A salvação da lavoura, da pecuária, do meio ambiente...

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1 A salvação da lavoura, da pecuária, do meio ambiente... Assim é o sistema de integração lavoura-pecuária, uma das formas mais promissoras de aumentar a produtividade agropecuária, recuperar as pastagens degradadas e reduzir assim os impactos negativos ao meio ambiente. Um verde mais vivo salta aos olhos de quem passa em frente à Fazenda Vargem Grande, na rodovia GO- 220, em Montividiu, Goiás. De um lado da estrada a lavoura de algodão dá as primeiras flores no começo de abril. Do outro, o milharal plantado junto com o capim braquiária já está com quase um metro de altura. É para lá que, logo após a colheita das espigas, no período da seca, que vai de julho a outubro, serão trazidos os animais puro sangue da raça Canchim que agora pastam em outra área da propriedade. Além de usufruírem da pastagem em formação, esses touros, matrizes e bezerros têm um papel fundamental. São eles que, ao mesmo tempo em que se alimentarão da braquiária, comerão o que sobrou dos pés de milho e dispensarão o trabalho de roça de toda aquela área. E mais do que isso, ajudarão a nutrir o solo com seu esterco. A palhada deixada pelo gado tornará o solo úmido, pronto para o plantio do algodão. Naquela fazenda, animais e culturas de algodão, de milho, de soja e de feijão são as peças de uma engrenagem que movimenta e eleva a produtividade nas lavouras, que garante economia na utilização de insumos e que proporciona um pasto de qualidade durante o ano todo, faça chuva ou faça sol. Esta, aliás, é mais uma forma de reduzir custos. Afinal, a pastagem representa 90% da alimentação animal. Na agenda da Vargem Grande, outubro é a época do plantio de soja e dezembro de algodão. A soja é colhida entre janeiro e fevereiro, cedendo a terra para a lavoura do milho safrinha, colhido entre junho e julho. Em ano bom, com chuva na medida certa, este cultivar rende tanto quanto o comum. Tem ainda o milho e o feijão. Num período de dois anos, temos aqui cinco culturas rotacionadas, sem perda alguma, garante Andreas Peeters, fundador e proprietário da Agro Pecuária Peeters Goiás S/A, com sede na cidade goiana de Rio Verde. Arrojado, foi pioneiro na cultura de milho safrinha em Montividiu. Começou sua lavoura em 1985, quando comprou as terras. Seu foco era a agricultura baseada na soja e no milho. No entanto, em sociedade com seu primo Geraldo Peeters, de Holambra, colônia holandesa fundada com ajuda de seus pais na região de Campinas, interior de São Paulo, aproximou-se da pecuária. Investiu então na constituição do que é hoje a empresa referência não só na região como em todo o Estado. Há 13 anos, Andreas Peeters optou pelo sistema de integração lavoura-pecuária (ILP). Enxergou na tecnologia uma alternativa para melhorar o solo, para 3 minimizar o impacto ambiental e para elevar a produtividade como um todo. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a ILP tem demonstrado cientificamente sua capacidade de garantir sustentabilidade econômica e ecológica. Isso porque o consórcio de culturas anuais com forrageiras, principalmente do gênero Brachiaria, garante alimentação animal na entressafra e cobertura morta para plantio direto de diversas culturas. Coberturas tropicais como esta, aliás, ajudam na recuperação das propriedades físicas do solo, bem como na reciclagem de nutrientes, funcionando ainda como barreiras contra a invasão e disseminação de pragas, de doenças e de ervas daninhas. Em resumo, beneficia a agricultura, a pecuária e o meio ambiente porque permite que o solo seja explorado economicamente durante todo o ano ou, pelo menos, na maior parte dele. Isso favorece o aumento na oferta de grãos, fibras, lã, de carne, leite e agroenergia a custos mais baixos. Tudo por causa do sinergismo que se cria entre a lavoura e a pastagem. Para ser ainda mais aprimorado, tal sistema está no foco do trabalho de muitos pesquisadores da Embrapa. É o caso do engenheiro agrônomo Tarcisio Cobucci, da Embrapa Arroz e Feijão. O sistema adotado na Agro Pecuária Peeters é o Santa Fé. Consiste na produção consorciada de culturas de milho com a braquiária, o que permite o plantio direto de algodão sem a necessidade de revolvimento do solo. Além de não ter que prepará-lo, o produtor não tem atraso em seu cronograma de atividades e muito menos custos adicionais com equipamentos. É possível aumentar o rendimento da cultura de milho e das pastagens e, com isso, reduzir os custos de produção, tornando a propriedade mais competitiva e sustentável. Sem falar que tal sistema está viabilizando o plantio direto em várias regiões devido à geração de palhada de braquiária, que combate diretamente plantas daninhas e fungos de solo, e há maior retenção de água na terra para as plantas. Na Vargem Grande, 98% da agricultura é feita por meio de plantio direto. Consultor operacional de produção, Charles Peeters entende que a integração lavoura-pecuária é o divisor de águas entre a agricultura tradicional e a agricultura sustentável do futuro. Ele conta que durante as décadas de 1970 e 1980, aquelas terras sofriam com a monocultura, com o plantio convencional, com a multiplicação das pragas e com a conseqüente degradação do solo e do meio ambiente. A produção

