OS IDOSOS E AS MORTES POR ACIDENTES DO TRABALHO EM SÃO PAULO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "OS IDOSOS E AS MORTES POR ACIDENTES DO TRABALHO EM SÃO PAULO"

Transcrição

1 OS IDOSOS E AS MORTES POR ACIDENTES DO TRABALHO EM SÃO PAULO BERNADETTE CUNHA WALDVOGEL DANIEL WALDVOGEL THOMÉ DA SILVA Trabalho a ser apresentado no XII Encontro Nacional de Estudos Populacionais Brasil 500 anos: mudanças e continuidades Caxambu 23 a 27 de outubro de 2020

2 OS IDOSOS E AS MORTES POR ACIDENTES DO TRABALHO EM SÃO PAULO Palavras-chave: Mortalidade, Trabalho, Acidente do Trabalho Bernadette Cunha Waldvogel * Daniel Waldvogel Thomé da Silva ** Apresentação As importantes mudanças que vêm ocorrendo no padrão etário da população brasileira, nas últimas décadas, associadas às perspectivas futuras de intensidade no processo de envelhecimento populacional, trazem consigo uma série de questões, além da necessidade de reestruturações em diversas dimensões da realidade e das estratégias de sobrevivência. No campo da saúde do trabalhador, o processo de envelhecimento populacional revela um contingente crescente de pessoas com mais de 60 anos de idade ainda na ativa e, consequentemente, ainda submetidas aos riscos de um acidente do trabalho. O envelhecimento humano afeta os sistemas vitais, com a diminuição gradativa de sua eficácia, o que leva a uma redução da habilidade funcional, podendo interferir no equilíbrio entre capacidade e demandas do trabalho. A constatação da relação entre a capacidade para o trabalho e o avançar da idade do trabalhador tem sido tema de vários estudos (Bellusci e Fischer, 1999; Ilmarinem, 1997; Setisamo e Klockars, 1997; Willians e Crumpton, 1997). As implicações entre ambiente de trabalho e ocorrência de agressões à saúde física e mental da população economicamente ativa têm sido objeto de análises no campo da saúde do trabalhador. Dentre as abordagens que envolvem esta questão, encontra-se a relacionada aos acidentes do trabalho, cuja consequência mais grave é a morte do trabalhador. * Analista Demógrafa da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SEADE - São Paulo (bvogel@seade.gov.br). ** Assistente de Análise da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SEADE - São Paulo (dwtsilva@seade.gov.br). 1

3 Pelas leis brasileiras, considera-se acidente do trabalho o ocorrido pelo exercício do trabalho e, a partir de 1967, também o ocorrido no trajeto entre a residência e o local do trabalho ou nos horários das refeições, provocando lesão corporal ou pertubação funcional que cause a morte, a perda ou a redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. De acordo com a legislação brasileira, os acidentes do trabalho podem ser classificados em três categorias: acidente-tipo; doença do trabalho; e acidente de trajeto. Como descreve Segre (1985), os acidentes-tipo são aqueles que ocorrem no exercício do trabalho, de forma concentrada no espaço e no tempo; as doenças profissionais são aquelas com relação direta e constante entre o trabalho que se exerce e o aparecimento de doenças; os de trajetos são aqueles que ocorrem no momento em que o trabalhador estiver se locomovendo do trabalho para a residência e vice-versa, e nos horários de refeição. O objetivo deste estudo é a análise das mortes por acidentes do trabalho ocorridas entre a população idosa ativa residente no Estado de São Paulo, tendo como parâmetro de comparação os acidentes fatais correspondentes à população adulta. A identificação e a mensuração dos casos fatais de acidentes do trabalho fornecem subsídios para o entendimento desta questão, que é tão carente de dados detalhados e de boa abertura que possibilitem o acompanhamento dos riscos fatais a que os trabalhadores estão expostos no exercício de sua profissão. Principais Fontes de Dados sobre os Acidentes do Trabalho Fatais A grande dificuldade nos estudos relativos à mortalidade por acidentes do trabalho é a inexistência de uma base de dados completa e contínua sobre os casos fatais. Os dados sobre estas mortes são provenientes de registros administrativos, cujas fontes principais são as declarações de óbito e os processos de acidentes do trabalho. A declaração de óbito constitui o instrumento formal para registrar todas as mortes ocorridas no Brasil. É um documento expedido pelo Ministério da Saúde e segue o mesmo padrão para todo o território nacional. A partir da declaração de óbito assinada por um médico, que atesta a causa da morte, o óbito é registrado no Cartório de Registro Civil. No Estado de São Paulo, os cartórios de cada município enviam mensalmente as declarações 2

4 de óbito à Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - Seade, que processa esta informação e organiza o Sistema de Estatísticas Vitais. A principal vantagem da declaração de óbito como fonte de dados para os estudos da mortalidade por acidentes do trabalho é a diversidade de informações sobre o trabalhador falecido, como sexo, idade, estado civil, ocupação, município de residência e outras, bem como sobre o tipo de causa externa de morte, além de constar um campo especial para notificar se a morte foi devida ou não a um acidente do trabalho, ou se este fato é ignorado. Outra vantagem é que abrange todos os trabalhadores, independentemente de seu vínculo empregatício (formal ou informal), ou de sua condição de contribuinte ou não do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). A principal desvantagem da declaração de óbito, como fonte de dados para estes estudos, consiste na subnotificação importante do quesito específico sobre a circunstância da morte como resultante de um acidente do trabalho, interferindo na identificação e na quantificação dos casos fatais deste tipo de acidente, além de não detectar maiores detalhes sobre o acidente, como, por exemplo, se o local do acidente foi a empresa, se o acidentado estava ou não a serviço da empresa no momento do acidente, etc. O processo de acidente do trabalho constitui o processo aberto e liquidado (1) pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), por ocasião da entrada, pelos dependentes do segurado, da documentação relativa à ocorrência de uma morte devida a um acidente do trabalho. A partir da comunicação de acidente do trabalho (CAT), formulário expedido pelo INSS e preenchido pela empresa, são abertos os processos de acidente do trabalho para os casos em que se constate a necessidade de uma indenização, ou para os casos fatais. Esta fonte contém diversas informações sobre o acidentado, como sexo, idade, estado civil, ocupação, município de residência, etc., e sobre as circunstâncias do acidente, como local de ocorrência, o fato de o acidentado estar ou não a serviço da empresa, a data do acidente, entre outras. Entretanto, os dados dos processos de acidentes do trabalho referem-se apenas aos trabalhadores contribuintes do INSS, ficando excluídos aqueles cujos dependentes desconhecem se a morte foi devida a um acidente do trabalho, aqueles cujos dependentes (1)Um processo é considerado liquidado, quando sua avaliação se encerrar administrativa e tecnicamente. 3

5 residem em outro estado brasileiro, os trabalhadores rurais, os funcionários públicos e, principalmente, os trabalhadores não contribuintes do INSS. O sistema de informação sobre acidentes e doenças do trabalho, do INSS, objetiva principalmente o processamento dos benefícios aos acidentados, aos dependentes e àqueles acometidos por doenças do trabalho. Este sistema apresenta diversas limitações para as análises da mortalidade, pois registra apenas os totais dos casos fatais de acidentes do trabalho, sem nenhuma caracterização destes eventos. Este fato faz com que a construção de um banco de dados detalhados sobre os casos fatais só seja possível por intermédio de um levantamento específico, nas agências e postos do INSS espalhados em todo o território nacional. Os estudos que consideram apenas uma destas fontes, de forma isolada, apresentam-se incompletos devido aos pontos mencionados acima. Este fato dificulta uma análise mais detalhada sobre as características demográficas e epidemiológicas da questão acidentária, assim como a viabilidade de estimativas dos riscos de morte associados ao trabalho e à atividade exercida pelo trabalhador. Metodologia de Coleta e de Construção do Banco de Dados (2) A metodologia utilizada neste estudo, para a construção do banco de dados relativos aos casos fatais de acidentes do trabalho, adotou a técnica de vinculação entre duas fontes de dados: os processos de acidentes do trabalho do INSS e as declarações de óbito enviadas pelos Cartórios de Registro Civil à Fundação Seade. Desta forma, foi possível identificar e quantificar estes acidentes, caracterizá-los demográfica e epidemiologicamente e mensurar a respectiva mortalidade. Esta técnica pressupõe a existência de informações individualizadas e uma busca ativa de todos os casos fatais registrados em cada fonte, formando pares com os casos coincidentes. O procedimento permite complementar as informações disponíveis em cada fonte, enriquecendo o detalhamento dos dados coletados e permitindo ampliar o universo de casos fatais. (2) O banco de dados considerado neste estudo foi constituído na elaboração do trabalho de Waldvogel (1999). 4

