CONSIDERAÇÕES ACERCA DO MUNDO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER

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1 CONSIDERAÇÕES ACERCA DO MUNDO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER Marcelo Henrique Marcelino Trindade (Bolsista PET - Filosofia) Glória Maria Ferreira Ribeiro - DFIME / UFSJ (Tutora do Grupo PET Filosofia) Agência financiadora: MEC/SESu Resumo: Este trabalho pretende analisar a noção de mundo presente no pensamento do filósofo alemão Martin Heidegger ( ). Para cumprir tal tarefa vamos investigar sua obra Ser e Tempo de Neste ensaio Heidegger busca pensar como o ente humano, concebido como presença (ou Dasein), ganha seu ser desde um fazer, desde uma lida com o mundo que o circunda, lida esta que o caracteriza como um ser-no-mundo. Concebendo a estrutura ontológica da presença desta forma, o filósofo se afasta da noção substancialista e empreende uma crítica a tradição metafísica. Palavras Chave: Mundo, Ocupação, Presença. E m Ser e Tempo Heidegger busca recolocar a questão sobre o sentido do ser. Ele elege o ente humano, concebido como Dasein (usaremos a tradução presença), como o ente a ser interrogado acerca da questão sobre o sentido do ser. Já que este é o único ente que compreende o ser no ato de sua existência. A existência da presença se revela na estrutura ser-no-mundo - esta estrutura já, por si mesma indica, o caráter ontológico de mundo. Mas, deixemos que Heidegger nos diga o que ele compreende por mundo: Quando investigamos ontologicamente o mundo, não abandonamos, de forma nenhuma, o campo temático da analítica da presença. (...) Mundo é um caráter da presença. (HEIDEGGER, pág. 112) Para estudar o fenômeno do mundo, Heidegger parte do modo mais comum e habitual da presença ser, como ela é antes de tudo e na maioria das vezes 1, qual seja: o seu modo cotidiano de existir. Essa existência cotidiana traduz o modo desde o qual a presença já sempre se encontra numa relação determinada com as suas possibilidades de ser, quais sejam elas: possibilidade de ser com os outros (que possuem o mesmo modo de ser da presença), possibilidade de ser junto às coisas e possibilidade de ser em função de si mesmo. Nessa relação cotidiana, com as suas possibilidades de ser a 1 In:INWOOD, Michael. Dicionário Heidegger. Tradução por Luísa Buarque de Holanda. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 1ª ed

2 TRINDADE, Marcelo Henrique Marcelino presença sempre repete as mesmas ações sem se dar conta desde onde elas se tornam possíveis. A existência cotidiana é aquela na qual a realidade nos aparece como pronta e feita, habitual e familiar. Por exemplo: no ato de escrever, simplesmente tomamos o papel e a caneta e nos colocamos a usá-los. Esses entes me são tão familiares que em nenhum momento a ação da escrita é interrompida por uma reflexão sobre: o que é o ser caneta, o que é o ser papel. Nós não nos perguntamos pelo ser desses entes, nós simplesmente os utilizamos. Segundo Heidegger, nós já partimos de uma compreensão prévia sobre o que estes entes são, somente por isso podemos nos relacionar com eles. Esta compreensão prévia, segundo Heidegger, não se confunde com um conhecimento anterior (temporal) do ente que se apresenta, mas indica o fato de que a possibilidade de ser junto ao lápis e à caneta na ação da escrita nos constitui. Ou melhor, essa possibilidade de ser-junto se revela como uma possibilidade de nossa existência, do nosso ser-no-mundo. Esse modo cotidiano da existência 2 se revelar nos afasta de um questionamento ontológico radical sobre o ser (que constitui quer o homem, quer as coisas que o circundam). Isto porque esse modo cotidiano revela o modo no qual já sempre nos encontramos determinados (em nosso ser como isso ou aquilo) a partir de uma ocupação com os entes que nos vem ao encontro no mundo. Pelo fenômeno da ocupação entendese o modo pelo qual a presença se empenha, se debruça, se relaciona com o ente que lhe está próximo. É nessa ocupação que tanto a presença quanto o ente junto ao qual se empenha, ganham o significado do seu ser. Retomando o exemplo anterior, teríamos que eu, no ato de me ocupar com a escrita, me descubro como aquele que escreve à medida exata em que a caneta e o papel se descobrem em seu ser-para a escrita. Esse ser-para se revela desde o mundo circundante (umwelt) o mundo que de imediato está próximo da presença. Mundo que se constitui desde uma trama remissiva, ou seja, o papel e a caneta para se descobrir em seu ser-para a escrita necessitam estar em relação um com o outro (com a mesa que lhes servem de apoio, com a sala ou quarto no qual eles se encontram, etc.) e também com aqule que deles se utiliza. Esse todo conjuntural, que se revela desde as diferentes remissões entre os seres, é o que constitui o nosso mundo circundante e próximo. Ou seja, o nosso cotidiano. Nesse mundo o ser se revela desde o ente. Segundo Heidegger, 2 Heidegger ao afirmar que a essência da presença está na sua existência, isto é, como um ter de ser se contrapõe a toda tradição metafísica que concebe o homem como possuidor de uma essência estática, imutável. Segundo o filósofo o homem é sempre um ser que está sempre em falta, em débito tendo assim que realizar-se sempre.

