no Caminho da Encontro da Indústria para a Sustentabilidade

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1 A Indústria Brasileira no Caminho da Sustentabilidade Encontro da Indústria para a Sustentabilidade

2 CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA CNI PRESIDENTE Robson Braga de Andrade 1º VICE-PRESIDENTE Paulo Antonio Skaf 2º VICE-PRESIDENTE Antônio Carlos da Silva 3º VICE-PRESIDENTE Flavio José Cavalcanti de Azevedo VICE-PRESIDENTES Paulo Gilberto Fernandes Tigre Alcantaro Corrêa José de Freitas Mascarenhas Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira Rodrigo Costa da Rocha Loures Roberto Proença de Macêdo Jorge Wicks Côrte Real José Conrado Azevedo Santos Mauro Mendes Ferreira Lucas Izoton Vieira Eduardo Prado de Oliveira Antônio José de Moraes Souza 1º DIRETOR FINANCEIRO Francisco de Assis Benevides Gadelha 2º DIRETOR FINANCEIRO João Francisco Salomão 3º DIRETOR FINANCEIRO Sérgio Marcolino Longen 1º DIRETOR SECRETÁRIO Paulo Afonso Ferreira 2º DIRETOR SECRETÁRIO José Carlos Lyra de Andrade 3º DIRETOR SECRETÁRIO Antonio Rocha da Silva DIRETORES Alexandre Herculano Coelho de Souza Furlan Olavo Machado Júnior Denis Roberto Baú Edílson Baldez das Neves Jorge Parente Frota Júnior Joaquim Gomes da Costa Filho Eduardo Machado Silva Telma Lucia de Azevedo Gurgel Rivaldo Fernandes Neves Glauco José Côrte Carlos Mariani Bittencourt Roberto Cavalcanti Ribeiro Amaro Sales de Araújo Sergio Rogerio de Castro Julio augusto miranda filho CONSELHO FISCAL TITULARES João Oliveira de Albuquerque José da Silva Nogueira Filho Carlos Salustiano de Sousa Coelho SUPLENTES Célio Batista Alves Haroldo Pinto Pereira Francisco de Sales Alencar

3 A Indústria Brasileira no Caminho da Sustentabilidade brasília 2012

4 2012. CNI Confederação Nacional da Indústria Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte. C748i Confederação Nacional da Indústria. A Indústria Brasileira no Caminho da Sustentabilidade / Confederação Nacional da Indústria. Brasília : CNI, p. (Cadernos setoriais Rio +20) 1. Sustentabilidade 2. Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável I. Título II. Série CDU: (063) CNI Confederação Nacional da Indústria Sede Setor Bancário Norte Quadra 1 Bloco C Edifício Roberto Simonsen Brasília DF Tel.: (61) Fax: (61) Serviço de Atendimento ao Cliente SAC Tels.: (61) / sac@cni.org.br

5 Lista de figuras Gráfico 1. Matriz energética brasileira Gráfico 2. Matriz Eletroenergética Brasileira Gráfico 3. Comparativo da Produção (Cana de Açúcar X Etanol) Gráfico 4. Previsão de produção nacional de gás natural a partir de recursos descobertos (reservas e contingentes) Gráfico 5. Estoque de carbono (em milhões de ton)... 24

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7 sumário Apresentação 1 Introdução A indústria brasileira frente à agenda da Rio Desenvolvimento sustentável: produção e consumo sustentáveis no eixo das políticas globais A questão da governança global Desenvolvimento sustentável: oportunidades para a indústria brasileira Matriz energética, florestas, biodiversidade e água: ativos brasileiros para o desenvolvimento sustentável A matriz energética brasileira Florestas Biodiversidade Água As oportunidades para a indústria brasileira O que a indústria precisa para aproveitar as oportunidades? Compromissos do Sistema Indústria com o fomento da produção sustentável Referências... 47

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9 Apresentação A agenda do desenvolvimento sustentável apresenta grandes desafios e numerosas oportunidades para o Brasil. Dotado de uma indústria diversificada e sofisticada, o país conta com uma combinação de recursos naturais que o coloca em posição privilegiada para lidar com as tarefas e aproveitar as chances decorrentes da sustentabilidade. Os desafios à sociedade estão postos também ao setor industrial, que está totalmente engajado em iniciativas conjuntas para a busca de soluções. A Rio+20 proporciona uma ampla reflexão sobre a estratégia brasileira para lidar com os temas dessa agenda. Os temas Economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e Estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável estão no centro das discussões no Rio de Janeiro. Maior representante do setor industrial brasileiro, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) propõe um conjunto de ideias sobre como desenvolver o Brasil respeitando o meio ambiente. A criação de condições que permitam elevar a competitividade da indústria, por meio do aumento da eficiência no uso de recursos e da qualificação na relação com todas as partes interessadas no negócio, é nosso objetivo primeiro. A contínua compatibilização desse objetivo com os requisitos da sustentabilidade é o nosso desafio atual e futuro. Os esforços devem estar centrados em manter vivo o espírito de negociação e cooperação. A CNI espera que alcancemos a definição de conceitos e mecanismos claros, que promovam o equilíbrio das três dimensões clássicas do desenvolvimento sustentável crescimento econômico, erradicação da pobreza e conservação do meio ambiente, considerando ainda a dimensão cultural. É fundamental a busca de equilíbrio entre elas, sem sacrificar qualquer uma em detrimento das demais. As transformações requeridas por um padrão de desenvolvimento sustentável dependem de investimentos públicos e privados, sobretudo em inovação e em tecnologias produtivas mais limpas, além de métodos inovadores na gestão dos negócios.

