Débora Reis Tavares mestranda do programa de literatura inglesa da FFLCH USP. Artigo destinado ao GT8 Cultura, capitalismo e socialismo

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Débora Reis Tavares mestranda do programa de literatura inglesa da FFLCH USP. Artigo destinado ao GT8 Cultura, capitalismo e socialismo"

Transcrição

1 Débora Reis Tavares mestranda do programa de literatura inglesa da FFLCH USP Orientador: prof. Doutor Daniel Puglia Artigo destinado ao GT8 Cultura, capitalismo e socialismo SOBRE A CONSCIÊNCIA DE CLASSE NO LIVRO NINETEEN EIGHTY- FOUR DE GEORGE ORWELL O objetivo deste trabalho é discutir como o conceito de consciência de classe aparece na obra Nineteen Eighty-Four 1 do escritor George Orwell. Desta forma, a discussão sobre um conceito chave na teoria marxista se torna mais rica pela possibilidade de analisar um conceito em um objeto literário no contexto do pós-guerra na Europa. A base do texto é o livro de Orwell, sobre o qual irei me debruçar em uma passagem em específico, demonstrando por meio do pensamento dialético materialista, as relações entre sociedade e arte. A obra Nineteen Eighty-Four conta a história de Winston Smith, parte de uma sociedade dominada por um partido de regime totalitário e repressivo cujo líder se intitula Big Brother. Esta sociedade se divide entre aqueles que são membros do Partido do regime e os proletários, totalmente alheios e excluídos das regras do sistema, simplesmente marginalizados na sociedade. A elaboração do enredo tem como intenção mostrar em uma época futura (no caso o ano de 1984, considerando que o livro foi escrito em 1948 e publicado em 1949) as últimas conseqüências do capitalismo: a instauração de uma ditadura opressora, onde valores como liberdade individual um conceito caro para a difusão do capitalismo desde o final do século XIX são completamente extintos. O enredo da obra gira em torno deste universo distópico 2, em que a personagem principal tenta se rebelar contra o sistema, com a ajuda de sua amante Julie. Dividido 1 ORWELL, George São Paulo: Companhia das Letras: O conceito de distopia, também empregado como antiutopia, é o processo discursivo baseado em uma ficção, cujo valor representa a antítese da utopia, ou promove a vivência em uma utopia negativa. As distopias são geralmente caracterizadas pelo totalitarismo, autoritarismo e pelo controle opressivo de uma sociedade. É típico deste gênero a sociedade se mostrar altamente corruptível, as normas criadas para o bem comum serem alteráveis, fazer o uso da tecnologia como ferramenta de controle, seja do Estado, seja

2 2 em três partes e narrado em terceira pessoa, Nineteen Eighty-Four apresenta na primeira parte, o cotidiano de Winston e sua vida no trabalho. Através do narrador, o leitor tem acesso aos pensamentos da personagem com relação ao Partido, que são de extrema revolta e insatisfação. Aqui a liberdade só existe na abstração do pensamento, o único lugar ainda não controlável pelo sistema, considerando que as residências e os lugares públicos são monitorados por uma tela interativa, a telescreen, com a qual os membros de maior escalão do Partido controlam e observam a sociedade vinte e quatro horas por dia. Na segunda parte do livro, Winston conhece Julie, também uma trabalhadora do Partido, e se relaciona com ela. Este relacionamento amoroso significa o ápice da rebeldia contra a opressão do sistema: o sexo por puro prazer. Juntos, o casal procura um colega de trabalho de Winston, que se diz de uma organização de resistência que pretende derrubar o Big Brother, denominada Brotherhood. Mas na verdade, no final do livro, este colega, chamado O Brien, se mostra um agente infiltrado do Partido que capturava e prendia revolucionários. Começa então a terceira parte do livro, com a prisão e tortura de Winston, que confessa diversos crimes que não cometeu e entrega sua amante, simplesmente na tentativa de se livrar da tortura. Após muito sofrimento, Winston percebe que precisa demonstrar que o ódio que sentia pelo Partido e pelo Big Brother acabou, e a personagem termina a trama declarando seu amor pelo Partido, a pura demonstração de que Ignorância é Força 3, aceitando a convenção social e de instituições ou mesmo de corporações. Esta ferramenta literária é frequentemente criada como sátira (no caráter de ridicularizar alguma situação, que não necessariamente precisa ser cômica), mostrando convenções sociais e limites extrapolados ao máximo. Nesse aspecto, diferem fundamentalmente do conceito de utopia, uma vez que a utopia é a idealização de determinada situação. 3 O Partido que governa a Oceânia (A trama se desenvolve em um ambiente de formação geográfica diferente do mapa mundi convencional, uma vez que Orwell o desenvolveu como um cenário futurista em que os continentes se dividem entre: Oceânia, o equivalente à América do Norte, Central e do Sul, o Reino Unido, metade da África e a Oceania; Eurásia, equivalente à Europa ocidental e oriental, parte da Ásia e Lestásia, equivalente ao leste asiático.) possui um lema que serve como doutrina para a sociedade: Guerra é Paz, Liberdade é Escravidão, Ignorância é Força e possibilita uma interpretação muito rica dos diversos acontecimentos da obra, uma vez que o lema expressa a ambiguidade da ideologia do regime criado na obra, considerado uma forte crítica a todo sistema totalitário.

3 3 oprimindo seu espírito revolucionário, que o havia levado à tortura. Winston escolhe ser oprimido para salvar a própria vida. Nos capítulos iniciais da obra, Winston começa a escrever um diário no qual exprime seus sentimentos de descontentamento com relação ao sistema em que vive. Precisamente no capítulo sete da primeira parte do livro, há uma passagem de extrema importância na qual um dos escritos do diário de Winston se dá da seguinte forma: Until they become conscious they will never rebel, and until after they have rebelled they cannot become conscious. 4 (ORWELL, pág 81). Neste trecho a questão da consciência de classe surge de forma clara e passa ser uma questão abordada em todo o romance por meio da revolta das personagens contra o sistema criado pelo partido. O Dicionário do Pensamento Marxista 5 define a questão da consciência de classe como integrante no contexto do sistema capitalista, uma vez que a divisão em classes sociais subjugadas aos meios de produção é uma característica exclusiva deste sistema. Assim, para o materialismo dialético, a noção de consciência de classe está presente dentro do conceito de classe em si, proveniente das bases materiais de relações comuns de trabalho e dos meios de produção, e ao mesmo tempo, a noção de classe só se consolida a partir do momento da tomada de consciência de sua existência. Desta forma, é preciso que o indivíduo e/ou um grupo de indivíduos (ou seja, uma classe) perceba a posição em que está inserido neste processo, considerando que muitas vezes esta condição se mantém desconhecida por muito tempo, causando a alienação do indivíduo, que vive anos a fio sendo explorado pelo sistema sem perceber, que é a intenção do capital. Ou seja, ao tomar consciência de todo este processo, surge a noção de classe, e dialeticamente, o ato da tomada de consciência só acontece por causa da divisão da sociedade em classes no processo de produção. 4 Respectiva tradução da versão brasileira de 2010 pela Companhia das Letras: Enquanto eles não se conscientizarem, não serão rebeldes autênticos e, enquanto não se rebelarem, não têm como se conscientizar. 5 BOTTOMORE, Tom. Dicionário do Pensamento Marxista. Rio de Janeiro: Zahar, 1988

