Estabilidade Desenvolvimento das Nuvens

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Estabilidade Desenvolvimento das Nuvens"

Transcrição

1 Estabilidade Desenvolvimento das Nuvens

2 Por que a estabilidade é importante? O movimento vertical é parte crítica no transporte de energia e influencia intensamente o ciclo hidrológico Sem movimento vertical não haveria precipitação, mistura dos poluentes o tempo como o conhecemos não existiria. Existem dois tipos de movimento vertical: Movimento forçado: ar forçado a subir sobre uma montanha, sobre o ar mais frio (frentes) ou por convergência horizontal Movimento de empuxo: no qual o ar sobe porque é menos denso do que o ar nas vizinhanças a estabilidade é especialmente importante aqui

3 Estabilidade na atmosfera Perturbação inicial Estável Instável Neutra Se uma parcela de ar é deslocada de sua posição original ela pode: Retornar à sua altura original - Estável Acelerar para cima porque ela é leve - Instável Ficar no lugar para o qual foi deslocada - Neutra

4 Trocando altitude por calor Existem dois tipos de energia estática na parcela: energia potencial (devido à sua altitude) e entalpia (devido aos movimentos das moléculas) 1 a Lei da Termodinâmica S c T g z p Variação na energia estática Variação na entalpia Variação na energia potencial gravitacional

5 Trocando altitude por calor (cont) Suponha que uma parcela não troque energia com a vizinhança... este estado é chamado de adiabático, que significa nenhum ganho e nenhuma perda de energia p 0 p c T g z c T g z T z g c p g = 9,8 m/s 2 cp = 1004 J K -1 kg 1 J = N.m Lapse rate adiabático seco

6 Estabilidade e o lapse rate adiabático A estabilidade atmosférica depende do lapse rate do ambiente Uma parcela com ar nãosaturado resfria de acordo com a adiabática seca Se a parcerla de ar está mais quente do que o ar vizinho, é menos densa e o empuxo acelera o movimento ascendente vizinhança mais fria do que o ar vizinho, é mais densa e o empuxo força o movimento descendente seco

7 Uma parcela de ar saturado em ascenção esfria menos do que uma parcela nãosaturada! Se uma parcela de ar torna-se satura, ocorre a condensação A condensação aquece a parcela de ar devido à liberação de calor latente Asim, uma parcela em ascenção aquece menos se estiver saturada Define um lapse rate adiabático úmido ~ 6 o C/1000 m não é constante (varia entre ~ 3-9 o C) depende de T e P

8 Estabilidade e lapse rate adiabático úmido A estabilidade atmosférica depende do lapse rate do ambiente Uma parcela saturada em ascenção esfria de acordo com o lapse rate adiabático úmido Quando o lapse rate do ambiente é menor do que o lapse rate úmido, a atmosfera está absolutamente estável Observe que o lapse rate seco é maior do que o úmido Que tipo de nuvem você espera que se forme se o ar saturado é forçado a subir numa atmosfera absolutamente estável? dry

9 Quais as condições que contribuem para uma atmosfera estável? Resfriamento radiativo da superfície à noite Advecção de ar frio próximo à superfície Ar movendo-se sobre uma superfície fria (e.g., neve) Aquecimento adiabático devido à compressão por subsidência Se uma camada subside, comprime-se pelo peso da atmosfera e afunda vertical/. A parte superior da camada afunda mais do que a inferior pois a pressão ao redor é menor, aquecendo-se mais.

10 Instabilidade absoluta A atmosfera fica absolutamente instável se a TVVT do ambiente é maior do que as TVVT úmida e seca. Esta situação não é duradoura Resulta comumente do aquecimento da superfície e fica confinada a camadas rasas próximas à superfície A mistura vertical pode eliminar a instabilidade absoluta A mistura provê uma TVVT adiabática seca na camada misturada, a menos que ocorra condensação (formação de nuvens), neste caso seria adiabática úmida

11 Instabilidade absoluta (exemplos)

12 Ar condicionalmente instável O que acontece se a TVVT do ambiente cai entre a adiabática seca e a úmida? A atmosfera é instável para parcelas saturadas mas estável para parelas não-saturadas Esta situação é chamada de condicionalmente instável Esta é a situação típica na atmosfera

13 Quais as condições que aumentam a instabilidade atmosférica? Resfriamento do ar em camadas superiores advecção fria acima resfriamento radiativo do ar/nuvens em camadas superiores Aquecimento do ar na superfície aquecimento solar da superfície advecção quente próxima à superfície ar movendo-se sobre uma superfície quente (e.g., corpo de água quente) Levantamento de uma camada de ar e o estiramento associado especialmente se a base da camada é úmida e o topo, seco

14 Desenvolvimento das Nuvens As nuvens se formam conforme o ar sobe, expande e resfria A maioria das nuvens forma-se por Aquecimento da superfície e convecção livre Levantamento do ar sobre uma topografia Levantamento do ar devido à convergência superficial Levantamento ao longo das frentes

15 Desenvolvimento de Cumulus - Ar sobe devido ao aquecimento da superfície UR cresce conforme a parcela em ascenção resfria As nuvens se formam com UR ~ 100% A ascenção é fortemente inibida na base da camada de inversão por subsidência produzida por movimentos descendentes associados a sistemas de alta pressão Ar subsidente é encontrado entre elementos de nuvem Por que? nuvens de bom tempo

16 Desenvolvimento esquemático de Cumulus nuvem de bom tempo

17 Quais são as condições necessárias para o desenvolvimento de nuvens profundas de Cumulus? O perfil menos estável da atmosfera (lapse rate mais intenso) permite maior desenvolvimento vertical Maior quantidade de umidade em baixos níveis permite o maior aquecimento da parcela pela maior liberação de calor latente, acelerando-a para cima

18 Determinação da Base de Nuvens Convectivas Parcelas de ar seco resfriam à taxa da adiabática seca ( ~ 10 o C/km) A temperatura de ponto de orvalho decresce a uma taxa de ~ 2 o C/km Isto significa que a temperatura do ponto de orvalho se aproxima da temperatura da parcela a uma taxa de 8 o C/km Se a depressão de ponto de orvalho é 4 o C na superfície, a base da nuvem se formaria a uma altura de 500 m. A base da nuvem ocorre quando o ponto de orvalho = temp da parcela (UR = 100%) Cada grau de diferença entre a temperatura da superfície e a do ponto de orvalho produz um aumento na elevação da base da nuvem de 125 metros.

