Os indicadores contábeis como instrumento de gestão do capital de giro: uma evidência de suas relevâncias

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1 II Seminário de Ciências Contábeis. Blumenau/SC, 22 a 24 de agosto de 2006 Os indicadores contábeis como instrumento de gestão do capital de giro: uma evidência de suas relevâncias Anderson Léo Sabadin Mestrando em Ciências Contábeis pela Universidade Regional de Blumenau controladoria@cooperlac.com.br Paulo Henrique Fassina Mestrando em Ciências Contábeis pela Universidade Regional de Blumenau profassina@erechim.com.br Marianne Hoeltgebaum Doutora em Administração pela WHU, Alemanha Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Regional de Blumenau marianne@furb.br RESUMO A gestão de capital de giro para as empresas representa uma ferramenta de significativa importância face ao mercado, em razão das elevadas taxas de juros praticadas, do acirramento da concorrência e das políticas de expansão adotadas pelas empresas. Neste contexto, o objetivo deste artigo é comparar a COOPERLAC aos quocientes-padrão das 68 cooperativas agropecuárias do estado do Paraná, nos exercícios de 2000 a 2003, sob a ótica da análise da gestão de capital de giro. Para tanto, fez-se um estudo exploratório, realizado por meio de um estudo de caso, com abordagem quantitativa e qualitativa. Os resultados da pesquisa, evidenciam que na estrutura patrimonial da COOPERLAC o CDG>0 e NLCDG>0, sendo, CDG>NLCDG = T>0, T<CDG e T<NLCDG. Este tipo de estrutura reflete excelente liquidez, pois, apresenta boa folga financeira (LC) para honrar as exigibilidades de curto prazo. Comparativamente as cooperativas agropecuárias do estado do Paraná a COOPERLAC é sumariamente estável e a sua administração têm atuado com bastante cautela nos investimentos e na captação de recursos de terceiros. Palavras-chave: Análise da gestão de capital de giro. Cooperativas. Quocientes-padrão. 1 INTRODUÇÃO Os ciclos da empresa representam o encadeamento de um conjunto de movimentos, pressupostamente ordenados, quais sejam, de compra, produção e venda de um determinado bem ou serviço, destinando-se a obtenção de um resultado ligado a objetivos sociais previamente estabelecidos. Contudo, a seqüência determinada é irreversível: a empresa deve, inicialmente, proceder a aquisição de matérias-primas, produtos intermediários, serviços, etc, utilizando o insumo e a mão-de-obra, em conjunto com o equipamento disponível, iniciando assim, o processo de produção. Os produtos finais obtidos nesta etapa são, então, comercializados,

2 2 originando uma entrada de recursos para a empresa, que pode ser no ato da operação ou uma promessa de recebimento futuro. Este pequeno circuito, estabelecendo os encaixes e desencaixes de recursos financeiros, é de fundamental importância, pois, reflete uma das principais dificuldades a que estão sujeitas as empresas: o autofinanciamento do seu capital de giro. O capital de giro em qualquer empresa - seja ela com fins lucrativos ou não (entidades filantrópicas) sempre se constituiu a base da gestão financeira, devendo, portanto, ser gerido de forma eficiente, de maneira tal que, exista uma certa harmonia entre os financiamentos obtidos com os concedidos. Conforme Assaf Neto (2003) todas as decisões financeiras que venham a ser tomadas por uma empresa requerem cuidadosa atenção dos seus elementos circulantes, pois, são elas que produzem capacidade de sustentação e crescimento dos negócios. Originário desses elementos circulantes, o capital de giro em qualquer empresa, seja ela com fins lucrativos ou não, sempre se constituiu a base da gestão financeira, devendo, portanto, ser gerido de forma eficiente, de maneira tal que, exista uma certa harmonia entre os financiamentos obtidos com os concedidos. O objetivo deste artigo é apresentar a análise da gestão de capital de giro em uma cooperativa do segmento agropecuário do estado do Paraná, comparativamente aos quocientes-padrão das demais cooperativas deste mesmo segmento e estado, quanto, aos quocientes de capital de giro, necessidade líquida de capital de giro, tesouraria, índice de autofinanciamento, liquidez, endividamento e atividade. O método de pesquisa utilizado consiste de um estudo exploratório, realizado por meio de um estudo de caso, com abordagem quantitativa e qualitativa. A pesquisa foi realizada nas demonstrações contábeis da COOPERLAC Cooperativa dos Produtores de Suínos e Leite do Oeste do Paraná, referente os exercícios de 2000 a 2003, comparativamente aos quocientes padrão de 68 cooperativas agropecuárias coletados junto ao Departamento de Autogestão do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná OCEPAR. Justifica-se o presente estudo, pelo fato do cooperativismo agropecuário participar de forma intensa em todo o processo de produção, beneficiamento, armazenamento e industrialização, dispondo ao associado à capacidade de ser agente ativo na participação do mercado interno e externo. O cooperativismo encontra-se em um momento importante de mudanças e profissionalização. Os fatores básicos determinantes das tendências referidas, todavia, estão comprometidos, com a relação lógica entre a função dos meios patrimoniais e a eficácia, que será analisada a seguir, ajuizando os efeitos da administração e indicando caminhos futuros, para que supere-se as adversidades quanto as origens e aplicações de recursos. Apresentar-se-á os conceitos que envolvem a administração do capital de giro, suas principais terminologias e sua relação com as demonstrações contábeis com o intuito de esclarecer os principais conceitos pertinentes ao assunto sob a luz da teoria da administração financeira. 2 CAPITAL DE GIRO (CDG) De acordo com Brigham e Weston (2000), o termo capital de giro teve origem com os antigos mascates ianques, que carregavam suas carroças com mercadorias e percorriam suas rotas vendendo seus artigos. A mercadoria era chamada de capital de giro, pois era o que o mascate vendia (girava) para gerar seus lucros. A carroça e o cavalo eram financiados com

