RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

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1 UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA GRADUAÇÃO Leonardo Renz Pretto Ijuí, RS, Brasil 2015

2 RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA Leonardo Renz Pretto Relatório de Estágio Curricular Supervisionado apresentado ao Curso de Medicina Veterinária, Área de Bovinocultura de Leite, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário. Orientadora: Profª Med. Vet. MSc. Denize da Rosa Fraga Supervisor: Med. Vet. Pedro Brivio Ijuí, RS, Brasil 2015

3 Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Departamento de Estudos Agrários Curso de Medicina Veterinária A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Relatório de Estágio da Graduação RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA elaborado por Leonardo Renz Pretto como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário COMISSÃO EXAMINADORA: Denize da Rosa Fraga, MSc. (UNIJUÍ) (Orientadora) Luciane Viana, MSc. (UNIJUÍ) (Banca) Ijuí, 25 de junho de 2015.

4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho à minha família e amigos que, com muito carinho е apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até essa etapa de minha vida.

5 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades e seguir em frente. A minha orientadora, Denize da Rosa Fraga, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos. Aos demais professores, muito obrigado pelo aprendizado. Aos meus pais pelo amor, incentivo e apoio incondicional. E também aos irmãos, tios, primos, amigas, amigos, enfim, a todos àqueles que de alguma forma contribuíram para que esse sonho pudesse ser realizado. Muito obrigado!

6 RESUMO Relatório de Graduação Departamento de Estudos Agrários Curso de Medicina Veterinária Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA AUTOR: LEONARDO RENZ PRETTO ORIENTADORA: DENIZE DA ROSA FRAGA Data e Local da Defesa: Ijuí, 25 de junho de O estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado no período de 20 de abril a 27 de maio de 2015, totalizando 150 horas. A execução se deu junto ao médio veterinário Pedro Brivio, sob sua supervisão, na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais Bovinos de leite. Foram desenvolvidas atividades clínicas e cirúrgicas voltadas à área e atendimento referentes ao manejo sanitário (vacinações), manejo reprodutivo e orientações gerais. No sentido clínico, foram realizados diferentes tipos de atendimentos envolvendo variadas patologias, dentre elas hipocalcemia, mastite clínica, cetose e tristeza parasitária bovina. Na parte cirúrgica, foram acompanhados partos (cesariana) e deslocamento de abomaso à esquerda. Já os manejos referiram-se a vacinações para brucelose e marcação, amochamento térmico e desverminação. No manejo reprodutivo era destacada a importância do período seco e dieta pré-parto, confirmação de prenhez e exames ginecológicos. Esse estágio proporcionou a reflexão da teoria sobre a prática e possibilitou aproximação com a realidade do dia a dia do trabalho do médico veterinário em atividades de campo. Palavras-chave: Formação Profissional. Bovinos de Leite. Manejo. Patologias.

7 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Resumo das atividades realizadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado junto ao Médico Veterinário Pedro Brivio, no período de 20 de abril a 27 de meio de Tabela 2 - Exames Reprodutivos realizados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado junto ao Médico Veterinário Pedro Brivio, no período de 20 de abril a 27 de meio de Tabela 3 - Manejo sanitário do rebanho leiteiro em propriedades rurais realizado durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirúrgia de Grandes Animais, realizado junto ao Médico Veterinário Pedro Brivio, no período de 20 de abril a 27 de maio de Tabela 4 - Tabela 5 - Problemas reprodutivos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado junto ao Médico Veterinário Pedro Brivio, no período de 20 de abril a 27 de maio de Ocorrências Clínicas pós-parto acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado junto ao Médico Veterinário Pedro Brivio, no período de 20 de abril a 27 de maio de Tabela 6 - Atendimentos clínicos e procedimentos gerais acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado junto ao Médico Veterinário Pedro Brivio, no período de 20 de abril a 27 de maio de Tabela 7 - Tabela 8 - Procedimentos cirúrgicos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado junto ao Médico Veterinário Pedro Brivio, no período de 20 de abril a 27 de maio de Exames complementares solicitados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado junto ao Médico Veterinário Pedro Brivio, no período de 20 de abril a 27 de maio de

8 LISTA DE ANEXOS ANEXO A - Resultado do Exame Bioquímico de Bovino...33 ANEXO B Resultado do Hemograma de Bovino...34 ANEXO C Atestado de Realização do Estágio...35

9 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ATIVIDADES DESENVOLVIDAS RELATO DE CASO Hipocalcemia Puerperal em Vaca da Raça Jersey RELATO DE CASO Deslocamento de Abomaso à Esquerda em Vaca da Raça Holandesa.. 21 CONCLUSÃO REFERÊNCIAS...30 ANEXOS... 33

10 10 1 INTRODUÇÃO O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária é o momento onde o aluno de graduação tem a oportunidade de vivenciar o cotidiano do profissional da área, bem como desempenhar o papel de Médico Veterinário realizando desde pequenos procedimentos até situações complexas que determinam o fechamento de um caso clínico. O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado no período de 20 de abril a 27 de maio de 2015, totalizando 150 horas. A execução se deu junto ao médio veterinário Pedro Brivio, sob sua supervisão e a orientação da professora Mestre em Medicina Veterinária Denize da Rosa Fraga, na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais Bovinos de Leite. O médico veterinário é terceirizado pela Secretária de Agricultura do município de Nova Ramada/RS com o objetivo de prestar assistência técnica a aproximadamente 150 produtores de leite. Para receber tal assistência é necessário realizar um cadastro prévio junto a Secretaria. Com isso os produtores não têm custo algum com o veterinário, pagando assim apenas a medicação utilizada. A maioria dos chamados foi para atendimentos clínicos. Mas também são realizadas visitas mensais previamente agendadas em algumas propriedades. A sua área de atuação é praticamente restrita ao município de Nova Ramada/RS. Porém eventualmente, atende chamados particulares no município de Ajuricaba/ RS. Durante o período de Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi acompanhada a rotina do médico veterinário na área de clínica e cirurgia de grandes animais, manejo reprodutivo de bovinos de leite, procedimentos cirúrgicos e manejo sanitário. A partir do auxílio e do acompanhamento do profissional da área, o estágio teve por objetivo proporcionar o conhecimento de sua atuação, assim como aproximar os conhecimentos acadêmicos adquiridos durante o curso à realidade do trabalho a campo.