19 DETERMINAÇÃO DA BASE DA NUVEM Dry adiabats d Ar mais seco produz bases de nuvens mais altas; Ar mais úmido produz bases de nuvens mais baixas

20 Determinação do topo de nuvens convectivas O topo da nuvem é definido pelo limite superior de ascenção da parcela de ar A área entre o lapse rate seco/úmido e o lapse rate do ambiente pode ser dividida em duas partes Uma parte com aceleração positiva onde a parcela está mais quente do que o ambiente Uma parte com aceleração negativa, onde a parcela está mais fria do que o ambiente O topo da nuvem é aproximadamente igual à altitude onde a área de aceleração negativa é igual à área de aceleração positiva

21 DETERMINAÇÃO DO TOPO DE NUVEM CONVECTIVA TOPO DA NUVEM LAPSE RATE AMBIENTAL ALTURA EM km EMPUXO NEGATIVO EMPUXO POSITIVO LAPSE RATE ÚMIDO BASE DA NUVEM TEMPERATURA

22 Nuvens Orográficas O levantamento forçado ao longo de uma barreira topográfica provoca a expansão e resfriamento de uma parcela Nuvens e precipitação desenvolvem-se freqüentemente a barlavento de um obstáculo Ar seco desce a sotavento da barrerira Ar seco desce pela adiabática seca, portanto se aquece mais e, como é mais seco, T d é menor

23 Nuvens Lenticulares O ar estável escoando sobre uma montanha forma freqüentemente uma série de ondas Pense nas ondas formadas quando a água passa por uma pedra submersa O ar resfria durante a ascenção da parte ascendente da onda e aquece durante a parte descendente da onda As nuvens formam-se próximo à crista da onda Um grande turbilhão que gira foma-se abaixo de nuvens associadas à leewave Observados na formação de nuvens rotor Muito perigosos para aviões

24 Forma da Nuvem Aquecimento/resfriamento diferencial do topo e da base da nuvem de uma camada contínua de nuvem pode provocar a quebra em pequenos elementos de nuvens O topo das nuvens absorve radiação solar, mas resfria mais rapidamente por resfriamento radiativo A base das nuvens aquece por absorção de IV das camadas inferiores O resultado é que a camada de dentro da nuvem torna-se menos estável, mantendo a convecção

Formado por turbulência mecânica ou convecção Tempo de vida: de minutos

Formado por turbulência mecânica ou convecção Tempo de vida: de minutos Circulação Local Escalas do Movimento Microescala: metros Vórtices (eddies) Turbulentos Formado por turbulência mecânica ou convecção Tempo de vida: de minutos Mesoscala: km a centenas de km Ventos locais

Leia mais

1. Introdução. no item anterior tratamos do Balanço de energia: como o calor é transformado e usado no sistema da Terra-Atmosfera

1. Introdução. no item anterior tratamos do Balanço de energia: como o calor é transformado e usado no sistema da Terra-Atmosfera O AQUECIMENTO DA ATMOSFERA TEMPERATURA 1. Introdução no item anterior tratamos do Balanço de energia: como o calor é transformado e usado no sistema da Terra-Atmosfera Uma mudança no conteúdo de calor

Leia mais

1. FATORES CLIMÁTICOS

1. FATORES CLIMÁTICOS Capítulo Elementos de Hidrometeorologia 3 1. FATORES CLIMÁTICOS A hidrologia de uma região depende principalmente de seu clima e secundariamente de sua topografia e geologia. A topografia influencia a

Leia mais

Massas de Ar e Frentes. Capítulo 10 Leslie Musk

Massas de Ar e Frentes. Capítulo 10 Leslie Musk Massas de Ar e Frentes Capítulo 10 Leslie Musk Massas de Ar e Frentes Propriedades das Massas de Ar Massas de Ar adquirem as propriedades da superfície subjacente As massas de ar são classificadas

Leia mais

Atrito na Camada Limite atrito interno

Atrito na Camada Limite atrito interno Circulações Locais e Turbulência Atmosférica Atrito na Camada Limite atrito interno Atrito interno está relacionado a viscosidade molecular Viscosidade é o freiamento de um fluido devido ao movimento molecular.

Leia mais

APÓSTILA: DIAGRAMA TERMODINÂMICO (SKEW-T) Estágio PAE Bolsista: Maria Cristina Lemos da Silva

APÓSTILA: DIAGRAMA TERMODINÂMICO (SKEW-T) Estágio PAE Bolsista: Maria Cristina Lemos da Silva APÓSTILA: DIAGRAMA TERMODINÂMICO (SKEW-T) Estágio PAE Bolsista: Maria Cristina Lemos da Silva Setembro/2009 1 1. Diagrama SKEW-T Figura 1 Sistema de Coordenadas do Diagrama SkewT-LogP Figura 2 Linhas das

Leia mais

DISPERSÃO DE POLUENTES NA ATMOSFERA. G4 João Paulo Vanessa Tiago Lars

DISPERSÃO DE POLUENTES NA ATMOSFERA. G4 João Paulo Vanessa Tiago Lars DISPERSÃO DE POLUENTES NA ATMOSFERA G4 João Paulo Vanessa Tiago Lars INTRODUÇÃO A concentração de uma determinada substância na atmosfera varia no tempo e no espaço em função de reações químicas e/ou fotoquímicas,

Leia mais

A atmosfera é uma massa de ar gasosa que envolve o globo terrestre. Sua composição se divide em:

A atmosfera é uma massa de ar gasosa que envolve o globo terrestre. Sua composição se divide em: Meteorologia Introdução Meteorologia é a ciência que estuda a atmosfera, seus fenômenos e atividades. Ela é importante na aviação para proporcionar segurança e economia aos vôos. Atmosfera Terrestre A

Leia mais

Aula anterior: Esta Aula: Próxima aula:

