Parecer N.º 0005/P/2012/GPDP. Assunto: Princípios fundamentais a respeitar aquando da instalação de sistemas de videovigilância em espaços públicos

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1 Parecer N.º 0005/P/2012/GPDP Assunto: Princípios fundamentais a respeitar aquando da instalação de sistemas de videovigilância em espaços públicos O presente parecer visa estabelecer os princípios fundamentais a respeitar aquando da instalação, de acordo com a Lei n.º 2/2012 (Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos), em espaços públicos, de sistemas de videovigilância, pelas forças e serviços de segurança da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), enquanto dotadas de autoridade de polícia. I. Aplicação da Lei Nos termos do artigo 1.º do Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos, a presente lei regula a utilização de sistemas de videovigilância em espaços públicos pelas forças e serviços de segurança da RAEM, enquanto dotadas de autoridade de polícia. O Sistemas de videovigilância aqui referido trata-se da recolha e tratamento de imagens e sons captados em tempo real por sistemas de vídeo e de fotografia em circuito fechado, através de câmaras fixas ou através de qualquer outro sistema ou meio técnico análogo, enquanto que os espaços públicos são os locais, as vias públicas, os estabelecimentos e equipamentos públicos pertencentes ou afectos à RAEM ou às outras pessoas colectivas públicas da RAEM ou cuja gestão e responsabilidade esteja a cargo destas e que estão destinados predominantemente ao uso da população (Vide o n.º 1 e n.º 2 do artigo 3.º da referida Lei). Para além disso, o artigo 2.º do Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos regula o âmbito de aplicação. Nos termos do n.º 1 do mesmo artigo, a utilização de sistemas de videovigilância destina-se exclusivamente a assegurar a segurança e ordem públicas, nomeadamente prevenir a prática de crimes, e a auxiliar a investigação criminal, enquanto que o n.º 2 define: a aplicação da presente lei, nomeadamente, o tratamento e protecção de dados pessoais, deve observar o regime estabelecido na Lei n.º 8/2005, e respeitar a reserva de intimidade da vida privada, 1

2 bem como os demais direitos, liberdades e garantias fundamentais estabelecidos na Lei Básica da RAEM e demais legislação aplicável. Ou seja, a instalação, em espaços públicos, de sistemas de videovigilância pelas forças e serviços de segurança da RAEM, enquanto dotadas de autoridade de polícia e, nomeadamente, quando tiverem como objectivo prevenir a prática de crimes e auxiliar a investigação criminal, deve observar também o disposto da Lei da Protecção de Dados Pessoais e demais legislação relativa, para além de estar sujeita ao Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos. II. Legalidade da instalação de sistemas de videovigilância Nos termos do n.º 1 e n.º 2 do artigo 4.º do Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos, a utilização de sistemas de videovigilância obedece aos princípios de legalidade e de exclusividade, segundo os quais a recolha e tratamento das imagens e sons captados pelo sistema de videovigilância devem ser efectuados dentro dos limites fixados na mesma lei, na Lei n.º 8/2005 e na demais legislação aplicável, e a videovigilância só é admissível para os fins previstos na mesma lei. De acordo com o artigo 5.º da mesma lei, só é permitida a utilização de sistemas de videovigilância para os seguintes fins: 1) Protecção de edifícios públicos e instalações de interesse público, mesmo quando a sua exploração esteja concessionada a entidades privadas; 2) Protecção de edifícios classificados como património histórico ou cultural; 3) Protecção da segurança de pessoas e bens, públicos ou privados, e a prevenção da prática de crimes em locais onde exista um risco razoável para a sua ocorrência, nomeadamente: (1) Em locais de detenção ou de cumprimento de medidas privativas de liberdade; (2) Nos postos fronteiriços e quaisquer locais de contacto com o exterior da RAEM; (3) Nas instalações portuárias e aeroportuárias, e nos serviços de transporte público, ferroviário e rodoviário; 2