3 3 capital próprio, compondo os ativos fixos do mascate, porém o capital para a compra das mercadorias era financiado pelos bancos e eram chamados de empréstimos para capital de giro, que deveriam ser saldados ao fim de cada viagem para a continuidade do crédito. Percebe-se que já naquela época o capital de giro representava um elemento importante para a economia, pois eram destinados recursos que os mascates necessitavam para financiar suas atividades operacionais e dar continuidade aos seus negócios. Dentro dessa ótica, Gitman (2005, p. 510) conceitua capital de giro como os ativos circulantes que sustentam as operações do dia-a-dia das empresas. Dolabella (1995, p. 102), tem a seguinte definição sobre capital de giro: são os recursos financeiros aplicados pela empresa na execução do ciclo operacional de seus produtos, recursos estes que serão recuperados financeiramente ao final deste ciclo. Já para Assaf Neto (2003, p. 449) a gestão do capital de giro envolve basicamente as decisões de compra e venda tomadas pela empresa, assim como suas mais diversas atividades operacionais e financeiras. Nessa abrangência, coloca-se de forma nítida que a administração do capital de giro deve garantir a uma empresa a adequada consecução de sua política de estocagem, compra de materiais, produção, venda de produtos e mercadorias e prazo de recebimento. Gitman (2005, p. 510) conceitua capital de giro líquido como a diferença entre os ativos circulantes e os passivos circulantes. Quando os primeiros superam os segundos, a empresa possui capital de giro líquido positivo; quando os primeiros são inferiores aos segundos, ela tem capital de giro líquido negativo. De acordo com Di Agustini (1999) quando relacionamos os itens circulantes do balanço patrimonial (ativo e passivo), podemos identificar três situações possíveis de capital de giro: a) capital de giro próprio; b) capital de giro nulo; e c) capital de giro de terceiros. O capital de giro próprio, ainda conforme Di Agustini (1999, p. 35), é a relação em que o ativo circulante é maior que o passivo circulante, ou seja, os haveres (bens e direitos) são maiores do que as dívidas (obrigações) exigíveis no mesmo prazo. Outra situação possível de capital de giro é o capital de giro nulo, que Di Agustini (1999, p.35), define como a relação em que o ativo circulante é igual ao passivo circulante, ou seja, os haveres são iguais as obrigações exigíveis no mesmo prazo. E por último temos a outra situação que é o capital de giro de terceiros e que também Di Agustini (1999, p.35) define como sendo a relação em que o ativo circulante é menor que o passivo circulante, ou seja, os haveres são menores do que as obrigações exigíveis no mesmo prazo. O capital de giro representa os recursos investidos no ativo circulante da empresa, os quais são demandados para financiar suas necessidades operacionais, que vão desde a aquisição das matérias-primas ou mercadorias até o recebimento pela venda do produto acabado. Silva (2002), comenta que o capital de giro precisa de acompanhamento permanente, pois está continuamente sofrendo o impacto das diversas mudanças enfrentadas pela empresa, decorrente de forças advinda dos ambientes interno e externo. De forma geral, quando se fala do capital de giro (itens circulantes do ativo) estamos nos referindo a recursos de curto prazo. Às vezes, as empresas encontram-se em dificuldades para captar recursos próprios para a aplicação monetária em determinados elementos patrimoniais. Por intermédio do capital de terceiros, as empresas também podem optar por estas alternativas de financiamentos.