11 11 2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS As principais atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária realizadas junto ao Médico Veterinário Pedro Brivio, são apresentadas a seguir divididas nas seguintes áreas: exames reprodutivos, manejo sanitário do rebanho leiteiro, problemas reprodutivos, problemas no pós-parto, atendimentos clínicos gerais e atendimentos cirúrgicos, além da solicitação de exames complementares. Tabela 1. Resumo das atividades realizadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado junto ao Médico Veterinário Pedro Brivio, no período de 20 de abril a 27 de maio de Procedimento Total % Exames reprodutivos 83 37,21 Manejo sanitário do rebanho leiteiro 38 17,04 Problemas reprodutivos 13 5,82 Ocorrências clínicas pós-parto 14 6,27 Atendimentos clínicos e procedimentos gerais 24 10,76 Procedimentos cirúrgicos 45 20,18 Exames complementares solicitados 6 2,69 Total ,00 Tabela 2. Exames reprodutivos realizados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado junto ao Médico Veterinário Pedro Brivio, no período de 20 de abril a 27 de maio de Procedimento Total % Palpação retal 58 69,88 Vaginoscopia 25 30,12 Total ,00 Tabela 3. Manejo sanitário do rebanho leiteiro em propriedades rurais realizados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado junto ao Médico Veterinário Pedro Brivio, no período de 20 de abril a 27 de maio de Procedimento Total % Vacinação para brucelose ,00 Total ,00

12 Tabela 4. Problemas reprodutivos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado junto ao Médico Veterinário Pedro Brivio, no período de 20 de abril a 27 de maio de Procedimento Total % Aborto 1 7,69 Partos distócicos 4 30,77 Retenções de placenta 8 61,54 Total ,00 12 Tabela 5. Ocorrências clínicas pós-parto acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado junto ao Médico Veterinário Pedro Brivio, no período de 20 de abril a 27 de maio de Diagnóstico Total % Deslocamento de abomaso à esquerda 1 7,14 Cetose 3 21,43 Hipocalcemia 4 28,57 Mastite clínica 6 42,86 Total ,00 Tabela 6. Atendimentos clínicos e procedimentos gerais acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, na realizado junto ao Médico Veterinário Pedro Brivio, no período de 20 de abril a 27 de maio de Procedimento Total % Anaplasmose 2 8,33 Transfusão de sangue 2 8,33 Trauma por queda na região pélvica 2 8,33 Tristeza parasitária bovina Total ,00 Tabela 7. Procedimentos cirúrgicos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado junto ao Médico Veterinário Pedro Brivio, no período de 20 de abril a 27 de maio de Procedimento Total % Amochamento térmico 32 71,11 Abomasopexia 1 2,22 Cesariana 1 2,22

13 13 Orquiectomia 9 20,00 Retirada parcial da 3ª pálpebra 2 4,44 Total ,00 Tabela 8. Exames complementares solicitados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, realizado junto ao Médico Veterinário Pedro Brivio, no período de 20 de abril a 27 de maio de Exame Total % Hemograma completo 3 50 Pesquisa de hemoparasitas Bioquímico (Cálcio) ,3 16,7 Total 6 100

14 14 3 RELATO DE CASO HIPOCALCEMIA PUERPERAL EM VACA LEITEIRA MESTIÇA DA RAÇA JERSEY Leonardo Renz Pretto; Denize da Rosa Fraga; Pedro Brivio RESUMO Durante o período de transição do pré-parto para o pós-parto os animais passam por importantes alterações metabólicas e endócrinas. Nesse período aparecem patologias que resultam em prejuízos econômicos, sendo a hipocalcemia puerperal uma importante causa de perda no desempenho dos rebanhos leiteiros. Esta patologia caracteriza-se pela baixa concentração dos níveis plasmáticos de cálcio. Relata-se um caso ocorrido no município de Nova Ramada, Estado do Rio Grande do Sul, durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, de hipocalcemia puerperal, onde os sinais clínicos, o método de diagnóstico e o tratamento foram comparados com os descritos na literatura. A conduta clínica do tratamento se mostrou coerente e seu resultado eficaz. Palavras-chave: Terapêutica. Febre do Leite. Bovino Jersey. Introdução A hipocalcemia puerperal, também conhecida como paresia puerperal, paresia da parturiente, eclâmpsia, febre vitular e febre do leite, é uma alteração metabólica que se caracteriza pela baixa concentração dos níveis plasmáticos de cálcio ionizado (ESNAOLA, 2011). Para Oliveira et al. (2006) essa patologia pode ocorrer em períodos que antecedem o parto e ao longo de toda a lactação. Porém, a maior incidência ocorre no início da lactação, normalmente nas primeiras setenta e duas horas após o parto. A deficiência de cálcio ocorre normalmente, quando a demanda desse mineral aumenta subitamente para a produção de colostro e leite e pelo seu deslocamento do organismo da mãe para o do feto, o que possibilita o seu desenvolvimento (OLIVEIRA et al., 2006). Segundo Oliveira et al. (2006) e Hunt e Blackwelder (2006) os sinais clínicos da hipocalcemia puerperal são divididos em três estágios. A gravidade desses sinais clínicos se eleva a cada estágio. No primeiro estágio, o animal ainda consegue se manter em estação e observa-se movimentos pendulares da cabeça, tremores na orelha, espasmos e ataxia ao caminhar.

