I SUMÁRIO EXECUTIVO. Emissão Revisão: R05 Página 07/03/08 - Rua Desembargador Pedro Silva, 540 Sala 609 Fone:

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1 I SUMÁRIO EXECUTIVO O Ministério Público Federal MPF propôs ação civil pública em desfavor de diversas empresas do ramo carbonífero, em 15/04/1993, N na Justiça Federal, que abrange as questões referentes aos impactos ambientais das atividades mineradoras de carvão, na região que compõe a Bacia Carbonífera do Sul do Estado. Em 05/01/2000 a Justiça Federal acolhe o pedido, e redige uma sentença determinando a condenação das empresas mineradoras de carvão que figuram no pólo passivo, entre outros, a apresentar um projeto de recuperação das respectivas áreas degradadas. A Geológica Engenharia e Meio Ambiente Ltda, através do Minas Antigas - Içara/SC, celebrado com a Companhia Siderúrgica Nacional CSN, desenvolveu os presentes estudos para elaboração do Plano de Recuperação de Área Degradada PRAD, conforme referida Ação Civil Pública e Autos Suplementares n. o O objeto do Contrato supra mencionado abrange as áreas das Minas Poço 8 e Poço 10, inseridas no Grupamento Mineiro N 0 33, do título DNPM /74, cuja área lavrada estimada inicialmente de 300 ha, atingiu 406 ha. Este valor foi determinado com base nas informações e plantas que compõem o presente trabalho. Na referida área, salienta-se a presença de diferentes atores responsáveis pelos respectivos ônus ambientais que seguem: Surgências ácidas advindas da mineração de subsolo (CSN conforme Contrato no Anexo IV do Volume I Tomo I Pág 141); Deposição de Rejeitos em Superfície: São Domingos Indústria e Comércio de Coque Ltda conforme Contrato no Anexo IV do Volume I Tomo I, Pág 129 e LAI N o 003/07 apresentada no Anexo IV do Volume I Tomo IV; Nova Próspera Mineração SA conforme Anexo IV do Volume I Tomo I; Remineração de Rejeitos (responsabilidade da São Domingos Indústria e Comércio de Coque Ltda conforme Contratos no Anexo IV do Volume I Tomo I Págs 80 e 129. Ver Também Folha 7 do Anexo I do Volume I Tomo IV com Protocolo FATMA N o 0484/01 em 04/04/01); Deposição de Resíduos Sólidos Urbanos (responsabilidade da Prefeitura Municipal de Içara conforme Processo de Licenciamento e LAI N o 034/06 no Anexo V do Volume I Tomo I, Págs 379 e Verso); Extração de Argila (responsabilidade da Nova Próspera que vendeu os direitos para empresas cerâmicas tipo olaria conforme Volume II item , Pág 231 e seguintes). O referido PRAD foi elaborado conforme padrão determinado pelo Juízo da 1ª Vara Federal de Criciúma, SC, atendendo ao Relatório da Comissão Técnica de Assessoramento do MPF, baseando-se no PRAD PADRÃO sugerido pelo MPF, cujo conteúdo prevê: Revisão: R05 Página 10

2 Diagnóstico da área da mina contendo as seguintes caracterizações: Área Titulada, Área Lavrada, Área a Recuperar, Ônus Ambiental Existente, Levantamento Topográfico Cadastral, Diagnóstico Ambiental dos Meios Físico (clima, geologia, geotecnia e geomorfologia, solos, recursos hídricos superficiais e subterrâneos), Biótico (ecossistemas terrestres e aquáticos, flora, fauna e inter-relações) e Sócio-econômico (dinâmica populacional, uso e ocupação do solo, atividades econômicas e organização social), bem como a Fisionomia Ecológica, através da interação dos aspectos bióticos e abióticos da paisagem; Caracterização dos Impactos Ambientais: Análise dos Impactos Instalados e Potenciais, Caracterização das Fontes de Poluição e o Contaminante, Identificação dos Impactos Benéficos e Adversos, Temporários, Permanentes e Cíclicos, Reversíveis e Irreversíveis, Locais, Regionais e Estratégicos, Descrição dos Impactos sobre os Meios Físico, Biótico e Sócio-econômico; Plano de Recuperação Ambiental: Aptidão e Uso Futuro, Definição das Etapas e Métodos da Reabilitação (aterros e escavações, erosão e drenagem, solo, águas superficiais e subterrâneas, paisagismo e revegetação); Plano de Monitoramento dos Impactos Ambientais: Acompanhamento da Possível Minimização dos Impactos Ambientais, Indicação dos Métodos, Periodicidade, Parâmetros, Rede de Amostragem, Processamento das Informações, Abrangência Ar, Água, Solo, Fauna, Flora e Saúde Pública. Além disso, foram observados os Critérios para Recuperação ou Reabilitação de Áreas Degradadas pela Mineração de Carvão, documento emitido em Dez/07 pelo GTA/ACP (FATMA, DNPM, Ministério Público Federal) que agrega aos quesitos já mencionados: a discriminação de soluções para APP e demais áreas, bem como a indicação dos usos futuros, indicação de 20 % para averbação como reserva legal, define critérios de monitoramento ambiental e ações para áreas mineradas em subsolo. Este trabalho apresenta-se subdividido em três Volumes. O Volume I contém um Levantamento Bibliográfico, com o histórico dos documentos que definem as responsabilidades, quanto a recuperação ambiental das áreas degradadas pela atividade mineradora de carvão nas Minas Poço 8 e 10 e o Cadastro Imobiliário. O Volume II apresenta um Diagnóstico dos Meios Físico, Biótico e Sócio-econômico, apontando as questões referentes às atividades: Mineração de subsolo; Rejeitos em Superfície; Remineração; Resíduos Sólidos Urbanos e Extração de Argila. O PRAD, constante do Volume III, apresenta soluções para os impactos ambientais causados pela deposição de rejeitos de carvão em superfície, remineração, bem como das águas oriundas das surgências das minas. Revisão: R05 Página 11

3 II APRESENTAÇÃO O presente Plano de Recuperação de Área Degradada foi elaborado para atendimento à Ação Civil Pública n. o e Autos Suplementares n. o referente às antigas áreas degradadas das denominadas Minas Poço 8, Poço 10 e Boa Vista. Este PRAD foi editado de forma a se adequar à estrutura proposta pelo Ministério Público Federal para elaboração de Planos de Recuperação de Áreas Degradadas pela Mineração através do PRAD PADRÃO. O levantamento bibliográfico, apresentado no VOLUME I, foi realizado junto ao 11 o DS/DNPM em Florianópolis, através da leitura do processo DNPM /74, num total de 03 pastas, bem como junto à Fundação do Meio Ambiente em Criciúma, onde foram identificados os processos de licenciamento ambiental ligados às atividades mineiras inseridas na poligonal do processo DNPM /74. Embora a área de abrangência deste estudo tenha sido definida em Contrato como sendo as minas do Poço 8, Poço 10 e Mina Boa Vista, o desenvolvimento dos trabalhos revelou que a inclusão da denominada Mina Boa Vista pela Ação Civil Pública N foi um equívoco, conforme Ofício 1268/ º DS/DNPM de 20/04/2007, encaminhado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral DNPM, com o seguinte esclarecimento:...consultando nossos arquivos não encontramos informações da denominada Mina Boa Vista (SS). Consideramos que foi um equívoco a inclusão desta mina na relação existente a página 08, do Anexo II, que integra o relatório da Comissão Técnica de Assessoramento do MPF... O Ofício PRMC/Nº 215/07 UTC, de 20/04/2007, do Ministério Público Federal de Criciúma ratifica a informação emitida pelo DNPM. Os citados ofícios podem ser verificados mediante consulta ao ANEXO I, apresentado no VOLUME I LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO PROCESSO DNPM /74, TOMO I HISTÓRICO E DOCUMENTOS. Neste levantamento bibliográfico identificou-se que a responsabilidade ambiental da CSN está restrita aos efluentes gerados pelas minas de subsolo na superfície dos terrenos, através da surgência de água do subsolo por três furos de sondagem, bem como de uma área com rejeitos em superfície pertencente a Nova Próspera Mineração S.A. Quanto às demais áreas com depósitos de rejeitos pirito-carbonosos a céu aberto presentes na superfície das minas verificou-se que a responsabilidade pela recuperação ambiental é das empresas São Domingos Indústria e Comércio de Coque Ltda e Mineração São Domingos Ltda. Assim como, o depósito de resíduos Revisão: R05 Página 12

4 sólidos urbanos, também situado sobre estas minas, é de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Içara. O VOLUME I foi desmembrado em quatro tomos. O conteúdo do TOMO I apresenta o histórico, juntamente com os documentos relevantes ao perfeito entendimento da situação atual da área em questão, bem como as Anotações de Responsabilidade Técnica ART, dos profissionais envolvidos no trabalho. O TOMO II apresenta as plantas. O TOMO III contém o Cadastro Imobiliário da área de abrangência dos estudos, juntamente com as referidas matrículas dos imóveis e mapa em escala 1: O TOMO IV contém os PRADs Mina Poço 8 e 10 (deposição e rebeneficiamento de rejeitos) e Mina 4 (coleta de rejeitos e transporte para Mina Poço 8), bem como o Plano de Fechamento de Mina Poço 8 (LAI 003/07 FATMA). O VOLUME II é composto pelo Diagnóstico Ambiental da área de influência direta considerando os aspectos do Meio Físico, do Meio Biótico e do Meio Antrópico, além da Fisionomia Ecológica, isto é, a interação dos aspectos bióticos e abióticos da paisagem local. Faz parte, ainda, do VOLUME II a Avaliação dos Impactos Ambientais existentes nos meio físico, biótico e sócio-econômico, que consistem nos passivos ambientais resultantes da interação dos agentes físicos, químicos e sóciobiológicos agindo sobre o ambiente local. O presente VOLUME III trata do Plano de Recuperação Ambiental proposto para os impactos provocados pelas surgências de águas das Minas Poço 8 e Poço 10, de responsabilidade da CSN, e do Plano de Controle Ambiental. Além destes dois itens, neste VOLUME III são apresentados comentários e sugestões de melhorias nos Planos de Recuperação Ambiental (Plano de Fechamento de Mina LAI 003/07 FATMA, oriundo do embargo do TAC pelo MPF) elaborados pela Indústria e Comércio de Coque São Domingos Ltda/Mineração São Domingos Ltda para as áreas com deposição de rejeitos e rebeneficiamento de carvão, que foram encaminhados à FATMA. O VOLUME III foi desmembrado em três tomos. O conteúdo do TOMO I apresenta o Memorial Descritivo das soluções propostas com orçamento. Os TOMOs II e III contêm as plantas e anexos que subsidiam a execução das soluções propostas. 1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR Razão Social: Companhia Siderúrgica Nacional CNPJ: / Setor: Gerência de Projetos Santa Catarina Endereço: Rua Antônio De Luca, no 588 Bairro Pio Corrêa CEP , Município: Criciúma /SC. Revisão: R05 Página 13

5 2 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELO PRAD Razão Social: Geológica Engenharia e Meio Ambiente Ltda CNPJ: / Endereço: Rua Desembargador Pedro Silva 540/609 Bairro Comerciário CEP: , Município: Criciúma Registro CREA/SC: ; Registro IBAMA: ; Registro CRBio: RESPONSABILIDADES TÉCNICAS DA ELABORAÇÃO DO PRAD A Geológica Engenharia e Meio Ambiente Ltda. formou uma equipe multidisciplinar constituída dos seguintes profissionais: Alecsandro Schardosim Klein Biólogo MSc Eduardo Pereira Krebs Engenheiro Ambiental Jadna Scussel Dalmolin Engenheira Civil Léo Antonio Rübensam Engenheiro de Minas Esp. Rafael de Souza Lopes Geólogo Ricardo Ângelo Dal Farra Engenheiro Agrícola MSc Antônio Carniato Engenheiro Eletricista Gustavo José Zambrano Acadêmico Engenharia Ambiental Eduardo Preis - Geógrafo A Geológica Engenharia e Meio Ambiente Ltda. contratou os serviços das seguintes empresas e entidades: MAP Engenharia e Topografia Ltda. serviços topográficos, com responsabilidade técnica do Engenheiro Agrimensor Vagner dos Santos. ECÓTONO Projetos Ambientais serviço de diagnóstico da biota, elaborado pelos profissionais: Cláudio Ricken Biólogo MSc Rodrigo Ávila Mendonça Biólogo MSc Jader Lima Pereira - Biólogo IPAT/UNESC serviço de coleta e análise das águas, e confecção de ortofoto a partir de vôo realizado em novembro/2006. CIDASC foram contratados apenas os serviços de análise de solos. JL Eletrônica Ltda EPP Projetos de Alta e Baixa Tensão. Além das empresas e profissionais acima, a Geológica Engenharia teve a colaboração das seguintes empresas fornecedoras de materiais: AQUAFLOT Industrial Ltda Estação de Tratamento de Efluentes Maccaferri América Latina Gabiões e Mantas Revisão: R05 Página 14

6 III LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS DAS MINAS POÇO 8 E POÇO 10 A área relativa às Minas Poço 8 e Poço 10 está situada no município de Içara, estado de Santa Catarina, mais precisamente na localidade denominada de Boa Vista no bairro Poço 8. As Figuras 1, 2 e 3, apresentadas a seguir, mostram a localização das áreas degradadas e a localização das minas Poço 8 e Poço 10, respectivamente, bem como os bairros da região. Figura 1 Localização Poligonais das Minas Poço 8 e 10 - IBGE Revisão: R05 Página 15

7 Figura 2 Localização geral das áreas impactadas Revisão: R05 Página 16

8 Figura 3 Localização das poligonais das minas Poço 8 e Poço 10 em relação às comunidades locais Revisão: R05 Página 17

9 IV PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA 1 OBJETIVOS Os principais objetivos desta atividade são apresentados na seqüência. 1.1 Objetivo Geral Apresentar soluções para os impactos ambientais causados pela deposição de rejeitos de carvão em superfície, remineração, bem como das águas oriundas das surgências das minas Poço 8 e Poço Objetivos Específicos Determinar a área de abrangência dos estudos; Sugerir a complementação dos PRADs existentes para a recuperação das áreas degradadas em superfície, sob responsabilidade da São Domingos Indústria e Comércio de Coque Ltda, seja: pela deposição de material carbono-piritoso na superfície; entrada de águas de montante nas áreas contaminadas por material de rejeitos de carvão; drenagem ácida formada a partir da lixiviação dos depósitos de rejeitos. Detalhar a solução para a recuperação da área degradada, sob responsabilidade da CSN (ver Contrato com Nova Próspera no Anexo IV do Volume I Tomo I) no que tange a: deposição de material carbono-piritoso na superfície; águas oriundas das surgências das minas Poço 8 e Poço 10. Apontar as responsabilidades para os impactos ambientais negativos identificados pela deposição de resíduos sólidos urbanos (Prefeitura Municipal de Içara) e extração de argilas (Nova Próspera que vendeu os direitos para empresas cerâmicas tipo olaria conforme Volume II), localizado na área de abrangência dos estudos. Dimensionar os canais de desvio de montante, que objetivam evitar a contaminação das águas pelo contato com material carbono-piritoso, ou mesmo com as águas oriundas das surgências das minas. Apresentar um estudo de alternativas para solucionar o problema das águas oriundas das surgências das Minas Poço 8 e Poço 10; Revisão: R05 Página 18