4 4 O trecho destacado da obra de Orwell é um exemplo claro da manifestação dialética da consciência de classe, sendo a discussão central de todo o livro. Isso pode ser observado logo de início, através da forma em que o autor escolheu para apresentar a discussão: por meio de um recurso metalinguístico, onde, dentro da obra, a personagem cria uma escrita paralela à do romance, no caso, em forma de um diário. Esta escrita aparece destacada na página, como uma citação, o que chama atenção do leitor para o momento em que a personagem se expressa da forma mais direta possível. Considerando o contexto do enredo, a forma do diário é o jeito mais explícito e íntimo com a qual o leitor pode ter acesso aos pensamentos da personagem, uma vez que na ditadura na qual Winston se encontra os diálogos são artificiais e mecânicos e, mais importante, monitorados, impedindo com que o recurso do discurso direto um mecanismo considerado na literatura como uma forma de contato direto entre os pensamentos e falas dos personagens com o leitor seja empregado, pois se a personagem expressasse em voz alta, seria pego e preso pela polícia. O conteúdo da frase (until they become conscious they will never rebel, and until after they have rebelled they cannot become conscious) possui um caráter reflexivo enorme, sendo um contato direto do leitor com os pensamentos do personagem. O emprego do pronome they, na terceira pessoal do plural, possui um caráter abrangente de classe. O autor poderia muito bem ter especificado o sujeito da frase, mas ao utilizar um pronome no plural, faz com que a totalidade da sociedade seja o sujeito. Em outras palavras, Orwell insere toda a classe trabalhadora na problematização da questão da tomada de consciência de classe. É praticamente uma paráfrase de trabalhadores do mundo, uni-vos 6, contido em apenas um pronome com função de sujeito em toda a oração. Ainda analisando gramaticalmente a frase, é possível observar que o tempo verbal de cada oração é diferente. Na primeira oração o verbo está no presente (until they become conscious), na segunda oração o verbo está no futuro (they will never rebel), na terceira oração o verbo está no particípio passado (and until after they have rebelled) e por último, a quarta oração está novamente no presente (they cannot become conscious). É possível perceber que há um ciclo de tempo verbal neste trecho, iniciando e 6 MARX, Karl, ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. Petrópolis: Vozes, 2001

5 5 terminando no presente, como se se tratasse de um movimento com começo, meio e fim, um recorte concluído: a ação de conscientização de classe está sempre apresentada no presente, e subordinada a esta ação está o ato de se revoltar tanto no futuro, quanto no passado, finalizado com a consciência no presente. Isso pode significar que o ato de se conscientizar é linear e constante, o que realmente se modifica é o modo com o qual o resultado dessa conscientização (revolta) se manifesta. A maneira com a qual a frase foi construída é espelhada no modo com o qual a sociedade se apresenta: na maioria da vezes há a consciência de pertencimento de classe, seja em um indivíduo, seja em um grupo de indivíduos, mas isso pode gerar ou não uma revolta. Aqui o processo da revolta não caminha ao lado da conscientização, ele oscila entre o passado e o futuro, como se nas situações anteriores (revoluções do passado) não interferissem no presente e, ao mesmo tempo, este presente está em vias de organizar uma revolta que só irá ocorrer em um futuro próximo. Por último, ainda sintaticamente, é possível observar o uso da conjunção until. Por se tratar de uma palavra invariável que liga duas orações entre si, o emprego da conjunção equaliza o valor das orações, ou seja, as orações têm o mesmo grau de importância e se desenvolvem unidas. Esta relação sintática pode ser observada na semântica da frase, isto é, na relação dialética entre conscientização de classe e revolta. O paradoxo do conteúdo desta frase de Orwell pode ser tido como insolúvel se não for utilizado o raciocínio dialético, que permite com que a revolta aconteça ao mesmo tempo da tomada de consciência da classe trabalhadora sobre suas condições precárias de vida. Rosa Luxemburgo 7 já destacava o papel da experiência social e da luta de classes na formação da consciência de classe, e por consequência, na possibilidade de instituir uma transformação histórica na sociedade. Ou seja, por meio da percepção e vivência de desigualdades sociais, característica fundamental do sistema capitalista, a classe trabalhadora começa a se organizar e reivindicar seus direitos, com a intenção de impor mudanças substantivas na ordem da sociedade. Trata-se de um processo onde a revolta ocorre juntamente com a tomada de consciência, pois caso ocorresse o contrário, se uma surgisse sem a outra, não seria possível haver nenhum tipo de transformação social. Isto é, no caso de haver somente a 7 LUXEMBURGO, Rosa. Reforma ou revolução? São Paulo: Flama, 1975.

6 6 revolta, o caos e a violência iriam se instaurar, sem que fosse possível chegar a lugar nenhum; e por outro lado, se houver somente a tomada de consciência, sem que nenhuma providência fosse, o capital continuará a manter sua soberania. Infelizmente, como a história tem provado, esse movimento divergente é muito mais frequente do que a concomitância dialética, é muito mais fácil haver a conscientização sem nenhuma tomada de ação, de luta e de transformação social, o que pode ser classificado como um marxismo vulgar, ou seja, por ter incorporado à base ideológica pensamentos não originários de Karl Marx, uma vez que uma das maiores ênfases do autor alemão era a de incorporar na prática as reflexões abstratas. É importante destacar que, por causa do estilo objetivo de Orwell, a escolha do recurso metalinguístico em que a personagem escreve um diário no romance, é fundamental, pois expressa a materialização da revolta que se desenvolve no decorrer do livro, um traço muito específico do autor, uma vez que ele possuía consciência da classe da qual ocupava na sociedade inglesa dos anos 1930 e 1940, e materializava sua revolta por meio da escrita de artigos e livros e pela participação efetiva na sociedade. Um dos exemplos de maior destaque na trajetória de Orwell, que combinou experiência política com a escrita, foi sua participação no combate no front espanhol. 8 A questão da consciência de classe em Orwell passa por diversos contextos, desde a experiência na Guerra Civil Espanhola, quanto na sociedade inglesa, uma imagem que é retratada em toda sua obra, com destaque para o livro-relato Road to Wigan Pier 9, em ensaios, com destaque para The Lion and the Unicorn: Socialism and the English 8 Uma das participações mais notáveis de Orwell foi no fronte da Guerra Civil Espanhola, onde se afiliou ao POUM (Partido Obrero de Unificación Marxista) em Barcelona e serviu no front em Aragão, entre outras cidades, e tentou se alistar em Madri. Segundo Raymond Williams, esta experiência de guerra fortificou a posição ideológica e política de Orwell de muitas formas e o resultado desta experiência foi a obra Homage to Catalunia, onde Orwell descreve sua experiência no front e o contato com a prosperidade efêmera do socialismo na Espanha, que depois foi corrompido pelos stalinistas do partido comunista. 9 ORWELL, GEORGE. O Caminho Para Wigan Pier. Lisboa: Antigona, Obra onde Orwell relata a vida da classe trabalhadora de Lancanshire e Yorkshire antes da Segunda Guerra Mundial e reflete sobre a liberdade no socialismo e, ao mesmo tempo, atacando as formas organizadas do socialismo na classe média inglesa.