15 15 No segundo estágio há incapacidade de se manter em estação, mas ainda mantendo-se em decúbito esternal com a cabeça voltada para o flanco. Observa-se ainda depressão, anorexia, focinho seco e taquicardia. No terceiro estágio, o animal pode não resistir mais que algumas horas. Não consegue se manter mais em decúbito esternal, apresenta piora acentuada do acometimento pelo timpanismo, piora do débito cardíaco, tornando-o praticamente indetectável o pulso, apesar da frequência cardíaca poder chegar a 120 batimentos por minuto. Apresenta ainda, flacidez muscular e nos casos mais graves, perda contínua da consciência. O diagnóstico, devido à urgência do tratamento, se dá geralmente, através dos sinais clínicos característicos de cada estágio da patologia. Amostras de sangue devem ser coletadas antes do tratamento para que o diagnóstico possa ser confirmado através da avaliação das concentrações séricas de cálcio. São considerados com hipocalcemia animais com valores abaixo de 7,5 mg/dl, sendo que entre 5,5 e 7,5 mg/dl os sinais clínicos serão do estágio I. Já os valores entre 3,5 a 6,5 mg/dl caracterizam sinais clínicos do estágio II. No estágio III, os valores podem ser menores que 2 mg/dl (HUNT e BLACKWELDER, 2006). O objetivo desse relato é descrever um caso de hipocalcemia puerperal em uma vaca mestiça da raça Jersey que ocorreu durante a realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária comparando a conduta clínica adotada com a literatura. Metodologia Uma fêmea bovina foi atendida, no município de Nova Ramada/RS. A vaca tinha aproximadamente 10 anos, mestiça da raça Jersey, pesando em torno de 475 kg de peso vivo. Realizada a identificação do animal, na anamnese, o proprietário relatou que a vaca havia parido no dia anterior e amanheceu em decúbito esternal e não se levantava. Ao exame clínico, o animal apresentava temperatura de 35,8ºC, mucosas normocoradas, 80 batimentos cardíacos por minuto e leve timpanismo. De imediato foi diagnosticada hipocalcemia pósparto. Amostras de sangue foram coletadas para posterior análise e confirmação laboratorial do diagnóstico previsto, o qual foi baseado nos sinais clínicos do animal. Após o diagnóstico, o tratamento foi iniciado imediatamente. Foram administrados por via endovenosa de forma lenta, 500 ml de Glicose 50% (Glicose (dextrose anidra) 5g; água bidestilada 100 ml), ml de Soro (Ringer com Lactato de Sódio), 500 ml de Pradocálcio (Borogluconato de cálcio 20,15 g; Glicerofosfato de cálcio 2,5 g; Cloreto de magnésio 2 g; Veículo q.s.p. 100 ml), 500 ml de Calfon (Gluconato de Cálcio 20,00 g;

16 16 Cloreto de Magnésio 6,00 g; Butafosfana 0,40 g; Veículo q.s.p. 100,00 ml) e 50 ml de Pradotin (Hexametilenotetramina 0,5 g; Cafeína 0,5 g; Benzoato de sódio 0,5 g; Sulfato de esparteína 6,25 mg; Veículo glico-fisiológico q.s.p. 50 ml), 100 ml de Mercepton (Acetil D- L-metionina 5,00 g; Cloreto de colina 2,00 g; Cloridrato de tiamina 1,00 g; Cloridrato de piridoxina 0,04 g; Cloridrato de L-arginina 0,60 g; Riboflavina 0,02 g; Nicotinamida 0,50 g; Pantotenato de cálcio 0,20 g; Glicose 20,00 g; Veículo 100 ml), 10 ml de Cortiflan (Fosfato sódico de dexametasona), durante a administração das soluções foram monitoradas a frequência cardíaca e a temperatura retal a cada 5 minutos. A ausculta cardíaca não apresentou grandes alterações. Já a temperatura apresentou um aumento de 35,8 ºC para 37,9 ºC ao término da medicação. Esperados alguns minutos, incentivou-se o animal a levantar, obtendo-se sucesso. Recomendou-se ao proprietário manter a rotina diária do animal, inclusive realizar a ordenha, mantendo-o em observação para avaliação de possível retorno dos sintomas, que, caso mostrassem algum sinal de recaída, deveria ser aplicado 500 ml de Pradocálcio (borogluconato de cálcio) por via intraperitoneal, devido sua maior segurança e praticidade, e 10 ml de Cortiflan (Fosfato sódico de dexametasona) por via intramuscular. Resultados e Discussão Alguns fatores que podem causar a hipocalcemia puerperal são relatados por Radostits, et al. (2010); por Oliveira et al. (2006) e Jacques (2011) estão relacionados à produção de leite, pois a hipocalcemia acomete mais frequentemente vacas de alta produção e início de lactação por produzirem maior quantidade de leite. Outro fator não menos importante é a raça do animal. Vacas da raça Jersey são mais suscetíveis, pois, apesar do menor volume de leite que produzem em relação a outras raças, a quantidade de sólidos excretados em seu leite é maior. A idade também é outro fator considerado. Hunt e Blackwelder (2006) descrevem que em vacas acima de cinco anos há maior possibilidade de incidência. Oliveira et al. (2006) relata que isso se deve ao fato de que nesse período os animais têm menor absorção de cálcio intestinal. No caso em análise, a fêmea tinha idade avançada, aproximadamente 10 anos de idade e mestiça da raça Jersey, fatores que predispõem a ocorrência clínica. Na anamnese, o proprietário relatou que a vaca havia parido no dia anterior e amanheceu em decúbito esternal e não se levantava. Ao exame clínico o animal apresentava temperatura de 35,8ºC, mucosas normocoradas, 80 batimentos cardíacos por minuto e leve timpanismo, citados na literatura como sinais clínicos correspondentes com o diagnóstico de

