo fca ndferente entre trabalhar e não trabalhar (Lberato, 2003) Então, pela metodologa proposta por Heckman, as equações de seleção, que medem a propensão margnal ao ndvíduo estar ocupado, são obtdas através de um modelo probt, em que a varável dependente é um se o ndvíduo é ocupado, e zero se o ndvíduo não é ocupado (no caso do trabalho de Heckman ctado, os ndvíduos estudados foram as mulheres casadas e no caso deste trabalho são os dosos e nãodosos, aposentado ou não, que estão ou não no mercado de trabalho). Para obter a equação de rendmentos, é necessáro estmar parâmetros consstentes, e para sso, precsase corrgr o problema de nconsstênca da amostra, por causa do vés de seleção. Então, logo após este cálculo, com base nos parâmetros estmados no modelo probt a varável lambda (nverso da razão de Mll) é calculada. Esse vés ocorre pos, enquanto apenas uma parte da população é ocupada, a população toda é potencal, ou seja, o fato de o ndvíduo não ter trabalhado, no período da pesqusa, não sgnfca que ele não quera trabalhar. Assm, mesmo que a segunda parte da metodologa seja estmada por MQO, com a varável lambda, obtda pelo modelo probt, o valor dos coefcentes estmados não refletem, dretamente, o efeto das varáves ndependentes sobre a varável dependente.

3 A Economa em Revsta Volume 18 Número 2 Dezembro de Pela varável dependente depender do potencal de consegur rendmentos de cada ndvíduo, uma capacdade que não observável por estmações, o procedmento de Heckman pode não corrgr todos os problemas envolvdos na estmação de uma equaçãosaláro. Como os ndvíduos desempregados ou natvos podem ter característcas dstntas daqueles ocupados e para evtar que apenas ndvíduos ocupados serem analsados, o que pode levar a uma amostra não aleatóra, utlzase o procedmento em dos estágos de Heckman, assm, conforme Greene (2002), por meo do modelo probt, estmase a equação de seleção, com a probabldade de o ndvduo estar trabalhando, que permte estmar na equação: z * λ' y u (1) Em que, z = 1 se z * > 0 e z = 0 se z * 0. Sendo a renda observada apenas se z = 1. y nclu varáves que predzem se as pessoas (aposentadas ou não) estão trabalhando ou não, e z * é uma função ndcadora da partcpação das pessoas no mercado de trabalho. Depos se estma a segunda equação, chamada de Equação de rendmentos. w β' x ε (2) Com (u, ε ) ~ normal bvarada [0, 0, 1, ζ ε, ρ], em que w é o logartmo da renda, e x é o vetor de característcas. Em seguda, para cada amostra seleconada, calculase a razão de Mll nvertda: ˆ (ˆ γ'y ) (ˆ γ'y ) λ (3) Adconando ˆ como regressor adconal na equação de saláros e estmandoa por mínmos quadrados ordnáros, obtém um estmador consstente dos parâmetros, contornando o problema do vés de seleção. E[ w z = 1] = β'x +β λ( γy ) (4) λ Em que, β λ = ρζ ε. Nesse modelo, a varável dependente (w ) e o logartmo neperano da renda dos dosos empregados no Brasl em 1992 e Neste trabalho, o ajustamento das equações fo feto por mínmos quadrados ponderados, utlzando como fator de ponderação o peso ou o fator de expansão assocado a cada pessoa da amostra. No vetor de varáves explcatvas (y ), estão ncluídos sexo, cor, educação, dentre outras; o vetor (x ) nclu, além destes, varáves como: tempo semanal de trabalho e dade ao quadrado, observados apenas para os ndvíduos ocupados. 2.3 MODELO EMPÍRICO No presente trabalho, prmeramente, constróse uma equação de seleção para ocupados ou não ocupados e a estma por meo de um modelo Probt: Ocupado = α0 + γ1dosos + γ2sexo + γ3cor + γ4dade + γ5dade2 + γ6edu2 + γ7edu3 + γ8edu4 + γ9edu5 + γ10edu6 + γ11metro + γ12urbano + γ13reg2 + γ14reg3 + γ15reg4 + γ16reg5 + γ17reg6 + γ18chefef + γ19aposent + γ20penson + u (5)