6 A metodologia de coleta dos dados procurou maximizar a utilização dos registros administrativos existentes, tendo sido realizada uma busca ativa dos casos fatais ocorridos em 1991 e 1992, relativos aos residentes no Estado de São Paulo, na duas fontes de dados: declaração de óbito e processos de acidentes do trabalho. Realizou-se, em uma primeira etapa, uma pesquisa junto a todas as agências e postos do INSS do Estado de São Paulo, tendo sido identificados os casos fatais nos autos dos processos liquidados de acidentes do trabalho, relativos ao período de referência. A partir deste levantamento, foram localizadas as respectivas declarações de óbito no acervo de documentos demográficos pertencente à Fundação Seade. Os pares resultantes desta etapa referem-se, basicamente, aos trabalhadores contribuintes do INSS. Em uma segunda etapa, foram identificados os óbitos por acidentes do trabalho notificados nas declarações de óbitos, existentes no acervo de documentos da Fundação Seade, e localizados os respectivos processos de acidentes do trabalho do INSS. Os casos fatais, que apesar de apresentarem declarações de óbito relativas a um acidente do trabalho devidamente notificado não corresponderam a um processo de acidente do trabalho junto ao INSS, referem-se de um modo geral à população trabalhadora não coberta pelo INSS. No presente estudo, foram considerados os casos fatais identificados na primeira etapa da pesquisa, que correspondem aos trabalhadores contribuintes do INSS. Foram objeto de análise os acidentes do trabalho tipo e os de trajeto. No banco de dados utilizado encontram-se casos fatais de acidentes do trabalho de residentes no Estado de São Paulo, sendo: 78 casos correspondentes a menores de 18 anos; casos correspondentes à população adulta, com idades entre 18 e 59 anos; e 102 casos correspondentes à população idosa, com mais de 60 anos. A vinculação entre as duas fontes de dados permite avaliar a subnotificação do campo específico existente nas declaração de óbitos para notificar se a morte foi devida ou não a um acidente do trabalho. Vale ressaltar que apenas 25,5% dos casos fatais identificados para a população idosa foram devidamente notificados como acidentes do trabalho. Para os trabalhadores adultos esta proporção foi de 30,9%. A reduzida notificação de acidentes do trabalho nas declarações de óbito fragilizam a sua utilização como fonte de dados única para os estudos de mortalidade por este tipo de morte, apesar da riqueza de suas informações e da continuidade e periodicidade desta fonte. 5

7 Por outro lado, os processos de acidentes do trabalho não contemplam todo o universo de trabalhadores, ao excluir os não contribuintes do INSS. Waldvogel (2000), ao analisar todos os casos fatais levantados para o Município de São Paulo, considerando a vinculação entre estas duas fontes de dados, encontrou um índice de 39,8% de subnumeração para as declarações de óbito e de 39,0% para os processos de acidentes do trabalho do INSS. Características dos Trabalhadores Acidentados A população trabalhadora acidentada, residente no Estado de São Paulo, é predominantemente masculina: 96% para os idosos e 95% para os adultos. % Gráfico 1 - Distribuição dos Óbitos por Acidente do Trabalho,em Idade Simples acima de 60 anos. Estado de São Paulo e Fonte: Fundação Seade / INSS Idades 6

8 A distribuição por idade da população acidentada idosa apresenta uma maior concentração no primeiro grupo quinquenal (68%) e uma redução na participação com o avançar da idade, sendo a maior idade registrada aos 82 anos. O gráfico 1 ilustra esta distribuição por idade simples do trabalhador idoso. Avaliando-se o estado civil do trabalhador, chama a atenção a grande participação de idosos solteiros entre os acidentados: 87% para os homens e 75% para as mulheres. Comparando-se com a população trabalhadora acidentada adulta, a distribuição difere bastante: 27,4% dos homens e 44,2% das mulheres. Considerando-se que o banco de dados de acidentes do trabalho foi elaborado a partir dos casos fatais extraídos dos autos dos processos do INSS, vale salientar que o Censo Demográfico de 1991 (Fundação IBGE, 1996) revelou que 6,2% dos trabalhadores idosos paulistas, que contribuíam para Institutos de Previdência Pública, eram solteiros, ou seja, uma proporção expressivamente menor do que a dos acidentados. Estas proporções tão diferentes podem levantar a hipótese de que os idosos solteiros devem permanecer na ativa por mais tempo, exercendo atividades com maiores riscos de acidentes do trabalho do que os trabalhadores idosos casados. A distribuição da população idosa acidentada, segundo os grupos ocupacionais, revela que 40,2% pertenciam às atividades ligadas ao serviço e comércio; 25,5% à construção civil, 21,6% às atividades ligadas ao transporte e comunicação, e 7,8% à indústria. Considerando a ocupação detalhada da população idosa que foi vítima de um acidente do trabalho, observa-se que 20,6% eram guardas de segurança; 17,7% condutores de automóveis, ônibus e caminhões, e 13,7% trabalhadores braçais. As demais ocupações aparecem fragmentados, sem uma maior concentração de casos fatais. Características dos Acidentes do Trabalho Fatais Os acidentes do trabalho fazem parte do grupo de causas externas de morte. Segundo a Nona Classificação Internacional de Doenças (OMS, 1985), que era a classificação vigente no período de referência deste estudo, encontram-se nesta seção os eventos ambientais, circunstanciais e condições consideradas como causa da lesão, envenenamento ou outros efeitos adversos que levem um indivíduo à morte. O grupo de causas externas de morte 7

9 representava 2,8% do total dos óbitos ocorridos entre a população idosa residente no Estado de São Paulo, entre 1991 e 1992, e 25,5% relativo à população adulta. Os acidentes do trabalho fatais representavam 2,2% do total dos óbitos por causas externas da população idosa, sendo 3,1% para o sexo masculino e 0,3% para o feminino. Já para a população adulta, estas proporções foram 5,1%; 5,6% e 2,0%, respectivamente. Outro aspecto importante é conhecer o quanto estes acidentes contribuem na mortalidade por causas externas da população, o que pode ser avaliado na Tabela 1, que apresenta as participações de cada tipo de morte relativo aos acidentes do trabalho, no total de óbitos por causas externas de morte, para a população idosa e a adulta. Vale ressaltar que os acidentes do trabalho com veículos a motor, os homicídios e os atropelamentos representaram, cada um destes tipos, pouco mais de 4% dos óbitos correspondentes para o total da população idosa. Para a população adulta, estas participações foram maiores, principalmente para os acidentes com veículos a motor (10,8%) e para os atropelamentos (9,61%). Tabela 1 - Participação dos óbitos por acidentes do trabalho no total dos óbitos por causas externas. Estado de São Paulo, 1991 e 1992 Adultos Idosos Tipo de Morte Homem Mulher Total Homem Mulher Total Acidente com Veículo a Motor 12,56 2,30 10,80 5,59-4,11 Homicídios 2,02 0,95 1,94 5,03-4,20 Atropelamento 9,81 8,70 9,61 5,54 1,36 4,21 Demais Acidentes 6,66 0,67 5,82 1,31-0,85 Total 5,58 2,04 5,14 3,06 0,28 2,21 Fonte: Fundação Seade / INSS O conhecimento dos principais tipos de morte associados aos acidentes do trabalho, considerando-se a classificação dos acidentes em tipo e de trajeto, constitui elemento fundamental para as questões relativas à segurança do trabalho. A informação sobre o momento do acidente permite classificar os acidentes em tipo e de trajeto. Observa-se, para a população trabalhadora idosa, que 56% dos casos fatais foram acidentes-tipo, ou seja, ocorreram a serviço da empresa. Para a população adulta, os acidentes-tipo representaram 72% dos casos fatais ocorridos no Estado de São Paulo. Estas 8

