Notários querem ajudar a descongestionar os tribunais

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1 Bastonário destaca primeiro alargamento das competências após privatização Notários querem ajudar a descongestionar os tribunais Por: TERESA SILVEIRA Os cerca de 400 notários privados instalados em Portugal a partir de 2005 estão claramente subaproveitados, afirma o bastonário da Ordem dos Notários, em entrevista à Vida Judiciária. Empossado a 18 de Setembro de 2009, Alex Jan Himmel aplaude as alterações ao Estatuto do Notariado e ao Estatuto da Ordem dos Notários aprovadas em Novembro último em Conselho de Ministros, mas não deixa de voltar a criticar a renacionalização da actividade ocorrida em 2008 e a 4

2 concorrência desleal a que ainda estão sujeitos por parte da rede pública de notários criada pelo Estado. Uma medida política que motivou o abandono de dezenas de profissionais e provocou uma redução da actividade dos actuais em mais de 60% nos últimos dois anos. Para o futuro, além das novas competências para a criação de um arquivo digital notarial e em matéria de propriedade industrial e de mediação e de arbitragem, o bastonário aguarda a publicação da portaria que permita fazer transitar dos tribunais para os cartórios os processos de partilhas, que há muito estão parados. Mas esta é apenas uma área em que podem ajudar a combater a lentidão da Justiça em Portugal. Para Alex Himmel, não há dúvidas: na área judicial há muitos processos que poderiam correr nos cartórios e, dessa forma, descongestionar os tribunais. Vida Judiciária Foi aprovada em Conselho de Ministros a 11 de Novembro uma alteração ao Estatuto do Notariado e ao Estatuto da Ordem dos Notários. Algumas das alterações agora aprovadas eram reclamadas pela Ordem há muito tempo. Que mudanças, concretamente, é que esta legislação introduz? Alex Jan Himmel Claro que ficámos satisfeitos, mas nunca satisfeitos plenamente, porque queremos sempre mais. Como sabe, a nossa profissão depende totalmente do Estado. Nós somos oficiais públicos, somos nomeados e exercemos a autoridade do Estado que nos é delegada à fé pública pelo ministro da Justiça e, nesse sentido, só exercemos aquelas competências que estão previstas na Lei. Isto embora os nossos cartórios sejam geridos de forma privada, ou seja, nós somos notários públicos de gestão privada. A privatização deu-se em 2005, num determinado quadro legislativo, que, entretanto, foi totalmente alterado, e, portanto, é normal que nós queiramos mais competências, uma vez que as nossas tradicionais competências, que eram exclusivas, foram também dadas a outros profissionais. E agora temos competências exclusivas muito reduzidas. VJ Quais são essas competências exclusivas? AJH Nós em exclusividade só fazemos testamentos, certificação de factos e procurações irrevogáveis. Todas as outras competências que tínhamos também podem ser exercidas por outros profissionais do Direito e, para além disso, foram retomadas pelo próprio Estado. O Estado privatizou os notários em 2005, abdicou de funcionários públicos para exercer essas competências e agora, desde 2008, já exerce novamente, embora noutro formato. VJ É por esse motivo que acusam o Estado de concorrência desleal? AJH Sim, concorrência desleal por dois motivos. Por um lado, porque o notariado é privatizado em determinado quadro e depois, no fundo, o Estado mais não fez do que ter enganado os notários quando eles achavam que iam exercer as suas funções em exclusividade e se acabou com isso. Por outro lado, há concorrência desleal porque o Estado cobra preços diferenciados que promovem a concorrência desleal. Nós já apresentámos queixa às autoridades competentes, mas isto demora sempre o seu tempo. VJ Voltando à questão inicial, o reforço de competências dos notários agora aprovado. Diz-me que ficaram satisfeitos com as alterações. É assim? AJH De facto, damo-nos por satisfeitos, adquirimos novas competências, tanto na organização da nossa profissão, a nível da Ordem, como no exercício das nossas competências. Como sabe, hoje em dia todos os profissionais, e nós também, nesta área trabalhamos