PROJETO DE LEI Nº 251/2012 Poder Judiciário

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1 DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, segunda-feira, 12 de novembro de PRO 1 PROJETO DE LEI Nº 251/2012 Poder Judiciário Cria e transforma funções gratificadas e cria gratificação nos Serviços Auxiliares do Tribunal de Justiça do Estado. Art. 1º Ficam criadas, no Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas dos Serviços Auxiliares do Tribunal de Justiça do Estado, 50 (cinquenta) funções gratificadas, assim distribuídas: I - Na Assessoria de Gestão Estratégica e Qualidade: a) 01 (uma) função gratificada de Assessor-Coordenador de Qualidade, código ; b) 08 (oito) funções gratificadas de Consultor de Qualidade, código II) Na Corregedoria-Geral da Justiça, 08 (oito) funções gratificadas de Coordenador de Correição, código ; III) No Departamento de Compras, 01 (uma) função gratificada de Chefe de Equipe, código ; IV) No Departamento de Engenharia, Arquitetura e Manutenção, 02 (duas) funções gratificadas de Chefe de Serviço, código ; V) No Departamento de Material e Patrimônio: a)01 (uma) função gratificada de Chefe de Serviço, código ; b)02 (duas) funções gratificadas de Encarregado de Depósito, código VI) No Departamento de Recursos Humanos: a) 01 (uma) função gratificada de Chefe de Serviço, código ; b) 02 (duas) funções gratificadas de Chefe de Equipe, código VII) No Departamento Processual: a) 01 (uma) função gratificada de Chefe de Serviço, código ; b) 08 (oito) funções gratificadas de Chefe de Equipe, código ; c) 07 (sete) funções gratificadas de Chefe de Núcleo, código VIII) Na Direção Administrativa, 01 (uma) função gratificada de Chefe de Equipe, código ; IX) Na Direção Financeira: a) 01 (uma) função gratificada de Assessor Técnico Financeiro, código ; b) 01 (uma) função gratificada de Assessor Técnico Orçamentário, código ; c) 01 (uma) função gratificada de Chefe de Serviço, código ; d) 01 (uma) função gratificada de Chefe de Seção, código X) No Memorial do Judiciário do Rio Grande do Sul, 01 (uma) função gratificada de Chefe de Serviço, código ; XI) No Setor de Transportes, 01 (uma) função gratificada de Chefe de Núcleo, código ; e XII) Na Unidade de Comunicação Administrativa, 01 (uma) função gratificada de Chefe de Núcleo, código º As atribuições sintéticas da função gratificada de Chefe de Equipe, código , são as mesmas constantes no Anexo IV da Lei nº , de 23 de dezembro de 1998, atribuídas ao cargo em comissão de igual denominação. 2º As atribuições sintéticas das funções gratificadas de Chefe de Serviço, código , Chefe de Seção, código , e Chefe de Núcleo, código , são as constantes no Ato nº 6/99-P, de 22 de novembro de 1999, editado pela Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. 3º As atribuições e exigências de escolaridade das funções gratificadas de Encarregado de Depósito, código , Assessor-Coordenador de Qualidade, código , Assessor Técnico Financeiro, código e Assessor Técnico Orçamentário, código , serão disciplinadas mediante Ato do Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.