3 4) Prevenção e segurança rodoviária de pessoas e bens; 5) Protecção de caminhos de acesso e de evacuação dos locais referidos nas alíneas 1) a 3). Por outro lado, nos termos do artigo 2.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais, o tratamento de dados pessoais deve processar-se de forma transparente e no restrito respeito pela reserva da vida privada, bem como pelos direitos, liberdades e garantias fundamentais estabelecidas na Lei Básica da Região Administrativa Especial de Macau, nos instrumentos de direito internacional e na legislação vigente. Também nos termos do n.º 1 e n.º 2 do artigo 5.º da mesma Lei está previsto que os dados pessoais devem ser tratados de forma lícita e com respeito pelo princípio da boa fé e dos princípios gerais enunciados no artigo 2.º ; recolhidos para finalidades determinadas, explícitas e legítimas e directamente relacionadas com o exercício da actividade do responsável pelo tratamento, não podendo ser posteriormente tratados de forma incompatível com essas finalidades. Pelo que os fins de instalação, em espaços públicos, de sistemas de videovigilância pelas forças e serviços de segurança da RAEM, enquanto dotadas de autoridade de polícia, são apenas os previstos do n.º 1 ao n.º 5 do artigo 5.º do Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos. Os dados devem ser recolhidos para finalidades determinadas, explícitas e legítimas e, directamente, relacionadas com o exercício da actividade do responsável pelo tratamento, não podendo ser, posteriormente, tratados de forma incompatível com essas finalidades. III. Legitimidade do tratamento de dados pessoais De acordo com o disposto da Lei da Protecção de Dados Pessoais, ao tratar os dados sensíveis previstos pelo artigo 7.º da mesma lei, ou seja, os referentes a convicções filosóficas ou políticas, filiação em associação política ou sindical, fé religiosa, vida privada e origem racial ou étnica, bem como os dados pessoais relacionados com a vida sexual e dados genéticos, a entidade responsável pelo tratamento deve possuir as condições de legitimidade previstas pelo mesmo artigo para poder proceder ao tratamento desses dados. O tratamento de dados relacionados com actividades ilícitas ou com infracções penais e administrativas deve ter por base as condições de legitimidade previstas pelo artigo 8.º da mesma lei. O tratamento de dados pessoais não pertencentes aos dois tipos supra referidos deve assentar, no entanto, em qualquer um dos requisitos previstos pelo artigo 6.º da mesma lei para ter, assim, a condição de legitimidade que permite o tratamento de dados pessoais. 3

4 (I) Legitimidade de tratamento de dados pessoais gerais Nos termos do artigo 6.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais: O tratamento de dados pessoais só pode ser efectuado se o seu titular tiver dado de forma inequívoca o seu consentimento ou se o tratamento for necessário para: 1) Execução de contrato ou contratos em que o titular dos dados seja parte ou de diligências prévias à formação do contrato ou declaração da vontade negocial efectuadas a seu pedido; 2) Cumprimento de obrigação legal a que o responsável pelo tratamento esteja sujeito; 3) Protecção de interesses vitais do titular dos dados, se este estiver física ou legalmente incapaz de dar o seu consentimento; 4) Execução de uma missão de interesse público ou no exercício de poderes de autoridade pública em que esteja investido o responsável pelo tratamento ou um terceiro a quem os dados sejam comunicados; 5) Prossecução de interesses legítimos do responsável pelo tratamento ou de terceiro a quem os dados sejam comunicados, desde que não devam prevalecer os interesses ou os direitos, liberdades e garantias do titular dos dados. Ou seja, a entidade responsável pelo tratamento de dados pessoais tem de possuir qualquer um dos requisitos acima discriminados para obter a legitimidade do tratamento de dados pessoais. Os destinatários da aplicação da Lei da Protecção de Dados Pessoais são as pessoas singulares, entidades públicas e instituições particulares, entre outros. Os direitos que esta lei pretende proteger envolvem vários aspectos, pelo que um dos espíritos mais importantes desta lei é atingir um equilíbrio entre os direitos e interesses das entidades responsáveis pelo tratamento e do titular dos dados e maximizá-lo. Porém, esta lei trata apenas de um quadro jurídico geral sobre a protecção de dados pessoais mas não é uma lei que regula exclusivamente a utilização, pelas forças e serviços de segurança, de sistemas de videovigilância. No entanto, a normação feita através de lei formal, quanto ao uso de sistemas de videovigilância, justifica-se pelas suas implicações em sede de protecção dos direitos e liberdades fundamentais, a qual está consagrada pela Lei Básica, Código Civil e outros diplomas avulsos, particularmente no tocante à instalação e uso de equipamento de videovigilância, bem como no que se refere ao aproveitamento dos registos de imagens e de sons recolhidos por estes sistemas e o potencial conflito com o direito à privacidade e reserva da intimidade privada, o direito à imagem, o direito à palavra e à liberdade de circulação. Importa, assim, enquadrar a utilização de sistemas de videovigilância, tendo em conta que cabe à lei decidir em que medidas estes sistemas poderão ser utilizados e, especialmente, assegurar, numa situação de conflito com direitos fundamentais, que as restrições aos mesmos se limitem ao necessário para 4