4 156 A Economa em Revsta Volume 18 Número 2 Dezembro de 2010 Ocupado: varável bnára com valor 1 se o ndvíduo trabalha e zero caso contráro α 0: parâmetro constante da equação de seleção γ : parâmetros que captam os efetos das varáves bnáras da equação de seleção u : resíduos do modelo As equações de seleção medem a propensão margnal dos ndvíduos ocupados, ou a probabldade relatva de determnado fator favorecer ou desfavorecer a ocupação dos dosos, mantendo tudo mas constante. Também se derva o parâmetro lambda que corrge a estmação das equações de rendmento. As estmações foram realzadas medante o procedmento em dos estágos de Heckman, mas o Probt é calculado pelo método da Máxma Verossmlhança, que assm como o método de mínmos quadrados, permte a estmação dos parâmetros de modelos econométrcos e a realzação de testes de hpóteses relatvos a restrções lneares e não lneares ao vetor de parâmetros. Porém, quando colocase pesos, como fo o caso deste trabalho, o modelo fca muto complexo para o modelo de Máxma Verossmlhança, por sso utlzase o método de Pseudomáxma Verossmlhança que ncorpora os pesos da manera correta consderando o plano amostral para obtenção de estmatvas provenentes de pesqusas amostras complexas. Assm, ao nvés do lambda tradconal, temse na saída dos resultados um parâmetro rho, cuja sgnfcânca estatístca comprova a exstênca de vés de seleção, demonstrando a necessdade de utlzar a metodologa proposta por Heckman. Depos da estmação da equação de seleção, constróse e estmase a equação de rendmentos: lnrtt/hr = β0 + δ1dosos + δ2sexo + δ3cor + δ4edu2 + δ5edu3 + δ6edu4 + δ7edu5 + δ8edu6 + δ9metro + δ10urbano + δ11reg2 + δ12reg3 + δ13reg4 + δ14reg5 + δ15reg6 + δ16chefef + δ17aposent + δ18penson + δ19ocupa2 + δ20ocupa3 + δ21setor2 + δ22setor3 + δ23setor4 + δ24setor5 + δ25formal + ε (6) lnrtt/hr: logartmo da varável que mensura os rendmentos totas de todos os trabalhos em reas dvddos pela hora semanal trabalhada β 0: parâmetro constante da equação de rendmento δ 1: parâmetros que captam os efetos das varáves bnáras da equação de rendmento ε : resíduos do modelo 2.4 ANALISE DESCRITIVA PREMINILAR Nesta seção são apresentadas algumas característcas da população nãodosa e dosa braslera nos anos de 1992 e 2007, com dados da Pesqusa Naconal de Amostras de Domcílos (PNAD). Na Tabela 2, temse a dstrbução absoluta e relatva da população braslera por 16 faxas etáras, começando por 0 a 9 anos e termnando com 80 anos ou mas, nela, observase que a dstrbução absoluta e relatva é maor nas cranças nas faxas de 0 a 9 anos e 10 a 14 anos e também nos adolescentes nas faxas de 15 a 19 anos e 20 a 24 anos, mas nestas faxas até 35 a 39 anos não apresentam tendênca de crescmento, o que pode ndcar os efetos da queda da fecunddade e aumento da mortaldade entre os jovens ocorrdas na população que compõem estas faxas. As faxas que chamam mas atenção é a de 40 a 44 anos até 55 a 59 anos que fazem parte da população nãodosa, que apresentam aumento de partcpação de 1992 para 2007, por exemplo, a faxa de 45 a 49 anos que aumentou a partcpação na população total de 4,35% em 1992, passando para 6,11% em 2007, mostrando o aumento da partcpação da população dosa no futuro. As faxas etáras que compõem a população dosa, que são as faxas de 60 a 64 anos até 80 anos ou mas, também possuem tendênca de aumento de sua partcpação de 1992 para 2007, por exemplo, a faxa de 65 a 69 anos que aumentou a partcpação na população total de 2,06% em 1992, para 2,59% em 2007, mostrando o aumento da partcpação da população dosa presente, lembrando que de 1992 a 2007 são 15 anos, e quem tnha 45 anos em 1992 em 2007 estava com 60 anos, dade consderada pertencente à população dosa. Refletndo a queda da mortaldade e o aumento da expectatva e sobrevda dos dosos.

5 A Economa em Revsta Volume 18 Número 2 Dezembro de Tabela 2. Dstrbução absoluta e relatva da população braslera por faxas etáras nos anos de 1992 e Anos Faxas Etáras Dstrbução Absoluta % Dstrbução Absoluta % 0 a , ,06 10 a , ,41 15 a , ,09 20 a , ,90 25 a , ,52 30 a , ,71 35 a , ,15 40 a , ,01 45 a , ,11 50 a , ,27 55 a , ,27 60 a , ,24 65 a , ,59 70 a , ,90 75 a , ,37 80 ou mas , ,40 Total , ,00 Fonte: IBGE/PNAD Resultado da pesqusa. A partcpação da população nãodosa cau de 89,80% em 1992 para 89,23% em 2007 em contrapartda, houve um aumento da partcpação da população dosa que em 1992 era de 10,20% para 10,77% em 2007, sto lustra bem o que fo dscutdo no capítulo sobre o envelhecmento da população. Após exclur os ndvíduos com alguma nformação não dsponível temse a Tabela 3, que apresenta a dstrbução da População em Idade Atva (PIA), da População Economcamente Atva (PEA) e da População Economcamente Atva ocupada (PEA ocupada) no Brasl nos anos de 1992 e Observase que a partcpação da População em Idade Atva e da População Economcamente Atva vem crescendo consderavelmente para a população nãodosa e dosa, com destaque à população dosa na PEA, mas o mesmo não ocorre relatvamente com a PEA ocupada nãodosa, que dmnu. Há também, um aumento da população dosa ocupada e desocupada, a desocupação dosa pode ser reflexo da dfculdade do doso em ngressar no mercado de trabalho. Tabela 3. Dstrbução relatva da PIA, PEA e PEA ocupada no Brasl nos anos de 1992 e NÃO POPULAÇÃO Não PIA 25,24 17,84 0,27 0,30 PIA 66,89 71,65 7,60 10,20 Total 92,13 89,50 7,87 10,50 PIA Não PEA 32,58 29,48 6,64 8,69 PEA 57,22 58,06 3,56 3,78 Total 89,80 87,54 10,20 12,46 PEA Ocupado 87,45 85,80 5,78 5,98 Desocupado 6,70 8,09 0,07 0,12 Total 94,15 93,89 5,85 6,11 Fonte: IBGE/PNAD Resultado da pesqusa. A Tabela 4, apresenta a partcpação da população ocupada por raça e escolardade, notase que a partcpação da população ocupada branca tem aumentado sua partcpação de 1992 em comparação a 2007, frente a dmnução da partcpação da população nãobranca ocupada (exceto para a população femnna nãodosa). Na partcpação nos níves de escolardade, notase que a partcpação por nível de escolardade da população ocupada masculna é maor que a partcpação da população femnna. Há também, uma queda sgnfcatva na partcpação dos prmeros níves da escolardade e um