Aula anterior: Esta Aula: Próxima aula: Aula anterior: Composição da atmosfera: do que é composta; fontes e sumidouros; como alcançou o estado atual. Breve discussão sobre pressão, densidade, temperatura. Esta Aula: Temperatura, pressão e densidade

Leia mais

grande extensão horizontal, homogênea. A homogeneidade é caracterizada pela uniformidade na temperatura e umidade do ar.

grande extensão horizontal, homogênea. A homogeneidade é caracterizada pela uniformidade na temperatura e umidade do ar. 9.1 Massas de Ar Massa de ar: corpo de ar, caracterizado por uma grande extensão horizontal, homogênea. A homogeneidade é caracterizada pela uniformidade na temperatura e umidade do ar. Cobrem centenas

Leia mais

METEOROLOGIA CAPÍTULOS

METEOROLOGIA CAPÍTULOS METEOROLOGIA Objetivo geral Proporcionar ao aluno conhecimentos para interpretar boletins meteorológicos, cartas sinóticas e imagens de satélites meteorológicos, confeccionar mensagem SHIP. Vinicius Oliveira

Leia mais

Disciplina: Física da Terra e do Universo para Licenciatura em Geociências. Tópico 3 Umidade. Profa.: Rita Ynoue 2010

Disciplina: Física da Terra e do Universo para Licenciatura em Geociências. Tópico 3 Umidade. Profa.: Rita Ynoue 2010 Disciplina: 1400200 - Física da Terra e do Universo para Licenciatura em Geociências Tópico 3 Umidade Profa.: Rita Ynoue 2010 Revisão das aulas passadas Tópico 1: Evolução da atmosfera terrestre Composição

Leia mais

Definição. é uma ciência que estuda o. tempo atmosférico e suas variações ao longo do. dia, sendo também conhecido como

Definição. é uma ciência que estuda o. tempo atmosférico e suas variações ao longo do. dia, sendo também conhecido como Definição A é uma ciência que estuda o tempo atmosférico e suas variações ao longo do dia, sendo também conhecido como. A meteorologia vem, portanto a se dedicar ao estudo das variações do tempo atmosférico

Leia mais

ATIVIDADE AVALIATIVA

ATIVIDADE AVALIATIVA Climatologia 2. Atmosfera Terrestre ATIVIDADE AVALIATIVA Valor: 1,0 Tempo para responder: 15min 1) Qual a importância da concentração dos gases que compõe a atmosfera terrestre, em termos físicos e biológicos?

Leia mais

Introdução a Ciências Atmosféricas. Os Movimentos da Atmosfera. Aula 6 Turbulência Atmosférica

Introdução a Ciências Atmosféricas. Os Movimentos da Atmosfera. Aula 6 Turbulência Atmosférica ACA-115 Introdução a Ciências Atmosféricas Os Movimentos da Atmosfera Aula 6 Turbulência Atmosférica C FD 2g Aρu 8 FD g c = 2 π D ρu c D = = f 2 2 ( Re ). Drag Coefficient vs. Reynolds Number for a Sphere

Leia mais

RECURSOS HÍDRICOS. Precipitação

RECURSOS HÍDRICOS. Precipitação RECURSOS HÍDRICOS Precipitação Precipitação Compreende todas formas de umidade vindas da atmosfera e depositadas na superfície terrestre. umidade atmosférica elemento fundamental para formação de precipitações

Leia mais

CHUVA E VENTO. Nuvens e precipitação pluvial Conceitos Básicos

CHUVA E VENTO. Nuvens e precipitação pluvial Conceitos Básicos CL43B CLIMATOLOGIA CHUVA E VENTO PROF. DR. FREDERICO M. C. VIEIRA Nuvens e precipitação pluvial Conceitos Básicos Precipitação pluvial: éaformaprincipalpelaqualaáguaretornada atmosfera para a superfície

Leia mais

CLIMATOLOGIA GEOGRÁFICA Prof ª Gustavo Silva de Souza

CLIMATOLOGIA GEOGRÁFICA Prof ª Gustavo Silva de Souza CLIMATOLOGIA GEOGRÁFICA Prof ª Gustavo Silva de Souza CLIMATOLOGIA GEOGRÁFICA O CONCEITO DE CLIMA Para compreender o clima de um determinado local, é preciso estudar os diversos tipos de tempo que costumam

Leia mais

CLIMAS DO BRASIL Profº Gustavo Silva de Souza

CLIMAS DO BRASIL Profº Gustavo Silva de Souza CLIMAS DO BRASIL Profº Gustavo Silva de Souza CLIMA BRASIL: tipos climáticos 1 Equatorial 2 Tropical 3 Tropical de Altitude 4 Tropical Atlântico/Úmido 5 Semi-Árido 6- Subtropical -Inverno rigoroso - chuvas

Leia mais

CLIMA, representado pela TEMPRATURAe PRECIPITAÇÃO. Fatores secundários: geologia e relevo

CLIMA, representado pela TEMPRATURAe PRECIPITAÇÃO. Fatores secundários: geologia e relevo Clima e a Hidrologia Hidrologia Global X Hidrologia Local O fator que exerce maior influência sobre a hidrologia local é o CLIMA, representado pela TEMPRATURAe PRECIPITAÇÃO Fatores secundários: geologia

Leia mais

ESTRATIFICAÇÃO E ESTABILIDADE NO OCEANO

ESTRATIFICAÇÃO E ESTABILIDADE NO OCEANO Se uma massa de água mais densa está por cima de uma menos densa há instabilidade e ocorre afundamento da água mais densa. Na situação inversa, massa de água menos densa sobre uma mais densa, a interface

Leia mais

Ciências do Ambiente

Ciências do Ambiente Universidade Federal do Paraná Engenharia Civil Ciências do Ambiente Aula 17 O Meio Atmosférico I: Propriedades e Mecanismos Profª Heloise G. Knapik 1 Poluição Atmosférica - Histórico Período prérevolução

Leia mais

Fundamentos da Dispersão Atmosférica

Fundamentos da Dispersão Atmosférica Fundamentos da Dispersão Atmosférica Professor: Neyval Costa Reis Jr. Departamento de Engenharia Ambiental Centro Tecnológico UFES Fundamentos da Dispersão Atmosférica Ementa: Micrometeorologia. Teorias