10 A indústria brasileira já está fazendo o seu papel ao investir em novas tecnologias e aprimorar seus processos produtivos, buscando combinar ganhos de produtividade com geração de empregos e eficiência no uso dos recursos. A segunda parte deste documento é rica em exemplos concretos de tais avanços. Para aprofundar sua contribuição ao desenvolvimento sustentável, a indústria precisa contar com ambientes regulatórios e institucionais favoráveis às transformações produtivas e aos investimentos requeridos. Este documento apresenta um conjunto de requisitos, no âmbito doméstico e internacional, da transição para modelos mais sustentáveis de produção e consumo. A indústria brasileira tem o firme compromisso de participar na concretização de tais condições, pois entende que a sustentabilidade só será possível se estiver assentada em um estreito diálogo entre governos, empresas e sociedade. O documento A Indútria Brasileira no Caminho da Sustentabilidade é resultado de um abrangente processo de articulação e de reflexão da CNI com federações estaduais de indústria e associações setoriais. O objetivo é apresentar à sociedade brasileira, ao governo e a atores internacionais sua visão atualizada sobre a agenda do desenvolvimento sustentável. Para além das ações de comunicação, os documentos elaborados em parceria com 16 segmentos industriais e os debates que ocorrerão no Rio de Janeiro são o reconhecimento da indústria nacional de que a sustentabilidade é elemento central da estratégia de competitividade do país. A CNI apresenta, neste documento, um conjunto de posições e compromissos do Sistema Indústria no campo da sustentabilidade. A CNI vai promover o tema da sustentabilidade em suas redes de representação e se engajar, em parceria com os governos e as organizações da sociedade civil, na construção de um ambiente político-institucional que crie as condições para a incorporação dos requisitos de sustentabilidade na economia brasileira. Dessa forma, contribui na consolidação de uma economia produtiva, competitiva e que estimule o desenvolvimento com respeito ao meio ambiente. Robson Braga de Andrade Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)

11 1 Introdução A Rio+20 oferece oportunidade única para a avaliação dos avanços registrados e dos desafios a serem enfrentados pela comunidade internacional e pelos diferentes países em seus esforços para conciliar desenvolvimento econômico e social com proteção ambiental. Desde a Rio-92, a Confederação Nacional da Indústria CNI tem buscado estimular o setor industrial a assumir a corresponsabilidade pela gestão sustentável dos recursos naturais, com inovação e eficiência nos processos, visando ao crescimento sustentado da economia sob a égide da justiça social e conservação do meio ambiente. A construção das posições do setor industrial para a Rio+20 é resultado da articulação da CNI com associações setoriais e federações estaduais da indústria. Esse processo representou uma oportunidade para atualizar as visões e posições da indústria brasileira sobre os desafios do desenvolvimento sustentável, avaliar os avanços alcançados e identificar os obstáculos a enfrentar. Com base neste processo, a CNI apresenta à sociedade a agenda de contribuição da indústria para o desenvolvimento sustentável. É o momento para dar maior precisão aos conceitos em debate, identificar mecanismos e aperfeiçoar o sistema de governança global. A segunda seção desse documento apresenta a visão do setor industrial sobre os temas que compõem a agenda da Conferência. A terceira seção apresenta os ativos do Brasil e as oportunidades para ao setor industrial decorrentes da agenda de transição. Os desafios dessa nova agenda são portadores de oportunidades para a indústria brasileira e tais oportunidades são destacadas nesta seção do documento. A quarta seção lista os obstáculos a serem vencidos para que a indústria possa dar a sua contribuição. Por fim, a última seção apresenta as iniciativas em curso no Sistema Indústria para fomentar os esforços das empresas brasileiras em direção ao desenvolvimento sustentável.

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13 2 A indústria brasileira frente à agenda da Rio+20 A Rio+20 apresenta inúmeras oportunidades para o Brasil, que tem uma indústria diversificada e sofisticada, além de um relevante parque tecnológico. A indústria brasileira reconhece que a agenda de desenvolvimento sustentável com inclusão social e proteção do meio ambiente tem grande poder de transformação sobre as estruturas de produção e consumo mundiais. Os temas centrais da Conferência Economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e Estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável têm potencial para fomentar o desenvolvimento da indústria brasileira sustentado no tripé competitividade, inovação e responsabilidade ambiental e social. Em um contexto marcado pelos impasses nas agendas internacionais, o grande desafio é manter vivo o espírito de negociação e cooperação que tem gerado, ainda que com muitas dificuldades, compromissos de países desenvolvidos e em desenvolvimento no enfrentamento de desafios globais, como a erradicação da pobreza e da miséria, a mitigação da mudança climática etc. O que a indústria brasileira espera da Rio+20: a adoção de conceitos que tenham potencial mobilizador e que reforcem o equilíbrio entre as três dimensões da sustentabilidade; o aperfeiçoamento do modelo de governança global dos esforços em direção à sustentabilidade e a implementação efetiva de mecanismos operacionais de financiamento e transferência de tecnologia para países em desenvolvimento; o avanço na definição de novas métricas e indicadores de desenvolvimento sustentável, apoiados em bases de informação consistentes e em modelos teóricos compreensivos que abarquem as três dimensões da sustentabilidade. A Indústria Brasileira no Caminho da Sustentabilidade 13

14 2.1 Desenvolvimento sustentável: produção e consumo sustentáveis no eixo das políticas globais A Rio+20 deve avançar no sentido de dotar o conceito da economia verde de conteúdo operacional. Ainda que seu grau de generalidade tenha inegável potencial mobilizador, sua concepção e utilização devem servir para reafirmar o pacto em torno do desenvolvimento sustentável nas suas três dimensões: econômico, social e ambiental. É fundamental a busca de equilíbrio entre os três tipos de objetivos. Nesse sentido, não é aceitável sacrificar qualquer uma das dimensões da sustentabilidade em detrimento das demais, mas, antes, buscar mecanismos e soluções para compatibilizá-los. Embora tenha potencial para impulsionar os movimentos em direção ao desenvolvimento, o conceito de economia verde requer qualificações de forma a evitar o risco de promover o desequilíbrio entre as três dimensões da sustentabilidade, produzindo novas normas internacionais tendentes a gerar distorções em termos de competitividade. Neste caso, poderíamos estar diante de uma abordagem que enfatize limitações ao desenvolvimento, fragilizando o compromisso com a erradicação da pobreza. Isso não interessa ao Brasil, nem à sua indústria. No entanto, mais importante do que um interminável debate conceitual é estabelecer metas e prazos para os compromissos já assumidos e não implementados. Produção e consumo sustentáveis: referências para a indústria brasileira O Brasil tem uma imperiosa necessidade de desenvolver e gerar riqueza para incorporar segmentos expressivos de sua população aos benefícios de um mercado de consumo de bens industriais. O desenvolvimento nacional impõe, assim, um crescimento dos níveis de produção e de consumo que responda aos objetivos de distribuição de renda prioritários em uma sociedade democrática. Cabe às empresas criar o progresso econômico e contribuir para a geração de empregos e renda de forma responsável e sustentável. A inclusão social de uma grande faixa da população dos países emergentes e em desenvolvimento, até então sem acesso aos mercados de consumo de massa, será um dos principais fatores de dinamismo da economia global nos anos que seguem. Esses desafios são portadores de oportunidades para a criação de novos padrões de trabalho e emprego para fazer frente às tecnologias e inovações necessárias. São também um estímulo à absorção de profissões ainda inexistentes, cujo perfil está sendo desenhado pelas novas demandas de produtos, bens e serviços da sociedade contemporânea. 14 ENCONTRO DA INDÚSTRIA PARA A SUSTENTABILIDADE

