1. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS
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- Marisa Diegues Castelhano
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2 1. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS A Especialização Técnica de Nível Médio em Prótese Ortopédica Funcional dos Maxilares compõe o itinerário formativo da Habilitação Técnica de Nível Médio em Prótese Dentária, Eixo Tecnológico Ambiente e Saúde; atende ao disposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) Lei Federal nº /96, nas Resoluções CNE/CEB nº. 04/2010 e 06/2012, nos Pareceres CNE/CEB nº. CNE/CEB 14/02, 07/2010 e 11/2012, no Regimento das Unidades Educacionais e nas demais normas do sistema de ensino, bem como na Lei Federal nº 6.710/79, Decreto nº /82, Resolução CFO 83/2008 e Resolução CFO 117/2012, que regulamentam as atividades do Técnico em Prótese Dentária. Com o objetivo de atualizar o perfil profissional de conclusão, para que os egressos possam acompanhar as transformações do setor produtivo e da sociedade, o Plano de Curso de Especialização Técnica em Prótese Ortopédica Funcional dos Maxilares, aprovado pela Portaria SENAC/GDE nº 60/2003, publicado no DOE Diário Oficial do Estado pela Portaria CEE/GP 181, em 30/04/2003, passa, nesta oportunidade, por revisão, mantendo-se alinhado às exigências específicas da ocupação, incorporando as inovações decorrentes dos avanços científicos e tecnológicos deste segmento, da experiência acumulada pela instituição e de novas tecnologias educacionais. A primeira publicação sobre a correção das irregularidades nas posições dentárias foi feita pelo francês Pierre Fauchard, em 1728, o qual apresenta um aparelho denominado bandelete associado a um arco expansor. A ortopedia dos maxilares teve origem ao final do século XIX, com os trabalhos de Norman W. Kingsley. Com o advento da resina acrílica e seu uso na odontologia, houve uma diminuição do volume nos aparelhos orais, deixando-os mais confortáveis e melhores aceitos pelos pacientes. Em meados do século XX houve um grande desenvolvimento de técnicas das quais destacam-se Hans Peter Bimler (Modeladores Elásticos), George Klammt (Ativador Elástico Aberto), Wilhem Balters (Bionator), Rolf Fränkel (Regulador de Função) e Pedro Planas (Reabilitação Neuro-oclusal). A Ortopedia Funcional dos Maxilares atua em todas as funções do sistema estomatognático (mastigação, deglutição, respiração, fonoarticulação), por estarem interligadas e correlacionadas ao desenvolvimento da face e em particular das arcadas dentárias. Casos de bruxismo, disfunções têmporo-mandibulares (ATM/DTM), dores de cabeça e/ou ouvido, apnéia do sono, queixo saliente ou retraído, dentes tortos, dentes salientes, 2
3 mordida cruzada, língua entre os dentes da frente são algumas das anomalias que podem ser tratadas com a ortopedia funcional dos maxilares. De acordo com o Conselho Federal de Odontologia 1 a Ortopedia Funcional dos Maxilares é a especialidade que tem como objetivo prevenir, oferecer condições ao sistema estomatognático para alcançar a sua normalidade morfofuncional, e tratar as maloclusões e suas consequências físico-funcionais através de recursos terapêuticos que utilizem estímulos funcionais, visando ao equilíbrio morfofuncional do sistema estomatognático e/ou a profilaxia e/ou o tratamento de distúrbios crâniomandibulares e/ou remoção de hábitos deletérios, através de estímulos de diversas origens que provoquem estas respostas, baseados no conceito da funcionalidade dos órgãos. Podendo também fazer uso da supervisão da evolução de desenvolvimento do sistema estomatognático, intervindo quando possível e necessário, fazendo uso de recursos terapêuticos funcionais, inclusive a orientação mastigatória. Segundo a Dra. Wilma Simões, as forças naturais de crescimento e desenvolvimento, erupção, postura e movimento da língua, postura e movimento da mandíbula, corroboram para o tratamento ortopédico funcional, cujo objetivo é de proporcionar o crescimento e desenvolvimento fisiológico das