5 salvaguardar outros direitos ou interesses fundamentais 1 (a parte sublinhada foi importada pelo presente texto). Tendo em consideração disso, a Assembleia Legislativa elaborou o Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos que regula, exclusivamente, a utilização, pelas forças e serviços de segurança, de sistemas de videovigilância em espaços públicos. Tendo analisado o disposto no Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos, conclui-se que esta lei confere, às forças e serviços de segurança, a legalidade da instalação e tratamento de dados de sistemas de videovigilância, no âmbito por ela estabelecido. Para além disso, a referida lei determina que as forças e serviços de segurança da RAEM, dotados de autoridade de polícia, são os responsáveis pelo referido tratamento e estabelece como finalidades da utilização de sistemas de videovigilância e do tratamento de dados por ela fornecidos a manutenção da ordem pública e, sobretudo, a prevenção da prática de crimes e o auxílio à investigação criminal. Considera-se, por isso, o tratamento de dados no âmbito da execução de uma missão de interesse público ou do exercício de poderes de autoridade pública, o que está em conformidade com o estipulado pelo n.º 4 do artigo 6.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais. Está patente a legitimidade do tratamento de dados pessoais gerais. (II) Legitimidade de tratamento de dados sensíveis Nos termos do n.º 1 do artigo 7.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais, é proibido, em princípio, o tratamento de dados sensíveis, ou seja, os dados relacionados com a convicção filosófica ou políticas, filiação em associação política ou sindical, fé religiosa, vida privada e origem racial ou étnica, bem como o tratamento de dados relativos à saúde e à vida sexual, incluindo os dados genéticos. Entretanto, o tratamento em causa pode ser efectuado, excepcionalmente, apenas quando se verificarem as situações previstas nos n.º 2 ao n.º 4 do mesmo artigo. Macau tem uma elevada densidade populacional, é uma cidade com ruas e vias estreitas, travessas intercruzadas e onde alguns cidadãos moram no rés-do-chão pelo que a instalação, em espaços públicos, de sistemas de videovigilância, a captação de 1 Vide P.4-P.5 do Parecer n.º 2/IV/2012 sobre a Proposta de lei intitulada Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos, emitido pela 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, em que foi citada a P.2 da Deliberação Nº 61/2004, PRINCÍPIOS SOBRE O TRATAMENTO DE DADOS POR VIDEOVIGILÂ NCIA, da Comissão Nacional de Protecção de Dados de Portugal. 5

6 imagens e sons por estes equipamentos e o tratamento de dados subsequente implicará, inevitavelmente, o tratamento de dados sensíveis, definidos pelo artigo 7.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais. Tendo analisado o disposto nos n.º 2 ao n.º 4 do artigo 7.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais, a utilização pelas forças e serviços de segurança da RAEM, enquanto autoridade de polícia, em espaços públicos, de sistemas de videovigilância só pode ter a legitimidade de tratamento de dados sensíveis quando estiver de acordo com o disposto na alínea 1) do n.º 1 do artigo 7.º, ou seja, o pretexto em que estão garantidos o princípio de não discriminação, as medidas de segurança previstas pelo artigo 16.º 2 da mesma lei e a disposição legal ou disposição regulamentar de natureza orgânica que, expressamente, o autorize. Face ao disposto, a promulgação e a entrada em vigor do Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos conferem a legitimidade da instalação, em espaços públicos, de sistemas de videovigilância pelas forças e serviços de segurança enquanto autoridade de polícia, assim como a legitimidade de tratamento de dados sensíveis. Pelo que se pode considerar que o Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos autoriza, expressamente, o tratamento de dados sensíveis a efectuar pelas forças e serviços de segurança em causa, que têm a legitimidade de tratar os dados sensíveis, desde que garantam o princípio de não discriminação, as medidas de segurança previstas pelo artigo 16.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais e quando se verificar a condição estipulada pela alínea 1) do n.º 2 do artigo 7.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais. Apesar de o Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos conferir a legitimidade de instalação, em espaços públicos, de sistemas de videovigilância e o respectivo tratamento de dados sensíveis pelas forças e serviços de segurança, enquanto autoridade de polícia, existem, nesta lei, certos limites, que são os seguintes: 1. Limites à recolha de dados (1) No que se refere à instalação de sistemas de videovigilância, nos termos do n.º 1.º do artigo 7.º, é proibida a instalação de câmaras de videovigilância, com ou sem gravação de som, em quaisquer áreas, mesmo que situadas em espaços públicos, 2 Este artigo regula, principalmente, as medidas adequadas a tomar pela entidade responsável pelo tratamento no que respeita ao controlo do acesso às instalações, do suporte de dados, da introdução, acesso, utilização, transmissão e partilha de dados, entre outros (para mais pormenores, vide o artigo 16.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais). 6

7 que sejam, pela sua natureza, destinadas a serem utilizadas no resguardo da intimidade ou de culto. Ou seja, quando os dados incluem imagens relativas à vida privada, em interior de casa, edifício habitado ou sua dependência, e a cerimónia de culto realizada pelos crentes em igrejas ou templos, mesmo que sejam espaços públicos, é proibida a instalação de sistemas de videovigilância, com ou sem gravação de som. (2) Quanto à gravação de som, nos termos do n.º 2 do artigo 7.º do Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos, é proibida a captação de sons, salvo quando seja estritamente necessária para assegurar a defesa e protecção das pessoas e bens em situações de elevado risco, nomeadamente em situação de calamidade ou catástrofe natural, ou em situação atentatória da segurança da RAEM ou do Estado. Ou seja, o princípio estabelecido pela lei consiste em proibir a captação de sons. Salvo nas situações excepcionais previstas pela lei, não se pode efectuar a gravação de sons. 2. Limites à utilização No que respeita à utilização de sistemas de videovigilância (incluindo a recolha de imagens e sons), nos termos dos n.º 3 ao n.º 5 do artigo 7.º do Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos, é proibida e ilegítima a captação de imagens e sons quando essa captação afecte, de forma directa e imediata, a intimidade das pessoas, ou resulte na gravação de conversas de natureza privada ; é proibida a utilização de câmaras de videovigilância quando a captação de imagens e sons abranja interior de casa ou edifício habitado ou sua dependência ; as imagens e sons acidentalmente captados, em violação do disposto na presente lei, devem ser imediatamente destruídos pela entidade responsável pelo tratamento. Pelo que as imagens e sons indevidamente captados e registados no sistema devem ser destruídos. (III) Legitimidade de tratamento de dados relativos a suspeitas de actividades ilícitas, infracções penais e infracções administrativas Nos termos do artigo 8.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais, para que se verifique a legitimidade do tratamento de dados relativos a suspeitas de actividades ilícitas, infracções penais e infracções administrativas (adiante designados por dados relativos a actos ilícitos ) o tratamento deve assentar em qualquer um dos números do mesmo artigo. 7