num sistema de balcão único, que foi uma figura inventada há cerca de 15 anos na Europa os one stop shop em que os serviços públicos são muitas vezes prestados em pacote, em que os particulares e as empresas se dirigem a um único serviço para tratar de diversos assuntos. E nós praticamos esse serviço em balcão único e, nessa perspectiva, este novo diploma vem dar-nos novas competências no âmbito fiscal, fazendo com que o notário que já o faz mas que tem de se dirigir às Finanças para participar ou cobrar um Esperamos que brevemente seja publicada a portaria para, definitivamente e de uma vez por todas, estes processos [de partilhas], que são os que mais se arrastam nos tribunais, sejam resolvidos 5

3 - A nossa actividade baixou cerca mais de 60% nos últimos dois anos. Porquê? Porque os advogados e solicitadores, mas mais o próprio Estado, ao montar esta rede paralela, adulterou completamente as condições subjacentes à privatização, disse Alex Himmel à VJ. imposto em nome do cliente, por exemplo, não tenha de o fazer, fazendo com que essa comunicação entre os notários e as Finanças seja feito on-line. E essa era uma reivindicação nossa já há muito tempo e que é uma competência que o Estado, que nos faz concorrência, tem e que nós não tínhamos. Um outro elemento importante que consta do nosso novo estatuto é a possibilidade de criação de um arquivo digital notarial, em que qualquer particular ou empresa pode recorrer a um notário para arquivar um documento e receberá em troca um código de acesso permanente, que permitirá a consulta desse documento, com validade legal idêntica ao original. Por outro lado, temos uma nova competência nos registos de propriedade industrial, podendo apresentar esses registos no Instituto Nacional da Propriedade Industrial [INPI], que não podíamos. Temos ainda duas competências novas que eram uma reivindicação nossa há muito também e que são a mediação e a arbitragem. Nós temos um estatuto que só é comparável ao dos magistrados do Ministério Público e judiciais e exercemos as nossas competências em total exclusividade, não podemos exercer mais nenhuma remunerada, o que nos dá total imparcialidade e isenção no tratamento de todos os assuntos jurídicos com os nossos clientes. E, portanto, faria todo o sentido, como agora foi consagrado em lei, que nós, notários, pudéssemos exercer actividade na mediação e na arbitragem, onde a isenção e a independência são uma mais-valia e que só os notários têm. O notário é o único profissional em Portugal, tirando os juízes, que exercem a sua actividade em total imparcialidade. VJ E, do ponto de vista prático, como é que tudo se vai processar? Como é que os notários vão exercer essa competência na mediação e na arbitragem? AJH De duas formas: como árbitros e centros de arbitragens ou em arbitragens que são constituídas, como hoje em dia acontece, em que normalmente são os advogados que o fazem, ou através de um centro de mediação e arbitragem que nós, Ordem dos Notários, tencionamos constituir. E em que a própria legislação agora publicada prevê a alteração do Estatuto do Notariado e em que o Estatuto da Ordem tem como competência a criação de um centro de mediação e arbitragem. Nesse âmbito, todos os notários que queiram aderir podem, depois, exercer a arbitragem. VJ E quando é suposto que esteja criado esse centro de mediação e arbitragem? AJH As coisas ainda não estão completamente definidas, porque ele ainda deverá ser aprovado, mas a nossa ideia é centralizá-lo em Lisboa, mas com delegações em todos os cartórios notariais que queiram aderir. E essa é que é a nossa vantagem, é termos uma rede de profissionais espalhados pelo país inteiro. VJ São ao todo 543 notários, certo? 6

