AVALIAÇÃO DO PLANEJAMENTO TÉCNICO DO BOOST PARAMETRIAL NO CÂNCER DO COLO UTERINO
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- Leandro Pacheco Coradelli
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1 AVALIAÇÃO DO PLANEJAMENTO TÉCNICO DO BOOST PARAMETRIAL NO CÂNCER DO COLO UTERINO Autores: FLÁVIO NAPOLEÃO B. B. FERRO COSTA, PAULO DE TARSO NOGUEIRA FILHO, LEANDRO FAIRBANKS E PAULO PIMENTEL DE ASSUMPÇÃO
2 INTRODUÇÃO O tratamento padrão para o câncer do colo uterino é a RXT + QT + BQT; Recomenda-se a realização de um reforço (boost) na região parametrial como forma de minorar o impacto causado pela ineficiente cobertura da BQT;
3 INTRODUÇÃO Apesar da recomendação para o reforço parametrial, não se tem um consenso da técnica e da dose a ser empregada*; A evolução do planejamento técnico, após a CT e RNM, propiciou: Os parâmetros ósseos utilizados para o planejamento, são insuficientes para determinar as variações individuais dos órgãos de risco e do volume alvo; O planejamento 2D não fornece informações a respeito das doses absorvidas pelas estruturas irradiadas. * Halperin, 2013 * Gunderson, 2012
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5 MATERIAIS E MÉTODOS 50 séries tomográficas coletadas para simulação da radioterapia no HOL entre 2012 e Delineadas e planejadas seguindo guideline RTOG (Lim et al. 2011) Eclipse V11, Trilogy da Varian, colimador multilâminas com 120 folhas e 15MV.
6 MATERIAIS E MÉTODOS Delineamento do CTV, CTV-AR, CTVp, CTVsp Expansão: PTV1, PTVp e PTVsp; Delineamento OAR: Alças intestinais, Fêmur E, Fêmur D, Reto/Sigmoide, Bexiga
7 MATERIAIS E MÉTODOS Planejamento técnico virtual: 1ª Fase: 45Gy em 25fx de 180cGy Configuração de 4 campos (ou 2 arcos para o grupo VMAT) Confecção do DVH segundo ICRU 2ª Fase: Foram criados 4 grupos: Todos tratados com 9Gy em 5fx de 180cGy
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12 MATERIAIS E MÉTODOS Variáveis Primárias Cobertura de dose recebida pelo CTV-AR, PTVp e PTVsp na 2ª fase e na soma das duas fases, nos 04 grupos; Dose recebida pelo órgãos de risco, na 2ª fase e na soma das duas fases, nos 04 grupos; Variáveis Secundárias Diâmetro do CTV-AR; Deslocamento lateral em graus do CTV-AR;
13 MATERIAIS E MÉTODOS Análise Estatística: Programa SPSS V11.0 Variáveis primárias (com exceção PTVsp): De forma pareada pelo teste de Anova; Análise comparativa por Turkey HSD ou Bonferroni; Intervalo de confiança de 95% O PTVsp foi analisado pelo T-Student (IC 95%)
14 Diâmetro dos CTV-AR Diâmetro médio de 60,05mm
15 Deslocamento lateral do CTV-AR em graus Variação maior que 10 em 22 / 50 pacientes
16 Cobertura do CTV-AR P < 0,001 Padrão Customizado Sem proteção VMAT V54 15% 36% 98% 96% D , , , ,02 Dmax 5621, , , ,81 Dmédia 4878, , , ,89
17 Cobertura PTVp p < 0,001 Padrão Customizado Sem proteção VMAT V54 88% 99% 100% 97% D , , , ,9 Dmáx 5690, , ,3 5783,17 Dmédia 5727,8 5582, , ,45
18 Cobertura PTVsp p < 0,001 Sem proteção VMAT V54 96% 98% D , ,48 Dmáx 5677,3 5785,31 Dmédia 5564, ,56
19 Fêmur esquerdo p < 0,001 Padrão Customizado Sem Proteção VMAT Dmáx 5357, , , ,01 D5 Soma 4347,5 4347,9 4755, ,89 V30 22% 22% 58% 26%
20 Fêmur direito p < 0,001 Padrão Customizado Sem Proteção VMAT Dmáx 5402, , , ,59 D5 Soma 4390, ,1 4424,54 V30 21% 64% 58% 26%
21 Intestino delgado p = 0,042 Dmáx Customizado 5626,50 Padrão 5616,73 VMAT 5545,60 Sem Proteção 5549,65
22 Reto / Sigmoide p < 0,001 Padrão Customizado Sem proteção VMAT D , , , ,69 Dmáx 5549, , , ,25 Dmédia 4525, , , ,46 D2cm , , , ,12 V30 95% 95% 95% 88% V54 7% 20% 53% 11%
23 Bexiga p < 0,001 Padrão Customizado Sem proteção VMAT D , , , ,14 Dmáx 5633, ,3 5626, ,06 Dmédia 4943, ,8 5348, ,74 D2cm3 5593, ,3 5603, ,6 V45 91% 93% 96% 78% V54 30% 49% 64% 18%
24 CONCLUSÕES Com relação a caracterização da amostra, a grande variação do diâmetro e do posicionamento do CTV-AR faz com que a proteção central mediana e fixa NÃO ATENDA ÀS NECESSIDADES de proteção para uma possível super-dosagem, durante a braquiterapia, além de agregar MUITA IMPRECISÃO ao tratamento. O grupo a apresentar OS MELHORES RESULTADOS foi o grupo VMAT: promoveu a efetiva cobertura de dose dos alvos (incluindo o CTV-AR), sem oferecer uma dose maior aos órgãos de risco;
25 CONCLUSÕES O grupo convencional se mostrou INEFICIENTE em promover a efetiva cobertura de dose aos volumes alvos. Em relação aos os órgãos de risco, o mesmo se mostrou eficiente, com resultados somente comparáveis ao grupo VMAT. O grupo customizado FOI EFETIVO EM TERMOS DE COBERTURA de dose ao PTVp sem se mostrar inferior ao grupo padrão na proteção aos aos órgãos de risco. Sua aplicabilidade é restrita por não propiciar cobertura de dose ao CTV-AR.
26 CONCLUSÕES O grupo sem proteção foi tão EFETIVO quanto o grupo VMAT, em cobertura de dose. Entretanto foi o ÚNICO A ULTRAPASSAR os limites de tolerância aceitável para o reto / sigmoide e bexiga.
27 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os melhores resultados obtidos pelo VMAT e o grupo customizado, evidenciam que, para a prática adequada do tratamento, se faz necessário de um maior suporte tecnológico; Na prática do SUS, que permite um tratamento 2D, a escolha entre um tratamento ineficiente e outro possivelmente tóxico, remete à avaliação criteriosa da necessidade ou não do reforço parametrial. Devemos individualizar cada tratamento as necessidades de cada um dos pacientes.
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29 MUITO OBRIGADO
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