8 Nos termos do n.º 2 do artigo 8.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais, o tratamento de dados pessoais relativos a suspeitas de actividades ilícitas, infracções penais, infracções administrativas e decisões que apliquem penas, medidas de segurança, multas e sanções acessórias pode ser efectuado desde que observadas as normas de protecção de dados e de segurança de informação, quando tal tratamento for necessário à execução de finalidades legítimas do seu responsável, desde que não prevaleçam os direitos, liberdades e garantias do titular dos dados. Ou seja, existem condições de legitimidade para tratar os dados relativos a actos ilícitos sempre que se observem as normas de protecção de dados e de segurança de informação, se a instalação e a utilização, em espaços públicos, de sistemas de videovigilância pelas forças e serviços de segurança da RAEM, enquanto autoridade de polícia, é considerada necessária, para a concretização dos seus fins legítimos, e desde que não prevaleçam os direitos, liberdades e garantias do titular dos dados. Como foi anteriormente afirmado, a promulgação e a entrada em vigor do Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos conferiu às forças e serviços de segurança da RAEM, enquanto autoridade de polícia, legalidade para instalar e utilizar sistemas de videovigilância e, consequentemente, tratar os dados recolhidos, nos âmbitos por ele estabelecidos. A instalação dos referidos sistemas visa manter a segurança e ordem públicas e, sobretudo, prevenir a prática de crimes e auxiliar a investigação criminal, pelo que está de acordo com as finalidades legítimas estipuladas pelo n.º 2 do artigo 8.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais. Salvo as excepções definidas por lei, o interesse público e a ordem pública prevalecem sobre os direitos, liberdades e garantias do titular dos dados. Os princípios subjacentes às respectivas disposições do Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos correspondem, por isso, ao disposto no n.º 2 do artigo 8.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais. Assim se conclui que a instalação e utilização pelas forças e serviços de segurança da RAEM, enquanto autoridade de polícia, no âmbito estabelecido pelo Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos, estão de acordo com o disposto no n.º 2 do artigo 8.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais, pelo que estes têm condições de legitimidade para tratar os dados relativos a actos ilícitos. É de referir que, nos termos do n.º 3 do artigo 8.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais, o tratamento de dados pessoais para fins de investigação policial deve limitar-se ao necessário para a prevenção de um perigo concreto ou repressão de uma infracção determinada, para o exercício de competências previstas em disposição legal ou disposição regulamentar de natureza orgânica e ainda nos termos de instrumento 8

9 de direito internacional ou acordo inter-regional a que a RAEM se ache vinculado. IV. Princípio da proporcionalidade a observar no tratamento de dados pessoais Nos termos da alínea 3) do n.º 1 do artigo 5.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais, os dados pessoais devem ser adequados, pertinentes e não excessivos relativamente às finalidades para que são recolhidos e posteriormente tratados, ou seja, o tratamento de dados pessoais deve obedecer a uma certa proporcionalidade. Depois de as finalidades de recolha e tratamento posterior terem sido atingidas, a entidade responsável pelo tratamento deve reduzir, tanto quanto possível, a recolha e tratamento de dados pessoais no sentido de diminuir, ao mínimo, a recolha e o tratamento dos mesmos. Para além disso, de acordo com o n.º 3 do artigo 4.º do Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos, a utilização de sistemas de videovigilância obedece ao princípio da proporcionalidade, segundo o qual o recurso à videovigilância pressupõe a ponderação entre as exigências da manutenção da segurança e ordem públicas, nomeadamente a prevenção da prática de crimes, e a protecção do direito à reserva da intimidade da vida privada e de outros direitos fundamentais. Como as fontes de direito da Lei da Protecção de Dados Pessoais de Macau provêm da Lei n.º 67/98, Lei da Protecção de Dados Pessoais de Portugal e, sendo a Directiva 95/46/CE um documento importante de referência e orientação desta, o espírito da elaboração legislativa da União Europeia corresponde ao da Lei da Protecção de Dados Pessoais de Macau, pelo que possuem valores de referência significativos para Macau 3. Relativamente a este assunto, o Grupo de Trabalho do Artigo 29.º para a Protecção dos Dados da Comissão Europeia indica, no seu Parecer n.º 4/2004 sobre o Tratamento de Dados Pessoais por meio de Videovigilância, que uma vez validada a legitimidade do tratamento, deverá proceder-se a uma avaliação cuidada da proporcionalidade das disposições aplicáveis ao mesmo tratamento de dados. Nomeadamente, nas disposições relativas à captação de imagens deverá, particularmente, ser considerado o respeito pelos seguintes aspectos: 3 Vide P.18-P.19 do Parecer n.º 3/II/2005 sobre a Proposta de lei intitulada Lei da Protecção de Dados Pessoais, emitido pela 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa. 9