17 17 hipocalcemia em estágio II, apresentando sintomas que convergem também aos estágios I e II. Levando o veterinário a considerar o exame clínico para o tratamento. Neto et al (2011) relata que no estágio II a temperatura corporal pode estar normal ou alterada, entre 36,5 a 38,0 ºC, batimentos cardíacos moderadamente aumentados (até 80 bpm), ausência de movimentos ruminais, retenção de urina e constipação. A presença de timpanismo no quadro apresentado pelo animal é um sintoma secundário que ocorre em função da parada ruminal causada pela deficiência de cálcio. O resultado do exame bioquímico para dosagem de cálcio confirmou o diagnóstico de hipocalcemia, revelando concentrações séricas de cálcio de 6,7 mg/dl. Segundo Hunt e Blackwelder (2006) deve-se considerar com hipocalcemia animais com valores abaixo de 7,5 mg/dl, sendo que entre 5,5 e 7,5 mg/dl os sinais clínicos serão do estágio I. O hemograma não apresentou alterações. Já o leucograma apresentou leve neutrofilia com desvio a direita. Segundo Radostits et al. (2010) as alterações na contagem dos leucócitos consistem em uma neutrofilia, também uma eosinopenia e uma linfopenia, o que não estavam presentes nesse caso. Todas as medidas possíveis devem ser tomadas para o mais rápido início do tratamento da hipocalcemia, ressaltando que o tratamento durante o primeiro estágio é o mais aconselhado, pois a vaca ainda apresenta-se em estação. Quanto maior o tempo de desenvolvimento da patologia, pior se torna o prognóstico (RADOSTITS et al., 2010). Radostis et al. (2010), recomenda o tratamento padrão com borogluconato de cálcio com 100 a 200 g, sendo que, o borogluconato de cálcio contém 8,3% de cálcio. E segundo Hunt e Blackwelder (2006), o gluconato de cálcio também contém 8,3% de cálcio. Ambos os autores relatam que doses de 8 a 11 g de cálcio são suficientes para recuperar um animal com hipocalcemia. No caso clínico relatado foram utilizadas duas soluções de cálcio, uma contendo borogluconato de cálcio, totalizando 8,3 g de cálcio, e outra à base de gluconato de cálcio, totalizando 8,3 g de cálcio, que somadas atingem 16,6 g de cálcio. Comparando com a literatura a dose total utilizada está acima do recomendado, podendo causar um quadro de intoxicação que segundo Ortolani (2010) é evidenciada pela bradicardia e arritmia. Radostits et al. (2010) relatam ainda que em casos de superdosagens ou administração muito rápida de borogluconato de cálcio evidencia-se bloqueio cardíaco agudo. No caso relatado, o veterinário optou por administrar juntamente 50 ml de Pradotin associação de Hexametilenotetramina, Cafeína, Benzoato de sódio, Sulfato de esparteína. Segundo a bula, usado juntamente com

18 18 soluções cálcicas pela via endovenosa, proporciona maior rapidez na aplicação e segurança contra problemas cardíacos. Administrou-se também Mercepton (Acetil D-L-metionina 5,00 g; Cloreto de colina 2,00 g; Cloridrato de tiamina 1,00 g; Cloridrato de piridoxina 0,04 g; Cloridrato de L-arginina 0,60 g; Riboflavina 0,02 g; Nicotinamida 0,50 g; Pantotenato de cálcio 0,20 g; Glicose 20,00 g; Veículo 100 ml) e ainda Cortiflan (Fosfato sódico de dexametasona). Segundo Paulino e Bondan (2010) os glicocorticoides alteram a homeostasia do cálcio, por bloquearem o transporte intestinal desse mineral e por aumentar a reabsorção óssea estimulada pelo paratormônio. Durante a administração das soluções foi monitorada a frequência cardíaca e a temperatura a cada 5 minutos. Na ausculta cardíaca não foram observadas grandes alterações. Já na temperatura houve um aumento de 35,8 ºC para 37,9 ºC ao término da medicação. Jacques (2011) afirma que a frequência cardíaca do animal acometido deve ser sempre controlada por meio da auscultação durante o tratamento com cálcio. Hunt; Blackwelder (2006) recomenda a administração do cálcio de forma lenta, a fim de evitar maiores problemas em função dos efeitos cardiotóxicos que o cálcio provoca. Neste caso a conduta do veterinário em acompanhar a aplicação com mensuração frequente da frequência cardíaca estava de acordo com a literatura. Esperados alguns minutos, incentivou-se o animal a levantar, obtendo-se sucesso. Recomendou-se ao proprietário manter a rotina diária do animal, inclusive realizar a ordenha, mantendo-o em observação para avaliação de possível retorno dos sintomas, que, caso mostrassem algum sinal de recaída, deveria ser aplicado 500 ml de Pradocálcio (borogluconato de cálcio) por via intraperitoneal, devido sua maior segurança e praticidade, e 10 ml de Cortiflan (Fosfato sódico de dexametasona) por via intramuscular. Esse animal foi reavaliado. Em contato com o proprietário alguns dias depois o mesmo relatou que o animal havia se recuperado. Oliveira et al. (2006) afirma que o consumo inadequado de cálcio pelo animal é mais um fator que o deixa vulnerável à enfermidade. O consumo deve ser equilibrado, nem mais, nem menos do que a quantidade necessária. A absorção de cálcio proveniente da dieta se dá no intestino delgado. Sua eficiência é influenciada por diversos fatores, como, quantidade ingerida, presença de outros nutrientes, idade, prenhez, lactação, disponibilidade de vitamina D e de Paratormônio (PTH). Para que a absorção intestinal ocorra o cálcio deve estar em sua forma iônica livre, que é auxiliado pela chegada de quimo ácido proveniente do estômago (PAULINO e BONDAN, 2010).

19 19 Segundo Jaques (2011) pode-se prevenir a hipocalcemia tomando algumas medidas referentes à nutrição e escore corporal durante o período pré-parto e manejo na hora do parto. Durante o período seco deve-se evitar a ingestão excessiva de cálcio, especialmente nas duas semanas que antecedem o parto, não ultrapassando 80g/vaca/dia. Vacas com dietas contendo baixos níveis de cálcio no pré-parto tornam-se menos susceptíveis a doença por apresentar níveis maiores de paratormônio. Em propriedades de alta produção de leite o uso de dietas aniônicas apresentam-se como uma alternativa que vem demonstrando resultados positivos. Fornecidas 2 semanas antes do parto as dietas contendo maior proporção de ânions em relação a cátions induzem a uma leve acidose metabólica que resulta no aumento dos níveis plasmáticos da vitamina D 3 e paratormônio, ativando a absorção de cálcio no intestino e estimulando a desmineralização óssea, o que diminui a incidência da hipocalcemia puerperal em vacas de leite. Conclusão Desta forma, conclui-se que a hipocalcemia puerperal é uma doença de produção que afeta a atividade leiteira, diminuindo a produção de leite, trazendo prejuízos financeiros ao produtor. Há meios de evitá-la tomando cuidados com a dieta alimentar, mantendo o escore corporal adequado e bom manejo no momento do parto. O tratamento é de fácil execução, porém deve se tomar os cuidados necessários durante sua execução. Referências ESNAOLA, G. S. Controle da hipocalcemia puerperal em bovinos leiteiros p. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Medicina Veterinária, HUNT, E.; BLACKWELDER, J. T. Distúrbios do metabolismo do cálcio. In: SMITH, B. P. Medicina interna de grandes animais. São Paulo: Manole, cap. 39. p JACQUES, F. E. S. Hipocalcemia Puerperal em vacas de Leite. Monografia p. Disponível em: < /38728/ pdf?sequence=1>. Acesso em: 26 mai NETO; A. C. et al. Problemas metabólicos provenientes do manejo nutricional incorreto em vacas leiteiras de alta produção recém paridas. REDVET Rev. electrón. Vet, Vol. 12 nº 11,