2 DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, segunda-feira, 12 de novembro de PRO 2 4º Os quantitativos de funções gratificadas criadas no caput deste artigo, para fins de consolidação, ficam adicionados àqueles constantes no Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas dos Serviços Auxiliares do Tribunal de Justiça do Estado, de que trata o artigo 9º da Lei nº , de 23 de dezembro de 1998, junto à Secretaria do Tribunal de Justiça. 5º As atribuições sintéticas da função gratificada de Consultor de Qualidade, código , são as mesmas constantes no artigo 1º da Lei nº , de 19 de julho de º As atribuições sintéticas da função gratificada de Coordenador de Correição, código , são as mesmas constantes no Anexo IV da Lei nº , de 23 de dezembro de 1998, atribuídas ao cargo em comissão de igual denominação. Art. 2º Os servidores designados para as funções gratificadas de Assessor-Coordenador de Qualidade, código , de Assessor Técnico Financeiro, código , de Assessor Técnico Orçamentário, código , de Consultor de Qualidade, código , e de Coordenador de Correição, código , criadas no artigo 1º desta Lei, perceberão a gratificação de representação, a que dispõe o artigo 20 da Lei nº , de 23 de dezembro de 1998, no percentual de 5% (cinco por cento). Parágrafo único. Os servidores designados para as funções gratificadas de Consultor de Qualidade, código , criadas pela Lei nº , de 19 de julho de 2010, perceberão a gratificação de representação, a que dispõe o artigo 20 da Lei nº , de 23 de dezembro de 1998, no percentual de 5% (cinco por cento). Art. 3º Ficam transformadas, no Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas dos Serviços Auxiliares do Tribunal de Justiça do Estado: I - 02 (duas) funções gratificadas de Chefe de Núcleo, código , em 02 (duas) funções gratificadas de Chefe de Equipe, código ; II - 01 (uma) função gratificada de Encarregado Revisor, código , em 01 (uma) função gratificada de Chefe de Seção, código ; e III - 01 (uma) função gratificada de Dirigente de Processo, código , em 01 (uma) função gratificada de Chefe de Seção, código Parágrafo único. Os quantitativos das funções gratificadas transformadas neste artigo, para fins de consolidação, ficam adicionados àqueles estabelecidos no artigo 9º da Lei nº , de 23 de dezembro de 1998, junto à Secretaria do Tribunal de Justiça. Art. 4º A escolaridade do cargo de Assessor de Planejamento, código , que integra o Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas dos Serviços Auxiliares do Tribunal de Justiça do Estado, constante no Anexo IV da Lei nº , de 23 de dezembro de 1998, passa a vigorar com a seguinte redação: Nível Superior, Curso de Administração, Ciências Contábeis, Economia, Informática ou Estatística; ou Curso de Pós-Graduação na área de Gestão da Qualidade ou na área Administrativa. Art. 5º Fica criada, nos Serviços Auxiliares do Tribunal de Justiça do Estado, a gratificação especial por exercício de atividade de Pregoeiro ou Membro da Comissão Permanente de Licitações. 1º Somente podem perceber a gratificação criada no caput os servidores formalmente designados por meio de Portaria do Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. 2º A gratificação criada neste artigo será correspondente ao valor atribuído à FGJ-07 da Tabela de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas dos Serviços Auxiliares do Tribunal de Justiça, a que se refere o artigo 17 da Lei nº , de 23 de dezembro de 1998.

3 DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, segunda-feira, 12 de novembro de PRO 3 3º A gratificação instituída no caput, não incorporável ao vencimento ou aos proventos, é incompatível com a percepção cumulativa de Funções Gratificadas, inclusive quando estas estiverem incorporadas. Art. 6º As gratificações e funções gratificadas tratadas nesta Lei serão providas de conformidade com os critérios de necessidade e conveniência da Administração. Art. 7º As despesas decorrentes desta Lei correrão à conta de dotações orçamentárias próprias, respeitados os limites estabelecidos pela Lei Complementar Federal n. 101, de 04 de maio de Art. 8º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICATIVA Visa o presente projeto de Lei à criação de funções gratificadas, junto ao Quadro dos Cargos em Comissão e Funções Gratificadas nos Serviços Auxiliares do Tribunal de Justiça do Estado, elencadas no artigo 9º da Lei nº , de 23 de dezembro de 1998, com a finalidade de adequar as estruturas administrativas e financeiras (atividade-meio) à evolução ocorrida nos últimos anos, propiciando uma estrutura organizacional e técnica indispensável para o gerenciamento das atividades diárias. A proposta busca oferecer uma estrutura mínima necessária às Direções, Departamentos e Setores do Poder Judiciário, bem como da Corregedoria-Geral da Justiça, com o objetivo de atender o crescente volume de serviço de forma organizada e sistematizada, delegando tarefas a pessoas de confiança que aceitem, juntamente com a incumbência das atividades, todo o fardo que elas acarretam. Assim, os servidores integrantes do quadro de provimento efetivo, que serão os ocupantes naturais de tais funções, estarão coordenando os seus subordinados na elaboração de tarefas que são necessárias para a obtenção de um resultado comum. Todavia, isso somente é possível mediante a criação de funções gratificadas que, evidentemente, representam incentivos aos servidores que assumem posições de chefia e arcam com as responsabilidades a elas inerentes. A Direção Financeira, por exemplo, tem sob a sua responsabilidade o gerenciamento de todos os recursos disponíveis ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e o atendimento das inúmeras necessidades deste Órgão com criteriosa observância à Lei de Responsabilidade Fiscal. A referida Lei estabeleceu normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na Gestão Fiscal, mediante ações em que se previnam riscos e corrijam os desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, destacando-se o planejamento, o controle, a transparência e a responsabilização, como premissas básicas. Assim, a Lei passou a exigir que se fizesse acompanhamento e controle efetivos da gestão de recursos públicos e não apenas a mera contabilização. Diante disso, existe a necessidade de uma estrutura forte e suficientemente organizada, que possa centralizar todas as atividades de elaboração, acompanhamento e programação financeira e orçamentária, bem como proceder ao acompanhamento da realização de despesas. Para citar outro exemplo, se considerarmos o total da população do Estado do Rio Grande do Sul, no ano de 2009, o Judiciário Gaúcho teve o maior número de pessoas que ingressaram com ação judicial do Brasil, segundo o Relatório do Conselho Nacional de Justiça. Para atendimento dessa crescente demanda, o Departamento Processual é responsável pelo gerenciamento dos pedidos propostos, sendo o órgão incumbido de realizar todas as atividades pertinentes: a distribuição de processos cíveis e criminais, processamento de recursos extraordinários, especiais e agravos de instrumento para os Tribunais Superiores, ao cálculo das custas judiciais, entre outras tarefas determinadas pela Administração, exercendo atividade relevante neste Tribunal de Justiça. A criação de funções gratificadas aqui proposta visa à melhoria da