3 CONSIDERAÇÕES ACERCA DO MUNDO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER Embora em toda abertura e explicação de ser o tema seja propriamente o ser, o ente sempre acompanha previamente a tematização. No âmbito da presente análise, o ente pré-temático é o que se mostra na ocupação do mundo circundante. Aqui, o ente não é um objeto de um conhecimento teórico de mundo e sim o que é usado, produzido, etc. (HEIDEGGER, pág. 115). Retomando nossa análise da presença como ser-no-mundo agora se impõe a tarefa de pensarmos o ente pré-temático, para só assim dimensionarmos o modo estrutural da presença se ocupar e ganhar mundo. Pois bem, ente pré-temático é aquele que esta à mão numa ocupação. No uso e manuseio que dele fazemos a sua serventia já nos é sempre familiar. Contudo, considerado em si mesmo, este ente que está à mão não significa nada, é apenas um ente intramundano que, visto fora de uma ocupação assume a feição de um ente simplesmente dado. Heidegger chama de instrumento esse caráter de serventia, de prestabilidade, ou em geral o seu significado em relação à ocupação da presença. Designamos o ente que vem ao encontro na ocupação com o termo instrumento (pág. 116). Em geral podemos observar na ação cotidiana vários instrumentos como para vestir, para escrever, para habitar e etc. Mas, o que torna possível o instrumento ser tal como é na lida cotidiana? Um instrumento essencialmente nunca é, não é possível obter uma determinação temática sobre o ser do instrumento. Tentaremos clarear estas afirmações voltando-nos ao exemplo da escrita. Temos que somente na ação de escrever é que caneta e papel são de fato instrumentos, de maneira que se a ação da escrita for, por algum motivo, interrompida de forma alguma conseguiremos apreender de fato o que é o ser caneta. Em suma: a essência de um instrumento é sempre ser para (um-zu). Com isso indicamos que a essência do instrumento é estar na relação com alguém que lhe descubra o significado, como também estar compreendido num todo conjuntural. Por isso não podemos indicar o que um instrumento é a não ser partindo de uma ocupação. É na ocupação que o caráter de instrumentalidade se revela, e nos diz Heidegger, quanto mais nos perdemos nessa lida\ocupação maior a compreensão do que possa ser o instrumento: O martelar não somente não sabe do caráter instrumental do martelo como se apropriou de tal maneira desse instrumento que uma adequação mais perfeita não seria possível. (...) quanto menos se fixar na coisa martelo, mais se sabe usá-lo mais originário se torna o relacionamento com ele e mais desvelado é o modo em que se dá ao