15 Para a indústria brasileira, é fundamental a utilização da ideia de produção e consumo sustentáveis, nos termos do Processo de Marrakesh 1, como referência programática. Esse conceito se distancia da visão que preconiza a imobilização de recursos naturais, aproximando-se de noções como manejo sustentável e ecoeficiência, entre outras. Para um país como o Brasil, que dispõe de importantes ativos em recursos naturais, esta distinção é mais do que retórica: é essencial. 2.2 A questão da governança global Os últimos 20 anos produziram um conjunto de compromissos e acordos internacionais em torno dos objetivos do desenvolvimento sustentável. Contudo, as enormes e crescentes dificuldades para avançar na esfera da negociação e da cooperação internacional levaram a questionamentos sobre o modelo de governança. Não é por outro motivo que a agenda da Rio+20 incorpora a revisão da estrutura institucional global para o desenvolvimento sustentável. A necessidade de maior coordenação entre os esforços em curso e a busca por maior capacidade internacional de implementação das medidas negociadas multilateralmente estão na base das propostas de criação de uma agência de meio ambiente no âmbito da ONU em substituição ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Há substanciais discordâncias em relação a esta proposta e, de forma mais geral, ao modelo de governança global do desenvolvimento sustentável. Isso torna a discussão sobre governança um dos maiores desafios da Rio+20. Um desafio global relevante, no que se refere ao modelo de governança global, envolve a necessidade de criar as condições internacionais para o pleno engajamento dos países em desenvolvimento nos esforços de transição para padrões sustentáveis de produção e consumo, sem que tais esforços sejam percebidos como socialmente injustos e economicamente onerosos, do ponto de vista dos objetivos de desenvolvimento desses países. O compromisso deve envolver o conjunto dos países, considerando o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Ademais, precisa abarcar, necessariamente, todas as partes interessadas governos e sociedade em geral, como o setor produtivo, trabalhadores, movimentos e organizações sociais. 1 Coordenado pelo PNUMA, o Programa de 10 anos em Consumo e Produção Sustentável (CPS) também conhecido como Processo de Marrakech - estabeleceu uma série de iniciativas que promovem padrões sustentáveis de consumo e produção alinhados com as necessidades de desenvolvimento social, econômico e ambiental. Entre as forças-tarefa de Implementação de Produção e Consumo Sustentável (PCSs) já criadas estão Construção Sustentável, Compras Públicas Sustentáveis, Tursimo Sustentável, Educação para um Consumo Sustentável, Cooperação com a África, Estilo de Vida Sustentável e Produtos sustentáveis. A Indústria Brasileira no Caminho da Sustentabilidade 15

16 Aperfeiçoamentos incrementais na governança global O cenário internacional desfavorece saltos institucionais significativos. Aperfeiçoamentos, entretanto, são fundamentais, devendo ter como eixo a criação de incentivos e a remoção de obstáculos para a transição rumo a novos padrões de produção e consumo, especialmente para os países emergentes e em desenvolvimento. Nesse sentido, os acordos multilaterais já existentes devem ser considerados referenciais para os esforços globais e para políticas domésticas nesta área. Peculiaridades regionais, nacionais e locais O combate às desigualdades sociais e econômicas deve ser gradualmente compatibilizado com a transição para padrões de produção e consumo sustentáveis. Esse processo global por natureza somente será bem-sucedido se as negociações e iniciativas internacionais de cooperação criarem ambientes e mecanismos que estimulem as transformações desejáveis e incentivem a participação dos países em desenvolvimento nesse esforço. Reside na inclusão social produtiva talvez a principal força econômica dos países em desenvolvimento. Trata-se de condição imperiosa para a emersão os países mais pobres a um novo patamar de desenvolvimento. Este é o grande desafio para as atuais equações de produção e de consumo incluir produtivamente, sem aumentar o impacto sobre o meio ambiente. É fundamental levar em conta as peculiaridades culturais locais, regionais, nacionais e internacionais. As experiências de produção e consumo sustentáveis a elas associadas devem ser incentivadas e disseminadas por meio da cooperação internacional e por meio da articulação dos diversos elos das cadeias de suprimento. A preservação da autonomia dos países na escolha de suas trajetórias de desenvolvimento e de compatibilização de suas metas econômicas e sociais com objetivos ambientais e climáticos desempenha um papel importante na criação de condições favoráveis ao engajamento dos países em desenvolvimento no enfrentamento dos desafios da sustentabilidade global. Financiamento e transferência de tecnologias: ingredientes fundamentais Como resultado de uma conjuntura global preocupada com a potencial insolvência de economias desenvolvidas e com os riscos de estagnação da economia mundial, tem-se um quadro que não incentiva a busca de mecanismos internacionais que reduzam os custos associados à transição para um modelo econômico-social-ambiental sustentável, especialmente para países emergentes e em desenvolvimento. Há uma grande diversidade de instituições e mecanismos envolvidos no financiamento internacional do desenvolvimento sustentável. No entanto, o baixo grau de coorde- 16 ENCONTRO DA INDÚSTRIA PARA A SUSTENTABILIDADE

