Os caminhos entre Minas Gerais e Espírito Santo Brasil/Século XIX

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1 Os caminhos entre Minas Gerais e Espírito Santo Brasil/Século XIX ENAILE FLAUZINA CARVALHO A questão do abastecimento interno, durante o Período Colonial brasileiro, esteve presente como de suma importância para a sobrevivência de um sistema produtivo nesta Colônia. Conforme o Conselho Ultramarino Português, com a implantação da produção açucareira, tornava-se indispensável que o Brasil fosse autossuficiente diante do déficit alimentício de Portugal, bem como das dificuldades provenientes do transporte marítimo (SILVA, 2000). Portanto, o sucesso da empresa colonizadora lusitana, que se pautava no abastecimento do mercado consumidor europeu e na produção em elevada escala, dependia da existência de mecanismos internos de provimento da população colonial, principalmente com gêneros agrícolas e pecuários. Da constatação se deve ter em mente que as dinâmicas social e econômica das colônias ultrapassavam o mercantilismo imposto pelo Pacto Colonial. Segundo Sheila de Castro Faria (1998:22), durante muito tempo (...) a historiografia brasileira privilegiou o estudo da plantation, apresentando-a como padrão da produção brasileira até o final do século XIX. Para a referida autora, a historiografia tradicional, dedicada à História do Brasil Colonial, criou modelos explicativos com a pretensão de delimitar o sistema colonial estabelecido pelo capital mercantil metropolitano, garantidor da agroexportação do açúcar, em uma sociedade formada por senhores e escravos, como única possibilidade de análise do Período Colonial brasileiro. Conforme Maria Yedda de Linhares (2002) deve-se considerar que a economia concebida ainda nos primeiros séculos da ocupação portuguesa no Brasil, com base na agricultura em larga escala, tinha sua reprodução dependente da presença de três elementos, cuja oferta deveria ser elástica: terras, homens e alimentos. Ou seja, mesmo a empresa mercantilista dependia de fatores internos e, em certa medida, independentes do mercado exterior, sendo o principal fator a subsistência, mediante a produção de alimentos e animais. Diante do exposto, nota-se que o sistema colonial não se fechava apenas nos mecanismos ditados pelo mercado exterior, ou pela política adotada pela Coroa Portuguesa em suas colônias. Acrescenta-se nesse sistema um conjunto de outras formas produtivas e de manutenção e reprodução da sociedade que se formou com a chegada dos navegantes. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Doutoranda, Bolsista CAPES-REUNI.

2 2 Importante destacar que nas últimas décadas do Período Colonial brasileiro a interiorização para o sertão, a circulação de mercadorias e o trânsito de pessoas, questões que passaram a terem maior interesse por parte da administração, diante da necessidade de se alargar a fronteira produtiva e da impossibilidade de se evitar a abertura de vias de circulação de pessoas e mercadorias pelo interior do Brasil. Assim sendo, em certa medida, tais fatores contribuíram para o aumento territorial e para a preservação da soberania portuguesa em sua Colônia, mediante a regulamentação e fiscalização dos empreendimentos envolvendo a abertura de vias e alargamento do território. Confirmando o interesse da Coroa Portuguesa em gerir a interiorização para o sertão e a abertura de novos caminhos entre capitanias, na segunda década do Oitocentos, D. João VI encaminhou Carta Régia 1 ao então governador da Capitania de Minas Gerais, D. Manoel de Portugal e Castro, como resposta ao parecer enviado à Corte por esse último e pela Junta da Fazenda da Capitania mineira. Segundo informações encontradas na referida Carta Régia, o parecer levantava: (...) a utilidade e necessidade de muitas e diversas estradas pelo Sertão, que separa a capitania de Minas Gerais da capitania do Espírito Santo, afim de se porem em cultura estes tão vastos e férteis terrenos, aproveitando-se ao mesmo tempo as riquezas metalúrgicas que neles se disse esperar com toda a probabilidade encontrar (...) (APM, SC, Caixa 123, Documento 060). Notório o conteúdo da mencionada Carta Régia com relação à abertura dos caminhos terrestres e fluviais que serviriam de comunicação entre o Espírito Santo e Minas Gerais. Nesse sentido, D. João VI ordenou: Que se promova com a maior atividade a comunicação desta capitania com a do Espírito Santo por muitas e diferentes estradas, tantas quantas se julgarem convenientes, sendo feita