ESTOQUES PROFESSOR Marcelo Grifo
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- Catarina Garrido Monteiro
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1 QUARTA DO CONHECIMENTO ESTOQUES PROFESSOR Marcelo Grifo
2 Palestra CRC - Estoques Marcelo Grifo Mini currículo do Palestrante: Contador, Pós-graduado em finanças, mestrado em Contabilidade, Certificação Internacional em IFRS pelo ICAWE. Trabalhou em Instituição financeira como: Auditor da Deloitte, Controller em empresa de comércio e serviços, Analista de desempenho na Petrobras e atualmente Analista de crédito no BNDES Professor do Cenofisco, IPEC, Instituto A Vez do Mestre, Cândido Mendes, Mackenzie, Foco cursos gerenciais, Construtec Quality, substituto no IBMEC, Profº. Marcelo Grifo
3 CPC 16 Estoques
4 OBJETIVOS DO CPC 16 Determinar o tratamento contábil dos estoques e as fórmulas de custeio utilizadas para determinação dos custos destes estoques. Preocupação básica: quantificação do custo a ser reconhecido como um ativo até que a receita correspondente a sua venda seja reconhecida.
5 Todos os estoques, exceto: Fora de escopo: Contratos de Construção CPC 17 Instrumentos Financeiros CPC 38,39,40 Ativos Biológicos CPC 29 Estoques mensurados pelo fair value menos os custos de venda.;
6 DEFINIÇÕES Estoques são ativos: Mantidos para venda durante as atividades normais da entidade; Existentes no processo de produção para venda; Na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos durante a produção ou prestação de serviços.
7 DEFINIÇÕES Valor Realizável Líquido: é o preço estimado de venda, menos os custos de conclusão, menos os custos para efetuar a venda. Refere-se a quantia líquida que uma entidade espera obter com a venda dos estoques. Fair value: é a quantia pela qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a isso em uma transação sem favorecimentos. Diz respeito a quantia que a Cia. poderá obter se a transação for efetuada entre compradores e vendedores dispostos a isso. V.R.L. pode ser do fair value.
8 CONTEÚDO DOS ESTOQUES. Bens comprados para revenda e outras propriedades retidas para revenda, tais como terrenos e outras propriedades. Podem ser: acabados; em processo; matérias primas; e materiais auxiliares.
9 CUSTO DOS ESTOQUES Custo de aquisição; Custo de conversão/transformação; Outros custos para colocar o inventário no local e nas condições atuais.
10 Terminologia contábil Algumas das terminologias mais usuais: Gastos: recurso financeiro que a entidade incorre para a obtenção de um produto ou serviço qualquer; Investimento: gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos; Custos: gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços; Despesas: bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas; Desembolso: pagamento do bem ou serviço; Perda: bem ou serviço consumido de forma anormal.
11 CUSTO DOS ESTOQUES Custos de aquisição incluem: Preço de compra; Direitos de importação e outros impostos não recuperáveis; Transporte; Manuseio e Outros custos relacionados a aquisição de bens acabados, materiais e serviços.
12 CUSTO DOS ESTOQUES Custos de conversão incluem: Mão de obra Gastos gerais fixos (depreciação de edifícios e equipamentos fabris e custos de administração da fabrica) e variáveis (materiais e mao de obra indireta). Custos de conversão não identificáveis são rateados entre os produtos por um critério racional e consistente.
13 Classificação dos Gastos MAT Materiais Diretos Matéria-Prima Embalagem MOD Mão-de-Obra Direta Mensurada e identificada de forma direta GGFs/CIFs Gastos gerais/ Custos Indiretos Custos que não são MAT nem MOD Despesas Gastos não associados à produção Custo de transformação/conver são Custo primário ou direto Custo total, contábil ou fabril Gastos totais ou custo integral
14 Elementos de custos Custos Indiretos Diretos Componentes principais: - Material Direto (MAT) - Mão-de-Obra Direta (MOD) - Gastos gerais / Custos Ind.de Fab.(CIFs/GGFs) - MAI e MOI Estoque (+) Receitas Rateio Prod A Prod B Prod C (-) CPV (-) Despesas (=) Resultado
15 Elementos de custos Material Direto (MAT): todo material que pode ser alocado diretamente à unidade do produto que está sendo fabricado e que sai da fábrica incorporado ao produto. Exemplo: embalagem indispensável ao produto final. Mão de Obra Direta (MOD): todo o provento pago ao empregado que trabalha diretamente no produto/serviço, cujo tempo pode ser identificado com a unidade que está sendo produzida. Gastos Gerais / Custos Indiretos de Fabricação (GGFs/CIFs): todas os custos relacionadas com a fabricação e que não podem ser objetivamente separadas entre as unidades que estão sendo produzidas.