4 4 Há diversas modalidades de financiamento do capital de terceiros. Bancos oferecem diversos produtos a estas empresas que apresentam dificuldades financeiras. Conforme Agustini (1999), a rede de bancos comerciais possui uma série de produtos destinados ao financiamento de capital de giro das empresas. Estes produtos que os bancos oferecem são serviços tais como: aplicações financeiras, empréstimos, abertura de contas correntes e/ou poupança, seguro e ordem de pagamento. 3 NECESSIDADE LÍQUIDA DE CAPITAL DE GIRO (NLCDG) Para conseguir atingir seus objetivos, nos mais diversos níveis, a empresa é obrigada a obter recursos suficientes para suprir suas necessidades financeiras específicas e assim poder dar continuidade as suas atividades operacionais, ou seja, a empresa necessita de um capital de giro líquido mínimo que satisfaça sua necessidade de recursos financeiros no curto prazo. Oliveira (1985) entende por necessidade líquida de capital de giro como o valor do capital de giro mínimo a ser mantido, a fim de que seu ciclo operacional possa apresentar-se financeiramente equilibrado. A partir dessa afirmação, entende-se que conhecendo as contas que compõe o circulante, é possível determinar o volume de recursos de curto prazo, sejam próprios ou de terceiros, necessários para o funcionamento desejado da empresa. Matarazzo (1998) entende que o conhecimento da necessidade líquida de capital de giro não é só um conceito para análise de caixa e, sim, é um elemento importante na formulação de estratégias de financiamento, crescimento e lucratividade empresarial. Considerando que o cálculo da necessidade líquida de capital de giro objetiva estabelecer as necessidades de financiamento não cobertas por recursos oriundos do próprio ciclo, o critério de seleção de seus componentes é bastante simples: tomarão parte neste cálculo apenas os elementos participantes do ciclo operacional da empresa, ou seja, compraprodução-venda (OLIVEIRA, 1985). Para evidenciar o assunto de forma mais didática, Matarazzo (1998) reclassifica o ativo circulante e o passivo circulante do balanço patrimonial em Ativo Circulante Operacional (ACO), Ativo Circulante Financeiro (ACF), Passivo Circulante Operacional (PCO) e Passivo Circulante Financeiro (PCF). Ainda, de acordo com Matarazzo (1998, p. 344), o ativo circulante operacional (ACO) é o investimento que decorre automaticamente das atividades de compra/produção/estocagem/venda, enquanto, o passivo circulante operacional (PCO) é o financiamento, também automático, que decorre dessas atividades. A diferença entre esses investimentos (ACO) e financiamentos (PCO) é quanto a empresa necessita de capital para financiar o giro, ou seja, a necessidade líquida de capital de giro. As situações básicas que ocorrem numa empresa, com relação ao ativo circulante operacional e ao passivo circulante operacional podem ser assim resumidas, conforme Matarazzo (1998, p. 345): ACO > PCO: é a situação normal na maioria das empresas. Há uma necessidade líquida de capital de giro para a qual a empresa deve encontrar fontes adequadas de financiamento; ACO = PCO: neste caso a necessidade líquida de capital de giro é igual a zero e, portanto, a empresa não tem necessidade de financiamento para o giro; e ACO < PCO: nesta situação a empresa tem mais financiamentos operacionais do que investimentos operacionais. Sobram recursos das atividades operacionais, os quais

5 5 poderão ser usados para aplicação no mercado financeiro ou para a expansão da planta fixa. Para financiar as necessidades de capital de giro, Matarazzo (1998) entende que a empresa pode contar normalmente com três tipos de financiamentos: capital circulante próprio; empréstimos e financiamentos bancários de longo prazo; e empréstimos bancários de curto prazo e duplicatas descontadas. 4 TESOURARIA (T) O conjunto das contas de tesouraria mede o risco a curto prazo da empresa e resulta das decisões tomadas sobre os componentes da necessidade líquida de capital de giro. Separadas as contas que são de natureza operacional da empresa, as demais contas do ativo e do passivo circulante são também denominadas de contas do ativo circulante financeiro e contas do passivo circulante financeiro, por serem constituídas por elementos essencialmente financeiros, e formam a tesouraria. Neste contexto, as contas mais comuns do ativo são: caixa, bancos e aplicações financeiras, as mais comuns do passivo são: empréstimos bancários, financiamentos, duplicatas descontadas e provisão para imposto de renda. De acordo com Olinquevitch (2004, p. 89), tesouraria é um termo derivado da análise e planejamento financeiro. E mediante esta estratégia pode-se determinar tanto a composição quanto os tipos de recursos financeiros usados pela empresa. Também, expressa os fatos empresariais de natureza financeira com reflexos na contabilidade: recursos financeiros aplicados em contas do Ativo Circulante e os recursos identificados como fontes no Passivo Circulante (OLINQUEVITCH, 2004, p. 89). Conforme Assaf Neto e Tibúrcio Silva (2002, p. 62) o ativo circulante financeiro, de natureza errática, é formado sem apresentar necessariamente um vínculo direto com o ciclo operacional da empresa. Não denota, por conseguinte, qualquer comportamento préestabelecido, variando mais estreitamente em função da conjuntura e do risco de maior ou menor liquidez que a empresa deseja assumir. O passivo circulante financeiro inclui as dívidas da empresa junto a instituições financeiras e outras obrigações que também não apresentam nenhuma vinculação direta com sua atividade operacional. Alterações que venham a ocorrer no volume de atividade ou nas fases operacionais não repercutem diretamente sobre o passivo financeiro, refletindo, estas variações basicamente sobre os elementos cíclicos (ativos e passivos). A tesouraria poderá ser positiva ou negativa, A tesouraria positiva, se dá quando o saldo das contas do ativo circulante financeiro for maior do que o saldo das contas do passivo circulante financeiro. Porém é necessário tomar alguns cuidados quanto a folga na situação financeira, de acordo com Santi Filho (1995, p. 41): A situação financeira estará verdadeiramente superavitária quando a referida folga expressar saldo de aplicações financeiras ou de outros ativos de elevada liquidez e adequada remuneração. Assim como uma Tesouraria positiva com elevados saldos em obscuras contas "Outros Créditos" pode esconder recursos que jamais serão realizados, uma Tesouraria positiva com elevados saldos nas contas Caixa/Bancos pode indicar ineficiente gerência de recursos financeiros. Segundo Olinquevitch (2004, p. 93), o saldo positivo da tesouraria indica que as demais contas do ativo circulante, como disponibilidades, aplicações financeiras e demais valores a receber, apresentam saldo superior às demais contas do passivo circulante, como as operações financeiras e os demais valores a pagar. Assim, entende-se que a tesouraria