2 tinha um custo elevado por causa da necessidade de várias operações mecânicas de movimentação da terra, do uso abusivo de combustíveis, desgaste precoce do parque de máquinas, aumento do uso de defensivos agrícolas e, pior, com algodão com baixo teto produtivo. O resultado era baixa produtividade e rentabilidade. Para romper com esse ciclo vicioso, integrar a lavoura à pecuária e inserir a fazenda no sistema de plantio direto, planejou algumas medidas. A primeira delas foi interromper o cultivo de algodão no método convencional, e mantendo apenas os grãos no sistema de plantio direto. Só depois de sete anos é que o plantio direto de algodão passou a ser realizado para valer. Uma tentativa de plantar o algodão diretamente em palhada produzida por uma safra anterior de milho safrinha, sob massa de milheto, apresentou resultados acima da expectativa, diz. Na Vargem Grande, o trabalho para garantir todos estes resultados tem sido feito com muito critério. Responsável pelo setor de pecuária, Célio Martins de Melo conta que todos os animais são acompanhados rigorosamente. Fazemos análise de toda a documentação para controlar o acasalamento. Há muito cuidado para que não haja problemas de consangüinidade, relata. Tudo isso tem que estar em ordem para a chegada da estação de monta a campo, que acontece na primavera. Neste período, que dura 90 dias, cerca de 40 vacas são cobertas por um touro Canchim. Célio conta que a taxa de prenhez é de 98%. Ou seja, nascem perto de 38 bezerros desses 40 cruzamentos. Quando os bezerros completam 6 meses, são submetidos ao primeiro pente fino, como ele costuma dizer. Um técnico da Associação Brasileira de Criadores de Canchim avalia animal por animal, verificando se cada um deles apresenta as características que os enquadrem no padrão racial. Entre outros parâmetros estão o peso. Os machos devem ter pelo menos 40 kg ao nascer, enquanto que o desejado para as fêmeas é 35 kg. Segundo Célio, num sistema que permite o máximo de aproveitamento da terra, nada como uma raça bovina precoce. Aos 15 meses de vida o Canchim já está pronto para reproduzir. Wanderson Manenti, gerente da Vargem Grande, diz que desde que chegou ali, há quase quatro anos, a produtividade vem aumentando. Cada hectare da propriedade produz entre 300 e 350 arrobas de algodão, 60 sacos de soja/ha, 100 sacos/ha de milho safrinha, 150 sacas/ha do milho de verão. Outra estratégia de ponta que adotamos é a agricultura de precisão, diz Wanderson. Esta tecnologia utiliza sinais de satélite e softwares desenvolvidos para gerar e interpretar dados sobre a área cultivada, todos fundamentais para a tomada de decisões quanto à aplicação de corretivos, fertilizantes e defensivos agrícolas. Além disso, conta com equipamentos de última geração instalados nos calcareadores, adubadeiras, plantadeiras, colheitadeiras e pulverizadores que fornecem mapas de produtividade que orientam a aplicação de insumos. A amostragem de solo é feita com geo-referenciamento em grade, sendo que após análise em laboratório são elaborados os mapas de fertilidade da terra. É a tecnologia de ponta aliada ao que a natureza tem de melhor a oferecer. Vantagens da integração lavoura-pecuária Para o produtor, há aumento da produtividade e do lucro da atividade, com maior estabilidade de renda. Isso por causa da produção diversificada; Com a rotação de cultura há, ainda, redução dos custos e da vulnerabilidade aos efeitos do clima e do mercado. Para a pecuária há melhoria da fertilidade do solo, permitindo ganhos em produtividade e maior oferta de pasto, forragem e grãos para alimentação animal na estação seca. A adubação de manutenção da nova pastagem deve manter um novo patamar de produtividade. Para a lavoura, a pastagem favorece a melhoria da qualidade física e biológica do solo, a redução de pragas e doenças, aumenta a matéria orgânica do solo e ajuda no controle da erosão, devido à cobertura e proteção que proporciona. A lavoura cultivada na seqüência é beneficiada com a melhoria da qualidade do solo. Para a sociedade existe a vantagem de melhor aproveitamento das áreas já exploradas, especialmente de pastagens degradadas, evitando a incorporação de novas áreas de Cerrado ou de floresta, preservando esses ambientes. HFF & CAMPO BRASIL EDIÇÃO 24 JUNHO/2008 4

3 Todo o sabor do Brasil com a sofisticação e o sotaque da França Macia, capaz de agradar os paladares mais exigentes. Assim é a carne das raças bovinas de origem francesa. A alta produtividade e a precocidade para a reprodução e o abate são outras características interessantes, que trazem rápido retorno aos criadores. Apesar de ser o maior produtor mundial de carne bovina, o Brasil precisa se esmerar para agregar valor ao produto. Para isso, precisa melhorar a qualidade da carcaça de seus animais por meio de investimentos em programas de melhoria genética. É exatamente o que têm feito os criadores das raças originárias da França, como o Charolês, o Canchim, o Limousin, o Blonde D Aquitaine e o Blonel. De olho na retomada do crescimento do mercado nacional e nas exportações, a Associação Brasileira de Limousin (ABL) está