10 Apresentar como prováveis soluções: tamponamento das surgências encontradas, e outras que surjam a partir do tamponamento destas; condução dos efluentes das surgências remanescentes via tubulação, por gravidade em direção a uma única estação de tratamento (ETE). Apresentar como sugestão de uso futuro atividades compatíveis com as vocações de uso dos solos naturais no entorno das áreas degradadas pela mineração. 2 METODOLOGIA A metodologia utilizada para elaboração do presente trabalho é apresentada a seguir. 2.1 Responsabilidades Ambientais da São Domingos Indústria e Comércio de Coque Ltda Definição da área de abrangência; Planejamento das atividades de campo e escritório; Levantamentos de campo: Topográfico planialtimétrico, sondagens de investigação, registro dos levantamentos; Elaboração do Estudo de Concepção para recuperação das áreas com depósitos de rejeitos em superfície, com base nos usos futuros; Elaboração do plano de remoção e transportes dos materiais carbonopiritosos, para a área da São Domingos Indústria e Comércio de Coque Ltda; Utilização dos Laudos Laboratoriais de Análises Físico Químicas dos Solos, para sugestão dos usos e propostas de recuperação paisagística das áreas, cujos rejeitos de mineração foram removidos; Sugestão de acondicionamento do material de rejeitos de mineração; Elaboração de reconformação topográfica das áreas a serem recuperadas; Sugestão para confinamento do material já acondicionado pela São Domingos Indústria e Comércio de Coque Ltda, com objetivo de minimizar a contaminação das águas superficiais e sub-superficiais, incluindo sistema de filtros de coleta e canais de condução de efluentes contaminados. Dimensionamento dos canais de desvio de montante, que objetivam evitar a contaminação das águas pelo contato com material carbono-piritoso, ou mesmo com as águas oriundas das surgências das minas. Revisão: R05 Página 19

11 2.2 Responsabilidades Ambientais da Nova Próspera Mineração SA Definição da área de abrangência; Planejamento das atividades de campo e escritório; Levantamentos de campo: Topográfico planialtimétrico da área, canais, sondagens de investigação, registro dos levantamentos; Elaboração do Estudo de Concepção e projeto para recuperação da área; Definição e detalhamento do projeto. 2.3 Responsabilidades Ambientais da CSN Definição da área de abrangência; Planejamento das atividades de campo e escritório; Levantamentos de campo: Topográfico planialtimétrico das surgências, canais, áreas disponíveis para implantação de estações de tratamento, sondagens de investigação, registro dos levantamentos; Elaboração do Estudo de Concepção para solucionar os problemas advindos dos impactos causados pelas águas oriundas das surgências; Definição e detalhamento da melhor alternativa; 2.4 Responsabilidades Ambientais da Prefeitura Municipal de Içara Definição da área de abrangência do depósito de resíduos sólidos urbanos; Identificação dos impactos e ações necessárias; 2.5 Responsabilidades Ambientais das Empresas Cerâmicas (Olarias) Identificação das Empresas; Definição da área de abrangência das extrações de argilas; Identificação dos impactos e ações necessárias; 3 ÁREA DE ABRANGÊNCIA Para fins de definição da área de abrangência dos estudos, foram utilizadas como referência: (Figura 3.1). Título Minerário Processo DNPM /74 GM 33/76, Nova Próspera; Poligonais das Minas Poço 8 e 10; As áreas identificadas como efetivamente impactadas pela atividade mineradora; A bacia hidrográfica do Rio dos Porcos e seus principais contribuintes, sobre mapa em escala 1:50.000, IBGE. Revisão: R05 Página 20

12 3.1 Área de Influência Direta AID Compreende a superfície do solo envolvida pelos limites das sub-bacias de contribuição que afluem diretamente às poligonais das minas do Poço 8 e Poço 10. Estas sub-bacias afluem na direção noroeste-sudeste, no sentido do rio dos Porcos, localizado aproximadamente em seu centro geométrico. É composta por dois afluentes pela margem direita e dois pela margem esquerda, totalizando cerca de ha. Nas áreas efetivamente impactadas pela atividade mineradora, os cursos d água tiveram seus leitos alterados, no sentido de conduzir as águas superficiais, de modo a facilitar os movimentos de terra, bem como o beneficiamento do carvão mineral. A Tabela 3.1 apresenta as características das bacias que compõem a área de abrangência do projeto, sendo destacadas aquelas que formam a Área de Influência Direta. Tabela 3.1 Sub-bacias que compõem a Área de Abrangência do Projeto Código Nome Área (ha) L (km) Cota Desnível Declividade Mont Jus (m) (m/m) RPM Rio dos Porcos Montante ,6 185,0 21,0 164,00 0,0121 RP-01 Rio dos Porcos ,5 21,0 19,0 2,00 0,0013 RP-02 Rio dos Porcos ,4 19,0 18,0 1,00 0,0007 RPJ Rio dos Porcos Jusante ,0 18,0 10,0 8,00 0,0004 ME-01 Margem Esquerda ,5 60,0 20,0 40,00 0,0163 ME-02 Margem Esquerda ,4 110,0 18,5 91,50 0,0170 MD-01 Margem Direita ,0 60,0 20,5 39,50 0,0132 MD-02 Margem Direita ,2 42,0 19,5 22,50 0,0103 MD-03 Margem Direita ,9 68,0 18,2 49,80 0,0084 Rio dos Porcos - Total , ,0048 Obs.: Em destaque as sub-bacias diretamente afetadas por material carbono-piritoso. Revisão: R05 Página 21

13 Rio dos Porcos Rio Araranguá Figura 3.1 Área de Influência Direta e Indireta Revisão: R05 Página 22

14 3.1.1 Sub-bacias da Margem Direita A projeção das poligonais das áreas lavradas Pelas Minas Poço 8 e 10 ocupa maior superfície na margem direita do rio dos Porcos, cerca de 95 %. O Rio dos Porcos apresenta seu leito retificado neste trecho. Nestas bacias estão localizadas as áreas degradadas: pela mineração por subsolo, através da drenagem ácida, oriunda das surgências; pela deposição em superfície dos rejeitos do beneficiamento de carvão; pelo aterro sanitário (lixão) depositado pela Prefeitura Municipal de Içara; pela extração de argila por empresas de cerâmica vermelha identificadas no Volume II item Pag 231 Área Degradada Por Extração de Argila A Rodovia BR 101, que se encontra em obras de ampliação, cruza estas sub-bacias, na direção sudoeste-nordeste. A Figura 3.2 apresenta a AID (Área de Influência Direta) com destaque para a localização das surgências e áreas impactadas por rejeito de mineração em superfície Sub-bacias da Margem Esquerda Embora o somatório das áreas das sub-bacias da margem esquerda seja semelhante ao da margem direita, a área diretamente afetada nesta bacia pela mineração é muito menor, cerca de 18 ha (5 %). Estas áreas concentram-se nas parcelas localizadas junto à foz de cada uma das duas sub-bacias. 3.2 Área de Influência Indireta AII Compreende toda a Bacia Hidrográfica do Rio dos Porcos desde suas nascentes até a foz, junto ao Rio Araranguá, totalizando aproximadamente ha. Entende-se que a unidade mínima de planejamento em se tratando de recursos naturais, seja a bacia hidrográfica. Revisão: R05 Página 23

15 Figura 3.2 Área de Influência Direta, surgências e áreas impactadas em superfície 4 RESPONSABILIDADES AMBIENTAIS DA SÃO DOMINGOS INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COQUE LTDA E MINERAÇÃO SÃO DOMINGOS LTDA Na seqüência apresenta-se a proposta para recuperação das áreas identificadas como impactadas pela deposição de rejeitos de mineração na superfície do solo, sob responsabilidade da São Domingos, conforme TAC com Ministério Público Federal e embargo às atividades de rebeneficiamento, apresentado no Volume II - Diagnóstico Ambiental. Recomendam-se assim algumas soluções técnicas necessárias para otimização dos PRADs apresentados pela São Domingos, no Processo DIV/429/CODAM, em trâmite junto a FATMA, comentados na seqüência. 4.1 Definição da Área de Abrangência; Revisão: R05 Página 24

16 A área de abrangência da recuperação ambiental sob a responsabilidade da São Domingos Indústria e Comércio de Coque Ltda, pode ser identificada pela presença de rejeitos de carvão em superfície, bem como pela superfície das bacias de contribuição que afluem para as mesmas. Pode ser considerada como o somatório das parcelas de áreas identificadas na Figura 4.1, a exceção da área denominada NP-1, com responsabilidade atribuída à Nova Próspera Mineração SA, cuja solução está detalhada na seqüência deste trabalho. As ações de recuperação podem ser subdivididas em 3 grupos: Recuperação de áreas com rejeitos em superfície, pertencentes à São Domingos: SD-1, SD-2, SD-3, SD-4, SD-5, SD-6 e SD-7 (deposição dos rejeitos na área SD-6); Confinamento do material acondicionado na área denominada SD-6. Desvio de águas de montante; A Tabela 4.1 apresenta as superfícies (ha) das áreas, pertencentes à São Domingos, com presença de rejeitos, conforme levantamento topográfico planialtimétrico, e sondagem investigativa. Consta desta tabela, a localidade onde se encontra cada área. Tabela 4.1 Características geométricas das áreas com rejeitos na superfície NOME ÁREA (ha) DISTÂNCIA DE SD-6 (km) LOCALIDADE SD-1 0,88 5,40 MINERAÇÃO SD-2 0,75 5,40 MINERAÇÃO SD-3 0,49 3,30 POÇO 3 SD-4 0,46 2,80 POÇO 8 SD-5 1,21 2,50 POÇO 8 SD-6 60,41 - POÇO 8 SD-7 1,40 + 0,95 1,40 POÇO 8 Total 66, O material proveniente das áreas SD-1 a SD-7 deverão ser depositados e acondicionados pela São Domingos na SD-6. O material encontrado na área NP-1, apresentado pela Figura 4.1, pertencente à Nova Próspera, cuja responsabilidade pela recuperação é da CSN (Contrato Volume I Tomo I, Anexo 3, Pag 141), será movimentado e acondicionado no mesmo local. 4.2 PRADs Existentes Relacionados à Atividade Carbonífera Atual Na seqüência apresenta-se a análise e sugestões referentes aos estudos existentes relacionados à recuperação ambiental da área sob responsabilidade da São Domingos. Revisão: R05 Página 25

17 As cópias destes projetos encontram-se na íntegra no Volume I Tomo IV, Anexos 1, 2 e DIA PRAD MINA POÇO 8 Abril de 2001 Estudo apresentado à FATMA pela Mineração São Domingos Ltda, em Abril/2001, referente aos processos RSI 009/CRS e IND 262/CRS, denominado DIA / PRAD: Projeto Mina Poço 8 Lavra de Rejeito Carbonoso, elaborado pela VCS Engenharia e Consultoria Ltda., em 2001(Ver Volume I Tomo IV, Anexo I). A análise preliminar deste trabalho suscita as seguintes conclusões: A Memorial Descritivo: Apresenta a descrição geral e caracterização do empreendimento, plano de desenvolvimento da atividade de lavra e sistema de beneficiamento. Define a área de influência, identifica o diagnóstico do meio natural, sócio econômico e os impactos ambientais prováveis pela operação do empreendimento. Prevê com o uso futuro o plantio de pastagens de gramíneas e de vegetação exótica, sobre os rejeitos acondicionados adequadamente. Pretende realizar a melhoria e valorização estético-ecológica das áreas degradadas, facilitando a recuperação dos recursos hídricos comprometidos. Considera adequado o método de deposição de rejeitos empregado, alcançando um volume de m³, dispostos em bancadas, devidamente conformadas e cobertas com argila, de modo a minimizar o contato direto da chuva com estes rejeitos, diminuindo a lixiviação. Quanto à superfície, sugere a suavização dos taludes, cobertura argilosa sob solo orgânico, e cobertura vegetal. Revisão: R05 Página 26

18 FIGURA ÁREAS COM PRESENÇA DE REJEITOS EM SUPERFÍCIE. Revisão: R05 Página 27

19 Etapas de implantação: Limpeza da vegetação; Dragagem para nova drenagem periférica; Deposição de rejeitos; Tratos da superfície final; Controle de erosão e drenagens definitivas; Revegetação; Manutenção e Monitoramento; Retirada da Vegetação. Considera a execução de dois canais paralelos a conformação da área: Canal Externo para desvio das águas de montante e Canal Interno para coleta das águas provenientes de DAM. A água coletada pelo canal interno seria reutilizada no processo de rebeneficiamento, não considerando a sua paralisação futura. B Plantas: (Cópia no Volume I Tomo IV, Anexo I) PL 05: Escala 1:2.000 A1 PLANTA DE LAVRA MINA IV, MAN. 4270/38. Mar/2001. LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO CADASTRAL: Escala 1:2.500 A1 Mar/2001. PERFIS DA SUPERFÍCIE ORIGINAL: Escala 1:200 (V) 1:2.000 (H) Mar/2001. ÁREA DA MINA RECUPERADA: Escala 1:2.000 A0 Mar/2001. PERFIS DA SUPERFÍCIE DE PROJETO: Escala 1:200 (V) 1:2.000 (H) Mar/2001. PERFIS DA SUPERFÍCIE FINAL: Escala 1:200 (V) 1:2.000 (H) Mar/2001. PRAD MINA POÇO 8: Escala 1:2.000 Mar/2001. C Considerações Gerais: Trata-se de um projeto que apresenta análises de qualidade da água em 11 pontos da área em questão, com as respectivas coordenadas, que pode contribuir no diagnóstico atual. Apresenta dados de precipitação da Estação de Urussanga, entre 1987 e 1999, de pequena extensão e razoável distância, sofrendo efeitos das chuvas orográficas de maneira diferenciada em relação à área de estudo. Informa recente dragagem do Rio dos Porcos (em torno de quinze anos), bacia hidrográfica onde está inserida a área de estudos, que influencia no escoamento superficial. Revisão: R05 Página 28