10 proporções são indicativas do maior risco de morte por acidentes de trajeto a que estão expostos os trabalhadores idosos, quando comparado ao risco dos trabalhadores adultos. A Tabela 2 apresenta a distribuição dos tipos de morte observados entre a população acidentada idosa, segundo a classificação dos acidentes. Tabela 2 Óbitos por acidentes do trabalho, tipo e de trajeto, segundo os tipos de morte Estado de São Paulo, 1991 e 1992 Tipos de Morte Tipo Trajeto Total Atropelamento Acidente com veículo a motor Homicídios Quedas Esmagamentos Acidente com instrumento de trabalho Acidente de trem Indeterminado Total Fonte: Fundação Seade / INSS. Os atropelamentos responderam por 78% dos acidentes de trajeto para os trabalhadores idosos, enquanto para os trabalhadores adultos esta participação foi de 39%. Para o total da população, independentemente de sua condição de trabalhadora ou não, os atropelamentos também vitimam mais a população idosa. Quanto aos acidentes-tipo, os acidentes com veículos a motor responderam por 40,4% dos casos: fatais entre os trabalhadores idosos. Em segundo lugar, apareceram os homicídios com 22,8%, seguidos das quedas com 19,3%. Do total de acidentes-tipo, 46% das mortes ocorridas entre a população trabalhadora idosa aconteceram dentro da empresa. Detalhando-se os tipos de morte correspondentes a estes acidentes, observa-se que 42% ocorreram em consequência de quedas e 35% de 9

11 homicídios. A ocorrência de acidentes fatais dentro da empresa acarreta efeitos devastadores na organização empresarial, entre os colegas e para a família do trabalhador acidentado, como lembra Lee (1995). Por outro lado, a grande participação dos acidentes do trabalho tipo ocorridos na via pública (49%) é indicativo da transferência do local de trabalho para o espaço da rua, de diversas atividades profissionais exercidas em serviços urbanos. Este fato acrescenta a violência urbana aos riscos inerentes aos processos produtivos. Para os trabalhadores idosos, a categoria profissional mais atingida pelos acidentes-tipo ocorridos em via pública foram os condutores de automóveis, ônibus e caminhões. A Mortalidade dos Idosos por Acidentes do Trabalho A análise da mortalidade por acidentes do trabalho revela os riscos de morrer no exercício cotidiano do trabalho. Os coeficientes de mortalidade foram calculados dividindo-se o número médio de óbitos por acidentes do trabalho identificados entre 1991 e 1992, pela população trabalhadora contribuinte de Institutos da Previdência Pública, com idades entre 60 e 82 anos, última idade em que houve registro de caso fatal. A população adotada como denominador foi estimada a partir do Censo Demográfico de 1991 (Fundação IBGE, 1996). Em primeiro lugar, observa-se que o coeficiente de mortalidade por acidentes do trabalho, estimado para a população idosa, foi superior ao da população adulta: 17,56 óbitos por cem mil e 10,75 óbitos por cem mil, respectivamente, indicando um risco 63% maior de um evento fatal decorrente de um acidente do trabalho para os idosos. Dado que o número de casos fatais identificados para a população idosa feminina foi muito reduzido, a análise da mortalidade considerando-se as dimensões estado civil e ocupação do trabalhador contempla apenas a população idosa masculina. O coeficiente de mortalidade para os idosos solteiros superou muito o correspondente coeficiente dos adultos: 460,12 óbitos por acidentes do trabalho por cem mil trabalhadores idosos e 15,36 por cem mil trabalhadores adultos. A alta mortalidade dos idosos solteiros é resultado da grande proporção de solteiros idosos que foram vítimas de acidentes do trabalho, comparada à participação de idosos solteiros 10

12 dentre os idosos ocupados e contribuintes recenseados em 1991: 86,7% e 3,81%, respectivamente. Mais uma vez é possível levantar a hipótese de que os trabalhadores idosos solteiros estejam exercendo atividades com maiores riscos de acidentes, além de estarem expostas continuamente aos acidentes de trajeto. A terceira dimensão considerada no estudo da mortalidade foi avaliar os diferenciais segundo os grupos ocupacionais do trabalhador. O maior coeficiente de mortalidade foi observado no grupo de transporte e comunicação: 64,07 óbitos por cem mil trabalhadores idosos. Este coeficiente foi praticamente o dobro do correspondente aos trabalhadores idosos ligados às atividades da indústria e construção civil (33,80 óbitos por cem mil) e àqueles ligados ao serviço e comércio (31,17 óbitos por cem mil). Os demais grupos ocupacionais não apresentaram coeficientes de mortalidade expressivos. O Gráfico 2 mostra que os coeficientes de mortalidade para os idosos, segundo os grupos ocupacionais, foram superiores aos respectivos coeficientes dos adultos. por trabalhadores 70 Gráfico 2 - Coeficientes de Mortalidade Masculina por Acidentes do Trabalho, para Idosos e Adultos, segundo os Grandes Grupos Ocupacionais. Estado de São Paulo e Adulto 10 Idoso 0 Transporte e Comunicação Serviço e Comércio Indústria e Construção Civil Total Grupos Ocupacionais Fonte: Fundação Seade / INSS / Fundação IBGE. 11

13 Os maiores níveis de mortalidade da população idosa revelam uma situação preocupante para estes trabalhadores. Bellusci e Fischer (1999) salientam que as soluções, para incrementar o equilíbrio entre a capacidade do trabalhador e as demandas do trabalho e para minimizar os riscos de acidentes do trabalho, baseiam-se em estudos entre o ambiente do trabalho, as alterações fisiológicas, as mudanças na capacidade para o trabalho e, em especial, na influência da organização dos aspectos físicos e ergonômicos do trabalho. Considerações Finais A vinculação entre as duas fontes de dados consideradas neste estudo - processos de acidentes do trabalho e declarações de óbito - mostrou-se um importante instrumento para o estudo dos casos fatais de acidentes do trabalho. O banco de dados, resultante desta vinculação de registros administrativos, representa um valioso material para as análises das ocorrências de acidentes do trabalho que levam à consequência mais grave na saúde do trabalhador, que é a perda de sua vida. A identificação das populações expostas aos riscos destes acidentes fatais, segundo o sexo, a idade, o estado civil e a ocupação, permite a estimativa dos coeficientes específicos de mortalidade e dos diferenciais de graus de riscos. Esta informação é útil, também, para nortear as políticas e as medidas que visem a diminuição destas mortes. É importante ressaltar que este fenômeno é muito difícil de ser captado em uma pesquisa amostral. Desta forma, a metodologia proposta para a coleta dos casos fatais, a organização do banco de dados, a construção e a análise dos indicadores constituem uma alternativa viável e factível de renovação periódica, representando, ao mesmo tempo, uma atividade de baixo custo monetário e de alto benefício social. Este tipo de estudo pode fornecer relevantes subsídios para o entendimento da questão acidentária e para a orientação de políticas e medidas de segurança no trabalho, visando minimizar ou reduzir os riscos a que os trabalhadores estão expostos no exercício cotidiano de sua profissão. 12

14 Com o processo de envelhecimento populacional e o contingente crescente de idosos que deverão permanecer na ativa no futuro próximo, a questão da saúde do trabalhador assume uma nova dimensão e necessita de um tratamento especial. As estimativas dos riscos de morrer, em consequência de um acidente do trabalho, revelam a superioridade dos níveis de mortalidade para a população com mais de 60 anos. Os homicídios apareceram, junto com os acidentes com veículos a motor e os atropelamentos, como os principais tipos de morte relativos aos acidentes do trabalho, sinalizando a expansão do local de trabalho para o espaço da rua. Este fato aumenta os riscos potenciais de acidentes do trabalho, em consequência da violência crescente nos centros urbanos, do trânsito caótico das grandes cidades e rodovias, além da má conservação dos veículos que nelas circulam, acrescentando estes riscos àqueles inerentes aos processos de trabalho. Estas reflexões inserem a questão dos acidentes do trabalho fatais para os trabalhadores idosos dentro de um contexto maior de convulsão social, em que as medidas mais tradicionais de segurança no trabalho não são suficientes para prevenir ou reduzir estes acidentes fatais. Por outro lado, ainda são importantes os acidentes ocorridos dentro das empresas, o que exige melhores medidas de segurança e uma atenção especial aos trabalhadores com idades mais avançadas, no sentido de intensificar o equilíbrio entre a capacidade do trabalhador e as demandas do trabalho. Referências Bibliográficas BELLUSCI, S.M. e FISCHER, F.M. Envelhecimento funcional e condições de trabalho em servidores forenses. Revista da Saúde Pública. São Paulo; 1999 dez, (no prelo). CAMARGO, A.B.M. A mortalidade por acidentes de transporte em São Paulo. Informe Demográfico GEPOP. São Paulo, n. 2, 1999, p

