29/04/ Comunicado ao Mercado - Demonstrações Contábeis em IFRS
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- Amadeu Vieira Sabrosa
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1 29/04/ Comunicado ao Mercado - Demonstrações Contábeis em O Banco do Brasil S.A. comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral que, em conformidade com a Resolução CMN 3.786/09 e Instrução CVM 457/07, as demonstrações contábeis consolidadas em do exercício de 2009 e 2010 foram elaboradas e publicadas nesta data. As demonstrações contábeis do BB (BR ) são elaboradas de acordo com as práticas contábeis estabelecidas pela Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações), com as normas do Banco Central do Brasil (Bacen), da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Conforme a Resolução CMN 3.786/09 do Bacen, a partir de 2010, a divulgação anual dos resultados consolidados deverá ser elaborada com base no padrão contábil internacional () e nas normas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB). Apresentamos a seguir as principais diferenças entre as demonstrações contábeis elaboradas em BR e. 1 Ativo Tabela 1. Principais ajustes no Ativo R$ milhões Disponibilidade, Depósitos, Compulsórios, Empréstimos a Instituições Financeiras, Ativos Financeiros e Derivativos, Investimento em Entidades Coligadas, Ativo Imobilizado e Ativos não correntes disponíveis para venda BR Variação BR Variação (149) (71) Empréstimos a Clientes Provisão para perdas em Empréstimos (17.315) (11.019) (18.617) (12.044) Ativos por Imposto (2.389) (2.675) Investimento em entidades Coligadas, Ativo Imobilizado e Ativos não correntes disponíveis para venda Ágio, outros Ativos Intangíveis e Outros Ativos (18.228) (14.331) Ativo Total (8.352) (5.977)
2 1.1 Empréstimos a Clientes A variação de R$ 5,9 bilhões na linha de Empréstimos a Clientes decorre, principalmente, dos seguintes ajustes: a) (+) reclassificação das operações de adiantamentos sobre contratos de câmbio. Em BR, essas operações são contabilizadas em subtítulo retificador das obrigações por compras de câmbio, no Passivo. Segundo as, o registro é efetuado no Ativo, subgrupo Empréstimos a Clientes; b) (-) reclassificação do saldo das carteiras de crédito adquiridas com coobrigação, as quais são registradas no subgrupo Empréstimos a Instituições Financeiras de acordo com as. 1.2 Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) Para aplicar as na apuração de perdas decorrentes de risco de crédito, a carteira de crédito do BB foi segregada, para avaliação (coletiva ou individual), em função da existência ou não de problemas de recuperabilidade (impairment) e da relevância das exposições. A identificação das operações com problemas de recuperabilidade é realizada com base no parágrafo 59 da IAS 39 do IASB. Para determinação da relevância das exposições, o Banco considera o endividamento total dos clientes junto ao conglomerado BB. Dessa forma, a carteira de crédito é segregada em três grupos: a) sem problemas de recuperabilidade: operações não sujeitas ao cálculo de PDD; b) com problemas de recuperabilidade e consideradas não-relevantes: operações sujeitas ao cálculo de PDD de forma coletiva; c) com problemas de recuperabilidade e consideradas relevantes: operações sujeitas ao cálculo de PDD de forma individual. A apuração da PDD de forma coletiva é realizada mediante a aplicação de índices de perdas históricas em operações de natureza semelhante, considerando produtos similares e aspectos relacionados ao cliente tomador e da operação (nível de risco, situação original e prazo de exigibilidade). A avaliação individual envolve a valoração de cada operação, onde são ponderados aspectos inerentes ao cliente tomador e específicos das operações, tais como: situação das operações, compartilhamento de risco de crédito, situação econômico-financeira do cliente, restrições de crédito e garantias atreladas. É importante destacar que os critérios para o cálculo de provisão para perdas em crédito previstos na regulamentação brasileira (Resolução CMN 2.682/1999) divergem daqueles contidos nas. Nesse contexto, cabem esclarecimentos quanto às diferenças observadas: a) Operações sujeitas à apuração de PCLD / PDD: I. BR : a PCLD é apurada para a totalidade da carteira de crédito, com base na classificação de risco das operações. São atribuídos valores de provisão para a totalidade da
3 carteira de crédito, inclusive para operações sem evidências de problemas de recuperabilidade carteira em normalidade (visão perda esperada); II. : a PDD é apurada apenas para as exposições com evidências de problema de recuperabilidade (eventos de perdas), não sendo apuradas provisões para a carteira em normalidade (visão perda incorrida); b) Convergência com a Visão Perda Esperada: I. BR : alinhamento com a visão de perda esperada inerente aos conceitos de Basiléia II; II. : preconiza a visão de perda incorrida. Tal visão encontra-se em processo de reavaliação, estando previstos conceitos mais convergentes à visão de perda esperada, conforme Supplement to ED/2009/12 Financial Instruments: Amortized Cost and Impairment, de janeiro/2011. Como este é o primeiro ano de divulgação obrigatória, pelas Instituições Financeiras sediadas no País, de demonstrativos com base nas e considerando que tais normas vêm sendo atualizadas, podem existir divergências na interpretação e aplicação dos conceitos pelos bancos brasileiros e consequentes discrepâncias nos valores obtidos para as provisões para cobertura de perdas. Assim, durante a fase de transição, serão verificados alinhamentos de visões, sendo esperada, a partir da consolidação dos conceitos envolvidos, maior convergência nas futuras divulgações. 1.3 Ativos por Imposto A redução no saldo dos Ativos por Impostos decorre da aplicação das alíquotas de imposto de renda e contribuição social sobre os ajustes realizados em conformidade com as práticas adotadas no Brasil para as demonstrações contábeis em. 1.4 Outros Ativos A redução na linha de Outros Ativos decorre principalmente da mudança de contabilização dos contratos de câmbio. Em BR, o registro dos contratos de câmbio ocorre no passivo (obrigações por compras de câmbio) e no ativo (direitos sobre vendas de câmbio). Em, a contabilização ocorre pelo saldo líquido dessas operações, o que provocou a redução no ativo de R$ milhões. 2 Passivo A tabela seguinte apresenta os principais ajustes no Passivo.