a despesa da esta construção pela Junta da Minha Real Fazenda de cada uma das ditas capitanias, na parte que ficar dentro dos limites das mesmas capitanias (...). Que além das estradas principais, que se abrirem para se conseguir uma fácil, breve, e segura comunicação dos Povos, se hajam de abrir outras pelo interior do Sertão, não somente pela linha divisória, mas paralelamente a esta linha em distâncias convenientes, afim de que pelo encruzamento destas com as estradas que se dirigirem a beira mar, fique comunicável todo o Sertão, como muito convém a segurança dos que nele se forem estabelecer, e ao progresso da pacificação e civilização dos Índios, que tanto tenho recomendado, e que vos deve merecer a mais particular atenção (APM, SC, Caixa 123, Documento 060). Como exposto no trecho transcrito, a partir da segunda década do século XIX, a abertura de vias de comunicação entre Minas Gerais e Espírito Santo toma novo sentido para a administração pública. O citado documento vinha ao encontro das pretensões de outra Carta 1 Arquivo Público Mineiro (APM), Sessão Colonial (SC), Caixa 123, Documento 060 Cópia de Carta Régia, documento incompleto não sendo possível identificar sua data precisa, tão somente estimar o recorte em que foi escrito devido informações presentes no próprio documento e considerando também que Dom Manoel de Portugal e Castro, a quem a Carta Régia estava destinada, foi Governador da Capitania mineira de 1814 à 1821.

3 3 Régia emitida por D. João VI, em 13 de maio de 1808, quando institui a Junta de Civilização e Conquista dos Índios e Navegação do Rio Doce 2. Os referidos documentos demonstram que questões envolvendo a interiorização territorial, o controle dos nativos e a abertura de novos caminhos na região entre Minas Gerais e Espírito Santo faziam parte das preocupações do Governo Colonial há algumas décadas, principalmente aquelas entre os séculos XVIII e XIX. Acrescenta-se que, durante o século XVIII, o Governo Português adotou algumas medidas no sentido de impedir o acesso e trânsito às Minas Gerais pelo Espírito Santo, numa tentativa de evitar o transporte e escoamento do ouro por vias sem fiscalização. No que diz respeito às mencionadas proibições, Mário Aristides Freire (2006) argumenta que as mais significativas leis foram 07 (sete), datadas de 1725 a Ou seja, durante 33 anos, mediante a publicação de leis sucessivas e com o mesmo propósito, se tentou manter a Capitania do Espírito Santo como barreira natural contra os descaminhos do ouro das Minas Gerais. Tais medidas protetivas não significaram a inexistência de caminhos e picadas utilizados pelos mineiros e capixabas para transitarem entre as duas capitanias. Portanto, mesmo que o acesso ao interior mineiro fosse dificultado mediante as proibições que visavam controlar o escoamento da produção mineradora, tais proibições possuíam alguns limites, um deles, provavelmente, estava vinculado às trocas comerciais estabelecidas por produtores de viveres e o abastecimento interno. Destarte, na segunda metade do século XVIII se acentua o fluxo imigratório de portugueses para a Colônia, com a única finalidade de enriquecimento rápido mediante a exploração aurífera. Do advento da nova fonte econômica toda a conjuntura colonial passa a atender este empreendimento. Sobre o mercado interno, Francisco Carlos Teixeira da Silva (2000) destaca o fator da mineração como elemento de transformação do Rio de Janeiro, por ser o porto mais próximo das principais regiões mineradoras. O Rio de Janeiro veio a ser o centro comercial mais importante durante o século XVIII, tanto para o escoamento da produção de pedras preciosas e ouro para o exterior, como também no que diz respeito ao abastecimento dos sertões mineiros. A respeito da importância da mineração para a economia colonial, Silva (2000:87) elenca os seguintes fatores: a) a mineração alargou, de forma considerável, a faixa de ocupação do território brasileiro; b) a economia do ouro conseguiu atrair para si a pecuária sulina, através de São Paulo, e a nordestina, através do rio São Francisco, integrando as ilhas de povoamento em que se convertera a colonização portuguesa; e c) o surto 2 APM, SC, Códice 355 Junta militar criada com o objetivo de declarar guerra aos botocudos. Aqui se considera que a conquista e dominação dos índios se vincula ao processo de abertura de novas estradas terrestres e fluviais, bem como a colonização de novas terras para a produção agrícola, pecuária e, possivelmente, a mineração.