16 Elementos de custos Material Indireto (MAI): o material utilizado em mais de um produto/serviço cuja qtde não pode ser alocada diretamente/objetivamente à unidade do produto/serviço que está sendo efetuado. Exemplo: Cola na fabricação de sapatos ou itens afins. Mão de Obra Indireta (MOI): o provento pago ao empregado que trabalha na elaboração de mais de um produto/serviço, cujo tempo não pode ser identificado objetivamente com a unidade que está sendo produzida. PS: Alguns autores incluem estes gastos na categoria de GGFs/CIFs
17 Definição de CIFs/GGFs São os gastos identificados com a função de produção ou elaboração do serviço a ser comercializado e que, como o próprio nome já revela, não podem ser associados diretamente a um produto ou serviço específico. Exemplo: alguns gastos de depreciação, salários de supervisores de diferentes linhas de produção, custos de estruturais da produção etc.
18 CUSTO DOS ESTOQUES OUTROS CUSTOS Correspondem apenas àqueles despendidos para colocar no local ou na condição atual. NÃO SÃO CUSTOS DE ESTOQUES: Desperdícios de matérias-primas, MDO e outros; Custos de armazenamento, exceto se ligados a uma etapa do processo produtivo; Gastos gerais de administração; Custos de comercialização. Despesas de juros, (exceto p/ ativo qualificável )
19 Não são elementos de custo Despesas diversas: não podem ser alocadas ao produto final: despesas com vendas; salário do pessoal administrativo; água e luz do escritório. POR QUÊ...
20 Sistemas de Custeio
21 Sistemas de Custeio Podem ser classificados de acordo com diferentes critérios : Mecânica de acumulação (OP, Prod.contínua); Grau de absorção (Absorção, variável); Momento de apuração (Pré, Pós-calculados, Padrão)
22 Características Característica Analisada Produção por Ordem Específica Produção por Processo Desenvolvimento do produto Contratação do fornecimento Especificação do cliente Seleção subjetiva (concorrência) Especificação do fabricante Seleção objetiva (amostra) Produção Limitada pelo cliente Planejada pelo fabricante Dimensão da produção Número de peças contratadas Número de peças do período Mercado Poucos compradores Muitos compradores Vendas Procura do cliente Produto Sob medida Seriado Procura do cliente ou oferta do fabricante Necessidade do produto Específica do cliente Global do mercado Local de produção Na fábrica ou no campo Na fábrica Estoque de matéria prima Temporário e específico Estoque de produtos Indesejável Necessário Permanente, geral para vários produtos Prazos de produção Geralmente, médios ou longos Geralmente, curtos
23 Outras Características Característica Analisada Produção por Ordem Específica Produção por Processo Acumulação dos custos MAT, MOD e CIF por ordem de produção Por departamento e, em seguida, aos produtos Apuração dos custos unitários Requisição de materiais Período de apuração dos custos finais Custo unitário Custo específico por ordem de produção ou lote de produtos Indica-se o número de ordem de produção Início e término da produção ou abertura e fechamento da ordem de produção Subsídio para preços em atividades futuras Custo médio por unidade produzida no período Indica-se o departamento e/ou código do produto Início e término do período contábil Compara custo médio em diferentes períodos para conhecer as causas das variações Forma de custeamento Predeterminada ou real Padrão ou real Racionalização no tempo Menor Maior
24 FÓRMULAS DE CUSTEIO De preferência, os custos devem ser individualizados. Custo Médio Ponderado (Fixo / Móvel) PEPS (primeiro que entra é o primeiro que sai) As fórmulas deverão ser as mesmas para estoques de uso e natureza semelhantes. Diferentes segmentos justificam fórmulas diferentes, porém tal não se aplica à localização geográfica.
25 Critérios de avaliação PEPS: primeiro a entrar, primeiro a sair ou, em inglês, First In, First Out (FIFO). Custo Médio Ponderado: pode ser móvel ou fixo. O custo a ser contabilizado representa uma média dos custos de aquisição. UEPS: último a entrar, primeiro a sair ou, em inglês, Last In, First Out (LIFO). (legislação fiscal brasileira não permite bem como normas contábeis).