4 AJH Nós não somos ainda 543. Neste momento somos ainda só cerca de 400, porque há cento e poucos lugares que ainda não foram preenchidos, mas isso é devido às vicissitudes do processo de privatização que ficou a meio, fruto destas alterações legislativas do Estado e que, no fundo, puseram em causa a própria privatização ao suspender, não directa, mas indirectamente, o processo de privatização, que não foi concluído. VE Acha que o Estado se arrependeu, de alguma forma, de ter privatizado os notários? AJH Não, o Estado esta é uma questão política. Há aqui duas concepções políticas: uma, que pretendia exercer a actividade através de notários privatizados. Mas devo aqui reforçar que nós nunca deixámos de ser oficiais públicos, tomamos posse perante o ministro da Justiça, somos tutelados pelo ministro da Justiça e a única coisa que é privada é a gestão do nosso cartório. Depois, há uma outra visão política, que queria que estes serviços fossem prestados pelo Estado, que é uma visão de um Estado prestador de serviços. E há uma visão de um Estado que, na medida do possível, privatiza serviços que não têm de ser públicos. Aliás, o notariado até 1940 era privado, não era público. O Salazar é que nacionalizou o notariado, com consequências nefastas para a profissão. Antes da privatização, sobretudo nas zonas urbanas, era mito difícil marcar-se uma escritura. Às vezes era preciso esperar-se três, quatro ou cinco meses para marcar uma escritura. Criaram-se vícios péssimos, a figura do notário foi completamente desvalorizada, as pessoas não o conheciam, não sabiam quem era, nem sabiam sequer que o notário era um especialista de Direito. Havia muita gente que apenas achava que era uma obrigação ir ao notário, mais nada. E, hoje em dia, a partir de 2005, o notário é VJ Uma figura mais próxima dos cidadãos? AJH É, porque o cidadão, se quiser falar com o notário para o assessorar juridicamente, o que fazemos de forma gratuita, o notário fá-lo. E não era como antigamente, em que as pessoas falavam com um ajudante e nem sequer chegavam a falar com o notário. Só no dia da escritura é que assinavam à frente dele. Mais nada. E isto para lhe responder à pergunta sobre se o Estado não se arrependeu. Nós achamos é que fomos enganados pelo Estado, porque o Estado privatizou e, mais tarde, o mesmo Estado, embora com um novo Governo, decidiu alterar. VJ E por isso é que lhe perguntei se havia arrependimento do Estado. Houve aqui um volte-face, não foi? AJH Foi, totalmente. A privatização foi feita com base num Estatuto do Notariado, num Estatuto os Notários, com base num Código do Notariado e numa tabela de honorários. Foi esse o quadro em que, em 2005, tomaram posse os primeiros notários públicos de gestão privada. VJ A vossa tabela de honorários está homologada? AJH A nossa tabela de honorários entretanto foi totalmente alterada, no sentido de apenas prever valores máximos para os actos que exercemos em exclusividade aqueles três actos de que lhe falei há pouco [testamentos, certificação de factos e procurações irrevogáveis] e todos os outros são de preço livre. Nós podemos fixá-lo livremente. Agora, isso foi necessário, porque, como já não tínhamos a exclusividade, corríamos o risco de praticar preço fixo quando haveria milhares de outros profissionais que exerciam a mesma actividade a preço livre. E, para não gerar aqui ainda mais constrangimentos, o Estado liberalizou a nossa tabela. Mas, por outro lado, fez pior, porque fez aprovar vários diplomas que nos retiraram a exclusividade. E o pior ainda foi retomar a actividade. Nós tínhamos acabado de criar uma rede de 400 cartórios notariais públicos de gestão privada, que abrangem todo o país, Açores e Madeira incluídos, e o Estado criou uma rede paralela. E agora há uma duplicação de serviços. Há o Estado que pratica os mesmos serviços que nós prestamos Nós exercemos as nossas competências em total exclusividade, não podemos exercer mais nenhuma remunerada, o que nos dá total imparcialidade e isenção no tratamento de todos os assuntos jurídicos com os nossos clientes 7