4 4 do ouro alterou profundamente, as bases políticas e administrativas da Colônia, realçando o papel do Rio de Janeiro, capital colonial depois de 1763, e incentivando a vida urbana. Apesar de não negar a importância da mineração na transformação econômica e política da Colônia, em outro trecho, o referido autor expõe a manutenção do mercado interno nas Gerais, mesmo após o esgotamento da mineração: (...) a região das Minas Gerais possuí uma vasta população, livre e escrava, e uma rede de comercialização e distribuição de produtos, os tropeiros, bastante ampla, que soube aproveitar, convertendo-se em um amplo campo de produção de alimentos, dessa vez para o abastecimento do Rio de Janeiro já no alvorecer do século XIX (SILVA, 2000:87). Diante da citação, tudo leva a crer que a economia mineradora, com fim último no mercado externo e na lucratividade do Real Erário, tenha possibilitado articulações dentro do mercado interno que permitiram alguns investimentos, nos setores agrícola e pecuário, que sobreviveram ao esgotamento das minas. Ou seja, a acumulação e o reinvestimento de riquezas, diversificando as rendas individuais, também estavam presentes no interior da Colônia. Abordando a mesma questão sobre a permanência de um mercado consumidor e produtor agrícola e pecuário na região mineradora, após o declínio desta atividade, Manuel Correia de Andrade (2002:108) admite como de (...) maior importância o desenvolvimento de estudos sobre a pecuária e a cultura de alimentos no Brasil, encarando-os em suas características internas e externas, no relacionamento com as culturas de exportação. O mesmo autor levanta a necessidade de estudos sobre as interelações territoriais e regionais mantidas durante o colonialismo e que sobreviveram ao mesmo. Para Minas Gerais, Ângelo Alves Carrara (2007) argumenta que a capitania mineira possuía uma economia formada pelo conjunto dos modos de produção escravista e familiar, numa interpretação de latifúndio e pequena propriedade, respectivamente. O mesmo autor acrescenta que: A capitania das Minas apresentava-se como um espaço no qual, processos econômicos diversos fundavam diversas articulações econômicas regionais. Por conseguinte, suas diferentes regiões são recortadas por padrões diferentes de bens (CARRARA, 2007:57). A partir dos apontamentos aqui levantados quanto à importância da produção de subsistência e as vias de escoamento dessa produção pelo território da Colônia, o presente artigo busca elencar algumas tentativas da administração colonial para estabelecer a comunicação entre as capitanias do Espírito Santo e de Minas Gerais, anteriores a segunda década do século XIX. Assim, compreende-se que as vias de acesso entre capitanias possuíam o propósito de facilitar

5 5 a circulação de pessoas e mercadorias, bem como de estender para o interior o território povoado. Aqui se considera, principalmente, os caminhos abertos para servir ao comércio, viabilizando uma rota de escoamento e abastecimento, especialmente de gêneros de primeira necessidade, produzidos e consumidos por capixabas e mineiros. Importante destacar que apesar de iniciadas ainda no século XVIII, as vias de comunicação entre Minas Gerais e Espírito Santo somente se consolidaram como rotas comerciais e de interesse da administração pública no século seguinte. Apesar das intenções de manter o isolamento do Espírito Santo em relação as Minas Gerais, como mencionado anteriormente, algumas ligações já haviam sido estabelecidas na metade do século XVIII. Daemon (1879) registra que em 1751, existiam diversas estradas de acesso passando pelo Rio Pardo e pelo Sertão de Benevente 3, constando um grande arraial no local e outro na região do Ribeirão do Meio, sendo a principal atividade a mineração e o grande desafio, os conflitos com indígenas. Outro meio de circulação entre as capitanias em questão veio a ser a navegação pelo Rio Doce. Visando o desenvolvimento econômico, no princípio do Oitocentos, Silva Pontes 4, o então governador da capitania capixaba, requereu a abertura da navegação e do comércio através do Rio Doce, para tanto, fundou quartéis e promoveu obras no sentido de tornar possível a mineração e a ligação com Minas Gerais. Em 10 de agosto de 1801, Silva Pontes enviou Carta ao então governador das Minas Gerais, Bernardo Jose de Souza, informando sobre a comunicação fluvial entre as capitanias, feita pelo Rio Doce. Em um trecho do documento, Silva Pontes expõe a