7 7 Genious e The English People 10, quanto no seu último romance Nineteen Eighty-Four. Orwell toma consciência do império que era o Reino Unido e compreende seu funcionamento 11, uma noção de que muitos cidadãos ingleses não possuíam. Isto significava saber que o proletariado que movimentava a economia inglesa, em sua maioria estava nas colônias asiáticas e africanas, considerando que na sociedade inglesa a noção de proletariado tende a ser velada. Sendo assim, o resultado da exploração desses povos ou seja, a mercadoria surge para os ingleses praticamente do nada, já que não era visível para o cidadão inglês que a exploração existia, então ele assumia que ela nunca existiu. Orwell começa a lidar com uma consciência dupla e dialética da realidade inglesa: a de que os ingleses burgueses desprezavam os pobres, e somente por causa da mão de obra do proletariado é que a burguesia existia. Segundo Raymond Williams 12, esta consciência dupla é central em Orwell: um dos resultados disto é o doublethink de Nineteen Eighty-Four, onde: Duplipensar é a capacidade de guardar simultaneamente na cabeça duas crenças contraditórias, e aceitá-las ambas. 13. Muitos ignoraram a repugnância que Orwell tinha pelo imperialismo inglês, principalmente sua hegemonia. E justamente pelo império inglês estar no topo da sociedade era impossível convencê-los de que não eram eles que faziam a máquina da Inglaterra funcionar na verdade, e sim a mão de trabalho escravo a milhares de quilômetros de distância. Este distanciamento retoma a questão do mito que é a Inglaterra, do arquétipo do inglês, que na verdade é uma pequena parcela da sociedade, uma parte representando um todo, comandando um império. E dentro desta classe dominante havia outra divisão: daqueles que viviam dos lucros de suas propriedades e investimentos (uma minoria da minoria) e a maior parte que eram servos de um sistema, 10 ORWELL, George. The Collected Essays, Journalism and Letters of George Orwell Volume 2: My Country Right or Left. Londres: Penguin, Outra participação política de Orwell foi ter trabalhado na Birmânia (República da União de Myanmar ) como policial do império inglês. Foi a partir desta experiência da vivência sob o aspecto da colônia asiática, onde a Inglaterra como ele conhecia soava longínqua, que ele viu de perto a exploração e as injustiças que o império inglês impunha aos colonizados. Este período o inspirou a escrever o relato Burmese Days (ORWELL, GEORGE. Dias na Birmânia. São Paulo: Companhia das Letras, 2009) 12 WILLIAMS, Raymond. George Orwell. New York: The Viking Press, ORWELL, George São Paulo: Companhia das Letras, 2010

8 8 funcionários que dependiam de um trabalho assalariado para se sustentarem. E justamente esta parcela trabalhadora era quem lidava com os extremos da sociedade, com os pobres, como é o caso de Orwell, que se classifica como membro da lowerupper-middle-class, o equivalente a uma baixa classe média-alta. Tratava-se então de um membro da classe dominante que tinha a ideia do mito e da ideologia da Inglaterra, localizado à beira do sistema, cuja dependência do trabalho assalariado, e por consequência, o medo de perdê-lo, produzia uma definição ainda mais grosseira do mito inglês, quando comparada à definição cômoda da aristocracia localizada no epicentro da sociedade. Segundo Williams 14, ver esta conjuntura social de fora é perceber uma tensão do homem que é, ao mesmo tempo, dominado e dominador. Esta tensão pode enriquecer o caráter ou, no caso do então Eric Blair, levar à crise que o transformou em George Orwell. E então esta visão dupla das coisas, enraizada na ambígua posição de dominador e dominado é, ao mesmo tempo, poderosa e perturbadora. Após perceber que não há escapatória desta ambiguidade, Orwell decide enfrentar as injustiças sociais, de toda e qualquer forma, o que Williams caracteriza como uma identificação negativa, onde a aproximação de um novo grupo é a função da experiência social inicial do sujeito em um todo. Considerando que, no começo do século XX, os diversos tipos de produções artísticas viraram uma indústria, e por consequência, uma forma de lucro, isso gerou a organização dos produtores de cultura (escritores, roteiristas, atores, pintores) em sindicatos que reivindicavam seus direitos, e por meio de seu trabalho, criavam obras que visavam conscientizar o restante da população para o que se passava na sociedade. A consciência e a luta de classes viraram um fator conscientizador e, por que não, transformador naquele contexto. O contexto literário em que Orwell está inserido na Europa atua como uma ruptura do movimento literário vigente, assim como o movimento americano foi no começo do século. A década de 1920, em meio ao modernismo e ao culto à forma tanto na Europa como nos Estados Unidos, que consistia na distinção entre prosa e poesia, ou seja, entre forma e conteúdo. Orwell vivia em um tempo dentro de uma classe em que a 14 WILLIAMS, Raymond. Idem, capítulo 2.

9 9 prática do escrever era problemática, em que a escrita deixou de ser vista somente como um entretenimento de uma atividade secundária para ser vista como uma commodity. Esta polarização de movimentos literários vem da crise do final do século XIX, ficando mais clara no começo no século XX: a distinção entre forma e conteúdo em seu sentido moderno, com o surgimento da linguística e sua categorização formalista, por exemplo. Para Orwell, com base de sua vivência com artistas europeus e americanos em Paris 15, os círculos de culto da arte pela arte eram uma adoração sem significado algum, onde a literatura se reduzia a uma mera manipulação de palavras. Desta forma, a escolha de Orwell de ser um escritor em meio a este contexto o leva para o lado oposto: pode-se dizer que ele escolheu, assim como o fizeram os artistas proletários americanos, o conteúdo acima da forma, a experiência acima das palavras por palavras em si, tornando-se assim um escritor consciente dos anos 1930, ao invés de um escritor estético dos anos Sendo assim, é possível considerar que o processo de tomada de consciência de classe e da revolta caminham juntos em um percurso dialético e transformador e o escritor George Orwell é um grande exemplo deste percurso, sendo que sua obra permite mostrar as fortes relações e influências que a realidade tem na arte. A concomitância dialética abrange a totalidade da questão, tornando possível a compreensão de um fator tão complexo como a consciência de classe e a revolta no sistema capitalista. 15 Um fenômeno evasivo muito comum na época, considerando a lost generation dos Estados Unidos, em que muitos artistas americanos iam para Paris para fugir da crise de 1929 e escrever.