20 p. Disponível em: < Acesso em: 27 mai OLIVEIRA, V. M. et al. Como prevenir a febre do leite em vacas leiteiras. Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite, p. (Comunicado técnico, 49). ORTOLANI, E. L. Macro e microelementos. In: SPINOSA, H. S. et al. Farmacologia aplicada a medicina veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, cap. 59. p PAULINO, C. A. e BONDAN, E. F. Cálcio e Fósforo. In: SPINOSA, H. S. et al. Farmacologia aplicada a medicina veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, cap. 30. p PRADOTIN: Injetável. Responsável técnico TIBIRIÇÁ N. DIETRICHS - CRMV: Curitiba/PR: Prado S.A., Bula de remédio. RADOSTIS, O. M. et al. Clínica veterinária: um tratado de doenças dos bovinos, ovinos, suínos, caprinos e equinos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p.

21 21 4 RELATO DE CASO DESLOCAMENTO DE ABOMASO À ESQUERDA EM VACA DA RAÇA HOLANDESA Leonardo Renz Pretto; Denize da Rosa Fraga; Pedro Brivio Resumo Atualmente o aumento da produtividade tem sido um dos principais objetivos da pecuária leiteira. Para isso, a seleção genética busca melhorar a capacidade digestiva dos animais. Porém, juntamente com a melhora da produtividade aparecem as abomasopatias. O deslocamento de abomaso à esquerda (DAE) é uma patologia que vem surgindo com mais frequência em animais de propriedades produtoras de leite, causando grandes prejuízos econômicos devido à necessidade de tratamentos cirúrgicos e uso de medicações e queda na produção leiteira. O tratamento de deslocamento de abomaso à esquerda consiste basicamente no retorno do órgão a sua posição normal o que, geralmente é feito através de cirurgias que podem ser fechadas ou abertas. Relata-se o desfavorável prognóstico de um animal acometido por essa abomasopatia. Onde se optou por realizar cirurgia corretiva (abomasopexia pelo flanco esquerdo) devolvendo o órgão à posição fisiológica. Durante o procedimento o órgão se rompeu, agravando assim o quadro clínico, levando o animal a óbito. Práticas de manejo são necessárias a fim de prevenir a ocorrência dessa doença, pois nem sempre se consegue tratar com êxito essa patologia. Palavras-chave: Abomasopatia. Tratamento. Bovino de Leite. Introdução Devido à intensa seleção genética dos bovinos, especialistas na área de todo o mundo trabalham cada vez mais para aumentar características como a capacidade digestiva, respiratória e glândula mamária, processos que tem como objetivo o aumento da produtividade. Juntamente com a produtividade aumenta a ocorrência de doenças metabólicas e digestivas, entre elas as abomasopatias que atingem principalmente o gado leiteiro. Úlceras e deslocamento de abomaso estão entre as enfermidades mais relatadas do trato digestivo em vacas (SILVA FILHO et al., 2012).

22 22 Como o abomaso em sua posição fisiológica é suspenso frouxamente pelos omentos maior e menor, ele pode ser movimentado da sua posição normal na parte ventral direita abdominal para os lados esquerdo e direito ou ainda pode girar em seu eixo mesentérico enquanto é deslocado para a direita (DAD) (vólvulo do abomaso) (KHAN, 2008). Porém o deslocamento de abomaso para a esquerda tem maior incidência, acontecendo, principalmente, em vacas leiteiras adultas no período pós-parto (GUARD, 2006). Apesar das causas do deslocamento de abomaso à esquerda serem multifatoriais, existem pré-requisitos para que aconteça, como: hipomotilidade e distensão gasosa do órgão (RADOSTIS et al., 2010). Cerca de 80% dos casos ocorrem dentro de um mês pós-parto. O que não impede seu surgimento a qualquer momento. Os achados clínicos iniciam-se com anorexia, diminuição da produção de leite, parâmetros fisiológicos geralmente normais, motilidade ruminal pode aparecer diminuída e as fezes ficam reduzidas em quantidades e mais fluidas que o normal (KAHN, 2008). O tratamento para o deslocamento de abomaso à esquerda consiste em recolocá-lo a sua posição fisiológica, restabelecendo a função digestiva normal. Quanto mais cedo isso se verificar, mais rapidamente a vaca retomará a produção de leite (CANNAS et al., 2002). O objetivo deste trabalho é relatar um caso de deslocamento de abomaso para a esquerda em uma vaca holandesa 15 dias pós-parto, atendida durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária. Metodologia Durante o estágio foi atendido um bovino, fêmea da raça holandesa, no interior do município de Nova Ramada/RS, com aproximadamente 600 kg de peso vivo, 5 crias, com suspeita de deslocamento de abomaso. Foram realizados dois atendimentos. No primeiro se preconizou apenas o tratamento de suporte. No segundo foi realizada a cirurgia. No primeiro atendimento após identificação do animal, na anamnese, o proprietário relatou que o animal havia diminuído a produção de leite bruscamente e ingeria pequenas quantidades de alimentos. Relatou ainda que há quinze dias a vaca havia parido um terneiro grande, resultado de um parto difícil onde ele teve que auxiliar. Ao exame clínico, a vaca apresentava temperatura de 38,8ºC, mucosas normocoradas, batimentos cardíacos e movimentos respiratórios fisiológicos. As alterações encontradas no exame clínico foram pequena quantidade de fezes na palpação retal. Na auscultação verificou-