6 158 A Economa em Revsta Volume 18 Número 2 Dezembro de 2010 aumento sgnfcatvo nos maores níves de escolardade, com destaque, como exemplo, analfabetos femnnos, nãodosos, ndo de 14,03% em 1992, e cando para 5,72% em 2007, assm como a partcpação da população dosa femnna analfabeta, que é maor que todas as partcpações e cau de 54,17% em 1992, para 30,92% em 2007, essa dmnução no nível de analfabetsmo pode ser resultado do retorno a escola através de programas educaconas do governo. Tabela 4. partcpação percentual da população dosa e não dosa ocupada por sexo, raça e escolardade no Brasl nos anos de 1992 e MASCULINO NÃO RAÇA OU COR Nãobranco 61,96 59,27 63,81 63,76 Branco 38,04 40,73 36,19 36,24 ESCOLARIDADE Analfabetos 38,31 37,53 36,57 36,75 Prmáro ncompleto 11,66 6,02 30,84 20,78 Gnáso ncompleto 14,33 8,40 15,86 14,85 Ensno médo ncompleto 24,64 20,71 12,54 17,14 Graduação ncompleta 8,18 21,86 2,05 5,61 Pósgraduação ou mas 2,89 5,48 2,14 4,86 FEMININO NÃO RAÇA OU COR Nãobranco 43,84 47,15 46,90 45,52 Branco 56,16 52,85 53,10 54,48 ESCOLARIDADE Analfabetos 14,03 5,72 54,17 30,92 Prmáro ncompleto 18,31 7,94 22,08 22,25 Gnáso ncompleto 32,68 22,44 17,85 25,53 Ensno médo ncompleto 12,42 16,56 1,54 6,77 Graduação ncompleta 16,39 35,41 2,91 8,60 Pósgraduação ou mas 6,18 11,93 1,45 5,92 Fonte: Elaborado pelo autor com base nos mcrodados das PNADs de 1992 e Nos níves de maor escolardade, como graduação ncompleta e pósgraduação ou mas, há uma aumento da partcpação da população ocupada nãodosos e dosos, masculna e femnna, de 1992 a 2007, em que a partcpação, como por exemplo, da população ocupada dosa femnna mas que dobra, sendo que em 1992 era de 1,45%, chegando a 5,92% em 2007, o que pode ser reflexo da melhora de acesso a escola e a faculdades e pela maor conscênca da mportânca da educação adqurda pela população com o passar dos anos. Nesse período, ocorreu, em geral, uma melhora no nível de nstrução da população braslera atngndo também a população dosa, o que, sem dúvda, se deve ao novo contngente de dosos que durante o seu cclo de vda fo benefcado com polítcas públcas anterores. Segundo a SIS (2003), o acesso à rede de ensno está se unversalzando. A oferta vem atendendo aos dretos báscos da população, proporconando um aumento do fluxo de cranças e jovens à escola. Apesar de a população femnna ser maor e estar aumentando sua partcpação no total da população, elas anda estão em menor número na partcpação do total de ocupados, embora seja crescente sua partcpação no período estudado. A população nãobranca masculna e femnna, pelo contráro, apesar de ter a maor partcpação, esta tem dmnuído no total da população ocupada. Há também a melhora nos ndcadores dos níves educaconas, que tem um efeto postvo na partcpação e nserção dos ndvíduos no mercado de trabalho.

7 A Economa em Revsta Volume 18 Número 2 Dezembro de Segundo a SIS (2007), na década de 1970 o Brasl passa a ser consderado um país urbano. A Tabela 5 apresenta a partcpação da população ocupada nãodosa e dosa, masculna e femnna, por regão nos anos de 1992 e 2007, em que notase que a menor partcpação é a da regão Norte para todas as categoras, mas vem crescendo com o passar dos anos, assm como a regão CentroOeste, em contrapartda a regão Sudeste, sem o estado de São Paulo, tem dmnuído sua partcpação em todas as categoras. Tabela 5. Partcpação percentual da população dosa e não dosa ocupada por sexo, grandes regões, local de domcílo e setor de resdênca no Brasl nos anos de 1992 e MASCULINO NÃO GRANDES REGIÕES Nordeste 27,04 26,69 32,63 29,97 Norte 3,54 7,15 2,73 5,72 MG + ES + RJ 21,86 19,75 22,90 20,25 São Paulo 22,26 22,05 18,21 17,85 Sul 17,24 15,96 16,96 18,14 CentroOeste 8,06 8,40 6,57 8,07 LOCAL DE DOMICÍLIO Metropoltana 28,24 29,09 20,36 22,52 Nãometropoltana 71,76 70,91 79,64 77,48 SETOR DE RESIDÊNCIA Urbana 74,64 80,76 61,91 68,76 Rural 25,36 19,24 38,09 31,24 FEMININO NÃO GRANDES REGIÕES Nordeste 27,43 25,34 34,31 29,96 Norte 3,44 6,33 2,00 4,88 MG + ES + RJ 21,99 20,16 25,38 21,28 São Paulo 20,80 23,20 12,67 17,22 Sul 18,68 16,84 20,81 19,59 CentroOeste 7,66 8,14 4,84 7,07 LOCAL DE DOMICÍLIO Metropoltana 29,46 31,88 19,56 26,34 Nãometropoltana 70,54 68,12 80,44 73,66 SETOR DE RESIDÊNCIA Urbana 75,97 84,45 56,75 69,10 Rural 24,03 15,55 43,25 30,90 Fonte: Elaborado pelo autor com base nos mcrodados das PNADs de 1992 e A Tabela 6 apresenta a partcpação da população ocupada nãodosa e dosa, masculna e femnna, por postos de trabalho nos anos de 1992 e Notase que a partcpação da população ocupada nãodosa femnna e masculna é maor e crescente no setor de servços e a partcpação da população ocupada dosa femnna e masculna é maor e decrescente no setor agrícola, e também é decrescente para a população nãodosa. Na posção na ocupação, a maor partcpação da população ocupada nãodosa femnna e masculna ocorre na posção de empregados, na partcpação da população ocupada dosa masculna é a contaprópra. Nas horas trabalhadas, a maor partcpação da população ocupada masculna ocorre na faxa de 40 a 44 horas semanas de trabalho, e vem aumentando no período estudado, e a maor partcpação da população ocupada femnna ocorre na faxa de 15 a 39 horas, em que a partcpação da população ocupada nãodosa femnna vem dmnundo nos dos últmos anos e vem crescendo no mesmo período para a faxa de 40 a 44 horas semanas de trabalho.