5 Desta vez não foi possível, mas vamos voltar à carga. Queremos, no futuro, exercer outras competências, nomeadamente nos casamentos e nos divórcios, que não faz sentido que sejam exercidas em exclusividade pelos conservadores em balcões únicos do Estado e continua a haver os notários privados. E, ainda por cima, note-se, o investimento que os notários fizeram foi privado, o Estado não financiou nada, foi cada notário que financiou o seu próprio cartório. VE Essa duplicação de serviços de alguma maneira tem levado notários a abandonarem a actividade? AJH Desde 2005 que houve cerca de 30 notários que deixaram de exercer funções. A maior parte desistiu e outros, poucos, porque faleceram. Mas a maior parte foi, de facto, por desistiram e também porque os notários que eram funcionários públicos tinham um prazo de regresso se não gostassem da privatização, podendo voltar ao serviço público. E foi o que aconteceu com esses. VJ Mas sente que a criação de uma rede pública de notários por parte do Estado desmotivou os notários privados? AJH Claro que desmotivou. A nossa actividade baixou cerca mais de 60% nos últimos dois anos. Porquê? Porque os advogados e solicitadores, mas mais o próprio Estado, ao montar esta rede paralela, adulterou completamente as condições subjacentes à privatização. Admito que haja vários colegas que, ou porque não tenham voltado, ou porque já não tenham receita suficiente, tenham desistido. E agora voltando à sua primeira questão sobre por que é que ficamos contentes com estas alterações e por que é não ficamos totalmente contentes, é porque achamos que ainda havia outras competências que podiam ser exercidas por nós. VJ Quais, nomeadamente? AJH Por exemplo, os divórcios e os casamentos. Vamos lá ver: o que é que o Estado fez? Antigamente, nesta profissão havia uma carreira de notário/conservador. Era uma carreira quase única, em que o notário de vez em quando era notário, mas podia ser conservador e podia optar entre uma carreira e a outra. A partir de 2005, só existiam os notários de gestão privada e deixou de haver os notários públicos. Em 2008, os conservadores funcionários públicos começaram a exercer funções que eram exclusivas nossas, dos notários e, lá está, a tal renacionalização da actividade e o que nós defendemos é que, se realmente em 2005 se dividiu as duas carreiras, mas se o Estado, afinal, a partir de 2008, achou que os conservadores também podiam exercer competências dos notários, então achamos que nós, notários, também podemos exercer competências que são dos conservadores. E, nessa perspectiva, desta vez não foi possível, mas vamos voltar à carga. Queremos, no futuro, exercer outras competências, nomeadamente nos casamentos e nos divórcios, que não faz sentido que sejam exercidas em exclusividade pelos conservadores. Neste momento, aliás, não faz sentido que nenhuma actividade seja exercida em exclusividade pelos conservadores, porque todas aquelas que eram exclusivas dos notários também passaram a ser exercidas pelos conservadores. E, nessa perspectiva, achamos que esta alteração podia ter ido mais além, mas, mesmo assim, já foi muito positivo, porque foi a primeira vez desde a privatização que conseguimos novas competências. Até agora só nos tinham retirado competências e agora estamos a inverter esta tendência e a readquirir competências. Isto, embora sem ser em exclusividade, mas, ainda assim, novas competências. Temos este diploma, a par dos inventários, que foram aprovados também em 2009, com uma alteração que houve da lei em Setembro de 2010 e que está, neste momento, a ser regulamentada. VJ Então, relativamente à vossa actividade, o que é que foi melhorado? AJH Foi a organização em balcão único com acesso directo às Finanças, foram as novas competências quanto ao registo da propriedade industrial, a mediação e a arbitragem e, depois, a publicidade. O nosso estatuto andou sempre a par do estatuto da Ordem dos Advogados. E quando, em , foi decidida a privatização, existia um Estatuto da Ordem dos Advogados que era muito restritivo em relação à publicidade e foi esse que foi adoptado para o Estatuto da Ordem dos Notários. Entretanto, já houve uma alteração no 8