20 Apresenta um valor de volume de água contaminado igual ao excedente hídrico de 650 mm/ano (para 44,3 ha= 33 m³/h). Este valor está subdimensionado em função da quantidade de água de escoamento superficial que é produzido no local. Não prevê coleta e tratamento das águas provenientes das 3 surgências identificadas. Não foram identificados quantitativos dos rejeitos de mineração depositados nas áreas localizadas ao norte da Rodovia BR-101, sob responsabilidade da São Domingos Indústria e Comércio de Coque Ltda, que devem ser transportados e adequadamente acondicionados na referida área. Em resumo, o referido DIA/PRAD não apresenta uma solução integral para o problema ambiental local Plano de Fechamento de Mina Dezembro de 2006 Estudo apresentado à FATMA pela São Domingos Indústria e Comércio de Coque Ltda, em Dezembro/2006, para a área Bairro Poço 8, localizada na Estrada Geral ICR-350, no município de Içara/SC, denominado Plano de Fechamento de Mina (Ver Volume I Tomo IV, Anexo III). Este Processo já se encontra licenciado pela FATMA através do processo DIV 429/CODAM, com a LAI 003/07, para a atividade de Recuperação Ambiental de Área Degradada Cód (Cópia no Volume I Tomo IV, Anexo IV). Salienta-se que após negativa da FATMA em fornecer cópia do referido trabalho, obteve-se uma via junto ao Ministério Público Federal, cuja cópia apresenta-se no Volume I Tomo I. A análise preliminar deste Projeto suscita as seguintes conclusões: A Memorial Descritivo: Define claramente a responsabilidade pela recuperação das áreas de superfície a cargo da São Domingos Indústria e Comércio de Coque Ltda, e transfere o ônus referente ao tratamento das águas provenientes das surgências à CSN. Divide a área, de aproximadamente 44 ha, em 14 sub-áreas a serem recuperadas com soluções conceituais, que englobam desvio das águas de montante, livres de contaminação, isolamento do material carbono-piritoso (impermeabilização para evitar nova contaminação) e drenagem da surgência Revisão: R05 Página 29

21 para canal de águas da boca de Mina, sem previsão de tratamento ou destino para estes efluentes. O prazo de implantação do PRAD é de 36 meses contendo as seguintes atividades: Caracterização das Águas Superficiais; Caracterização dos Poços Piezométricos; Caracterização da Vazão; Caracterização dos Volumes Pluviométricos; Finalização Diques de Recuperação do Depósito de Rejeitos - DR; Cobertura do DR com argila/solo; Revegetação dos diques do DR; Revegetação da Superfície do DR; Otimização da cortina vegetal; Cobertura dos Canais Internos de Efluentes; Cobertura das Áreas de Bacia; Revegetação das Áreas de Bacia; Cobertura das Áreas de Pátio e Oficinas. Plano de Monitoramento: Águas Superficiais (5 pontos) e Águas Freáticas (3 piezômetros); Solos, quanto à erosão, cobertura vegetal e parâmetros Físicoquímicos; Flora. Uso Futuro. B Plantas: (Cópia no Volume I Tomo IV, Anexo 3) PFM P : Escala 1:4.000 A1 Plano de Fechamento Mineiro Mapa das Zonas Homólogas Poço 8 Içara: Mapa geral com a localização das 14 áreas, cuja qualidade da cópia dificulta análise mais detalhada; PFM P : Escala 1:2.500 A0 Plano de Fechamento Mineiro Topografia Poço 8 Içara: Mapa geral da área o levantamento planialtimétrico, e localização de alguns elementos de projeto; PFM P : Escala 1:2.500 A0 Plano de Fechamento Mineiro Projeto Final Poço 8 Içara: Mapa geral da área com localização de elementos de projeto. Revisão: R05 Página 30

22 C Considerações Gerais: Trata-se de um projeto estritamente conceitual, carente de elementos de metodologia de dimensionamento e caracterização das seções dos canais, tanto de desvio de montante, quanto de condução das águas contaminadas, previsão de ensaios de compactação de material argiloso para aterro e impermeabilização de material de rejeitos. As águas provenientes das 3 surgências identificadas são lançadas diretamente nos canais de drenagem, sem previsão de tratamento ou lançamento final. Não foram localizadas sondagens de investigação das camadas de aterro, rejeitos e solo natural, para fins de caracterização e quantificação dos volumes necessários. São apresentados somente valores finais, sem identificação das áreas de empréstimo. Não foram identificados quantitativos dos rejeitos de mineração depositados nas áreas localizadas ao norte da BR-101, sob responsabilidade da São Domingos Indústria e Comércio de Coque Ltda, que devem ser transportados e adequadamente acondicionados na referida área. Em resumo, o referido Plano de Fechamento de Mina não apresenta uma solução integral para o problema ambiental de responsabilidade da São Domingos DIA/PRAD: PROJETO MINA 4 LAVRA DE REJEITO CARBONOSO Estudo apresentado à FATMA pela Mineração São Domingos Ltda, em Fev./2000, referente ao processo MIN 250/CRS, denominado DIA / PRAD: Projeto Mina 4 Lavra de Rejeito Carbonoso, elaborado pela VCS Engenharia e Consultoria Ltda., em 2001 (Ver Volume I Tomo IV, Anexo II). A análise preliminar deste trabalho suscita as seguintes conclusões: A Memorial Descritivo: Apresenta a descrição geral e caracterização do empreendimento, plano de desenvolvimento da atividade de lavra e sistema de beneficiamento. Define a área de influência, identifica o diagnóstico do meio natural, sócio econômico e os impactos ambientais prováveis pela operação do empreendimento. Prevê com o uso futuro o plantio de pastagens de gramíneas e de vegetação exótica, sobre os rejeitos acondicionados adequadamente. Pretende realizar a Revisão: R05 Página 31

23 melhoria e valorização estético-ecológica das áreas degradadas, facilitando a recuperação dos recursos hídricos comprometidos. Concebe o processo em termos gerais, com base na coleta e transporte do material de rejeito da Mina 4, alcançando um volume de m³, e deposição na área denominada Mina Poço 8, dispostos em bancadas, devidamente conformadas e cobertas com argila, de modo a minimizar o contato direto da chuva com estes rejeitos, diminuindo a lixiviação. Quanto à superfície, sugere a suavização dos taludes, cobertura argilosa (área de empréstimo a leste da zona de lavra) sob solo orgânico, e cobertura vegetal. Etapas de implantação: Limpeza da vegetação; Tratos da superfície final (argila e solo fértil); Controle de erosão e drenagens definitivas; Revegetação; Manutenção e Monitoramento; Para a drenagem das áreas mineradas foram dimensionados canais de seção retangular, cuja concepção considerou a geração de velocidades mínimas de escoamento, com objetivo de promover a sedimentação das partículas de material sólido. Para cada uma das duas parcelas de área (A e B) foram concebidasa bacias de decantação que funcionarão de elementos de coleta de sedimentos. Após o término da lavra, estas bacias serão aterradas e os canais permanecerão drenando as águas de escoamento superficial das áreas. B Plantas: (Cópia no Volume I Tomo IV, Anexo 2) PL 03: Escala 1:2.000 A1 PLANTA DE SUPERFÍCIE MINA IV, MAN. 4270/38. Mar/2001. PL 05: Escala 1:2.000 A1 PLANTA DE LAVRA MINA IV, MAN. 4270/38. Mar/2001. PL 06: Escala 1:2.000 A1 PLANTA DA ÁREA DA MINA RECUPERADA MINA IV, MAN. 4270/38. Mar/2001. PL 07: Escala 1:2.000 A1 PERFIS DA SUPERFÍCIE ORIGINAL MINA IV, MAN. 4270/38. Mar/2001. PL 07: Escala 1:2.000 A1 PERFIS DA SUPERFÍCIE FINAL RECUPERADA MINA IV, MAN. 4270/38. Mar/2001. Revisão: R05 Página 32

24 C Considerações Gerais: Trata-se de um projeto que apresenta análises de qualidade da água em 4 pontos da área em questão, com dados de ph, Acidez Total, Sólidos Totais, Ferro Total e Sulfatos. Apresenta dados de precipitação da Estação de Urussanga, entre 1987 e 1999, de pequena extensão e razoável distância, sofrendo maiores efeitos das chuvas orográficas de maneira diferenciada em relação à área de estudo. Não prevê coleta e tratamento das águas provenientes da lixiviação dos rejeitos durante a operação da lavra. O PCA prevê no abandono das atividades as seguintes medidas: Condução em separado das águas superficiais para fora da área; Observação dos períodos menos chuvosos para minimizar erosão e perdas de solo; Adubação e correção do solo no período pré-plantio; Acompanhamento dos processos erosivos durante a recuperação da área. Os programas de acompanhamento durante os trabalhos de extração prevêem: Controles institucionais; Qualidade da água; Poeiras e Ruídos; Quanto ao controle de erosão: Limpeza da vegetação; Recomposição topográfica; Tratos da superfície final (argila e solo fértil); Controle de erosão e drenagens definitivas; Revegetação; Preparo final do solo; Seleção de espécies; Plantio; Manutenção e Monitoramento; A recuperação desta área não influencia diretamente a qualidade ambiental da área da Mina Poço 8. Revisão: R05 Página 33

25 4.3 Levantamentos de Campo Realizados A ausência de informações mais detalhadas nos estudos apresentados pela São Domingos, referentes à recuperação das áreas com rejeitos em superfície (de sua própria responsabilidade), gerou a necessidade de se realizar os seguintes levantamentos de campo, para identificação e quantificação dos volumes de rejeitos depositados: Topográfico planialtimétrico, Sondagens de investigação Topografia No Volume III Tomo II - Anexo 01, apresentam-se os levantamentos topográficos planialtimétricos das áreas onde foram identificados em superfície rejeitos provenientes de deposição de material carbono-piritoso, nas áreas pertencentes e sob responsabilidade da São Domingos Indústria e Comércio de Coque Ltda Sondagens de Investigação Para investigação da camada de rejeitos existentes em cada uma das áreas identificadas, foi realizada uma campanha de sondagem, utilizando o trado manual, cujos resultados são apresentados no Volume III Tomo II - Anexo 02, em forma de: Ficha de Sondagem: fotografia do furo de sondagem com identificação, croqui de localização e coordenadas UTM; Ficha com cálculo do volume de remoção de rejeitos em cada área Desenho: perfis dos furos de sondagens; Desenho: perfis dos terrenos. Os volumes a serem removidos em cada área, bem como a distância a ser percorrida até a área denominada SD-6, onde serão depositados os rejeitos, podem ser observados na Tabela 4.2. Tabela 4.2 Características geométricas das áreas com rejeitos na superfície NOME ÁREA (ha) SD-1 0,88 SD-2 0,75 VOLUME DE REJEITO (m³) VOLUME DE TRANSPORTE (m³) DISTÂNCIA DE SD-6 (km) ,40 SD-3 0, ,30 SD-4 0,46 2, Revisão: R05 Página 34

26 NOME ÁREA (ha) VOLUME DE REJEITO (m³) VOLUME DE TRANSPORTE (m³) DISTÂNCIA DE SD-6 (km) SD-5 1,21 2,50 SD-6 * 60, * SD-7 1,40 + 0, ,40 Total 66, * 1 Rejeitos transportados de SD-1 a SD-7 deverão ser depositados em SD-6. 2 Áreas medidas em campo por levantamento topográfico. 3 Volume de transporte calculado considerando empolamento de 35%. 4.4 Elaboração do Plano de Remoção e Transportes dos Materiais Os rejeitos deverão ser removidos das áreas SD1, SD-2, SD-3, SD-4, SD-5 e SD-7, e transportados, pela São Domingos Indústria e Comércio de Coque Ltda, para a área denominada SD-6, onde já se verifica a deposição de rejeitos e acondicionamento sob envelope de argila. As etapas a serem atendidas para realização deste plano de remoção e transporte de rejeitos são: Remoção da vegetação existente: inicialmente será removida a vegetação existente, atentando-se para o reaproveitamento, quando possível na própria recuperação da área, como material para fixação de taludes, revestimento de canais, ou ainda como matéria orgânica, para reincorporação ao solo, e reposição de nutrientes. Remoção e armazenamento da camada de solo vegetal, quando existente: nas áreas onde há uma camada de solo vegetal, este será removido, juntamente com as raízes, sementes e matéria orgânica, e armazenado adequadamente para posterior reaproveitamento, quando da reposição da vegetação. Escavação e carga de material de rejeito: a escavação será realizada com máquina escavadeira hidráulica, com carregamento dos caminhões simultaneamente, evitando-se o acúmulo de material exposto ao tempo, e conseqüente produção de sedimentos, em caso de ocorrência de precipitação, ou ainda de material particulado em excesso. Transporte até SD-6: o transporte será realizado por veículo (caminhão caçamba 10 m³) adequadamente preparado para conduzir o material carbonoso até o local de destino, SD-6. A carga será coberta por lona de proteção, evitando-se a maior ocorrência de produção de material particulado durante o trajeto. Revisão: R05 Página 35

27 4.5 Acondicionamento de Rejeitos de Mineração Por se tratarem de resíduos com características contaminantes, estes materiais devem ser coletados e depositados adequadamente, isto é, isolados por material impermeabilizante. Os rejeitos transportados deverão ser acondicionados em células de rejeitos, com as seguintes características: Isolamento inferior com camada de argila compactada, cujo coeficiente de permeabilidade seja inferior a 10-7 cm/s (mesmo sabendo-se que a área SD-6 já está consolidada em função da deposição de rejeitos sem a devida impermeabilização inferior das camadas de rejeitos carbonosos); Acondicionamento do material carbonoso na célula; Fechamento da célula com argila compactada (coeficiente de permeabilidade seja inferior a 10-7 cm/s). Na seqüência apresenta-se sugestão para isolamento do material já depositado na área SD-6. As dimensões das células serão variáveis de acordo com o volume a ser acondicionado, porém todas terão perfil trapezoidal com superfícies convexas. A inclinação dos taludes será de 2,5(H):1(V). Para implantação das células de isolamento de rejeitos, deverão ser atendidos os seguintes passos: A escavação da célula deverá ser feita preferencialmente em etapas. Somente depois de concluída uma etapa, será escavada a próxima, e assim por diante. Espalhamento e compactação de material argiloso: A espessura da camada na base e nos taludes laterais deverá atingir pelo menos 0,50 m; Lançamento das camadas com espessura máxima de 25 cm, medidas com material não compactado; Observação da umidade ótima do solo durante a compactação do material. Caso não esteja com umidade adequada deverá ser utilizado caminhão com aspersores (umidade baixa), ou ainda arado de discos para promover aeração (umidade alta); Utilização de escarificadores e arados de disco para promover uma melhor mistura e homogeneização das camadas a serem compactadas; Compactação da camada de solo através da utilização de compressor mecânico tipo pé de carneiro. Revisão: R05 Página 36

