PEDOLOGIA E GEOLOGIA: NOÇÕES BÁSICAS

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1 PEDOLOGIA E GEOLOGIA: NOÇÕES BÁSICAS 1

2 PEDOLOGIA O Solo O solo é a parte exterior da litosfera, sua espessura varia entre 30 cm e 40 cm, é um dos mais importantes recursos naturais, é composto por fragmentos de rocha formados pela alteração química (ocorre quando os minerais de uma rocha são quimicamente alterados ou dissolvidos) e física (ocorre quando a rocha é fragmentada por processos mecânicos que não mudam a sua composição química) da rocha-matriz e pela matéria orgânica produzida por organismo que nele vivem (fator biológico). Consideram-se dois fatores na formação do solo: 1 o A desintegração e decomposição das rochas. 2 o A incorporação e decomposição de organismos vivos. A rocha matriz, ou rocha mãe, ao sofrer ação de agentes atmosféricos (clima) decompõe-se através do intemperismo, ou também chamado meteorização, além do clima, outros fatores também são responsáveis pela formação do solo, como elementos orgânicos e a topografia. A natureza da rocha matriz controla o intemperismo e define o tempo de formação do solo. O regolito é a primeira parte do solo a ser formada, é o material decomposto que ainda não sofreu ação de agentes como ventos, clima... O intemperismo e a erosão são processos geológicos importantes no ciclo das rochas e nos sistemas da Terra, eles modelam a superfície e alteram os materiais rochosos assim, formando os solos. Perfil do Solo À medida que o solo se forma, camadas peculiares são desenhadas originando assim os horizontes ou camadas do solo. Imaginando-se um corte vertical que vai da superfície até o material rochoso (rocha matriz) o conjunto de horizontes forma o perfil do solo. Quando o solo é bem desenvolvido, apresenta 4 horizontes principais: O, A, B, C, todos sobre a rocha matriz (R). EVOLUÇÃO E PERFIL DE UM SOLO 2

3 Horizonte Características O A B C R É o horizonte superficial. Pode conter mais de 20% de matéria orgânica (animal e vegetal) em diferentes graus de decomposição. Apresenta maior quantidade de matéria orgânica decomposta e misturada com elementos minerais. Sofre perdas de minerais (ferro, alumínio) pela lixiviação (ação das águas). Nas áreas cultivadas, está em contato direto com a atmosfera. Contém as raízes dos vegetais. Bastante intemperizado. Pouco afetado pela erosão natural e pela ação do homem. Pouca matéria orgânica, muita matéria mineral e cor geralmente vermelha ou amarela. Recebe materiais lixiviados do A. Chamado de regolito, material decomposto, proveniente da rocha matriz. Rocha matriz ou rocha não-alterada. Fontes: baseado em FONT-ALTABA, M. e ARRIBAS, A. San Miguel. Atlas de geologia. p. E-1; GUERRA, Antônio Teixeira. Dicionário geológico e geomorfológico. Rio de Janeiro, IBGE, Origem dos Solos Quanto à origem, os solos podem ser: eluviais ou zonais, Azonais ou Aluviais e Intrazonais. 1.Eluviais ou Zonais Quando os solos se formam no mesmo lugar a partir da degradação e da decomposição das rochas, o clima é o principal agente formador; são solos maduros, relativamente profundos, com horizontes A,B e C bem caracterizados. EXEMPLO: Massapê, terra roxa, laterítico, podzol, solontchac, prairie, tchernozion. 3

4 Laterítico: Também chamado de Latossolo, domina em áreas de clima tropical, devido à intensa lixiviação e à laterização. É um solo pobre para a agricultura, sendo de coloração avermelhada, alaranjada ou amarelada. Tem profunda espessura e grande porosidade. Destina-se as pastagens, aparece no Amazonas ou Centro-Oeste. Pdzol: Comum nas áreas de coníferas, de clima temperado ou frio. De cor cinzenta, seus horizontes são bem definidos, podem chegar até a 30m de profundidade, é pobre em húmus (matéria orgânica). É fértil, porém, ácido é raro encontrar esse tipo de solo no Brasil, sendo mais comum em países como; Rússia, Ucrânia, Canadá, EUA e países Escandinavos. Solontchach: Comum em áreas de climas semiáridos quentes, sendo coberto pela Caatinga. Os horizontes são pouco individualizados, são ricos em sais minerais primários e pobres em húmus. São rasos, pedregosos e arenosos, e caso sejam devidamente irrigados, são viáveis á agricultura. Prairie: Abrange áreas de clima temperado subúmido onde a vegetação é de gramíneas (pradarias e estepes). É bastante fértil, apresentando coloração parda; é muito usado na sojicultura e triticultura. Predomina na Argentina e na América do Norte, Ucrânia e sul da Rússia. Tchernozion: Domina em regiões de clima semiárido e corresponde ao domínio das estepes semiáridas frias. É destinado basicamente a triticultura e aparece no centro sul da antiga URSS. É um solo extremamente fértil e de coloração escura. Terra roxa: Solo vulcânico resultante da degradação do basalto e diabásio. Tem cor castanhoavermelhada, tem boa espessura e desenvolve-se em clima tropical. Fértil, serve a cafeicultura, dominando principalmente no norte do Paraná e Planalto Paulista. Massapê: Originado da decomposição do granito, do gnaisse e às vezes do calcário, é usado principalmente para a plantação de cana, fumo e cacau. No Brasil, surge na zona da mata nordestina, recôncavo baiano e sul da Bahia. É rico em húmus e tem coloração escura. 2. Aluviais ou Azonais Quando os solos são formados a partir do transporte e acúmulo de materiais transportados pelas águas correntes e pelos ventos, podem ser chamados também de Litossolos. O fator determinante é a rocha matriz. Não são bem desenvolvidos e apresentam a sequência de horizontes A-C ou A-R, não possuem horizonte B. EXEMPLO: Solos de várzea e de deltas fluviais (pela água) e solos de Loess: Solos Intrazonais: O relevo ou a rocha matriz são os fatores determinantes na formação desse tipo de solo. Solo de várzea: É oriundo do acúmulo de aluviões transportados pelos rios. Serve principalmente a rizicultura e também, às culturas de subsistência. Este solo é presença marcante ao longo dos principais rios asiáticos, norte-americanos, sul-americanos e africanos. É de alta fertilidade e destina-se a cultivos temporários. Solo de Loess: É bastante fértil, sendo formado pelo acúmulo eólico de poeira amarelada. Abrange o sul da China, Planície do Mississipi (EUA) e os pampas argentinos. Serve a rizicultura, sojicultura, cotonicultura e triticultura. Classificação dos solos 1. Quanto à cor: Brancos: Solos brancos indicam ausência de ferro e matéria orgânica (húmus). Escuros: são ricos em húmus. Avermelhados ou alaranjados: indicam presença de óxido de ferro. Cinzentos: revelam a presença constante de água. 4

5 2. Quanto à estrutura Argiloso: são finos e pouco permeáveis. Arenosos: tem granulação maior e possuem boa permeabilidade. Argiloarenoso: apresentam granulométrica média. Fertilidade do solo Um organismo vivo Você pode imaginar o solo como um organismo vivo, que recicla detritos, promove crescimento, armazena e limpa a água e age como uma fonte básica de vida para todos os seres vivos. E como todos os seres vivos, o solo pode estar saudável ou não. Um solo saudável apresenta um equilíbrio de água, gases, frações minerais, ph neutro (6,5; 7,5), organismos vivos e matéria orgânica em decomposição. Juntos, estes componentes interagem para dar vida ao solo. Atualmente, falhas na composição do solo podem ser corrigidas pelo homem. Hoje, lugares desérticos, como o deserto de Neguev (Israel), onde modernas técnicas de irrigação transformaram esses lugares em áreas extremamente produtivas. Conservação dos Solos São numerosas as razões para que os solos se tornem doentes e até estéreis. No entanto, a principal causa do declínio da qualidade é a remoção da vegetação de cobertura e o excessivo uso além fertilizantes artificiais. O excessivo uso de fertilizantes além de prejudicar os solos, contaminam águas superficiais e lençóis freáticos, já que o excedente de fertilizantes que não é utilizado pelas plantas é levado pela chuva até rios, lagos, cursos d água... As queimadas das matas destroem micronutrientes e os micro-organismos necessários à saúde da terra. O produtor se ilude com a brotação mais rápida, sem saber que de cada cem plantas-mães apenas quarenta voltam a nascer. Preservando, restaurando e melhorando solos danificados. Os solos podem ser rapidamente restaurados e reconstituídos. A restauração do solo é fundamental para a produtividade e a saúde. Os métodos utilizados variam de acordo com o clima e com as características do local. No entanto, em qualquer situação, a matéria orgânica é o melhor aditivo para melhorar o solo. Muitas técnicas ajudam a melhorar a qualidade dos solos; uso de adubos minerais ou orgânicos em solos pobres de nutrientes, aplicação de calcário em terrenos com grande acidez (calagem), utilização adequada de máquinas agrícolas de acordo com o tipo de solo, conservar micro-organismos vitais a sua fertilidade, como por exemplo; minhocas e muitas outras técnicas. Um solo em agonia tem características básicas: ausência de cobertura vegetal, superfície exposta ao Sol, presença de voçorocas, forte evaporação da água contida no solo e perda de micro-organismos. 5