Leia mais

Agrometeorologia 2011

Agrometeorologia 2011 Tema 3 (24/03/2011) Balanço da Energia O processo adiabático. Calor latente e calor sensível. Balanço da energia. Transporte turbulento de calor sensível e calor latente: Fluxo de calor sensível, Fluxo

Leia mais

METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Circulação Atmosférica

METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Circulação Atmosférica Centro Universitário Geraldo Di Biase Campus de Nova Iguaçu Curso de Engenharia Ambiental 9 período METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Circulação Atmosférica Profª. Pedro Henrique Ferreira Coura Estrutura da

Leia mais

CEC- Centro Educacional Cianorte ELEMENTOS CLIMÁTICOS

CEC- Centro Educacional Cianorte ELEMENTOS CLIMÁTICOS CEC- Centro Educacional Cianorte ELEMENTOS CLIMÁTICOS PROFESSOR: JOÃO CLÁUDIO ALCANTARA DOS SANTOS A atmosfera A atmosfera constitui uma transição gradual entre o ambiente em que vivemos e o restante do

Leia mais

Camadas da Atmosfera (características físico químicas)

Camadas da Atmosfera (características físico químicas) Camadas da Atmosfera (características físico químicas) Gradiente médio negativo temperatura aumenta conforme aumenta a altitude. Gradiente médio positivo temperatura diminui conforme aumenta a altitude.

Leia mais

MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS ESQUEMA P/ EXPLICAÇÃO DOS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS SECAS

MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS ESQUEMA P/ EXPLICAÇÃO DOS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS SECAS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS ESQUEMA P/ EXPLICAÇÃO DOS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS SECAS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS SECAS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS ÚMIDAS MECANISMOS

Leia mais

A Radiação Solar recebida na camada externa da atmosfera abrange Ondas

A Radiação Solar recebida na camada externa da atmosfera abrange Ondas Variáveis Climáticas: Radiação Solar A Radiação Solar recebida na camada externa da atmosfera abrange Ondas Eletromagnéticas de 0,29 μm até 2,3 μm (micrômetros). a. Ultravioleta (0,29 μm a 0,38 μm): é

Leia mais

Última aula: Radiação solar e terrestre Hoje: Variação Sazonal e Diurna da Temperatura Próxima aula: Vapor d água/nuvens/estabilidade vertical

Última aula: Radiação solar e terrestre Hoje: Variação Sazonal e Diurna da Temperatura Próxima aula: Vapor d água/nuvens/estabilidade vertical Última aula: Radiação solar e terrestre Hoje: Variação Sazonal e Diurna da Temperatura Próxima aula: Vapor d água/nuvens/estabilidade vertical A órbita da Terra em torno do Sol não é circular: em janeiro

Leia mais

GABARITO 4ª LISTA DE EXERCÍCIOS

GABARITO 4ª LISTA DE EXERCÍCIOS GABARITO 4ª LISTA DE EXERCÍCIOS 1) O aquecimento diferenciado entre continente e oceano com gradientes de temperatura de + ou - 1 C por 20 km, promove fluxos de energia diferentes para a atmosfera, causando

Leia mais

METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Atmosfera terrestre (Temperatura e Transferência de Calor)

METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Atmosfera terrestre (Temperatura e Transferência de Calor) Centro Universitário Geraldo Di Biase Campus de Nova Iguaçu Curso de Engenharia Ambiental 9 período METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA (Temperatura e Transferência de Calor) Prof. Pedro Henrique Ferreira Coura

Leia mais

PROFº CLAUDIO F. GALDINO - GEOGRAFIA

PROFº CLAUDIO F. GALDINO - GEOGRAFIA PROFº CLAUDIO F. GALDINO - GEOGRAFIA AQUELA QUE TRAZ EMOÇÃO. PARA VOCÊ E SEU IRMÃO!!!A Oferecimento Fábrica de Camisas Grande Negão CLIMA E TEMPO SÃO IGUAIS? Clima: é a sucessão habitual dos tipos de tempo

Leia mais

Ciclones de Latitudes Médias Capítulo 13, Ahrens

Ciclones de Latitudes Médias Capítulo 13, Ahrens Ciclones de Latitudes Médias Capítulo 13, Ahrens Brrrrrr! Últimos 5 dias na estação do campus da CSU! 6 a Sab Dom 2 a 3 a Modelo de onda de Ciclone (modelo Norueguês) Frente Estacionária Estagio de Nascimento

Leia mais

CÓDIGO DA VAGA: TP03 QUESTÕES DE MÚLTIPLAS ESCOLHAS

CÓDIGO DA VAGA: TP03 QUESTÕES DE MÚLTIPLAS ESCOLHAS QUESTÕES DE MÚLTIPLAS ESCOLHAS 1. A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) é definida como uma persistente faixa de nebulosidade orientada no sentido noroeste- sudeste, que se estende do sul da Amazônia

Leia mais

FATORES CLIMÁTICOS Quais são os fatores climáticos?

FATORES CLIMÁTICOS Quais são os fatores climáticos? Quais são os fatores climáticos? o Latitude A distância a que os lugares se situam do equador determina as suas características climáticas. Por isso, existem climas quentes, temperados e frios. o Proximidade

Leia mais

Física e Meio Ambiente

Física e Meio Ambiente Física e Meio Ambiente Temperatura e Clima na Terra PROF. WILDSON W DE ARAGÃO Ciência Sergipe.com FATORES QUE INFLUENCIAM A TEMPERATURA DA TERRA Movimento de Rotação - Maior arrefecimento após o pôr

Leia mais

9 SISTEMAS DE VENTOS LOCAIS

9 SISTEMAS DE VENTOS LOCAIS 9 SISTEMAS DE VENTOS LOCAIS Dois exemplos adicionais de circulações de mesoescala induzidas por diferenças locais de temperatura são a brisa marítima, a continental e o sistema de vento montanha-vale.