estruturas estomatognáticas adequadamente, agindo diretamente sobre o sistema neuromuscular que comanda o desenvolvimento ósseo dos maxilares, consequentemente levando os dentes a ocuparem suas posições funcionais e estéticas. Quanto a resposta de tratamento com os aparelhos ortopédicos funcionais, fatores relevantes devem ser considerados, tais como idade, gênero, estágio de desenvolvimento, resposta orgânica, fatores genéticos e hereditários, biologia óssea, dental e miofacial, colaboração do paciente, tempo de uso do aparelho, etc. Ainda quanto à necessidade desse tratamento, de acordo com os resultados apresentados pelo Projeto SBBrasil 2010: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal 2, sobre as condições oclusais nas idades de 5 e 12 anos e na faixa etária de 15 a 19 anos para o Brasil, observa-se que: As crianças de cinco anos apresentaram: Oclusão normal para chave de caninos (classe I) - 77,1%. Classes II e III de caninos - 6,6% e 6,4%, respectivamente. Características normais de sobressaliência - variaram de 60,8% na região sul a 71,2% na região norte. 1 Conselho Federal de Odontologia - Consolidação das Normas para Procedimentos nos Conselhos de Odontologia - aprovada pela Resolução CFO 63/2005. Disponível em < Acesso em 15 de julho de Projeto SB Brasil Disponível em: < >. Acesso em 15 de agosto de
4 Mordida cruzada anterior - 3,0%. Mordida aberta anterior - 12,1%. Mordida cruzada - a menor prevalência deste agravo foi encontrada na região Norte (10,1%). Aos 12 anos de idade, observou-se a presença de: Oclusão considerada normal (segundo o Índice de Estética Dental DAI - prevalência de cerca de 60%. Oclusopatia severa prevalência de 7,1%. Oclusopatias severa e muito severa dos 15 aos 19 anos de idade foram iguais 6,6% e 10,3%, respectivamente. Essa demanda abre espaço para o trabalho de técnicos em prótese dentária especialistas em prótese ortopédica funcional dos maxilares, em conjunto com cirurgiões-dentistas. Segundo o Conselho Federal de Odontologia - CFO 3, atualmente existem dentistas e técnicos em prótese dentária inscritos no país, dos quais e respectivamente estão no estado de São Paulo, que conta ainda com 631 cirurgiõesdentistas especialistas em Ortopedia Funcional dos Maxilares e em Ortodontia e Ortopedia Facial. Assim, o mercado de trabalho passou a requisitar técnicos em prótese dentária especialistas em prótese ortopédica funcional dos maxilares para atuarem junto com cirurgiões-dentistas especialistas. Nesse contexto, o oferece a Especialização Técnica de Nível Médio em Prótese Ortopédica Funcional dos Maxilares, com o objetivo do formar profissionais qualificados para atender às necessidades de mercado, de acordo com parâmetros de qualidade da área odontológica. A instituição se propõe a permanente atualização deste Plano de Curso, a fim de acompanhar as transformações tecnológicas e socioculturais do mundo do trabalho, especialmente da área de saúde e do campo da odontologia, mediante contato permanente com especialistas da área e o setor produtivo. 3 Conselho Federal de Odontologia (CFO). Dados Estatísticos. Disponível em: < Acesso em:
5 2. REQUISITOS DE ACESSO Para matrícula neste curso, os (as) candidatos (as) devem ter concluído o curso Técnico em Prótese Dentária. Documentos Requerimento de Matrícula. Documento de Identidade (RG) (cópia simples). Diploma de Técnico em Prótese Dentária (original e cópia simples ou cópia autenticada). Observação: O candidato que ainda não possua o diploma de Técnico em Prótese Dentária poderá apresentar o Histórico Escolar de conclusão do curso, em 02 vias, porém, deverá ser comunicado de que a entrega do certificado desta especialização técnica de nível médio em Prótese Ortopédica Funcional dos Maxilares dependerá da apresentação do referido diploma, devidamente registrado. As inscrições e as matrículas serão efetuadas conforme cronograma estabelecido pela Unidade, atendidos os requisitos de acesso e nos termos regimentais. 3. PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO O Especialista Técnico de Nível Médio em Prótese Ortopédica Funcional dos Maxilares trabalha em laboratórios de prótese dentária de instituições de saúde públicas ou privadas, bem como prestando consultoria em empresas de materiais odontológicos. Atua em conjunto com o cirurgião-dentista, prestando suporte técnico na fase laboratorial, no planejamento e na confecção de aparelhos ortopédicos funcionais dos maxilares, visando contribuir com o tratamento adequado para os mais diversos perfis de pacientes/clientes com oclusopatias. Para atender às demandas do processo produtivo, o Especialista Técnico de Nível Médio em Prótese Ortopédica Funcional dos Maxilares deverá constituir as seguintes competências profissionais: Utilizar a técnica ortopédica funcional, com base em conhecimentos de anatomia craniofacial, fisiologia neuromuscular, anomalias de oclusão e reabilitação neurooclusal, a fim de subsidiar a confecção de aparelhos ortopédicos à necessidade de cada paciente. Confeccionar diferentes tipos de aparelhos ortopédicos funcionais (Pistas Indiretas Planas, Bimler, Twin Block, Bioajustadores MD3, Bionator de Balters, Klammt, 5
6 Frankel e Aragão, SNs Wilma Simões), preparando os modelos, conformando os fios, adaptando e encerando as peças e realizando a hidratação e/ou o isolamento, a acrilização, o acabamento e o polimento, de acordo com as particularidades de cada caso, visando auxiliar no tratamento e na reabilitação de pacientes com maloclusão. 4. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR A organização curricular da Especialização Técnica em Prótese Ortopédica Funcional dos Maxilares está estruturada em um único módulo, conforme detalhe a seguir: I M Ó D U L O Confecção de Aparelhos Ortopédicos Funcionais dos Maxilares Carga Horária 300 TOTAL DE HORAS 300 Módulo I Confecção de Aparelhos Ortopédicos Funcionais dos Maxilares - Promove a utilização da técnica ortopédica funcional, a partir do reconhecimento da ação dos aparelhos ortopédicos no sistema estomatognático do paciente, visando ao equilíbrio morfofuncional. Prevê também a atuação do aluno na confecção de diferentes tipos de aparelhos ortopédicos funcionais dos maxilares, por meio do desenvolvimento de competências relativas aos processos de preparo dos modelos anatômicos, conformação dos fios, adaptação e enceramento das peças, hidratação e/ou isolamento, acrilização, acabamento e polimento. COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS A SEREM DESENVOLVIDAS NO MÓDULO Utilizar a técnica ortopédica funcional, com base em conhecimentos de anatomia craniofacial, fisiologia neuromuscular, anomalias de oclusão e reabilitação neuro-oclusal, a fim de subsidiar a confecção de aparelhos ortopédicos à necessidade de cada paciente. Confeccionar aparelhos ortopédicos funcionais Pistas Indiretas Planas Simples e Compostas, preparando os modelos, conformando os fios, adaptando as peças e construindo e posicionando as pistas na inclinação adequada para cada anomalia, a fim de auxiliar no tratamento e na reabilitação do paciente com distoclusão, mesioclusão e/ou atresia maxilo-mandibular. Confeccionar aparelhos ortopédicos funcionais Ativadores Elásticos de Bimler, preparando os modelos, conformando os fios e adaptando as peças de acordo com as 6
7 particularidades de cada aparelho (A, B ou C), a fim de auxiliar no tratamento e na reabilitação do paciente com distoclusão ou mesioclusão. Confeccionar aparelhos ortopédicos funcionais Twin Block, preparando os modelos, conformando os fios, adaptando as peças e traçando a angulagem das pistas de encaixe, a fim de auxiliar no tratamento e na reabilitação do paciente com distoclusão e/ou atresia maxilo-mandibular. Confeccionar aparelhos ortopédicos funcionais Bioajustadores MD3, preparando os modelos, conformando os fios e construindo a placa palatina com posicionador lingual, plano e mordida anterior e arco vestibular formando escudo lábio-ativo, a fim de auxiliar no tratamento e na reabilitação do paciente com distoclusão. Confeccionar aparelhos ortopédicos funcionais Bionator