6 da advocacia e o Estatuto da Ordem dos Advogados já é muito mais permissivo. E nós agora também alterámos o nosso para ser mais permissivo em relação à publicidade. Em 2005 até nem fazia sentido, porque trabalhávamos em exclusividade, e isso poderia criar inconvenientes entre notários. Agora não, pois, como prestamos serviço num mercado concorrencial, embora desleal, faz todo o sentido que houvesse abertura quanto à possibilidade de fazer publicidade. Depois, houve, também, alterações, no Estatuto da Ordem dos Notários, dando-lhes, por exemplo, competência para criar o centro de arbitragem. E foram também ajustadas algumas regras de funcionamento interno da Ordem que na primeira versão não estavam bem acauteladas. E, em termos gerais, ficamos contentes com estas alterações. VJ E quanto aos requisitos para adquirir a qualidade de notário. Vi no comunicado de Conselho de Ministros publicado a 11 de Novembro que houve alterações. Quais foram? AJH Isto é assim: o Governo, mais uma vez erradamente, quanto a nós, quis transpor uma directiva comunitária de 2006 para o ordenamento jurídico português, que é a chamada directiva de atribuição de competências, que tem a ver com o exercício de várias profissões. E, quanto a nós, o Estado não era obrigado a transpor essa directiva. A própria directiva diz, no preâmbulo, que relativamente aos notários em países em que estes exercem poderes de autoridade, essa directiva não se aplica. Ora, o prazo para a transposição da directiva terminava em 2007 e o Estado português e bem na altura decidiu não a transpor. Entretanto, a Comissão Europeia intentou uma acção contra Portugal no Tribunal Europeu, por violação alegada da não transposição dessa directiva. E o Estado português e bem em 2008 contestou essa acção e disse: atenção, isto não se aplica a Portugal, porque os notários em Portugal exercem poderes de autoridade delegados do Estado e, portanto, não devemos transpor esta directiva. Entretanto, mudaram as coisas no Ministério da Justiça, embora também num Governo do Partido Socialista, mudou o ministro e os secretários de Estado e decidiram que iriam transpor a directiva. Nós sempre nos opusemos, mas o Governo levou a sua avante e foi aprovada em Junho na Assembleia da República. E o mais estranho, quanto a nós, é que o advogado geral do Tribunal das Comunidades veio defender exactamente a nossa posição e dizendo que o Estado português não devia ser condenado. Acho que está para breve uma decisão, talvez para Janeiro. VJ Mas, entretanto, em termos práticos, o que é que isto traz quanto a quem pode exercer a profissão de notário? AJH Em termos práticos, significa que qualquer pessoa que esteja em condições de exercer a profissão noutro país também pode concorrer cá em Portugal. Um estrangeiro que queira pode fazê-lo cá, desde que cumpra os requisitos legais. Quanto a isso, a nossa lei já não exigia o critério da nacionalidade. O único critério era ser licenciado em Direito e não estar impedido de exercer a actividade notarial e prestar provas públicas em Portugal e depois concorrer a uma licença. Ora, isso agora está expressamente aberto a outros profissionais da União Europeia, mas o que nós sempre contestámos e que vem na transposição daquela directiva, é a possibilidade do exercício do chamado acto isolado. Ora, lá está, na directiva está previsto em termos genéricos para qualquer profissão, ou seja, um profissional pode vir aqui a Portugal praticar um acto isolado. Isso faz sentido eventualmente em algumas profissões, mas na nossa não faz qualquer tipo de sentido. E é perigoso, até. E porquê? Porque, como exercemos uma função pública, temos vários poderes e posição de verificação de legalidade do acto, além de verificar se, em termos urbanísticos, por exemplo, o acto é legal ou se, em termos fiscais, é legal. E depois temos a obrigação de arquivar o documento para todo o sempre. Ou seja, temos obrigações públicas que não é possível cumprir por um notário espanhol, por exemplo, que venha cá praticar A nossa ideia é centralizar o centro de mediação e arbitragem em Lisboa, mas abrindo delegações por todo o país em todos os cartórios notariais que queiram aderir 9