desenvolvendo um novo projeto inserido no Conceito Limousin de Produção de Carne. Trata-se do Limflex, no qual os inspetores da associação vão a campo certificar os reprodutores e matrizes com qualidades superiores em termos de precocidade e rusticidade. Ou seja, são considerados Limiflex aqueles que possuam comprovadamente, via pedigree, entre 25% e 87,5% de sangue Limousin, que tenham passado por seleções técnicas, tenham performance individual ou estimativa de valor genético, e dados integrais no banco genealógico da ABL, seguindo o regulamento já existente de comunicações. Todo animal formador de base para o Limiflex deverá, obrigatoriamente, ser cadastrado na Associação Brasileira de Limousin, ressalta Pedro Nunes, gerente técnico da ABL. A entidade está investindo também na avaliação de novilhas oriundas de cruzamento de Limousin x Zebu, alimentadas por torta de girassol, um derivado da indústria de biodiesel, para detectar o desempenho da cobertura de gordura intra e extra-muscular e área de olho de lombo. A pesquisa está sendo conduzida pelo Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Estadual de Londrina. Os resultados serão apresentados durante a Expo Londrina, que acontecerá no próximo mês de abril, entre os dias 3 e 13. Animado com a retomada do crescimento da pecuária nacional, José Carlos Dorneles, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Charolês (ABCCharolês), diz que há muitos projetos já em andamento. Um deles é a produção de carnes especiais para atender às necessidades de mercados regionais. Não temos ainda resultados concretos nem cronogramas estabelecidos. Porém já estamos conversando com grandes redes distribuidoras interessadas na parceria, adianta o presidente da entidade. Para conseguir atender à crescente demanda 5 por carnes macias no mercado interno, os criadores estão empenhados na formação de novas linhagens. O objetivo é aumentar a precocidade, a capacidade de adaptação nas regiões quentes do Brasil central e também elevar a capacidade das fêmeas no aleitamento. O trabalho de melhoria genética conta com o apoio técnico da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Para incrementar a participação da genética das raças de origem francesa no mercado nacional, foi formado em 2004 um conselho de criadores brasileiros e franceses e, em 2007, criada oficialmente a Federação Brasileira das Raças de Origem Francesa (Febrafran). Presidida por Dêniz Ferreira Ribeiro, ex-presidente da Associação Brasileira de Criadores de Canchim (ABCCAN), a entidade promoveu em setembro de 2007 o primeiro congresso franco-brasileiro da cadeia pecuária, realizado em São Paulo, capital, logo após a realização de três seminários preparatórios em Campo Grande (MS), Londrina (PR) e Esteio (RS). Estes eventos integram um dos vetores de trabalho da Febrafran, que é o da construção da imagem. Os outros dois, também em andamento, visam a valorização do produto de cruzamento industrial com genética francesa, através da implantação do Label Tropical, um programa que consiste no aprimoramento do cruzamento industrial no Brasil Central. Há ainda a integração entre os sistemas brasileiro e francês de avaliação genética.

4 Conheça as raças de origem francesa Blonde D Aquitaine Blonel Canchim Charolês Limousin Tem bom desenvolvimento de carcaça (acima de 60-65%) e bom rendimento leiteiro. A vaca pesa entre 700 a 800 kg os machos entre e kg. A pelagem é parda, variando do vermelho aos vários tons de amarelo. A inseminação artificial e a transferência de embriões são utilizadas no melhoramento genético da raça. Como na França, os criadores nacionais usam o teste de progênie e o rigor na escolha de qualquer animal para ser reconhecido como selecionador. Apesar de muitas pesquisas feitas no Brasil, ainda se importa material genético da França para melhorar os animais brasileiros. Entre as suas principais características estão a precocidade sexual, fertilidade, habilidade maternal e rápido ganho de peso. A raça tem sido apontada como boa escolha para regiões quentes e para criação a pasto. Genuinamente brasileira, é ideal para o corte. Tem 5/8 de sangue Blonde e 3/8 de Nelore. Foi reconhecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em 2005, dez anos depois do início do desenvolvimento da raça. Os resultados aditivos, obtidos com a heterose entre o europeu Blonde e o indiano Nelore, através da biotecnologia, usando touros provados e aprovados em testes de progênie, funde as qualidades máximas de precocidade e qualidade de carne da raça européia com a rusticidade e praticidade da raça de origem indiana, exigidas pelos novos mercados e condições extensivas sob clima tropical. Outra opção também testada e comprovada é a sua utilização sobre os demais produtos de cruzamento, as chamadas F1, ou mesmo sobre outras raças também sintéticas, obtendo-se, incremento do vigor híbrido e porções eqüitativas de origem indiana e européia, no produto final. Desenvolvida no Brasil a partir de 1940, pela Embrapa Pecuária Sudeste, é formada por 5/8 de sangue Charolês e 3/8 de zebuíno. Oferece carne de qualidade e produtividade em menos tempo. O Canchim é fruto de um trabalho científico que visa viabilizar