10 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOTTOMORE, Tom. Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro: Zahar, 1988 DENNING, Michael. The Cultural Front. The Laboring Of American Culture In The Twentieth Century. New York: Verso, 1997 LUXEMBURGO, Rosa. Reforma ou revolução? São Paulo: Flama, MARX, Karl, ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. Petrópolis: Vozes, 2001 ORWELL, George São Paulo: Companhia das Letras, Nineteen Eighty-Four. Londres: Penguim Books, The Collected Essays, Journalism and Letters of George Orwell Volume 2: My Country Right or Left. Londres: Penguin, STEINBECK, John. Grapes of Wrath. New York: Penguim, Modern Classics, WILLIAMS, Raymond. George Orwell. New York: The Viking Press, 1971

Katia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos)

Katia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton Silveira de Pinho Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Universidade Estadual de Montes Claros / UNIMONTES abril / 2003 Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton

Leia mais

A ideologia alemã. Karl Marx e Friedrich Engels

A ideologia alemã. Karl Marx e Friedrich Engels A ideologia alemã Karl Marx e Friedrich Engels Percurso Karl Marx (1817-1883) Filho de advogado iluminista Formou-se em Direito, Filosofia e História pela Universidade de Berlim; não seguiu carreira acadêmica

Leia mais

CONTEXTO HISTORICO E GEOPOLITICO ATUAL. Ciências Humanas e suas tecnologias R O C H A

CONTEXTO HISTORICO E GEOPOLITICO ATUAL. Ciências Humanas e suas tecnologias R O C H A CONTEXTO HISTORICO E GEOPOLITICO ATUAL Ciências Humanas e suas tecnologias R O C H A O capitalismo teve origem na Europa, nos séculos XV e XVI, e se expandiu para outros lugares do mundo ( Ásia, África,

Leia mais

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL INTRODUÇÃO O conceito de ação social está presente em diversas fontes, porém, no que se refere aos materiais desta disciplina o mesmo será esclarecido com base nas idéias

Leia mais

Colégio Ser! Sorocaba Sociologia Ensino Médio Profª. Marilia Coltri

Colégio Ser! Sorocaba Sociologia Ensino Médio Profª. Marilia Coltri Marx, Durkheim e Weber Colégio Ser! Sorocaba Sociologia Ensino Médio Profª. Marilia Coltri Problemas sociais no século XIX Problemas sociais injustiças do capitalismo; O capitalismo nasceu da decadência

Leia mais

Colégio Senhora de Fátima

Colégio Senhora de Fátima Colégio Senhora de Fátima A formação do território brasileiro 7 ano Professora: Jenifer Geografia A formação do território brasileiro As imagens a seguir tem como principal objetivo levar a refletir sobre

Leia mais

Currículo Referência em Teatro Ensino Médio

Currículo Referência em Teatro Ensino Médio Currículo Referência em Teatro Ensino Médio 1º ANO - ENSINO MÉDIO Objetivos Conteúdos Expectativas Investigar, analisar e contextualizar a história do Teatro compreendendo criticamente valores, significados

Leia mais

Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio

Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio 1. Substitua as palavras destacadas e copie as frases, tornando os fragmentos abaixo mais elegantes, além de mais próximos à língua padrão e à proposta

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

Até então o confronto direto entre os aliados não havia acontecido.

Até então o confronto direto entre os aliados não havia acontecido. Confronto entre os aliados, vencedores da 2ª Guerra: Inglaterra, França, EUA e União Soviética. Acordo pós-guerra definiria a área de influência da URSS, onde estavam suas tropas (leste europeu). Conferência

Leia mais

A crítica à razão especulativa

A crítica à razão especulativa O PENSAMENTO DE MARX A crítica à razão especulativa Crítica a todas as formas de idealismo Filósofo, economista, homem de ação, foi o criador do socialismo científico e o inspirador da ideologia comunista,

Leia mais

HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 58 ANARQUISMO E CATOLICISMO SOCIAL

HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 58 ANARQUISMO E CATOLICISMO SOCIAL HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 58 ANARQUISMO E CATOLICISMO SOCIAL Fixação 1) Leia com atenção as proposições abaixo: I) A história de qualquer sociedade até aos nossos dias foi apenas a história da luta

Leia mais

EDUCAÇÃO E DOMINAÇÃO EM KARL MARX

EDUCAÇÃO E DOMINAÇÃO EM KARL MARX EDUCAÇÃO E DOMINAÇÃO EM KARL MARX Maria Catarina Ananias de Araujo Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) Email: mariacatarinaan@gmail.com Prof.Dr. Valmir Pereira Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)

Leia mais

PRAXIS. EscoladeGestoresdaEducaçãoBásica

PRAXIS. EscoladeGestoresdaEducaçãoBásica PRAXIS A palavra práxis é comumente utilizada como sinônimo ou equivalente ao termo prático. Todavia, se recorrermos à acepção marxista de práxis, observaremos que práxis e prática são conceitos diferentes.

Leia mais

KARL MARX (1818-1883)

KARL MARX (1818-1883) KARL MARX (1818-1883) 1861 Biografia Nasceu em Trier, Alemanha. Pais judeus convertidos. Na adolescência militante antireligioso; A crítica da religião é o fundamento de toda crítica. Tese de doutorado

Leia mais

1. Conceito Guerra improvável, paz impossível - a possibilidade da guerra era constante, mas a capacidade militar de ambas potências poderia provocar

1. Conceito Guerra improvável, paz impossível - a possibilidade da guerra era constante, mas a capacidade militar de ambas potências poderia provocar A GUERRA FRIA 1. Conceito Conflito político, econômico, ideológico, cultural, militar entre os EUA e a URSS sem que tenha havido confronto direto entre as duas superpotências. O conflito militar ocorria

Leia mais

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação Marcela Alves de Araújo França CASTANHEIRA Adriano CORREIA Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia

Leia mais

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA ENSINO MÉDIO ÁREA CURRICULAR: CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS DISCIPLINA: HISTÓRIA SÉRIE 1.ª CH 68 ANO 2012 COMPETÊNCIAS:. Compreender

Leia mais

A Busca. Capítulo 01 Uma Saga Entre Muitas Sagas. Não é interessante como nas inúmeras sagas que nos são apresentadas. encontrar uma trama em comum?

A Busca. Capítulo 01 Uma Saga Entre Muitas Sagas. Não é interessante como nas inúmeras sagas que nos são apresentadas. encontrar uma trama em comum? A Busca Capítulo 01 Uma Saga Entre Muitas Sagas Não é interessante como nas inúmeras sagas que nos são apresentadas em livros e filmes podemos encontrar uma trama em comum? Alguém, no passado, deixouse

Leia mais

Prova bimestral. história. 1 o Bimestre 5 o ano. 1. Leia o texto a seguir e responda

Prova bimestral. história. 1 o Bimestre 5 o ano. 1. Leia o texto a seguir e responda Material elaborado pelo Ético Sistema de Ensino Ensino fundamental Publicado em 2012 Prova bimestral 1 o Bimestre 5 o ano história Data: / / Nível: Escola: Nome: 1. Leia o texto a seguir e responda Na

Leia mais

A Alienação (Karl Marx)

A Alienação (Karl Marx) A Alienação (Karl Marx) Joana Roberto FBAUL, 2006 Sumário Introdução... 1 Desenvolvimento... 1 1. A alienação do trabalho... 1 2. O Fenómeno da Materialização / Objectivação... 2 3. Uma terceira deterninação

Leia mais

Planejamento. Ensino fundamental I 5 o ano. história Unidade 1. Ético Sistema de Ensino Planejamento Ensino fundamental I

