Sondagem da Construção do Estado de São Paulo

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1 Sondagem da Construção do Estado de São Paulo Setembro/14 Setor de construção exibe desaceleração do ritmo de queda na atividade em agosto O nível de atividade em agosto avançou 7,0 pontos em agosto, após registrar queda (-13,7 pontos) em julho, indo a métrica de 34,6 pontos, o segundo pior patamar desde o início da série em junho de O resultado reflete as pioras nas condições da indústria em 2014, já que a em agosto de 2013 o índice estava em 42,0 pontos e em agosto de 2012, 44,2 pontos (já apontando ritmo de contração nos dois anos). O nível de atividade em relação ao usual apresentou forte variação em agosto, passando de 24,2 pontos em julho para 35,0, ficando bem abaixo de sua média histórica, que, em agosto, encontrava-se em 44,7 pontos. No mesmo período em 2013, o índice chegou a 37,2 pontos. Em relação ao nível de empregados, a leitura atual também mostrou forte variação (+8,4 pontos), visto que o resultado de julho se mostrou o pior da série histórica (30,9), denotando que a deterioração do mercado de trabalho, evidenciado pelos dados do CAGED, são fortemente sentidos pela indústria de construção. Com o resultado, o setor de mostra desaceleração do ritmo de queda na passagem do mês, mas ainda mostra grande perda de dinamismo, refletindo as dificuldades da economia brasileira em

2 O indicador do nível de atividade comparado ao mês anterior se recuperou levemente entre julho e agosto, ficando em 34,6 pontos. Na abertura por porte, o índice reflete o avanço entre as categorias. No mês de agosto, foi visto alta de 12,5 pontos dentre as empresas de pequeno porte, cujo índice passou de 18,8 pontos para 31,3. Já as empresas de grande porte tiveram um menor aumento (6,8 pontos), chegando a 34,1 pontos, ante 27,3 em julho. Por fim, as indústrias de médio porte mostraram a menor variação, elevando-se em 3,6 pontos, o que fez o índice chegar a 37,5, bem abaixo da média histórica (42,9 pontos). TABELA 1 - Indicadores de Desempenho do setor da Construção Paulista Nível de atividade comparado ao mês anterior Situação Atual Nível de atividade em relação ao usual Jul/ Ago/ Nº de empregado comparado ao mês anterior Utilizaçao da Capacidade Operação - UCO (%) Jul/ Ago/ O indicador de nível de atividade em relação ao usual apresentou crescimento de 10,8 pontos, passando de 24,2 para 35,0 pontos, mantendo distância da linha de estabilidade (50,0 pontos), indicando que o nível de atividade ainda esta aquém da usualmente realizada. Todos os portes apresentaram melhora, tendo as de grande porte (13,6 pontos) apresentado a maior variação, seguido pelas de pequeno porte (12,5 pontos) e as de médio porte (5,3 pontos). Dentre estas, o destaque negativo vai para o patamar das indústrias de pequeno porte, novamente, um dos piores da série histórica (25,0). O Nº de empregados comparado ao mês anterior apresentou avanço na passagem de julho para agosto, com ganho de 8,4 pontos, após queda de 15,1 pontos vista em julho e retornando a métrica de 39,3 pontos. Por porte, os indicadores das pequenas (25,0 pontos) avançaram em 6,2 pontos, enquanto as grandes ficaram 6,8 pontos maiores (40,9 pontos). Já as empresas de médio porte mostraram forte desaceleração na contração do número de empregados em agosto (passando de 33,9 para 46,4 pontos), ao crescerem 12,5 pontos. 2

3 A Utilização da Capacidade de Operação (UCO) em agosto ficou em 71,0%, registrando aumento em comparação a divulgação anterior (63,0%), aproximando da média histórica recente (73,1%). No corte por categoria, o avanço foi puxado pelas grandes (14,0p.p.) e médias (5,0 p.p.) empresas, levando seu UCO para 86,0% e 60,0%, respectivamente. Já as pequenas apresentaram estabilidade em 52,0%, inferior a sua média histórica de 64,8%. TABELA 2 - Indicadores de Perspectivas do setor da Construção Paulista Perspectivas para os próximos 6 meses Nível de atividade Compras de insumos e matériasprimas Jul/ Ago/ Novos empreendimentos e serviços Número de empregados Jul/ Ago/ A perspectiva para o Nível de Atividade nos próximos seis meses se manteve em cenário pessimista, apesar do avanço de 16,1 pontos em agosto, chegando a marca de 48,5 pontos em agosto, e ficando cerca de 2,0 pontos abaixo do resultado aferido em igual mês do ano anterior. Destaque para o aumento na margem das indústrias de pequeno porte, que apresentou avanço de 31,3 pontos, passando de 25,0 pontos para 56,3, acima da média histórica (53,4) das indústrias de pequeno porte nesse quesito. Logo em seguida, houve aumento das indústrias de médio porte (30,8 pontos para 44,6), que cresceu 13,8 pontos e, apesar disso, ainda fica abaixo do nível de expansão (50,0 pontos). Por último, destaque também para o aumento nas perspectivas das indústrias de construção de grande porte, cujo avanço de 11,3 pontos fez o índice chegar ao patamar de 47,7 pontos, abaixo da linha de expansão (50) e abaixo também da média histórica (55,6 pontos). 3