economicamente a obtenção de carne de melhor qualidade nas condições brasileiras. Pesquisas mostram que o touro da raça produz novilhos precoces, cumprindo assim a finalidade para a qual foi idealizado, destacando-se em relação a outras raças. Os novilhos precoces, fruto do cruzamento de vacas aneloradas com touros Canchim, por cobertura a pasto, poderão ser abatidos até os 18 meses, se confinados após o desmame; até 24 meses, se confinados na terminação; e aos 30 meses, se criados exclusivamente a pasto. Com forte presença nos estados do sul, domina os mercados de Santa Catarina e Paraná e tem presença importante nos Rio Grande do Sul. Presente em 189 países, cinco continentes, em localidades cujo clima tem temperaturas que variam entre 40º e 40º abaixo de zero, se adaptando bem. É a raça européia mais criada no mundo, inclusive no Reino Unido. Originária do Distrito de Charolles, na França, a raça, muito antiga, desenvolveu-se a partir do século 18 O aperfeiçoamento de sua estrutura corporal, a partir de 1920, o tornou um animal ideal para o corte. Suas principais características são a pelagem branca, grande porte, tanto na altura como no comprimento. O Charolês ainda se destaca por sua estrutura óssea e musculatura, excelente rendimento de carcaça e precocidade nos cruzamentos e nos abates. Segundo a Associação Brasileira de Criadores de Limousin (ABCL) o touro da raça é o único que emprenha mais de 50 matrizes zebuínas numa única estação de monta. Favorecido por seu bom aprumo, o reprodutor se mostra infatigável; e com a utilização de inseminação artificial, proporciona grande quantidade de esperma de qualidade. As vacas limousin têm boa fertilidade e facilidade de parto, apresentando regularidade de parições, com interpartos médio, inferior a 375 dias. A aptidão ao parto é uma das qualidades que a vem diferenciando de raças de grande porte e forte musculatura. A necessidade de cesariana ou ajuda no momento do parto ocorre em apenas 0,5% dos casos. Os bezerros são leves e com conformação para um nascimento fácil, entre 4 a 6 kg menos do que outras raças de grande porte. Camembert à brasileira Ícone da sofisticada culinária francesa, o saboroso queijo camembert está entre os prediletos dos gourmets. Com uma superfície coberta por uma fina camada de bolor esbranquiçado, é excelente base para canapés. Versátil, pode ainda ser usado no preparo de várias sobremesas. Seu nome vem de uma pequena cidade da região da Normandia, no norte da França. O segredo está na qualidade da matéria-prima: o leite produzido pelas vacas da raça Normanda traz gorduras e proteínas na medida certa. Se depender de criadores como Dêniz Ferreira Ribeiro, dentro de pouco tempo a indústria nacional de laticínios terá condições de produzir aqui leite e queijos de qualidade superior. É na sua fazenda Água Marinha, localizada em Águas de Santa Bárbara, região de Avaré, no centro-oeste do Estado de São Paulo, que ele iniciou, há pouco mais de dois anos, um trabalho pioneiro de utilização da genética normanda à criação de novilhas desta raça. Ao contrário da vaca holandesa, a raça normanda foi selecionada para ter boa produtividade também quando manejada exclusivamente no regime de pasto, afirma o pecuarista. Entusiasta da superioridade não só do leite como também das características de carcaça e qualidade da carne desses animais com antepassados franceses, o pecuarista Dêniz Ferreira Ribeiro já está produzindo a terceira geração de animais meio sangue normando, 6 sendo que os machos da primeira geração já foram abatidos com resultados excelentes e as fêmeas já entram em reprodução num esquema de cruzamento absorvente, com seleção para a rusticidade. Ao todo já são mais de trinta novilhas normandas. Ao contrário da vaca holandesa, a normanda produz bem também quando criada a campo, diz. Seu plantel de matrizes na fazenda Água Marinha conta ainda com fêmeas puras da raça Blonel, um grupo selecionado de cerca de vinte animais de elite, mochos, da raça charolesa, mas suas atenções se concentram sobretudo na raça Canchim sintético com 5/8 de sangue charolês. O novo empreendimento do pecuarista evidencia sua preferência pelas raças de origem francesa. Na Fazenda Braço Quebrado, situada em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul, ele tem animais Blonde, Blonel e Charolês. A raça predominante em seu plantel, no entanto, é o Canchim. Ele conta que conheceu a raça em 1984, quando fazia apenas um ano que tinha sido reconhecida e homologada pelo Ministério da Agricultura como raça embora o animal tipo Canchim já existisse desde Convencido à época das qualidades reprodutivas do animal, da precocidade para o abate, de sua rusticidade e da falta de reprodutores no mercado, buscou os meios e tornou-se um produtor de genética Canchim a partir da Fazenda Braço Quebrado, situada