8 160 A Economa em Revsta Volume 18 Número 2 Dezembro de 2010 No emprego formal, a maor partcpação da população ocupada masculna e femnna nãodosa aconteceu em 1992 e Na partcpação da população ocupada dos dosos masculnos, a maor partcpação para todos os anos fo no emprego nãoformal. Isto mostra a nformaldade dos dosos, geralmente porque já estão aposentados e não podem ser regstrados na cartera. Tabela 6. Partcpação percentual da população dosa e não dosa ocupada por sexo e trabalho no Brasl nos anos de 1992 e MASCULINO NÃO ATIVIDADE PRINCIPAL Agrcultura 28,68 19,94 53,91 44,21 Indústra 26,83 17,98 13,50 7,61 Construção 2,07 11,65 0,92 8,89 Comérco 13,15 19,41 10,42 14,63 Servços 29,28 31,02 21,25 24,66 POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO Empregado 71,98 70,78 44,80 34,49 Contaprópra 23,20 24,43 46,87 55,51 Empregador 4,82 4,80 8,33 10,00 HORAS TRABALHADAS De 0 a 14 horas 1,70 2,87 6,17 8,42 De 15 a 39 horas 12,53 14,29 21,70 27,50 De 40 a 44 horas 34,29 40,21 27,00 30,00 De 45 a 48 horas 20,96 18,04 16,32 11,62 De 49 horas ou mas 30,53 24,59 28,82 22,46 EMPREGO Nãoformal 45,32 47,29 63,10 72,12 Formal 54,68 52,71 36,90 27,88 FEMININO NÃO ATIVIDADE PRINCIPAL Agrcultura 22,42 12,37 58,38 41,33 Indústra 10,17 12,66 4,03 14,35 Construção 0,59 0,47 0,31 0,34 Comérco 12,26 16,89 5,68 11,12 Servços 54,56 57,61 31,60 32,86 POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO Empregado 83,54 79,77 71,68 46,22 Contaprópra 14,98 17,59 26,01 48,99 Empregador 1,48 2,64 2,31 4,79 HORAS TRABALHADAS De 0 a 14 horas 10,91 9,57 32,14 33,16 De 15 a 39 horas 32,17 29,82 41,66 37,88 De 40 a 44 horas 27,93 35,23 12,07 16,49 De 45 a 48 horas 12,17 11,68 4,87 4,63 De 49 horas ou mas 16,82 13,70 9,26 7,84 EMPREGO Nãoformal 40,02 47,75 38,42 72,72 Formal 59,98 52,25 61,58 27,28 Fonte: Elaborado pelo autor com base nos mcrodados das PNADs de 1992 e 2007.

9 A Economa em Revsta Volume 18 Número 2 Dezembro de Na Tabela 7, que apresenta a partcpação da população ocupada por sexo e tpos de rendmentos, observase que a maor partcpação da população ocupada, dosa e nãodosa, masculna e femnna é no Tpo 2. Tabela 7. Partcpação percentual da população dosa e não dosa ocupada por sexo e tpos de rendmentos nos anos de 1992, 1997, 2002 e MASCULINO RENDA* NÃO Tpo 1 10,17 6,55 3,20 3,53 Tpo 2 82,26 89,16 82,59 80,95 Tpo 3 0,00 0,00 0,08 1,51 Tpo 4 0,28 0,22 0,84 1,38 Tpo 5 0,01 0,01 0,12 2,84 Tpo 6 7,28 4,05 13,13 9,39 Tpo 7 0,00 0,00 0,00 0,13 Tpo 8 0,00 0,00 0,05 0,28 FEMININO RENDA* NÃO Tpo 1 22,38 8,72 45,71 12,85 Tpo 2 72,56 78,63 41,71 51,39 Tpo 3 0,01 0,05 1,14 13,11 Tpo 4 0,53 3,70 2,46 3,99 Tpo 5 0,04 0,09 2,63 9,39 Tpo 6 4,46 8,79 4,96 8,06 Tpo 7 0,01 0,00 0,57 0,92 Tpo 8 0,01 0,01 0,82 0,30 Fonte: Elaborado pelo autor com base nos mcrodados das PNADs de 1992 e Nota: * Tpo 1: Renda Nula, Tpo 2: Rendmento total de todos os trabalhos (RTT), Tpo 3: Aposentadora + pensão, Tpo 4: Outras fontes de renda, Tpo 5: RTT + aposentadora + pensão, Tpo 6: RTT + outras fontes de renda, Tpo 7: Aposentadora + pensão + outras fontes de renda, Tpo 8: RTT + aposentadora + pensão+ outras fontes de renda. A segunda maor partcpação para o doso e a tercera maor partcpação para os demas é o Tpo 6, nesta categora estão aqueles ndvíduos que recebem além do(s) rendmento(s) de trabalho(s), mas outras fontes que seram provenentes de alugués, arrendamentos, juros, transferêncas, entre outros. A Tabela 8 mostra que a população nãodosa masculna contrbu no total de rendmento, prncpalmente, com a renda do trabalho prncpal e com a renda de todos os trabalhos. No caso dos dosos a maor contrbução é feta com os rendmentos provenentes da aposentadora. Já no caso da população femnna, dosa e nãodosa, a maor contrbução vem dos valores das pensões. Observase também que a contrbução dos rendmentos dos trabalhos de todas as fontes dos dosos vêm crescendo no período analsado, snalzando que os dosos têm aumentado sua partcpação no mercado de trabalho e contrbuído com o rendmento famlar. Na Tabela 9 que apresenta a partcpação da população nãodosa e dosa, masculna e femnna, por condção famlar e domclar 1, notase um predomíno e dmnução da partcpação da população ocupada masculna nãodosa e dosa como chefe da famíla e chefe de domcílo, frente à população ocupada femnna. Verfcase também, que a partcpação da população dosa masculna é bem maor que a população nãodosa, ndcando que pratcamente todos os dosos são chefes de suas famílas no período estudado. 1 Os concetos de domcílo e de famíla são emprcamente muto próxmos, embora não perfetamente equvalentes. De fato, em cerca de 5% dos domcílos convvem duas ou mas famílas. No cálculo dos dferencas de renda, o conceto utlzado neste trabalho será o de famíla. (IPEA. Sobre a recente queda da desgualdade de renda no Brasl. Nota Técnca, 2007).