17 nação e sinergia entre eles resulta em inadequação da oferta de financiamento com as necessidades e prioridades dos países emergentes e em desenvolvimento. Um esforço significativo de coordenação e de estabelecimento de parcerias entre diferentes agências e instituições se faz necessário. Os esforços de financiamento e transferência de tecnologia devem ter nos países desenvolvidos seus principais doadores. De forma complementar, a cooperação sul-sul tem importante papel a desempenhar na oferta de tecnologias adequadas às especificidades regionais, que levem em conta questões culturais no desenvolvimento de inovações que efetivamente possam ser absorvidas e operacionalizadas. Essas questões estão estreitamente inter-relacionadas, já que um dos componentes centrais da governança global deste processo é a operacionalização de transferências de recursos financeiros e tecnológicos para países em desenvolvimento. Barreiras ao comércio: tentação a ser evitada É necessário cuidado na formulação de políticas ambientais, climáticas e sociais que afetam o fluxo de mercadorias. A introdução de barreiras às importações de produtos intensivos no uso de energia, água e em emissões de gases de efeito estufa vem sendo discutida em países desenvolvidos. Essa hipótese, se concretizada, geraria novos focos de conflito comercial entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, sem qualquer benefício palpável para o enfrentamento dos desafios ambientais e daqueles associados à mudança do clima. A possibilidade de que os esforços de enfrentamento do desafio climático e ambiental sejam contaminados por conflitos comerciais, atualizando as preocupações dos países em desenvolvimento, com o protecionismo verde não é pequena. A questão já entrou na agenda comercial, através de painéis de solução de controvérsias na OMC e a relação entre regime climático e ambiental, de um lado, e regime comercial e de investimentos, de outro, deverá merecer atenção crescente dos negociadores internacionais. Novas métricas e indicadores de sustentabilidade Um dos desafios mais relevantes na esfera global consiste no desenvolvimento de novas métricas que respondam às especificidades do desafio do desenvolvimento sustentável, englobando indicadores que permitam quantificar a evolução da riqueza e do desenvolvimento, considerando os aspectos ambientais e sociais. Nesse sentido, a discussão sobre indicadores e metas de desenvolvimento sustentável é central na agenda da Rio+20. A indústria brasileira entende que a definição de metas e de padrões de comparabilidade entre países, setores e empresas demanda a formação de bases de dados de referência sólidas e confiáveis que respeitem especificidades regionais e setoriais. A construção de indicadores e metas de desenvolvimento sustentável deve, necessariamente, ocorrer a partir de um diálogo estreito entre os poderes públicos, as organizações da sociedade civil e o setor produtivo. A Indústria Brasileira no Caminho da Sustentabilidade 17

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19 3 Desenvolvimento sustentável: oportunidades para a indústria brasileira Para a indústria brasileira, a transição para uma economia ambientalmente sustentável e socialmente inclusiva é compatível com os objetivos de crescimento econômico e de melhoria das condições de competitividade. É a presença de fatores que desestimulam os investimentos e inibem a inovação que pode colocar em oposição os esforços de sustentabilidade e a busca de maior competitividade da indústria. O Brasil conta com uma combinação de recursos biodiversidade, potencial de geração de energia limpa, disponibilidade de recursos hídricos, patrimônio florestal sem comparação no planeta, abundância de terras férteis, dentre outros que o coloca em posição privilegiada para desenvolver-se de forma economicamente viável, ambientalmente sustentável e com inclusão social 2. O avanço da indústria brasileira nas questões em pauta na Rio+20 traduz o reconhecimento dos diferentes setores industriais de que a sustentabilidade vai-se tornando um fator preponderante para o sucesso dos negócios. Não se trata de lidar com a sustentabilidade como discurso e manifestação de boas intenções, mas de tê-la presente no desenvolvimento dos planos de negócios das empresas e como variável-chave de suas estratégias de competitividade. 2 O Painel de Alto Nível sobre Sustentabilidade Global apresentou em janeiro de 2012 seu relatório ao Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon. O Painel é composto por 22 membros e foi criado pelo Secretário-Geral em agosto de 2010 para formular um novo projeto de desenvolvimento sustentável e de baixo carbono. Segundo o documento, a demanda por recursos crescerá exponencialmente considerando o salto da população de 7 bilhões para 9 bilhões até 2040 e a inclusão de 3 bilhões de pessoas à classe média ao longo dos próximos 20 anos. A Indústria Brasileira no Caminho da Sustentabilidade 19

20 3.1 Matriz energética, florestas, biodiversidade e água: ativos brasileiros para o desenvolvimento sustentável A abundância de recursos naturais faz do Brasil um ator essencial na liderança do planeta no caminho do desenvolvimento sustentável. Matriz energética limpa, cobertura florestal correspondente a 60% do território nacional e uma imensa biodiversidade são ativos que, se bem utilizados, constituem inegáveis vantagens comparativas, em um mundo que precisa incorporar bilhões de pessoas à sociedade de consumo. Para a indústria brasileira, esses ativos apresentam inúmeras oportunidades e importantes desafios. Alguns ativos do Brasil quase metade da oferta energética vem de fontes renováveis; área florestal correspondente a 60% do território; a maior área de floresta tropical do mundo e a segunda maior extensão de florestas do planeta; o maior estoque de carbono do mundo armazenado na biomassa florestal; 15% do número de espécies conhecidas pela ciência e cerca de 30% das florestas tropicais no mundo; e aproximadamente 12% da disponibilidade água superficial do planeta A matriz energética brasileira O Brasil possui uma matriz energética que, além de diversificada, é das mais limpas do mundo. O país tem a maior frota mundial de carros movidos a bicombustíveis. A geração de energia elétrica é majoritariamente hidráulica. Quase metade da oferta energética no Brasil vem de fontes renováveis, com destaque para a bioenergia e a hidroeletricidade. 20 ENCONTRO DA INDÚSTRIA PARA A SUSTENTABILIDADE

21 Gráfico 1. Matriz energética brasileira Fonte: EPE/MME, Energia elétrica A matriz elétrica brasileira é particularmente limpa, refletindo principalmente a elevada participação da hidrogeração no total. O gráfico a seguir apresenta a composição atual da matriz eletroenergética brasileira (incluindo importações). Gráfico 2. Matriz Eletroenergética Brasileira Fonte: BIG Banco de Informações de Geração da Aneel abril de O Brasil alcançou, em 2011, um total de km de linhas de transmissão. A otimização elétrico-energética é o fator motivador de tamanha interligação, uma vez que, neste sistema, as diferentes regiões permutam energia entre si, aproveitando a diversidade hidrológica de um país que tem dimensões continentais. A Indústria Brasileira no Caminho da Sustentabilidade 21