28 Rápido descarregamento, espalhamento e compactação do material; Execução com inclinação na superfície de 2,5 %, do centro para as bordas do depósito; Os rejeitos serão cobertos com uma camada homogênea de material argiloso, com mínimo de 0,50 m de espessura, após compactado; Deposição de solo local para criar uma camada de segurança ao isolamento com argila (1,0 m de altura); Procedimento de remodelagem do terreno, deposição de calcário, introdução e correção de solo argiloso e revegetação somente com espécies herbáceas. A Figura 4.2 apresenta um desenho esquemático da célula de rejeitos tipo, e a legenda a seguir explica cada uma das camadas. Legenda: 1 Plantio de Gramíneas sobre solo vegetal (0,10 m); 2 Solo Argiloso (0,25 m); 3 Calcário dolomítico (25 t/ha); 4 Material Estéril (argila com 1,0 m); 5 Argila Compactada (0,50 m de altura mínima / 10-7 cm/s); 6 Rejeitos de carvão (inclinação na superfície de 2,5 %). Figura 4.2 Desenho esquemático da célula de rejeitos. 4.6 Uso Futuro e Recuperação das Áreas com Rejeitos Para realização do Estudo de Concepção para recuperação das áreas com depósitos de rejeitos identificadas neste estudo, foram considerados, entre outros, os seguintes parâmetros sócio-ambientais atendendo aos Critérios para Recuperação Revisão: R05 Página 37

29 ou Reabilitação de Áreas Degradadas pela Mineração de Carvão (Fonte GTA/ACP formado pela FATMA, DNPM, Ministério Público Federal): A discriminação de soluções para APP e demais áreas; A indicação dos usos futuros; Indicação de 20 % para averbação como reserva legal; Define critérios de monitoramento ambiental; Vocação do solo existente com base nos Laudos Laboratoriais de Análises Físico Químicas dos Solos. Além destes foram considerados: Usos do solo atual nas regiões de entorno; Usos originalmente existentes. A Tabela 4.3 apresenta os usos do solo recomendados para as áreas com rejeitos na superfície em função das características encontradas em cada uma. Tabela 4.3 Usos do solo recomendados para áreas com rejeitos na superfície ÁREA Presença de APP NOME USO RECOMENDADO (ha) Total (ha) Com Rejeito (ha) SD-1 0,88 0,68 ME 0,42 MD 0,41 ME 0,11 MD Reposição de mata Atlântica SD-2 0,75 Não Não Mata nativa e Gramíneas SD-3 0,49 Não Não Gramíneas SD-4 0,46 Não Não Mata nativa e Gramíneas SD-5 1,21 Não Não Mata nativa e Gramíneas SD-6 * 60,41 Não Não Gramíneas SD-7 2,35 Não Não Mata nativa e Gramíneas Total 66,56 1,10 0,52 - Obs.: MD Margem Direita e ME Margem Esquerda Estes critérios subsidiaram as recomendações para usos do solo, posteriormente à recuperação topográfica das áreas, tendendo às seguintes etapas: Reconformação topográfica; Recomposição do Solo Vegetal; Reposição de Sementes e Mudas; Cercamento da Área; Manejo e Monitoramento Reconformação Topográfica Revisão: R05 Página 38

30 Após a retirada do material de rejeito, deverá ser realizada a reformulação da composição do relevo local, na tentativa de reproduzir o mais fielmente possível as condições naturais, ou mesmo minimizando as alterações necessárias. Esta etapa prevê o preenchimento de valas; conformação dos taludes e direcionamento do escoamento superficial Recomposição do Solo Vegetal Para as áreas onde haja abundância de solo vegetal, retirado do próprio local, este deverá ser recomposto e espalhado sobre a área de maneira a favorecer o crescimento das espécies pioneiras nele contidas, bem como aquelas que forem semeadas posteriormente. No caso das áreas que não contenham reserva de solo vegetal, este deverá ser importado de outro local, para viabilizar o restabelecimento das condições propícias para desenvolvimento da vegetação proposta. Entre as sugestões que apresentaram resultados positivos na região está a turfa na quantidade de 2,5 cm de espessura. Para favorecer ainda mais o desenvolvimento das plantas sugere-se a aplicação dos seguintes insumos: Calcário dolomítico = 2,5 kg/m 2 (25 t/ha); Cama de galinheiro = 5,0 m³/ha e Adubo NPK = formulação (250 kg/ha) Reposição de Sementes e Mudas Sugere-se a implantação de espécies nativas sempre que possível, e havendo disponibilidade de sementes e mudas, em dois níveis: Gramíneas e leguminosas; Arbustivas e arbóreas. Para as gramíneas sugerem-se as espécies apresentadas na Tabela 4.4. Tabela 4.4 Espécies de gramíneas recomendadas. Espécies sugeridas Nome popular Densidade de plantio Hábito Axonopus compressus Grama-missioneira 10 kg/ha Gramínea, herbácea com crescimento rizomatoso. Paspalum saurae Pensacola 10 kg/ha Gramínea perene, herbácea com crescimento cespitoso. Paspalum notatum Grama batatais 14 kg/ha Gramínea perene, herbácea com crescimento rizomatoso. Revisão: R05 Página 39

31 Espécies sugeridas Nome popular Densidade de plantio Arachis pintoi Amendoim - forrageiro 13 kg/ha Stylosanthes capitata + S. macrocephala Estilosantes campo grande 2,5 kg/ha Hábito Leguminosa, herbácea com crescimento rizomatoso. Leguminosa, herbácea com crescimento cespitosa. A revegetação com espécies arbustivas e arbóreas poderá ser realizada em forma de plantio de sementes de bracatinga (Mimosa scabrela) em linhas, como espécie pioneira, com covas distantes 1,0 m umas das outras. De maneira concomitante deverão ser introduzidas as espécies arbustivas. Poderão ser utilizadas outras espécies arbóreas nativas, desde que disponíveis no mercado. Deverão ser evitadas as espécies exóticas, tanto no que tange às espécies gramíneas quanto às arbóreas Cercamento da Área Com objetivo de proteger o desenvolvimento da vegetação, bem como evitar sua degradação, sugere-se o cercamento de todas as áreas, evitando o pisoteio por pessoas e o pastoreio de animais Manejo e Monitoramento Para garantir o desenvolvimento da vegetação, sobretudo nos estágios iniciais, deverão ser executadas medidas de manejo e conservação das condições climáticas e físico-químicas propícias. Assim os cuidados com: formigas, capina, irrigação e adubação se tornam necessários, principalmente nos dois primeiros anos de implantação da recuperação ambiental. Quanto ao monitoramento deverão ser executados levantamentos qualiquantitativos para acompanhamento do desenvolvimento das espécies introduzidas, bem como da regeneração natural, medindo-se: taxa de mortalidade e sobrevivência, medidas de diâmetro e altura e avaliação da regeneração natural por meio de amostragem Averbação de Reserva Legal pela São Domingos Segundo a Instrução Normativa 15 da FATMA, reserva legal, é uma área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção da flora e da fauna nativas. Revisão: R05 Página 40

32 Sugere-se como indicação de área da São Domingos para averbação da Reserva Legal a região do antigo Lixão da Prefeitura Municipal de Içara, onde se encontram os Lotes 121, 122, 123 e 124, que possuem no total 55,4 ha. O total da área degradada com rejeitos em superfície de propriedade da São Domingos, alcança 66,56 ha. Destes, deverão ser destinados 12 ha (20 % do total) para ser utilizada como reserva legal. Nesta área já existe um projeto para recuperação ambiental, que poderia ser adaptado para uso da área como reserva legal, conforme Art. 16 da Lei 4.771/65. Salienta-se que a reserva legal poderá ser compensada em outra propriedade da mesma bacia hidrográfica, nos termos da lei. 4.7 Conformação das Áreas a Serem Recuperadas Apresentam-se no Anexo 03 do Volume III Tomo II, os mapas com a nova conformação topográfica sugerida para cada área a ser recuperada. Apresenta-se neste anexo a planta Área da Mina Recuperada do PRAD datado de MAR/2.001 de autoria da VCS Engenharia e Consultoria Ltda, proposta para reconformação topográfica da área SD Sugestão para Confinamento e Drenagem do Material na Área SD-6 A elaboração do presente PRAD, detectou a necessidade de se prever um destino para as águas ácidas provenientes das drenagens dos rejeitos (DAM) acondicionados na área denominada SD-6, pela empresa São Domingos Indústria a Comércio de Coque Ltda, onde atualmente se localiza um lavador de carvão Concepção de Acondicionamento e Captação da DAM de Lixiviação de Material Carbono-Piritoso As investigações de subsolo em toda região identificaram a presença de uma camada significativa de material com textura argilosa, e conseqüentes características de elevada impermeabilidade. Objetivando-se minimizar a contaminação das águas sub-superficiais e por conseqüência das águas superficiais, sugere-se o confinamento do material contaminado e condução das águas de drenagem através de sistema de drenagem, filtros e canais impermeabilizados até uma Estação de Tratamento de Efluentes de Drenagem Ácida de Mina ETEDAM. Revisão: R05 Página 41

33 A Figura 4.3 apresenta um croqui com a concepção do sistema de confinamento, coleta e condução da DAM, proveniente do material lixiviado, localizado na área SD- 6. Os elementos que compõem esta sugestão são: A. Aterro com material argiloso compactado, de espessura mínima de 0,50 m, para impermeabilização da superfície que recobre o material com rejeito de mineração; B. Trincheira de impermeabilização lateral circundando o material com rejeito de mineração, com profundidade média de 2,5 m; C. Drenos de coleta de drenagem proveniente do material com rejeito de mineração confinado pela camada argilosa em superfície e trincheira lateral; D. Canal de condução de drenagem ácida, com revestimento impermeável; E. Dispositivo(s) de bombeamento que permitam o reuso das águas provenientes da lixiviação ou seu devido tratamento. Na seqüência apresenta-se a metodologia sugerida para execução: A Aterro de cobertura com material argiloso, para impermeabilização da superfície superior: Lançamento das camadas com espessura máxima de 25 cm, medidas com material não compactado; Observação da umidade ótima do solo durante a compactação do material. Caso não esteja com umidade adequada deverão ser utilizados: caminhão com aspersores (umidade baixa); ou arado de discos para promover aeração (umidade alta); Revisão: R05 Página 42

34 Figura 4.3 Concepção do sistema de confinamento, coleta e condução da DAM da área SD-6. Detalhe da ancoragem do geocomposto drenante. Revisão: R05 Página 43

35 Utilização de escarificadores e arados de disco para promover uma melhor mistura e homogeneização das camadas a serem compactadas; Compactação da camada de solo através da utilização de compressor pé de carneiro. A espessura final da camada deverá atingir pelo menos 0,50 m; B Trincheira de Impermeabilização no Entorno da Área SD-6 A Figura 4.4 apresenta o traçado aproximado da trincheira lateral proposta, circundando o material com rejeito de mineração, com profundidade média de 2,5 m. Foram contempladas duas alternativas para confinamento lateral do material contaminado com rejeitos de carvão: Trincheira com blocos de poliuretano (Anexo 04 do Volume III Tomo II), com as seguintes características: O Sistema de construção de trincheira realizada através da colocação dos blocos na dimensão 2,5 m x 0,5 m x 1 m após escavação. A solda dos blocos por spray de poliuretano é realizada posteriormente, criando uma camada monolítica. Trincheira com aterro compactado de material argiloso, atingindo coeficiente de permeabilidade inferior a 10-7 cm/s; A análise comparativa dos valores das duas alternativas conduz para execução da trincheira com aterro compactado, com larga vantagem (cerca de 20 % - dois décimos, ou um quinto do valor total). A Tabela 4.5 apresenta a estimativa de custo da trincheira em aterro compactado. Tabela 4.5 Estimativa de custo da trincheira em aterro compactado ITEM Unidade QTT PU R$ SUBTOTAL R$ Aterro/reaterro de Valas, Poços e Cavas Compactado Mecanicamente com Controle do Grau de Compactação => 95% PN m³ , ,00 Escavação Mecanizada de Valas, Poços e Cavas em Solo Não Rochoso até 2,00 m m³ , ,00 CUSTO TOTAL ,00 Obs.: Preços CASAN Maio/2007. C Drenagem do Material Confinado na Área SD-6 Há necessidade de serem drenadas as águas contaminadas com material de rejeitos de mineração, que estão confinadas pela camada argilosa em superfície e trincheira lateral na área SD-6. Revisão: R05 Página 44

36 Para realização desta tarefa são sugeridos os materiais geocompostos para drenagem Geocomposto Drenante Macdrain 2L TD, ou similar, com as seguintes características: (Volume III Tomo II, Anexo 05). Capacidade de vazão a 10 kpa, com i= 0,01, seja superior a 0,64 L/s*m; Resistente a ataques químicos e biológicos; Evite o carreamento de material fino e a conseqüente colmatação do filtro. Canais de Desvio de Montante Surgências Trincheira para Confinamento Área SD-6: material contendo rejeitos de carvão Reservatório de Emergência Rio dos Porcos Figura 4.4 Traçado sugerido para implantação da trincheira de confinamento lateral de material com rejeitos de carvão na área SD-6, de responsabilidade da São Domingos. A Tabela 4.6 apresenta uma estimativa de custo para implantação do sistema de drenagem do material com rejeito de carvão confinado na área SD-6. Revisão: R05 Página 45

37 Tabela 4.6 Estimativa de custo do sistema de drenagem do material confinado ITEM Unidade QTT PU R$ SUBTOTAL R$ Aterro/reaterro de Valas, Poços e Cavas Compactado Mecanicamente com Controle do Grau de Compactação => 95% PN m³ ,00 Escavação Mecanizada de Valas, Poços e Cavas em Solo Não Rochoso até 2,00 m m³ ,00 Geocomposto Drenante Macdrain 2L m² ,00 Geocomposto Drenante Macdrain 2L TD m² ,00 Tubo PVC Perfurado Ø 100 mm m ,00 Tubo PVC Ø 100 mm m 200 0,00 Conexão T PVC Ø 100 mm Unidades 85 0,00 0,00 Obs.: Preços D - Canal de Condução de Drenagem Ácida As águas com características de DAM, oriundas do material confinado, contendo rejeitos de carvão, devem ser conduzidas para o reuso, no caso de continuidade das atividades de beneficiamento, ou encaminhadas para uma Estação de Tratamento de Efluentes no caso de paralisação definitiva das atividades. Os canais de condução de drenagem ácida devem possuir um revestimento impermeável, cuja finalidade é impedir a contaminação do solo nas áreas vizinhas a SD-6. Para revestimento dos canais foram estudadas duas alternativas: Revestimento com Polietileno da Alta Densidade PEAD; (Volume III Tomo II Anexo 06) Geomembrana produzida com resinas de alto peso molecular, resultando membranas flexíveis, soldáveis e resistentes. Resistente a produtos químicos e acidez elevada. Deve ser resistente a degradação por raios ultravioletas. Deve possuir espessura mínima de 1 mm. Revestimento de Poliuretano com a seguinte metodologia: (Volume III Tomo II Anexo 07) Tratamento do Substrato Para uma boa aderência entre substrato e o revestimento deve ser realizada a preparação apropriada da superfície. Será posicionada dentro do canal uma manta de bidim para estruturação e dar maior flexibilidade. A superfície do canal deve estar sólida, seca, livre de óleo, graxa ou qualquer outra contaminação que possa interferir na aderência, tornando-se necessário: Remoção de todos os contaminantes que por acaso existam no substrato; Recuperação do substrato. Revisão: R05 Página 46