10 162 A Economa em Revsta Volume 18 Número 2 Dezembro de 2010 Tabela 8. Percentual do rendmento total por categoras de rendmentos da população dosa e não dosa ocupada por sexo nos anos de 1992 e MASCULINO NÃO Renda trabalho prncpal 71,34 62,44 Renda todos os trabalhos 71,26 62,31 Renda todas as fontes 68,74 59,46 Aposentadora 31,42 24,61 Pensão 7,81 11,27 Outro 59,81 47,91 Renda do domcílo 55,22 51,72 Renda trabalho prncpal 4,06 5,08 Renda todos os trabalhos 4,09 5,05 Renda todas as fontes 6,12 6,90 Aposentadora 48,15 43,90 Pensão 1,46 4,50 Outro 21,08 10,34 Renda do domcílo 4,06 4,80 FEMININO NÃO Renda trabalho prncpal 23,97 31,42 Renda todos os trabalhos 24,04 31,60 Renda todas as fontes 23,94 31,57 Aposentadora 9,98 14,58 Pensão 72,23 65,78 Outro 17,68 39,25 Renda do domcílo 39,06 41,38 Renda trabalho prncpal 0,63 1,06 Renda todos os trabalhos 0,62 1,04 Renda todas as fontes 1,21 2,07 Aposentadora 10,45 16,90 Pensão 18,50 18,46 Outro 1,43 2,51 Renda do domcílo 1,66 2,10 Fonte: Elaborado pelo autor com base nos mcrodados das PNADs de 1992 e Tabela 9. Partcpação percentual da população dosa e nãodosa ocupada por sexo e pessoa de referênca nos anos de 1992 e MASCULINO NÃO CHEFE DOMICÍLIO Não chefe domcílo 39,14 41,13 4,93 10,48 Chefe domcílo 60,86 58,87 95,07 89,52 CHEFE FAMÍLIA Não chefe famíla 36,57 38,65 4,08 10,19 Chefe famíla 63,43 61,35 95,92 89,81 FEMININO NÃO CHEFE DOMICÍLIO Não chefe domcílo 86,79 77,02 59,82 52,05 Chefe domcílo 13,21 22,98 40,18 47,95 CHEFE FAMÍLIA Não chefe famíla 83,12 73,63 58,97 51,94 Chefe famíla 16,88 26,37 41,03 48,06 Fonte: Elaborado pelo autor com base nos mcrodados das PNADs de 1992 e 2007.

11 A Economa em Revsta Volume 18 Número 2 Dezembro de Observase que, o prncpal rendmento dos ndvíduos advém da renda do trabalho, mas quando confrontados com o rendmento famlar, predomnantemente os rendmentos do trabalho da população masculna nãodosa é que tem maor peso na famíla. Isto pode ser reflexo tanto da menor partcpação da população quanto dos menores rendmentos recebdos pela mulher e pelos dosos no mercado de trabalho. Em geral, a população dosa e não dosa, masculna e femnna recebe prncpalmente rendmentos do tpo 2, mas apenas a população nãodosa masculna é que contrbu mas com a renda famlar com este tpo de renda, os dosos masculnos contrbuem com a aposentadora e as mulheres têm na pensão a sua maor contrbução. Já os homens, tanto doso como nãodoso são chefes de famíla e domcílo, e nas mulheres essa partcpação tem aumentado no período estudado. 3 A PARTICIPAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO E OS DIFERENCIAIS DE RENDIMENTO 3.1 RESULTADOS DA EQUAÇÃO DE SELEÇÃO DE HECKMAN As estmatvas da equação (5), ou seja, com controles, estão apresentadas na Tabela 10. Além dsso, ncluuse a estmatva da equação (5) sem controles, ou seja, consderando apenas o ntercepto e a varável bnára referente ao doso. Quando os controles são ncluídos, a estmatva do coefcente de partcpação dos dosos em relação aos nãodosos tornase mas robusta, pos, dessa forma, estão sendo comparados ndvíduos mas homogêneos, com as mesmas característcas. Tabela 10. Resultados da equação de seleção de heckman com e sem controles e nãodosos e dosos nos anos de 1992 e SEM COM NÃO CONTROLES CONTROLES Idoso 0,6706 0,8908 0,4279 0,4664 _cons 0,0033 0,1230 0,7670 0,7588 0,8282 0,8052 0,6410 0,6301 Sexo 0,4615 0,4408 0,4445 0,4254 0,9009 0,6937 Cor 0,1183 0,0483 0,1158 0,0377 0,1241 0,0989 edu2 0,1126 0,1533 0,1276 0,2199 0,1939 0,2554 edu3 0,0927 0,0190 0,0918 0,0561 0,1725 0,3514 edu4 0,3731 0,2724 0,3739 0,2443 0,1143 0,4627 edu5 0,7676 0,7567 0,7831 0,7432 0,3192 0,5219 edu6 1,2363 1,2123 1,3235 1,2798 0,5924 0,8856 Metro 0,1120 0,0757 0,1115 0,0708 0,0856 0,0875 rurbano 0,0845 0,0801 0,1488 0,1451 0,4632 0,4151 reg2 0,0618 0,0411 0,0702 0,0509 0,0457 0,0474 reg3 0,1178 0,1277 0,1354 0,1452 0,0476 0,1085 reg4 0,1244 0,1651 0,1406 0,1776 0,0803 0,1077 reg5 0,1523 0,2329 0,1603 0,2363 0,0019 0,0021 reg6 0,1104 0,1290 0,1147 0,1324 0,0673 0,0178 Chefef 1,4229 1,0656 1,4656 1,1248 0,8019 0,4277 aposent 1,3571 1,0886 1,5915 1,3626 1,1196 0,8131 penson 0,9142 0,7399 0,7980 Fonte: Elaborado pelo autor com base nos mcrodados das PNADs de 1992 e Observações: Coefcentes não sgnfcatvos a 1% estão em negrto. Varável dependente: Ocupado. 0,6554 0,7746 0,6696