10 1. O ângulo visual em relação à finalidade prevista, por exemplo, se a vigilância se efectuar num local público, não deverá permitir a visualização de pormenores e/ou traços somáticos que sejam irrelevantes para os fins visados nem das áreas interiores de locais privados situados nas proximidades, especialmente se estiverem activadas funções de aproximação (zooming in) de imagem; 2. O tipo de equipamento usado para filmar, ou seja, se é fixo ou móvel; 3. As disposições efectivas de instalação, ou seja, a localização das câmaras, o uso de câmaras de imagem fixas e/ou móveis, etc.; 4. Possibilidade de ampliar e/ou aproximar (zoom in) as imagens no momento em que são filmadas ou posteriormente, isto é, no que diz respeito a imagens armazenadas, e a possibilidade de esbater e apagar determinadas imagens. Face ao disposto, pode-se concluir que a essência do princípio de proporcionalidade reside na indispensabilidade de compatibilidade dos meios de vigilância, em relação à concretização das finalidades de tratamento. Estas duas exigências devem ser respeitadas de forma a que o grau de intrusão seja o menor possível (princípio de interferência ao nível mais baixo). Ao avaliar, em pormenor, a proporcionalidade do tratamento de dados, as características técnicas, tais como a localização, o número, com ou sem gravação de som, as áreas abrangidas pelas câmaras e a possibilidade de ajustamento da distância focal e de rotação das câmaras, entre outras, devem ser tomadas em consideração. (I) Localização de instalação e número de sistemas de videovigilância No que respeita à localização de instalação de sistemas de videovigilância, como o Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos regula, exclusivamente, a utilização, pelas forças e serviços de segurança, de sistemas de videovigilância em espaços públicos, apenas os sistemas de videovigilância instalados nos espaços públicos, previstos pela alínea 2) do n.º 1 do artigo 3.º da mesma lei, serão considerados como pertencentes ao sistema em causa. Em relação à definição de espaços públicos, encontram-se, no Parecer 4 sobre a Proposta de lei intitulada Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos, 4 Vide a P.16-P.17 do Parecer n.º 2/IV/2012 sobre a Proposta de lei intitulada Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos, emitido pela 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa. 10

11 as seguintes explicações: 1. Os locais, estabelecimentos e equipamentos, que juridicamente pertencem à RAEM, incluindo as próprias repartições públicas, enquadram-se no âmbito dos espaços públicos; 2. Os locais e equipamentos que não pertencem ao Executivo, mas cujo direito de uso foi adquirido pelo Executivo por arredamento como, por exemplo, os estabelecimentos e equipamentos privados que estejam arrendados por serviços ou instituições públicas para o seu funcionamento e utilização por parte da população; 3. Os locais, as vias públicas, os estabelecimentos e equipamentos públicos pertencentes ou afectos à RAEM ou às pessoas colectivas públicas da RAEM ou cuja gestão e responsabilidade esteja a cargo destas entidades públicas. Quanto ao número de sistemas de videovigilância, este Gabinete considera que se deve procurar um equilíbrio entre o interesse público e a privacidade acerca dos dados pessoais, avaliando a razoabilidade e proporcionalidade do número de sistemas de videovigilância. Deve-se evitar a divisão excessiva das áreas abrangidas e garantir que, por um lado, a recolha e tratamento de dados pessoais sejam efectuados ao nível mínimo e, por outro, que a entidade responsável pelo tratamento tenha que investir demasiados recursos, evitando o desperdício e reduzindo a possibilidade de provocar pressão psicológica e ansiedade sobre o titular dos dados. (II) Características técnicas de sistemas de videovigilância Como foi dito acima, para determinar se a instalação e utilização de sistemas de videovigilância estão em conformidade com o princípio de proporcionalidade, as suas caraterísticas técnicas como, por exemplo, com ou sem gravação de som, ângulos de captação de imagens, distância focal e a possibilidade de rodar, entre outras, são elementos indispensáveis para a análise e avaliação. O Parecer sobre a Proposta de lei intitulada Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos refere que Macau é uma cidade pequena com uma densidade populacional alta, razão pela qual a utilização, em espaços públicos, de sistemas de videovigilância pode prejudicar a reserva da intimidade privada dos cidadãos, a liberdade e o sigilo da comunicação. Assim, ao avaliar as características técnicas dos equipamentos de sistemas de videovigilância, deve ser tido em consideração o eventual desrespeito das mesmas pelos direitos fundamentais das pessoas. 11