23 23 se ping metálico sobre a fossa paralombar esquerda e em regiões craniais a ela. A partir desses sinais, o veterinário fez o diagnóstico de deslocamento de abomaso à esquerda que só poderia ser confirmado após laparotomia exploratória. Institui-se então fluido terapia intravenosa com 0,5 l de Suprevit (em cada 500 ml: Vitamina B1 10 mg; Vitamina B6 10 mg; Nicotinamida mg; Dextrose mg; Cloreto de sódio mg; Cloreto de potássio 200 mg; Cloreto de cálcio 120 mg; Cloreto de magnésio 50 mg; *Ampola de 4 ml com:vitamina B µg/ Veículo 4mL), 0,5 l de Glicose 50% (glicose (dextrose anidra) 5g; água bidestilada 100 ml), 100 ml de Mercepton (Acetil D-L-metionina 5,00 g; Cloreto de colina 2,00 g; Cloridrato de tiamina 1,00 g; Cloridrato de piridoxina 0,04 g; Cloridrato de L-arginina 0,60 g; Riboflavina 0,02 g; Nicotinamida 0,50 g; Pantotenato de cálcio 0,20 g; Glicose 20,00 g; Veículo 100 ml). Por sonda gástrica diretamente no rumen 1 kg de Dairy Dunk (Bicarbonato de Sódio 22g; Calcário Calcítico 158g; Cloreto de Potássio 55g; Óxido de Zinco 2,5g, Propilenoglicol, Sacarose, Selenito de Sódio 1g, Sulfato de Magnésio 15g) e 100 ml de Blo-trol (Éster tributílico do ácido 2-acetoxi propano tricarboxílico), diluídos em 20 litros de água morna. No segundo atendimento, realizado três dias após o primeiro, foi optado pela realização de procedimento cirúrgico de abomasopexia para a correção do deslocamento. Após a contenção do animal, limpeza do local, tricotomia, antissepsia (álcool e iodo). Para a limpeza dos materiais cirúrgicos e das mãos foi utilizado o produto CB-30 TA, diluindo 10 ml em 30 litros de água. A lidocaína foi utilizada para a anestesia local, feita em L invertido, por via intramuscular. Após esses procedimentos deu-se início à cirurgia. Feitas as incisões de pele, subcutâneo, musculatura e peritônio localizou-se o abomaso deslocado à esquerda, confirmando assim o diagnóstico. Realizou-se então, a sutura no abomaso para posterior fixação na porção ventral do abdômen, com fio de nylon (pesca) e quatro pontos festonados, deixando aproximadamente 80 cm de fio em cada lado da sutura para realizar a fixação. O processo seguinte foi o esvaziamento do órgão, que foi feito com o auxílio de um equipo cortado acoplado a uma agulha. A outra extremidade do mesmo foi inserida em um recipiente com água, assim, pode-se controlar a saída do ar. Entretanto com o esvaziamento do abomaso foi identificado uma aderência, que foi sendo desfeita à medida que o ar ia saindo. Posteriormente o abomaso foi fixado na porção ventral do abdômen, passando uma agulha em uma das extremidades que estava suturada no abomaso, levando-a protegida pela

24 24 mão do veterinário pelo interior do abdômen até o local escolhido, sendo este fixado o mais próximo de sua posição anatômica. Após passar a agulha com o fio para o lado de fora do abdômen repetiu-se o processo com a outra extremidade do fio suturado no abomaso. No momento em que o veterinário passava a primeira agulha percebeu-se uma grande quantidade de líquido no interior da cavidade. Após interromper o procedimento foi constatado um rompimento na parede do abomaso. Devido ao prognóstico extremamente desfavorável consequente da alta probabilidade de peritonite, o veterinário indicou a eutanásia do animal. O proprietário optou por não a fazer. Então foi realizada a sutura do abomaso com certa dificuldade. Após feita sutura do peritônio em X, seguida da musculatura e subcutâneo em pontos contínuos com fio categute n 3 e a pele com fio de nylon (pesca) em pontos festonados. No pós-cirúrgico indicou-se a administração intramuscular de Iflox (Enrofloxacina, 25 ml, duas vezes ao dia por 3 dias e uma vez ao dia por mais 4 dias) e Flunixina (Megluminato Flunixina 83mg/Veículo 1mL; 15 ml, uma vez ao dia por 5 dias). O isolamento do animal dos demais em lactação para recuperação por um período de cinco dias foi especificado, assim como ter o cuidado de fornecer uma dieta sem concentrado, a base de feno e pastagem para a melhor reacomodação do órgão. O animal veio a óbito dois dias após o procedimento. Resultados e Discussão A anorexia é um dos primeiros sinais clínicos nas vacas que desenvolvem deslocamento de abomaso à esquerda, que pode variar de parcial (menor ingestão de concentrado) e total. Como consequência, observa-se a queda na produção de leite, que ocorre repentinamente e pode alcançar 50%. São estes os dois motivos que geralmente levam à chamada do médico veterinário. As fezes podem estar reduzidas em volume e mais pastosas (AZEVEDO, 2013). No primeiro atendimento, durante a anamnese, o proprietário confirmou diminuição na produção de leite de forma brusca, bem como anorexia. Relatou ainda que há quinze dias a vaca havia parido um terneiro grande, resultado de um parto difícil onde ele teve que auxiliar. De acordo com Souza e Souza (2010), no momento do parto, há a formação de um espaço livre na cavidade abdominal que se não for preenchido pelo rúmen, facilitará a ocorrência de deslocamento esquerdo do abomaso. No exame físico, a percussão simultânea com a auscultação do terço superior do abdômen esquerdo, entre a 9ª e 12ª costela, revela altos sons metálicos ( ping ) que formam