4 DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, segunda-feira, 12 de novembro de PRO 4 prestação jurisdicional, bem como a manutenção de seu bom andamento, evitando-se possíveis prejuízos advindos de demora no cumprimento das atividades concernentes à área processual por falta de equipe qualificada e estimulada. A criação da gratificação especial por exercício da atividade de Pregoeiro ou Membro da Comissão Permanente de Licitações se deve a necessidade de estimular e valorizar os servidores que efetivamente atuam, uma vez que se trata de atividade extraordinária às atribuições do cargo, bem como são responsáveis pela negociação de somas vultosas anualmente. A referida gratificação, não incorporável ao vencimento ou aos proventos, será percebida pelos servidores formalmente designados por meio de Portaria do Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Não menos importante a Direção Administrativa e demais Departamentos e Setores do Tribunal de Justiça também carecem de funções gratificadas, a fim de suportar a demanda criada pela necessidade de adequação às contingências da atual realidade enfrentada com o crescimento do volume de trabalho. Desta forma, mostra-se necessário criar e conceder funções gratificadas para os servidores que possuem melhores condições técnicas e pessoais, além de perfil de liderança e organização na prestação do serviço, pois é uma das formas de buscar a eficiência na rotina funcional. Outrossim, igualmente importante é a criação de novas funções gratificadas de Coordenadores de Correição e de Consultores de Qualidade, por meio de servidores especialmente designados, com experiência e treinamentos constantes, visando à incrementação efetiva de treinamentos e qualificação de servidores, quer presencial, quer a Distância, como forma de bem gerenciar, replicar e aculturar as boas práticas e fiscalizar o bom andamento dos serviços. Por isso, é fundamental que, além do treinamento, os servidores sejam acompanhados em suas unidades por equipes de servidores capacitados judicial e gerencialmente, que sejam designadas especificamente para este fim. Assim, ressalta-se a convicção da importância do enfrentamento, muito mais racional e razoável, da demanda por meio da adoção de uma moderna política de recursos humanos, exatamente com o propósito de resolvê-la, sem retrabalho e por meio de pessoas qualificadas, seja por meio de treinamento, seja por acompanhamento qualificado e constante fiscalização de resultados. Ofício nº 25/2012-GP-ASSORMET Processo nº / Porto Alegre, 30 de outubro de Senhor Presidente: Honra-me cumprimentar Vossa Excelência, oportunidade em que encaminho projeto de lei que cria e transforma funções gratificadas e cria gratificação nos Serviços Auxiliares do Tribunal de Justiça do Estado.

5 DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, segunda-feira, 12 de novembro de PRO 5 Para elucidar as razões da presente medida, acompanham este expediente a necessária justificativa e a respectiva Declaração do Ordenador de Despesa, em atendimento à Constituição Federal, à Constituição Estadual e à Lei Complementar Federal n.º 101/2000. Na oportunidade, reitero protestos de elevada estima e distinta consideração. DESEMBARGADOR MARCELO BANDEIRA PEREIRA, PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIçA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Ao Excelentíssimo Senhor Deputado ALEXANDRE POSTAL Digníssimo Presidente da Assembleia Legislativa do Estado Nesta Capital