4 As perspectivas para compras de matérias-primas e insumos nos próximos seis meses avançaram 14,0 pontos na passagem de julho para agosto, retornando ao nível de 45,8 pontos. O avanço, novamente, foi puxado pelas pequenas (+31,3 pontos) e grandes (+11,4 pontos) construtoras, que voltaram ao patamar de 56,3 pontos e 45,5 pontos, respectivamente. Já as de médio porte atingiram a métrica de 39,3 pontos, ante 32,7 pontos aferido na última leitura. As perspectivas para Novos Empreendimentos e Serviços nos próximos seis meses cresceram 15,8 pontos, repetindo o movimento das demais expectativas, em que todas as indústrias de porte apresentaram crescimento. As indústrias de pequeno porte mostraram o maior avanço em todas as comparações, crescendo 50,0 pontos (18,8 pontos para 68,8). Na comparação interanual, para efeito de comparação, esta registrou crescimento de 18,8 pontos. Em seguida, na margem, as indústrias de grande porte passaram de 34,1 pontos para 43,2 em agosto. Por último, as de médio porte chegaram a 40,4, ante 36,5 pontos. Por fim, as perspectivas para a contratação de novos empregados nos próximos seis meses ficaram em 47,3 pontos, com avanço de 13,7 pontos neste mês em referência, ficando pelo sétimo mês dentro de um cenário pessimista para o mercado de trabalho. O avanço foi puxado pelas empresas de pequeno porte (25,0 para 62,5), enquanto que a média ficou em 36,5 pontos, ante 34,6 e a grande em 47,7 pontos, ante 36,4 em julho. 4

5 Por fim, o resultado da Sondagem de Construção mostra que a atividade do setor, assim como a indústria geral, encontra-se níveis historicamente baixos. O resultado é observado em todos os portes, igualmente observado para a situação do emprego e da utilização da capacidade instalada. Além disso, as perspectivas permanecem em patamares ruins, reflexo da situação econômica atual que tem afetado as expectativas do setor, tendo apenas as pequenas empresas mostrado forte recuperação das perspectivas futuras. A maior parte dos indicadores permaneceu abaixo de suas médias históricas e, também, abaixo do nível de expansão da atividade (50,0 pontos). Com isso, espera-se ainda uma situação adversa para a indústria de construção, apesar de arrefecimento da situação ruim enfrentado, e que ficarão mais claras após divulgada a leitura de setembro, que conterá a avaliação do setor quanto a sua situação financeira. Sondagem Industrial da Construção Paulista Perfil da amostra: 29 empresas, sendo 4 pequenas, 14 médias e 11 grandes. Período de coleta: De 1 a 10 de setembro de

6 PERÍODO Nível de atividade comparado ao mês anterior Sondagem da Construção Agosto de 2014 Série Histórica Situação Atual Nível de atividade em relação ao usual Número de empregados comparado ao mês anterior Utilizaçao da Capacidade Operação - UCO (%) Jun/ Jul/ Ago/ Set/ Out/ Nov/ Dez/ Jan/ Fev/ Mar/ Abr/ Mai/ Jun/ Jul/ Ago/ Set/ Out/ Nov/ Dez/ Jan/ Fev/ Mar/ Abr/ Mai/ Jun/ Jul/ Ago/ Set/ Out/ Nov/ Dez/ Jan/ Fev/ Mar/ Abr/ Mai/ Jun/ Jul/ Ago/

7 Sondagem da Construção Agosto de 2014 Série Histórica Perspectivas para os próximos 6 meses PERÍODO Nível de atividade para os próximos seis meses Compras de insumos e matérias-primas para os próximos seis meses Novos empreendimentos e serviços para os próximos seis meses Número de empregados para os próximos seis meses número de empregados Jun/ Jul/ Ago/ Set/ Out/ Nov/ Dez/ Jan/ Fev/ Mar/ Abr/ Mai/ Jun/ Jul/ Ago/ Set/ Out/ Nov/ Dez/ Jan/ Fev/ Mar/ Abr/ Mai/ Jun/ Jul/ Ago/ Set/ Out/ Nov/ Dez/ Jan/ Fev/ Mar/ Abr/ Mai/ Jun/ Jul/ Ago/