25 25 uma área circular, sendo isto característico do deslocamento de abomaso para a esquerda (RORIZ, 2010). Os sinais clínicos descritos na literatura se encaixam com os relatados pelo proprietário e se complementam com os achados do exame físico. Como o diagnóstico se dá através dos sinais clínicos e exames físicos, principalmente com a auscultação simultânea da percussão, resultando no som ping, pode-se confirmar o diagnóstico de deslocamento de abomaso para a esquerda. No primeiro atendimento optou-se, em conjunto com o proprietário pela terapia de suporte, realizada com poli vitamínico (Suprevit ), Glicose 50% (500 ml) intravenosa, juntamente com o Mercepton (100 ml), com objetivo de fornecer um aporte energético e auxiliar o metabolismo hepático. Por sonda gástrica diretamente no rúmen Dairy Dunk (1 kg) e Blo-trol (200 ml) diluídos em 20 litros de água morna a fim de estimular as funções ruminais e preencher o rúmen. Segundo Guagnini (2014) o fornecimento de drench (Dairy Dunk ) em associação com água, pode acrescentar e repor eletrólitos perdidos no parto, e auxilia no adequado posicionamento do rumem no fundo da cavidade abdominal. Com isso a prevenção do deslocamento de abomaso. No segundo atendimento, realizado três dias após o primeiro, foi realizado o procedimento cirúrgico. O tratamento do animal com deslocamento de abomaso requer inúmeras decisões, tanto do proprietário, em relação ao custo benefício do tratamento, levando em consideração as perdas econômicas e o prognóstico de retorno de produção leiteira, quanto do veterinário em relação ao tratamento escolhido, que vai do clínico ao cirúrgico. Esse último dividido em procedimentos fechados ou minimamente invasivos e procedimentos abertos ou invasivos (CÂMARA, 2009). Optou-se por uma abomasopexia para a correção do deslocamento. A técnica descrita na metodologia está de acordo com a descrita por Câmara et al. (2011). A abomasopexia pelo flanco esquerdo é utilizada apenas em casos de deslocamento de abomaso para a esquerda, possibilitando ao cirurgião acesso à curvatura maior e superfície parietal do abomaso e a fixação direta do abomaso à parede abdominal ventral. Sendo esta a abordagem citada como o método mais seguro para estabilização do deslocamento de abomaso à esquerda, apesar do reposicionamento do abomaso ser desafiador e requerer experiência do profissional. Procedimento que consiste na realização de incisão no flanco esquerdo onde o abomaso é visualizado e deve ser utilizado o padrão de sutura contínua com um fio não absorvível longo na camada seromuscular da curvatura maior do órgão. Após colocação da sutura deve-se realizar a descompressão do abomaso com agulha 14G e,

26 26 posteriormente, o fio não absorvível é passado através da parede abdominal ventral criando a pexia (CÂMARA et al., 2011). O objetivo do tratamento do deslocamento de abomaso à esquerda é recolocar o abomaso na sua posição fisiológica, restabelecendo a sua função digestiva normal (CANNAS et al., 2002). As técnicas pelo flanco são mais utilizadas pela maior versatilidade em manipular diferentes estruturas abdominais, entretanto, a maior vantagem destes procedimentos encontra-se na possibilidade de realização com o animal em estação (CÂMARA et al., 2011). Comparando o que a literatura descreve para o tratamento do deslocamento de abomaso à esquerda podemos perceber que o veterinário tinha livre escolha sobre qual técnica utilizar, e ainda, que a escolha feita para o tratamento foi a mais indicada para este tipo de deslocamento. No caso relatado, o procedimento cirúrgico estava de certa forma comprometido, devido ao rompimento do órgão no momento da manipulação durante fixação do fio não absorvível na parede abdominal ventral. Uma possível causa desse rompimento seria a existência de úlceras abomasais. As úlceras de abomaso estão entre as doenças de abomaso mais frequentemente encontradas e acometem tanto animais adultos como animais jovens. Os indícios da perda de integridade do epitélio abomasal variam de pequenas lesões a processos erosivos que atingem todas as camadas da parede do órgão (BORGES, 2013). A literatura sugere uma série de causas distintas para o aparecimento de úlceras de abomaso. A causa primária é desconhecida, porém, muitas delas ocorrem devido a estresse, dietas ricas em amido, linfomas, deslocamento de abomaso à esquerda e doenças virais (RADOSTIS et al., 2010; BORGES, 2013). No pós-cirúrgico indicou-se a administração intramuscular de Iflox (Enrofloxacina, 25 ml, duas vezes ao dia por 3 dias e uma vez ao dia por mais 4 dias) e Flunixina (Megluminato Flunixina 83mg/Veículo 1mL; 15 ml, uma vez ao dia por 5 dias). A utilização de antimicrobiano fica a critério do médico veterinário, o qual deve levar em consideração o tempo do procedimento, assepsia no procedimento cirúrgico, manipulação que foi realizada no procedimento e a presença de doenças concorrentes (SOUZA e SOUZA, 2010). O isolamento do animal dos demais em lactação para recuperação por um período de cinco dias foi especificado, assim como ter o cuidado de fornecer uma dieta sem concentrado, a base de feno e pastagem para a melhor reacomodação do órgão. Afonso (s.d.) recomenda

27 27 realizar uma terapia de suporte como o fornecimento de cálcio, glicose, fluido terapia e dieta a base de forragem. Como método de controle pode-se evidenciar a nutrição e manejo pré-parto como um fator de grande redução da incidência do deslocamento de abomaso à esquerda pós-parto, considerando os seguintes princípios: evitar o balanço energético negativo pré-parto, assegurar a ingestão de grande quantidade de fibras no final da gestação e a quantidade de grãos e silagem de milho que antes do parto deve ser mínima (RADOSTITS et al., 2010). Conclusão O presente estudo de caso permite concluir que a patologia de deslocamento de abomaso à esquerda, acomete com maior frequência bovinos de leite nas primeiras semanas pós-parto, podendo acontecer também a qualquer tempo devido ao manejo do rebanho. Seu tratamento consiste em realocar o órgão na sua posição fisiológica o mais rápido possível. Nesse caso o tratamento cirúrgico adotado ficou comprometido devido ao rompimento do órgão no momento de sua manipulação devido a possível existência de úlceras o que fragiliza o órgão, originando assim um prognóstico desfavorável ao animal que acabou vindo a óbito. Referências AFONSO, J. A. B. Cirurgias frequentes em vacas no período de transição. Universidade Federal Rural do Pernambuco - UFRPE. Clínica de Bovinos, Campus Garanhuns, s.d. AZEVEDO, M. C. C. Deslocamento de abomaso à esquerda em bovinos de leite p. Relatório Final de Estágio, Universidade do Porto/Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, BORGES, G. B. O. Úlcera de abomaso em vacas leiteiras: revisão de literatura e apresentação de artigo científico p. Monografia, Universidade de Brasília/Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, CÂMARA, A. C. L. Deslocamento do abomaso em bovinos no Estado de Pernambuco: fatores de risco, aspectos clínicos, laboratoriais e avaliação terapêutica p. Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília/Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, CÂMARA, A. C. L. et al. Métodos de tratamento do deslocamento de abomaso em bovinos. Acta Veterinária Brasílica, v. 5, n. 2, p , Disponível em:

28 < Acesso em: 28 mai CANNAS, J. S. et al. Deslocação de abomaso: novos conceitos. In: Congresso de Ciências Veterinárias, Oeiras, p , Disponível em: < Acesso em: 27 mai GUAGNINI, F. S. Efeitos Metabólicos, Produtivos e Reprodutivos da Administração de Drench em Vacas Leiteiras p. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade de Veterinária, GUARD, C. Deslocamento e vólvulo do abomaso. In: SMITH, B. P. Medicina interna de grandes animais. 3. ed. São Paulo: Manole, 2006 a. cap. 30. p KHAN, C. Manual Merck de Veterinária. São Paulo: Rocca, p. RADOSTIS, O. M. et al. Clínica veterinária: um tratado de doenças dos bovinos, ovinos, suínos, caprinos e equinos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. RORIZ, F. J. C. Deslocamento do abomaso em bovinos leiteiros p. Dissertação de Mestrado, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro/Escola de Ciências Agrárias e Veterinárias, Departamento de Ciências Veterinárias, SILVA FILHO, A. P. et al. Achados clínicos de bovinos com úlcera de abomaso. Vet. e Zootec, 19(2): , jun Disponível em: < index.php/rvz/article/view/337/269>. Acesso em: 27 mai SOUZA, R. C. e SOUZA, R. C. Publicado na Revista Veterinária e Zootecnia em Minas Gerais, nº 104, Adaptado Equipe Universidade do Leite. 26 de jun Disponivel em: < Acesso em: 27 mai

29 29 5 CONCLUSÃO Percebe-se que a pecuária leiteira é uma das atividades de sustentação de muitas propriedades na região em que o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado e encontra-se em constante crescimento. Assim, é essencial que o profissional que atua nessa área esteja sempre atualizado e na busca de novas tendências do mercado no sentido de estar apto a contribuir na orientação dos produtores para maximizar a eficiência do rebanho leiteiro, aumentando sua produção e o tempo de permanência de cada indivíduo, considerando o bem-estar animal. O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária proporcionou a aproximação entre os conhecimentos teóricos e a prática profissional, pois foi um dos momentos em que ao aluno é colocado o desafio de estabelecer esta relação. É esse o momento em que surgem os questionamentos e reflexões sobre a melhor utilização da teoria. A prática nos apresenta quadros que fogem do nosso conhecimento. Assim, neste contexto, é necessário a qualificação, o constante aperfeiçoamento e o domínio teórico que são essenciais para a decisão assertiva da conduta adequada para cada caso que venha a surgir.

30 30 6 REFERÊNCIAS AFONSO, J. A. B. Cirurgias frequentes em vacas no período de transição. Universidade Federal Rural do Pernambuco - UFRPE. Clínica de Bovinos, Campus Garanhuns, s.d. AZEVEDO, M. C. C. Deslocamento de abomaso à esquerda em bovinos de leite p. Relatório Final de Estágio, Universidade do Porto/Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, BORGES, G. B. O. Úlcera de abomaso em vacas leiteiras: revisão de literatura e apresentação de artigo científico p. Monografia, Universidade de Brasília/Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, CÂMARA, A. C. L. Deslocamento do abomaso em bovinos no Estado de Pernambuco: fatores de risco, aspectos clínicos, laboratoriais e avaliação terapêutica p. Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília/Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, CÂMARA, A. C. L. et al. Métodos de tratamento do deslocamento de abomaso em bovinos. Acta Veterinária Brasílica, v. 5, n. 2, p , Disponível em: < Acesso em: 28 mai CANNAS, J. S. et al. Deslocação de abomaso: novos conceitos. In: Congresso de Ciências Veterinárias, Oeiras, p , Disponível em: < Acesso em: 27 mai ESNAOLA, G. S. Controle da hipocalcemia puerperal em bovinos leiteiros p. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Medicina Veterinária, GUAGNINI, F. S. Efeitos Metabólicos, Produtivos e Reprodutivos da Administração de Drench em Vacas Leiteiras p. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade de Veterinária, GUARD, C. Deslocamento e vólvulo do abomaso. In: SMITH, B. P. Medicina interna de grandes animais. 3. ed. São Paulo: Manole, 2006 a. cap. 30. p

31 31 HUNT, E.; BLACKWELDER, J. T. Distúrbios do metabolismo do cálcio. In: SMITH, B. P. Medicina interna de grandes animais. São Paulo: Manole, cap. 39. p JACQUES, F. E. S. Hipocalcemia Puerperal em vacas de Leite. Monografia p. Disponível em: < /38728/ pdf?sequence=1>. Acesso em: 26 mai NETO; A. C. et al. Problemas metabólicos provenientes do manejo nutricional incorreto em vacas leiteiras de alta produção recém paridas. REDVET Rev. electrón. Vet, Vol. 12 nº 11, p. Disponível em: < Acesso em: 27 mai KHAN, C. Manual Merck de Veterinária. São Paulo: Rocca, p. OLIVEIRA, V. M. et al. Como prevenir a febre do leite em vacas leiteiras. Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite, p. (Comunicado técnico, 49). ORTOLANI, E. L. Macro e microelementos. In: SPINOSA, H. S. et al. Farmacologia aplicada a medicina veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, cap. 59. p PAULINO, C. A. e BONDAN, E. F. Cálcio e Fósforo. In: SPINOSA, H. S. et al. Farmacologia aplicada a medicina veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, cap. 30. p PRADOTIN: Injetável. Responsável técnico TIBIRIÇÁ N. DIETRICHS - CRMV: Curitiba/PR: Prado S.A., Bula de remédio. RADOSTIS, O. M. et al. Clínica veterinária: um tratado de doenças dos bovinos, ovinos, suínos, caprinos e equinos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. RORIZ, F. J. C. Deslocamento do abomaso em bovinos leiteiros p. Dissertação de Mestrado, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro/Escola de Ciências Agrárias e Veterinárias, Departamento de Ciências Veterinárias, SILVA FILHO, A. P. et al. Achados clínicos de bovinos com úlcera de abomaso. Vet. e Zootec, 19(2): , jun Disponível em: < index.php/rvz/article/view/337/269>. Acesso em: 27 mai

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