6 Fonte: Ricardo Azoury / Pulsar Fonte: Agliberto Lima / AE Queimadas, como esta em Rondônia, e a ação das chuvas e enxurradas (aqui na Cidade Tiradentes, Região Metropolitana de São Paulo, em 2000) são duas formas de degradação dos solos, bastante comuns no Brasil. Um solo em agonia tem características básicas: ausência de cobertura vegetal, superfície exposta ao Sol, presença de voçorocas, forte evaporação da água contida no solo e perda de micro-organismos. Laterização e erosão Os maiores problemas enfrentados pelos solos brasileiros são a laterização e erosão. Laterização Processo típico de áreas com uma estação seca e outra chuvosa. O solo sofre ação das chuvas, que removem sais minerais primários e ocasionam forte concentração de ferro e alumínio. A acidez do solo torna-se alta, formando a canga ou a laterita, que domina principalmente no centro-oeste. Erosão Pode ser produzida por ações naturais e atividades antrópicas, como queimadas de matas, monocultura repetitiva, desmatamento de encostas formando as ravinas. GEOLOGIA: NOÇÕES BÁSICAS A ciência que trata do estudo da constituição e da evolução física da Terra é a Geologia. Terra, um Planeta em Mutação. A aparente solidez da Terra esconde um turbilhão interior que remota à sua origem, há cerca de 4,5 bilhões de anos. Acreditasse que o planeta tenha se formado a partir de nuvens de poeira transformadas numa esfera pela ação da gravidade. A pressão e o calor intensos provocaram a fusão parcial do interior do planeta, dando origem a um oceano de magma derretido 200 a 400Km abaixo da superfície. Aos poucos, essa massa dividiu-se em camadas com a rocha menos densa formando uma crosta exterior e os materiais mais densos, ferro e níquel, aprisionados no núcleo central. Ainda hoje podemos observar manifestações da energia contida no interior da Terra, nos processos violentos e dinâmicos dos vulcões e terremotos (ou sismos). Tais fenômenos estão relacionados com as placas tectônicas, que formam a crosta terrestre e, no seu constante movimento, arrastam continentes e oceanos. 6

7 A Terra e suas Camadas A TERRA É UM SISTEMA ABERTO QUE TROCA ENERGIA E MASSA COM SEU ENTORNO O SISTEMA TERRA É CONSTITUÍDO POR TODAS AS PARTES DE NOSSO PLANETA E SUA INTERAÇÕES. Fonte: Para entender a Terra. Bookman, p

8 Principais componentes e subsistemas do sistema da Terra. As interações entre os componentes são governadas pela energia do Sol e do interior do planeta e organizadas em três geossistemas globais: o sistema do clima, o sistema das placas tectônicas e o sistema do geodínamo (O núcleo terrestre é metálico, sólido e gira numa velocidade diferente do manto pastoso que o reveste). Litosfera ou crosta terrestre: possui uma espessura de aproximadamente 70 Km, sendo subdividida em sial e sima. O sial é a parte mais externa da litosfera correspondendo ao solo e subsolo. É rica em silício e alumínio, além de apresentar muito granito. O sima é a região mais inferior da crosta, sendo comum a presença de silício e magnésio. Predominam as rochas de origem basáltica. A espessura da litosfera é variável. Sob os continentes varia de 20 a 70 Km sendo que a espessura máxima ocorre nos locais sob montanhas. Abaixo dos oceanos, a espessura varia de 5 a 15 Km. Manto: Encontra-se logo abaixo do Sima, tendo uma espessura de 1200 Km e temperatura em torno de C. É formado por rochas mais pesadas, como magnésio, ferro e silício. A parte mais externa do manto é conhecida como astenosfera, composta por um material pastoso denominado magma. No manto, verificam-se os movimentos de convecção, pelos quais têm origem os terremotos e vulcanismo. Núcleo: Está subdividido em duas camadas: o núcleo externo, que tudo indica ser líquido e vai até cerca de 5150 km, e o Núcleo Interno, que é sólido e encontra-se formado por níquel e ferro, a elevadas temperaturas. O núcleo interno chega a 6378 km de profundidade, ou seja, é o raio do planeta. OBSERVAÇÃO: Teoria da isostasia defende a ideia que o sial estaria flutuando sobre o sima. Desse modo, quando um bloco continental é sobrecarregado, o sial afunda sobre o sima, enquanto regiões próximas sofrem elevação. Por isso, que o sima apresenta uma espessura máxima nos lugares abaixo das montanhas. 8

9 Eras Geológicas Após sua formação, a Terra passou por um longo período de resfriamento. As Eras Geológicas e seus períodos marcam o tempo decorrido, como a evolução dos seres vivos desde os seus primórdios até o aparecimento da humanidade. ESCOLA GEOLÓGICA DO TEMPO 9

10 Fontes: A. T. Guerra e A. J. T. Guerra, Novo dicionário geológico-geomorfológico, p. 228; A Terra, série Atlas Visuais, p. 31; L. Marrero, La Tierra y sus recursos, p. 47. (Com adaptação). A Deriva dos Continentes e a Tectônica de Placas A teoria da deriva continental surgiu no século XX, foi confirmada pelos vestígios existentes nas rochas dos continentes e dos fundos oceânicos. Como exemplo, as plataformas continentais das margens do Brasil e da África Ocidental encaixam-se como peças de quebra-cabeça, tendo sido encontrados fósseis similares nos dois continentes. Essa e outras evidências comprovam a teoria segundo a qual há 200 milhões de anos existia um super continente (Pangeia) que as forças tectônicas fragmentaram, formando os continentes da atualidade. 10

11 Um mundo em movimento As massas terrestres são placas da crosta continental separadas por placas do assoalho oceânico. Todas estão em movimento permanente e lento. Há 200 milhões de anos formavam um supercontinente chamado Pangeia dividido pelas forças tectônicas em dois continentes e depois nos atuais, menores continentes. Os limites das placas são de três tipos: Dorsais mesoceânicas (forças tectônicas afastam as placas uma da outra); zonas de colisão, onde uma placa mergulha sob a outra (subducção) e falhas transformantes (duas placas ou mais deslizam em direções opostas) TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL Fonte: Stephane Groueff, O enigma da Terra, p Fonte: Para entender a Terra. Bookman, p. 49 Colisão de placas Em uma zona de colisão ou subducção a crosta terrestre é consumida quando uma placa mergulha sob a outra. Forma-se uma profunda fossa oceânica e a rocha fundida é impelida do interior dos vulcões. O Himalaia surgiu há 45 milhões de anos, quando as placas indiana e eurasiana colidiram e o fundo oceânico entre elas se dobrou, dando origem à cadeia de montanhas. O cume do Everest outrora ficava no fundo do mar. 11

12 Tectonismo ou Movimentos Tectônicos O movimento entre placas fratura as rochas, provoca terremotos e permite que o magma do interior da Terra chegue à superfície, formando vulcões. Dos cerca de 600 vulcões ativos da Terra, a maioria formou-se nas áreas de colisão de duas placas. Uma dessas zonas envolve o Oceano Pacífico, originando falhas na Nova Zelândia e no Japão, e o Círculo do Fogo, que abrange vulcões desde o monte Erebus, na Antártida, passando pela orla do pacífico, até os Andes. Outros terremotos e placas se afastam, dando origem a novas rochas no fundo oceânico. Fonte: Para entender a Terra. Bookman, p