Leia mais

Elementos e fatores climáticos

Elementos e fatores climáticos Elementos e fatores climáticos Debate atual: Aquecimento Global Aquecimento Resfriamento Ação Natural Ação antrópica (Homem) Terra: localização e proporção de tamanho A camada de ozônio é uma espécie

Leia mais

Debate: Aquecimento Global

Debate: Aquecimento Global CLIMA Debate: Aquecimento Global Aquecimento Resfriamento Ação Natural Ação antrópica (Homem) MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO magnetosfera (escudo formado pelo campo magnético da terra) desvia as partículas

Leia mais

Programação do Curso. Disposição I Atmosfera DISPOSIÇÃO NO MEIO-AMBIENTE

Programação do Curso. Disposição I Atmosfera DISPOSIÇÃO NO MEIO-AMBIENTE Programação do Curso Carga horária Formação Específica Tecnologias limpas 48 Gerenciamento das emissões 96 Disposição no meio ambiente 36 Análise de risco e segurança industrial 36 Gerenciamento estratégico

Leia mais

MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO

MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO CLIMA MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO Link para o vídeo que demonstra o movimento de translação da terra, comentando sobre as estações do ano e sobre a incidência dos raios solares na terra. http://www.youtube.com/watch?v=xczimavuxge

Leia mais

Propriedades da água e o ciclo hidrológico

Propriedades da água e o ciclo hidrológico Capítulo 2 Propriedades da água e o ciclo hidrológico Os conceitos fundamentais do ciclo hidrológico. A água é uma substância com características incomuns. É a substância mais presente na superfície do

Leia mais

MODELOS DE CIRCULAÇÃO. Teorias sobre a circulação geral da atmosfera

MODELOS DE CIRCULAÇÃO. Teorias sobre a circulação geral da atmosfera MODELOS DE CIRCULAÇÃO Teorias sobre a circulação geral da atmosfera Circulação do Ar nos Centros de Alta e Baixa Pressão Estados de Tempo Centro de Baixas Pressões ou Depressão ou ciclone Convergência

Leia mais

Temperatura, calor e processos de transmissão de calor

Temperatura, calor e processos de transmissão de calor REVISÃO ENEM Temperatura, calor e processos de transmissão de calor TEMPERATURA Temperatura é a grandeza física escalar que nos permite avaliar o grau de agitação das moléculas. Quanto maior for o grau

Leia mais

O que é meteorologia?

O que é meteorologia? O que é meteorologia? Estudo dos fenômenos atmosféricos Distinção de meteorologia de climatologia (clima vs tempo) Física newtoniana (mecânica dos fluidos) aplicada à atmosfera. Movimentos obedecem à 2ª.

Leia mais

5) A atmosfera é constituída de cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera.

5) A atmosfera é constituída de cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera. GABARITO 1ª LISTA DE EXERCÍCIOS 1) Apesar de sua baixa concentração, o vapor d água é um constituinte atmosférico importantíssimo por interferir na distribuição da temperatura: em primeiro lugar, porque

Leia mais

Ciclo Hidrológico. Augusto Heine

Ciclo Hidrológico. Augusto Heine Ciclo Hidrológico Augusto Heine O Ciclo da Água Apesar dessa simplificação, o ciclo hidrológico é um meio conveniente de apresentar os fenômenos hidrológicos, servindo também para dar ênfase às quatro

Leia mais

Física e Química da Atmosfera

Física e Química da Atmosfera Física e Química da Atmosfera Bloco de Química da Atmosfera Exame de 27 de Junho de 2005 1. alcule a temperatura efectiva da Terra. Explique, em pormenor, por que razão a temperatura média à superfície

Leia mais

Debate: Aquecimento Global

Debate: Aquecimento Global Clima Debate: Aquecimento Global Aquecimento Resfriamento Ação Natural Ação antrópica (Homem) 1ª Hipótese: O que aconteceria com o clima se a Terra fosse plana? 2ª Hipótese: O que aconteceria com o clima

Leia mais

FUNDAMENTOS DE METEREOLOGIA ESCOLA NÁUTICA FABIO REIS. Prof. Fabio Reis INICIAR CLIK AQUI CURRÍCULO

FUNDAMENTOS DE METEREOLOGIA ESCOLA NÁUTICA FABIO REIS. Prof. Fabio Reis INICIAR CLIK AQUI CURRÍCULO FUNDAMENTOS DE METEREOLOGIA ESCOLA NÁUTICA FABIO REIS Prof. Fabio Reis CURRÍCULO INICIAR CLIK AQUI FUNDAMENTOS DE METEREOLOGIA ATMOSFERA E AQUECIMENTO DA TERRA ESCOLA NÁUTICA FABIO REIS VAPOR DE ÁGUA -

Leia mais

01- Por que a atmosfera é essencial para os seres aeróbios (organismos que usam o gás oxigênio para respirar)? R.:

01- Por que a atmosfera é essencial para os seres aeróbios (organismos que usam o gás oxigênio para respirar)? R.: PROFESSOR: EQUIPE DE CIÊNCIAS BANCO DE QUESTÕES - CIÊNCIAS - 6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ============================================================================================= 01- Por que a atmosfera

Leia mais

Estrutura Vertical da Temperatura

Estrutura Vertical da Temperatura Estrutura Vertical da Temperatura 6 7 Ana Picado 8 Carina Lopes 868 Introdução: 6 7 Temperatura: Troposfera, Estratosfera, Mesosfera e Termosfera. Termosfera: temperatura aumenta em altitude até que atinge

Leia mais

Geografia Física. Turmas: T/R Chicão. Aula 1 Dinâmica Climática

Geografia Física. Turmas: T/R Chicão. Aula 1 Dinâmica Climática Geografia Física Turmas: T/R Chicão Aula 1 Dinâmica Climática Geografia Física Turmas TR 1 Sem Cartografia, escala, fuso horário, geologia e relevo 02/08 Dinâmica climática 16/08 Dinâmica climática 30/08

Leia mais

PRESSÃO ATMOSFÉRICA 1/11

PRESSÃO ATMOSFÉRICA 1/11 PRESSÃO ATMOSFÉRICA CLIMA I O ar exerce uma força sobre as superfícies com as quais tem contato, devido ao contínuo bombardeamento das moléculas que compõem o ar contra tais superfícies. A pressão atmosférica