15 FERREIRA, C.E.C. e CASTIÑEIRAS, L.L. O rápido aumento da mortalidade dos jovens adultos em São Paulo: uma trágica tendência. São Paulo em Perspectiva. São Paulo, Fundação Seade, v. 10, n. 2, abr.-jun; 1996, p FUNDAÇÃO IBGE. Censo Demográfico de 1991: resultados definitivos. São Paulo. Rio de Janeiro, 1996 (CD-ROM com os microdados da amostra). FUNDAÇÃO SEADE e FUNDACENTRO. Relatório final do convênio: Mortalidade por Acidentes do Trabalho. São Paulo; FUNDAÇÃO SEADE. Sistema de Mortalidade por Causas, 1991 e São Paulo, 1999 (disquetes - versão 1999).. Sistema de Estatísticas Vitais. São Paulo, 1991 e 1992 (base de dados eletrônica). GAWRYSZEWSKI, M. et alli. Acidentes do trabalho fatais. (Estudo sobre acidentes do trabalho fatais no Estado de São Paulo no ano de 1995). Ministério do Trabalho e Emprego, Delegacia Regional do Trabalho no Estado de São Paulo, dez ILMARENSEM, J. et alli. Changes in the work ability of active employers over an 11 years period. Scand Journal Work Enverion Health. 1997; 23 suppl 1: LEE, G. Death in the workplace. AAOHN Journal, v. 43, n. 2, mar. 1995, p LUCCA, S.R. e MENDES, R. Epidemiologia dos acidentes do trabalho fatais em área metropolitana da região sudeste do Brasil. Revista de Saúde Pública, v. 27, n. 3, jun. 1993, p MACHADO, J.M.H. e GOMEZ, C.M. Acidentes de trabalho: concepções e dados. In: MINAYO, M.C.S. (org.). Os muitos Brasis: saúde e população na década de 80. São Paulo/Rio de Janeiro, Hucitac-Abrasco, 1995, p

16 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. CBCD. 9 a Revisão da Classificação de Doenças, SEGRE, M. Breve resumo da legislação da prática médica dos acidentes do trabalho. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. 13, n. 50, abr.-jun. 1985, p SETISAMO, J. e KLOCKARS, M. Aging and changes in health. Scand J. Work Envion Health. 1997; 23 suppl 1: WALDVOGEL, B. Mortes precoces de trabalhadores em São Paulo. São Paulo em Perspectiva. São Paulo, Fundação Seade, v. 7, n. 2, abr.-jun. 1993, p Acidentes do trabalho, os casos fatais: a questão da identificação e da mensuração. Tese de Doutorado. São Paulo, Universidade de São Paulo, dez. de A mortalidade por acidentes do trabalho na cidade de São Paulo In. Anais do III Congresso Lationoamericano de Sociologia do Trabalho. Buenos Aires, Argentina, maio de WILLIANS, S.N. e CRUMPTON, L.L. Investigating the work ability of older employers. Internacional Journal of Industrial Ergonomics. 1997; 20: WÜNCH Filho, V. Variações e tendências na mortalidade dos trabalhadores. In: MONTEIRO, C.A. (org.). Velhos e novos males da saúde no Brasil. São Paulo, Hucitec/Nupens/USP, 1995, p

A POPULAÇÃO TRABALHADORA PAULISTA E OS ACIDENTES DO TRABALHO FATAIS

A POPULAÇÃO TRABALHADORA PAULISTA E OS ACIDENTES DO TRABALHO FATAIS SÃO PAULO EM PERSPECTIVA, 17(2): 2003 42-53, 2003 A POPULAÇÃO TRABALHADORA PAULISTA E OS ACIDENTES DO TRABALHO FATAIS BERNADETTE CUNHA WALDVOGEL Resumo: Este artigo propõe uma vinculação de duas fontes

Leia mais

Acidentes de transportes passam a ser a principal causa de morte não natural do Estado de São Paulo

Acidentes de transportes passam a ser a principal causa de morte não natural do Estado de São Paulo Resenha de Estatísticas Vitais do Estado de São Paulo Ano 10 nº 2 Março 2010 Acidentes de transportes passam a ser a principal causa de morte não natural do Estado de São Paulo Hoje, os acidentes de transporte

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego PME. Algumas das principais características dos Trabalhadores Domésticos vis a vis a População Ocupada

Pesquisa Mensal de Emprego PME. Algumas das principais características dos Trabalhadores Domésticos vis a vis a População Ocupada Pesquisa Mensal de Emprego PME Algumas das principais características dos Trabalhadores Domésticos vis a vis a População Ocupada Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE Algumas das principais

Leia mais

Diminui a mortalidade por Aids no Estado de São Paulo

Diminui a mortalidade por Aids no Estado de São Paulo Diminui a mortalidade por Aids no Estado de São Paulo Em 2012, ocorreram 2.767 óbitos por Aids no Estado de São Paulo, o que representa importante queda em relação ao pico observado em 1995 (7.739). A

Leia mais

Mortalidade por Aids no Estado: redução contínua desde 1996

Mortalidade por Aids no Estado: redução contínua desde 1996 Resenha de Estatísticas Vitais do Estado de São Paulo Ano 5 nº 13 Novembro 2004 Mortalidade por Aids no Estado: redução contínua desde 1996 A quantificação dos óbitos por Aids revela que, no Estado de

Leia mais

CAUSAS DE MORTE NO ESTADO DE SÃO PAULO

CAUSAS DE MORTE NO ESTADO DE SÃO PAULO CAUSAS DE MORTE NO ESTADO DE SÃO PAULO Morrem mais brancos por causa naturais e negros por motivos externos. A s estatísticas de morbidade e mortalidade têm sido utilizadas por epidemiologistas, demógrafos

Leia mais

Saúde. reprodutiva: gravidez, assistência. pré-natal, parto. e baixo peso. ao nascer

Saúde. reprodutiva: gravidez, assistência. pré-natal, parto. e baixo peso. ao nascer 2 Saúde reprodutiva: gravidez, assistência pré-natal, parto e baixo peso ao nascer SAÚDE BRASIL 2004 UMA ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE INTRODUÇÃO No Brasil, as questões relativas à saúde reprodutiva têm

Leia mais

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros 1 of 5 11/26/2010 2:57 PM Comunicação Social 26 de novembro de 2010 PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009 Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros O número de domicílios

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego - PME

Pesquisa Mensal de Emprego - PME Pesquisa Mensal de Emprego - PME Dia Internacional da Mulher 08 de março de 2012 M U L H E R N O M E R C A D O D E T R A B A L H O: P E R G U N T A S E R E S P O S T A S A Pesquisa Mensal de Emprego PME,

Leia mais

Notas metodológicas. Objetivos

Notas metodológicas. Objetivos Notas metodológicas Objetivos Qual é a população de empresa em um determinado ano? Esta é aparentemente uma pergunta simples, entretanto, existem inúmeras questões envolvidas na definição, identificação

Leia mais

O Emprego Doméstico na Região Metropolitana de Belo Horizonte em 2013

O Emprego Doméstico na Região Metropolitana de Belo Horizonte em 2013 PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE Ano 19 Nº 13 - O Emprego Doméstico na Região Metropolitana de Belo Horizonte em A partir da aprovação da Emenda Constitucional n 72,

Leia mais

Especificidades das mortes violentas no Brasil e suas lições. Maria Cecília de Souza Minayo

Especificidades das mortes violentas no Brasil e suas lições. Maria Cecília de Souza Minayo Especificidades das mortes violentas no Brasil e suas lições Maria Cecília de Souza Minayo 1ª. característica: elevadas e crescentes taxas de homicídios nos últimos 25 anos Persistência das causas externas

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego

Pesquisa Mensal de Emprego Pesquisa Mensal de Emprego EVOLUÇÃO DO EMPREGO COM CARTEIRA DE TRABALHO ASSINADA 2003-2012 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE 2 Pesquisa Mensal de Emprego - PME I - Introdução A Pesquisa

Leia mais

Relatório da Pessoa Idosa

Relatório da Pessoa Idosa Relatório da Pessoa Idosa 2012 O Relatório da Pessoa Idosa 2012, com base nos dados de 2011, se destina à divulgação dos dados de criminalidade contra a pessoa idosa (idade igual ou superior a 60 anos),

Leia mais

CAPA. Vinculação de bancos de dados de acidentes do trabalho fatais dos Estados de São Paulo e Minas Gerais 2006-2008.