13 Três tipos de limites convergentes. (a) Subducção de uma placa oceânica em outra placa oceânica, formando uma fossa profunda e um arco de ilha vulcânico. (b) Subducção de uma placa oceânica em uma margem continental, formando um cinturão de montanhas vulcânico na margem deformada do continente em vez de um arco de ilha. (c) Uma colisão de placa continente-continente, que amassa e espessa a crosta continental, formando altas montanhas e um amplo planalto. As placas tectônicas no Mundo. PLACAS TECTÔNICAS E DIREÇÃO DE SEUS DESLOCAMENTOS Fonte: Graça M. Lemos Ferreira, Moderno atlas geográfico, 3. ed., p. 49. MINERAIS E ROCHA Mineral é um elemento ou um composto químico encontrado naturalmente na crosta terrestre. Geralmente, os minerais são sólidos, exceto a água e o mercúrio em condições normais de temperatura e pressão. Possuem várias propriedades, entre as quais a mais importante é a estrutura, isto é, a maneira segundo a qual os átomos componentes estão dispostos. Quase todos os minerais têm estrutura cristalina, formando sistemas cúbicos, hexagonais, trigonais etc. Os minerais costumam ser classificados em dois grandes grupos: metálicos e nãometálicos. Cada um desses grupos pode admitir subdivisões, como as que aparecem na Tabela. Tabela Minerais metálicos Minerais não-metálicos Classificação dos minerais Abundantes (ferro, manganês, alumínio etc.) Escassos (ouro, prata, chumbo, zinco etc.) De usos químicos, fertilizantes e especiais (fosfatos, nitratos, enxofre, cloreto de sódio etc.) Materiais de construção (cimento, areia, cascalho, gesso, amianto etc.) Combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás natural, xisto etc.) Água (lagos, rios, lençóis subterrâneos etc.) 13

14 As Rochas Todas as rochas da Terra pertencem a um de três grupos. Formam o primeiro grupo, as rochas ígneas ou magmáticas, que cristalizam-se a partir do magma. Quando o resfriamento é rápido e acontece na superfície da Terra, a rocha que se forma tem uma estrutura de grão fino, essas são chamadas extrusivas ou vulcânicas. Algumas vezes rochas sofrem resfriamento no interior da crosta, essas são chamadas intrusivas ou plutônicas. As rochas sedimentares, o segundo grupo, são formados por acúmulo de areia, silte, argila, e outros sedimentos, compactados e cimentados pela pressão. Os agentes de erosãoágua, vento, gelo e calor- podem dar formas fantásticas e essas rochas, como o Grand Canyon, no Arizona. As rochas sedimentares podem ser de três tipos: - Clásticas ou detríticas: Formadas por fragmentos de outras rochas. EXEMPLOS: Argila, areia, cascalho, folhelho e arenito. - Químicas: Resultam, geralmente, da dissolução e precipitação. EXEMPLOS: Sal-gema, estalactite e estalagmite. - Orgânicas: Originadas pela acumulação de vegetais e animais. EXEMPLOS: Carvão mineral e calcário. As rochas metamórficas, o terceiro grupo, são formadas de rochas já existentes transformadas pela pressão e calor. EXEMPLOS: Mármore, quartzito e graisse. Estrutura Geológica do Brasil Existem três tipos fundamentais de estrutura geológica no globo terrestre: os escudos cristalinos, as bacias sedimentares e os dobramentos (cordilheiras). Escudos cristalinos ou maciços antigos são estruturas geológicas muito antigas, ou pré-cambrianas, formadas por rochas cristalinas. São, portanto, estruturas rígidas, resistentes, estáveis e geralmente associadas à ocorrência de minerais metálicos. Como exemplos, podemos citar os seguintes escudos cristalinos: Escandinavo, Siberiano, Canadense, Sul- Africano, Guiano, Brasileiro e Patagônico. Bacias sedimentares são depressões preenchidas por detritos ou sedimentos provenientes das áreas circunvizinhas. As bacias formaram-se nas Eras Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica e são importantes, principalmente devido à ocorrência de combustíveis fósseis, tais como petróleo, gás, carvão e xisto. São exemplos de bacias sedimentares: Amazônica, Pantanal, Paranaica, do Recôncavo Baiano, Parisiense, de Londres etc. Dobramentos modernos são as estruturas rochosas que sofreram a ação de forças tectônicas, resultando na formação de extensas e elevadas cordilheiras, tais como Himalaia, Andes, Alpes, Rochosas e outras, durante a Era Terciária (Cenozóica). Essas áreas são caracterizadas pelas instabilidades tectônicas, com ocorrência de terremotos e vulcanismos e também pela existência de elevadas altitudes. O território brasileiro é formado, fundamentalmente, por duas estruturas geológicas: os escudos ou maciços antigos e as bacias sedimentares. Não existem, portanto, os dobramentos modernos. A base estrutural do nosso território é de natureza cristalina, portanto muito antiga e rígida, embora a maior parte da superfície esteja coberta por terrenos sedimentares sob a forma de planícies, bacias, planaltos ou chapadas. Os afloramentos superficiais do 14

15 embasamento cristalino só representam 36% do total da superfície do país, ao passo que as áreas sedimentares representam 64%. Escudos ou maciços antigos Abrangem 36% da superfície total do país e formam dois grandes blocos principais: o escudo das Guianas, no norte do país, e o escudo Brasileiro, nas porções central, oriental e sul do país. O escudo Brasileiro subdivide-se em seis núcleos: Sul-amazônico, Atlântico, Araguaio-tocantino, Bolívio-matogrossense, Uruguaio-sul-rio-grandense e Gurupi. Do total dos escudos (36%), cujos terrenos são cristalinos, temos: Os terrenos formados no Arqueozoico e que correspondem a 32% e formam o chamado Embasamento ou Complexo Cristalino Brasileiro, a que estão associadas as rochas magmáticas e metamórficas, como o granito e o gnaisse, principalmente. Os terrenos formados no Proterozoico e que correspondem apenas a 4% são, entretanto, de grande importância porque geralmente aparecem associados às jazidas minerais tais como as de ferro e de manganês do Quadrilátero Ferrífero (MG), do maciço de Urucum (MS) e de Carajás (PA), as de bauxita de Oriximina (PA) e Ouro Preto (MG), as de cassiterita (RO) etc. Bacias sedimentares As bacias sedimentares, ou mais precisamente, os terrenos sedimentares, correspondem a 64% do território brasileiro, sendo que: quanto à idade, podem ser do Paleozóico (São-franciscana e Paranaica), do Mesozóico (Parnaíba e do Recôncavo Baiano) ou do Cenozóico Terciário (Amazônica, Central e Costeira) e Quaternário (do Pantanal e Amazônica); quanto à extensão, podemos agrupá-las em duas categorias: as grandes bacias (Amazônica, do Meio-Norte ou do Maranhão e Piauí, Paranaica, São Franciscana e do Pantanal) e pequenas bacias, geralmente alojadas em compartimentos de planaltos (bacias de São Paulo, Curitiba e Taubaté). As bacias são particularmente importantes porque podem apresentar recursos como petróleo, gás e carvão mineral. O petróleo é extraído tanto em bacias sedimentares continentais (Recôncavo Baiano, por exemplo) como em bacias marítimas (bacia de Campos, RJ). O carvão mineral é encontrado em terrenos sedimentares paleozóicos, principalmente no sul do país. 15