38 Aplicação de Poliuretano O sistema de cobertura da Poly-Urethane, consiste na aplicação por spray de espuma rígida de poliuretano. A espuma é formada por dois componentes (poliol e isocianato) líquidos, que quando aplicados são misturados e atomizados, reagindo e expandindo 20 vezes o seu volume inicial, formando micro-células fechadas. A espuma adere praticamente em qualquer superfície, com a aplicação de uma espessura de 25 mm, variando de +/- 5 mm, aplicada em toda a superfície do canal, beirais, tubos e irregularidades existentes, formando uma barreira impermeável. Após a aplicação do poliuretano, uma camada de tinta poliuretânica especial, de cor cinza é aplicada em toda a área da espuma. A Tabela 4.7 apresenta uma estimativa de custo das alternativas de Revestimento com Polietileno da Alta Densidade PEAD e Revestimento com Poliuretano. Tabela 4.7 Estimativa de custo dos canais de água contaminada Canal com poliuretano ITEM Unidade QTT PU R$ SUBTOTAL R$ Área para guarda de equipamentos e materiais 250 m²; mês 2 0,00 0,00 Disponibilização de sanitário; Energia e Ar comprimido no local; Passagens ( Equipe 5 pessoas) BH/Criciúma/BH Unidade 5 0,00 0,00 Hospedagem durante execução obra; Unidade 300 0,00 0,00 Alimentação na obra Unidade 600 0,00 0,00 Produto e aplicação m³ ,00 0,00 CUSTO TOTAL 0,00 Canal com PEAD ITEM Unidade QTT PU R$ SUBTOTAL R$ Aterro/reaterro de Valas, Poços e Cavas Compactado Mecanicamente com Controle do Grau de Compactação => 95% PN m³ 500 0,00 0,00 Escavação Mecanizada de Valas, Poços e Cavas em Solo Não Rochoso até 2,00 m m³ ,00 0,00 Geomembrana PEAD 1mm, colocada m² ,00 0,00 CUSTO TOTAL 0,00 Obs.: Preços CASAN (Maio/2007), Maccaferri (Agosto/2007) e Polyurethane (Agosto/2007). A análise comparativa da estimativa de custo das duas alternativas remete a uma igualdade em temos de valores, podendo optar por qualquer uma delas. E Dispositivo(s) de bombeamento e sistema de emergência Com objetivo de permitir o reuso das águas provenientes da lixiviação ou seu devido tratamento, deverão ser previstos dispositivos de bombeamento dos efluentes. Complementarmente ao dispositivo de bombeamento, deverá ser previsto um sistema de emergência, no caso de ocorrência de precipitações elevadas sobre a superfície do canal, ocasionando seu transbordamento para os cursos d água da região do entorno da área SD-6. Revisão: R05 Página 47

39 Na Figura 4.4, apresentada anteriormente, é sugerida a localização de um reservatório de emergência, ao sul da área SD-6, contíguo aos canais de coleta de drenagem ácida. A elevação do nível dos canais, até determinada cota, seria controlada por um vertedor de emergência, cujos excessos de água escoariam para o referido reservatório de emergência. Este vertedor deverá ser revestido com material resistente a produtos químicos e acidez elevada. Deve ser resistente a degradação por raios ultravioletas. A Tabela 4.8 apresenta os volumes necessários para implantação do reservatório, para precipitações de 5 e 10 anos de recorrência, num período de 24 h. Tabela 4.8 Volume útil do reservatório de emergência. Precipitação (mm/24 h) P (mm) Volume (L) Volume (m³) 5 anos 113, anos 130, Assim a ocorrência de uma chuva diária, para 5 e 10 anos de retorno acarreta na execução de um reservatório de aproximadamente 1000 m³. A Figura 4.5 apresenta um croqui da estrutura a ser projetada. Esta área apresenta uma superfície plana de 1,2 ha, e cota média de 6,00 m, permitindo uma escavação máxima até a cota 4,50 m, permitindo a implantação de um dispositivo de descarga do volume coletado pela chuva, para os canais de desvio de montante, cuja cota de fundo projetada é de 3,50 m. Salienta-se que a cota do coroamento deste reservatório não deve ser inferior a 5,50 m, apontada pelos moradores locais, como a cota máxima de inundação já atingida. Este reservatório deverá ser revestido com material impermeável, seja de argila compactada, ou outro, resistente ao ataque químico gerado pela drenagem ácida. Sugere-se que este reservatório possa ser revestido com vegetação rasteira, sobre camada de argila adequadamente compactada (camada de sacrifício), cuja vida útil coincida com a ocorrência de um evento de precipitação elevada, concomitante a uma pane no sistema de bombeamento. Deverá ser implantado um sistema de deságüe (stop-log ou comporta) para descarga total do reservatório, permitindo que o mesmo esteja vazio, quando da ocorrência de precipitação pluviométrica. Revisão: R05 Página 48

40 Canal de Drenagem Ácida Reservatório de Emergência V=1.000 m³ Vertedor de Emergência Figura 4.5 Croqui do vertedor do canal de drenagem ácida para o reservatório de emergência. A eventual ocorrência deste evento, ou seja, o funcionamento adequado do reservatório de emergência, condiciona a drenagem do volume acumulado, para tratamento ou reuso, bem como a raspagem do leito deste reservatório, em sua camada de sacrifício (raspagem), para acondicionamento em local adequado Destino da Águas de DAM Provenientes da SD-6 As águas provenientes da lixiviação do rejeito depositado na área SD-6 poderão ser reaproveitadas no processo de rebeneficiamento conforme indicado pelo DIA/PRAD, realizado em 2001, mencionado anteriormente. Caso esta alternativa não seja eficaz, em função da vazão gerada pela DAM ser maior que a vazão de reuso, condiciona-se à necessidade real do tratamento do efluente, antes de lançá-lo na rede de drenagem que circunda a área SD-6, e conduz as águas de escoamento superficial até o Rio dos Porcos. Deverá ser adotada sugestão de tratamento do efluente ácido, através da utilização de estruturas dimensionadas especificamente para este fim, conforme é apresentado, de maneira similar, como solução para o tratamento das águas oriundas das surgências, de responsabilidade da CSN, na seqüência deste PRAD. Salienta-se que a não observância dos parâmetros estabelecidos pela Resolução CONAMA N 0 357, de 17 de março de 2005, em relação ao lançamento destes efluentes de DAM, diretamente nos cursos d água, podem acarretar em severas multas e mesmo embargo de empreendimentos. Revisão: R05 Página 49

41 4.9 Desvio de Águas de Montante A manutenção da qualidade das águas de montante, bem como a redução do incremento da quantidade de água contaminada, gerada pela lixiviação de material de rejeito, motiva a implantação de um sistema de drenagem superficial, no entorno da área SD-6. A implantação deste sistema de drenagem superficial é condição essencial para a revitalização das características naturais da região. Assim apresentam-se na seqüência os elementos necessários para construção destes canais Estudos Hidrológicos Na seqüência apresentam-se os resultados obtidos pelos estudos hidrológicos desenvolvidos para elaboração do projeto Precipitações Intensas A escolha da tormenta de projeto e seu período de retorno definirão o risco da obra, uma vez que se admite que o período de retorno da precipitação é igual ao do hidrograma que ela gera. A relação estatística entre a intensidade e duração das chuvas, indica que quanto mais intensa for uma precipitação, menor será sua duração. Da mesma forma, quanto menor for o risco, maior será sua intensidade. Com base nisso, convencionou-se determinar a precipitação máxima através da relação: i = f(t,p), Essa função é chamada curva de intensidade-duração-frequência, ou i-d-f, sendo determinada com base em dados pluviográficos do local de interesse, ou com base de postos pluviométricos vizinhos. Na construção das curvas i-d-f é ajustada uma distribuição estatística aos maiores valores anuais de precipitação, para cada duração, e ajustada uma equação às curvas, na forma abaixo: i= a Tr b ( t+ c) d Sendo: i= Intensidade da Chuva (mm/h); Revisão: R05 Página 50

42 Tr= Tempo de Retorno (anos); t= Tempo de Concentração (min); a, b, c e d= coeficientes a serem ajustados. Os dados de precipitação utilizados para este projeto foram obtidos através do banco de dados da Agência Nacional de Águas (ANA HidroWeb, 2007). O posto pluviométrico utilizado foi o de nome Jaguaruna e código Os locais (Jaguaruna e Içara) possuem regime de precipitações semelhantes, devido à conformidade do relevo e distância da encosta da Serra Geral e do mar. O posto possui dados de precipitação coletada por pluviômetro, com uma série consistida de 24 anos (de 1977 a 2000). A ficha de identificação do posto pode ser vista na Tabela 4.9. Os dados de precipitação máxima anual podem ser vistos na Tabela Foi feito um ajuste estatístico através do método de Gumbell a esses valores, para a determinação da probabilidade de ocorrência das precipitações máximas anuais. O cálculo das probabilidades de ocorrência das precipitações segue a seguinte metodologia: 1. São determinados os parâmetros de Gumbell da série histórica de precipitações máximas anuais, α e µ, pela equação abaixo: α = 0,78 σ µ = P 0,5772 α Onde: P é a média das precipitações máximas anuais; σ é o desvio padrão da amostra. 2. A freqüência anual de ocorrência das precipitações é dada pelo Tempo de Retorno escolhido: f = 1 T R 3. A variável Y de Gumbell é dada pela equação: ( ln( f) ) Y = ln 1 Revisão: R05 Página 51

43 4. A precipitação máxima de um dia para o tempo de retorno, ou freqüência, escolhido é: Pmax,1dia =Y α+µ Tabela 4.9 Ficha de identificação do posto pluviométrico Dados da Estação Código Nome Código Adicional JAGUARUNA - Bacia Sub-bacia Rio Estado Município ATLÂNTICO, TRECHO SUDESTE (8) RIOS TUBARÃO, ARARANGUA(84) TUBARÃO, ARARANGUA SANTA CATARINA JAGUARUNA Responsável Operadora Latitude Longitude Altitude (m) ANA EPAGRI -28:36:24-49:1:59 10 Área de Drenagem (km2) - Revisão: R05 Página 52

44 Tabela 4.10 Valores de precipitação máxima anual utilizados no ajuste da equação idf. Ano Precipitação máxima anual (mm) Ano Precipitação máxima anual (mm) , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,2 Foram calculados os valores de precipitação para os tempos de retorno de 2, 5, 10, 20, 25, 50 e 100 anos. Os resultados são mostrados na Tabela Tabela 4.11 Precipitações máximas para os períodos de retorno escolhidos. TR P(P>Po) Y Pmax 24 h (mm) 5 0,2 1, , ,1 2, , ,05 2, , ,04 3, , ,02 3, , ,01 4, ,06 As relações entre as chuvas de 1 dia (obtidas pelos pluviômetros) e as chuvas de diversas durações, são determinadas pela metodologia da relação existente entre as durações (r). Os valores de r utilizados são os do CETESB (1986), de acordo com a Tabela 4.12: Tabela 4.12 Relações entre durações de precipitação. Duração relação (r) 24 h/1 dia 1, h/24 h 0, h/24 h 0,820 8 h/24 h 0,780 6 h/24 h 0,720 1 h/24 h 0,420 Revisão: R05 Página 53

45 Duração relação (r) 30 min/1 h 0, min/30 min 0, min/30 min 0, min/30 min 0, min/30 min 0,540 5 min/30 min 0,340 As precipitações para os diferentes tempos de duração da chuva foram calculadas com base na tabela acima, para os tempos de retorno escolhidos, sendo então ajustada uma equação idf para os dados obtidos. A equação resultante para o posto , utilizado em para este projeto foi: i= 1039,16 Tr 0,214 ( t+ 10) 0, 729 Sendo: i= Intensidade da Chuva (mm/h); Tr= Tempo de Retorno (anos); t= Tempo de Concentração (min); As curvas idf resultantes da equação acima podem ser vistas na Figura Intensidade (mm/h) Tempo (min) Tr=5 Tr=10 Tr=20 Tr=25 Tr=50 Tr=100 Figura 4.6 Curvas idf ajustadas para o posto utilizado no projeto. Revisão: R05 Página 54

46 Caracterização das Bacias de Contribuição A Área de Influência Direta AID, foi definida anteriormente, como a superfície do solo envolvida pelos limites das sub-bacias de contribuição que afluem diretamente às poligonais das minas do Poço 8 e 10. Estas sub-bacias afluem na direção noroeste-sudeste, no sentido do Rio dos Porcos, localizado aproximadamente em seu centro geométrico. É composta por dois afluentes pela margem direita e dois pela margem esquerda, totalizando cerca de ha. Nas áreas efetivamente impactadas pela atividade mineradora, os cursos d água tiveram seus leitos alterados, no sentido de conduzir as águas superficiais, de modo a facilitar os movimentos de terra, bem como o rebeneficiamento do carvão mineral. A Tabela 4.13 e Figura 4.7 apresentaram as bacias que compõem a área de abrangência do projeto, sendo que, os canais coletores de águas de montante, quais sejam: MD-02 e MD-03, detalhados na seqüência, se localizam na margem direita (Tabela 4.13). Tabela 4.13 Sub-bacias que compõem a área de abrangência do projeto Código Nome Área (ha) L (km) Cota Desnível Declividade Mont Jus (m) (m/m) MD-02 Margem Direita ,2 42,0 19,5 22,50 0,0103 MD-03 Margem Direita ,9 68,0 18,2 49,80 0,0084 Rio dos Porcos - Total , ,0048 As águas de escoamento superficial destas bacias cruzam as áreas contaminadas por rejeitos carbono-piritosos. O desvio de toda vazão escoada superficialmente reduzirá sobremaneira o volume de águas contaminadas por rejeitos de carvão. A projeção das poligonais das áreas lavradas pelas Minas Poço 8 e 10 ocupa maior superfície na margem direita do rio dos Porcos, cerca de 95 %. A Figura 4.7 apresenta a Área de Influência Direta e as Sub-bacias de Contribuição, na área deste projeto Usos do Solo na Bacia de Contribuição O uso do solo é quase totalmente agrícola, com ocorrência de escassa mata ciliar e alguma ocorrência de florestamento, conforme pode ser observado na Figura 4.7. Revisão: R05 Página 55

47 Figura 4.7 Área de Influência Direta e as Sub-bacias de Contribuição Concepção da Solução A concepção desta solução consiste em lançar os canais imediatamente a montante das áreas de depósitos de rejeitos carbonosos, facilitando assim: Coleta das águas de escoamento superficial de montante; Revisão: R05 Página 56

48 Coleta das águas provenientes da precipitação pluviométrica ocorrida sobre rejeitos protegidos por aterro de material argiloso impermeável. A Figura 4.8 apresenta um lay-out dos canais projetados. Canais de Desvio de Montante Drenagem Existente Rio dos Porcos Figura 4.8 Lay-out dos Canais de Desvio das Águas de Montante. As águas coletadas pelos canais terão dois destinos: Escoamento para canais existentes em direção a Localidade de Cantão (Dreno 1); Escoamento direto para o Rio dos Porcos (Drenos 2, 3, 4 e 5). Revisão: R05 Página 57