CAPA. Vinculação de bancos de dados de acidentes do trabalho fatais dos Estados de São Paulo e Minas Gerais 2006-2008. CAPA Vinculação de bancos de dados de acidentes do trabalho fatais dos Estados de São Paulo e Minas Gerais 2006-2008 Outubro 2013 Histórico da parceria Seade/Fundacentro 1994 Acidente do Trabalho (1991/1992)

Leia mais

na região metropolitana do Rio de Janeiro

na região metropolitana do Rio de Janeiro O PERFIL DOS JOVENS EMPREENDEDORES na região metropolitana do Rio de Janeiro NOTA CONJUNTURAL MARÇO DE 2013 Nº21 PANORAMA GERAL Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) de 2011,

Leia mais

Panorama de 25 anos da mortalidade por Aids no Estado de São Paulo

Panorama de 25 anos da mortalidade por Aids no Estado de São Paulo Resenha de Estatísticas Vitais do Estado de São Paulo Ano 12 nº 2 Maio 2012 Panorama de 25 anos da mortalidade por Aids no Estado de São Paulo As estatísticas de mortalidade produzidas pela Fundação Seade,

Leia mais

Criminalidade. Luciano Nakabashi Juliano Condi

Criminalidade. Luciano Nakabashi Juliano Condi A Associação Comercial de (ACIRP) em parceria com a FUNDACE realiza uma pesquisa de qualidade de vida na cidade de desde 2009. Essa é uma pesquisa muito importante para se que se tenha uma base confiável

Leia mais

Acidentes fatais com motocicleta param de crescer no Estado de São Paulo

Acidentes fatais com motocicleta param de crescer no Estado de São Paulo Resenha de Estatísticas Vitais do Estado de São Paulo Ano 11 nº 4 Maio 2011 Acidentes fatais com motocicleta param de crescer no Estado de São Paulo O número de mortes por acidentes de motocicleta manteve-se

Leia mais

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007 O EMPREGO DOMÉSTICO Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Abril 2007 Perfil de um emprego que responde por 17,7% do total da ocupação feminina e tem 95,9% de seus postos de trabalho

Leia mais

Pesquisa. Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e. A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul.

Pesquisa. Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e. A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul. Pesquisa A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul. Introdução Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e políticas capazes de ampliar a inserção da mulher no mercado de trabalho.

Leia mais

MORTALIDADE POR AIDS EM SÃO PAULO: DEZOITO ANOS DE HISTÓRIA

MORTALIDADE POR AIDS EM SÃO PAULO: DEZOITO ANOS DE HISTÓRIA MORTALIDADE POR AIDS EM SÃO PAULO: DEZOITO ANOS DE HISTÓRIA Bernadette Waldvogel 1 Lilian Cristina Correia Morais 1 1 INTRODUÇÃO O primeiro caso brasileiro conhecido de morte por Aids ocorreu em 1980,

Leia mais

1. Introdução. Capitalização FENASEG no ano de 2005. 2 Tábuas de mortalidade construídas com base na população norte americana.

1. Introdução. Capitalização FENASEG no ano de 2005. 2 Tábuas de mortalidade construídas com base na população norte americana. 1. Introdução O mercado segurador vem ganhando importância no cenário econômico brasileiro, representando hoje, aproximadamente 3,5% do PIB 1, sendo que 1,6% refere-se ao segmento de pessoas, ou seja,

Leia mais

PED-RMPA INFORME ESPECIAL IDOSOS

PED-RMPA INFORME ESPECIAL IDOSOS A POPULAÇÃO IDOSA NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE SETEMBRO - 2008 PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE PED-RMPA INFORME ESPECIAL IDOSOS

Leia mais

A Evolução da Morbidade e Mortalidade por Câncer de Mama entre a População Feminina de Minas Gerais 1995 a 2001 *

A Evolução da Morbidade e Mortalidade por Câncer de Mama entre a População Feminina de Minas Gerais 1995 a 2001 * A Evolução da Morbidade e Mortalidade por Câncer de Mama entre a População Feminina de Minas Gerais 1995 a 2001 * Andréa Branco Simão UFMG/Cedeplar Luiza de Marilac de Souza UFMG/Cedeplar Palavras Chave:

Leia mais

2 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

2 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS 2 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS Neste capítulo se pretende avaliar os movimentos demográficos no município de Ijuí, ao longo do tempo. Os dados que fomentam a análise são dos censos demográficos, no período 1920-2000,

Leia mais

Políticas de saúde: o Programa de Saúde da Família na Baixada Fluminense *

Políticas de saúde: o Programa de Saúde da Família na Baixada Fluminense * Políticas de saúde: o Programa de Saúde da Família na Baixada Fluminense * ALINE DE MOURA SOUZA 1 SUZANA MARTA CAVENAGHI 2 Introdução Este trabalho tem por objetivo apresentar informações referentes à

Leia mais

Taxa de desocupação foi de 9,3% em janeiro

Taxa de desocupação foi de 9,3% em janeiro Taxa de desocupação foi de 9,3% em janeiro A taxa de desocupação registrada pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, nas seis principais Regiões Metropolitanas do país (Recife, Salvador, Belo Horizonte,

Leia mais

Nota técnica sobre as tabelas abreviadas de sobrevivência no Rio de Janeiro - 1980 e 1991

Nota técnica sobre as tabelas abreviadas de sobrevivência no Rio de Janeiro - 1980 e 1991 ISSN 1984-7203 C O L E Ç Ã O E S T U D O S C A R I O C A S Nota técnica sobre as tabelas abreviadas de sobrevivência no Rio de Janeiro - 1980 e 1991 Nº 20010504 Maio - 2001 Kaizô Beltrão - IBGE PREFEITURA

Leia mais

O CENSO 2010: BREVE APRESENTAÇÃO E RELEVÂNCIA PARA A GEOGRAFIA

O CENSO 2010: BREVE APRESENTAÇÃO E RELEVÂNCIA PARA A GEOGRAFIA O CENSO 2010: BREVE APRESENTAÇÃO E RELEVÂNCIA PARA A GEOGRAFIA BRUNO DE OLIVEIRA SOUZA 1 e RÚBIA GOMES MORATO 2 brunooliveira_souza@hotmail.com, rubiagm@gmail.com 1 Aluno do curso de Geografia Unifal-MG

Leia mais

XIII Encontro de Iniciação Científica IX Mostra de Pós-graduação 06 a 11 de outubro de 2008 BIODIVERSIDADE TECNOLOGIA DESENVOLVIMENTO

XIII Encontro de Iniciação Científica IX Mostra de Pós-graduação 06 a 11 de outubro de 2008 BIODIVERSIDADE TECNOLOGIA DESENVOLVIMENTO XIII Encontro de Iniciação Científica IX Mostra de Pós-graduação 06 a 11 de outubro de 2008 BIODIVERSIDADE TECNOLOGIA DESENVOLVIMENTO EPH0339 O ENSINO SUPERIOR NO GOVERNO FHC E SUA DISTRIBUIÇÃO SOBRE O

Leia mais

CENÁRIOS DA POPULAÇÃO PAULISTA dos anos 90 ao futuro

CENÁRIOS DA POPULAÇÃO PAULISTA dos anos 90 ao futuro SÃO PAULO EM PERSPECTIVA, 13(1-2) 1999 CENÁRIOS DA POPULAÇÃO PAULISTA dos anos 90 ao futuro BERNADETTE CUNHA WALDVOGEL Estatística e Demógrafa, Gerente de Indicadores e Estudos Populacionais da Fundação

Leia mais

ÍNDICE PAULISTA DE VULNERABILIDADE SOCIAL

ÍNDICE PAULISTA DE VULNERABILIDADE SOCIAL ÍNDICE PAULISTA DE VULNERABILIDADE SOCIAL O Estado de São Paulo, especialmente nos grandes centros urbanos, apresenta enormes desigualdades sociais, com áreas de alto padrão de qualidade de vida e outras

Leia mais

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es).