7 Foi criado um corpo de mais de 400 oficiais públicos, altamente especializados, sem qualquer investimento por parte do Estado, e que está subaproveitado. E na área judicial há muitos processos que poderiam correr nos cartórios e, dessa forma, descongestionar os tribunais um acto isolado. Isto, embora ele tenha de comunicar à Ordem dos Notários que vai praticar o acto. Mas isto, hoje em dia, como sabe, praticar um acto a pessoa vem de manhã de avião praticar o acto e vai embora ao fim do dia. VJ E tal não oferece garantias de segurança, é isso? AJH Como sabe, o notário, para além de prestar uma assessoria especializada, também é garantia de direito público. E não é só o direito privado que está em causa. E esta função pública que nós exercemos está posta em causa com esta questão do acto isolado. Nós até dizemos que se insistem muito na transposição da directiva, não a transponham nesta parte, porque nesta profissão do notário não faz sentido. E tanto não faz sentido que, no próprio preâmbulo da directiva é dito que ela não se aplica a notários em países em que eles exercem este tipo de competências. VJ Em que circunstâncias é que um particular ou uma empresa poderia recorrer a um notário estrangeiro para um acto isolado? Qual seria a necessidade de o fazer? AJH Imagine uma empresa inglesa por exemplo no Algarve. Há muitos imóveis no Algarve que pertencem a off-shores. Posso até admitir que haja lá pessoas interessadas em que venha cá um notário de Inglaterra fazer o negócio. Não estou a pôr em causa o notário, mas o Estado vai abdicar da sua soberania. Claro que estamos na União Europeia e discute-se muito que perdemos a soberania em vários aspectos e é verdade, somos obrigados por via dessa adesão à União, como todos os outros Estados, mas há casos em que perdemos a soberania sem necessidade. Também não vem cá nenhum juiz de outro país julgar. E nós, notários, em algumas áreas temos competências parecidas com as dos juízes. Numa justificação notarial ou nos processos de inventários agora vamos ter poderes, embora o controlo geral do processo caiba a um juiz, mas cabe a um juiz que no fim só homologa a decisão, porque as decisões são tomadas pelo notário, que decide e impõe decisões aos particulares. Essa é a diferença entre exercer ou não poderes de autoridade. E por isso não faz sentido dar poderes a pessoas que depois não é possível controlá-las. O Estado português, se delega as suas competências, não devia querer perder o controlo directo. Pode vir aqui um inspector do Ministério da Justiça e perguntar o que é que eu estou aqui a fazer. E pode questionar-me a qualquer momento em termos profissionais. Se vier aqui um notário da Rússia, por exemplo a Rússia não faz parte da União Europeia, mas há acordos, exerce um acto e vai-se embora. E depois há aqui muitas questões que não estão regulamentadas. VJ Que consequências práticas é que isto pode ter? AJH Porque é que nós existimos? Existimos para evitar, por exemplo, branqueamento de capitais, evitar atentados urbanísticos, para a cobrança de impostos, que também é uma das nossas competências (umas vezes cobramos directamente, outras vezes verificamos se foi bem cobrado), na área do ambiente, etc. Portanto, pelo menos para essas vertentes e para as quais temos competências, que são públicas, elas ficam postas em causa. E fica a segurança jurídica, no fundo. VJ Fica em causa? AJH Fica em causa, claro. E, depois, por outro lado, repare: nós temos obrigação de praticar o acto e de apresentar no registo para dar publicidade a terceiros. E nas transacções imobiliárias, por exemplo, o Estado decidiu em 2008 que o registo era obrigatório, mas a sanção por não cumprimento é apenas o pagamento do emolumento em dobro. Não existe outro tipo de sanção. VJ Não?! AJH Não. Eu posso pôr a hipótese de um notário, no desconhecimento da própria lei, que não o pratique. E o Estado português vai andar à procura de um notário que está na Letónia, por exemplo? Isto não faz sentido. E tanto 10