de Balters, preparando os modelos e construindo e posicionando o arco palatino e o arco bucinador, a fim de auxiliar no tratamento e na reabilitação do paciente com mordida aberta anterior, mesioclusão ou distoclusão. Confeccionar aparelhos ortopédicos funcionais Ativadores Elásticos Abertos de Klammt, preparando os modelos e construindo e posicionando os fios guias superiores e inferiores, o arco palatino e os arcos vestibulares ou escudos, a fim de auxiliar no tratamento e na reabilitação do paciente com distoclusão, mesioclusão, atresia maxilomandibular ou pseudo progenia. Confeccionar aparelhos ortopédicos funcionais Reguladores de Função Frankel e Aragão, preparando os modelos, conformando os fios e construindo e posicionando os escudos e arcos vestibulares, os apoios, as molas, as conexões e o arco palatino, a fim de auxiliar no tratamento e na reabilitação do paciente com mesioclusão. Confeccionar aparelhos ortopédicos funcionais SNs Wilma Simões preparando os modelos, conformando os fios e construindo e posicionando o arco vestibular, as molas ou grades, a mola Coffin ou o expansor e os arcos dorsais de acordo com as particularidades de cada caso, a fim de auxiliar no tratamento e na reabilitação do paciente com mordida aberta anterior, atresia maxilo-mandibular e/ou distoclusão. Indicações Metodológicas As indicações metodológicas que orientam este curso, em consonância com a Proposta Pedagógica do, pautam-se pelos princípios da aprendizagem com autonomia e do desenvolvimento de competências profissionais, entendidas como a capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação valores, conhecimentos e habilidades necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho 7
8 As competências profissionais descritas na organização curricular foram definidas com base no perfil profissional de conclusão, considerando processos de trabalho de complexidade crescente, relacionados com a área de atuação deste profissional. Tais competências desenham um caminho metodológico que privilegia a prática pedagógica contextualizada, colocando o aluno frente a situações problemáticas que possibilitem o exercício contínuo da mobilização e a articulação dos saberes necessários para a ação e solução de questões inerentes à natureza do trabalho neste segmento. A incorporação de tecnologias e práticas pedagógicas inovadoras previstas, como o trabalho por projeto, atende aos processos de produção da área, às constantes transformações que lhe são impostas e às mudanças socioculturais relativas ao mundo do trabalho. Propicia aos alunos a vivência de situações desafiadoras que levam a um maior envolvimento, instigando-os a decidir, opinar, debater e construir com autonomia o seu desenvolvimento profissional. Permite, ainda, a oportunidade de trabalho em equipe, assim como o exercício da ética, da responsabilidade social e da atitude empreendedora. As situações de aprendizagem previstas para o curso têm como eixo condutor um Projeto, que será construído no decorrer dos módulos, ou seja, por etapas, considerando as especificidades de cada módulo. O trabalho por projeto favorece o desenvolvimento das competências previstas em cada módulo, na medida em que considera contextos similares àqueles encontrados nas condições reais de trabalho e estimula a participação ativa dos alunos na busca de soluções para os desafios que dele emergem. Estudo de casos, proposição de problemas, pesquisa em diferentes fontes, contato com empresas e especialistas da área, seminários, visitas técnicas, trabalho de campo e simulações de contextos compõem o repertório do trabalho por projeto, que será especificado no plano dos docentes, a ser elaborado sob a coordenação da Área Técnica da Unidade e registrado em documento próprio. Cabe ressaltar que, na mediação dessas atividades, o docente deve atuar no sentido de possibilitar a identificação de problemas diversificados e desafiadores, orientando a busca de informações, estimulando o raciocínio lógico e a criatividade e incentivando respostas inovadoras. Deve, também, criar estratégias que propiciem avanços, tendo sempre em vista que a competência é formada pela prática e que esta se dá em situações concretas. PLANO DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO PROFISSIONAL SUPERVISIONADO O estágio é um ato educativo, tendo como objetivo proporcionar a preparação para o trabalho produtivo e para vida cidadã do educando, sempre desenvolvido em ambientes de trabalho que envolva atividades relacionadas com a natureza do curso, nos termos da legislação vigente. 8