Planejamento. Ensino fundamental I 5 o ano. história Unidade 1. Ético Sistema de Ensino Planejamento Ensino fundamental I história Unidade 1 A vinda da família real portuguesa para o Brasil Os desdobramentos sociais, políticos e econômicos da independência do Brasil Os aspectos históricos do início do Império brasileiro O

Leia mais

Nome: nº. Recuperação Final de História Profª Patrícia

Nome: nº. Recuperação Final de História Profª Patrícia 1 Conteúdos selecionados: Nome: nº Recuperação Final de História Profª Patrícia Lista de atividades 8º ano Apostila 1: O Absolutismo; Revoluções Inglesas e colonização da América do Norte Apostila 2: Revolução

Leia mais

Karl Marx e a crítica da sociedade capitalista

Karl Marx e a crítica da sociedade capitalista Karl Marx e a crítica da sociedade capitalista As bases do pensamento de Marx Filosofia alemã Socialismo utópico francês Economia política clássica inglesa 1 A interpretação dialética Analisa a história

Leia mais

TÍTULO: VÁRIAS VARIÁVEIS: O BRASIL DOS ANOS 80 PELAS MÚSICAS DO ENGENHEIROS DO HAWAII

TÍTULO: VÁRIAS VARIÁVEIS: O BRASIL DOS ANOS 80 PELAS MÚSICAS DO ENGENHEIROS DO HAWAII Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: VÁRIAS VARIÁVEIS: O BRASIL DOS ANOS 80 PELAS MÚSICAS DO ENGENHEIROS DO HAWAII CATEGORIA: EM

Leia mais

A origem latina da palavra trabalho (tripalium, antigo instrumento de tortura) confirma o valor negativo atribuído às atividades laborais.

A origem latina da palavra trabalho (tripalium, antigo instrumento de tortura) confirma o valor negativo atribuído às atividades laborais. 1 Origem do termo O trabalho é o conjunto de atividades por meio das quais o ser humano cria as condições para sua sobrevivência. Por esta característica, sempre foi indispensável na vida dos indivíduos.

Leia mais

Marxismo e Ideologia

Marxismo e Ideologia Rita Vaz Afonso 1 FBAUL, 2010 Marxismo e Ideologia 1 rita.v.afonso@gmail.com. O trabalho responde à disciplina semestral de Cultura Visual I do primeiro ano da Faculdade de Belas Artes da Universidade

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

Exercícios Classe Social x Estratificação Social

Exercícios Classe Social x Estratificação Social Exercícios Classe Social x Estratificação Social 1. Para Karl Marx o conceito de Classes Sociais se desenvolve com a formação da sociedade capitalista. Dessa forma, é correto afirmar que : a) As classes

Leia mais

História. Programação 3. bimestre. Temas de estudo

História. Programação 3. bimestre. Temas de estudo História Olá, pessoal! Vamos conhecer, entre outros fatos, como era o trabalho escravo no Brasil? CHIQUINHA GONZAGA Programação 3. bimestre Temas de estudo O trabalho escravo na formação do Brasil - Os

Leia mais

THOMAS HOBBES LEVIATÃ MATÉRIA, FORMA E PODER DE UM ESTADO ECLESIÁSTICO E CIVIL

THOMAS HOBBES LEVIATÃ MATÉRIA, FORMA E PODER DE UM ESTADO ECLESIÁSTICO E CIVIL THOMAS HOBBES LEVIATÃ ou MATÉRIA, FORMA E PODER DE UM ESTADO ECLESIÁSTICO E CIVIL Thomas Hobbes é um contratualista teoria do contrato social; O homem natural / em estado de natureza para Hobbes não é

Leia mais

A Sociologia de Weber

A Sociologia de Weber Material de apoio para Monitoria 1. (UFU 2011) A questão do método nas ciências humanas (também denominadas ciências históricas, ciências sociais, ciências do espírito, ciências da cultura) foi objeto

Leia mais

ESTRUTURAS NARRATIVAS DO JOGO TEATRAL. Prof. Dr. Iremar Maciel de Brito Comunicação oral UNIRIO Palavras-chave: Criação -jogo - teatro

ESTRUTURAS NARRATIVAS DO JOGO TEATRAL. Prof. Dr. Iremar Maciel de Brito Comunicação oral UNIRIO Palavras-chave: Criação -jogo - teatro ESTRUTURAS NARRATIVAS DO JOGO TEATRAL 1 Prof. Dr. Iremar Maciel de Brito Comunicação oral UNIRIO Palavras-chave: Criação -jogo - teatro I - Introdução O teatro, como todas as artes, está em permanente

Leia mais

Por uma pedagogia da juventude

Por uma pedagogia da juventude Por uma pedagogia da juventude Juarez Dayrell * Uma reflexão sobre a questão do projeto de vida no âmbito da juventude e o papel da escola nesse processo, exige primeiramente o esclarecimento do que se

Leia mais

Europa no Século XIX FRANÇA RESTAURAÇÃO DA DINASTIA BOURBON LUÍS XVIII CARLOS X LUÍS FELIPE ( 1824 1830 )

Europa no Século XIX FRANÇA RESTAURAÇÃO DA DINASTIA BOURBON LUÍS XVIII CARLOS X LUÍS FELIPE ( 1824 1830 ) Europa no Século XIX FRANÇA RESTAURAÇÃO DA DINASTIA BOURBON -Após a derrota de Napoleão Bonaparte, restaurou-se a Dinastia Bourbon subiu ao trono o rei Luís XVIII DINASTIA BOURBON LUÍS XVIII CARLOS X LUÍS

Leia mais

INTEIRATIVIDADE FINAL CONTEÚDO E HABILIDADES DINÂMICA LOCAL INTERATIVA. Conteúdo: Independência dos Estados Unidos

INTEIRATIVIDADE FINAL CONTEÚDO E HABILIDADES DINÂMICA LOCAL INTERATIVA. Conteúdo: Independência dos Estados Unidos Conteúdo: Independência dos Estados Unidos Habilidades: Compreender o processo de independência Norte Americana dentro do contexto das ideias iluministas. Yankee Doodle 1 Causas Altos impostos cobrados

Leia mais

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos:

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos: A CONTRIBUIÇÃO DE MAX WEBER (1864 1920) Max Weber foi o grande sistematizador da sociologia na Alemanha por volta do século XIX, um pouco mais tarde do que a França, que foi impulsionada pelo positivismo.