6 6 positiva expressa uma folga financeira, expressando aplicações financeiras líquidas no curto prazo. Portanto, para a análise deste resultado, deve-se levar em conta os aspectos apontados por Olinquevitch (2004, p. 96): a) sazonalidade de negócios da empresa, que pode ocorrer em períodos de baixo nível de atividades ou em períodos de pico; b) estratégia financeira, que pode operar com fontes de financiamento do negócio centrada em recursos de terceiros; c) situação de mercados financeiros, onde os mercados disponibilizam de condições favoráveis para juros baixos, crédito abundante, prazos longos; d) risco financeiro onde a exposição financeira percentualmente elevada indica risco financeiro e a folga financeira indica existência de recursos inativos na empresa. Para Olinquevitch (2004, p. 93) quando a realização integral das contas do ativo circulante, classificadas para compor a tesouraria não é suficiente para pagar a exigibilidade expressa nas contas do Passivo Circulante, classificadas para compor a tesouraria, a tesouraria é negativa e indica que a empresa utiliza capital de terceiros de curto prazo para financiar a atividade, apresentando assim uma exposição financeira. Para obter o resultado da tesouraria positiva ou negativa, é necessário que se faça o fluxo da tesouraria, ou seja, a relação entre as fontes e as aplicações, o aumento do ativo corresponde a aplicação, a diminuição do ativo corresponde a fonte, já o aumento do passivo corresponde a fonte e a diminuição do passivo corresponde a aplicação. 4.1 O OVERTRADE E O EFEITO TESOURA O overtrade ocorre quando uma empresa expande significativamente o nível de operações e vendas, sem o devido suporte de recursos para financiar o decorrente aumento do capital de giro. Segundo Assaf Neto (2002, p.200), o efeito tesoura é denominado quando uma empresa apresenta vários exercícios seguidos de um aumento da Necessidade de Investimento em Giro (NIG) superior ao do Capital Circulante Líquido (CCL). Também é identificado por um crescente saldo de disponível negativo. À medida que as necessidades cíclicas de giro são financiadas por dívidas de curto prazo, há um aumento na diferença entre o NIG e o CCL, agravando o mesmo. Uma empresa que esteja operando com capacidade ociosa em sua planta industrial poderá desejar um aumento na produção e venda visando obter redução nos custos de produção devido às economias de escala. Isso provocará aumentos nos estoques, nas duplicatas a receber e nas duplicatas a pagar aos fornecedores. Se os prazos médios de estocagem, de cobrança e de pagamento forem mantidos, haverá um crescimento acentuado na NCG (positivo) que poderá rapidamente ultrapassar o CCL por insuficiência de recursos provenientes do autofinanciamento. Nessas condições estaria ocorrendo o overtrade. De acordo com Olinquevitch (2004, p.149), o conceito de efeito tesoura foi denominado por Michel Fleuriet (1978), pois, ocorre quando a situação econômico-financeira de uma empresa apresenta sinais de desequilíbrio, aumentando assim, a defasagem entre o valor das NLCDG e do CDG, arcando com as dificuldades financeiras, utilizando recursos de curto prazo, ou seja, tesouraria negativa. A expressão efeito tesoura, adotada por Fleuriet, corresponde a representação gráfica da evolução das vendas, da NCG, do CCL e da T em situações de overtrade. O efeito tesoura ocorre quando a empresa financia a maior parte da NCG através de créditos de curto prazo não renováveis automaticamente, como são as operações de financiamento que integram o