Leia mais

Ana Rosa Trancoso Aula 9 Dez 2009

Ana Rosa Trancoso Aula 9 Dez 2009 Ana Rosa Trancoso arosa@ist.utl.pt Aula 9 Dez 2009 1 Índice Forças e Ventos Circulação Global Frentes Nuvens e Chuva 2 Pressão Atmosférica Força por unidade de área exercida numa superfície pelo peso da

Leia mais

10. ESTABILIDADE E INSTABILIDADE ATMOSFÉRICA

10. ESTABILIDADE E INSTABILIDADE ATMOSFÉRICA 57 10. ESTABILIDADE E INSTABILIDADE ATMOSFÉRICA ESTABILIDADE ATMOSFÉRICA Ocorre quando há ausência de movimentos convectivos ascendentes. Pode produzir nuvens do tipo estratiformes e também gerar névoas

Leia mais

Recuperação de Geografia. Roteiro 6 ano

Recuperação de Geografia. Roteiro 6 ano Recuperação de Geografia Dicas: Roteiro 6 ano Comece revisando a aula através dos apontamentos relembrando, passando a limpo, fazendo leitura do assunto no módulo, no livro e principalmente resolvendo

Leia mais

Dinâmica Climática. Capítulo 7

Dinâmica Climática. Capítulo 7 Dinâmica Climática Capítulo 7 Definições TEMPO (atmosférico) é o estado momentâneo da atmosfera num determinado lugar devido a combinação da temperatura, umidade, ventos e nebulosidade. Esta em constante

Leia mais

Meteorologia. Nuno Gomes

Meteorologia. Nuno Gomes Meteorologia Nuno Gomes 2004 Motivação para a Meteorologia Segurança Possível alteração das condições Previsão de desenvolvimentos verticais Evitar voo em local errado relativamente á direcção do vento

Leia mais

Tópicos para Análise de previsões Nuno Gomes

Tópicos para Análise de previsões Nuno Gomes Tópicos para Análise de previsões Nuno Gomes 2004 NOOA http://www.arl.noaa.gov/ready-bin/main.pl Um dos sites mais completos para previsão meteorológica. Permite consultar: Meteogramas; Windgram ; Sondagens;

Leia mais

2ª Bimestre 1º Prova. Capítulos 7, 8 e 9. Clima e Formações Vegetais.

2ª Bimestre 1º Prova. Capítulos 7, 8 e 9. Clima e Formações Vegetais. 2ª Bimestre 1º Prova. Capítulos 7, 8 e 9. Clima e Formações Vegetais. Tempo estado momentâneo; condições atmosféricas ou meteorológicas de um dado momento ou lugar: * Tempo frio, quente, chuvoso, seco...

Leia mais

Ciclones tropicais, extratropicais e subtropicais

Ciclones tropicais, extratropicais e subtropicais Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas Departamento de Meteorologia Disciplina Laboratório de Meteorologia Sinótica ACA0433 Docente: Rita Ynoue Ciclones tropicais, extratropicais e

Leia mais

Observações de Nuvens

Observações de Nuvens Observações de Nuvens Como e por que as nuvens se formam? Quais são suas características? Por quê? O principal culpado pelas nuvens é o Sol Sistemas naturais geralmente buscam estado de energia baixo Logo,

Leia mais

MEIO AMBIENTE E CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS. 2. MOVIMENTOS NA ATMOSFERA Autor da aula Autor da aula ÍNDICE

MEIO AMBIENTE E CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS. 2. MOVIMENTOS NA ATMOSFERA Autor da aula Autor da aula ÍNDICE MEIO AMBIENTE E CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS 2. MOVIMENTOS NA ATMOSFERA Autor da aula Autor da aula ÍNDICE INTRODUÇÃO RESUMO COMPETÊNCIAS PALAVRAS-CHAVE 2.1. MOVIMENTOS NA ATMOSFERA 2.1.1. Definição de pressão

Leia mais

TERMODINÂMICA E ESTÁTICA DA ATMOSFERA. Capítulo 2 Vianello & Alves Meteorologia Básica e Aplicações

TERMODINÂMICA E ESTÁTICA DA ATMOSFERA. Capítulo 2 Vianello & Alves Meteorologia Básica e Aplicações TERMODINÂMICA E ESTÁTICA DA ATMOSFERA Capítulo 2 Vianello & Alves Meteorologia Básica e Aplicações INTRODUÇÃO A atmosfera é uma imensa máquina térmica, cuja principal fonte de calor é a energia solar.

Leia mais

FCM 208 Física (Arquitetura)

FCM 208 Física (Arquitetura) Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos - IFSC FCM 208 Física (Arquitetura) Calor, energia e transferência de calor Prof. Dr. José Pedro Donoso Escalas de Temperatura Transformação

Leia mais

O que é um ciclone/anticiclone?

O que é um ciclone/anticiclone? O que é um ciclone/anticiclone? A figura abaixo mostra linhas de pressão reduzida ao nível do mar em hpa. Questão 1 Localize na própria figura: (0,5) A centro de alta pressão (0,5) B centro de baixa pressão

Leia mais

Umidade do ar. 23 de maio de 2017

Umidade do ar. 23 de maio de 2017 Umidade do ar 23 de maio de 2017 1 Introdução Umidade do ar é a água na fase de vapor Fontes naturais Superfícies de água, gelo e neve, solo, vegetais e animais Processos físicos Evaporação, condensação

Leia mais

AT350 Spring 200. Nuvens

AT350 Spring 200. Nuvens Condensação: Orvalho, Nevoeiro e Nuvens Condensação Condensação é a transformação de fase do vapor d água para água líquida A água não condensa facilmente sem uma superfície presente Vegetação, solo, construções

Leia mais

CALOR é definido como energia cinética total dos átomos e moléculas que compõem uma substância.

CALOR é definido como energia cinética total dos átomos e moléculas que compõem uma substância. 2.1 CALOR E TEMPERATURA CALOR é definido como energia cinética total dos átomos e moléculas que compõem uma substância. TEMPERATURA é uma medida da energia cinética média das moléculas ou átomos individuais.