9 Este curso não prevê estágio profissional supervisionado, ficando a critério da Direção da Unidade autorizar a sua realização como uma atividade opcional do aluno, acrescida à carga horária total do curso. O estágio não obrigatório e opcional do aluno poderá ser realizado desde que o mesmo esteja matriculado e frequente regularmente o curso. O aluno que optar pelo estágio poderá iniciá-lo uma vez transcorridas 100 horas do curso. Mesmo não sendo obrigatório, o estágio será orientado e supervisionado por um responsável da parte concedente e acompanhado por docente orientador indicado pelo Senac, que se responsabilizará pela sua avaliação e pela verificação do local destinado às atividades do estágio, procurando garantir que as instalações e as atividades desenvolvidas sejam adequadas para a formação cultural e profissional do educando. Os estágios poderão ser desenvolvidos em organizações privadas ou públicas onde a atividade do Especialista Técnico de Nível Médio em Prótese Ortopédica Funcional dos Maxilares se faça necessária, desde que ofereçam as condições essenciais ao cumprimento de sua função educativa, de maneira a evitar situações em que o aluno seja compelido a assumir responsabilidades de profissionais já qualificados e, dessa forma, desenvolvendo as atividades compatíveis com as previstas no Termo de Compromisso. Serão aplicados estratégias e instrumentos de avaliação do desempenho do aluno, com registros em formulário próprio de acompanhamento do estágio, com anotações diárias feitas pelo estagiário e validadas pelo supervisor do campo de estágio. A carga horária do estágio será de, no mínimo, 30 horas (10 % da carga horária total do curso) e o aluno poderá concluí-lo até o último dia letivo do curso estabelecido no Termo de Compromisso firmado entre o aluno ou seu responsável legal, a parte concedente e o Senac, que indicará as condições para sua realização. O estágio não poderá exceder 06 horas diárias e 30 horas semanais, devendo constar do respectivo Termo de Compromisso. Periodicamente o aluno deverá apresentar ao docente orientador do estágio, relatório das atividades realizadas. Um relatório final deverá ser entregue no final do curso devidamente assinado pelo supervisor do estágio. 9
10 Para realização do estágio há necessidade dos seguintes documentos: Acordo de Cooperação entre a Unidade Senac que oferecer o curso e a parte concedente que oferecer o campo de estágio. Este documento deverá definir as responsabilidades de ambas as partes e todas as condições necessárias para a realização do estágio. Plano de Atividades do estagiário, elaborado em acordo com aluno, parte concedente e o Senac, incorporado ao termo de Compromisso. Termo de Compromisso de Estágio, consignando as responsabilidades do estagiário e da parte concedente, firmado pelo seu representante, pelo estagiário e pela Unidade Senac, que deve zelar pelo cumprimento das determinações constantes do respectivo termo. Seguro de Acidentes Pessoais para os estagiários, com cobertura para todo o período de duração do estágio pela parte concedente e, alternativamente, assumida pelo Senac. A apólice deve ser compatível com valores de mercado, ficando também estabelecidos no Termo de Compromisso. Durante a realização do estágio devem ser elaborados: Relatório de Estágio, segundo orientações do supervisor. Ficha de Acompanhamento de Estágio com registros diários feitos pelo estagiário e com visto do supervisor. O aluno ao qual for concedida a oportunidade do estágio opcional e que realizar, integralmente, as horas e atividades previstas no respectivo Termo de Compromisso terá apostilado no verso do seu Certificado o estágio realizado. Caso não cumpra o mínimo de horas e de atividades previstas, não terá direito a qualquer aditamento em seu documento de conclusão. 5. CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO DE CONHECIMENTOS E EXPERIÊNCIAS ANTERIORES As competências anteriormente adquiridas pelos alunos, relacionadas com o perfil profissional de conclusão do Especialista Técnico de Nível Médio em Prótese Ortopédica Funcional dos Maxilares, podem ser avaliadas para aproveitamento de estudos, nos termos da legislação e normas vigentes. O aproveitamento, em qualquer condição, deverá ser requerido antes do início do módulo ou da competência correspondente e em tempo hábil para deferimento pela direção da Unidade e devida análise por parte dos docentes, aos quais caberá a avaliação das competências e a indicação de eventuais complementações. 10
11 6. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO A avaliação da aprendizagem será contínua e cumulativa, priorizando aspectos qualitativos relacionados ao processo de aprendizagem e ao desenvolvimento do aluno observado durante a realização das atividades propostas, individualmente e/ou em grupo. Dentre essas atividades constam pesquisas, relatórios de atividades e visitas técnicas, estudo de casos, diagnóstico ou prognóstico sobre situações de trabalho, apresentação de seminários, simulações e, ainda, o projeto e suas etapas. A avaliação deve se pautar por critérios e indicadores de desempenho, pois considera-se que cada competência traz em si determinado grau de experiência cognitiva, valorativa e comportamental que pode ser traduzido por desempenhos. Assim, pode-se dizer que o aluno adquiriu determinada competência quando seu desempenho expressar esse patamar de exigência qualitativa. Para orientar o processo de avaliação, torná-lo transparente e capaz de contribuir para a promoção e a regulação da aprendizagem, é necessário que os indicadores de desempenho sejam definidos no plano de trabalho docente e explicados aos alunos desde o início do curso. Tal procedimento visa direcionar todos os esforços da equipe técnica, do corpo docente e do próprio aluno para que este alcance o desempenho desejado. Desse modo, espera-se potencializar a aprendizagem e reduzir ou eliminar o insucesso, uma vez que a educação por competência implica assegurar condições para o aluno superar dificuldades de aprendizagem diagnosticadas durante o processo educacional. A autoavaliação será estimulada e desenvolvida por meio de procedimentos que permitam o acompanhamento, pelo aluno, do seu progresso, assim como a identificação de pontos a serem aprimorados, tendo em vista tratar-se esta de uma prática imprescindível à aprendizagem com autonomia. O resultado do processo de avaliação será expresso por menções: Ótimo: capaz de desempenhar, com destaque, as competências exigidas pelo perfil profissional de conclusão. Bom: capaz de desempenhar as competências essenciais exigidas pelo perfil profissional de conclusão. Insuficiente: ainda não capaz de desempenhar as competências exigidas pelo perfil profissional de conclusão. A menção será atribuída no módulo, considerando os critérios e indicadores de desempenho relacionados às competências previstas em cada um deles, as quais integram as competências profissionais descritas no perfil de conclusão. 11