16 Geomorfologia Geomorfologia é a... ciência que estuda as formas de relevo, tendo em vista a origem, estrutura, natureza das rochas, o clima da região e as diferentes forças endógenas e exógenas que, de modo geral, entram como fatores construtores e destruidores do relevo terrestre. (Guerra, 1989, pg. 204). O relevo terrestre e seus agentes O relevo corresponde às diversas configurações (formas) da superfície terrestre, como montanhas e planaltos, por exemplo. Ele resulta da atuação de dois conjuntos de fatores, chamados de agentes do relevo, que são os seguintes: Agentes internos ou endógenos são os geradores (construtores) das formas de relevo, sendo eles o tectonismo (horizontal e vertical), o vulcanismo e os abalos sísmicos. Agentes externos ou exógenos são os modeladores ou modificadores do relevo terrestre, representados pela ação do intemperismo (físico e químico), das águas correntes e marinhas, dos ventos, das geleiras, dos seres vivos, dentre outros. Agentes endógenos do relevo São processos estruturais que atuam do interior para a superfície da Terra, com intensidade, criando ou modificando a fisionomia do relevo. Tais processos relacionam-se com o movimento das placas tectônicas e a fenômenos magmáticos podendo, às vezes, ocorrer com grande violência e rapidez. 1. Tectonismo ou movimentos tectônicos ou Diastrofismo São movimentos lentos e prolongados provocados por forças do interior da Terra que atuam na crosta terrestre. O tectonismo pode ser de dois tipos: Orogênese ou Tectonismo horizontal quando as pressões, no interior da crosta, agem horizontalmente sobre as camadas de rochas mais plásticas, provocando o encurvamento (dobramento) dessas camadas, podendo originar montanhas e cordilheiras (relevo dobrado ou em dobras). São exemplos desse tipo de relevo os Andes (América do Sul), as Rochosas (América do Norte), os Alpes (Europa) e o Himalaia (Ásia), dentre outros. DOBRAMENTOS Fonte: FONT ALTABA, M. e ARRIBAS, na Miguel A. Atlas de geologia p. D

17 NÃO ESQUECER! Uma dobra é constituída por duas partes: Sinclinal = parte mais baixa, côncava. Anticlinal = parte mais alta, convexa. Epirogênese ou Tectonismo vertical quando as pressões, no interior da crosta, atuam verticalmente e lentamente sobre camadas de rochas resistentes e de pouca plasticidade, podendo provocar diversas rupturas e desnivelamentos das camadas do relevo. Quando ocorre a ruptura dessas camadas sem desnivelamento do terreno, diz-se que o mesmo está fraturado ou com fraturas. Já quando acontece a ruptura com soerguimento de um bloco e rebaixamento de outro, diz-se que ocorreu falhamento ou o terreno está com falhas. Fonte: FONT ALTABA, M. e ARRIBAS, A San Miguel. Atlas de geologia. Rio de Janeiro, Livro Ibero-Americano, p.d- 3. Forças descomunais provenientes do interior da Terra podem provocar falhas de milímetros ou de quilômetros nas rochas. Na Falha de San Andréas, na Califórnia (EUA), o movimento das placas tectônicas deixou marcas visíveis na paisagem (foto de 1995). NÃO ESQUECER! Num relevo de falha, tem-se: Horst ou pilar = bloco soerguido; Graben ou fossa tectônica = bloco rebaixado. 2. Vulcanismo Refere-se à atividade por meio da qual o magma é expulso do interior da Terra para a superfície. Vulcão é a montanha formada a partir das erupções devido à solidificação do magma ao redor de onde ele é expelido para a superfície com uma cratera por onde saem lavas, fragmentos de rochas em estado sólido, cinzas, gases e vapores. 17

18 A morfologia de um vulcão pode ser observada na figura abaixo: ESQUEMA GERAL DE UM VULCÃO 1. Edifício ou cone vulcânico: montanha formada pelo acúmulo de materiais magnéticos. 2. Cratera: cavidade superior (boca). 3. Chaminé ou conduto: abertura ou fenda pela qual os materiais são expelidos do interior para a superfície. 4. Caldeira ou câmara magmática: bolsão ou cavidade profunda preenchida pelo magma. 5. Lacólito: intrusão de magma com estreitamento inferior e alargamento da massa superior. 6. Material piroclástico: blocos, pedras, fragmentos de lava solidificada. 7. Gases sulfurosos. 8 Gêise: As rochas quentes do subsolo aquecem a água, aumentando a pressão. Jatos de água e vapor quentes são expelidos de forma contínua ou intermitente. 9. Fumarolas: nuvens ardentes provenientes da água superaquecida, com temperaturas que podem alcançar 800ºC. O Círculo de Fogo do Pacífico, principalmente, e o Círculo de Fogo do Atlântico são as áreas que concentram a maior parte dos vulcões no planeta. DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL DOS VULCÕES Fonte: Adaptado de Atlas of the world. Nova Iorque, Oxford University Press, 1998.p

19 Monte Saint Helens (Washington, EUA) em erupção, em Além das lavas, muitas vezes com temperaturas superiores a ºC, são expelidas cinzas que cobrem extensas áreas. IMPORTANTE No Brasil, não existem vulcões ativos atualmente. Entretanto, diversas atividades vulcânicas ocorreram neste país em épocas geológicas passadas. Dentre elas, a mais recente aconteceu na Era Cenozoica (Terciário), originando as ilhas oceânicas brasileiras (Fernando de Noronha, Trindade, São Pedro e São Paulo). Durante a Era Mesozoica, o vulcanismo foi muito intenso no nosso país. Fonte: Adaptado de POPP, José H. Geologia geral. Sãp Paulo,Livros Técnicos e Científi cos, p. 212 NÃO ESQUECER! Gêiseres são jatos de água quente e vapor em rupturas de terrenos vulcânicos. Tais jatos ocorrem em intervalos regulares de tempo e com grande força, sendo acompanhados, com frequência, por um som ruidoso. Regiões vulcânicas nos Estados Unidos, Chile, Nova Zelândia e Islândia são conhecidas mundialmente por seus campos de gêiseres. Campos de gêiseres El Tatio, Chile. Foto: C. M. Noce. 19

20 3. Abalos Sísmicos ou terremotos São movimentos naturais da crosta terrestre os quais se propagam por meio de vibrações (ondas sísmicas), podendo provocar drásticas mudanças na superfície terrestre num curto período de tempo. A intensidade dos terremotos é bastante variável. São dois os fatores que mais influem nessa intensidade: 1) distância entre o local de origem do terremoto, chamado de hipocentro ou foco, e o local onde ele se manifesta, denominado epicentro; e 2) heterogeneidade das rochas. Quanto maior for a referida distância, menor será a intensidade e, quanto mais resistentes forem as rochas, menores serão os danos. Origem e propagação dos terremotos. Fonte: PARKER, Steve, MORGAN, Sally e STEELE, Philip. Quase tudo sobre o mundo. São Paulo, Impala, p. 14. Origem e propagação dos terremotos. No local de origem ou hipocentro, as tensões acumuladas por longo período de tempo provocam a ruptura das camadas de rochas, às vezes seguida da formação de fraturas. Em consequência, ocorre uma propagação de ondas sísmicas ou tremores, que se manifestam em determinados lugares da superfície terrestre, constituindo o epicentro do terremoto. CURIOSIDADES A Escala de Richter é a mais utilizada, atualmente, para a medição da intensidade dos abalos sísmicos. Tremores pequenos, sentidos num raio de poucos quilômetros e sem causar danos, têm magnitude da ordem de 3. Sismos moderados, que podem causar algum dano, têm magnitudes na faixa de 5 e 6. Os terremotos com grande poder de destruição têm magnitudes acima de 7. As maiores magnitudes já registradas, neste início de século e no passado, chegaram a 8,5 (terremotos no Himalaia em 1920 e 1950, e no Chile em 1960). Os sismógrafos são os instrumentos utilizados no registro da intensidade dos terremotos. Os terremotos podem provocar efeitos de grandes proporções sobre o relevo, como deslizamentos, desmoronamentos, formação de fendas no solo, entre outros. Eles têm sua ocorrência relacionada a três tipos de causas que são as seguintes: Tectonismo os maiores e mais violentos terremotos ocorrem nas bordas das placas tectônicas. Vulcanismo os terremotos, geralmente de pequena intensidade, são provocados por explosões internas ou acomodações de materiais nos bolsões (vazios) que surgem após a expulsão do magma do interior do planeta. Desmoronamentos internos terremotos, em geral locais e de pequena intensidade, costumam ser provocados por desmoronamentos de camadas de rochas no interior da Terra. A acomodação de camadas de sedimentos, em razão do seu próprio peso, pode 20