Leia mais

LINGUAGEM, LÍNGUA, LINGÜÍSTICA MARGARIDA PETTER

LINGUAGEM, LÍNGUA, LINGÜÍSTICA MARGARIDA PETTER LINGUAGEM, LÍNGUA, LINGÜÍSTICA MARGARIDA PETTER Duas explicações da Origem do mundo palavra (a linguagem verbal) associada ao poder mágico de criar. Atributo reservado a Deus. Através dela ele criou as

Leia mais

Sustentabilidade x Desperdício

Sustentabilidade x Desperdício Sustentabilidade x Desperdício Alunos: Antônio Fernandes Margarida Késsia Daniele de Brito Nilmara Oliveira Introdução O tema consciência ambiental tem estado em alta no Brasil. A falta d água em vários

Leia mais

PROJETO DE LEITURA E ESCRITA LEITURA NA PONTA DA LÍNGUA E ESCRITA NA PONTA DO LÁPIS

PROJETO DE LEITURA E ESCRITA LEITURA NA PONTA DA LÍNGUA E ESCRITA NA PONTA DO LÁPIS PROJETO DE LEITURA E ESCRITA LEITURA NA PONTA DA LÍNGUA E ESCRITA NA PONTA DO LÁPIS A língua é um sistema que se estrutura no uso e para o uso, escrito e falado, sempre contextualizado. (Autor desconhecido)

Leia mais

Exercícios de Revisão - 1

Exercícios de Revisão - 1 Exercícios de Revisão - 1 1. Sobre a relação entre a revolução industrial e o surgimento da sociologia como ciência, assinale o que for incorreto. a) A consolidação do modelo econômico baseado na indústria

Leia mais

Guerra Civil. Variante da Guerra Civil. Resumo do Jogo. George R.R. Martin, O Festim dos Corvos

Guerra Civil. Variante da Guerra Civil. Resumo do Jogo. George R.R. Martin, O Festim dos Corvos Variante da Guerra Civil Guerra Civil E por que não? Favorece-o, sempre foi assim. Ele se parece com você, pensa como você, que pretende lhe dar Dorne, não se incomode em negá-lo. Eu li sua carta. As palavras

Leia mais

REFLEXÕES SOBRE A QUESTÃO SOCIAL

REFLEXÕES SOBRE A QUESTÃO SOCIAL TEORIA MARXISTA NA COMPREENSÃO DA SOCIEDADE CAPITALISTA Disciplina: QUESTÃO E SERVIÇO Professora: Maria da Graça Maurer Gomes Türck Fonte: AS Maria da Graça Türck 1 Que elementos são constitutivos importantes

Leia mais

Movimentos sociais - tentando uma definição

Movimentos sociais - tentando uma definição Movimentos sociais - tentando uma definição Analogicamente podemos dizer que os movimentos sociais são como vulcões em erupção; Movimentos sociais - tentando uma definição Movimentos sociais ocorrem quando

Leia mais

Jogos. Redes Sociais e Econômicas. Prof. André Vignatti

Jogos. Redes Sociais e Econômicas. Prof. André Vignatti Jogos Redes Sociais e Econômicas Prof. André Vignatti Teoria dos Jogos Neste curso, queremos olhar para redes a partir de duas perspectivas: 1) uma estrutura subjacente dos links de conexão 2) o comportamentos

Leia mais

COLÉGIO O BOM PASTOR PROF. RAFAEL CARLOS SOCIOLOGIA 3º ANO. Material Complementar Módulos 01 a 05: Os modos de produção.

COLÉGIO O BOM PASTOR PROF. RAFAEL CARLOS SOCIOLOGIA 3º ANO. Material Complementar Módulos 01 a 05: Os modos de produção. COLÉGIO O BOM PASTOR PROF. RAFAEL CARLOS SOCIOLOGIA 3º ANO Material Complementar Módulos 01 a 05: Os modos de produção. Modos de Produção O modo de produção é a maneira pela qual a sociedade produz seus

Leia mais

Período pré-colonial

Período pré-colonial CHILE Período pré-colonial O navegador português Fernão de Magalhães, a serviço do rei da Espanha, foi o primeiro europeu a visitar a região que hoje é chamada de Chile. Os mapuches, grande tribo indígena

Leia mais

SOB O DOMÍNIO DE NAPOLEÃO

SOB O DOMÍNIO DE NAPOLEÃO SOB O DOMÍNIO DE NAPOLEÃO Nível de Ensino/Faixa Etária: 8º e 9º anos do Ensino Fundamental, e todas as séries do Ensino Médio Áreas Conexas: História, Geografia, Sociologia, Ciências Consultor: Rafael

Leia mais

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Aline Trindade A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Introdução Existem várias maneiras e formas de se dizer sobre a felicidade. De quando você nasce até cerca dos dois anos de idade, essa

Leia mais

Quem Foi Pablo Picasso?

Quem Foi Pablo Picasso? FICHA Nº3 Pablo PICASSO Quem Foi Pablo Picasso? Você está para conhecer como surgiram os desenhos, pinturas e esculturas de Picasso. Quem foi esse homem? Picasso era um homem baixinho, gordo e muito inteligente.

Leia mais

RELAÇÃO DA HISTÓRIA DO DIREITO COM FILME ALEXANDRE O GRANDE

RELAÇÃO DA HISTÓRIA DO DIREITO COM FILME ALEXANDRE O GRANDE RELAÇÃO DA HISTÓRIA DO DIREITO COM FILME ALEXANDRE O GRANDE LINHARES 2011 1º DIREITO B Peter Leite Souza André Pacheco Pulquerio RELAÇÃO DA HISTÓRIA DO DIREITO COM FILME ALEXANDRE O GRANDE Trabalho conforme

Leia mais

Uma volta no tempo de Atlântida

Uma volta no tempo de Atlântida Cristais mestres Esse curso, tratar-se de conhecimentos sagrados deixados por mestres antigos e passados adiante por aqueles que acreditavam que os que descobrissem zelariam por ele. Há muitos anos atrás,

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Universidade Federal da Bahia Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Reunião de 18 de junho de 2010 Resumo

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS RECUPERAÇÃO FINAL 3 ano

LISTA DE EXERCÍCIOS RECUPERAÇÃO FINAL 3 ano LISTA DE EXERCÍCIOS RECUPERAÇÃO FINAL 3 ano 1. Apresente as ideias de Tese, antítese e síntese idealizados por Hegel. 2. Uma das faculdades mais importantes do ser humano é pensar. Nenhum homem conseguiria

Leia mais

História. baseado nos Padrões Curriculares do Estado de São Paulo

História. baseado nos Padrões Curriculares do Estado de São Paulo História baseado nos Padrões Curriculares do Estado de São Paulo 1 PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA Middle e High School 2 6 th Grade A vida na Grécia antiga: sociedade, vida cotidiana, mitos,

Leia mais

SÉCULO XIX NOVOS ARES NOVAS IDEIAS Aula: 43 e 44 Pág. 8 PROFª: CLEIDIVAINE 8º ANO

SÉCULO XIX NOVOS ARES NOVAS IDEIAS Aula: 43 e 44 Pág. 8 PROFª: CLEIDIVAINE 8º ANO SÉCULO XIX NOVOS ARES NOVAS IDEIAS Aula: 43 e 44 Pág. 8 PROFª: CLEIDIVAINE 8º ANO 1 - INTRODUÇÃO Séc. XIX consolidação da burguesia: ascensão do proletariado urbano (classe operária) avanço do liberalismo.

