VIGILÂNCIA NOS REFEITÓRIOS ESCOLARES - ORIENTAÇÕES
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- Francisca Dreer Affonso
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1 - ORIENTAÇÕES
2 Finalidade Os refeitórios escolares são locais de aprendizagem de boas práticas, com reflexos positivos no desenvolvimento pessoal e social das crianças. A Vigilância nos refeitórios escolares dos estabelecimentos de ensino do 1º ciclo do ensino básico destina-se a apoiar as famílias na tarefa da educação da criança, tendo em vista a sua integração equilibrada na vida em sociedade e preparando-a para uma cidadania bem-sucedida. Face ao papel fundamental das comunidades educativas, nomeadamente associações de pais, instituições privadas de solidariedade social e outras instituições locais nas práticas sociais e educativas dos estabelecimentos escolares, o Município de Almada entendeu assumir uma rede de parceria para assegurar a Vigilância nos refeitórios escolares. Objetivos De acordo com os eixos de desenvolvimento definidos nas Opções do Plano, a Vigilância nos refeitórios escolares visa: Promover o bom funcionamento dos refeitórios escolares; Fomentar os refeitórios escolares como locais de aprendizagem de boas práticas, com reflexos positivos no desenvolvimento pessoal e social das crianças; Contribuir para o acompanhamento e Vigilância dos alunos; Incentivar o apoio à educação, não apenas oferecendo uma alimentação saudável, mas promovendo um tempo de qualidade educativa, inerentes às relações de convívio e de cidadania que este espaço escolar suscita. Período de Funcionamento Este serviço decorre entre os meses de Setembro (1) a Julho (31), incluindo interrupções letivas (Natal, Páscoa e Carnaval). Organização 1. O Município de Almada pode assumir parceria para o desenvolvimento do serviço de Vigilância nos refeitórios escolares, nomeadamente com: a) Agrupamentos de Escolas do Concelho de Almada; b) Associações de Pais e Encarregados de Educação das escolas do Concelho; c) Instituições Particulares de Solidariedade Social; 2
3 d) Outras instituições com experiência de trabalho na área da educação. 2. O serviço de Vigilância nos refeitórios escolares é desenvolvido através de um protocolo de colaboração entre Agrupamento de Escolas, uma entidade parceira e o Município. 3. O número anterior tem como suporte uma pretensão apresentada anualmente pelo Agrupamento de Escolas com uma entidade parceira a ser posteriormente aprovada pela Câmara Municipal. 4. Nas situações em que o desenvolvimento do serviço de Vigilância nos refeitórios escolares não se efetue através de entidade parceira, a implementação e gestão deste serviço serão assegurados pelo Agrupamento de Escolas, em parceria com o Município. Apresentação do pedido 1. O pedido de apoio para a Vigilância nos refeitórios escolares pode ser requerido, mediante o preenchimento de formulários próprios, fornecidos pela Câmara Municipal para cada ano letivo. 2. Os formulários e respetiva documentação são apresentados pelo Agrupamento de Escolas à Câmara Municipal, no prazo divulgado anualmente para o efeito. 3. Apenas serão considerados os formulários que deem entrada na Câmara Municipal, de acordo com o disposto do número anterior, sendo que as restantes situações serão analisadas caso a caso. Competências 1. É da competência da Câmara Municipal: a) Apoiar financeiramente a colocação de vigilantes, de acordo com deliberação de câmara. b) Definir os objetivos para a Vigilância dos refeitórios, nomeadamente no que diz respeito à função pedagógica da mesma. c) Acompanhar, através da Divisão de Educação, do Departamento de Educação e Juventude ou outra entidade com competência delegada, a implementação do serviço através de visitas periódicas ao local do funcionamento do refeitório e na verificação do cumprimento das orientações. 2. É da competência dos Agrupamentos Escolares: a) Garantir em articulação com a entidade parceira a função educativa da alimentação, através da elaboração conjunta de um Plano de Acção a aplicar nos espaços de 3
4 refeições, em conformidade com regulamento e projeto educativo vigente no Agrupamento de Escolas. b) Elaborar e apresentar o relatório anual do serviço desenvolvido, até 30 dias após a sua conclusão. 3. É da competência da Entidade Parceira: a) Assegurar a contratação de vigilantes, de acordo com os critérios estabelecidos para o efeito e aprovados em reunião de câmara. b) Colaborar com o Agrupamento de escolas na implementação e no desenvolvimento de um Plano de Ação para os espaços de refeições, conforme definido no número anterior. c) Garantir uma Vigilância ativa dos alunos no refeitório, zelando pelo cumprimento das regras de funcionamento. d) Auxiliar os alunos durante as refeições e promovendo o comportamento adequado dos mesmos. e) Ter em consideração o carácter educativo e pedagógico no acompanhamento do momento da refeição. f) Observar as normas gerais de higiene individual nomeadamente o uso de bata e touca pelos vigilantes no decorrer de todas as operações inerentes à sua atividade. g) Informar a Coordenação de Escola, ou outro elemento definido para o efeito, sobre as ocorrências registadas durante o período de refeições. h) Elaborar e apresentar o relatório anual do serviço desenvolvido, até 30 dias após a sua conclusão. i) Proceder à regular atualização da seguinte documentação nos serviços da câmara municipal, como condição necessária para atribuição dos apoios: i. Estatutos e suas alterações, com as respetivas publicações regulamentares; ii. iii. iv. Número de Identificação de Pessoa Coletiva; Atas de eleição e tomada de posse dos órgãos sociais; Declaração com a data de início e fim do mandato em vigor; v. Plano de Atividades e Orçamento do ano a que se refere o apoio; vi. Relatório de atividades e Contas do ano anterior ao do apoio e respetivo parecer do conselho fiscal. 4
5 Critérios para a Vigilância 1. O Município apoia a colocação de vigilantes nos refeitórios escolares no período do almoço tendo em conta o rácio nº de vigilantes/crianças a almoçar, definido na tabela seguinte: 2. Para efeitos de cálculo, o apoio financeiro não poderá exceder uma carga horária de duas horas diárias, independentemente do número de turnos que seja praticado no estabelecimento de ensino. 3. Por cada hora será atribuído um apoio financeiro equivalente ao valor de 4,00 /hora. 4. No que respeita à colocação de vigilantes para alunos com NEE, o Município poderá autorizar, excecionalmente, a colocação para apoio a crianças com NEE e com fortes condicionalismos na sua autonomia, quando tal seja requerido pelo respetivo Agrupamento de Escolas, com fundamento específico quanto à necessidade de acompanhamento das crianças em causa. 5. O requerimento referido no número anterior deverá ser apresentado com o formulário de candidatura, a remeter à Câmara Municipal. Protocolos de Colaboração 1. O Município celebra Protocolos de Colaboração com entidades que reúnam condições de elegibilidade de acordo com o Regulamento do Sistema de Controlo Interno do Município de Almada. 2. Os Protocolos de Colaboração estabelecidos com as demais Entidades, só poderão ser celebrados ou renovados com as mesmas, desde que processualmente se encontrem concluídos ou, estando em fase de avaliação haja despacho de autorização para o efeito. 3. Caso se verifique incumprimento, de acordo com o disposto no número anterior, pode a Câmara Municipal proceder à suspensão imediata dos mesmos. 5
6 Casos Omissos Todos os casos omissos serão analisados e decididos por deliberação da Câmara Municipal. 6
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