7 7 passivo circulante oneroso. Neste caso, o saldo da Tesouraria apresenta-se negativo e com taxa de crescimento superior à da NCG. R$ NCG T > 0 T < 0 CCL Figura 1 Efeito tesoura Fonte: Adaptado de FLEURIET, Michel et al. A Dinâmica Financeira das Empresas Brasileiras. Belo Horizonte: Consultoria Editorial/Fundação Dom Cabral, A patologia da administração do saldo da tesouraria é o efeito tesoura, que é a conseqüência do descontrole no crescimento da dependência de empréstimo de custo prazo. Quando a empresa financia a maior parte da NLCDG através de créditos de curto prazo, não renováveis, o saldo de Tesouraria é negativo e crescendo, em valor absoluto, proporcionalmente mais do que a NCG. Nestas condições o índice T/NCG indica se permanece crescente com o passar do tempo o efeito tesoura. O efeito tesoura pode ocorrer por várias razões, conforme Assaf Neto (2002, p. 200): crescimento elevado do nível de atividade empresarial; desvio de recursos do giro para imobilizações e inflação. Sugere-se acrescentar ainda: endividamento com perfil de vencimento muito curto, prejuízos, distribuição excessiva de dividendos, relação variação NCG/vendas crescendo a um ritmo muito maior do que a relação autofinanciamento/vendas, altas taxas de juros. Para Assaf Neto (2002, p. 200), a saúde financeira da empresa implica a manutenção de um capital circulante líquido superior à necessidade de investimento operacional em giro, de forma a preservar um saldo de disponível positivo. Sendo assim, a análise da liquidez por meio da classificação de seus elementos cíclicos e financeiros é bem mais dinâmica, permitindo um melhor entendimento da solvência e liquidez de uma empresa. Em certas épocas do ano poderão surgir pressões de natureza sazonal que determinam a expansão da NCG. Nessas ocasiões, T poderá tornar-se negativo, uma vez que o levantamento de empréstimos de curto prazo e o desconto de duplicatas, constituem fontes de financiamento adequadas para atender às necessidades temporárias de recursos. Entretanto, se CCL > 0, NCG > 0 e CCL < CDG configurar uma situação não transitória, T será cronicamente negativo, indicando o risco de insolvência pelo fato de a empresa estar financiando a NCG e/ou ativos permanentes com fundos onerosos de curto prazo.

8 8 5 ÍNDICE DE AUTOFINANCIAMENTO (IAF) O índice de autofinanciamento mede a capacidade da empresa financiar suas necessidades de capital de giro com o seu próprio capital de giro. Pode-se definir, a variável índice de autofinanciamento utilizando a seguinte fórmula: IAF = CDG/NLCDG. Esta análise demonstra que, se o capital de giro for maior que a necessidade líquida de capital de giro, teremos recursos para aplicar no giro dos negócios. O sucesso de um empreendimento é mediado por sua capacidade de adicionar riqueza a seus acionistas. O principal indicador de agregação de riqueza é a criação de valor econômico mediante adoção eficiente de estratégias financeiras. Neto (2003, p. 170), afirma que as estratégias financeiras assim com o as capacidades diferenciadoras estão voltadas ao objetivo da empresa de criar valor a seus acionistas. As estratégias são identificadas em três dimensões: operacionais, financiamento e investimento. Deste modo, as empresas competitivas vêm priorizando a estratégia de financiamento. As taxas de juros inferiores ao retorno da aplicação desses recursos e os benefícios fiscais decorrentes das despesas de juros permitem muitas vezes que ocorra a alavancagem financeira, aumentando os resultados e valorizando o preço de mercado das ações. Todavia, as medidas convencionais de desempenho, como lucro, lucro por ação, crescimento do lucro e demais indicadores que não levam em consideração o custo de oportunidade do capital investido tem pouca oportunidade de controle empresarial. Assim, a proposta de investimento é justificada quando a capacidade de produção e venda de uma empresa for insuficiente para atender a demanda efetiva de seus produtos (ASSAF NETO, 2003, p. 276). Portanto, as origens das propostas de investimento devem partir das formulações estratégicas e competitivas das empresas. Pois, uma decisão de investimentos de capital deve ser tratada como uma decisão de longo prazo. Segundo Assaf Neto (2003, p. 284), para o processo de decisão de investimento, é fundamental o conhecimento não só de benefícios futuros expressos em fluxo de caixa, pois não coincide com o resultado contábil da empresa apurado pelo regime de competência. Assim, no dimensionamento dos fluxos de caixa, devem ser estimadas todas as movimentações operacionais efetivas de caixa. Mediante estes efeitos pode-se medir o potencial efetivo da empresa e implementar suas decisões financeiras. Segundo Neto (2003, p. 473), os ativos de giro cíclicos são formados basicamente pelas políticas de compra, venda e estocagem adotados pela empresa na consecução de seus negócios, sendo por isso admitidos como de caráter essencialmente operacional. Nesse contexto, a necessidade de investimento em capital de giro depende fundamentalmente do volume de atividades (produção e vendas) da empresa e de seu ciclo financeiro, definido pelas características da natureza de seus negócios e sazonalidades, que determinam os giros das fases operacionais e os valores das contas cíclicas. 6. O ESTUDO DE CASO A COOPERLAC é uma sociedade atuante em mais de vinte e sete municípios do estado do Paraná, constituída sob bases empresariais e voltada para a produção de bens e serviços, objetivando o estímulo, o desenvolvimento progressivo e a defesa econômico-social