5 em Ribas do Rio Pardo (MS). Posteriormente adquiriu a Fazenda Água Marinha em 1998, com o propósito de atender o mercado paulista. Proprietário de animais campões em diversas feiras e exposições, hoje se dedica a um intenso trabalho genético para obtenção de touros Canchim naturalmente mochos e formadores de novas linhagens de sangue. Uma das vantagens da raça sintética é a possibilidade de incorporar constantemente o avanço genético das raças formadoras através de novas linhagens. Quanto aos animais zebuínos que também cria, ele logo esclarece: Quero ter aqui a melhor matéria-prima para a formação das melhores linhagens de Canchim. HFF & CITRUS EDIÇÃO 23 ABRIL/2008 Canchim, o precoce brasileiro Fruto do cruzamento entre zebu e charolês, a raça é rústica para suportar a agressividade do clima tropical e em bem menos tempo torna-se apta à reprodução e pronta para o abate. Apesar da desaceleração no seu crescimento, o tamanho do rebanho bovino brasileiro continua se expandindo. Entre 2004 e 2005, segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um aumento de 1,3% no número total de cabeças, o que totaliza 207,2 milhões de animais. A migração da pecuária para outras atividades, como o plantio de cana-de-açúcar e de soja, é uma das razões para a redução da expansão. A mudança no ritmo, no entanto, não tirou o Brasil de sua posição de maior rebanho de bovinos do mundo, seguido por Índia e China, conforme estatística das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Em 1995, foram abatidos 27,5 milhões de cabeças e em 2005, o número subiu para 42,6 milhões. No período entre 1999 e 2006 houve ampliação de 21,37% nas exportações, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. O faturamento anual do setor saltou de US$ 474 milhões em 1995 para US$ 3,7 bilhões em Tal desempenho é reflexo imediato do aperfeiçoamento técnico nos mais diversos ramos do agro-negócio brasileiro nas últimas décadas. O setor pecuário, em especial, foi beneficiado por uma enxurrada de pesquisas, inovações tecnológicas e investimentos estrangeiros. Para se ter uma idéia dessa evolução, hoje é possível abater bois com metade da idade que eram abatidos há 20 anos. É importante ressaltar que, aqui, o conceito de precocidade é sinônimo de carne de qualidade superior e maior rapidez no giro de capital empregado no processo de engorda dos animais trazendo, desta forma, vários benefícios ao produtor. A redução na idade de abate é benéfica também para o meio ambiente, diminuindo a emissão de gases do efeito estufa por quilograma de carne e dispensando a necessidade de ampliação da área de pastagens. Para o consumidor, a principal vantagem é a oferta de carne de qualidade. Essa precocidade no rebanho bovino, no entanto, não seria possível sem a técnica do melhoramento genético que propiciou o desenvolvimento da raça Canchim, um símbolo da pecuária brasileira moderna. 7 A formação da raça A variedade de raças de gado de corte no Brasil possibilita diversas modalidades de cruzamento com resultados excelentes. Uma delas é o que chamamos de cruzamento industrial, cujo objetivo é aproveitar as diferenças genéticas entre raças para a característica de interesse, nesse caso a produção de carne, explorar os efeitos favoráveis da heterose (vigor híbrido), utilizar os produtos cruzados para a formação de populações compostas e, finalmente, dar maior flexibilidade ao sistema de produção de acordo com as exigências do mercado consumidor. Em resumo, reunir num mesmo animal as características desejáveis presentes no macho e na fêmea envolvidos no processo. Este tipo de cruzamento, aliás, é um fator de extrema relevância numa época em que se busca a precocidade na pecuária. O gado zebuíno que inclui as raças Nelore, Gir, Indu- Brasil e Guzerá, entre outras constitui 80% do rebanho brasileiro. Rústico, adaptou-se com facilidade às condições climáticas tropicais. Em compensação, requer, em média, mais tempo para ficar pronto para o abate do que o gado europeu. Já a raça européia, que oferece carne macia e precocidade como principais vantagens, não se adapta ao clima tropical de países como o Brasil. Foi exatamente para fundir num mesmo animal estas duas características desejáveis rusticidade e precocidade é que, na década de 1940, pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) investiram em estudos. E, depois de experimentar o cruzamento entre diversos grupos, chegaram ao Canchim. Trata-se de uma raça composta por 5/8 do gado francês Charolês e 3/8 do Nelore. Por essa razão é considerada sintética. Desde sua formação ate os dias de hoje, vem sendo constantemente testada e aperfeiçoada na sua produtividade, adaptabilidade e eficiência reprodutiva. Preocupada com tal aperfeiçoamento, há oito anos, a Associação Brasileira de Criadores de Canchim (ABCCAN) firmou parceria com a Embrapa. Por meio de um programa de