12 Será considerado aprovado aquele que obtiver, ao final do módulo, as menções Ótimo ou Bom e a frequência mínima de 75% do total de horas de efetivo trabalho educacional. Será considerado reprovado, aquele que obtiver a menção Insuficiente no módulo, mesmo após as oportunidades de recuperação, ou tiver frequência inferior a 75% do total de horas de efetivo trabalho educacional. Os alunos deverão ter pleno conhecimento dos procedimentos a serem adotados para o desenvolvimento do curso, bem como sobre as normas regimentais e os critérios de avaliação, recuperação, frequência e promoção. 7. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS A rede de Unidades Educacionais tem a infraestrutura necessária para a realização dos cursos de educação profissional técnica de nível médio propostos, contando com dependências para acolhimento dos alunos, salas de aula devidamente mobiliadas com cadeiras móveis e armário para organização dos materiais, sala de atendimento, salas para Direção, Secretaria, Coordenação e Docentes, laboratórios de informática, bibliotecas com o acervo contendo os títulos da bibliografia básica indicada no correspondente Plano de Curso, computadores conectados à Internet e outros equipamentos, como televisão, vídeo/dvd, projetor multimídia/data show e retroprojetor. Instalações, equipamentos e acessórios específicos do curso: A Unidade disponibilizará um laboratório de prótese dentária, com os seguintes itens: Aparelho de limpeza a vapor. Aquecedor por indução. Aspirador. Aspirador de bancada individual (ou central de aspiração - opcional). Bico de ar. Compressor. Decantador para gesso. Estante para polimento. Motor elétrico. Polimerizadora a frio. Recortador de gesso (a água e/ou a seco). Torno de polimento. 12
13 Vibrador de gesso. Bibliografia Básica Módulo I - Confecção de Aparelhos Ortopédicos Funcionais dos Maxilares CARDOSO, A. C. Oclusão Para você e para mim. São Paulo: Santos, LINO, A. de P. Ortodontia corretiva - Técnica MD3. São Paulo: Artes Médicas, PLANAS, P. Reabilitação neuroclusal. 2ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, ROSSI, N. J. Ortopedia funcional dos maxilares. São Paulo: Andrei, SIMÕES, W. A. Ortopedia funcional dos maxilares - através da reabilitação neuro-oclusal. São Paulo: Artes Médicas, ZARB, G. A. et. al. Disfunções da articulação temporomandibular e dos músculos de mastigação. São Paulo: Santos, Bibliografia Complementar CATTACINI, C. Técnicas laboratoriais em ortodontia e ortopedia funcional dos maxilares - Passo a passo de A a Z. 2ª edição. Ribeirão Preto: Tota, CHEDID, S. J. Ortopedia e ortodontia para dentição decídua. São Paulo: Santos, GROHMANN, U. Aparatologia em Ortodontia e Ortopedia Dentofacial. São Paulo: Santos, SAKAI, E. Nova visão em ortodontia e ortopedia funcional dos maxilares. São Paulo: Santos, SANTIAGO JUNIOR, O. Atlas de construção de aparelhos ortopédicos funcionais. TOTA, SPERANDEO, M. L. A. Ortopedia funcional dos maxilares. São Paulo: Ícone, PESSOAL DOCENTE E TÉCNICO Estão habilitados para a docência neste curso, profissionais licenciados (licenciatura plena ou programa especial de formação) na respectiva área profissional. Para o desenvolvimento das competências previstas nos módulos constantes deste Plano de Curso devem ser admitidos docentes com a seguinte formação: 13
14 MÓDULO Confecção de Aparelhos Ortopédicos Funcionais dos Maxilares FORMAÇÃO Técnico em prótese dentária, preferencialmente especialista em prótese ortopédica funcional dos maxilares, com experiência no planejamento e na confecção laboratorial de próteses ortopédicas funcionais dos maxilares. Poderão ainda ser admitidos, em caráter excepcional, profissionais com a seguinte ordem preferencial: Na falta de licenciados, os graduados na correspondente área profissional ou de estudos. Na falta de profissionais graduados em nível superior nas áreas específicas, profissionais graduados em outras áreas e que tenham comprovada experiência profissional na área do curso. Na falta de profissionais graduados, técnicos de nível médio na área do curso, com comprovada experiência profissional na área. Aos não licenciados é propiciada formação docente em serviço. A coordenação do curso será realizada por profissional com formação e experiência profissional compatíveis com as necessidades da função. 9. CERTIFICADO E DIPLOMA Àquele que concluir com aprovação o módulo que compõe a organização curricular deste Plano de Curso será conferido o certificado de Especialização Técnica de Nível Médio em Prótese Ortopédica Funcional dos Maxilares, com validade nacional. 14
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