12 Tomando, como exemplo, a gravação de som através de sistemas de videovigilância, encontra-se, no Parecer sobre a Proposta de lei intitulada Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos, a seguinte afirmação, A esse respeito, salienta-se que nos registos recolhidos pela videovigilância constam gravações de imagens e sons. Em relação ao primeiro, a proposta de lei adopta uma postura menos exigente, de modo que a gravação de imagens pode ser efectuada nos locais autorizados para tal, ao invés do registo de sons, em relação ao qual a proposta de lei é mais rigorosa (...) significando, com isso, que o registo e a gravação de sons estava reservado para situações absolutamente necessárias. É importante ter presente que os registos de som recolhidos através de gravação sonora colidem com os direitos fundamentais dos cidadãos, tal como a reserva da intimidade privada, a liberdade e o sigilo da comunicação (...). A gravação de sons em espaços públicos implica, para além de conversas presenciais entre pessoas, a possibilidade de captação de comunicações realizada por meio de telemóveis, o que sugere, em certa medida, uma correspondência com o que ocorre com a escuta telefónica que seja operada num dado espaço público 5. Acerca disso, existem, no Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos, disposições proibitivas, n.º 2 a n.º 4 do artigo 7.º, segundo as quais é proibida a captação de sons, salvo quando seja estritamente necessária para assegurar a defesa e protecção das pessoas e bens em situações de elevado risco, nomeadamente em situação de calamidade ou catástrofe natural, ou em situação atentatória da segurança da RAEM ou do Estado. É proibida e ilegítima a captação de imagens e sons quando essa captação afecte, de forma directa e imediata, a intimidade das pessoas, ou resulte na gravação de conversas de natureza privada. É proibida a utilização de câmaras de videovigilância quando a captação de imagens e sons abranja interior de casa ou edifício habitado ou sua dependência. Em relação a outras características técnicas, incluindo as áreas abrangidas pelas câmaras, a distância focal e a possibilidade de rotação, este Gabinete considera que se deve avaliar, conforme as situações e necessidades concretas de cada caso, os efeitos causados pelas respectivas características nos direitos fundamentais das pessoas e assegurar que essas características não violem as disposições legais. V. Medidas de segurança Nos termos do artigo 15.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais, no que respeita ao tratamento de dados pessoais gerais, o responsável pelo tratamento deve pôr em 5 Vide a P.9-P.10 do Parecer n.º 2/IV/2012 sobre a Proposta de lei intitulada Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos, emitido pela 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa. 12

13 prática as medidas técnicas e organizativas adequadas para proteger os dados pessoais contra a alteração, a difusão ou o acesso não autorizados, e contra qualquer outra forma de tratamento ilícito, devendo elas assegurar, atendendo aos conhecimentos técnicos disponíveis e aos custos resultantes da sua aplicação, um nível de segurança adequado em relação aos riscos que o tratamento apresenta e à natureza dos dados a proteger. Quanto ao tratamento de dados sensíveis e de dados relativos a suspeitas de actividades ilícitas, infracções penais e infracções administrativas, o artigo 16.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais regula as medidas especiais de segurança a tomar, incluindo o controlo do acesso às instalações, de suportes de dados, da introdução, da utilização, do acesso aos dados, da transmissão, da introdução de dados e do transporte, entre outros. A Lei da Protecção de Dados Pessoais exige, da entidade responsável pelo tratamento, a adopção de medidas correspondentes aos riscos que o tratamento apresenta e à natureza dos dados a proteger e, ainda, o dever de estas serem adequadas. Assim, atendendo a que as medidas de segurança adoptadas pelas diversas entidades responsáveis pelo tratamento de dados pessoais podem ser diferentes, estas devem ponderar a capacidade técnica dos equipamentos já existentes e os custos técnicos que podem suportar. Para além disso, como foi anteriormente dito, o Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos tem, quando comparado com as da Lei da Protecção de Dados Pessoais, disposições mais rigorosas e exigentes no que se refere às medidas de segurança. Nos termos da alínea 2) e 3) do n.º 1 do artigo 13.º da primeira, cabe à força ou ao serviço de segurança responsável pelo tratamento dos dados, no âmbito das suas competências legais, nomeadamente, adquirir os meios técnicos necessários, bem como as instalações adequadas à recolha e tratamento dos dados no estrito cumprimento das disposições da presente lei e da Lei n.º 8/2005; elaborar manuais ou códigos de conduta para garantir uma maior eficácia nos procedimentos e para garantir que a recolha e tratamento dos dados registados estão em conformidade com as disposições da presente lei, em particular, com o respeito pelos princípios da privacidade e da protecção de dados pessoais. Os artigos 17.º e 18.º da mesma lei dispõem, exclusivamente, de disposições sobre o acesso aos dados pelas forças e serviços de segurança e regulam a proibição da transferência de dados ou cópia das gravações, para além dos fins a que se refere a lei. 13