22 Biocombustíveis (etanol e biodiesel) Em 2010, a produção de biocombustíveis totalizou 27,1 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (TEP) 93% como etanol e 7% como biodiesel, correspondentes a 542 mil barril de petróleo dia BPD, ou seja, cerca de 27% da atual produção nacional de petróleo, um volume considerável em termos absolutos e relativos (EPE, 2011). Os produtos energéticos originários da cana-de-açúcar são responsáveis por importante parcela da oferta primária de energia no país. Gráfico 3. Comparativo da Produção (Cana de Açúcar X Etanol) Fonte: Luiz Horta, a partir de UNICA, 2011a Fascículo Setorial do IBP. A produção e uso de etanol têm impacto direto na mitigação das emissões de GEE no setor de transporte. O Plano Nacional de Mudança de Clima recomenda expressamente reforçar a participação do etanol na matriz energética e indica que o uso do etanol combustível deve ser intensificado. No período de 1970 a 2007, evitou-se a emissão de 800 milhões de toneladas de CO 2 na atmosfera com o uso de etanol como biocombustível. Embora em fase embrionária, o biodiesel poderá representar uma promissora fonte renovável. Desde janeiro de 2010 (antecipando a meta inicial de 2012), o teor de biodiesel no diesel passou a ser de 5%, assegurando uma demanda anual da ordem de 2,4 bilhões de litros. Esse quadro favorável, com demanda garantida e preços futuros definidos em leilões, estimulou uma rápida expansão da capacidade instalada, que, em outubro de 2011, alcançou 6,03 bilhões de litros/ano em 58 usinas, cerca de 2,5 vezes superior à demanda anual prevista, conforme o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis IBP. 22 ENCONTRO DA INDÚSTRIA PARA A SUSTENTABILIDADE

23 Petróleo e gás A produção brasileira de petróleo atingiu, em 2011, o patamar de 2,2 milhões de barris de petróleo por dia (BPD), o que consolida a autossuficiência do país quanto ao suprimento dessa fonte de energia, atingida em A taxa de crescimento da produção de petróleo no Brasil nas últimas décadas foi bastante superior à de aumento do consumo. Além disso, a relação entre as reservas provadas e a produção (R/P) é atualmente de 18 anos, o que coloca o Brasil em uma posição confortável em termos da disponibilidade futura do recurso. Por sua vez, o gás natural, cuja produção também crescerá de forma associada à exploração de novas jazidas de petróleo, tende a constituir uma fonte de energia estratégica cujo desenvolvimento e utilização devem ser estimulados. Essa tendência recente é reforçada pelo debate em torno da mudança global do clima, uma vez que o gás natural, por ser um combustível menos intensivo em carbono, pode dar uma contribuição importante na mitigação das emissões de gases de efeito estufa. Conforme o Instituto Brasileiro do Petróleo, a exploração das reservas do pré-sal pode ser convergente com o posicionamento do país frente à agenda de sustentabilidade. O país conta com uma economia diversificada, na qual as receitas de petróleo não serão dominantes. O maior efeito da exploração dessas reservas será gerar incrementos de renda para suportar maiores investimentos em educação e desenvolvimento tecnológico e em outras condicionantes do desenvolvimento sustentável. O protagonismo global do país na área ambiental e o grau de excelência tecnológica tende a viabilizar o desenvolvimento das operações com segurança e proteção adequada ao meio ambiente, combinando o aproveitamento de um diferencial comparativo do país com os preceitos da sustentabilidade. Gráfico 4. Previsão de produção nacional de gás natural a partir de recursos descobertos (reservas e contingentes) Obs.: GA: gás associado e GNA: gás não associado. Fonte: Amaro Pereira Jr., com base em De Gouvello (2010). A Indústria Brasileira no Caminho da Sustentabilidade 23

24 3.1.2 Florestas Com uma área florestal total de 524 milhões de hectares, correspondentes a 60% do seu território, o Brasil ostenta posição global de destaque. Apesar de estarem em declínio, ainda são altas as taxas de supressão da cobertura florestal do país. Há esforços para reduzir o desmatamento, principalmente na Amazônia, onde o problema ganhou grande dimensão nas últimas décadas. Os dados da cobertura florestal brasileira indicam que o país detém a maior área de floresta tropical do mundo, além de possuir a segunda maior extensão de florestas do planeta, atrás apenas da Rússia, com suas extensas florestas boreais. Por outro lado, o Brasil possui o maior estoque de CO 2 armazenado na biomassa florestal entre todos os países. As florestas brasileiras estocam em torno de 62 bilhões de toneladas de CO 2, seguidas pela Rússia, com 32,5 bilhões de toneladas, e pela República Democrática do Congo, que fica na terceira posição com algo próximo de 19,7 bilhões de toneladas (SFB, 2010) 3. Gráfico 5. Estoque de carbono (em milhões de ton) Fonte: SFB, No que tange ao uso sustentável da floresta nativa, importantes desafios terão que ser superados, de forma a permitir o melhor aproveitamento do potencial local madeireiro, sem gerar custos ambientais significativos. Existem 290 milhões de hectares de florestas cadastradas como florestas públicas pelo Serviço Florestal Brasileiro SFB, suscetíveis de serem manejadas sustentavelmente, sendo 93% na Amazônia. Deste total, 226 milhões de hectares já estão destinados a algum uso e 64 4 milhões de hectares ainda estão aguardando destinação. Esse estoque de madeira indica o potencial existente para ampliar e consolidar uma economia florestal sustentável na Amazônia, por meio da utilização dos recursos madeireiros e não madeireiros, sem prejuízo da conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos que caracterizam a região. 3 Serviço Florestal Brasileiro. Livro: Florestas do Brasil em resumo Disponível em: < -cientifico>. Acesso em: 10 abr Dados obtidos da publicação Florestas Nativas de Produção Brasileiras. Serviço Florestal Brasileiro e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, Florestas Nativas de Produção Brasileiras. (Relatório). Brasília, DF. 24 ENCONTRO DA INDÚSTRIA PARA A SUSTENTABILIDADE