12 164 A Economa em Revsta Volume 18 Número 2 Dezembro de 2010 Ressaltase que a estmatva dessa varável de partcpação do doso fo negatva e estatstcamente sgnfcatva, reduzndo a partcpação no período analsado, com 67,06% em 1992 para 89,08% em 2007 no modelo sem controles. Isto mostra que, sem os controles, os dosos não teram estímulo para partcpar do mercado de trabalho. O mesmo ocorre no modelo com os controles, passando de 42,79% em 1992 para 46,64% em As estmatvas da equação (5), desagregando as nformações entre os dosos e nãodosos, estão também na Tabela 10. Com sto, apenas a varável bnára que dferenca esses dos segmentos fo subtraída do modelo. O dferencal de partcpação entre os homens e as mulheres fo estatstcamente sgnfcatvo e aponta uma redução no período analsado, apesar da partcpação ser postva para os homens dosos e nãodosos. O contráro ocorre com o dferencal de partcpação entre brancos e nãobrancos, que fo estatstcamente sgnfcatvo, mas mostra uma partcpação negatva para a população branca de dosos e nãodosos que tem se reduzdo no período analsado. Este resultado mostra que os homens e também a população branca tem menor probabldade de estar no mercado de trabalho. Consderando a varável educação, em geral, os coefcentes foram postvos e apenas para o coefcente do doso de 1992 não fo estatstcamente sgnfcatvo. No geral, os coefcentes ndcaram que, conforme o nível educaconal aumenta a partcpação no mercado de trabalho também se eleva. Esse fato sugere que a educação tem muta mportânca na explcação dos dferencas de partcpação dos dosos e nãodosos. A regão metropoltana é uma varável estatstcamente sgnfcatva, mas negatva para a determnação dos dferencas de partcpação dos dosos e nãodosos. Embora esta probabldade tenha dmnuído no período estudado, ela ndca que quem mora na regão metropoltana, sendo doso ou não doso, tem menor probabldade de partcpar do mercado de trabalho. Já a varável rurbano é estatstcamente sgnfcatva, mas postva para nãodoso e negatva para doso, mostrando que, ao contráro da população dosa, a população nãodosa que resde na regão urbana tem maor probabldade de partcpar do mercado de trabalho. Os dferencas de partcpação das grandes regões são em sua maora postvas e sgnfcatvas para a população nãodosa, exceto para Regão Norte no ano de Ao contráro, para a população dosa, os dferencas de partcpação em geral foram negatvos e não estatstcamente sgnfcatvos. Esse fato sugere que a regão passa a ter mas mportânca na explcação dos dferencas de partcpação dosos, o que já se verfcava na partcpação da população de nãodosos. O dferencal de partcpação de chefe de famíla é estatstcamente sgnfcatvo e postvo para dosos e nãodosos, embora esteja dmnundo sua probabldade no período estudado, ela aponta que, quem é responsável pela famíla tem uma maor probabldade de partcpar do mercado de trabalho. A aposentadora e a pensão são varáves estatstcamente sgnfcatvas, mas negatvas para a determnação dos dferencas, ndcando que quem os recebe, sendo doso ou nãodoso, tem menor probabldade de partcpar do mercado de trabalho. 3.2 RESULTADOS DA EQUAÇÃO DE RENDIMENTO DE HECKMAN As estmatvas da equação (6), ou seja, com controles, estão apresentadas na Tabela 11. Além dsso, ncluuse a estmatva da equação (6) sem controles, ou seja, consderando apenas o ntercepto e a varável bnára referente ao doso. Ressaltase que a estmatva desse dferencal de rendmentos fo negatva e estatstcamente sgnfcatva, passando de 21,68% em 1992 para 6,48% em 2007, no modelo sem controles, ndcando que em méda os dosos ganham menos do que a população nãodosa. O mesmo ocorre no modelo com os controles, em que os dosos têm um rendmento negatvo no período estudado, passando de 5,68% em 1992 para 5,37% em As varáves sexo e cor foram postvas e sgnfcatvas, ndcando que a população masculna e branca recebe mas que as mulheres e a população nãobranca. As mulheres ngressaram de forma mas ntensa no mercado de trabalho braslero a mas de três décadas, mas anda persstem as dferenças de rendmentos.

13 A Economa em Revsta Volume 18 Número 2 Dezembro de A população nãobranca, que apesar de partcpar mas do mercado de trabalho, ganha menos do que a população branca, o que pode ser reflexo da dscrmnação e da menor qualfcação que a população nãobranca. A educação é um bom ndcador de qualfcação e produtvdade, e mostrouse postva e sgnfcatva, ndcando que um aumento no nível de escolardade, aumenta os rendmentos. As varáves regonas foram postvas e sgnfcatvas, mostrando que quem mora na regão urbana, metropoltana e na regão Sudeste, tem um rendmento maor do que a população rural, nãometropoltana e da Regão Nordeste. A varável chefe de famíla fo postva e sgnfcatva ndcando que quem é consderado chefe de famíla recebe mas que os demas membros da famíla, o mesmo ocorre com as varáves de ocupação, setor e formal. Verfcase também que, na ocupação, o empregador recebe um rendmento maor do que os trabalhadores por contaprópra, lembrando que a maora da população dosa encontrase na últma categora ctada. Nas varáves aposentadora e pensão, os resultados foram negatvos e estatstcamente sgnfcatvos, ndcando que aposentados e pensonstas recebem um rendmento menor do que o restante da população. Tabela 11. Resultados da equação de rendmento de heckman com e sem controles e nãodosos e dosos nos anos de 1992 e SEM CONTROLES COM CONTROLES NÃO Idoso 21,68 6,48 5,68 5,37 _cons 99,30 238,76 71,02 56,67 72,04 59,50 60,48 68,35 Sexo 26,40 32,85 27,04 33,90 28,33 82,10 Cor 13,63 13,34 13,45 12,62 11,84 15,90 edu2 10,50 6,34 7,88 0,40 31,18 36,82 edu3 33,19 23,45 30,73 17,05 57,56 71,35 edu4 73,35 45,87 70,50 40,12 166,46 131,85 edu5 168,00 113,80 166,01 109,95 215,54 248,64 edu6 454,89 431,77 453,70 430,14 529,27 773,58 Metro 20,65 12,18 20,47 11,74 17,71 10,09 Rurbano 16,20 12,61 17,03 15,08 11,49 17,80 reg2 33,29 37,92 33,62 36,91 31,07 62,94 reg3 35,02 38,84 35,91 40,11 28,68 33,95 reg4 69,36 56,75 70,64 58,65 58,70 48,09 reg5 45,02 50,88 46,63 52,81 28,72 50,30 reg6 41,45 54,17 42,42 55,23 33,56 56,51 Chefef 48,05 48,97 51,52 57,51 17,41 26,87 Aposent 7,43 16,15 5,83 13,26 5,73 35,95 Penson 6,79 17,60 6,47 17,32 5,67 32,52 ocupa2 49,58 22,88 51,26 23,57 28,53 9,70 ocupa3 67,37 86,30 61,95 79,82 111,14 98,68 setor2 23,53 22,39 24,47 22,31 7,51 8,32 setor3 58,78 24,70 60,29 24,01 24,30 36,86 setor4 18,70 16,01 19,02 15,62 19,44 16,80 setor5 17,79 36,80 18,26 35,12 12,48 43,68 Formal 68,43 34,80 68,93 36,07 57,08 37,19 Rho 0,0000 0,0000 0,1303 0,4698 0,1718 0,5823 0,0140 0,6296 Lambda 0,0000 0,0000 0,0973 0,3518 0,1269 0,4391 0,0125 0,6756 R 2 0,0172 0,0355 0,2556 0,2329 0,2490 0,2198 0,2537 0,1689 Fonte: Elaborado pelo autor com base nos mcrodados das PNADs de 1992 e Nota: Os valores estmados (b) estão em percentuas, obtdos por meo de: 100[exp(b)1]. Observações: Coefcentes não sgnfcatvos a 1% estão em negrto. Valores do rendmento de 1992 foram deflaconados pelo INPC (set/2007=100), obtdos no ste: As estmatvas da equação (6), desagregando as nformações entre os dosos e nãodosos, estão também na Tabela 11. Com sto, apenas a varável bnára que dferenca esses dos segmentos fo subtraída do modelo. Os resultados mostraram que há dferenças nos padrões de rendmentos da população dosa e nãodosa.