49 A seção transversal escolhida para o canal projetado foi a trapezoidal, com inclinação dos taludes laterais de 1(H):1(V). Foram cotejadas duas alternativas para construção destes canais: Canais construídos com base no conceito da engenharia naturalística, com taludes revestidos com troncos de eucaliptos e base do canal de gabiões (Figura 4.9); Canais de concreto armado (solução tradicional e de custo mais elevado não será detalhada esta alternativa não contemplada pela solução da engenharia naturalística). Gabiões Eucalipto Aterro Compactado Manta Geotêxtil 200 g/m² Figura 4.9 Canal de Desvio de Montante, Engenharia Naturalística. A alternativa indicada para a coleta das águas de montante, engenharia naturalística, deverá utilizar gabiões do tipo colchão, com espessura de 17 cm, confeccionados em malhas hexagonais de dupla torção, tipo 6 x 8 (NBR ) produzidos a partir de arames de aço BTC (baixo teor de carbono) diâmetro 2,00 m e recobertos com PVC cinza de espessura mínima de 0,40 mm (NBR ). Os gabiões deverão apresentar diafragmas de parede dupla, moldados de metro em metro durante o processo de fabricação e acompanhados de arames do mesmo tipo, para as operações de amarração e atirantamento, no diâmetro de 2,2 mm e na proporção de 5 % do seu peso. A manta geotêxtil será do tipo não tecida, produzida com fios de poliéster, com 200 g/m² (Ver Volume III Tomo II - Anexo 08) Dimensionamento dos Canais de Desvio de Montante Os cálculos hidráulicos foram efetuados através da sistemática usual utilizada em trabalhos de engenharia pluvial. Revisão: R05 Página 58

50 Utilizaram-se, através de processamento computacional, planilhas eletrônicas de dimensionamento hidráulico, sendo adotada a sistemática que identifica os pontos de descarga de cada sub-bacia que compõem o sistema. O dimensionamento da rede em estudo seguiu então o procedimento a seguir, conforme apresentado na Tabela 4.17: Nas colunas 1 e 2 são definidos os trechos de projeto, cujas transições coincidem com as mudanças de declividade e seções transversais dos canais trapezoidais; As áreas contribuintes (ha), relativas a cada trecho são apresentadas na coluna 3; As áreas parciais (acumuladas) relativas a cada sub-bacia, são apresentadas na coluna 4; Nas colunas 5 e 6 são apresentadas as cotas de início e fim de trecho (em metros), de montante e de jusante, respectivamente; A coluna 7 apresenta o comprimento de cada trecho (m); A coluna 8 apresenta o desnível de cada trecho (m); A coluna 9 apresenta a declividade longitudinal do terreno superficial ao longo do recho em questão; O tempo de concentração (Tc) é apresentado na coluna 10, sendo acumulados pelo tempo de percurso, calculado na coluna 19; A intensidade de chuva adotada é apresentada na coluna 11; A vazão de projeto do trecho é apresentada na coluna 12; Nas colunas 13 e 14 apresentam-se a base e altura do trapézio, cujas dimensões irão compor o canal dimensionado, para atender as especificações da vazão de projeto; A coluna 15 apresenta a área molhada do canal dimensionado; Na coluna 16 é determinada a inclinação longitudinal do canal que atenda às condições de velocidade máxima e mínima; A vazão obtida a plena seção do canal é apresentada na coluna 17; A velocidade calculada para estas condições de projeto é apresentada na coluna 18; Tempo percorrido em segundos Tperc (s), na coluna 19; A coluna 20 apresenta o percentual (%) da vazão de projeto em razão da capacidade de escoamento do canal projetado. Velocidades limites são adotadas devido ao fato que em obras de drenagem urbana o escoamento não deve ser muito lento por permitir o acúmulo de sedimentos nas galerias e canais. Revisão: R05 Página 59

51 Por outro lado, o escoamento também não deve seguir uma velocidade muito alta, pois promove o desgaste de canais e galerias por abrasão dos condutos. O cálculo da velocidade de escoamento a plena seção é dada pela equação de Manning: Rh I V = n Onde: V = velocidade média da água na seção (m/s); Rh = raio hidráulico da seção (m); I = declividade média do trecho de tubulação (m/m); n = coeficiente de rugosidade de Manning (0,03). 2 3 As velocidades limites adotadas neste projeto são 0,8 e 2,0 m/s, para os respectivos valores de mínima e máxima. Foram determinadas as velocidades de escoamento durante a passagem da vazão de tempo de retorno de 10 anos. SUB-BACIA MD-03 Conforme observado no diagrama da Figura 4.10 a Sub-bacia MD-03 foi subdividida em 5 bacias menores, cujas características são apresentadas na Tabela 4.14 Em preto observa-se o sentido de escoamento superficial natural, enquanto que em vermelho, o funcionamento do canal projetado. Tabela 4.14 Características físicas das sub-divisões da Sub-bacia MD-03. NOME ÁREA CM CJ L Desn Decliv (ha) (m) (m) (m) (m) (m/m) MD ,9 56,0 10, ,5 0,015 MD ,4 56,0 10, ,0 0,016 MD3-3 10,0 36,0 15, ,0 0,029 MD3-4 15,5 15,0 10, ,0 0,007 MD ,3 10,0 2, ,5 0, O canal de desvio de águas de montante localizado na Sub-bacia MD-03, é denominado de Dreno 1. Este canal possui um comprimento de m, e um desnível total de 13,09 m. Revisão: R05 Página 60

52 MD3-2 MD3-3 MD3-1 MD3-4 Dreno 1 MD3-5 Figura 4.10 Diagrama de Escoamento da Sub-bacia MD-3 (Ver Figura 4.8). O canal trapezoidal dimensionado especificamente para drenar estas águas de escoamento superficial, apresenta uma seção transversal no primeiro trecho de base 0,75 m e altura de 0,75 m. O trecho final possui base 1,50 m e altura de 1,40 m, conforme apresentado no dimensionamento da Tabela SUB-BACIA MD-02 Vai pra canal de drenagem O diagrama da Figura 4.11 apresenta as 11 sub-divisões da Sub-bacia MD-02, cujas características são apresentadas na Tabela Novamente, em preto observa-se o sentido de escoamento superficial natural, enquanto que em vermelho, o funcionamento do canal projetado. MD2-1 Dreno 2 MD2-2 MD2-3 Dreno 3 MD2-5 Dreno 4 MD2-6 MD2-4 MD2-7 Dreno 5 MD2-8 MD2-10 MD2-9 MD2-11 Rio dos Porcos Figura Diagrama de Escoamento da Sub-bacia MD-3 (Ver Figura 4.8). Revisão: R05 Página 61

53 Tabela 4.15 Características físicas das sub-divisões da Sub-bacia MD-02. NOME ÁREA CM CJ L Desn Decliv (ha) (m) (m) (m) (m) (m/m) MD2-1 1,3 28,0 18, ,0 0,064 MD2-2 1,4 27,5 18, ,5 0,055 MD2-3 9,0 18,0 10, ,0 0,022 MD2-4 11,5 10,0 7, ,0 0,006 MD2-5 1,9 18,0 7, ,0 0,025 MD2-6 3,2 16,0 7, ,0 0,019 MD2-7 24,8 18,0 6, ,0 0,012 MD2-8 29,8 7,0 5, ,0 0,002 MD2-9 27,7 6,0 4, ,5 0,002 MD2-10 1,6 5,0 4, ,5 0,002 MD2-11 6,6 4,5 3, ,0 0,002 Os canais de desvio de águas de montante localizado na Sub-bacia MD-02, são denominados de Drenos 2, 3, 4 e 5. Estes canais possuem comprimentos variados, cujas seções transversais aumentam sua área, a medida que se aproximam da foz. As medidas, comprimentos e inclinações de cada trecho dos canais podem ser verificados na Tabela Apresentam-se no Volume III Tomo II - Anexo 08 as plantas com as seguintes informações: Planta Geral e Localização; Plantas dos Drenos e perfil longitudinal; Planta de detalhes; Catálogo dos Gabiões tipo Colchão. A Tabela 4.16 apresenta a estimativa de custo para execução dos canais de desvio de montante. Tabela 4.16 Estimativa de custo dos canais de desvio de montante ITEM Unidade QTT PU R$ SUBTOTAL R$ Aterro Compactado Material Argiloso m³ , ,00 Escavação m³ , ,00 Eucaliptos m³ , ,00 Colchões Reno e=17cm m² , ,00 Geotextil não tecido Mactex MT-200 m² , ,00 Pedra rachão para enchimento dos colchões m³ , ,00 Custo Total ,00 Revisão: R05 Página 62

54 Tabela 4.17 Dimensionamento dos canais de desvio de montante DRENO 1 - SUB-BACIA MD3 TR= 10 Anos C= 0,50 NOME Área Área Acum CM CJ L Desn Decliv Tc I Q Proj Base Altura Area Mol i Q Veloc T Perc %Q (ha) (ha) (m) (m) (m) (m) (m/m) (min) (mm/h) (m³/s) (m) (m) (m/m) (m3/s) (m/s) (s) Divisor 13+81,21 0 1,15 36,00 24,23 161,00 11,77 0, , ,13 6,39 7,54 24,23 14,65 315,08 9,58 0,030 29,4 96,1 1,01 0,75 0,75 1,13 0,0110 2,11 1, % 10+66, ,95 1,99 9,53 14,65 13,92 236,18 0,73 0,003 32,2 91,4 1,21 1,00 1,00 2,00 0,0015 1,67 0, % 8+29, ,96 5,18 14,71 13,92 9,55 315,63 4,37 0,014 36,9 84,6 1,73 1,00 1,00 2,00 0,0030 2,37 1, % 5+13, ,81 10,52 25,23 9,55 10,89 359,15-1,34 (0,004) 41,3 79,2 2,78 1,25 1,30 3,32 0,0015 3,32 1, % 1+54, ,79 27,02 10,89 10,32 154,81 0,57 0,004 47,3 73,2 2,75 1,50 1,40 4,06 0,0010 3,45 0, % DRENO 2 - SUB-BACIA MD2-1 e MD2-2 TR= 10 Anos C= 0,50 NOME Área Área Acum CM CJ L Desn Decliv Tc I Q Proj Base Altura Area Mol i Q Veloc T Perc %Q (ha) (ha) (m) (m) (m) (m) (m/m) (min) (mm/h) (m³/s) (m) (m) (m/m) (m3/s) (m/s) (s) Divisor ,3 0,3 28,00 22,94 156,00 5,06 0, ,4 0,5 0,8 22,94 18,35 57,40 4,59 0, ,0 157,5 0,17 0,30 0,30 0,18 0,0420 0,36 1, % 0+57, ,51 1,31 18,35 18,24 38,60 0,11 0, ,5 154,7 0,28 0,30 0,40 0,28 0,0150 0,39 1, % Divisor ,4 0,4 27,50 22,29 88,00 5,21 0, ,0 1,4 22,29 18,24 82,00 4,05 0, ,0 157,5 0,31 0,30 0,40 0,28 0,0280 0,53 1, % DRENO 3 - SUB-BACIA MD2-3 TR= 10 Anos C= 0,50 NOME Área Área Acum CM CJ L Desn Decliv Tc I Q Proj Base Altura Area Mol i Q Veloc T Perc %Q (ha) (ha) (m) (m) (m) (m) (m/m) (min) (mm/h) (m³/s) (m) (m) (m/m) (m3/s) (m/s) (s) Divisor ,7 2,7 28,00 18,24 252,00 9,76 0, ,5 2,93 5,6 18,24 9,87 228,50 8,37 0, ,9 152,2 1,19 0,50 0,70 0,84 0,0127 1,53 1, % 2+28,5 3+66,5 6,1 11,74 9,87 9,84 138,00 0,03 0, ,0 142,0 2,32 0,50 1,00 1,50 0,0080 2,63 1, % 3+66,5 8+57,5 11,59 23,33 9,84 6,61 491,00 3,23 0, ,3 136,4 4,42 1,00 1,45 3,55 0,0030 5,10 1, % 8+57, ,9 29,9 60,2 28,00 5, ,00 22,99 0, ,1 117,0 7,97 1,85 1,80 6,57 0,0019 9,20 1, % 16+41, ,4 1,63 61,9 28,00 4, ,50 23,93 0, ,0 114,4 7,99 1,85 1,80 6,57 0,0019 9,20 1, % DRENO 4 - SUB-BACIA MD2-5 e MD2-6 TR= 10 Anos C= 0,50 NOME Área Área Acum CM CJ L Desn Decliv Tc I Q Proj Base Altura Area Mol i Q Veloc T Perc %Q (ha) (ha) (m) (m) (m) (m) (m/m) (min) (mm/h) (m³/s) (m) (m) (m/m) (m3/s) (m/s) (s) Divisor 2+87,3 1,0 1,0 18,00 10,07 149,00 7,93 0, ,3 2+21,6 2,0 3,0 10,07 6,81 65,70 3,26 0, ,9 117,5 0,49 0,30 0,45 0,34 0,0230 0,61 1, % 2+21, ,0 7,0 6,81 6,61 221,60 0,20 0, ,5 115,8 1,13 1,00 0,70 1,19 0,0042 1,39 1, % DRENO 5 - SUB-BACIA MD2-7, MD2-9 e MD2-11 TR= 10 Anos C= 0,50 NOME Área Área Acum CM CJ L Desn Decliv Tc I Q Proj Base Altura Area Mol i Q Veloc T Perc %Q (ha) (ha) (m) (m) (m) (m) (m/m) (min) (mm/h) (m³/s) (m) (m) (m/m) (m3/s) (m/s) (s) Divisor 18+23,6 2,0 2,0 18,00 10,54 370,00 7,46 0, , ,1 19,1 10,54 6,42 523,60 4,12 0, ,2 54,9 1,46 0,75 0,75 1,13 0,0080 1,80 1, % ,8 24,9 6,42 7,36 200,00-0,94 (0,0047) 80,6 52,5 1,81 1,20 1,00 2,20 0,0020 2,19 1, % ,6 27,7 52,6 7,36 5,95 748,40 1,41 0, ,0 51,1 3,06 1,50 1,25 3,44 0,0019 3,87 1, % 3+51, ,7 121,1 5,95 5,90 351,60 0,05 0, ,1 47,1 4,91 2,00 1,50 5,25 0,0015 6,04 1, % Observações Área Acum Área Acumulada (ha) Base Base do Canal Trapezoidal (m) 1 - Tc: US Corps of Engineers CM Cota Montante (m) Altura Altura da Lâmina Dágua (m) 2 - IDF: Jaguaruna 0,1150 CJ Cota Jusante (m) Area Mol Área Molhada (m²) 1045,13T i = 0, 723 L Comprimento (m) Per Mol Perímetro Molhado (m) ( t + 9,7708) Desn Desnível (m) RH Raio Hidráulico (m) 3 - TR= 10 anos Decliv Declividade (m) i Inclinação Longitudinal do Canal (m/m) 4 - C= 0,5 Tc Tempo de Concentração (m) n Coeficiente de Manning 5 - n Manning= 0,03 I Intensidade Chuva (mm/h) Q Vazão (m³/s) Q Proj Vazão de Projeto (m³/s) Veloc Velocidade (m/s) Revisão: R05 Página 63