25 Mesmo diante da ineficiência da exploração e dos sistemas de produção da floresta nativa, alguns exemplos indicam que o manejo sustentável pode ser uma fonte de geração de riqueza, de renda e emprego, sobretudo na Amazônia, como demonstra a certificação de 2,7 milhões 5 de hectares de florestas nativas submetidas à exploração em regime de manejo sustentável em O manejo florestal sustentável da Amazônia representa uma estratégia fundamental para valorizar o bioma como fonte de geração de emprego e renda, em substituição ao modelo atual fortemente baseado no aproveitamento residual de madeiras oriundas das áreas desmatadas para uso alternativo do solo. A redução definitiva das taxas de desmatamento na região pressupõe um modelo de desenvolvimento baseado na floresta e não na sua supressão para expansão da fronteira agropecuária. Alguns setores econômicos já percebem oportunidades e reconhecem a importância de ir além das restrições legais vigentes. A iniciativa de certificação voluntária pelo setor florestal, através do Forest Stewardship Council FSC é um bom exemplo. O FSC é um dos selos verdes mais adotados no mundo, garantindo que a madeira utilizada pelas empresas em um determinado produto é oriunda de produção sustentável Biodiversidade Estima-se que o Brasil abriga cerca de 15% do número de espécies conhecidas pela ciência e cerca de 30% das florestas tropicais no mundo. Essas florestas, que ocupam menos de 7% da superfície da Terra, detêm mais da metade das espécies conhecidas da fauna e flora globais. A riqueza biológica coloca o país em evidência e demanda a sua atuação como um dos protagonistas do debate mundial sobre a conservação e uso sustentável da biodiversidade. Os produtos da bioeconomia decorrentes do uso da biodiversidade, em particular dos seus recursos genéticos, possuem alto valor agregado e padrões tecnológicos de produção avançados, rendem bons lucros aos investimentos realizados e são atrativos no mercado internacional. Essa indústria, representada principalmente pela biotecnologia, não causa riscos à conservação da biodiversidade: além de realizar um extrativismo com baixo potencial degradador, obedece a uma legislação que prevê rigorosas exigências que visam garantir o uso sustentável da biodiversidade. Além disso, o enorme potencial atribuído ao setor de biotecnologia se deve às várias etapas produtivas que envolvem desde a exploração da matéria-prima até a venda ao consumidor final pelas quais perpassam seus insumos. Talvez nenhum outro setor combine tantas oportunidades aos desafios deste novo século, marcado pela busca constante da inovação e pela preocupação aos limites dos recursos naturais, e, dessa forma, talvez também nenhum outro setor no Brasil disponha de tantas oportunidades para se destacar internacionalmente. 5 Serviço Florestal Brasileiro. Certificação florestal. Disponível em: < Acesso em: 10 abr A Indústria Brasileira no Caminho da Sustentabilidade 25

26 3.1.4 Água Os rios brasileiros representam 12% da disponibilidade de água superficial do planeta. Considerando o aporte dos países vizinhos esse número sobre para 18%. Essa situação confortável é complementada por um conjunto de sistemas aquíferos que garantem uma importante capacidade de reserva de água. A distribuição da disponibilidade de água no Brasil não é muito heterogênea. A região amazônica é responsável por ¾ da disponibilidade de água no país, sustentando parcela importante da biodiversidade do país e as chuvas no Cerrado e na região Sudeste. O setor industrial é responsável por 22% da demanda de água global; no Brasil a indústria é responsável por 17% das captações de água e por apenas 7% do consumo. O uso industrial da água é mais intenso nas bacias hidrográficas do rio da Prata e nas demais bacias da região Sudeste, aonde o setor industrial já investe em práticas de recirculação e reuso de água. Diversas oportunidades são associadas ao uso sustentável dos recursos hídricos no país. O aproveitamento do potencial de geração hidrelétrica, já referido, o aumento da produtividade da produção de alimento por meio da irrigação, o maior aproveitamento das vias navegáveis como modal de transporte serão importantes avanços na competitividade do país. Para um bom gerenciamento global das águas em processos de produção, será estratégico conhecer as condições locais dos recursos hídricos nas diferentes etapas das cadeias de suprimento. O incremento da segurança hídrica está diretamente associado à segurança climática (adaptação) e à segurança energética. As fontes de geração de energia estão vinculadas à disponibilidade de água diretamente (hidrelétrica, bicombustível) ou indiretamente (usinas nucleares ou térmicas), quando demandam de importantes volumes de água para resfriamento. A eliminação do passivo do setor de saneamento ambiental, além de uma oportunidade para o setor industrial, tende a reduzir os riscos corporativos associados à água. 3.2 As oportunidades para a indústria brasileira A indústria brasileira, consciente de que sustentabilidade se constrói com competitividade, responsabilidade e inovação, vislumbra as oportunidades que surgem nessa nova economia. O uso responsável dos ativos que o país detém combinado ao engajamento das empresas no processo de produção sustentável abre um amplo leque de novidades com potencial para gerar benefícios econômicos, sociais e ambientais para toda a sociedade. É hora de buscar novas soluções e desenvolver novos negócios. O papel da CNI, neste contexto, é alertar para a importância dessa agenda e orientar o setor produtivo a se inserir de maneira competitiva, inovadora e responsável nesse novo modelo. 26 ENCONTRO DA INDÚSTRIA PARA A SUSTENTABILIDADE