6 melhoramento genético, o Geneplus, buscam diminuir o intervalo de tempo exigido no processo de seleção genética. Ganho de peso com economia Outro aspecto importante da raça Canchim é a velocidade de ganho de peso quando comparado a outras raças, inclusive o Nelore, tornando-se apto à reprodução em bem menos tempo. Além disso, os bezerros filhos de vaca Nelore com touros Canchim são desmamados em média 20% mais pesados do que os bezerros Nelore. Este peso de desmama corresponde a aproximadamente à metade do que terá quando for abatido. Os outros 50% serão ganhos na recria e na engorda deste animal. A propósito, a chamada conversão alimentar é outra qualidade da raça: o animal consegue engordar mais comendo uma quantidade menor de alimento. Tal vantagem é uma das explicações para a relação entre estes animais e sua precocidade. A rapidez com que o gado Canchim se desenvolve e ganha peso é um dos seus principais diferenciais. Como foi comprovado em um experimento realizado pela Universidade Federal de Goiás, onde foi comparado o ganho de peso de animais Canchim com animais de outras raças. Superioridade econômica Diversos experimentos feitos na unidade da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos, Interior de São Paulo, comprovam o benefício econômico da utilização de touros Canchim em sistema de cruzamento terminal com fêmeas Nelore. O pesquisador Pedro Franklin Barbosa, coordenador do estudo, demonstrou que tal cruzamento proporcionou ganho adicional de R$ 3.304,80 por touro/ano em relação à utilização de touros da raça Nelore acasalados com fêmeas Nelore. Isso porque, em regime de monta natural, com animais criados a pasto, é possível a produção de animais com 2,7 arrobas a mais do que os Nelore na mesma idade de abate ou, alternativamente, com seis meses a menos de idade no mesmo peso de carcaça. É lucro certo e em bem menos tempo. Adaptabilidade ao clima quente A facilidade de adaptação dos animais Canchim às temperaturas elevadas do clima tropical é uma das características que sempre despertou interesse por parte dos criadores desde a formação da raça. E continua chamando atenção da comunidade acadêmica. Recentemente, Evaldo Antonio Lencioni Titto, professor da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo, em Pirassununga, Interior do Estado, comparou o índice de tolerância ao calor de animais de diversas raças, puras e sintéticas, entre elas o Canchim. No experimento foram tomadas medidas de temperatura, ao sol e à sombra, espaçadas por um dado período. Na seqüência, foi calculada a variação para cada animal estudado. Os 8 resultados foram tabulados de modo que, quanto menor a diferença nas duas situações, maior o índice de resistência aos ambientes mais quentes. O Canchim, individualmente, é que teve a melhor performance. No entanto, quando analisado o conjunto do rebanho, a média da raça se aproximou bastante à da raça Nelore a única que o superou. Abate precoce Como quando falamos de qualquer raça de gado, logo já vem à mente a velha pergunta que não quer calar: E no frigorífico, como é para vender?. A resposta está na grande procura dos frigoríficos exportadores por uma carne de qualidade diferenciada, de animais precoces e com bom rendimento na desossa. Desde 2000, a Associação Brasileira de Criadores de Canchim realiza o abate técnico intitulado Desafio dos Animais Jovens, em parceria com a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, a Unesp. Um deles, realizado em dezembro de 2005, no Frigorífico Frigol, em Lençóis Paulista, Interior do Estado, envolveu 101 machos e fêmeas de até 15 meses da raça Canchim puros, ¾ e meio-sangue Nelore criados em fazendas paulistas e goianas. Os animais ficaram confinados em Botucatu, durante cinco meses, sendo tratados numa proporção de 75% de volumoso (que consiste em feno e silagem de milho de planta inteira) e 25% de concentrado (suplemento mineral e milho em grão úmido) enriquecido com proteína bruta. O peso inicial estava entre 250 e 280 kg. No final do confinamento, os machos puro-canchim chegaram a pesar 524 kg. Os ¾ pesaram 458 kg e os meio-sangue 446 kg. Já as fêmeas meio-sangue e ¾ Nelore estavam prontas para o abate com 368 kg e 381, respectivamente. Os resultados mostraram, entre outras coisas, excelente ganho de peso e crescimento muscular, atingindo seu ponto de maturidade num período bem mais curto. Além disso, foi constatado que o peso da carcaça quente dos machos foi de 18,1 arrobas e das fêmeas 13,5 arrobas. Um rendimento de 55%. E o acabamento de gordura mostrou-se entre mediano e uniforme. Há também ótima performance quando o sistema de criação é exclusivamente a pasto. Os animais meio-sangue Canchim são abatidos com 2,7 arrobas a mais que o Nelore da mesma idade. Assim, o Canchim é vantajoso nos dois sistemas. Carne de qualidade superior Nos dias de hoje, esse aspecto é muito importante. O consumidor está cada vez mais exigente com a qualidade dos alimentos e preocupado com os benefícios que estes trazem à saúde. Por isso, todos os setores alimentícios devem estar atentos à demanda caso não queiram perder seu espaço no mercado. O mesmo vale para o setor pecuário, que deve investir em pesquisas a fim de poder oferecer uma carne diferenciada. Há dois meses, a Faculdade de Medicina Veterinária da Unesp concluiu uma pesquisa sobre o