4 TRINDADE, Marcelo Henrique Marcelino encontro daquilo que ele é, ou seja, como instrumento. (HEIDEGGER, pág. 117) Os modos de ser do instrumento sempre fazem referência a outros instrumentos que configuram uma totalidade instrumental. De imediato a caneta, no exemplo usado, se apresenta como um instrumento para escrever, no ato da escrita se descobre o significado de tudo aquilo que rodeia esta ação. Como foi visto anteriormente, a sala ou o quarto se descobrem como escritório, a mesa como o apoio para a escrita e etc. Tudo se determina a partir da ocupação da escrita, de modo que até o barulho produzido na rua por um operário, será o ruído que me atrapalha na concentração necessária para escrever. Portanto, é correto dizer que é a própria ocupação que descobre o ser-para... do instrumento e ele nunca é determinado sozinho mas sim num rementimento que se descobre num todo cunjuntural é desde essa conjuntura que se descobre a totalidade instrumental de acordo com a ocupação. Heidegger chama de manualidade o ser-para de um instrumento, é aquele que revela seu ser na lida com o manual, o que está à mão para ser empregado. As apreensões puramente teóricas não são capazes de compreender o manual, por mais que nos atentamos às configurações das coisas elas por si mesmas não revelam o modo próprio do instrumento. Porém, na lida e manuseio não agimos cegamente, a visão necessária para que possamos nos subordinar a manualidade e compreendermos o todo instrumental que se dá numa ocupação é denominada de circunvisão (Umsicht). O modo de construção das ocupações do cotidiano não é cega e tampouco nos referimos a uma visão teórica que compreende algo intelectivamente, a circunvisão se diz a visão do agir. A circunvisão não compreende a manualidade dos entes que lhe vem ao encontro no mundo circundante, mas se detém na obra que será produzida (como a escrita) e assim descobre o significado dos instrumentos que poderão ser utilizados. Em outras palavras, a circunvisão é o que guia a presença para a manualidade das coisas a partir da ocupação. Voltando ao exemplo da escrita para clarearmos o que Heidegger concebe como circunvisão, temos que: ao me dispor ao exercício da escrita é a circunvisão que organiza tudo que se apresenta a mim como instrumentos para a escrita. Ora, ao abrir a porta o escritório já se organizou como o mundo da escrita, sala, mesa, sofá, tudo que se encontra ao meu redor está de antemão descoberto desde o significado da escrita, esta organização é liberada pela circunvisão.

5 CONSIDERAÇÕES ACERCA DO MUNDO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER Sendo assim todas as noções aqui trabalhadas como: cotidianidade, ocupação, circunvisão, mostram os momentos constitutivos de mundo. Pudemos analisar a estrutura da presença como ser-no-mundo no tocante a estruturação primordial de estar-nomundo. Só assim poderíamos alcançar o que Heidegger determinou como mundanidade 3 do mundo, ou seja, o caráter existencial-ontologico do fenômeno do mundo que não se trata de dizer um ente que simplesmente acontece dentro de um espaço, mas diz respeito a um horizonte de relações onde presença ganhará seu ser a partir destas ações. Podemos concluir a partir do exposto, que desde essa concepção de mundo, apresentada pelo pensamento de Heidegger, é impossível pensar em separado (como se fossem substâncias distintas) homem e mundo.tanto um como o outro só se determinam em seu ser numa relação de ocupação. Mundo nada mais é do que o puro possível, ou seja, as possibilidades de ser do próprio homem que devem ser continuamente realizadas. Por seu lado, o homem revela-se (em seu ser) precisamente na realização dessas possibilidades. Na formulação genial de Rosa temos o seguinte dito O senhor... Mire, veja : o mais importante e bonito, do mundo, é isto : que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior (Grande Sertão Veredas). E não há verdade maior para o existente. Referências Bibliográficas: HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo. Tradução por Márcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes. 3ª ed DUBOIS, Christian. Heidegger Introdução a Uma Leitura. Tradução por Bernardo Barros Coelho de Oliveira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 1ª ed INWOOD, Michael. Dicionário Heidegger. Tradução por Luísa Buarque de Holanda. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 1ª ed Mundanidade é um conceito ontológico e significa a estrutura de um momento constitutivo do ser-no-mundo. Este, nós o conhecemos como uma determinação existencial da presença (ser e tempo pág. 104).

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