14 166 A Economa em Revsta Volume 18 Número 2 Dezembro de 2010 O teste de razão de Pseudomáxma Verossmlhança para o parâmetro rho, que mensura a correlação entre a equação de seleção e a determnação do saláro, mostra que exste o vés de seletvdade da amostra no modelo para os dos grupos de ndvíduos analsados. Verfcase que a razão nversa de Mlls fo estatstcamente sgnfcatva ndcando a necessdade de correção do vés de seleção amostral. O snal negatvo da razão nversa de Mlls ndca que fatores não mensurados elevam a probabldade de partcpação no mercado de trabalho e reduzem os rendmentos. Para a população nãodosa eles foram postvos e para os dosos, esse coefcente também fo postvo para todos os anos estudados. Para a varável cor, os coefcentes foram maores para os dosos, que ndca que a população branca dosa recebe rendmentos proporconalmente maores do que a população nãobranca, talvez pela maor experênca da população dosa branca, frente à população nãodosa branca. No caso da educação, observase maor dferença de rendmento para o doso, em relação ao nãodoso, o que pode ser explcado por uma menor oferta de mãodeobra qualfcada entre os dosos. Para as varáves aposentadora e pensão, embora negatvas, ndcam que também há um maor dferencal de rendmento para os dosos. Esse fato pode ser justfcado pela exstênca de um alto saláro de reserva do doso. Sexo obteve coefcentes menores para os dosos, com um aumento sgnfcatvo em Esse resultado sugere que como no caso dos dosos os rendmentos são decrescentes e há um pso salaral, os dferencas entre homens e mulheres passam a ser menores. Já para a regão metropoltana os resultados foram smlares, assm como para as grandes regões e emprego formal. Embora o dferencal da regão metropoltana tenha dmnuído no período estudado para os nãodosos, ndca que quem mora na regão metropoltana tem maor rendmento que os moradores da regão nãometropoltana. O destaque va para o Estado de São Paulo que aufere rendmentos acma de 50% em relação à Regão Nordeste sendo maor que todas as grandes regões. O chefe de famíla doso tem um dferencal de rendmento menor que o nãodoso. Uma possível explcação desse fato seja a exstênca de nãodosos, com rendmentos maores, nas famílas chefadas por dosos. O dferencal de rendmento do doso que trabalha como empregador é maor do que o nãodoso. Isto é, o doso que trabalha como empregador, recebe mas do que o doso que está em outra ocupação. Já o dferencal de rendmento dos setores apresentaram coefcentes maores para nãodosos. Notase que para dosos e nãodosos, no ano de 1992 o setor de construção possuía os maores rendmentos com relação à agrcultura, mas no ano de 2007 o setor de servços passou a ter os maores rendmentos. No caso da ndústra, os resultados dos coefcentes dos dosos foram todos nãosgnfcatvos, e observase também que os resultados foram menores do que os coefcentes dos nãodosos. Assm, observase, por exemplo, que as varáves que têm coefcentes de maor magntude para a população dosa são as varáves: cor, educação, aposentado e pensonsta, e também os dosos empregadores. Já as varáves que possuem coefcentes menores para dosos são: sexo, urbano e chefe de famíla. A varável metropoltana obteve coefcentes em méda smlares para as duas categoras. Na varável dade, os coefcentes foram menores para os dosos, e houve nversão de snas, postva para nãodosos e negatva para dosos, ndcando para o nãodoso um ponto de máxmo e para o doso um ponto de mínmo. No caso dos dosos, sso ndca que estão com rendmentos decrescentes. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Uma mudança mportante ocorrda nos últmos anos fo o envelhecmento populaconal, ou seja, uma mudança nos estratos da população ocasonada pela alta velocdade da queda da fecunddade, da mortaldade e o aumento da longevdade, que acarreta mudanças rápdas no rtmo de crescmento da população e, também, na dstrbução etára e na oferta de força de trabalho, dentre outras. Isto está se refletndo na atualdade e tem mudado o perfl das polítcas e aumentado a preocupação de como proteger os dosos. Tanto na equação de seleção, como na equação de rendmento de Heckman, grande parte dos resultados foram sgnfcatvos e obtveram snas esperados, confrmando que há dferenças na partcpação e nos rendmentos dos dosos no mercado de trabalho. Tas dferenças condzem e são observadas nos trabalhos estudados.