7 perfil de gordura da carne de Canchim. O resultado não podia ser mais favorável: mostrou níveis reduzidos de ácidos graxos que compõem a fração nociva do colesterol, que em excesso entopem as artérias e provocam infartos e derrames. É sem dúvida uma grande notícia para quem quer evitar as complicações cardiovasculares sem abrir mão do sabor da carne bovina. O pesquisador Mário De Beni Arrigoni e a zootecnista Cecília Cortopassi Laurino encontraram esta redução em animais puro-canchim e com ¾ de sangue desta raça. O mesmo não foi observado entre os meiosangue. Isto significa que quanto mais sangue Canchim, menores as concentrações dessas gorduras prejudiciais à saúde. O estudo incluiu 54 bezerros com idade média de 210 dias, sendo 30 machos não castrados, subdividos em 10 Canchim puros, 10 meio-sangue Canchim- Nelore, e 10 ¾ Canchim. E 24 fêmeas, das quais 12 meio-sangue Canchim-Nelore e 12 ¾ Canchim. Os machos foram abatidos com no máximo 15 meses, e pesando em média 16 arrobas. As fêmeas seguiram para abate com, no máximo, 15 meses e peso mínimo de 13 arrobas condições estas que atendem ao modelo biológico superprecoce. Após o abate foram colhidas amostras de tecido adiposo subcutâneo, do músculo longissimus dorsi, localizado entre as 12ª e 13ª costelas. O período experimental durou 150 dias, sendo 28 dias para a adaptação à dieta e ao manejo. O resultado é promissor também pelo aspecto econômico. O setor dos alimentos funcionais, que ajudam a diminuir os riscos de doenças, teve um crescimento de 50% nos últimos cinco anos, segundo dados do instituto de pesquisa Nielsen. HFF & CITRUS EDIÇÃO 22 BRIL/2008 Carne de canchim tem menos colesterol Imagine as delícias da carne bovina com teores reduzidos desta gordura. Impossível? Não. A boa notícia vem da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, do campus de Botucatu da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). O pesquisador Mário de Beni Arrigoni e a zootecnista Cecília Cortopassi Laurino constataram que a gordura presente no Canchim puro contém níveis reduzidos das substâncias que ajudam a entupir as artérias, provocando derrame ou infarto. A pesquisa Perfil de ácidos graxos e ácido linoléico conjugado (CLA) no tecido adiposo de bovinos jovens, concluída recentemente, mostrou que os animais com ¾ de sangue Canchim apresentaram resultados semelhantes, ao contrário dos meio-sangue. Quanto mais sangue Canchim, menores as concentrações dessas gorduras nocivas, resume Mário Arrigoni. A raça Canchim foi criada pela Embrapa na década de 40. É formada por 5/8 de sangue Charolês, de origem européia, e 3/8 de sangue nelore. O resultado é uma raça rústica e precoce. Os touros Canchim são ideais para cruzamento industrial. Produz bezerros que poderão ser abatidos com 2 anos e meio 1 ano a menos que os demais do rebanho nacional. As fêmeas começam o período reprodutivo 1 ano antes de sua congênere. Ou seja, é vantagem pura para o pecuarista. A experiência da Unesp de Botucatu envolveu 54 bezerros com idade média de 210 dias, sendo 30 machos não castrados, subdividos em 10 Canchim puros, 10 ½ Canchim, 10 ¾ Canchim. E 24 fêmeas, das quais 12 ½ Canchim e 12 ¾ Canchim. Os machos foram abatidos com no máximo 15 meses, e pesando em média 16 arrobas. As fêmeas seguiram para abate com, no máximo, 15 meses e peso mínimo de 13 arrobas condições estas que atendem ao modelo biológico superprecoce. Após o abate foram colhidas amostras de tecido adiposo subcutâneo, do músculo longissimus dorsi, localizado entre as 12ª e 13ª costelas. O período experimental durou 150 dias, sendo 28 dias para a adaptação à dieta e ao manejo. Os animais receberam tratamento contra parasitas e a alimentação consistiu em dietas isoenergéticas e isoprotéicas, formuladas de acordo com as normas do NRC (1996), para ganhos de pesos médios diários acima de 1,2 kg. O resultado não podia ser melhor. Cada vez mais os consumidores buscam produtos saborosos e que ao mesmo tempo ajudem a diminuir os riscos de doenças, os chamados alimentos funcionais. Nos últimos cinco anos, esse setor cresceu mais de 50% no Brasil, segundo dados do instituto de pesquisa Nielsen. O ESTADO DE S. PAULO 17/10/2007 DBO - SETEMBRO/2007 9

8 Canchim tem nova pesquisa com marcadores Os programas de melhoramento da qualidade da carcaça dos animais desta raça já contam com um novo instrumento. São os marcadores moleculares, ou seja, fragmentos de DNA. Através desses indicadores, é possível distingüir quais são aqueles com mais chances de transmitir as características desejadas no caso, a EGS (espessura de gordura subcutânea) e a AOL (área de olho de lombo). A constatação é da zootecnista Sarah Laguna Meirelles, em sua tese de doutorado defendida recentemente na Unesp, campus de Jaboticabal. A pesquisa foi orientada por Maurício Mello Alencar e Luciana Correia de Almeida Regitano, pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste, de São Carlos. A variação genética observada é suficiente para respaldar a seleção dessas características em machos e fêmeas, explica a zootecnista. Outra observação é que a correlação genética entre EGS e AOL foi baixa. Isto sugere que ambas são controladas por diferentes genes. Assim, podem ser analisadas simultaneamente durante o programa seletivo, diz Sarah. Foi encontrado ainda o efeito de um marcador sobre a AOL, indicando a existência de pelo menos um QTL (região que controla a herdabilidade dessas características desejáveis) no cromossomo número 5 para AOL. Para chegar a tal conclusão, ela estudou 987 animais Canchim, de ambos os sexos, com 18 meses de idade em média, nascidos entre 2003 e 2005 e criados em regime de pastagem em sete fazendas dos estados de São Paulo e Goiás. As medições de AOL e EGS foram realizadas utilizando-se a ultra-sonografia nos meses de