Os Primeiros Navios dos Descobrimentos e Viagens dos Portugueses Barchas e Varineis Segunda, 03 Maio :00

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1 "E acabado assim o recontamento das sua viagem" - escreve Zurara na sua Crónica da Guiné, a propósito da dobragem do Cabo Bojador por Gil Eanes - "fez o Infante armar um "varinel" no qual mandou Afonso Gonçalves, seu copeiro, e assim Gil Eanes com a sua "barcha", mandando que tornassem lá outra vez." Em 1436 o "varinel" ou "barinel" de Afonso Gonçalves Baldaia realizou uma nova expedição na costa africana, atingindo a Pedra da Galé, mas antes disso, o navegador português deteve-se na embocadura do ainda hoje denominado Rio do Ouro - braço de mar cuja extensa penetração justifica a ilusão de ser a foz de um grande rio ou mesmo de uma continuação de mar cheios de baixios e de navegação difícil. "Dali Baldaia enviara dois mancebos a verificar se a terra era habitada. Heitor Homem e Diogo Lopes de Almeida, a cavalo, seguiram à longa daquele rio por espaço de sete léguas", escreve ainda Gomes Eanes de Zurara na sua "Crónica da Guiné". O "varinel" de Baldaia, acompanhado pela barca de Eanes, navegou até aos 22º de Latitude Norte, transportando dois cavalos oferecidos pelo Infante D. Henrique para exploração rápida das terras aportadas para o seu interior. Os dois jovens fidalgos ainda entraram em combate com um grupo de gentios, conseguindo sair quase ilesos porque se abrigavam em zonas rochosas e não enfrentaram os locais em capo aberto, pois não traziam armas defensivas, apenas lanças e espadas. Em duas viagens após a passagem do Cabo Bojador, em 1434, mais de meio milhar de quilómetros da costa africana foram explorados, o que pode ser considerado como notável dados os parcos recursos náuticos da época. Barcha e varinel ou barinel designam os dois tipos de embarcações mais utilizadas nas descobertas henriquinas até à segunda ou terceira viagem posterior à passagem do Cabo Bojador por Gil Eanes. Eram navios relativamente primitivos na maior parte dos casos sem 1 / 6

2 coberta e com uma tonelagem que variavam entre os 30 e os 100 tonéis, se bem que Oliveira Martins recusasse já tal designativo, dizendo que as barchas eram navios de 100 tonéis com uma coberta utilizados largamente no comércio marítimo nos tempos de D. Fernando. Outros investigadores referem que as barcas henriquinas eram geralmente de 30 tonéis e os barineis mais não seriam que barchas maiores também com vela e remos e, apesar de já existirem caravelas à data em que o Infante D. Henrique se instalou em Sagres, 1419, a maior parte das viagens henriquinas foram feitas em barcas e varineis ou barineis. O navio de Baldaia foi chamado de Talhim que deveria significar que era telhado, ou seja, provido de uma coberta para resguardo de gentes e virtualhas e defesa das investidas do mar ou apenas um rudimentar castelo de popa telhado e não poderia ter menos de 50 tonéis dado transportar dois cavalos. Foi com barcas telhados que João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz encontraram a ilha de Porto Santo arrastados por um temporal como explicou o comandante Quirino da Fonseca. O mesmo comandante e historiador refere como pertencendo à mesma tipologia náutica, "as naves e as "barchas", sendo as primeiras mais possantes, mas umas e outras com formas rotundas, raras vezes excedendo a capacidade de 100 tonéis. Aparelhando de ordinário com um só mastro, onde cruzava horizontalmente a única verga, nesta de fixando uma grande vela quadrangular." As barchas, segundo Amadeu Carvalho de Andrade andavam pelos 10 a 20 metros de comprimento e 2,5 a 3,5 metros de boca e 1,5 a 1,65 m de pontal. Geralmente eram de boca aberta, isto é, sem convés corrido ou teriam uma só coberta quando destinadas a viagens longas. Este autor diferencia barcha de barca, considerando o primeiro termo como um navio de maior porte. Outros autores utilizam a grafologia barcha apenas para designar os já referidos navios antigos dos tempos do Infante e, provavelmente, de séculos antes. A tipologia da barcha existiu no Mediterrâneo. Assim, na obra do alemão Futterbach "Architectura Navalis" encontramos a descrição da chamada "barcha comum" e um desenho representativo da mesma com dois mastros, tendo cada um uma verga para vela latina e popa de painel. Encontramos este tipo de navio em construção num quadro de Dosso Dossi de 1520, pelo que se tratava por de uma "barcha" muito posterior às do início dos descobrimentos portugueses. Futterbach diz que a "barcha comum" tinha em geral uma equipagem de seis homens que podiam ser utilizados como remadores na falta de vento ou nas manobras de aproximação aos portos. A "barcha comum" apresentada na obra de Futterbach tinha 52 "palmi" de comprimentos (12,912 m), uma coberta corrida e uma popa longa que estreitava bastante para terminar num painel de reduzida dimensão. A boca da "barcha comum" tinha 15,5 palmi (3,849 m). Essa "barcha comum" fazia o transporte costeiro de grande quantidade de mercadorias, principalmente produtos oriundos da agricultura e dela derivaram os "galleone" italianos que abrangiam uma vasta quantidade de tipos de navios como as "freggatte" destinadas à navegação em alto mar e com possibilidades de serem armadas. De qualquer modo, à excepção do leme, um artefacto relativamente moderno, a arquitectura naval das barchas assenta em navios redondos de grande antiguidade, quase dos tempos dos fenícios. A "barcha pescareza" portuguesa era evidentemente um barco aberto de pesca com velame latino semelhante a vários tipos que navegaram nos rios e costas portuguesas, principalmente, algarvias antes da chegada dos barcos com amplos painéis de popa e depois com motores fora de bordo. Mas, a verdadeira "barcha pescareza" era típica de Lagos nos tempos do Infante e foi utilizada por ele nas primeiras navegações das descobertas, sendo um navio muito 2 / 6