27 Oportunidades para a indústria brasileira Energia Gestão de resíduos sólidos Clima e emissões Saneamento Biodiversidade e florestas Tecnologia e inovação Inclusão social e educação Melhores práticas de gestão e governança corporativa Energia A eficiência energética é crucial na transição para uma economia sustentável e programas estruturadores de geração, transmissão, conservação e busca de fontes alternativas de energia trazem oportunidades para todos os setores industriais. A garantia de disponibilidade e o preço da energia são fatores fundamentais para a competitividade industrial do Brasil. Há ainda um vasto potencial para identificação de oportunidades para a melhoria na eficiência energética, utilizando-se o gerenciamento pelo lado da demanda, tanto no setor industrial como também nos segmentos comercial e residencial. Há uma década, a utilização de resíduos como fonte de energia em fornos de cimento vem crescendo. Contudo, na comparação com outros países, o atual nível de utilização de resíduos no Brasil ainda é relativamente baixo e há grande potencial para o incremento no aproveitamento energético dos resíduos. A Amazônia tem se apresentado como a nova fronteira de geração de energia hidrelétrica no Brasil. Existe ainda um potencial hídrico não explorado, concentrado na região, de mais de 100 GW, cuja utilização será fundamental para ampliar a participação relativa das fontes renováveis de energia na matriz energética brasileira. As novas tecnologias permitem a exploração dessa fonte de energia com reduzido impacto ambiental. No Brasil, o biodiesel representa cerca de 10% da produção total de biocombustíveis. Sua produção tenderá a crescer com a identificação de novas matérias-primas a serem utilizadas. O biodiesel tem potencial positivo para diversos setores industriais, por sua contribuição para potencial redução da emissão de CO 2. A Indústria Brasileira no Caminho da Sustentabilidade 27

28 Com altos índices de irradiação solar, sobretudo nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, o Brasil poderá ficar mais bem posicionado no uso intensivo da energia solar nas próximas décadas. Nessas regiões, onde o nível diário é estimado pela Agência Nacional de Energia Elétrica Aneel em até Wh/m 2, o país tem todas as condições para fazer uso intensivo da energia solar nas próximas décadas. Na trajetória para ampliação do uso de energia fotovoltaica, há espaço para investimento em tecnologia local, em inovação para a produção de células solares e na engenharia de materiais para redução de custos de implantação e de geração dessa alternativa energética. Há um grande potencial para o desenvolvimento da energia eólica no Brasil. No marco do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica Proinfa, implantado em 2004, foram contratados 1.422,92 MW gerados a partir de 54 usinas eólicas. Gestão de resíduos sólidos O reaproveitamento de resíduos como insumos no sistema produtivo já é, em si, uma verdadeira revolução na transição para o desenvolvimento sustentável, pois implica uso econômico de material tido, anteriormente, como descarte ou rejeito. Além de oportunidade econômica e financeira, trata-se de potencial para redução da pressão sobre os aterros sanitários, ampliando seu ciclo de uso. O Brasil é uma referência internacional para reciclagem de resíduos com atividades que contribuem para a inclusão social. Há avanços notáveis em muitos produtos, como alumínio, papel e papelão, embalagens cartonadas, PET e sucata ferrosa, mas ainda há um potencial enorme para a reciclagem. Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 6, dos mais de 60 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, da fração seca que corresponde a 49%, há um potencial de reciclagem mecânica ou química para cerca de 20 milhões de toneladas e recuperação energética para quase 10 milhões de toneladas, onde a indústria poderá desempenhar um papel preponderante. Crescentemente, a reciclagem será a tônica da produção de matérias-primas secundárias, que serão essenciais à indústria do futuro em substituição a grande parte das matérias-primas oriundas da natureza. Além disso, a indústria baseada na reciclagem cria oportunidades de trabalho e renda que beneficia expressivo contingente de catadores de material reciclável. A implementação da logística reversa no país propiciará a criação de um novo mercado voltado à reciclagem dos mais diversos materiais, incluindo os eletroeletrônicos, lâmpadas, embalagens e outros produtos descartados pelo consumidor. O desafio no Brasil será a criação de políticas públicas que favoreçam a implantação e o fortalecimento da indústria da reciclagem em todas as regiões do país. 6 Abrelpe (2010). 28 ENCONTRO DA INDÚSTRIA PARA A SUSTENTABILIDADE

29 Há um enorme potencial para reciclagem de resíduos sólidos no país, gerados na indústria em geral e, em particular, na indústria da construção civil. Exemplo disso é o uso de agregado reciclado em obras de pavimentação por parte dos municípios, que tem promovido o interesse do setor privado na instalação de unidades de reciclagem de resíduos inertes. Dentro das indústrias, um caminho comum na redução da geração de resíduos é utilizá-los no processamento industrial para a geração de energia. Dessa forma, a biomassa do bagaço da cana-de-açúcar, dos dejetos de aves e suínos, da casca de arroz, transforma-se em eletricidade e vapor. Essas formas de energia abastecem as próprias indústrias e, muitas vezes, ainda geram rendas adicionais. É o caso das empresas que vendem energia excedente ou vendem créditos de carbono gerados pela substituição de fontes fósseis pela biomassa. Com essas e outras estratégias, já há exemplos de empresas que mostram ser possível chegar próximo dos 100% de reaproveitamento de resíduos industriais. Clima e emissões Na última década, as mudanças climáticas emergiram como umas das principais preocupações para governos, empresas, investidores e sociedade em geral. A gestão eficaz do carbono, minimizando riscos e maximizando oportunidades, já está na agenda da indústria brasileira. Empresas que implementarem o inventário do nível atual de emissões de GEE poderão aproveitar as novas tendências do mercado, consolidando a imagem de responsabilidade corporativa e preparando-se para lidar com as questões de competitividade que poderão advir de possíveis cenários com restrições de emissões. O Brasil oferece à indústria oportunidades excepcionais para ampliar a participação de energias renováveis numa matriz energética que já é uma das mais limpas do mundo. O potencial hidráulico é subutilizado. Há ainda vasta área disponível para aumentar a produção de energia de biomassa (floresta, cana etc.), além do potencial eólico e de energia solar, permitindo à indústria utilizar uma energia mais limpa na comparação com seus concorrentes internacionais. Além disso, a agenda de mitigação de emissões estimula maior eficiência no uso de energia e insumos, reduzindo custos de produção. O estabelecimento de políticas de gestão de gases de efeito estufa cria novas oportunidades de investimento para o setor privado, seja por meio da participação no mercado de carbono (MDL ou mercados voluntários, como CCX, VCS), ou do acesso ao capital através de índices e indicadores, como o Carbon Disclosure Leadership Index, o Índice Carbono Eficiente (ico 2 ) e da participação em índices de sustentabilidade, por exemplo. A eventual implantação do REDD+ representa oportunidades de novos negócios e investimentos para a indústria brasileira. O Fundo Nacional sobre Mudança do Clima Fundo Clima (instituído pela Lei nº /2009 e regulamentado pelo Decreto nº 7.343/2010) é um dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima que merece atenção do setor pro- A Indústria Brasileira no Caminho da Sustentabilidade 29