21 provocar também terremotos locais e de pequena intensidade. Tal fato é a causa de alguns tremores de terra verificados no Brasil. CURIOSIDADES No Círculo de Fogo do Pacífico, situam-se cerca de 42% dos epicentros de terremotos do globo. Normalmente, 25% deles são verificados no Himalaia, Alpes, Atlas e Apeninos e, 23% em regiões de falhas, a exemplo da África oriental e dos Bálcãs. Sismicidade Mundial. Mapa de epicentros do período 1964 a 1995 de sismos com magnitude 5,0 Fonte: U.S. Geological Survey. Efeitos de um terremoto ocorrido em Taiwan, em Foto: Reuters. Os terremotos e os tremores de terra podem provocar maremotos se ocorrerem próximos ao litoral ou no fundo submarino. Os maremotos, também chamados de raz de maré ou ainda tsunami pelos japoneses, são ondas extremamente violentas. Elas podem se fazer sentir a vários quilômetros da zona litorânea, como ocorreu, por exemplo, na Indonésia em 2004 (ver leitura complementar). CURIOSIDADES O terremoto que ocorreu em Shensi (China) em 1556 provocou a maior mortalidade da história, com mortos. Já o maior terremoto do século XX, com magnitude de 8,5, ocorreu no Sul do Chile em AGENTES EXÓGENOS DO RELEVO Os agentes externos do relevo realizam um trabalho escultural ou de modelagem da paisagem terrestre, tendo atuação contínua e prolongada. A participação de cada um deles difere bastante a depender da área de atuação. Nas regiões de elevadas latitudes e altitudes, por exemplo, o trabalho do gelo na esculturação do relevo é muito mais notável e intenso do que o dos demais agentes. Os agentes externos modificam a fisionomia do relevo, provocando erosão (destruição) de rochas e solos, gerando sedimentos que são transportados pelos mesmos agentes e depositados (sedimentação) em locais mais baixos do terreno. 21

22 1. Intemperismo ou Meteorização Corresponde ao conjunto de processos mecânicos, químicos e biológicos que ocasionam a desintegração e decomposição das rochas. Sendo assim, podemos observar os seguintes tipos de intemperismo: Intemperismo físico é o processo de desagregação sofrido pelas rochas ocasionado, principalmente, pela ação da temperatura. Esta provoca a dilatação e contração do material que compõe as rochas, fragmentando-as. Este intemperismo é predominante em regiões áridas e semi-áridas como, por exemplo, os desertos e o Semiárido Nordestino. Intemperismo químico é o processo de decomposição sofrido pelas rochas, sendo resultante, principalmente, da ação das águas que provoca a decomposição do material rochoso, removendo e transportando partículas de minerais em solução. Tal intemperismo é predominante em regiões úmidas do globo, a exemplo das florestas equatoriais e tropicais. OBSERVAÇÃO: Quando a ação bioquímica ou física de seres vivos ou da matéria orgânica proveniente de sua decomposição participa do processo intempérico, este é denominado intemperismo químico-biológico ou físico-biológico. IMPORTANTE O manto de intemperismo geralmente evolui, em suas porções superficiais, através dos processos pedogenéticos, para a formação dos solos. NÃO ESQUECER! A ação e intensidade do intemperismo são controladas pelo clima (variação da temperatura e distribuição das chuvas), relevo (influência na infiltração e drenagem das águas pluviais), fl ora e fauna, tipo de rocha (apresentando resistência diferenciada ao intemperismo, segundo sua natureza) e tempo de exposição da rocha aos agentes intempéricos. 2. Ação das águas fluviais Dentre os agentes naturais, os rios são os maiores modificadores do relevo terrestre. Sua ação dá-se das seguintes formas: Erosão fluvial é a destruição causada pelos rios, ao longo do seu percurso, escavando a superfície terrestre e formando os vales que podem assumir várias formas (ser mais abertos, mais fechados). Estes podem ser extremamente escarpados, com margens abruptas, recebendo o nome de cañon (nome de origem espanhola). Podemos citar como exemplos o cañon do rio Colorado (oeste dos EUA) e o do São Francisco (nordeste brasileiro). Acumulação fluvial é o trabalho de deposição de sedimentos transportados pelos rios. Este pode originar várias feições morfológicas, como planícies aluviais (extensas áreas sedimentares próximas à desembocadura dos rios) e deltas (depósitos aluviais na foz de certos rios, originando ilhas e canais). Um exemplo disso é o delta do rio Parnaíba, na fronteira do Maranhão com o Piauí. 22

23 NÃO ESQUECER! No alto curso do rio (onde se situa a nascente), predomina a erosão fluvial. Já no baixo curso (onde se situa a foz), verifica-se o predomínio da acumulação fluvial. Normalmente, a depender do rio, no médio curso há o transporte e a acumulação de sedimentos. O TRABALHO DAS GELEIRAS E DOS RIOS, MODELANDO PAISAGENS 3. Ação das águas pluviais Além dos rios, as águas de escoamento superficial originadas pelas chuvas, como as enxurradas e as torrentes (cursos d água periódicos produzidos por fortes enxurradas) são importantes modificadores da paisagem. Elas podem provocar o aparecimento de duas feições bem características, a seguir: Ravinas sucos (escavações) produzidos nos terrenos. Voçoroca, vossoroca ou boçoroca escavação ou rasgão do solo ou de rocha decomposta, ocasionado pela erosão do lençol de escoamento superficial. OBSERVAÇÃO: A erosão decorrente das chuvas é denominada erosão pluvial. 4. Ação das geleiras (glacial) As geleiras são massas continentais de gelo com limites bem definidos, originadas pela acumulação e compactação por pressão de neve transformando em gelo. Elas se movimentam continuamente devido à gravidade, provocando mudanças significativas no relevo. Sua ação, nesse sentido, dá-se da seguinte forma: Nível d água Sulcos ou ravinas Zona temporariamente encharcada Boçoroca Morfologia de sulcos e boçorocas. Erosão glacial envolve a incorporação e remoção, pelas geleiras, de detritos ou partículas (rochosas) da superfície sobre a qual elas se deslocam. A água de degelo glacial 23

24 também produz erosão mecanicamente (assemelhando-se à erosão fluvial) ou por ação química. A ação abrasiva do gelo resulta em modificação, por exemplo, do perfil dos vales fluviais de V para U em vales glaciais. Estes últimos são chamados de fiordes, presentes, dentre outros lugares, na costa do Chile. Acumulação glacial corresponde ao depósito de partículas de rochas e outros materiais que foram transportados pela língua da geleira (descida de uma geleira que sofreu derretimento) das vertentes das montanhas para sua base, onde são depositados. Ao longo do tempo geológico, esses depósitos formam as chamadas morenas ou morainas. Tipos de morenas em geleira de vale. a) mediana; b) lateral; c) terminal. CURIOSIDADES Quando pedaços das geleiras continentais se desprendem, formam blocos de gelo que são transportados pelas correntes marítimas denominados icebergs. 5. Ação Marinha O mar realiza um forte trabalho de destruição e construção do relevo das áreas litorâneas, modificando expressivamente as paisagens costeiras. A ação marinha pode se fazer através de: erosão marinha trabalho de destruição e construção feito pelo mar, também chamado de abrasão marinha. O exemplo mais evidente de forma de relevo resultante disso são as falésias (costas abruptas e escarpadas no litoral), que podem ser observadas na foto abaixo. Afloramento da Formação Barreiras. acumulação marinha trabalho realizado pelo mar de deposição de sedimentos. Isso pode originar vários tipos de feições, tais como praias (depósitos de areias, com predomínio de grãos de quartzo), tômbolos (depósitos de areia que ligam uma ilha a um continente) e restingas ou cordões litorâneos (faixas de areia depositadas paralelas à costa, podendo originar lagunas ou lagoas costeiras). 24