março e abril de 2005 a 2007, e também amostras de sangue e sêmen foram coletadas de todos os touros e seus filhos para o estudo dos efeitos dos marcadores sobre as características. Os dados encontrados pela pesquisadora são inéditos. A partir de agora, a Embrapa incluirá essas ferramentas às tradicionais já usadas em seus programas de melhoramento genético. DBO FEVEREIRO/2008 Touro Itaqui vence 11ª Prova de Avaliação da Esalq/USP Buscar o melhoramento da raça. Esta é a meta perseguida há 18 anos nas fazendas Santana e Santo Antonio, em Angatuba (SP). E a julgar pelos resultados alcançados recentemente, tudo indica que o criador Irineu Lopes Machado está no caminho certo. Segundo melhor criador de Canchim em 2007, criou também animais que estão gerando campeões. Entre eles, o touro Inocente da Ilma, pai do touro 6030, primeiro lugar na 11ª Prova de Avaliação de touros Canchim, finalizada em 10 de novembro, no Departamento de Zootecnia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP, em Piracicaba (SP). O animal vencedor é de propriedade de Mario Xavier, da fazenda Santa Carolina, em Imbituva (PR). O segundo colocado, o touro 886, do rebanho da Esalq, é filho do touro Inseto da Ilma. Somos rigorosos na seleção e na inseminação, diz André Machado, um dos proprietários das fazendas em Angatuba. O terceiro lugar ficou com o touro 3634, do criador Henrique Antonio De Geus, filho do premiado touro Gato LS, de propriedade do criador Luiz Adelar Scheuer. A prova, realizada desde 1997, é patrocinada pela Associação Brasileira dos Criadores de Canchim, pelo Departamento de Zootecnia da Esalq e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O objetivo da avaliação é gerar subsídios técnicos para o processo de seleção de animais geneticamente superiores. Foram avaliados 75 animais, de 14 criadores. DBO DEZEMBRO/

9 Embrapa estudará a cobertura de gordura no gado Canchim Tendo em vista a crescente exigência dos frigoríficos pela cobertura de gordura nas carcaças, a Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos, começará, neste mês, um estudo por meio do DNA dos touros Canchim. O primeiro passo que será dado pela equipe coordenada pelo pesquisador Maurício Mello Alencar, da Embrapa, é o estudo genealógico dos a. Na etapa seguinte, o sêmen dos animais escolhidos será analisado. O objetivo é identificar a presença das seqüências alélicas relacionadas à característica genética de maior facilidade de deposição de gordura. Aqueles que apresentarem esta seqüência em seu DNA serão usados na inseminação de vacas da própria Embrapa. Assim os pesquisadores poderão confirmar a superioridades destes touros na transmissão genética de sua cobertura de gordura. DBO JANEIRO/2008 Cruzamento com Girolando traz melhora às carcaças A parceria entre a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Agricultura de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, a Sipet Agropastoril, Embrapa Pecuária Sudeste, Universidade Federal de Minas Gerais e Cooperativa Agropecuária daquela cidade mineira, com apoio da Associação Brasileira de Criadores de Canchim (ABCCAN), já colhe resultados. Há um mês nasceu a primeira bezerra filha de uma vaca da raça Girolando inseminada artificialmente pelo sêmen de Canchim fornecido pela Sipet Agropastoril. Segundo o veterinário Edílson Ribas das Chagas, o animal está se desenvolvendo muito bem. Já pesa 3,5 kg a mais do que um animal filho de pai de outra raça, na mesma idade. Como ele conta, os produtores da cidade envolvidos no projeto estão satisfeitos. É aguardado para as próximas semanas o nascimento de outros três bezerros. Em Pedro Leopoldo, a pecuária leiteira é a principal fonte de recursos para os pequenos produtores. No entanto, as vacas mestiças Holandês- Zebu, produzidas por cruzamentos alternados com outras raças, não vinham alcançando a eficiência produtiva desejada e tampouco uma carcaça de qualidade. Por isso, os bezerros e bezerras de descarte, comercializados como gado de corte, não têm a conformação valorizada pelos frigoríficos. Para os especialistas envolvidos na experiência, o cruzamento terminal Canchim x vacas mestiças leiteiras tem tudo para, a médio prazo, melhorar a produtividade. No longo prazo, pode ser ainda mais eficiente caso os produtores também adotem o esquema de reposição contínua das vacas mestiças leiteiras com fêmeas do grau de sangue mais adequado para cada sistema de produção (1/2 Holandês-Zebu, ¾ Holandês-Zebu, Girolando, etc.). Para ter êxito, o processo de validação de tecnologia da Embrapa deve ser conduzido em propriedades privadas, principalmente aquelas que se dedicam à pecuária familiar, e através de parcerias com entidades que tenham credibilidade e representatividade junto ao setor produtivo. DBO MARÇO/2008 ABCCAN Associação Brasileira de Criadores de Canchim Diretoria: Presidente: Luiz Adelar Scheuer Diretor Administrativo Financeiro: Pedro Luiz Paterra Diretor de Marketing: Raphael Antonio Nogueira. de Freitas Diretor de Eventos e Exposições: Irineu Lopes Machado Diretor de Desenvolvimento Racial e Técnico: Júlio Marcio Ferreira Jacintho Gerente de Eventos: Mauro de Carvalho Filho 11

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