9 9 de natureza comum dos seus associados, sem o objetivo do lucro. A entidade é regida pela Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que regulamenta o sistema cooperativista do Brasil. Esta cooperativa está inserida no ramo agropecuário, que no Estado do Paraná é composto de 68 cooperativas, conforme o Departamento de Autogestão do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná OCEPAR, que fazem parte, da população objeto dos quocientes-padrão em estudo, conforme demonstrado na Tabela 1. TABELA 1 Quocientes-padrão das cooperativas do ramo agropecuário do estado do Paraná QUOCIENTES-PADRÃO VARIÁVEIS EMPRESARIAIS Necessidade líquida de capital de giro 17,74% 20,50% 20,68% 23,75% Capital de giro -0,82% 9,21% 14,34% 15,07% Tesouraria -18,56% -11,29% -6,34% -8,68% Índice de autofinanciamento -0,05 vezes 0,45 vezes 0,69 vezes 0,63 vezes LIQUIDEZ Liquidez corrente R$ 0,98 R$ 1,20 R$ 1,32 R$ 1,29 Liquidez seca R$ 0,69 R$ 0,82 R$ 0,90 R$ 0,79 Liquidez geral R$ 0,78 R$ 0,90 R$ 1,00 R$ 1,04 ENDIVIDAMENTO Total 78% 73% 69% 71% Longo prazo 27% 26% 24% 19% ATIVIDADE Idade média do estoque 46 dias 53 dias 50 dias 65 dias Período médio de recebimento 58 dias 57 dias 53 dias 63 dias Período médio de pagamento 51 dias 52 dias 51 dias 70 dias Ciclo financeiro 53 dias 57 dias 52 dias 58 dias Nota: Baseado em um ano de 360 dias e em valores de final de ano. Fonte: Dados da pesquisa (2003). Verifica-se na Tabela 1, os quocientes-padrão referentes às variáveis empresariais, liquidez, endividamento e atividade, dos exercícios de 2000 a Para Silva (1999), um índice padrão é um referencial de comparação. A comparação de determinado índice de uma empresa particular com o índice-padrão indica, por exemplo, se a empresa que estamos analisando está enquadrada no padrão ou se está melhor ou pior do que aquele referencial. Os quocientes-padrão, em síntese permitem comparar uma empresa a outras semelhantes e representam, elementos importantíssimos para a execução de análises macroeconômicas. A sua representação é dada incondicionalmente diante de um conjunto, de modo que revela, ramos de atividade, subdivisões dentro desses ramos e até mesmo regiões geográficas. Segundo Matarazzo (1998) a análise de balanços através de índices, só adquire consistência e objetividade, quando os índices são comparados com padrões, pois, do contrário, as conclusões se sujeitam a opinião e, não raro, ao humor do analista de balanços.

10 10 A seguir, apresentar-se-á a reclassificação do balanço patrimonial da COOPERLAC referente os exercícios de 2000 a 2003, com o objetivo de demonstrar a natureza dos dados e respectivos cálculos das variáveis empresariais: capital de giro, necessidade líquida de capital de giro, tesouraria e índice de autofinanciamento conforme Tabela 2. TABELA 2 Reclassificação do balanço patrimonial da COOPERLAC em R$ ( ) para cálculo das variáveis empresariais CONTAS 2000 em R$ 2001 em R$ 2002 em R$ 2003 em R$ (+) Créditos com associados , , , ,68 (+) Créditos com clientes , , , ,26 (-) Provisão para créditos duvidosos ,78 (+) Cheques para depósito , , , ,39 (+) Adiantamentos a fornecedores 114, , ,40 (+) Tributos a recuperar 701,74-988, ,73 (+) Estoque , , , ,27 (+) Despesas do exercício seguinte 2.837,41 775, ,27 (-) Obrigações com associados , , , ,24 (-) Fornecedores , , , ,30 (-) Obrigações sociais, tributárias e trab , , , ,86 (-) Produtos a entregar 1.964, , , ,54 (=) NLCDG - NEC. LÍQ. CAP. DE GIRO , , , ,28 Disponível , , , ,56 (+) Outras contas do ativo circulante 150,00 266, , ,63 (-) Outras contas do passivo circulante , , , ,92 (=) T TESOURARIA 4.392, , , ,27 Patrimônio líquido , , , ,40 (-) Ativo permanente , , , ,14 (=) CDG - CAPITAL DE GIRO , , , ,26 Capital de giro , , , ,26 (:) Necessidade líquida de capital de giro , , , ,28 (=) IAF-ÍNDICE AUTOFINANCIAMENTO 1,36 vezes 1,20 vezes 2,13 vezes 1,25 vezes Nota: Baseado em um ano de 360 dias e em valores de final de ano. Será na seqüência evidenciado a Tabela 3, com as fórmulas para cálculo, das variáveis empresariais quanto à sua representatividade frente ao ativo total, bem como às dos quocientes de liquidez, endividamento e atividade, com os seus respectivos resultados. TABELA 3 Quocientes da COOPERLAC Quociente Fórmula Exercício VARIÁVEIS Necessidade líq. Capital de giro 17,54% 26,13% 13,63% 21,86%