25 5. Ação eólica ou dos ventos A ação eólica fica registrada no relevo seja de forma destrutiva (erosão) ou construtiva (sedimentação). Dessa forma, os ventos realizam as seguintes ações: Erosão eólica caracterizada pelos processos de deflação ou corrasão (trabalho executado pelos ventos sobre a superfície das rochas, carregando os detritos desagregados pela erosão mecânica) e abrasão (intenso processo de desgaste e polimento das feições do relevo provocado pelo impacto de partículas de areia transportadas pelo vento). Outro exemplo da ação do vento no modelado do relevo: a Taça, no Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa (PR, 2001). Acumulação eólica a ação dos ventos de transporte e posterior deposição de partículas podem formar dunas, mares de areia e depósitos de loess. As dunas são montes de areia que podem ser classificadas em estacionárias (permanecem fixas) ou migratórias (se deslocam). Os mares de areia são grandes áreas cobertas de areia (dunas), a exemplo da Arábia Saudita com cerca de km² da superfície cobertos por areia atualmente. Já os depósitos de loess consistem de sedimentos muito finos (argila e silte), homogêneos e comumente amarelados. No nordeste da China, os depósitos de loess atingem mais de 150 metros de espessura, embora apresentem uma média de 30 metros. Pequeno lago represado por duna transversal, exibindo marcas onduladas (direção preferencial do vento da direita para esquerda). Campo de dunas dos Lençóis Maranhenses (MA). Foto: I. D. Wahnfried. IMPORTANTE A erosão antrópica refere-se à intervenção humana na paisagem, modificando suas feições através da construção e/ou destruição de formas de relevo. Devido ao fato de acelerarem os efeitos dos processos naturais, tais ações são também chamadas de erosão acelerada. São exemplos disso a prática de desmatamento ou o corte de barrancos para a construção de estradas que aceleram a erosão superficial. Erosão causada por enxurradas provocou o desabamento de parte da BR 381 (Fernão Dias), na saída de Belo Horizonte (MG, 2002). O trabalho humano transforma a paisagem e provoca a erosão antrópica. acelerando os processos naturais. 25

26 Formas de Relevo Os principais tipos de relevo são os seguintes: 1. Planície corresponde a uma extensão de terreno mais ou menos plano delimitado por aclives, onde os processos de deposição de sedimentos superam os de erosão. Em decorrência disso, as planícies são de natureza sedimentar. Ex: planície da bacia Congolesa (África). 2. Planalto é uma extensão de terrenos elevados mais ou menos planos delimitados por declives, onde os processos erosivos predominam em detrimento dos deposicionais. Ex: planalto do Colorado (EUA). OBSERVAÇÃO: Chapada denominação usada no Brasil para os planaltos sedimentares típicos que aparecem nas regiões Centro-Oeste (Guimarães, Parecis) e Nordeste (Araripe, Diamantina) do país. Chapadões sucessão de chapadas. 3. Montanha é uma grande elevação natural do terreno constituída por um agrupamento de morros. As montanhas podem ser originadas por dobramentos, falhamentos, vulcanismo (o cone vulcânico) ou erosão (restringe-se a morros testemunhos e são de pequena extensão). Quanto à idade, as montanhas podem ser jovens originadas, de modo geral, no Terciário preservando suas formas aguçadas (pontiagudas), ou podem ser velhas, com formas e altitudes bastante suavizadas e rebaixadas por terem sofrido vários ciclos de erosão. Como exemplo das primeiras, podemos citar os Andes (América do Sul) e os Atlas (África Setentrional) e, com relação a essas últimas, podemos mencionar as Montanhas Laurencianas (Canadá) e as montanhas da Serra do Mar (Sudeste brasileiro). OBSERVAÇÃO: a montanha típica é aquela formada por forças tectônicas orogenéticas. São exemplos os grandes dobramentos modernos, como o Himalaia. 4. Depressão é uma forma de relevo que se apresenta em posição altimétrica inferior à das áreas vizinhas. Ela pode ser de dois tipos: Depressão absoluta área ou porção do relevo situada abaixo do nível do mar. Ex: Mar Morto (Oriente Médio Ásia) situado a 395 metros abaixo do nível do mar. Depressão relativa área ou porção do relevo situada abaixo do nível das regiões que lhe estão próximas, com altitude acima do nível do mar. Ex: depressão do Tocantins (Brasil). REPRESENTAÇÃO DE UMA DEPRESSÃO RELATIVA Depressão relativa Escarpa Planalto Planície 5. Cuesta é uma forma dissimétrica de relevo constituída por uma sucessão alternada de camadas, com diferentes resistências ao desgaste, e que se inclinam numa direção, formando um declive suave no terreno de um lado, e um corte abrupto ou íngreme na chamada frente de cuesta de outro. Constitui-se como o tipo de relevo predominante nas bordas de bacias sedimentares e em velhas plataformas. A bacia de Paris (França) e a do Parnaíba (Brasil) são dois exemplos clássicos de estruturas de cuestas. 26

27 ESQUEMA REPRESENTATIVO DA ESCARPA E DA FRENTE DA CUESTA * Cornija: abrupto saliente capeado por camada de rocha resistente. 6. Morro Testemunho refere-se a uma colina de topo mais ou menos plano situado adiante de uma escarpa de cuesta, mantido pela camada mais resistente. 7. Inselbergue elevações residuais ilhadas que aparecem em regiões de clima árido e semiárido, resultantes de pediplanação (processo de aplainamento de extensas superfícies por agentes externos do relevo). 8. Serra refere-se a terrenos acidentados com fortes desníveis. No Brasil, as serras designam, às vezes, acidentes variados, como escarpas de planaltos com altura de 50 a 100 metros. As serras brasileiras ora constituem escarpas de blocos falhados (a exemplo da Serra do Espinhaço); ora escarpas de erosão (como a Serra Geral); ora escarpas de chapadas residuais (como a Serra do Araripe); dentre tantas outras formações. Relevo Brasileiro O território brasileiro apresenta uma grande variedade morfológica, como planaltos, planícies, chapadas, serras e cuestas, dentre outras. Isso resulta, principalmente, da ação dos agentes exógenos destacando-se a atuação da temperatura, dos ventos, das chuvas e dos rios sobre estruturas geológicas de diferentes naturezas e, no geral, antigas. As formas atuais do relevo brasileiro foram esculpidas, principalmente, ao longo do período Terciário da Era Cenozoica. Pelo fato de se constituírem predominantemente por estruturas geológicas antigas que sofreram um longo tempo de atuação dos agentes modeladores do relevo, este possui formas bem trabalhadas pela erosão e com níveis altimétricos baixos predominando altitudes inferiores a 800 metros. 27

28 BRASIL: HIPSOMETRIA Graça Maria Lemos Ferreira, Moderno atlas geográfico, p. 4. CURIOSIDADES O ponto mais alto do Brasil é o Pico da Neblina com metros de altitude, localizado no Amazonas, próximo à fronteira com a Venezuela. NÃO ESQUECER! Não existem dobramentos modernos no território brasileiro pelo fato de o mesmo situar-se no interior da placa litosférica Sul-Americana. Assim como, na sua parte continental, não existem formas oriundas da atuação recente de vulcanismo. Existem três classificações bastante difundidas do relevo brasileiro. A seguir podemos ver cada uma delas com suas principais características. a) Classificação do relevo brasileiro, segundo Aroldo de Azevedo Criada em 1940 por Aroldo de Azevedo (professor do Departamento de Geografia da USP), esta classificação leva em conta a altimetria do relevo, definindo planaltos como possuindo mais de 200 metros de altitude e, planícies como possuindo menos de 200 metros de altitude. Nota-se, com isso, que Aroldo de Azevedo valorizou a terminologia geomorfológica na classificação das grandes unidades do relevo. 28

29 Para caracterização das unidades menores, ele considerou as características geológicas (ver figura abaixo). DIVISÕES DO REVELO BRASILEIRO, SEGUNDO AROLDO DE AZEVEDO Fonte: Aroldo de Azevedo, O Planalto Brasileiro e o problema de classificação de suas formas de relevo, in Boletim da AGB, 1949, p OBSERVAÇÃO: nesta classificação do relevo, os planaltos respondem por 59% e as planícies por 41% da área territorial do Brasil. b) Classificação do relevo, segundo Aziz N. Ab Sáber O geógrafo Aziz N. Ab Saber (professor do Departamento de Geografia da USP) propôs uma nova divisão do relevo brasileiro em Ele manteve grande parte da proposta elaborada por Aroldo de Azevedo, acrescentando, entretanto, novos conhecimentos a respeito do relevo, como o acréscimo de novas unidades. Todavia, Aziz partiu de uma definição de planalto e planície diferente da utilizada por aquele autor, considerando o primeiro como uma área onde os processos de erosão superam os de sedimentação e, o segundo como uma área onde os processos de sedimentação superam os de erosão, independentemente da altimetria. Segundo Aziz, o Brasil é composto por dez grandes unidades de relevo. Neste, os planaltos representam cerca de 75% e as planícies 25% do território do país (ver fi gura abaixo). CLASSIFICAÇÕES DO RELEVO BRASILEIRO CURIOSIDADES Aziz Ab Sáber contou com o uso da aerofotogrametria (medições precisas do terreno por meio de fotografia aérea), em algumas regiões, como suporte na divisão do relevo brasileiro. 29