15 A Economa em Revsta Volume 18 Número 2 Dezembro de Os resultados da equação de seleção de Heckman sugerem que a probabldade de o doso partcpar do mercado de trabalho fo negatva e estatstcamente sgnfcatva, reduzndo a partcpação no período analsado. O mesmo não ocorre no modelo com os controles, pos, embora o coefcente de partcpação venha cando com o passar dos anos, os dosos anda tem uma partcpação postva e estatstcamente sgnfcatva no mercado de trabalho. Assm, os resultados da equação de seleção para dosos e nãodosos ndcam que os nãodosos têm uma maor probabldade de partcpar do mercado de trabalho, mesmo que a partcpação do homem tenha dmnuído, ela é postva, assm como chefes de famíla, já os coefcentes de dade e a educação aumentaram no período estudado, ndcando uma maor probabldade de partcpação no mercado de trabalho. Já os resultados para os dosos ndcam que a partcpação do homem, mesmo postva, tem dmnuído no período estudado, a dade é negatva e decrescente e apenas a educação é um fator postvo para a partcpação do doso no mercado de trabalho. Nos resultados com e sem controles, a equação de rendmentos apontam que os homens, com maor nível de nstrução, que resdem na regão metropoltana, urbana e na regão Sudeste, assm como empregadores, no setor de servços, formas, recebem os maores rendmentos. Observase, com os resultados da equação de rendmento de Heckman, por exemplo, que as varáves que têm coefcentes de maor magntude para a população dosa são as varáves: cor, educação, aposentado e pensonsta, e também os dosos empregadores. Já as varáves que possuem coefcentes menores para dosos são: sexo, urbano e chefe de famíla. A varável metropoltana obteve coefcentes em méda smlares para as duas categoras. Na varável dade, os coefcentes foram menores para os dosos, e houve nversão de snas, postva para nãodosos e negatva para dosos, ndcando para o nãodoso um ponto de máxmo e para o doso um ponto de mínmo. No caso dos dosos, sso ndca que estão com rendmentos decrescentes. A nserção do doso no mercado de trabalho braslero é mportante, pos o rendmento do trabalho dos dosos contrbu de forma sgnfcatva para a composção da renda famlar, mas os dosos possuem fragldades de nserção, o que demandara polítcas públcas específcas para ajudar esses grupos de dosos, tanto em termos de rendmento como nas condções de trabalho, para que futuramente, as dscrmnações dos dosos, prncpalmente, no mercado de trabalho possam ser mnmzadas e os rendmentos possam ser equaconados entre todos os ndvíduos. Fca o convte para reflexão e proposta de soluções para futuros trabalhos neste tema que brevemente poderá estar nas pautas dos planejadores e polítcos de todo o Brasl. ABSTRACT Ths work ntends to analyze whch are the older's characterstcs n the labor market and whch are the determnants of the earnngs of the older's, usng the Heckman s procedure (selecton equaton). The determnant of the older's earnngs can be found n varables, such as: secton, workng hours, educatonal level and between men and women. And due to that t s also verfed that the older's partcpaton s ncreasng and modfyng throughout the years n Brazl. It s notced that the results were sgnfcant and lke the expected, and that there are dfferences n the earnngs of the older people, as for nstance, when the one s male, whte, lves n the urban zone, n the metropoltan area and manly f resdes n the State of São Paulo. Keywords: Older People, Earnng, Labor Market. REFERÊNCIAS CAMARANO, A.A.; BELTRÃO K.I.; PASCOM, A.R.P.; MEDEIROS, M.; GOLDANI, A.M. Como vve o doso braslero? In: CAMARANO, A. A. (org.) Muto além dos 60: Os novos dosos brasleros. IPEA: Ro de Janero, CAMARANO A. A. O doso braslero no mercado de trabalho. IPEA: Ro de Janero, (Texto para Dscussão nº 830). CUNHA, M. S. Os empregados da agrcultura braslera: dferencas e determnantes salaras. Revsta de Economa e Socologa Rural: Brasíla, v. 46, n. 3, p , julset/2008.

16 168 A Economa em Revsta Volume 18 Número 2 Dezembro de 2010 GREENE, W. H. Econometrc Analyss. New York: New York Unversty Press, 5. ed., HECKMAN, J. Sample selecton bas as a specfcaton error. Econométrca, Chcago: Unversty of Chcago Press, v.47, n.1, p , Jan IBGE. Indcadores Socas Muncpas Uma análse dos resultados da amostra do Censo demográfco de Estudos e Pesqusas Informação Demográfca e Socoeconômca, n. 21: Ro de Janero, IBGE. Pesqusa Naconal por Amostra de Domcílos (PNAD): Mcrodados. (Compact Dsk). Ro de Janero, 1992 e IPEA. Sobre a recente queda da desgualdade de renda no Brasl. Nota Técnca, LIBERATO, V. C. A oferta de trabalho masculna pósaposentadora Brasl Urbano 1981/2001. Dssertação (Mestrado em Demografa) Centro de Desenvolvmento e Planejamento Regonal da Faculdade de Cêncas Econômcas de Mnas Geras, UFMG/Cedeplar Belo Horzonte: MG, ROCHA, M. A. A., CAMPOS, M. F. S. S. Desgualdades salaras no mercado de trabalho urbano no Paraná: uma aplcação da metodologa de Heckman. Revsta Paranaense de Desenvolvmento: Curtba, n.112, p.4771, janjun/2007. SCORZAFAVE, L. G.; MENEZESFILHO, N. A. Partcpação femnna no mercado de trabalho braslero: evolução e determnantes. Pesqusa e Planejamento Econômco: Ro de Janero, v. 31, n. 3, p , dez SIS (2003) SÍNTESE DE INDICADORES SOCIAIS IBGE Uma análse das condções de vda da população braslera. Estudos e Pesqusas Informação Demográfca e Socoeconômca, n. 17: Ro de Janero, SIS (2007) SÍNTESE DE INDICADORES SOCIAIS IBGE Uma análse das condções de vda da população braslera. Estudos e Pesqusas Informação Demográfca e Socoeconômca, n. 21: Ro de Janero, 2007.

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