8 não faz sentido que a própria directiva isenta o Estado português. Agora, isto a nós também não nos preocupa, porque certamente não vai haver nenhuma avalanche destes casos. Se houver nos actos únicos, acho que é perigoso, nos outros actos, desde que exerçam os requisitos e prestam provas VJ Queria questioná-lo sobre um tema que abordou de passagem há pouco, que tem a ver com a fiscalização dos vossos actos. Quem é que tem competência para fiscalizar a vossa actividade? AJH Nós temos uma dupla fiscalização. Uma, por parte da Ordem dos Notários, na parte deontológica do exercício da nossa profissão, e depois uma fiscalização funcional do exercício do notariado por parte do Ministério da Justiça. No Ministério da Justiça existe um Conselho do Notariado que tem essa competência. VJ No que diz respeito ao Conselho Deontológico da Ordem, que balanço é possível fazer? Tem havido muitas sanções? AJH Não, não tem havido muitas sanções. O balanço que eu faço é que a privatização foi um total sucesso também nessa área. Os que não pretendiam a privatização um dos argumentos que utilizavam é que era perigoso uma profissão pública ser exercida por alguém que não fosse funcionário público e que haveria perigo de infracções. A verdade é que se provou exactamente o contrário, ou seja, julgo que hoje em dia há um maior rigor por parte dos notários, porque nós temos uma responsabilidade disciplinar dupla, a civil e a criminal. E a responsabilidade civil também é muito importante, porque o nosso património garante a nossa actividade. Ao contrário de outros profissionais de Direito, nós assinamos por baixo nos documentos e garantimos que aquilo está em ordem. E, se não estiver, o nosso património pessoal responde, ao contrário do que acontecia com o notário público. Isto, embora aí quem respondia era o Estado e o Estado tinha sempre o direito de regresso, mas como sabemos não há caso em Portugal em que o Estado tenha exercido o direito de regresso relativamente ao funcionário que se tenha enganado. Já nem vamos pôr o caso em que, de propósito, tenha prejudicado alguém, com dolo ou negligência grosseira. E, portanto, o notário público estava muito mais à vontade. Daí que consideremos que hoje há um muito maior rigor. E o balanço que fazemos nessa área é francamente positivo. VJ E quanto à fiscalização que é feita por parte do Ministério da Justiça? A vossa actividade é frequentemente fiscalizada? AJH Normalmente, são fiscalizações ordinárias. Fiscalizações extraordinárias só se alguém tivesse um problema e achassem que era preciso fiscalizar um caso concreto. Mas sim, a nossa actividade normalmente é fiscalizada, ao contrário de todas as outras que exercem actividades na nossa área, que não o são [fiscalizadas]. Um advogado, por exemplo, não é fiscalizado por ninguém. Não há fiscalização de advogados. A Ordem dos Advogados não fiscaliza os advogados. Essa é que uma profissão totalmente liberal. Aí é que está a excepção, até quando nos querem equiparar a outras profissões. Nós temos um cunho público que outras profissões não têm. A nossa profissão permite que exerçamos funções delegadas pelo Estado, mas obriga a que também sejamos controlados. É por isso que dar estas competências a profissionais totalmente liberais não é que eles não podem ser fiscalizados. Veja: eu tenho aqui uma escritura que fica arquivada aqui no arquivo. A qualquer altura alguém pode vir cá buscar uma cópia. Aliás, a lei obriga a que eu abra o cartório todos os dias úteis do ano às nove horas da manhã e que esteja aberto pelo menos sete horas por dia. E, portanto, não há dia nenhum em que alguém que pretenda uma cópia de um documento que esteja aqui arquivado não possa vir cá buscá-lo. Ora, um escritório de um advogado ou de um solicitador nem precisa de abrir a porta. Hoje em dia já não há escritórios Está previsto em termos genéricos para qualquer profissão que um profissional pode vir aqui a Portugal praticar um acto isolado. Isso faz sentido eventualmente em algumas profissões, mas na nossa não faz qualquer tipo de sentido. E é perigoso, até 11