Leia mais

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 10. ed. Rio de Janeiro: Record, 2003. 174 p.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 10. ed. Rio de Janeiro: Record, 2003. 174 p. SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 10. ed. Rio de Janeiro: Record, 2003. 174 p. Cleilton Sampaio de Farias ** Milton Santos foi geógrafo, professor

Leia mais

Conhecer o conteúdo programático do componente Língua Portuguesa e desenvolver habilidades de compreensão, interpretação e produção de textos orais e

Conhecer o conteúdo programático do componente Língua Portuguesa e desenvolver habilidades de compreensão, interpretação e produção de textos orais e Conhecer o conteúdo programático do componente Língua Portuguesa e desenvolver habilidades de compreensão, interpretação e produção de textos orais e escritos à maneira adequada do padrão da língua materna;

Leia mais

CADERNO DE ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO. Artes

CADERNO DE ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO. Artes COLÉGIO ARNALDO 2015 CADERNO DE ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO. Artes Aluno (a): 5º ano: Turma: Professor (a): Valor: 20 pontos Este trabalho deverá ser entregue IMPRETERIVELMENTE no dia da prova. Prezado(a)

Leia mais

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO GRUPOS EXCLUÍDOS, MOVIMENTOS SOCIAIS E DIREITOS HUMANOS PROFESSOR: MARCUS ORIONE GONÇALVES CORREIA

Leia mais

Novas possibilidades de leituras na escola

Novas possibilidades de leituras na escola Novas possibilidades de leituras na escola Mariana Fernandes Valadão (UERJ/EDU/CNPq) Verônica da Rocha Vieira (UERJ/EDU/CNPq) Eixo 1: Leitura é problema de quem? Resumo A nossa pesquisa pretende discutir

Leia mais

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS Daniel Silveira 1 Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar alguns aspectos considerados fundamentais para a formação docente, ou

Leia mais

Estudos bíblicos sobre liderança Tearfund*

Estudos bíblicos sobre liderança Tearfund* 1 Estudos bíblicos sobre liderança Tearfund* 1. Suporte para lideranças Discuta que ajuda os líderes podem necessitar para efetuar o seu papel efetivamente. Os seguintes podem fornecer lhe algumas idéias:

Leia mais

Globalização e solidariedade Jean Louis Laville

Globalização e solidariedade Jean Louis Laville CAPÍTULO I Globalização e solidariedade Jean Louis Laville Cadernos Flem V - Economia Solidária 14 Devemos lembrar, para entender a economia solidária, que no final do século XIX, houve uma polêmica sobre

Leia mais

3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL

3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL 3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL Os fundamentos propostos para a nova organização social, a desconcentração e a cooperação, devem inspirar mecanismos e instrumentos que conduzam

Leia mais

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014. Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO.

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014. Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO. V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014 Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO. RESUMO Adriana Vieira de Lima Colégio Marista Arquidiocesano

Leia mais

ESTRUTURA CURRICULAR:

ESTRUTURA CURRICULAR: ESTRUTURA CURRICULAR: Definição dos Componentes Curriculares Os componentes curriculares do Eixo 1 Conhecimentos Científico-culturais articula conhecimentos específicos da área de história que norteiam

Leia mais

ZENUN, Katsue Hamada e; MARKUNAS, Mônica. Tudo que é sólido se desmancha no ar. In:. Cadernos de Sociologia 1: trabalho. Brasília: Cisbrasil-CIB,

ZENUN, Katsue Hamada e; MARKUNAS, Mônica. Tudo que é sólido se desmancha no ar. In:. Cadernos de Sociologia 1: trabalho. Brasília: Cisbrasil-CIB, ZENUN, Katsue Hamada e; MARKUNAS, Mônica. Tudo que é sólido se desmancha no ar. In:. Cadernos de Sociologia 1: trabalho. Brasília: Cisbrasil-CIB, 2009. p. 24-29. CAPITALISMO Sistema econômico e social

Leia mais

Leonardo Cavalcante Daniel Santos Costa

Leonardo Cavalcante Daniel Santos Costa Leonardo Cavalcante Daniel Santos Costa Novatec capítulo 1 INTRODUÇÃO Provavelmente você, leitor, perderá dinheiro com o mercado financeiro. Isso mesmo. Repito: provavelmente perderá dinheiro com o mercado

Leia mais

A REVOLUÇÃO RUSSA DE 1917

A REVOLUÇÃO RUSSA DE 1917 A REVOLUÇÃO RUSSA DE 1917 Escola Secundária de Cascais Disciplina : Sociologia -12º H Guilherme Alves, nº 13 Fevereiro de 2014 Mafalda Borges, nº 18 Introdução 1. A Rússia dos Czares 2. A Revolução - 2.1

Leia mais

FORMAÇÃO PLENA PARA OS PROFESSORES

FORMAÇÃO PLENA PARA OS PROFESSORES Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 FORMAÇÃO PLENA PARA OS PROFESSORES Bernardete Gatti: o país enfrenta uma grande crise na formação de seus professores em especial, de alfabetizadores.

Leia mais

O QUE É ECONOMIA VERDE? Sessão de Design Thinking sobre Economia Verde

O QUE É ECONOMIA VERDE? Sessão de Design Thinking sobre Economia Verde O QUE É ECONOMIA VERDE? Sessão de Design Thinking sobre Economia Verde Florianópolis SC Junho/2012 2 SUMÁRIO Resumo do Caso...3 Natureza do Caso e Ambiente Externo...3 Problemas e Oportunidades...4 Diagnóstico:

Leia mais

A LOUCURA DO TRABALHO

A LOUCURA DO TRABALHO UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E COMUNICAÇÃO DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLO GIA ORGANIZACIONAL II PROFESSORA: SIRLEI CAVINATO A LOUCURA DO TRABALHO Acadêmica:

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é:

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: Atividade extra Fascículo 3 Sociologia Unidade 5 Questão 1 Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: a. Isolamento virtual b. Isolamento físico c.

Leia mais

introdução Trecho final da Carta da Terra 1. O projeto contou com a colaboração da Rede Nossa São Paulo e Instituto de Fomento à Tecnologia do

introdução Trecho final da Carta da Terra 1. O projeto contou com a colaboração da Rede Nossa São Paulo e Instituto de Fomento à Tecnologia do sumário Introdução 9 Educação e sustentabilidade 12 Afinal, o que é sustentabilidade? 13 Práticas educativas 28 Conexões culturais e saberes populares 36 Almanaque 39 Diálogos com o território 42 Conhecimentos

Leia mais

RESENHA DE COHESION IN ENGLISH,

RESENHA DE COHESION IN ENGLISH, BORBA, Valquíria C. Machado. Resenha de Cohesion in English, de Halliday & Hassan. Revista Virtual de Estudos da Linguagem ReVEL. V. 4, n. 6, março de 2006. ISSN 1678-8931 [www.revel.inf.br]. RESENHA DE

Leia mais

um TCC sem cometer PLÁGIO?

um TCC sem cometer PLÁGIO? Aula Reforço com base na NBR 10520 (ABNT) Prof. MSc Ricardo Aureliano Como transcrever textos para um TCC sem cometer PLÁGIO? Não há problema algum de se recortar e colar textos que se encontram na internet

Leia mais

A IMPRENSA E A QUESTÃO INDÍGENA NO BRASIL

A IMPRENSA E A QUESTÃO INDÍGENA NO BRASIL FACULDADE SETE DE SETEMBRO INICIAÇÃO CIENTÍFICA CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL COM HABILITAÇÃO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA ALUNA: NATÁLIA DE ARAGÃO PINTO ORIENTADOR: PROF. DR. TIAGO SEIXAS THEMUDO A IMPRENSA

Leia mais

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil.