26 Comparação entre critérios Método Estoque Lucro Imposto de Renda UEPS Menos estoque Menos lucro Menos Imp de Renda Custo Médio Equilíbrio entre UEPS e PEPS Equilíbrio entre UEPS e PEPS Equilíbrio entre UEPS e PEPS PEPS Mais estoque Mais lucro Mais Imp de Renda Problema fiscal apenas...??
27 Tópicos Avançados de Estoques
28 Determinação dos custos de aquisição Valores justos da data da aquisição: Ativos dados em troca Ações, títulos e outros instrumentos financeiros emitidos como forma de pagamento. Custos relacionados a aquisição: Consultoria, advogados (reconhecidos no resultado imediatamente quando incorridos) Ativos dados em troca.
29 Determinação dos custos de aquisição Serviços em andamento Valor realizável líquido Ajuste a valor presente em compras Custos de empréstimos
30 MENSURAÇÃO DOS ESTOQUES VALOR REALIZÁVEL LÍQUIDO Custo ou valor realizável líquido, dos dois o menor. Os ativos não devem ser contabilizados por valores superiores àqueles que se espera obter quando de sua realização. Portanto, reduzir o valor de itens: Danificados Obsoletos Queda nos preços de venda Aumento nos custos de acabamento ou venda
31 VALOR REALIZÁVEL LÍQUIDO Os estoques podem ser reduzidos ao seu valor realizável líquido: Item a item; Agrupados (unidades semelhantes ou relacionadas) O que é o valor realizável líquido? R: É uma base comprovável da estimativa de valor que se espera obter quando da realização.
32 VALOR REALIZÁVEL LÍQUIDO A Cia XYZ tem 100 peças em estoque sendo que 70 peças correspondentes a $ 210 referem-se ao preço de venda estabelecido em um contrato firme. A mesma peça no mercado, hoje, seria vendida por $ 2,00 a unidade. CPC 16 / Estoques Qual o valor realizável líquido? R: (70 x $ 3) + (30 x $ 2) = $ 270 Matérias-primas e outros bens de consumo destinados a produção não terão seu custo reduzido se for provável que quando o produto acabado em que eles serão aplicados, será vendido por um preço igual ou maior do que o custo.
33 CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS Os custos relacionados a empréstimos podem ser capitalizados apenas para os chamados ativos qualificados. Ativo qualificado: é um ativo que, necessariamente, leva um período substancial de tempo para ficar pronto para seu uso pretendido ou para ser colocado à venda. Ex: Estoques que requerem um período de tempo substancial para estar em condições de venda.
34 Lei /15 1. Despesas com Financiamentos para Estoque de Longa Maturação (Art. 2 altera o Art. 17 do Decreto Lei 1.598/77) Para os optantes pela Lei , as despesas com financiamento de estoque de longa maturação poderão ser registrados como custo do ativo, até o momento em que esteja pronto para venda. 2. Depreciação econômica excedente ao da fiscal (Art. 38) Eventual depreciação Econômica feita à maior ou à menor, registrado na contabilidade, em relação à Depreciação Fiscal, prevista na IN 162/98, poderá ser ajustada quando da apuração do Lucro Real e da base de calculo da Contribuição Social sobre Lucro. 3. Ajuste a valor presente (art.5º, Lei nº /14 e art.37, IN SRF nº 1.515/14) Art. 5o Os valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso III do caput do art. 184 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, relativos a cada operação, somente serão considerados na determinação do lucro real no período de apuração em que: (Vigência) I - o bem for revendido, no caso de aquisição a prazo de bem para revenda... CPC 16 / Estoques 1o Nas hipóteses previstas nos incisos I, II e III do caput, os valores decorrentes do ajuste a valor presente deverão ser evidenciados contabilmente em subconta vinculada ao ativo.
35 EVIDENCIAÇÃO EM NOTAS EXPLICATIVAS As demonstrações financeiras devem divulgar: CPC 16 / Estoques As políticas contábeis adotadas; O montante total dos estoques e as quantias que compõem suas sub-contas; O montante de estoques escriturados pelo justo valor, menos os custos para vender; O valor dos estoques reconhecidos como despesa no período (CMV) O montante de estoques realizados no período; O total das reduções para ajustar ao valor realizável líquido no período; As reversões ocorridas no período e seus motivos; O montante de estoques dados em garantia de passivos contraídos pela entidade no período.
36 CONTATOS IPEC-RJ Prof. Marcelo Grifo telefones:
37 Até breve! Boa Sorte e Sucesso!
OBJETIVOS. O objetivo deste Pronunciamento é estabelecer o tratamento contábil para os estoques.
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