30 dutivo. Ele tem como objetivo assegurar recursos para apoio a projetos e estudos e financiamento de empreendimentos que visam à mitigação e à adaptação da mudança do clima e aos seus efeitos. O Fundo Clima é uma iniciativa no Plano Plurianual , com orçamento estimado em R$ 389 milhões (trezentos e oitenta e nove milhões de reais) para Saneamento O saneamento deve ter prioridade na agenda nacional, por seus impactos sobre os recursos hídricos e sobre a infraestrutura básica necessária para a erradicação da pobreza. Investimentos neste setor têm um elevado potencial para gerar oportunidades para a indústria e podem constituir fonte relevante de emprego. O serviço de abastecimento de água atinge 95,2%, da população urbana. Já o serviço de esgoto atingia, em 2009, pouco mais da metade 52,9% dos domicílios brasileiros e apenas 37,9% dos esgotos gerados eram tratados. Superar este quadro só será possível por meio de investimentos e tecnologias apropriadas às especificidades locais. Para acelerar essa cobertura do saneamento, instrumentos de financiamento como as parcerias público-privadas PPPs tenderão a ser mais utilizadas. O PAC 2 que abrange o período de 2011 a 2014 tem previsão de investimento de R$ 3,7 bilhões em obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário em municípios de até 50 mil habitantes. Até 2014, terão sido investidos R$ 35,1 bilhões no setor de saneamento. Também o programa Minha Casa, Minha Vida abre oportunidade de investimentos para diversos setores da economia. O ambiente de transição para a sustentabilidade é favorável aos investimentos na operação das infraestruturas de saneamento abastecimento de água, tratamento de esgoto e coleta de lixo. A redução das perdas na distribuição de água potável e a melhoria na eficiência dos sistemas de tratamento de esgotos, além da implantação de aterros sanitários, serão essenciais para a redução da pressão urbana sobre os recursos hídricos. A iniciativa privada deverá ter papel fundamental na busca da universalização dos serviços de infraestrutura de saneamento, seja na realização dos projetos e obras, seja na operação dos sistemas, formando um ciclo virtuoso rumo à criação de riqueza, assimilação de mão de obra e a um novo patamar do desenvolvimento sustentável. A indústria também contribui para a sustentabilidade ao aportar soluções inteligentes e inovadoras para suprir os déficits do setor de saneamento. O fornecimento de equipamentos de uso doméstico mais modernos e eficientes no uso da água, que reduzam o consumo de água dos usuários urbanos e, consequentemente, a demanda de água e o lançamento dos esgotos das cidades, representa oportunidades importantes para o setor industrial. O reuso de águas servidas nos processos industriais é oportunidade para a redução dos riscos corporativos associados à água. A disseminação de práticas de reuso da água reduz a pressão sobre os recursos hídricos especialmente em zonas críticas em termos de disponibilidade hídrica. 30 ENCONTRO DA INDÚSTRIA PARA A SUSTENTABILIDADE

31 Biodiversidade e florestas O rico acervo da diversidade brasileira oferece oportunidades singulares para o desenvolvimento de novos produtos, como fármacos, alimentos, cosméticos, entre outros. Além disso, a vasta extensão de florestas oferece enorme oportunidade para o manejo florestal sustentável e certificado. O desenvolvimento do conhecimento e da exploração do potencial da biotecnologia, motor do aproveitamento sustentável da biodiversidade, apresenta-se como oportunidade de avanço para a indústria brasileira. O setor de biotecnologia está incluído entre aqueles que apresentam potencial para transformar radicalmente produtos, processos e formas de uso no médio e longo prazos. Embora o Brasil abrigue cerca de 15% do total de espécies existentes no planeta, apenas pequena parcela desse patrimônio é conhecida. O desenvolvimento do seu conhecimento e a exploração do potencial da biotecnologia apresentam-se como oportunidades de avanço para a indústria brasileira. O mercado sustentável e baseado na conservação da biodiversidade pode ter grandes oportunidades de negócios nos próximos anos. Segundo o estudo A economia dos ecossistemas e da biodiversidade (TEEB, na sigla em inglês), o carro-chefe da economia verde será o de produtos agrícolas certificados. A estimativa é que a movimentação anual desse setor cresça de US$ 40 bilhões em 2008 (o equivalente a 2,5% do mercado global de alimentos e bebidas) para US$ 210 bilhões em O uso sustentável da biodiversidade como oportunidade deve estar alinhado às políticas que estimulem a inovação e a competitividade. Para gerar riqueza a partir da sua biodiversidade, o Brasil deve caminhar para a integração da cadeia de valor dessa indústria, no âmbito mundial, participando de fóruns que visam à remoção imediata dos obstáculos da legislação atual. A grande extensão de floresta tropical passível de uso sustentável, a disponibilidade de terras subutilizadas na agropecuária que podem ser destinadas para plantios florestais, associada às condições edafo-climáticas favoráveis, o avanço tecnológico na silvicultura e as práticas de manejo sustentável já testadas conferem ao setor florestal brasileiro vantagens expressivas no campo da sustentabilidade. A indústria de base florestal pode ser um dos pilares da economia de baixo carbono no Brasil. O Brasil possui um estoque de madeira que significa a possibilidade para ampliar e consolidar uma economia florestal sustentável na Amazônia, por meio da utilização dos recursos madeireiros e não madeireiros, sem prejuízo da conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos que caracterizam a região. O manejo florestal sustentável da Amazônia, substituindo o modelo atual de aproveitamento residual de madeiras de áreas desmatadas, tem potencial para gerar emprego e renda. A redução das taxas de desmatamento na região implica desenvolvimento baseado na floresta e não na sua supressão. A Indústria Brasileira no Caminho da Sustentabilidade 31

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