30 Fonte: Aziz Nacib Ab Sáber, O relevo brasileiro e seus problemas, in Aroldo de Azevedo (org.), Brasil a terra e o homem, volume I, As bases físicas, p Caracterização geral do relevo brasileiro 1. Planalto das Guianas Localizado ao norte da planície e terras baixas amazônicas, corresponde ao escudo cristalino das Guianas. Muito antigo, foi desgastado pela erosão, apresentando altitudes modestas, exceto na região serrana (fronteira com as Guianas e a Venezuela), onde estão os montes Roraima (2.875m), Trinta e Um de Março (2.992m) e o Pico da Neblina (3.014m), ponto culminante do território brasileiro. Nas terras fronteiras com a Venezuela e a Colômbia, no planalto das Guianas, está sendo implantado o projeto Calha Norte, que tem por objetivo razões geopolíticas e geoestratégicas, além da exploração de minérios (ouro, urânio, manganês) e de madeira. 2. Planalto Brasileiro Estende-se desde o sul da Amazônia até o Rio Grande do Sul. É formado por terrenos cristalinos, sedimentares e vulcânicos. Dada sua diversidade, é dividido em planalto Central, planalto do Maranhão-Piauí, planalto Nordestino, planalto Meridional e serras e planaltos do Leste e Sudeste. 3. Planalto Central Abrange as terras da região Centro-Oeste, do sul da Amazônia, da parte ocidental da Bahia e de Minas Gerais. Seus terrenos são sedimentares (chapadas dos Veadeiros, Parecis e Guimarães) e cristalinos (planaltos Goiano, Norte-matogrossense e Sulamazônico). No planalto Central, encontram-se a cidade de Goiânia e o Distrito Federal. Os cerrados são dominantes e as principais atividades econômicas são a pecuária, a grande lavoura e a mineração. 4. Planalto do Maranhão-Piauí Apresenta planaltos rebaixados, cuestas e tabuleiros, como o Planalto de Ibiapaba. 5. Planalto Nordestino Apresenta também cuestas e depressões periféricas. Destacam-se as chapadas da Borborema, Baturité, Araripe e Apodi. 30

31 ANOTAÇÕES: 6. Planalto Meridional Abrange terras dos Estados de São Paulo, sul do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Seus terrenos estão situados na bacia sedimentar Paranaica, que sofreu na Era Terciária sucessivos derrames de lavas básicas, originando basaltos e diabásicos. O planalto Meridional subdivide-se em planalto arenitobasáltico e depressão periférica. No planalto arenito-basáltico situam-se os férteis solos de terra roxa oriundas da decomposição do basalto e do diabásico. Nas bordas do planalto, formaram-se escarpas, suavemente inclinadas em direção à depressão periférica, as chamadas cuestas. Possuem solos vulcânicos chamados de Trapps. 7. Serras e planaltos do leste e sudeste Correspondem ao planalto Atlântico do sudeste com os mares dos morros, o planalto Atlântico da Bahia, a serra do Mar e da Mantiqueira, a serra do Espinhaço e a Chapada Diamantina. As Planícies 31

32 1. Planície Amazônica: É uma extensa planície sedimentar disposta no sentido Leste- Oeste, localizada entre o Planalto Guiano e o Planalto Central. Nem toda essa área é de planície, pois ocorrem também os baixos platôs. A planície é dividida em: terra firme ou caatê, várzea (onde se planta arroz, juta e seringueira) e igapó. A planície em si mesma está representada pela zona da várzea. 2. Planície do Pantanal: Localiza-se a oeste do MS. É de formação recente (Quaternária). É atravessada pelo rio Paraguai, que inunda a planície temporariamente, formando o lago Xaraiés. No Paraguai, é denominada de Chaco. Destaca-se, na região, o Maciço do Urucum, o qual é rico em ferro e manganês. 3. Planície Costeira: Ocupa faixas ao longo do litoral. É de formação recente (Terciário e Quaternário). Destacam-se, nesta planície, as Baixadas Santista e Fluminense, além de inúmeras praias, restingas, falésias, tômbolos, recifes e dunas. OBSERVAÇÃO: Planície Gaúcha: Situa-se no extremo sul do país. Nela, as restingas aparecem em quantidade, especialmente na lagoa dos Patos e Mirim. A vegetação é de campos. CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO, SEGUNDO JURANDYR ROSS Essa classificação é produto da aerofotogrametria, onde um radar instalado na barriga de um avião fotografou todo o Brasil entre 1970 a 1985, por meio do Projeto Radambrasil. A partir dessa classificação, o Brasil passa a contar com 28 unidades geomorfológicas, tendo como grande novidade o aparecimento do conceito de depressão. onze. Vejamos, a seguir, as principais características do nosso relevo, segundo Jurandyr Ross: Os planaltos são a forma de relevo predominante no país, ocorrendo em número de No Brasil só ocorrem depressões relativas como, por exemplo, a Depressão do Vale do Paraíba do Sul (entre as Serras do Mar e Mantiqueira). Nossos territórios são formados por planaltos, depressões e planícies. As depressões são em número de onze, constituindo-se na segunda forma de relevo. As principais depressões são: Depressão Marginal Norte-Amazônica. Depressão Marginal Sul-Amazônica. Depressão Sertaneja. Depressão do São Francisco. Depressão Periférica do Paraná. As planícies ocupam pequena parte de nosso relevo. A planície do Rio Amazonas (nome atual), limita-se a uma estreita faixa de terras planas que margeiam o rio Amazonas e seus afluentes. CURIOSIDADES O Projeto RADAMBRASIL fotografou todo o território brasileiro por meio de um radar instalado na base de um avião de 1970 a Disso resultou um detalhado e completo levantamento da geologia, geomorfologia e dos recursos naturais (hidrografia, solos, vegetação, minérios, dentre outros). 32

33 Cortes esquemáticos referentes às linhas A-B, C-D e E-F, aqui indicadas, são apresentados nas próximas figuras. CURIOSIDADES No planalto das Guianas, em áreas próximas à fronteira do Brasil com a Venezuela e a Colômbia, está sendo implantado o projeto Calha Norte cujos objetivos referem-se à exploração de minérios (ouro, urânio, manganês) e a razões geopolíticas e geoestratégicas. 33

34 Fonte: ROSS, Jurandyr L. S. Nova Escola. São Paulo, Abril, out p.14. REFERÊNCIAS ADAS, Melhem, Panorama Geográfico do Brasil: Contradições, impasses e desafi os socioespaciais; Sérgio Adas (colaborador) 3a ed. São Paulo: Moderna, COELHO, Marcos de Amorim; TERRA, Lygia. Geografia Geral e do Brasil. Volume único. São Paulo: Moderna, COELHO, M. A.; TERRA, L. Geografia Geral: o espaço natural e socioeconômico. 4ª ed. São Paulo: Moderna, IBGE. Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, MOREIRA, J. C.; SENE, E. Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, OLIVEIRA, C. Dicionário cartográfico. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, PRESS, Frank [et al] Para entender a Terra. 4a ed. Porto alegre: Bookman, SENE, E; MOREIRA, J. C. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, SILVA, B. C. N. [et al]. Atlas Escolar da Bahia: espaço geo-histórico e cultural. 2ª ed. João Pessoa: Grafset, VEJA, São Paulo. Abril, V. 43, no 3, Janeiro,