3 simples e aberto sem coberta com vem aqui retratado em modelo. As "barchas" do mesmo tipo de Lisboa foram denominadas na época de "alfamistas" ou "Pescarezas de Alfama" e também chegaram a ser designadas de "caravelas de pesca", sendo utilizadas nas armadas como navios logísticos de apoio. O almirante João Brás de Oliveira desenhou e descreveu as "barchas" no fim do século dezanove, observando que eram navios ainda de proa e popa iguais com o leme central fixado numa popa sem painel nem convés corrido. O barinel ou varinel era um navio típico do Mediterrâneo, devendo ter chegado a Portugal com mareantes genoveses que ajudaram o Infante D. Henrique nas primeiras navegações de longo curso. Caracterizava-se pelo seu grande calado que lhe dava uma boa capacidade de transporte, sendo pois maior que as "barchas". A proa era alterosa a lembrar ligeiramente as naus que em breve seriam construídas para as grandes viagens; proa toda recurvada e à popa apresentava já um painel. Podia navegar a remos e levava um a dois mastros, um dos quais com um cesto de gávea. Foi usado às ordens do Infante em viagens para além do Cabo Bojador, mas o seu pano redondo dificultava muito o regresso dada a constante nortada que agita os ares desde as costas mauritanas às portuguesas, pelo que na torna-viagem da Costa da Guiné faziam uma grande volta no Atlântico, rondando os Açores. 3 / 6

4 "Barcha" henriquina com um rudimentar castelo da popa e vela quadrangular. Costado trincado aos modos da construção naval da Europa do Norte - segundo Amadeu Carvalho de Andrade - Ministério da Educação / 6

5 "Barcha Pescareza" Henriquina com velame latino - segundo Amadeu Carvalho de Andrade - Ministério da Educação Texto revisto de artigo de Dieter Dellinger publicado na Revista de Marinha de Fevereiro de / 6

6 Varinel Amadeu nave ao largo. ou ou nau Carvalho Barinel primitiva dos de Andrade também, tempos do -Ministério já com Infante cesto D. da Henrique da Educação gávea e, a indicar provavelmente É que evidente deveria muito que navegar se antes tratava - bastante segundo de uma 6 / 6

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