55 5 RESPONSABILIDADES AMBIENTAIS DA NOVA PRÓSPERA MINERAÇÃO SA E COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL - CSN Na seqüência apresenta-se a proposta para recuperação da área identificada como impactada (NP-1) pela deposição de rejeitos de mineração na superfície do solo, de propriedade da Nova Próspera, bem como para tamponamento dos furos de sondagem, coleta e tratamento dos efluentes de DAM. Vale lembrar que conforme relatado na introdução deste Volume, o Contrato apresentado no Volume I Tomo I Anexo IV, atribui a responsabilidade pela recuperação ambiental desta área à CSN Companhia Siderúrgica Nacional. Assim a CSN é atual responsável pela recuperação ambiental: do depósito de rejeitos localizado na área da Nova Próspera Mineração Ltda, denominada NP-1; das drenagens ácidas oriundas das surgências das Minas Poço 8 e 10. Esta etapa do presente PRAD aborda especificamente as soluções propostas para recuperação ambiental da área denominada NP-1. A área denominada NP-1, já apresentada pela Figura 4.1, é agora reproduzida pela Figura 5.1, onde podem ser verificados os limites da propriedade, conforme levantamento do cadastro fundiário, incluso no Volume I Tomo III Anexo II. A Tabela 5.1 apresenta os dados da referida propriedade identificados na Matrícula. Tabela 5.1 Dados da matrícula do imóvel da Nova Próspera. LOTE Nº PROT DATA PROPRIETÁRIO /7/1991 CARBONÍFERA PRÓSPERA S.A /7/1991 COMPANHIA SIDERURGICA NACIONAL /28/1992 NOVA PRÓSPERA MINERAÇÃO S.A. AREA (m²) , Definição da Área de Abrangência A área de abrangência da recuperação ambiental sob a responsabilidade CSN, pode ser identificada pela presença de rejeitos de carvão em superfície, na área NP-1, bem como pela localização das surgências conforme Figura 5.1. As ações de recuperação de responsabilidade da CSN, podem ser subdivididas em 2 grupos: Recuperação de área com rejeito em superfície, pertencente à Nova Próspera: NP-1 (deposição dos rejeitos na própria área); Solução para as surgências de efluentes de DAM (Tamponamento e/ou Coleta e Tratamento) Revisão: R05 Página 64

56 Área Nova Próspera Lote 115 Área= 10 ha SDNSS-05 Surgência Norte E: ,004 N: ,075 SDNSI-09 Surgência Centro E: ,777 N: ,691 SDNSI-11 Surgência Sul E: ,263 N: ,141 Figura 5.1 Localização das Surgências e Área NP-1. A Tabela 5.2 apresenta a superfície (ha) com presença de rejeitos, conforme levantamento topográfico planialtimétrico, e sondagem investigativa (Volume III Tomo II Anexo 10). Consta desta tabela, a localidade onde se encontra a área da Nova Próspera Mineração SA. Revisão: R05 Página 65

57 Tabela 5.2 Características geométricas das áreas com rejeitos na superfície ÁREA COM DISTÂNCIA DE SD-6 NOME LOCALIDADE REJEITOS (ha) (km) NP-1 5,21 0,50 POÇO 8 O material de rejeito de carvão encontrado na área NP-1, cuja responsabilidade contratual pela recuperação é da CSN, será movimentado e acondicionado na mesma propriedade, conforme apresentado na seqüência. 5.2 Uso Futuro da Área Entende-se por recuperação de uma área como a restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original. Conforme apresentado pelo Volume II Diagnóstico dos Meios Físico, Biótico e Sócio-Econômico a região do Poço 8 apresenta as seguintes ocupações: Áreas de indústrias; Agroecossistemas: áreas cultivadas com culturas anuais, mandioca, feijão, fumo, milho, batata, bem como aquelas cobertas com pastagens naturais, cultivadas ou em pousio ; Ocupação urbana (Localidade Rio dos Anjos e Poço 8); Vegetação secundária: vegetação em estádio médio a avançado de regeneração; Bota Fora de aterro da obra da Rodovia BR 101 pela Empresa Queiroz Galvão SA; Área Degradada por Resíduos Sólidos Urbanos, pela Prefeitura Municipal de Içara; Área Degradada por Extração de Argila: A titular do Título Minerário DNPM /74 GM 33/76 Nova Próspera Mineração SA, realizou Contrato de Cessão Parcial de Direitos, para as seguintes cerâmicas: CS Silva Ltda 4 ha; Cerâmica Galato Ltda 5 ha; Cerâmica Fribu Ltda 10 ha; Casagrande Indústria e Comércio de Telhas Ltda 1 ha. A área denominada NP-1 caracteriza-se por se situar junto ao divisor de águas das sub-bacias MD-2 e MD-3, localizadas na margem direita do Rio dos Porcos, distante cerca de m deste em linha reta. Não foram identificadas nascentes nem como cursos dágua permanentes no interior da área e seu entorno. Portanto, na área NP-1, não se caracterizam Áreas de Preservação Permanente APP, fato este que flexibiliza as alternativas de uso, quais sejam: conservação, recreação, agrícola, florestal ou urbano. Revisão: R05 Página 66

58 Entretanto, por estarem previstas duas células de rejeitos na porção nordeste da área, devem ser observadas as restrições quanto aos usos que comprometam a estanqueidade das referidas células, a saber: Sobre as superfícies das células de rejeitos serão cultivadas apenas espécies vegetais sem raízes pivotantes, como gramíneas e leguminosas. Esta ação tem o objetivo de cobrir a superfície do solo, reduzindo o processo de erosão pela chuva e vento; A implantação de edificações que exijam execução de fundações, ou ainda uso do solo que apresentem cargas ou vibrações excessivas, como tráfego ou estacionamento de veículos pesados; Quaisquer atividades que exerçam escavações na área, que venham a comprometer sua estanqueidade, bem como estabilidade do aterro. Para a área em questão, NP-1 com 10 ha de superfície, sugere-se o uso como praça de lazer, conforme apresentado na planta PR-MI-REC-0005, Anexo 11 do Volume III Tomo II Anexos II, assim distribuídos: Área de Células da Rejeitos 1 e 2 e entorno: 3,0 ha de gramíneas; Área com espelho dágua: 0,9 ha; Área com estrada vicinal: 0,5 ha; Área restante: 5,6 ha com revegetação de gramíneas, arbustiva e arbórea. Os detalhamentos destas sugestões são apresentados na seqüência. 5.3 Levantamentos de Campo Realizados Foram realizados os seguintes levantamentos de campo, para obtenção de informações mais detalhadas e quantificação da área NP-1, com rejeitos em superfície: Topográfico planialtimétrico, Sondagens de investigação Topografia No Anexo 09 (Volume III Tomo II Anexos II) apresenta-se o levantamento topográfico planialtimétrico da área onde foram identificados em superfície rejeitos provenientes de deposição de material carbonoso, pertencente a Nova Próspera, a ser recuperada. Revisão: R05 Página 67

59 5.3.2 Sondagens de Investigação Para investigação da camada de rejeitos carbonosos existentes na área identificada, foi realizada uma campanha de sondagens, utilizando o trado manual, cujos resultados são apresentados no Anexo 10 (Volume III Tomo II Anexos II), em forma de: Ficha de Sondagem: Fotografia do furo de sondagem com identificação, croqui de localização e coordenadas UTM; Ficha com cálculo do volume de remoção de rejeitos em cada área Desenho: Perfis dos furos de sondagens; Desenho: Perfis dos terrenos. O volume de rejeito a ser acondicionado, bem como o volume de transporte, podem ser observados na Tabela 5.3. Obs.: Tabela 5.3 Área com rejeitos carbonosos em NP-1. VOLUME DE VOLUME DE NOME ÁREA (ha) REJEITO (m³) TRANSPORTE (m³) NP-1 5, Área medida em campo por levantamento topográfico. 2 Volume de transporte calculado considerando empolamento de 35%. 5.4 Etapas de Implantação da Recuperação da Área NP-1 Devido a composição heterogênea da área denominada NP-1, ou seja, com presença de 2 espelhos d água, estrada vicinal existente que cruza a área, associada a presença de diferentes declividades do terreno, foi planejado para esta área um procedimento de implantação por etapas, a saber (Ver Figura 5.2): Etapa 1: Preparação da Área Execução de um canal para esgotamento das áreas alagadas, no local de implantação da rede de drenagem DN 1000; Marcação do eixo dos drenos de desvio das águas de montante (Drenos 1, 2 e 3). Etapa 2: Início de Movimentação de Material Raspagem do rejeito localizado na parte mais elevada da área; Remoção do material para o centro-sul, para criação da área de armazenamento de solo argiloso; Recomposição parcial da estrada através aterro dos trechos onde houver sido removido o material de rejeito carbono-piritoso, ou ainda nos trechos danificados pelo trânsito de máquinas. Revisão: R05 Página 68

60 Etapa 3: Preparação da Célula 1 (Ver detalhe na Planta PR-MI-REC-007 no Anexo 11 do Volume III Tomo II Anexos II) Escavação da célula 1 onde será realizado acondicionamento de material de rejeito (aproximadamente uma superfície de 60 x 100 m); Deposição do material argiloso na área de armazenamento; Etapa 4: Enchimento de Célula 1 Preparo da célula 1 onde será acondicionado de material de rejeito; Início do preenchimento da célula 1 com rejeito, onde a deposição de rejeitos será realizada em camadas de altura máxima de 0,25 m, compactadas pela passagem sucessiva das máquinas utilizadas para espalhamento. Utilização do solo argiloso armazenado para reconformação topográfica da parcela da área onde o rejeito já foi removido; Recomposição parcial da estrada através de aterro dos trechos onde houver sido removido o material de rejeito carbono-piritoso, ou ainda nos trechos danificados pelo trânsito de máquinas. Etapa 5: Início da Célula 2 se necessário (Ver detalhe na Planta PR-MI-REC- 007 no Anexo 11 do Volume III Tomo II Anexos II) Preenchimento da célula 1 até o limite estabelecido; Fechamento da célula 1, com tratamento final da superfície e início da revegetação; Abertura e operação da célula 2 e reconformação da topografia com o material escavado (aproximadamente uma superfície de 60 x 70 m). Observar deposição do rejeito em camadas de altura máxima de 0,25 m, possibilitando sua compactação com máquinas utilizadas para espalhamento; Implantação de rede de drenagem do volume excedente do reservatório de água, concreto DN 1000 (Ver detalhe nas Plantas PR-MI-REC-005 e PR-MI-REC-006 no Anexo 11 do Volume III Tomo II Anexos II); Recomposição parcial da estrada através de aterro dos trechos onde houver sido removido o material de rejeito carbono-piritoso, ou ainda nos trechos danificados pelo trânsito de máquinas.. Etapa 6: Fechamento e Revegetação Esgotamento final do reservatório com bombeamento; Conclusão da raspagem de material de rejeito de toda a área; Transporte de rejeito para a célula 2; Recomposição final da estrada vicinal; Fechamento e tratamento final da superfície da célula 2; Reconformação final da topografia; Término da revegetação em toda a área. Revisão: R05 Página 69

61 FIGURA 5.2 Etapas de implantação PRAD Área NP-1 Revisão: R05 Página 70

62 5.5 Elaboração do Plano de Remoção e Transportes dos Materiais Os materiais carbono-piritosos removidos serão transportados e acondicionados sob envelope de argila na própria área, em duas células de rejeitos. As etapas a serem atendidas para realização do plano de remoção e transporte de rejeitos são as mesmas já citadas anteriormente: Remoção da vegetação existente: Remoção e armazenamento da camada de solo vegetal, quando existente: Escavação e carga de material de rejeito Transporte até a Célula de Rejeito. 5.6 Acondicionamento de Rejeitos de Mineração Por se tratarem de resíduos com características contaminantes, estes materiais devem ser coletados e depositados adequadamente, isto é, isolados por material impermeabilizante. Os rejeitos transportados deverão ser acondicionados em células de rejeitos, com as seguintes características: Isolamento inferior com camada de argila compactada, cujo coeficiente de permeabilidade seja inferior a 10-7 cm/s; Acondicionamento do material carbonoso na célula; Fechamento da célula com argila compactada; As dimensões das células serão variáveis de acordo como volume a ser acondicionado, porém todas terão perfil trapezoidal com superfícies convexas. A inclinação dos taludes será de 2,0(H):1(V) - (Ver detalhe na Planta PR-MI-REC-007 no Anexo 11 do Volume III Tomo II Anexos II). Para implantação das células de isolamento de rejeitos, deverão ser atendidos os seguintes passos: A escavação da célula deverá ser feita preferencialmente em etapas. Somente depois de concluída uma etapa, será escavada a próxima, e assim por diante; Espalhamento e compactação de material argiloso; Rápido descarregamento, espalhamento e compactação do material; Execução com inclinação na superfície de 2,5 %, do centro para as bordas do depósito; Os rejeitos serão cobertos com uma camada homogênea de material argiloso, com mínimo de 0,50 m de espessura; Revisão: R05 Página 71

63 Deposição de solo local para criar uma camada de segurança ao isolamento com argila (1,0 m de altura); Procedimento de remodelagem do terreno, deposição de calcário, introdução e correção de solo argiloso e revegetação somente com espécies herbáceas. Foi apresentado pela Figura 4.2 um desenho esquemático da célula de rejeitos. 5.7 Recuperação das Áreas com Rejeitos Para realização do Estudo de Concepção para recuperação das áreas com depósitos de rejeitos identificadas neste estudo, foram considerados, entre outros, os seguintes parâmetros sócio-ambientais: Usos do solo atual nas regiões de entorno; Usos originalmente existentes; Vocação do solo existente com base nos Laudos Laboratoriais de Análises Físico Químicas dos Solos. No presente caso, a porção da Área NP-1 que será favorecida pela retirada da camada de rejeito, deverá ser destinada à recomposição da vegetação original. As denominadas Células 1 e 2, onde será acondicionado o rejeito retirado do restante da área, será tratado como depósito de rejeito, devendo ser cobertura por vegetação rasteira. De qualquer modo, a Área NP-1 não poderá ser utilizada para plantio de cutígenos ou pastagens de gado. Estes critérios subsidiaram as recomendações para usos do solo, posteriormente à recuperação topográfica das áreas, tendendo às seguintes etapas: Reconformação topográfica; Recomposição do Solo Vegetal; Reposição de Sementes e Mudas; Cercamento da Área; Manejo e Monitoramento Reconformação Topográfica Após a retirada do material de rejeito, será realizada a reformulação da composição do relevo local, na tentativa de reproduzir o mais fielmente possível as condições naturais, ou mesmo minimizando as alterações necessárias. Esta etapa prevê o preenchimento de valas; conformação dos taludes e direcionamento do escoamento superficial. Revisão: R05 Página 72