4 Tabela 3. Principais ajustes no Passivo R$ milhões Depósitos e Valores a Pagar a Instituições Financeiras Passivos Financeiros, Operações Compromissadas e Outras Obrigações BR Variação BR Variação Passivos por Imposto Provisões, Passivios por Contratos de Seguros e Outros Passivos (19.937) (16.009) Patrimônio Líquido Passivo Total (8.352) (5.977) 2.1 Passivos Financeiros A variação de R$ milhões decorre da reclassificação das operações de adiantamentos sobre contratos de câmbio, que em BR eram registradas em conta redutora do passivo e em são registradas no subgrupo Empréstimos a Clientes, conforme explicado no item Provisões, Passivos por Contratos de Seguros e Outros A variação de R$ milhões decorre, principalmente, de mudança na contabilização dos contratos de câmbio, os quais passam a ser contabilizados pelo saldo líquido das operações conforme as. O impacto desta contabilização pode ser observado no item Patrimônio Líquido As variações no Patrimônio Líquido (PL) são detalhadas na tabela a seguir. A principal contribuição para elevação do PL decorre da contabilização da PDD, conforme mencionado no item 1.2. Em relação ao ágio sobre investimentos por expectativa de resultado futuro, em BR, seu montante é determinado pela diferença entre o valor pago pela aquisição do controle de uma companhia e o valor de mercado do PL da empresa adquirida. Segundo as, o ágio é
5 determinado pela diferença entre o valor pago pela empresa e o montante líquido do valor justo dos ativos e passivos. No BR o ágio é amortizado enquanto pelas não há amortização. A linha Combinação de Negócios Alocação do Preço de Compra refere-se à amortização da parcela do valor justo dos ativos e passivos adquiridos e amortização dos Ativos Intangíveis de vida útil definida identificados na aquisição. Tabela 4. Ajustes no Patrimônio Líquido R$ milhões Var% Patrimônio Líquido Atribuível ao Controlador em BR ,7 Ajustes de Diferimento de Tarifas e Comissões para Ajuste ao Método da Taxa Efetiva de Juros (492) (418) 17,7 Combinações de Negócios - Amortização de Ágio sobre Investimentos ,9 Combinações de Negócios - Alocação do Preço de Compra (67,2) Provisão para Perdas em Empréstimos (3,9) Cessão de Créditos com Coobrigação (595) (270) 120,4 Outros Ajustes ,7 Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Ajustes (2.388) (2.786) (14,3) Patrimônio Líquido Atribuível ao Controlador em ,3 Participações de Acionistas não Controladores ,6 Patrimônio Liquido Apurado em conformidade com os ,3 4 Resultado Os principais ajustes no resultado e alguns indicadores são apresentados nas tabelas seguintes.
6 Tabela 5. Ajustes no Resultado R$ milhões Var% Resultado Atribuível ao Controlador em BR ,3 Ajustes de (407) Diferimento de Tarifas e Comissoes para Ajuste ao Método da Taxa Efetiva de Jurso (74) 123 (160,2) Combinações de Negócios - Amortização do Ágio sobre Investimentos ,9 Combinações de Negócios - Alocação do Preço de Compra (577) 858 (167,2) Provisão para Perdas em Empréstimos (255) (105,7) Cessão de Créditos com Coobrigação (325) (270) 20,4 Outros Ajustes ,3 Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Ajustes 398 (2.142) (118,6) Resultado Atribuível ao Controlador em (16,0) Participações de Acionistas não Controladores (5,6) Resultado Apurado em Conformidade com o (15,9) Tabela 6. Indicadores BR BR RSPL - % 27,0 23,9 30,7 37,7 ROA - % 1,5 1,5 1,7 2,2 Lucro por Ação - R$ Básico (1) 4,32 4,17 3,95 5,24 Diluído (2) 4,29 4,14 3,92 5,20 Risco Médio (3) - % 4,3 3,2 5,3 4,0 Taxa de Imposto - % 33,0 35,0 32,7 33,3 (1) Média do total de ações sem ações em tesouraria / lucro do período (2) Média do total de ações + (bônus x fator de conversão) / lucro do período (3) PDD / Carteira de Crédito Brasília, 29 de abril de Gilberto Lourenço da Aparecida Gerente Geral de Relações com Investidores
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