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. 1 Autora :Rosângela Azevedo- PIBID, UEPB. E-mail: rosangelauepb@gmail.com ²Orientador: Dr. Valmir pereira. UEPB E-mail: provalmir@mail.com Desde

Leia mais

RESUMO. Palavras-chave: Educação matemática, Matemática financeira, Pedagogia Histórico-Crítica

RESUMO. Palavras-chave: Educação matemática, Matemática financeira, Pedagogia Histórico-Crítica POSSIBILIDADES DIDATICO-PEDAGÓGICAS NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA: UMA PROPOSTA ENTRE DOMÍNIOS DE CONHECIMENTOS NA ESCOLA ESTADUAL INDIGENA CENTRAL EDUCAÇÃO BÁSICA KĨSÊDJÊ Rosimeyre Gomes da Silva

Leia mais

qwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwerty uiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasd fghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzx cvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmq

qwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwerty uiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasd fghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzx cvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmq qwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwerty uiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasd fghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzx cvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmq LITERATURA wertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyui INFANTIL opasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfg

Leia mais

Gestão da Informação e do Conhecimento

Gestão da Informação e do Conhecimento Gestão da Informação e do Conhecimento Aula 05 Aquisição da Informação Dalton Lopes Martins dmartins@gmail.com 2sem/2014 Aquisição da Informação PROCESSO 2 - A aquisição da informação envolve as seguintes

Leia mais

Como escrever um bom Relato de Experiência em Implantação de Sistema de Informações de Custos no setor público. Profa. Msc. Leila Márcia Elias

Como escrever um bom Relato de Experiência em Implantação de Sistema de Informações de Custos no setor público. Profa. Msc. Leila Márcia Elias Como escrever um bom Relato de Experiência em Implantação de Sistema de Informações de Custos no setor público O que é Relato de Experiência? Faz parte dos gêneros pertencentes ao domínio social da memorização

Leia mais

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE HISTÓRIA

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE HISTÓRIA ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE HISTÓRIA Nome Nº Ano Data: Professor: Piero/ Thales Nota: (valor 2,0) 2º semestre a) Introdução Neste semestre, sua média foi inferior a 6,0 e você não assimilou os conteúdos

Leia mais

Dia_Logos. café teatral

Dia_Logos. café teatral café Café Teatral Para esta seção do Caderno de Registro Macu, a coordenadora do Café Teatral, Marcia Azevedo fala sobre as motivações filosóficas que marcam esses encontros. Partindo da etimologia da

Leia mais

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Autor: Dominique Turpin Presidente do IMD - International Institute for Management Development www.imd.org Lausanne, Suíça Tradução:

Leia mais

Prefeitura Municipal de Florianópolis Secretaria de Educação Escola Básica Municipal Osmar Cunha

Prefeitura Municipal de Florianópolis Secretaria de Educação Escola Básica Municipal Osmar Cunha Prefeitura Municipal de Florianópolis Secretaria de Educação Escola Básica Municipal Osmar Cunha Disciplina: Geografia Professora: Bianca de Souza PLANEJAMENTO ANUAL 2012 8ª SÉRIE - TURMAS 83 e 84 Primeiro

Leia mais

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL Prof. José Junior O surgimento do Serviço Social O serviço social surgiu da divisão social e técnica do trabalho, afirmando-se

Leia mais

Anna Catharinna 1 Ao contrário da palavra romântico, o termo realista vai nos lembrar alguém de espírito prático, voltado para a realidade, bem distante da fantasia da vida. Anna Catharinna 2 A arte parece

Leia mais

REVOLUÇÃO FRANCESA. Por: Rodrigo A. Gaspar

REVOLUÇÃO FRANCESA. Por: Rodrigo A. Gaspar REVOLUÇÃO FRANCESA Por: Rodrigo A. Gaspar REVOLUÇÃO FRANCESA Influência dos valores iluministas Superação do Absolutismo monárquico e da sociedade estratificada Serviu de inspiração para outras revoluções,

Leia mais

O marxismo heterodoxo de João Bernardo

O marxismo heterodoxo de João Bernardo O marxismo heterodoxo de João Bernardo João Alberto da Costa Pinto 1 Meu propósito neste colóquio é o de fazer uma rápida apresentação de alguns aspectos conceituais que considero fundamentais na proposta

Leia mais

TAM: o espírito de servir no SAC 2.0

TAM: o espírito de servir no SAC 2.0 TAM: o espírito de servir no SAC 2.0 Os primeiros passos do SAC 2.0 da TAM A trajetória da TAM sempre foi guiada pela disponibilidade de servir seus clientes; nas redes sociais, essa filosofia não poderia

Leia mais

GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LÍNGUA INGLESA: UM BREVE ESTUDO

GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LÍNGUA INGLESA: UM BREVE ESTUDO GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LÍNGUA INGLESA: UM BREVE ESTUDO Analine Bueno Scarcela Cuva Faculdade da Alta Paulista, Tupã/SP e-mail: analine.bueno@gmail.com Pôster Pesquisa Concluída Introdução Toda disciplina

Leia mais

E Deus viu que tudo era bom

E Deus viu que tudo era bom E Deus viu que tudo era bom Nunca pensei que fosse assim O Livro do Gênesis é o livro mais fascinante da Bíblia e o mais complicado. Foi escrito milhares de anos depois dos fatos que ele narra. Foram vários

Leia mais

COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO

COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO Por que ler este livro? Você já escutou histórias de pessoas que ganharam muito dinheiro investindo, seja em imóveis ou na Bolsa de Valores? Após ter escutado todas essas

Leia mais

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ZERO Instruções REDAÇÃO Você deve desenvolver seu texto em um dos gêneros apresentados nas propostas de redação. O tema é único para as três propostas. O texto deve ser redigido em prosa. A fuga do tema

Leia mais

Lista de exercícios Sociologia- 1 ano- 1 trimestre

Lista de exercícios Sociologia- 1 ano- 1 trimestre Lista de exercícios Sociologia- 1 ano- 1 trimestre 01-O homo sapiens moderno espécie que pertencemos se constitui por meio do grupo, ou seja, sociedade. Qual das características abaixo é essencial para

Leia mais

Leia o texto abaixo, no mínimo duas vezes; isso facilitará a sua interpretação.

Leia o texto abaixo, no mínimo duas vezes; isso facilitará a sua interpretação. 4ºano 1.4 LÍNGUA PORTUGUESA 2º período 15 de maio de 2014 Cuide da organização da sua avaliação, escreva de forma legível, fique atento à ortografia e elabore respostas claras. Tudo isso será considerado

Leia mais

Estudo Dirigido - RECUPERAÇÃO FINAL

Estudo Dirigido - RECUPERAÇÃO FINAL Educador: Luciola Santos C. Curricular: História Data: / /2013 Estudante: 7 Ano Estudo Dirigido - RECUPERAÇÃO FINAL 7º Ano Cap 1e 2 Feudalismo e Francos Cap 6 Mudanças no feudalismo Cap 7 Fortalecimento

Leia mais