9 Ao contrário de outros profissionais de Direito, nós assinamos por baixo nos documentos e garantimos que aquilo está em ordem. E, se não estiver, o nosso património pessoal responde, ao contrário do que acontecia com o notário público com a porta aberta como antigamente. O advogado tem a porta fechada. E se alguém quiser um documento tem de combinar previamente para ir lá buscar. E se o advogado estiver três meses de férias não é obrigado a estar. E eu não. Eu não posso fechar a minha porta. E tenho de pedir a um notário que me venha cá substituir se eu estiver de férias e as minhas instalações nunca podem estar fechadas. Nós temos, portanto, muitas obrigações que decorrem exactamente desta nossa função pública. VJ- Uma das questões das quais se têm queixado está relacionada com os processos de partilhas, que dizem que estão parados por falta de regulamentação da Lei 29/2009, de 29 de Junho. Essa regulamentação já foi publicada? AJH Não, ainda não. O senhor ministro da Justiça criou uma comissão. Esta lei já foi publicada em 2009, já foi duas vezes alterada e ainda não entrou em vigor. Ou melhor, é uma grande discussão, há quem diga que já entrou em vigor e há quem diga que não. Os inventários eram para transitar para os cartórios notariais em Janeiro de Depois, foram adiados para Julho deste ano e, entretanto, há uma lei aprovada em Julho, publicada agora em 3 de Setembro, que prevê a sua entrada em vigor após a publicação de uma portaria de regulamentação, que é a tal que está a ser elaborada através de uma comissão que o senhor ministro da Justiça criou e que é integrada pelo Conselho Superior de Magistratura, pelo Ministério Público, pelos advogados, solicitadores, notários. Já houve várias reuniões dessa comissão e esperamos que brevemente seja publicada essa portaria para, definitivamente e de uma vez por todas, estes processos, que são os que mais se arrastam nos tribunais, sejam resolvidos. VJ O que é que esta portaria virá definir? Isto vai acelerar os processos de partilhas? AJH A portaria virá regulamentar como é que o processo irá tramitar em termos informáticos. É que o processo é totalmente desmaterializado e, ao contrário do que anteriormente corria nos tribunais, vai correr nos cartórios notariais. E porque é que vai ser muito mais rápido? Esta é uma matéria de Direito que nós conhecemos muito bem, porque fazemos as partilhas extrajudiciais. Estas são partilhas judiciais que vão passar a ser notariais, com controlo geral do processo por parte do juiz, mas a matéria geral em si é algo que conhecemos muito bem. E é uma matéria que, não sei porquê, os tribunais não gostam e que demoram mais tempo. Não sei se os processos são encostados, se não, mas são processos em que os herdeiros estão desavindos, assim como nos casos dos divórcios litigiosos, em que os ex-cônjuges querem partilhar os seus bens e, não sei porquê, nos tribunais isto demora sempre seis, sete ou oito anos. E agora nos cartórios estamos convencidos de que não vai demorar mais do que cinco ou seis meses, ou menos. Isto porquê? Porque é um processo desmaterializado e porque é uma área que nós conhecemos bem e certamente vamos gerir os processos com todo o interesse e rapidamente. É assim que nós trabalhamos. Enquanto no tribunal há milhares de pendências, num cartório não há pendências. VJ Está, então, convencido de que isto poderá contribuir para descongestionar os tribunais? AJH Sim, sim, muito. Eu lutei muito por esta lei, já antes de ser bastonário. Fiz parte já em 2006 de uma comissão de notários que apresentou esta proposta ao Governo. E há outras áreas em que podemos ajudar a descongestionar os tribunais, utilizando exactamente esta nossa imparcialidade e isenção. Nós estamos, aliás, a ser claramente subaproveitados, porque foi criado um corpo de mais de 400 oficiais públicos, altamente especializados, sem qualquer investimento por parte do Estado, e que está subaproveitado. E na área judicial há muitos processos que correm nos tribunais que poderiam correr aqui nos cartórios e, dessa forma, descongestionar os tribunais. 12

Em primeiro lugar, gostaria, naturalmente, de agradecer a todos, que se disponibilizaram, para estar presentes nesta cerimónia.

Em primeiro lugar, gostaria, naturalmente, de agradecer a todos, que se disponibilizaram, para estar presentes nesta cerimónia. Cumprimentos a todas as altas individualidades presentes (nomeando cada uma). Caras Colegas, Caros Colegas, Minhas Senhoras, Meus Senhores, Meus Amigos Em primeiro lugar, gostaria, naturalmente, de agradecer

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