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). A QUALIDADE DE VIDA SOB A ÓTICA DAS DINÂMICAS DE MORADIA: A IDADE ENQUANTO UM FATOR DE ACÚMULO DE ATIVOS E CAPITAL PESSOAL DIFERENCIADO PARA O IDOSO TRADUZIDO NAS CONDIÇÕES DE MORADIA E MOBILIDADE SOCIAL

Leia mais

Mudanças demográficas e saúde no Brasil Dados disponíveis em 2008

Mudanças demográficas e saúde no Brasil Dados disponíveis em 2008 Mudanças demográficas e saúde no Brasil Dados disponíveis em 2008 José Cechin Superintendente Executivo Carina Martins Francine Leite Nos últimos meses, vários relatórios publicados por diferentes instituições

Leia mais

ANÁLISE CONJUNTURAL DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO CATARINENSE: 2012-2013

ANÁLISE CONJUNTURAL DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO CATARINENSE: 2012-2013 GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO E HABITAÇÃO SST DIRETORIA DE TRABALHO E EMPREGO DITE COORDENAÇÃO ESTADUAL DO SISTEMA NACIONAL DE EMPREGO SINE SETOR

Leia mais

ANÁLISE DA MORTE VIOLENTA SEGUNDO RAÇA /COR

ANÁLISE DA MORTE VIOLENTA SEGUNDO RAÇA /COR 8 ANÁLISE DA MORTE VIOLENTA SEGUNDO RAÇA /COR Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 435 ANÁLISE DA MORTE VIOLENTA SEGUNDO RAÇA/COR MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS Evolução da mortalidade por causas externas

Leia mais

Simon Schwartzman. A evolução da educação superior no Brasil diferenças de nível, gênero e idade.

Simon Schwartzman. A evolução da educação superior no Brasil diferenças de nível, gênero e idade. A educação de nível superior superior no Censo de 2010 Simon Schwartzman (julho de 2012) A evolução da educação superior no Brasil diferenças de nível, gênero e idade. Segundo os dados mais recentes, o

Leia mais

Manutenção das desigualdades nas condições de inserção

Manutenção das desigualdades nas condições de inserção A INSERÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE MARÇO 2014 Manutenção das desigualdades nas condições de inserção De maneira geral, as mulheres enfrentam grandes dificuldades

Leia mais

O Mercado de Trabalho nas Atividades Culturais no Brasil, 1992-2001

O Mercado de Trabalho nas Atividades Culturais no Brasil, 1992-2001 1 Ministério da Cultura Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Data de elaboração da ficha: Ago 2007 Dados das organizações: Nome: Ministério da Cultura (MinC) Endereço: Esplanada dos Ministérios,

Leia mais

5.1 Nome da iniciativa ou Projeto. Academia Popular da Pessoa idosa. 5.2 Caracterização da Situação Anterior

5.1 Nome da iniciativa ou Projeto. Academia Popular da Pessoa idosa. 5.2 Caracterização da Situação Anterior 5.1 Nome da iniciativa ou Projeto Academia Popular da Pessoa idosa 5.2 Caracterização da Situação Anterior O envelhecimento é uma realidade da maioria das sociedades. No Brasil, estima-se que exista, atualmente,

Leia mais

Ocupação da Força de Trabalho Feminina na Agropecuária Paulista 1

Ocupação da Força de Trabalho Feminina na Agropecuária Paulista 1 Análises e Indicadores do Agronegócio ISSN 1980-0711 Ocupação da Força de Trabalho Feminina na Agropecuária Paulista 1 As mulheres sempre participaram intensamente das atividades agropecuárias. Na estrutura

Leia mais

PED ABC Novembro 2015

PED ABC Novembro 2015 PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO DO ABC 1 Novembro 2015 OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO DO ABC Diferenciais de inserção de negros e não negros no mercado de trabalho em 2013-2014 Dia

Leia mais

Risco de Morrer em 2012

Risco de Morrer em 2012 Risco de morrer 2012 23 de maio de 2014 Risco de Morrer em 2012 As duas principais causas de morte em 2012 foram as doenças do aparelho circulatório, com 30,4% dos óbitos registados no país, e os tumores

Leia mais

Censo Demográfico 2010. Características Gerais dos Indígenas: Resultados do Universo

Censo Demográfico 2010. Características Gerais dos Indígenas: Resultados do Universo Censo Demográfico 2010 Características Gerais dos Indígenas: Resultados do Universo Rio de Janeiro, 10 de agosto de 2012 Identificação da população indígena nos Censos Demográficos do Brasil 1991 e 2000

Leia mais

Orientações sobre conduta em caso de acidente em serviço ou do trabalho

Orientações sobre conduta em caso de acidente em serviço ou do trabalho UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE PROGEPE PRO REITORIA DE GESTÃO DE PESSOAS CASQ COORDENAÇÃO DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA DPVS DIVISÃO DE PROMOÇÃO E VIGILÂNCIA DA SAÚDE STSO SEÇÃO DE SEGURANÇA

Leia mais

Expectativa de vida do brasileiro cresce mais de três anos na última década

Expectativa de vida do brasileiro cresce mais de três anos na última década 1 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO PROFESSOR BAHIA TEXTO DE CULTURA GERAL FONTE: UOL COTIDIANO 24/09/2008 Expectativa de vida do brasileiro cresce mais de três anos na última década Fabiana Uchinaka Do UOL Notícias

Leia mais

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo Comparativo entre o rendimento médio dos beneficiários de planos de saúde individuais e da população não coberta por planos de saúde regional e por faixa etária Amanda Reis Luiz Augusto Carneiro Superintendente

Leia mais

CURSO DE ENFERMAGEM EDITAL PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS DO CURSO DE ENFERMAGEM Nº 01 /2013

CURSO DE ENFERMAGEM EDITAL PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS DO CURSO DE ENFERMAGEM Nº 01 /2013 CURSO DE ENFERMAGEM EDITAL PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS DO CURSO DE ENFERMAGEM Nº 01 /2013 A Coordenação do Curso de Enfermagem da Faculdade São Salvador, no uso de suas atribuições, torna

Leia mais

Principais características da inovação na indústria de transformação no Brasil

Principais características da inovação na indústria de transformação no Brasil 1 Comunicado da Presidência nº 5 Principais características da inovação na indústria de transformação no Brasil Realização: Marcio Pochmann, presidente; Marcio Wohlers, diretor de Estudos Setoriais (Diset)

Leia mais

Número 24. Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no Brasil

Número 24. Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no Brasil Número 24 Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no 29 de julho de 2009 COMUNICADO DA PRESIDÊNCIA Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no 2 1. Apresentação Este

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS DE IDOSAS. UM OLHAR PARA VIÇOSA, MINAS GERAIS, BRASIL

CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS DE IDOSAS. UM OLHAR PARA VIÇOSA, MINAS GERAIS, BRASIL CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS DE IDOSAS. UM OLHAR PARA VIÇOSA, MINAS GERAIS, BRASIL Nubia C. Freitas - UFV nubia.freitas@ufv.br Estela S. Fonseca UFV estela.fonseca@ufv.br Alessandra V. Almeida UFV

Leia mais

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade C.9 Taxa de mortalidade por causas externas O indicador mede o número de óbitos por causas externas (conjunto de acidentes e violências) por 1. habitantes, estimando o risco de morrer por essas causas.