14 No que respeita às medidas organizativas, a entidade responsável pelo tratamento deve elaborar manuais ou códigos de conduta para regular a fiscalização em tempo real e o acesso aos dados recolhidos pelo sistema por parte do pessoal, a transferência e cópia dos dados e o apagamento e a utilização dos mesmos, entre outros assuntos. No que se refere às medidas técnicas, a entidade responsável pelo tratamento deve adquirir os meios técnicos necessários e as instalações adequadas para proteger os dados recolhidos pelo sistema de videovigilância, nomeadamente, nos seguintes aspectos: 1. Armazenamento de dados (1) Em relação ao suporte dos dados, deve-se estabelecer competências de acesso, nome de acesso e códigos para o efeito de protecção. Caso seja possível usar suporte móvel de armazenamento como, por exemplo, USB (Universal Serial Bus) ou discos, deve-se assegurar que apenas as pessoas com competência para tal possam utilizá-los e impedir o acesso, cópia, alteração ou remoção do suporte dos dados por pessoas não autorizadas. (2) As instalações destinadas ao tratamento de dados devem, por seu lado, estar equipadas com um sistema de controlo de acesso, sistema de alarme e ser objecto de fiscalização por pessoal autorizado, entre outros, para impedir a entrada de pessoas não autorizadas nas instalações onde se processa o tratamento. 2. Transmissão e transporte dos dados Durante o processo de transmissão e o transporte do seu suporte, deve-se impedir o acesso, cópia, alteração e apagamento não autorizados dos dados. A forma mais aconselhável será a sua transmissão através de uma rede fechada. 3. Registo de utilização dos dados Devem ser efectuados registos sobre cada utilização do sistema, incluindo: dados sobre o utilizador, finalidades da utilização, descrição sobre os dados usados (como, por exemplo, hora de captação e registo dos dados, número da câmara, local de instalação, entre outros). 14

15 4. Cópia dos dados Com vista a garantir a integridade e a exactidão de dados, é aconselhável realizar cópias das imagens e sons captados pelo sistema de videovigilância e tomar medidas adequadas de segurança para as proteger. Para além disso, a entidade responsável pelo tratamento deve, ainda, assegurar que o pessoal afecto ao tratamento dos dados registados pelo sistema de videovigilância, incluindo os operadores, administradores e fiscalizadores, tenham consciência da importância das medidas de segurança e que lhes seja fornecida formação adequada e contínua. Para além disso, é necessário exigir-lhes que observem as disposições legais e a regulamentação interna sobre a protecção de dados, de forma a garantir uma gestão e utilização seguras de dados e evitar a danificação acidental ou ilícita, perda, difusão ou acesso acidentais e qualquer outra forma de tratamento ilícito de dados. VI. Período de conservação de dados Nos termos da alínea 5) do n.º 1 do artigo 5.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais, os dados pessoais devem ser conservados de forma a permitir a identificação dos seus titulares apenas durante o período necessário para a prossecução das finalidades da recolha ou do tratamento posterior. O n.º 1 do artigo 21.º do Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos regula, por seu lado, que os dados recolhidos, nos termos da mesma lei, são conservados pelo prazo máximo de 60 dias, sem prejuízo do disposto no n.º 2 do mesmo artigo. Este Gabinete considera que as forças e serviços de segurança da RAEM, enquanto autoridade de polícia, devem definir, em respeito pelas referidas disposições legais, um período máximo de conservação de dados de imagem recolhidos através do sistema de videovigilância. Uma vez expirado este período de conservação, os dados devem ser destruídos, salvo na situação prevista pelo n.º 2 do artigo 21.º do Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos. VII. Direitos dos titulares dos dados Tanto a Lei da Protecção de Dados Pessoais, como o Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos contemplam disposições relativas aos direitos dos titulares dos dados. 15

16 (I) Direito de informação Nos termos do n.º 1 do artigo 10.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais, aquando da recolha de dados pessoais directamente do seu titular, o responsável pelo tratamento ou o seu representante devem prestar-lhe, salvo se já dele forem conhecidas, as seguintes informações: 1. Identidade do responsável pelo tratamento e, se for caso disso, do seu representante; 2. Finalidades do tratamento; 3. Outras informações, tais como: (1)Os destinatários ou categorias de destinatários dos dados; (2)O carácter obrigatório ou facultativo da resposta, bem como as possíveis consequências se não responder; (3)A existência e as condições do direito de acesso e de rectificação, desde que sejam necessárias, tendo em conta as circunstâncias específicas da recolha dos dados, para garantir ao seu titular um tratamento leal dos mesmos. Para além disso, os n.º 2 a n.º 4 do mesmo artigo prevêem as outras situações em que devem ser prestadas informações ao titular dos dados, enquanto que os n.º 5 e n.º 6 definem as situações excepcionais em que a obrigação de informação pode ser dispensada. Por outro lado, nos termos do n.º 1 e n.º 2 do artigo 25.º do Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos, para efeitos da presente lei, nos locais onde estejam instalados sistemas de videovigilância é obrigatória, em local bem visível, a afixação de aviso público cujo conteúdo assegure o conhecimento da utilização do sistema e da entidade responsável pelo tratamento dos dados. O aviso referido no número anterior deve ser redigido nas línguas chinesa e portuguesa, devendo, igualmente, ser acompanhado de simbologia adequada e pode estar traduzido em língua inglesa quando tal se justifique. De facto, o Despacho do Secretário para a Segurança n.º 61/2012 aprova as especificações e descrição das cores dos avisos públicos previstos pelo artigo 25.º do 16