importância desta via de acesso, agradecendo ao governador das Minas Gerais pela: (...) proteção a Abertura e Navegação do Rio Doce, que existe já na maior franqueza e segurança pela facilidade com que se dirigem a esta Nova Província os comerciantes destas Minas com os gêneros próprios do País e por constar isto mesmo na Bahia, se alvoroçam duas casas de diferentes Companhias à ofertarem os gêneros da primeira necessidade, pedindo se me vista dos que podem ali ter maior valida para estabelecerem aqui um grosso comércio, em que vem também escravatura, e esta já a querem mandar, não tendo outra demora, que a espera da minha resposta, e a uma ou outra coisa vou satisfazer pelas Embarcações, que estão a fazer daqui para a dita Praça, segundo as informações que recebo dos próprios comerciantes com interesse da melhor inteligência (APM, SC, Caixa 053, Documento 032). 3 Antigo aldeamento em que viveu o Padre Jesuíta José de Anchieta, hoje a cidade de Anchieta. 4 Nascido em Mariana, Minas Gerais, Doutor em matemática, e intelectual ilustrado com estreita amizade com o Conde de Linhares, D. Rodrigo de Souza Coutinho, Antonio Pires da Silva Pontes foi o primeiro governador nomeado para a capitania do Espírito Santo, tomando posse em 1800 com sua administração ainda subordinada ao Governo da Bahia. Procurou, durante sua passagem pelo Espírito Santo, negociar ligações terrestres e fluviais com a capitania mineira no sentido de estabelecer uma rota comercial entre elas (CARVALHO, 2010).

6 6 Retomando a análise das vias de ligação terrestre, se sobressai a estrada que comunica a Vila da Vitória, principal Praça Mercantil do Espírito Santo, com a Vila Rica, atual Ouro Preto, em Minas Gerais. A referida estrada, pensada ainda no século XVIII, foi concluída em princípios do século seguinte, objetivando estabelecer uma rota comercial. Louvando, em 1816, a abertura de uma estrada desde Santa Maria, e, depois, Viana para Vila Rica, trabalho confiado à pertinência do capitão Inácio Pereira Duarte Carneiro, recomendou o rei que, à vista desse notável melhoramento, o governador (Francisco Alberto Rubim), além do restabelecimento da exploração de ouro nas antigas minas de Castelo, promovesse a abertura de novas estradas para Minas (FREIRE, 2006:228). Pela citação de Freire (2006), historiador e funcionário público que teve acesso a ampla documentação colonial da Capitania do Espírito Santo, evidencia-se que, na segunda década do século XIX, houve interesse por parte da Coroa Portuguesa em providenciar a abertura de caminhos entre as capitanias mineira e capixaba. Provavelmente, não de forma isolada, a abertura de novos caminhos, principalmente pelo interior do Brasil, teve como meta dar continuidade a economia colonial a partir de novas possibilidades de explorações auríferas, bem como pela abertura da fronteira agrícola. Sobre a estrada que ligava a Vila da Vitória à Vila Rica, em 02 de fevereiro de 1820, o então governador do Espírito Santo, Baltazar de Souza Botelho de Vasconcelos, enviou Carta ao governador das Minas Gerais, Thomaz Antonio de Villa Nova Portugal, solicitando que o mesmo providenciasse a limpeza das matas e escoltas aos comboios no trecho pertencente a capitania mineira (APM, SC, Caixa 116, Documento 068). Os argumentos do governante capixaba chamam a atenção para os lucros a serem obtidos com a manutenção da estrada, pela Real Fazenda, com os Direitos 5 dos gêneros transportados pelos mineiros e capixabas, garantindo também a abundância de viveres para a população. Considerando a produção de gêneros de primeira necessidade, adiciona-se que quando da leitura de trabalhos concernentes ao estudo das citadas capitanias, se observa a existência de alguns aspectos semelhantes em se tratando da produção e do comércio voltados para o abastecimento interno. Entre as características produtivas compartilhadas por capixabas e mineiros, podemos citar a utilização da mão de obra escrava e a diversidade de plantações, sendo, portanto, relevante uma análise mais detida e comparativa das relações entre as praças mercantis das citadas capitanias (CARVALHO, 2010). Mais especificamente, o avanço das pesquisas, que enfocam a história local e regional, possibilita não somente conhecer as 5 Imposto cobrado pelo direito de passagem, cabe destacar que muitos arrematadores de Contratos de Direitos de Passagem acabavam por subarrematar, aumentando os envolvidos na passagem de comboios e tropas (IVO, 2012).