11 11 EMPRESARIAIS % Nec. líq. capital giro Ativo total % Saldo tesouraria % CDG - % NLCDG 6,40% 5,29% 15,43% 5,39% % Capital de giro Capital de giro / Ativo total 23,94% 31,41% 29,05% 27,24% Índice de autofinanciamento % CDG / % NLCDG 1,36 vezes 1,20 vezes 2,13 vezes 1,25 vezes LIQUIDEZ Liquidez corrente Ativo circulante R$1,24 R$1,42 R$1,36 R$1,33 Passivo circulante Liquidez seca Ativo circulante estoque R$1,15 R$1,31 R$1,24 R$1,26 Passivo circulante Liquidez geral ENDIVIDAMENTO Ativo circ.+ Realizável L.P. Passivo circ.+exigível L.P. R$1,33 R$1,48 R$1,43 R$1,41 Endividamento total Passivo circ.+exigível L. P. 72,83% 65,04% 67,59% 66,94% Ativo total Endividamento de Exigível L.P. 0,00% 0,72% 0,09% 0,10% Longo prazo ATIVIDADE Ativo total Idade média Estoque x 360 1,76 dias 2,29 dias 3,49 dias 2,43 dias Do estoque Custo das vendas Período médio de Duplicatas a receber x ,36 dias 24,92 dias 26,85 dias 30,64 dias Recebimento Vendas Líquidas Período médio de Duplicatas a pagar x ,71 dias 19,28 dias 28,17 dias 29,44 dias pagamento Compras líquidas Ciclo financeiro Prazo médio receb.+ Idade 7,41 dias 7,94 dias 2,17 dias 3,62 dias média estoque-prazo médio pagamento Nota: Baseado em um ano de 360 dias e em valores de final de ano. Os dados evidenciados na Tabela 1 - Quocientes-padrão das cooperativas do ramo agropecuário do estado do Paraná serão comparados aos resultados apresentados na Tabela 2 - Quocientes da COOPERLAC, por meio das Figuras 2, 3 e 4, com o objetivo de possibilitar uma melhor visualização. Na Figura 2, apresenta-se o comparativo entre os quocientes de variáveis empresariais da COOPERLAC e cooperativas agropecuárias do estado do Paraná.

12 12 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% ,00% -20,00% NLCDG - Quociente-padrão NLCDG - COOPERLAC CDG - Quociente-padrão CDG - COOPERLAC T - Quociente-padrão T - COOPERLAC Figura 2 Comparativo entre os quocientes de variáveis empresariais da COOPERLAC e cooperativas agropecuárias do PR Percebe-se a partir da Figura 2, que a necessidade líquida de capital de giro da COOPERLAC, na média, teve elevações e encontra-se em patamares aproximados dos quocientes padrão das cooperativas agropecuárias do estado do Paraná. O capital de giro, da mesma forma, aumentou na média, face a representatividade do ativo total e situa-se acima do quociente-padrão. O índice de autofinanciamento informa que a cooperativa possui um poder de sustentação muito bom, se financiando por meio de recursos internos. O desempenho do capital de giro, ampliou a capacidade de autofinanciamento das atividades operacionais ao longo dos exercícios em estudo, proporcionando em todos os exercícios saldo em tesouraria. Vale ressaltar, no entanto, que os valores em tesouraria não são de muita expressão, merecendo atenção se acaso houver intenção de novos investimentos ou expansão das vendas. Na Figura 3, visualiza-se o comparativo entre os quocientes de liquidez da COOPERLAC e cooperativas agropecuárias do estado do Paraná. R$ 1,55 R$ 1,25 R$ 0,95 R$ 0, LC - Quociente-padrão LC - COOPERLAC LS - Quociente-padrão LG - Quociente-padrão LS - COOPERLAC LG - COOPERLAC Figura 3 Comparativo entre os quocientes de liquidez da COOPERLAC e cooperativas agropecuárias do PR