64 5.7.2 Recomposição do Solo Vegetal Conforme apresentado pelo Volume II Diagnóstico dos Meios Físico, Biótico e Sócio-Econômico, as classes de solos das áreas degradadas por rejeitos de carvão na região do Poço 8 foram: Podzolico Vermelho-Escuro; Podzolico Vermelho-Amarelo. Esta caracterização atendeu aos Critérios para Recuperação ou Reabilitação de Áreas Degradadas pela Mineração de Carvão, documento emitido em Dez/07 pelo GTA/ACP (FATMA, DNPM, Ministério Público Federal). A reconstrução de solos é a parte mais crítica do processo de recuperação de uma área degradada por deposição de rejeitos da mineração de carvão, onde os rejeitos foram retirados com parte do solo original. A nova paisagem construída é o fundamento no qual o restante das práticas de recuperação será realizado e no qual o subseqüente uso da terra acontecerá. Da perspectiva prática, os objetivos de reconstrução dos solos incluem a obediência com as leis vigentes, manejo adequado das águas, controle de erosão e minimização dos custos de longo prazo. Para construção do novo solo será realizado o espalhamento de uma camada de material orgânico (cama de galinheiro ou húmus, etc) para obter-se um aumento da atividade biológica que poderá acelerar e garantir a estabilidade do substrato, ou solo construído. Como alternativa poderá ser utilizada a turfa orgânica. Devido à baixa fertilidade do novo solo as ações corretivas recomendadas no parágrafo anterior, serão realizadas objetivando o pronto estabelecimento da vegetação a ser introduzida. A utilização de um condicionador do solo é recomendada, devido ao baixo teor de matéria orgânica. Estes materiais serão empregados com o objetivo de melhorar as características físicas, químicas e microbiológicas do substrato, assim como prover um banco de sementes para iniciar o processo de revegetação na área em questão, diminuindo dessa forma, o risco de erosão após o remodelamento do terreno. Nos solos construídos a porosidade tem importância não somente na sobrevivência das espécies vegetais, mas no processo de formação do novo perfil do solo, sendo desejável uma desuniformidade na distribuição de tamanhos de poros, pois estes têm diferentes funções na formação do solo, portanto tem-se que se evitar a compactação na fase de recobertura da área (ZIMMERMANN D.G., 2001). A compactação do solo diminui o tamanho dos poros, aumentando a uniformidade e, por conseqüência a densidade do solo, prejudicando o desenvolvimento das plantas Revisão: R05 Página 73

65 e diminuindo a velocidade de recuperação da estrutura do solo, entre outros fatores. Concluída a conformação, poderá ser realizado, como alternativa, o espalhamento de turfa na quantidade de 2,5 cm de espessura, ou seja, cerca de 150 t/ha, conforme experiência bem sucedida da CSN na recuperação da Malha II Leste e Oeste. Será incorporado ainda o calcário dolomítico na proporção de 25 t/ha (2,5 kg/m 2 ) com PRNT mínimo de 75,1% (classe C), distribuído com aplicador de calcário tracionado por trator agrícola. A adição de calcário dolomítico em pó tem por finalidade corrigir a acidez do substrato e, ao mesmo tempo, tornar indisponíveis (reter) metais poluentes presentes no terreno, por exemplo, o Ferro, o Alumínio e o Manganês, evitando que os mesmos sejam carreados. Estas medidas terão como objetivo melhorar as características físicas, químicas e microbiológicas do substrato, assim como, prover um banco de sementes para iniciar o processo de revegetação nas áreas em questão, diminuindo dessa forma, o risco de erosão após o remodelamento do terreno. Se a alternativa com turfa for utilizada, além de suprir carências de nutrientes orgânicos do solo, poderá representar um banco de sementes considerável, que estarão adaptadas às condições tipicamente ácidas da região. Para favorecer ainda mais o desenvolvimento das plantas serão aplicados os seguintes insumos: Cama de galinheiro = 5,0 m³/ha e Adubo NPK = formulação (250 kg/ha) Revegetação da Área A Área NP-1 divide-se duas porções, a porção relativa às células de rejeitos e a porção de solo natural raspado e/ou reconformado. A Revegetação sobre Célula de Rejeitos. Nesta área serão plantadas gramíneas e leguminosas, e havendo disponibilidade de sementes e mudas, deverá ser priorizada a implantação de espécies nativas, tais como: Axonopus compressus: Grama-missioneira, com densidade de plantio de 10 kg/ha, cuja característica é de gramínea, herbácea com crescimento rizomatoso; Paspalum saurae: Pensacola, com densidade de plantio de 10 kg/ha, cuja característica é de gramínea perene, herbácea com crescimento cespitoso; Revisão: R05 Página 74

66 Paspalum dilatatum: Grama-comprida, com densidade de plantio de 14 kg/ha, cuja característica é de gramínea perene, herbácea com crescimento cespitoso; Arachis pintoi: Amendoim - forrageiro, com densidade de plantio de 13 kg/ha, cuja característica é de leguminosa, herbácea com crescimento rizomatoso; Stylosanthes capitata + S. macrocephala: Estilosantes campo grande, com densidade de plantio de 2,5 kg/ha, cuja característica é de leguminosa, herbácea com crescimento cespitosa. Estas espécies são encontradas com relativa facilidade no mercado, sendo apresentado no Anexo 11 do Volume III Tomo II um exemplo de fornecedor com respectiva cotação de preço, Valor Cultural das sementes disponíveis, e demais características das espécies elencadas. B Revegetação do Solo Original Reconformado A prioridade deve ser da implantação de espécies nativas sempre que possível, e havendo disponibilidade de sementes e mudas, em dois níveis: Gramíneas e leguminosas; Arbustivas e arbóreas. A seleção das espécies visando à revegetação do ecossistema degradado deverá ser orientada para a autosustentação. As espécies com ciclo de vida curto ou aquelas que, pelas condições ambientais, forem incapazes de reproduzir-se, deverão ser utilizadas somente se houver previsão de substituição ou se através do processo de sucessão ecológica esse processo acontecer naturalmente. A alta diversidade de espécies arbóreas tropicais está associada a uma baixa densidade de indivíduos por unidade de área para a grande maioria delas, caracterizando as espécies denominadas raras. As espécies raras são as responsáveis pela alta riqueza das florestas tropicais, devem ser bem entendidas quanto às suas características e ao seu papel na comunidade, visando incorporá-las, corretamente, nos ecossistemas construídos (KAGEYAMA; GANDARA, 2003). Kageyama et al. (1994) salientam que no estabelecimento de plantios mistos com espécies arbóreas nativas, a seleção das mesmas deve envolver também o seu comportamento silvicultural, além do ecológico. Dessa forma as espécies poderiam ser agrupadas em dois grandes grupos: as Pioneiras ou Sombreadoras (crescimento mais rápido) e as Não Pioneiras ou Sombreadas (crescimento mais lento). As diferentes espécies de pioneiras teriam distintas capacidades de Revisão: R05 Página 75

67 sombreamento, assim como as não pioneiras também teriam diferentes graus de exigência de luz. Os modelos de plantios mistos devem, basicamente, compatibilizar estes dois conjuntos de fornecimento e requerimento de luz. A proporção de espécies com diferentes exigências de luz no grupo das não pioneiras é que vai definir a proporção de tipos de pioneiras com diferentes graus de sombreamento. Devem ser observados os seguintes critérios na seleção de espécies para a recuperação da área degradada: Plantar espécies nativas de ocorrência na região; Como alternativa, adicionar turfa, nas áreas remodeladas por possuir grande diversidade de sementes podendo iniciar o processo de revegeração, diminuindo dessa forma, o risco de erosão após o remodelamento do terreno. Plantar o maior número possível de espécies para obter-se alta diversidade; Plantar espécies herbáceas de gramíneas e leguminosas em consorciação, por oferecer melhorias às características físico-químicas, bem como fixar as partículas do solo evitando a ocorrência de processos erosivos; Utilizar combinações com espécies sombreadoras (pioneiras e secundárias iniciais) com espécies sombreadas (secundárias tardias e climácicas); Implantação de cortina verde no entorno do empreendimento possibilitando melhoria da qualidade paisagística da área; Utilizar no plantio espécies que atraiam a fauna Plantio de Gramíneas e Leguminosas As espécies listadas na Tabela 5.4 serão plantadas a lanço, consorciadas, respeitando-se a época de semeadura. Esta técnica tem como finalidade promover a estabilização do solo e taludes, oferecendo proteção contra a erosão superficial uma vez que estas espécies apresentam uma rápida emergência e desenvolvimento. Tabela 5.4 Espécies herbáceas de gramíneas e leguminosas a serem utilizadas em consorciação para recuperação da área. Espécies sugeridas Nome popular Densidade de plantio Hábito Axonopus compressus Grama-missioneira 10 kg/ha Gramínea, herbácea com crescimento rizomatoso. Paspalum saurae Pensacola 10 kg/ha Gramínea perene, herbácea com crescimento cespitoso. Paspalum notatum Grama batatais 14 kg/ha Gramínea perene, herbácea com crescimento rizomatoso. Arachis pintoi Amendoim - forrageiro 13 kg/ha Leguminosa, herbácea com Revisão: R05 Página 76

68 Espécies sugeridas Stylosanthes capitata + S. macrocephala Nome popular Estilosantes campo grande Densidade de plantio 2,5 kg/ha Hábito crescimento rizomatoso. Leguminosa, herbácea com crescimento cespitosa. No estabelecimento das gramíneas e leguminosas recomenda-se a aplicação de 30 kg/ha de uréia como adubação de cobertura, realizada em duas épocas: 15 kg/ha, 40 dias após a semeadura, e mais 15 kg/ha 80 dias após o plantio Plantio de Espécies Arbustiva-Arbóreas A vegetação presente no entorno da área de estudo é caracterizada pela Floresta Ombrófila Densa, que faz parte do Domínio Mata Atlântica (Brasil 1993), caracteriza-se por ser um dos ecossistemas mais importantes do mundo, não só pela biodiversidade, mas também por outros fatores entre eles: manutenção de nascentes e fontes de água, regulando o fluxo de mananciais; regulagem do clima, umidade e chuvas; alto grau de endemismos, com 50% das espécies vegetais endêmicas, sendo a floresta mais rica do mundo em árvores por unidade de área, ou seja, 454 espécies/ha no sul da Bahia (SCHÄFFER; PROCHNOW 2002). A seleção das espécies arbustivo-arbóreas baseia-se na capacidade de adaptação destas às condições do ecossistema a ser reabilitado e de seu bom desenvolvimento local. A Tabela 5.5 apresenta espécies arbustivo-arbóreas com potencialidades para recuperar ecossistemas degradados. Nesta lista devem ser escolhidas as espécies disponíveis na época da execução do projeto, obedecendo a proporção entre as espécies Clímax, Secundárias Iniciais e Secundárias Tardias apresentadas pela Figura 5.3. Serão introduzidas no mínimo 10 espécies pioneiras na primeira fase, e mais 15 espécies para segunda fase, representadas pelas secundárias e clímax conforme Tabela 5.5. A escolha ou criação de um modelo de restauração é um processo em constante aprimoramento, que é alimentado não só pelos conhecimentos básicos sobre ecologia, demografia, genética, biogeografia, mas também pelas informações sobre o ambiente físico e biológico da região onde irá ser implantado (KAGEYAMA; GANDARA, 2000). O modelo a ser utilizado depende do grau de alteração sofrida pelo ecossistema. E o plantio deve ser efetuado com o máximo de diversidade de espécies nativas, procurando recuperar tanto a estrutura como a dinâmica da floresta que irá se formar. O uso de espécies nativas justifica-se, pois as espécies que evoluíram naquele local têm mais probabilidade de ter aí os seus polinizadores, dispersores de Revisão: R05 Página 77

69 sementes e predadores naturais, sendo importantes para que as populações implantadas tenham sua reprodução e regeneração natural normais. A recuperação com espécies arbustivo-arbóreas será feita de duas formas distintas nas áreas recomendadas, logo após a incorporação dos condicionantes ao solo: Inicialmente serão introduzidas espécies pioneiras, concomitantemente ao plantio das herbáceas, num total de 300 mudas por hectare de espécies pioneiras (espaçamento de 5 x 6 m entre linhas e colunas). Uma vez que as espécies pioneiras atinjam altura de aproximadamente 5 m, deverão ser introduzidas as ilhas de diversidade, que consistem no plantio de mudas de espécie clímax, cercadas de secundárias iniciais e tardias, espaçadas 2,0 (dois) metros uma das outras, conforme mostra a Figura 5.3. As mudas deverão ter altura de até 0,50 m. Deverão ser introduzidas após seis meses, as 20 ilhas de diversidade por hectare, o que corresponde introduzir 80 secundárias iniciais, 80 secundárias tardias e 20 espécies climácicas, totalizando o plantio de 180 indivíduos por hectare. As covas para implantação das espécies pioneiras na primeira fase e das ilhas de diversidade na segunda fase, deverão ter as dimensões de 0,40 m x 0,40 m x 0,40 m. Após o plantio da muda, aplicar-se-á a uma distância de 0,10 m ao redor do caule da muda e a 0,05 m de profundidade, cerca de 100 g de fertilizante organo-mineral na formulação ao solo. Salienta-se a necessidade de ser atendido o esquema de distribuição das espécies apresentado na referida Figura 5.3. No entorno da área minerada e vias de acessos, constitui-se de grande valor a criação de uma zona tampão, com um anel de vegetação florestal arbórea nativa (Tabela 5.5), não eucaliptos e/ou pinus, predominantemente ao redor da área de mineração. No que se refere à cortina verde seria imprescindível a utilização de uma gama de espécies nativas, prioritariamente presentes na mata, as quais apresentassem rápido crescimento. Revisão: R05 Página 78

70 Figura 5.3 Esquema de distribuição das espécies arbustivo-arbóreas a serem plantadas nas ilhas de diversidade na área do empreendimento. Obs.: C Espécie Clímax; SI Secundárias Iniciais; ST Secundárias Tardias. A especificação de determinadas espécies a serem utilizadas para plantio nas ilhas de diversidade, pode determinar o incremento indesejado de custos de implementação, justificado pela disponibilidade de mudas, estágio de desenvolvimento, época de plantio, etc. A Tabela 5.5 apresenta algumas espécies arbustivo-arbóreas, com potencialidades para recuperação da área do empreendimento, através da implantação das ilhas de diversidade, a serem agrupadas conforme Figura 5.3. As espécies de eucalipto e pinus devem ser evitadas, ou substituídas, em razão do constante risco de incêndios em sua serapilheira particularmente seca e resinosa devido às folhas e ramos altamente inflamáveis. Atualmente estas espécies apresentam grande agressividade sobre campos ou outros tipos de cobertura vegetal, sendo muitas vezes indesejáveis, pois descaracterizam a paisagem regional e avançam sem controle sobre os vários ambientes do sul do Brasil. Revisão: R05 Página 79

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