Leia mais

1 INTRODUÇÃO. 1.1 Motivação e Justificativa

1 INTRODUÇÃO. 1.1 Motivação e Justificativa 1 INTRODUÇÃO 1.1 Motivação e Justificativa A locomoção é um dos direitos básicos do cidadão. Cabe, portanto, ao poder público normalmente uma prefeitura e/ou um estado prover transporte de qualidade para

Leia mais

Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno

Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno A crise de representação e o espaço da mídia na política RESENHA Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno Rogéria Martins Socióloga e Professora do Departamento de Educação/UESC

Leia mais

Brasil: O consumo de carnes passado a limpo! Contagem da população brasileira pelo IBGE em 2007

Brasil: O consumo de carnes passado a limpo! Contagem da população brasileira pelo IBGE em 2007 Brasil: O consumo de carnes passado a limpo! Contagem da população brasileira pelo IBGE em 2007 revela um número menor de habitantes do que se esperava e mostra um maior consumo per capita de carnes. Luciano

Leia mais

7ºano 2º período vespertino 25 de abril de 2014

7ºano 2º período vespertino 25 de abril de 2014 GEOGRAFIA QUESTÃO 1 A Demografia é a ciência que estuda as características das populações humanas e exprime-se geralmente através de valores estatísticos. As características da população estudadas pela

Leia mais

Envelhecimento populacional e a composição etária de beneficiários de planos de saúde

Envelhecimento populacional e a composição etária de beneficiários de planos de saúde Envelhecimento populacional e a composição etária de beneficiários de planos de saúde Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo Francine Leite Apresentação Este trabalho introduz o tema Envelhecimento

Leia mais

DIMENSÕES DO TRABAHO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE: O ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÕES DE TRABALHO PRECOCE

DIMENSÕES DO TRABAHO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE: O ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÕES DE TRABALHO PRECOCE Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 18 a 22 de outubro, 2010 337 DIMENSÕES DO TRABAHO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE: O ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM

Leia mais

Em 2013 perderam-se 4 683 anos potenciais de vida devido à diabetes mellitus

Em 2013 perderam-se 4 683 anos potenciais de vida devido à diabetes mellitus Dia Mundial da diabetes 14 de novembro 1983-2013 EMBARGO ATTÉ 13 DE NOVEMBRO DE 2014,, ÀS 11 HORAS Em 2013 perderam-se 4 683 anos potenciais de vida devido à diabetes mellitus Em 2013, as doenças endócrinas,

Leia mais

Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências Diagnóstico do Problema em Santa Catarina

Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências Diagnóstico do Problema em Santa Catarina Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências Diagnóstico do Problema em Santa Catarina Heloisa Côrtes Gallotti Peixoto Introdução Os acidentes e violências passaram a figurar, no início da década

Leia mais

Emprego doméstico na Região Metropolitana de Porto Alegre em 2013

Emprego doméstico na Região Metropolitana de Porto Alegre em 2013 EMPREGO DOMÉSTICO NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE ABRIL 2014 Emprego doméstico na Região Metropolitana de Porto Alegre em Em, diminuiu o número de empregadas domésticas na

Leia mais

INDICE ANTROPOMÉTRICO-NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE BAIXA RENDA INCLUSAS EM PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS

INDICE ANTROPOMÉTRICO-NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE BAIXA RENDA INCLUSAS EM PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS INDICE ANTROPOMÉTRICO-NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE BAIXA RENDA INCLUSAS EM PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS Carla Andréa Metzner 1 Ana Paula Falcão 2 RESUMO No presente trabalho coletou-se dados referente ao Indicador

Leia mais

Indicadores Anefac dos países do G-20

Indicadores Anefac dos países do G-20 Indicadores Anefac dos países do G-20 O Indicador Anefac dos países do G-20 é um conjunto de resultantes de indicadores da ONU publicados pelos países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina,

Leia mais

Evolução da população do Rio Grande do Sul. Maria de Lourdes Teixeira Jardim Fundação de Economia e Estatística. 1 - Introdução

Evolução da população do Rio Grande do Sul. Maria de Lourdes Teixeira Jardim Fundação de Economia e Estatística. 1 - Introdução Evolução da população do Rio Grande do Sul. Maria de Lourdes Teixeira Jardim Fundação de Economia e Estatística Área Temática: Emprego e Mercado de Trabalho, Demografia Econômica. 1 - Introdução Este texto

Leia mais

OTRABALHO NOTURNO E A SAÚDE DO TRABALHADOR: ESTUDO EXPLORATÓRIO EM TAUBATÉ E SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

OTRABALHO NOTURNO E A SAÚDE DO TRABALHADOR: ESTUDO EXPLORATÓRIO EM TAUBATÉ E SÃO JOSÉ DOS CAMPOS OTRABALHO NOTURNO E A SAÚDE DO TRABALHADOR: ESTUDO EXPLORATÓRIO EM TAUBATÉ E SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Tatiane Paula de Oliveira 1, Adriana Leonidas de Oliveira (orientadora) 2 1 Universidade de Taubaté/ Departamento

Leia mais

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE?

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? Ana Amélia Camarano* Solange Kanso** Daniele Fernandes** 1 INTRODUÇÃO Assume-se que idade avançada e invalidez resultam em perda da capacidade laboral, o que

Leia mais

Análise Social, vol. XX (84), 1984-5.º, 701-706

Análise Social, vol. XX (84), 1984-5.º, 701-706 Edgar Rocha Análise Social, vol. XX (84), 1984-5.º, 71-76 Nota sobre a população activa agrícola do sexo feminino, segundo o Recenseamento e segundo o Inquérito Permanente ao Emprego : em busca de 3 mulheres

Leia mais

NORMA ATUARIAL Nº. 1

NORMA ATUARIAL Nº. 1 NORMA ATUARIAL Nº. 1 SELEÇÃO DE HIPÓTESES DEMOGRÁFICAS, BIOMÉTRICAS E OUTRAS NÃO-ECONÔMICAS PARA MENSURAÇÃO DE OBRIGAÇÕES DE UM PLANO DE BENEFÍCIOS Versão 001 PARA: Atuários MIBAS e CIBAS e outras Pessoas

Leia mais

TEMA: A importância da Micro e Pequena Empresa para Goiás

TEMA: A importância da Micro e Pequena Empresa para Goiás TEMA: A importância da Micro e Pequena Empresa para Goiás O presente informe técnico tem o objetivo de mostrar a importância da micro e pequena empresa para o Estado de Goiás, em termos de geração de emprego

Leia mais

ANEXO II. Formulários Padronizados do PROAVI

ANEXO II. Formulários Padronizados do PROAVI ANEXO II Formulários Padronizados do PROAVI 64 SISTEMATIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO COM VISTAS À AUTO-AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DA PUC-CAMPINAS CONTEÚDO DO DOCUMENTO TÉCNICO Considerando as exigências

Leia mais

Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa 2012: análise dos principais resultados de Santa Catarina

Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa 2012: análise dos principais resultados de Santa Catarina Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa 2012: análise dos principais resultados de Santa Catarina A 5ª edição do Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa é um dos produtos elaborados por meio

Leia mais

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA Autores: Fábio Bruno da Silva Marcos Paulo de Sá Mello Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária INTRODUÇÃO

Leia mais

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou nesta terça-feira os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos,

Leia mais

O NOVO MODELO DA DECLARAÇÃO DE ÓBITO E A QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES SOBRE CAUSAS EXTERNAS

O NOVO MODELO DA DECLARAÇÃO DE ÓBITO E A QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES SOBRE CAUSAS EXTERNAS VI Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva Salvador - Bahia / Julho/2 O NOVO MODELO DA DECLARAÇÃO DE ÓBITO E A QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES SOBRE CAUSAS EXTERNAS AUTORES: Drumond Jr, M.; Lira, M.M.T.A.; Nitrini,

Leia mais

Diagrama de transição de Estados (DTE)

Diagrama de transição de Estados (DTE) Diagrama de transição de Estados (DTE) O DTE é uma ferramenta de modelação poderosa para descrever o comportamento do sistema dependente do tempo. A necessidade de uma ferramenta deste tipo surgiu das

Leia mais

Analfabetismo no Brasil

Analfabetismo no Brasil Analfabetismo no Brasil Ricardo Paes de Barros (IPEA) Mirela de Carvalho (IETS) Samuel Franco (IETS) Parte 1: Magnitude e evolução do analfabetismo no Brasil Magnitude Segundo estimativas obtidas com base

Leia mais

Mercado de Trabalho. O idoso brasileiro no. NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* 1- Introdução

Mercado de Trabalho. O idoso brasileiro no. NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* 1- Introdução NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* O idoso brasileiro no Mercado de Trabalho 30 1- Introdução A análise da participação do idoso nas atividades econômicas tem um caráter diferente das análises tradicionais

Leia mais

2.1 DINÂMICA POPULACIONAL

2.1 DINÂMICA POPULACIONAL DIMENSÃO SOCIAL . DINÂMICA POPULACIONAL Esta seção tem como objetivo expor a evolução e distribuição da população no território paranaense, apontando, em particular, a concentração que se realiza em determinadas

Leia mais

Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil.

Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil. Avaliação e Mensuração de Bens Patrimoniais em Entidades do Setor Público 1. DEFINIÇÕES Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior

Leia mais

ipea A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL 1 INTRODUÇÃO 2 METODOLOGIA 2.1 Natureza das simulações

ipea A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL 1 INTRODUÇÃO 2 METODOLOGIA 2.1 Natureza das simulações A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL Ricardo Paes de Barros Mirela de Carvalho Samuel Franco 1 INTRODUÇÃO O objetivo desta nota é apresentar uma avaliação

Leia mais

Manual básico para novos servidores SEGURANÇA DO TRABALHO

Manual básico para novos servidores SEGURANÇA DO TRABALHO Manual básico para novos servidores SEGURANÇA DO TRABALHO Sorocaba Março de 2014 SEGURANÇA DO TRABALHO É a atividade desenvolvida por profissionais que compõem o SESMT (Serviço Especializado em Segurança

Leia mais

RESULTADOS DE OUTUBRO DE 2013

RESULTADOS DE OUTUBRO DE 2013 1 RESULTADOS DE OUTUBRO DE 2013 Pesquisa realizada pelo Uni-FACEF em parceria com a Fe-Comércio mede o ICC (Índice de confiança do consumidor) e PEIC (Pesquisa de endividamento e inadimplência do consumidor)

Leia mais

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho Pesquisa Semesp A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho 2008 Ensino superior é um forte alavancador da carreira profissional A terceira Pesquisa Semesp sobre a formação acadêmica dos profissionais

Leia mais

SP 07/94 NT 179/94. O efeito da utilização do telefone celular sobre a atenção do motorista. Engº Fernando J. Antunes Rodrigues

SP 07/94 NT 179/94. O efeito da utilização do telefone celular sobre a atenção do motorista. Engº Fernando J. Antunes Rodrigues SP 07/94 NT 179/94 O efeito da utilização do telefone celular sobre a atenção do motorista Engº Fernando J. Antunes Rodrigues Uma das mais populares inovações de automóvel na década passada foi o sistema

Leia mais

AVALIAÇÃO DA EPIDEMIA DE AIDS NO RIO GRANDE DO SUL dezembro de 2007

AVALIAÇÃO DA EPIDEMIA DE AIDS NO RIO GRANDE DO SUL dezembro de 2007 AVALIAÇÃO DA EPIDEMIA DE AIDS NO RIO GRANDE DO SUL dezembro de 2007 Notas importantes: O Banco de dados (BD) do Sistema de Informação Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) vem sofrendo nos últimos

Leia mais

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Indicadores CNI RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Previdência 20 Maioria dos brasileiros apoia mudanças na previdência Sete em cada dez brasileiros reconhecem que o sistema previdenciário brasileiro apresenta

Leia mais

Alguns Indicadores de Saúde da Cidade do Rio de Janeiro segundo a variável Raça/Cor

Alguns Indicadores de Saúde da Cidade do Rio de Janeiro segundo a variável Raça/Cor Subsecretaria de Ações e Serviços de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Gerência de Informações Epidemiológicas Alguns Indicadores de Saúde da Cidade do Rio de Janeiro segundo a variável Raça/Cor

Leia mais

AVALIAÇÃO DA EPIDEMIA DE AIDS NO RIO GRANDE DO SUL dezembro de 2007

AVALIAÇÃO DA EPIDEMIA DE AIDS NO RIO GRANDE DO SUL dezembro de 2007 AVALIAÇÃO DA EPIDEMIA DE AIDS NO RIO GRANDE DO SUL dezembro de 2007 Notas importantes: O Banco de dados (BD) do Sistema de Informação Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) vem sofrendo nos últimos

Leia mais

Aula5 POPULAÇÃO E DEMOGRAFIA NO BRASIL. Debora Barbosa da Silva

Aula5 POPULAÇÃO E DEMOGRAFIA NO BRASIL. Debora Barbosa da Silva Aula5 POPULAÇÃO E DEMOGRAFIA NO BRASIL META Refletir sobre as características da população brasileira como fundamento para a compreensão da organização do território e das políticas de planejamento e desenvolvimento

Leia mais

Prezados(as); A portaria está disponível na seguinte página: http://portal.mte.gov.br/legislacao/2014-1.htm. Atenciosamente CNI

Prezados(as); A portaria está disponível na seguinte página: http://portal.mte.gov.br/legislacao/2014-1.htm. Atenciosamente CNI Prezados(as); Informamos que foi publicada no DOU de hoje, seção 1, páginas 110 e 111 a Portaria MTE n.º 1.297, de 13 de agosto de 2014, que aprova o Anexo 1 - Vibração - da Norma Regulamentadora n.º 9

Leia mais

Censo Demográfico 2010. Resultados gerais da amostra

Censo Demográfico 2010. Resultados gerais da amostra Censo Demográfico 2010 Resultados gerais da amostra Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012 População e distribuição relativa População e distribuição relativa (%) para o Brasil e as Grandes Regiões 2000/2010

Leia mais

QUEDA NO NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO DO CATARINENSE É ACOMPANHADA POR PEQUENA DETERIORAÇÃO DA QUALIDADE DAS DÍVIDAS

QUEDA NO NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO DO CATARINENSE É ACOMPANHADA POR PEQUENA DETERIORAÇÃO DA QUALIDADE DAS DÍVIDAS QUEDA NO NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO DO CATARINENSE É ACOMPANHADA POR PEQUENA DETERIORAÇÃO DA QUALIDADE DAS DÍVIDAS O percentual de famílias endividadas em Santa Catarina caiu de 93% em julho para 90% em agosto.

Leia mais

Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes

Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes Sistema de pesquisas domiciliares existe no Brasil desde 1967, com a criação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD; Trata-se de um sistema de pesquisas

Leia mais

Compromisso para IPSS Amigas do Envelhecimento Ativo CONFEDERAÇÃO NACIONAL INSTITUIÇÕES DE SOLIDARIEDADE

Compromisso para IPSS Amigas do Envelhecimento Ativo CONFEDERAÇÃO NACIONAL INSTITUIÇÕES DE SOLIDARIEDADE 2014 Compromisso para IPSS Amigas do Envelhecimento Ativo CONFEDERAÇÃO NACIONAL INSTITUIÇÕES DE SOLIDARIEDADE MANIFESTO E COMPROMISSO DA CNIS IPSS AMIGAS DO ENVELHECIMENTO ATIVO As modificações significativas

Leia mais

Retrato da. Cidade de Lisboa. Observatório de Luta Contra a Pobreza na. Cidade de Lisboa

Retrato da. Cidade de Lisboa. Observatório de Luta Contra a Pobreza na. Cidade de Lisboa Retrato da Cidade de Lisboa Observatório de Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa Pontos abordados na apresentação Análise de indicadores quantitativos - Peso do escalão etário dos 65+ - Índice de

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

Dinamismo do mercado de trabalho eleva a formalização das relações de trabalho de homens e mulheres, mas a desigualdade persiste

Dinamismo do mercado de trabalho eleva a formalização das relações de trabalho de homens e mulheres, mas a desigualdade persiste Dinamismo do mercado de trabalho eleva a formalização das relações de trabalho de homens e mulheres, mas a desigualdade persiste Introdução De maneira geral, as mulheres enfrentam grandes dificuldades

Leia mais