7 7 singularidades de determinado contexto, como também informam sobre a existência de uma rede de abastecimento ainda pouco estudada. Com relação à regularização pela administração colonial do trânsito de pessoas e mercadorias pelo interior, Isnara Pereria Ivo (2012), ao analisar a comunicação entre as capitanias de Minas Gerais e da Bahia, no Setecentos, confirma que: Os contratos das entradas dos caminhos e das passagens dos rios nos sertões, assim como os demais contratos dos monopólios régios, eram realizados no Conselho Ultramarino com os representantes dos contratadores em Lisboa. Os contratadores que arrematavam os contratos das entradas dos caminhos e das passagens dos rios nos sertões, subarrendavam a outros administradores locais determinadas áreas fiscais que compunham os contratos firmados por eles (IVO, 2012:19). A autora ainda argumenta que tal procedimento de subarrematação facilitava a arrecadação tributária ao distribuir a administração dos mecanismos de controle fiscal (IVO, 2012:19). Ou seja, os contratos, celebrados em Lisboa, estavam dependentes de uma rede interna que se estabelecia quando eram fracionados por seus contratantes a uma diversidade de homens dispostos a transitar por regiões de difícil acesso e assim desenvolver atividades produtivas e/ou comerciais. Cabe ressaltar que tal assertiva deve ser utilizada com ressalvas para o século XIX, momento em que conjunturas políticas se modificam, alterando os desígnios da administração lusitana na Colônia, principalmente a partir de 1808, com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil. Um bom exemplo pode ser observado quando retomamos a análise da Carta Régia mencionada no início deste artigo. O documento estipulava benefícios como a isenção por dez anos do Direito Real nos Contratos de Passagem, bem como a isenção do Dízimo por igual período aos homens que se dispusessem a ocupar e tornar a terra produtiva, nas sesmarias doadas pelo poder público no percurso das novas estradas (APM, SC, Caixa 123, Documento 060). Diante do exposto, fica evidente a preocupação do Estado de investir do seu próprio Erário neste empreendimento, além de torná-lo mais atrativo aos possíveis negociantes e ocupadores da região beneficiada pelas estradas, mediante a isenção de impostos. Retomando o recorte temporal proposto, a passagem do século XVIII para o XIX, vale lembrar que o mesmo expõe a correlação existente entre a produção aurífera nas Minas Gerais e o crescimento do consumo interno e da produção de subsistência, mais perceptível durante o século XVIII. Com relação ao século XIX, esse evidencia a transferência do setor produtivo se deslocando para novas possibilidades no interior, principalmente com o declínio da mineração, que neste

8 8 momento passa a depender da descoberta de novas lavras. Outra questão levantada para o Oitocentos, diz respeito à preocupação do poder público em estender a fronteira agrícola para o sertão do Brasil, aqui entendido como interiorização territorial. Diante da análise proferida, creio que iniciativas em se pesquisar dinâmicas internas de produção e comercialização, mais nítidas em pesquisas que se dedicam a historiografias regionais, evidenciam diversas possibilidades de análise da História do Brasil Colonial. Por exemplo, como já mencionado, estudos recentes abordam a possibilidade de haver incentivos da Coroa Portuguesa na exploração dos elementos naturais ou produzidos pela terra como mecanismos rentáveis, principalmente a partir do século XVIII. Coadunando com Isnara Pereira Ivo (2012:17): As riquezas dos sertões não residiam apenas em metais e pedras preciosas. O imenso espaço dilatado de terras abrigava outros valores relacionados à criação de gado e à produção de alimentos. Tornar-se proprietário destas terras significava ascender na hierarquia colonial ao controlar os destinos daqueles que impediam a interiorização dos interesses metropolitanos. Ou seja, as comunicações entre capitanias ao