Leia mais

A atmosfera em movimento: força e vento. Capítulo 4 Leslie Musk Capítulo 9 Ahrens

A atmosfera em movimento: força e vento. Capítulo 4 Leslie Musk Capítulo 9 Ahrens A atmosfera em movimento: força e vento Capítulo 4 Leslie Musk Capítulo 9 Ahrens Pressão Lembre-se que A pressão é força por unidade de área Pressão do ar é determinada pelo peso do ar das camadas superiores

Leia mais

Universidade Federal do ABC. EN 2411 Aula 10 Convecção Livre

Universidade Federal do ABC. EN 2411 Aula 10 Convecção Livre Universidade Federal do ABC EN 2411 Aula 10 Convecção ivre Convecção ivre Convecção natural (ou livre): transferência de calor que ocorre devido às correntes de convecção que são induzidas por forças de

Leia mais

Clima tempo atmosférico

Clima tempo atmosférico CLIMA E TEMPO ATMOSFÉRICO Clima tempo atmosférico é o conjunto de variações do tempo determinado lugar necessita de pelo menos de 30 anos de medições, observações e estudos das características dos tipos

Leia mais

EQUILÍBRIO DA ATMOSFERA

EQUILÍBRIO DA ATMOSFERA EQUILÍBRIO DA ATMOSFERA AS CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO DO AR ATMOSFÉRICO. ESTÃO SEMPRE RELACIONADAS COM AS VARIAÇÕES DE TEMPERATURA DO AR AMBIENTE EM CONFRONTO COM A TEMPERATURA DE UMA PARCELA DE AR. VARIAÇÃO

Leia mais

Revisão de conceitos da teoria quase-geostrófica. Teoria de Sutcliffe. Avaliação da tendência da pressão na superfície:

Revisão de conceitos da teoria quase-geostrófica. Teoria de Sutcliffe. Avaliação da tendência da pressão na superfície: Universidade de São Paulo USP Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas IAG Departamento de Ciências Atmosféricas ACA Meteorologia Sinótica Revisão de conceitos da teoria quase-geostrófica

Leia mais

Aula9 MECANISMOS DA CIRCULAÇÃO E DO EQUILÍBRIO DO AR. Josefa Eliane Santana de Siqueira Pinto

Aula9 MECANISMOS DA CIRCULAÇÃO E DO EQUILÍBRIO DO AR. Josefa Eliane Santana de Siqueira Pinto Aula9 MECANISMOS DA CIRCULAÇÃO E DO EQUILÍBRIO DO AR META Iniciar o conhecimento da dinâmica atmosférica, que produz fl uxos de energia horizontal, na constituição do clima. OBJETIVOS Ao fi nal desta aula,

Leia mais

3 ESTRATIFICAÇÃO E ESTABILIDADE NO OCEANO E SUAS IMPLICAÇÕES

3 ESTRATIFICAÇÃO E ESTABILIDADE NO OCEANO E SUAS IMPLICAÇÕES 3 ESTRATIFICAÇÃO E ESTABILIDADE NO OCEANO E SUAS IMPLICAÇÕES A densidade de um volume de controle de do mar é determinado pela sua temperatura, salinidade e pressão a que está sujeita. Para alguns fins

Leia mais

Troposfera: é a camada que se estende do solo terrestre (nível do mar) até atingir 12 quilômetros de altitude. Conforme a altitude se eleva, a

Troposfera: é a camada que se estende do solo terrestre (nível do mar) até atingir 12 quilômetros de altitude. Conforme a altitude se eleva, a ATMOSFERA A atmosfera é uma camada formada por argônio, hélio, dióxido de carbono, ozônio, vapor de água e, principalmente, por nitrogênio e oxigênio. Essa camada é de fundamental importância para a manutenção

Leia mais

Fenómenos de condensação

Fenómenos de condensação Fenómenos de condensação Quando o ar atmosférico atinge a saturação, o vapor de água em excesso condensa-se, o que se traduz pela formação de nuvens, constituídas por pequenas gotículas de água ou cristais

Leia mais

Precipitações Tipos, medição, interpretação, chuva média

Precipitações Tipos, medição, interpretação, chuva média Universidade de São Paulo PHA2307 Hidrologia Aplicada Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental Precipitações Tipos, medição, interpretação, chuva

Leia mais

INTRODUÇÃO AOS CONCEITOS DE TEMPO E CLIMA

INTRODUÇÃO AOS CONCEITOS DE TEMPO E CLIMA INTRODUÇÃO AOS CONCEITOS DE TEMPO E CLIMA Glauber Lopes Mariano Faculdade de Meteorologia Universidade Federal de Pelotas E-mail: glauber.mariano@ufpel.edu.br Meteorologia Ciência que estuda os fenômenos

Leia mais

CHUVA DE GRANIZO NO CONE LESTE DE SÃO PAULO (SP)(16/10/08)

CHUVA DE GRANIZO NO CONE LESTE DE SÃO PAULO (SP)(16/10/08) CHUVA DE GRANIZO NO CONE LESTE DE SÃO PAULO (SP)(16/10/08) A partir da tarde e o início da noite do dia 16 de outubro de 2008, áreas de instabilidade associadas a intensos sistemas convectivos provocaram

Leia mais

Maria Aurora Rabelo dos Santos (Departamento de Meteorologia-UFPa. C.P. 1611) Pedro Leite da Silva Dias (Departamento de Meteorologia-USP) RESUMO

Maria Aurora Rabelo dos Santos (Departamento de Meteorologia-UFPa. C.P. 1611) Pedro Leite da Silva Dias (Departamento de Meteorologia-USP) RESUMO 440 ESTUDO DA IMPORTANCIA DA CONVECÇÃO NA CIRCULAÇÃO DE GRANDE ESCALA PARA BAURU (SP) NO PERtODO DE VERÃO: ESTIMATIVA DE FLUXOS CONVECTIVOS DE CALOR E UMIDADE. Maria Aurora Rabelo dos Santos (Departamento

Leia mais

Novembro de 2012 Sumário

Novembro de 2012 Sumário 29 Novembro de 2012 Sumário BOLETIM DIÁRIO DO TEMPO... 2 Boletim do Tempo para 29 de Novembro... 2 Previsão do Tempo para o dia 30 de Novembro de 2012 (24 horas)... 3 Tendência para o dia 01 de Dezembro

Leia mais

CC54Z - Hidrologia. Precipitação: definição, métodos de medição e grandezas características. Universidade Tecnológica Federal do Paraná

CC54Z - Hidrologia. Precipitação: definição, métodos de medição e grandezas características. Universidade Tecnológica Federal do Paraná Universidade Tecnológica Federal do Paraná CC54Z - Hidrologia Precipitação: definição, métodos de medição e grandezas características Prof. Fernando Andrade Curitiba, 2014 Objetivos da aula Definir a importância

Leia mais

CAPITULO V MOVIMENTOS ATMOSFÉRICOS. A causa fundamental dos movimentos atmosfericos é a diferença de Pressões entre duas regiões.