17 Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos, pelo que a utilização de sistemas de videovigilância, em espaços públicos, pelas forças e serviços de segurança da RAEM, enquanto autoridade de polícia, deve observar as obrigações legais acima referidas, sob pena de terem que assumir as responsabilidades legais correspondentes. (II) Direito de acesso Nos termos do n.º 1 do artigo 11.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais, o titular dos dados tem o direito de obter do responsável pelo tratamento, livremente e sem restrições, com periodicidade razoável e sem demoras ou custos excessivos: 1. A confirmação de serem ou não tratados dados que lhe digam respeito, bem como informação sobre as finalidades desse tratamento, as categorias de dados sobre que incide e os destinatários ou categorias de destinatários a quem são comunicados os dados; 2. A comunicação, sob forma inteligível, dos seus dados sujeitos a tratamento e de quaisquer informações disponíveis sobre a origem desses dados; 3. O conhecimento das razões subjacentes ao tratamento automatizado dos dados que lhe digam respeito; 4. A rectificação, o apagamento ou o bloqueio dos dados cujo tratamento não cumpra o disposto na presente lei, nomeadamente devido ao carácter incompleto ou inexacto desses dados; 5. A notificação a terceiros a quem os dados tenham sido comunicados de qualquer rectificação, apagamento ou bloqueio efectuado nos termos da alínea anterior, salvo se tal for comprovadamente impossível ou implicar um esforço manifestamente desproporcionado, devendo os terceiros proceder igualmente à rectificação, apagamento, destruição ou bloqueio dos dados. Os n.º 2 a 6 do mesmo artigo prevêem as outras situações do exercício do direito de acesso. No caso de tratamento de dados pessoais relativos à segurança e à prevenção ou investigação criminal, o direito de acesso é exercido através da autoridade competente. Para além disso, o artigo 27.º do Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos regula, exclusivamente, o acesso e a eliminação dos dados registados pelo 17

18 sistema de videovigilância. Todos aqueles que figurarem nas gravações têm o direito de acesso e de eliminação, que podem ser accionados directamente ou junto deste Gabinete. No entanto, o exercício dos referidos direitos pode ser fundamentadamente negado quando seja susceptível de constituir perigo para a segurança pública, ou na medida em que afectar o exercício de direitos e liberdades de terceiros, ou ainda quando esse exercício prejudique a normal tramitação de processo judicial, independentemente da sua natureza. VIII. Emissão de pareceres Nos termos do n.º 1 do artigo 11.º do Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos, este Gabinete poderá, conforme os princípios abordados no presente parecer, realizar análises aos pareceres das forças e serviços de segurança da RAEM, enquanto autoridade de polícia, sobre os seguintes assuntos: 1. Localização e finalidades da instalação do sistema de videovigilância, incluindo a justificação do pedido, tendo em conta os princípios estabelecidos no artigo 4.º da presente lei; 2. Características técnicas do equipamento utilizado; 3. Identificação dos responsáveis pelo tratamento dos dados; 4. Normas internas de protecção dos dados; 5. Procedimentos de informação ao público sobre a existência do sistema; 6. Período de conservação dos dados, com respeito pelos princípios da adequação e da proporcionalidade em função dos fins a que os mesmos se destinam. IX. Interconexão e transferência de dados Nos termos dos artigos 9.º, 19.º, 20.º e 22.º da Lei da Protecção de Dados Pessoais, se pretenderem tratar, através de interconexão, os dados de imagens e sons recolhidos pelo sistema de videovigilância, ou transferir os referidos dados para locais situados fora da RAEM, as forças e serviços de segurança da RAEM, enquanto autoridade de polícia, devem apresentar, a este Gabinete, pedido de emissão de autorização ou notifica-lo, senão, esse tipo de tratamento ou transferência pode constituir violação administrativa ou crime. 18

19 X. Conclusão Resumindo e em conclusão, em caso geral, pelo motivo das finalidades previstas no Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos, as forças e serviços de segurança da RAEM, enquanto autoridade de polícia, têm legalidade e exclusividade da utilização, em espaços públicos, de sistemas de videovigilância e a legitimidade do tratamento de dados pessoais, desde que observem, escrupulosamente, o disposto no Regime Jurídico da Videovigilância em Espaços Públicos, Lei da Protecção de Dados Pessoais e demais legislação aplicável, respeitando a reserva de intimidade da vida privada e os direitos fundamentais, nomeadamente o princípio de proporcionalidade do tratamento de dados, para além de prestar as informações previstas pela lei, destruir os dados uma vez expirado o período de conservação, tomar medidas de segurança necessárias para proteger os dados e submeter o pessoal responsável pelo tratamento de dados a formação, entre outros assuntos. Aos 26 de Junho de 2012 A Coordenadora, Chan Hoi Fan 19

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