mesmo tempo em que viabilizavam o trânsito de pessoas e mercadorias, promoviam o alargamento da fronteira agrícola e pecuária com a ocupação e povoamento do território as margens dos caminhos, ocupação essa incentivada pela Coroa Portuguesa. Considerando o abastecimento interno, o papel de capitanias voltadas a produção de gêneros de primeira necessidade, como a do Espírito Santo, deixa de ser visto como um problema de estagnação, mas compreendido como um fator conjuntural de subsistência da Colônia perante a instabilidade europeia. Seguindo a afirmação de Antônio Carlos Jucá de Sampaio (2003), o quadro da economia voltada para a subsistência também se caracterizou como agricultura mercantil, seja pela utilização do escravo, seja por não se resumir ao abastecimento local, pois também se destinava ao mercado interno da Colônia Portuguesa nas Américas. Importante ressaltar que a acumulação endógena possibilitou também certa autonomia colonial diante da metrópole. Se os mercadores lusitanos, dedicados ao comércio com a América Portuguesa, tinham como fim último a ascensão social, mediante a compra de títulos de nobreza, esterilizando o capital acumulado; os negociantes estabelecidos em praças comerciais dentro da Colônia tinham a possibilidade de reinvestirem seus ganhos em formas produtivas, como a compra de terras, passando a acumular riquezas na produção agrícola, mesmo que a intenção primeira desses negociantes tenha sido acender como elite colonial proprietária (SAMPAIO, 20003). Esse acesso dos negociantes aos centros produtores pode ter promovido um mercado interno cíclico, em que havia o repasse de mercadorias como

9 9 mandioca, feijão, arroz, algodão, entre outras; possibilitando que negociantes de grosso trato também atuassem na distribuição de gêneros da terra entre as diversas regiões (FRAGOSO, 2000). Diante do exposto, o estudo, ainda em processo, busca demarcar o quadro econômico dinamizado por rotas terrestres e fluviais, bem como celebrar as relações estabelecidas entre o mercado capixaba e o mineiro, a partir do estabelecimento de redes firmadas pelos atores históricos das duas capitanias. Acredita-se que as relações produtivas e mercantis que se formaram entre o Espírito Santo e Minas Gerais contribuíram para a autossuficiência de alimentos da população colonial, bem como para a redistribuição de gêneros importados como: escravos, vinho, seda, tecidos, ferramentas, azeite, louças, entre outros. Busca-se com a conclusão da pesquisa conhecer os caminhos e formas de locomoção e transportes de pessoas e mercadorias que propiciavam interações entre as capitanias mineira e capixaba. Ou seja, contribuir para a análise da dinâmica de ocupação e circulação pelo interior brasileiro, durante o Período Colonial e Imperial, buscando: (...) a compreensão de circuitos mercantis, comportamentos populacionais, formação de redes de reciprocidade, interação entre membros das elites políticas e econômicas uns com os outros e com segmentos mais baixos da sociedade, como os forros, etc. (KELMER MATHIAS, 2010:14). Diante da necessidade de pesquisas que esclareçam as redes de relações presentes nas rotas internas de negócios, que tiveram lugar no Brasil durante o último século colonial e primeiro imperial, trabalhos que se dedicam ao estudo local e regional podem auxiliar na compreensão mais abrangente do quadro socioeconômico daquela época. Vale destacar que nesse emaranhado de relações mercantis se consolidou uma dinâmica social própria na América Portuguesa, que também pode ser perceptível quando da análise do setor econômico interno. Referências Fontes Primárias Arquivo Público Mineiro (APM), Sessão Colonial (SC), Códice 355. Arquivo Público Mineiro (APM), Sessão Colonial (SC), Caixa 053, Documento 032. Arquivo Público Mineiro (APM), Sessão Colonial (SC), Caixa 116, Documento 068. Arquivo Público Mineiro (APM), Sessão Colonial (SC), Caixa 123, Documento 060.

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