13 13 Verifica-se na Figura 3, que a COOPERLAC apresenta os seus quocientes de liquidez (corrente, seca e geral) superiores a média das cooperativas paranaenses do setor. Justifica-se assim, o saldo superior disponível em CDG frente ao montante da NLCDG, resultando no saldo positivo, folga financeira, na T. Já o endividamento da COOPERLAC é inferior à média paranaense do setor agropecuário. A qualidade deste endividamento é de natureza operacional e de curto prazo. Devido a insignificância do montante em longo prazo, não se demonstrou tal situação em Figura. Na Figura 4, há o comparativo entre os quocientes de atividade da COOPERLAC e cooperativas agropecuárias do estado do Paraná Idade média do estoque - Quociente-padrão Período médio de recebimento - Quociente-padrão Idade média do estoque - COOPERLAC Período médio de recebimento - COOPERLAC Período médio de pagamento - Quociente-padrão Ciclo financeiro - Quociente-padrão Período médio de pagamento - COOPERLAC Ciclo financeiro - COOPERLAC Figura 4 Comparativo entre os quocientes de atividade da COOPERLAC e cooperativas agropecuárias do PR A partir da análise da Figura 4, nota-se que o ciclo financeiro da COOPERLAC em dias decresceu, estando significativamente abaixo do quociente-padrão das cooperativas agropecuárias do estado do Paraná. É relevante destacar que este ciclo, é sumariamente pequeno em dias, devido as suas principais atividades estarem no escopo de intermediação de matéria-prima, de tal forma que a idade média de seu estoque situa-se apenas em 02 dias, sendo que, a média global deste quociente-padrão das cooperativas agropecuárias é de 54 dias. O período médio de recebimento da COOPERLAC está abaixo da média do segmento, no entanto, esta folga comparativa em prazo é absorvida pelo seu também reduzido, período médio de pagamento. 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS A gestão de capital de giro vem sendo focalizada como uma área importante para o equilíbrio financeiro das empresas, sendo responsável pelo sucesso ou insucesso dos negócios. É dentro desta perspectiva, que desenvolveu-se a análise da gestão de capital de giro na COOPERLAC referente os exercícios de 2000 a 2003, comparativamente aos quocientes padrão de 68 cooperativas agropecuárias. Diante da análise da gestão de capital de giro da COOPERLAC, constata-se que o seu CDG>0 e NLCDG>0, sendo, CDG>NLCDG = T>0, T<CDG e T<NLCDG. Este tipo de estrutura reflete excelente liquidez, pois, apresenta boa folga financeira para honrar as exigibilidades de curto prazo (LC). A NLCDG positiva, significa que os passivos circulantes operacionais (PCO) são insuficientes para atender às necessidades de financiamento dos

14 14 ativos operacionais de curto prazo (ACO), no entanto, os recursos aplicados no CDG, suprem a insuficiência do PCO e ainda, permitem a manutenção de um saldo positivo de tesouraria (ACF>PCF=T>0). Este saldo positivo de tesouraria indica uma situação financeira sólida, enquanto for mantido determinado nível de operações. Entretanto, a expansão das vendas provocará aumento da NLCDG e consequentemente, redução da T. Se essa expansão for sazonal, logo a empresa retornará à situação original, reforçada por um aumento no CDG, decorrente da capitalização dos lucros adicionais. Por outro lado, um aumento grande e repentino das vendas, fará com que o rápido crescimento da NLCDG absorva todas as disponibilidades e demande novos empréstimos de curto prazo, tornando T possivelmente negativa e, consequentemente, desestabilizando a estrutura financeira da empresa. A estrutura apresentada, demonstra que a COOPERLAC comparativamente às cooperativas agropecuárias do estado do Paraná é sumariamente estável e que a administração tem atuado com bastante cautela nos investimentos e na captação de recursos de terceiros. REFERÊNCIAS ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. São Paulo: Atlas, ASSAF NETO, Alexandre; SILVA, César A. T. Administração do capital de giro. 3 ed. São Paulo: Atlas, WESTON, J. F.; BRIGHAM, E. F. Fundamentos da administração financeira. Tradução de Sidney Stancatti. 10 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, DI AGUSTINI, Carlos Alberto. Capital de giro: análise das alternativas fontes de financiamento. 2 ed. São Paulo: Atlas, DOLABELLA, Maurício Melo. Mensuração e simulação das necessidades de capital de giro e dos fluxos financeiros operacionais: um modelo de informação contábil para a gestão financeira. Dissertação de Mestrado em Contabilidade. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. São Paulo: FEA-USP, FLEURIET, Michel et al. A dinâmica financeira das empresas brasileiras. Belo Horizonte: Consultoria Editorial/Fundação Dom Cabral, OLINQUEVITCH, José Leônidas; FILHO, Armando de Santi. Análise de balanços para controle gerencial. 4 ed. São Paulo: Atlas, OLIVEIRA, Ernani Tadeu de. Crescer em equilíbrio: alguns efeitos a serem considerados para os índices de crescimento e endividamento. 1. ed. Revista de Administração. Vol. 20, jan/mar. São Paulo, 1985.

15 15 SANTI FILHO, Armando. Análise do demonstrativo de fluxo de caixa. São Paulo: Atlas, SILVA, José Pereira da. Análise financeira das empresas. 4 ed. São Paulo: Atlas, SAAC - Sistema de Acompanhamento e Análise das Cooperativas. OCEPAR, Curitiba. Acesso em: 25 ago VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2001.

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