CAPITULO V MOVIMENTOS ATMOSFÉRICOS. A causa fundamental dos movimentos atmosfericos é a diferença de Pressões entre duas regiões. CAPITULO V MOVIMENTOS ATMOSFÉRICOS A causa fundamental dos movimentos atmosfericos é a diferença de Pressões entre duas regiões. O vento é resultado da acção de forças, das quais a força devida à pressão

Leia mais

Capítulo 4 Umidade atmosférica e precipitação. Introdução a Hidrologia de Florestas

Capítulo 4 Umidade atmosférica e precipitação. Introdução a Hidrologia de Florestas Introdução a Hidrologia de Florestas Setembro 2004 João Vianei Soares 1 Capítulo 4 Umidade atmosférica e precipitação Introdução a Hidrologia de Florestas A. Umidade atmosférica A soma de todo o vapor

Leia mais

Massas de Ar e Frentes

Massas de Ar e Frentes Massas de Ar e Frentes Propriedades das Massas de Ar Massas de Ar adquirem as propriedades da superfície subjacente As massas de ar são classificadas de acordo com seu local de origem Características

Leia mais

9 Massas de Ar e Frentes 9.5 Desenvolvimento e estrutura dos ciclones extratropicais

9 Massas de Ar e Frentes 9.5 Desenvolvimento e estrutura dos ciclones extratropicais Teoria ondulatória dos ciclones Proposta por Bjerknes Limites das massas de ar polar são irregulares, com movimentos ondulatórios, de avanço e retrocesso, sob influência das correntes de jato Os limites

Leia mais

Capítulo 04: A ATMOSFERA TERRESTRE Movimentos atmosféricos

Capítulo 04: A ATMOSFERA TERRESTRE Movimentos atmosféricos Capítulo 04: A ATMOSFERA TERRESTRE Movimentos atmosféricos Os movimentos atmosféricos ocorrem em resposta à diferença de pressão entre duas regiões 1. Movimentos Atmosféricos As diferenças de pressão são

Leia mais

EXERCÍCIOS FÍSICA 10. e problemas Exames Testes intermédios Professor Luís Gonçalves

EXERCÍCIOS FÍSICA 10. e problemas Exames Testes intermédios Professor Luís Gonçalves FÍSICA 10 EXERCÍCIOS e problemas Exames 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Testes intermédios 2008 2009 2010 2011 Escola Técnica Liceal Salesiana do Estoril Professor Luís Gonçalves 2 3 Unidade 1 Do Sol ao

Leia mais

Transferência de Calor

Transferência de Calor Transferência de Calor Convecção Natural - Parte 1 Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade Federal

Leia mais

Ventos Globais: A Circulação Geral da Terra

Ventos Globais: A Circulação Geral da Terra Ventos Globais: A Circulação Geral da Terra As circulações da atmosfera e do oceano são, em última instância, provocadas pelo aquecimento solar. Lembre-se: Radiação vinda do Sol que entra no sistema (onda

Leia mais

SATURAÇÃO E CONDENSAÇÃO DO AR

SATURAÇÃO E CONDENSAÇÃO DO AR Aula6 SATURAÇÃO E CONDENSAÇÃO DO AR META Dar continuidade à abordagem da umidade do ar, apresentando os processos de saturação e de condensação do ar em seus conceitos e suas expressões. OBJETIVOS Ao fi

Leia mais

Dezembro de 2012 Sumário

Dezembro de 2012 Sumário 08 Dezembro de 2012 Sumário BOLETIM DIÁRIO DO TEMPO... 2 Boletim do Tempo para 08 de Dezembro... 2 Previsão do Tempo para o dia 09 de Dezembro de 2012 (24 horas)... 4 Tendência para o dia 10 de Dezembro

Leia mais

Física do Ambiente Agrícola 10/04/2003 Página: 1 Profs: Jarbas H. de Miranda & Quirijn de Jong van Lier

Física do Ambiente Agrícola 10/04/2003 Página: 1 Profs: Jarbas H. de Miranda & Quirijn de Jong van Lier Física do Ambiente Agrícola 10/04/2003 Página: 1 UMIDADE RELATIVA DO AR O ar atmosférico sempre contém quantidade variável de vapor de água conforme a temperatura, região, estação, etc. Esse vapor, resultante

Leia mais

PRÁTICA 5 MOVIMENTOS ATMOFÉRICOS (29/10/2011)

PRÁTICA 5 MOVIMENTOS ATMOFÉRICOS (29/10/2011) PRÁTICA 5 MOVIMENTOS ATMOFÉRICOS (29/10/2011) 1. Associe as causas dos ventos: f Força gradiente de pressão. p f c Força de Coriolis. f a Força de atrito. com os seus efeitos ( ) ventos convergentes nos

Leia mais

A COMPOSIÇÃO DO AR. O ar da atmosfera é formado por uma mistura de gases, vapor d água e partículas sólidas. Sendo:

A COMPOSIÇÃO DO AR. O ar da atmosfera é formado por uma mistura de gases, vapor d água e partículas sólidas. Sendo: UNIDADE 7 O AR A COMPOSIÇÃO DO AR O ar da atmosfera é formado por uma mistura de gases, vapor d água e partículas sólidas. Sendo: 78% Nitrogênio 21% Oxigênio 1% Outros gases, vapor d água e pequenas partículas

Leia mais