35 LEITURA COMPLEMENTAR O DIA EM QUE O MUNDO ACABOU Com a força de trinta bombas atômicas, o grande terremoto que sacudiu o Haiti destroçou a capital, Porto Príncipe, causou um número ainda "inimaginável" de mortos, vitimou brasileiros e deixou o país, já paupérrimo, mais arrasado do que nunca. Quando o mundo acabou no Haiti, às 4h53 da tarde de terça-feira, o mais terrível foi que, por algum tempo, os mortos viveram. Com a força infernal de trinta bombas atômicas, o terremoto aconteceu no pior lugar possível. Seu coração de terrível poder, o epicentro, praticamente coincidiu com as ruas e encostas esquálidas de Porto Príncipe, a capital. Pouca coisa resistiu. Os casebres, os prediozinhos precários, os escassos edifícios mais imponentes. O topo da catedral, com suas duas torres, desapareceu. O arcebispo morreu. O Congresso ruiu, com o presidente do Senado lá dentro. Hospitais, escolas, hotéis. Uma universidade inteira tragou 1000 viventes. No palácio presidencial, em pomposo estilo francês, foi como se uma foice gigante tivesse ceifado o prédio, na horizontal, e ele se reacomodasse, alguns metros mais abaixo. "Estou andando sobre corpos", disse Elisabeth Preval. A mulher do presidente, depois de escapar do choque mortífero que tudo engolfou. Zilda Arns, uma campeã da humanidade na luta para salvar crianças da desnutrição, não conseguiu escapar. Da mesma forma que quase duas dezenas de militares brasileiros da força da ONU no Haiti. O prédio de cinco andares ocupado pelos funcionários civis da ONU também veio abaixo, com mais de 200 pessoas dentro, entre as quais o segundo no comando, o carioca Luiz Carlos da Costa. 35

36 SISMÓLOGO EXPLICA MAREMOTO QUE PROVOCOU MILHARES DE MORTES NA ÁSIA da BBC Brasil 27/12/2004 Pelo menos 300 mil pessoas morreram depois que ondas gigantes provocadas por um tremor atingiram áreas costeiras no sul e no leste da Ásia. O sismólogo Brian Baptie, um dos especialistas da British Geological Survey, explicou como a onda - ou tsunami - foi criada. Em termos geológicos, o que aconteceu? Sumatra, no noroeste da Indonésia, fica na junção das placas tectônicas. A superfície da Terra é formada por várias placas tectônicas diferentes, e elas estão todas se movendo. A placa que fica sob o Oceano Índico está se movendo mais ou menos para o nordeste, o que faz com que ela se colida com Sumatra. E, na medida em que a colisão ocorre, a placa do Oceano Índico é pressionada sob Sumatra e, com a pressão, ela se rompe. E é isso o que causa o tremor. Este abalo sísmico é um dos mais fortes já registrados. Houve uma ruptura ao longo da fissura de cerca de km de comprimento, e isso gera um deslocamento vertical de cerca de dez metros. O deslocamento no leito marinho gerou este enorme tsunami. Como a onda se desenvolve? Há um enorme deslocamento vertical no leito do mar como resultado do tremor, e isso movimenta um enorme volume de água. Pode-se imaginar que, se a ruptura é de km de comprimento com um deslocamento de dez metros no leito do mar, isso envolve centenas de quilômetros cúbicos de água e resulta em uma onda que atravessa o oceano. Nas profundezas do oceano, a altura da onda pode ser de poucos metros, talvez cinco ou dez metros, e ela se move a umas poucas centenas de quilômetros por hora. Isto significa que ela se move relativamente devagar se comparado com as ondas sísmicas do tremor, e ela chegou horas depois às áreas costeiras que estão em volta de todo o Oceano Índico. Na medida em que a onda tsunami se aproxima do litoral, ela diminui de velocidade porque a água fica mais rasa e, com isso, a altura da onda aumenta bastante. Quando ela atinge a praia, pode ter de dez a vinte metros. Por que não houve aviso de que isto estava acontecendo? Há um sistema de alerta para tsunamis no Oceano Pacífico porque há um precedente histórico em que vários maremotos causaram tsunamis como este durante o século 20. Mas não há precedente real para um tsunami como este no Oceano Índico. Então, esta é a primeira vez que isto acontece e não há sistema de alerta. Pode haver mais ondas de escala semelhante? É pouco provável que ocorram mais tsunamis do mesmo tamanho. O que normalmente acontece quando você tem um grande tremor é que eles continuam por vários dias. Eles costumam ser um pouco menores do que o principal abalo, embora não seja impossível que possa ocorrer mais um. Mas pode haver abalos sísmicos, e eles podem criar tsunamis menores. TERREMOTO EM MINAS É O 1 a ESPECIALISTA A REGISTRAR MORTE NO PAÍS, AFIRMA da Folha Online 09/12/ h52 O terremoto de 4,9 graus na escala Richter no norte de Minas Gerais é o primeiro a registrar uma morte, segundo o Obsis (Observatório Sismológico de Brasília), da UnB (Universidade de Brasília). 36

37 O tremor foi sentido na comunidade rural de Caraíbas, distante 35 km de Itacarambi (MG), segundo o governo de Minas. Uma criança de cinco anos morreu esmagada pela parede de sua casa, que não resistiu ao abalo e caiu. Outras duas pessoas tiveram traumatismo craniano e quatro foram internadas com ferimentos leves. Segundo o governo de Minas, o tremor ocorreu na madrugada deste domingo e atingiu também, de forma mais leve, a cidade de Itacarambi e alguns pontos de Manga e Januária. Informações preliminares do Cedec (Coordenadoria Estadual de Defesa Civil) mostram que no total 60 casas foram atingidas. A Cedec informou que as famílias que tiveram suas casas destruídas serão removidas. Elas receberão cestas básicas, colchões e cobertores. A coordenadoria estuda ainda se outras remoções serão necessárias. Inédito Segundo o chefe do Obsis e professor de sismologia da UnB, Lucas Vieira Barros, o tremor no norte de Minas é o primeiro a provocar morte desde o início das medições feitas pelo observatório, em Barros afirma que a região é conhecida por falhas geológicas e dentre as possibilidades que podem ter provocado o tremor em Minas está a de um afundamento em uma caverna. Ele e outros dois técnicos da UnB devem chegar na manhã desta segunda-feira (10) para avaliar o que de fato ocorreu. Em maio, o Obsis já havia registrado um tremor de 3,5 graus no local e chegou a avisar a Defesa Civil para eventuais problemas, mas nenhuma ocorrência grave foi registrada. Em outubro deste ano, os técnicos do Obsis instalaram seis estações sismográficas para monitorar a região norte de Minas. A análise desses equipamentos deve auxiliar os técnicos a descobrir o que teria provocado o tremor. SAIBA MAIS SOBRE A ESCALA RICHTER da Folha Online 06/03/ h20 A escala de medida de energia sísmica liberada por terremotos conhecida como Richter surgiu em 1935, idealizada pelo sismólogo americano Charles F. Richter. Após recolher dados de inúmeras ondas sísmicas liberadas por terremotos, Richter criou um sistema para calcular as magnitudes dessas ondas. A escala Richter foi inicialmente criada para medir apenas a magnitude de tremores no sul da Califórnia, utilizando um equipamento específico o sismógrafo Wood-Anderson. Apesar da limitação original e do surgimento de vários outros tipos de escalas para medir terremotos, a escala Richter continua sendo largamente utilizada hoje. A primeira escala Richter apontou o grau zero para o menor terremoto passível de medição pelos instrumentos existentes à época. Atualmente, a sofisticação dos equipamentos tornou possível a detecção de tremores ainda menores do que os associados ao grau zero, e ocorre a medição de terremotos de graus negativos na escala Richter. Teoricamente, a escala Richter não possui limite. De acordo com o Centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos, aconteceram três terremotos com magnitude maior do que nove na escala Richter desde que a medição começou a ser feita. De acordo com outras fontes, como a enciclopédia Britannica, tal marca nunca foi alcançada. Veja a tabela abaixo: 37

38 ENTENDA OS EFEITOS DOS TERREMOTOS Os sismólogos usam a escala de magnitude para representar a energia sísmica liberada por cada terremoto. Veja abaixo tabela com os defeitos típicos de cada terremoto em diversos níveis de magnitude. Escala Richter Efeito do terremoto Menos de 3,5 Geralmente não é sentido, mas pode ser registrado. 3,5 a 5,4 Frequentemente não se sente, mas pode causar pequenos danos. 5,5 a 6,0 Ocasiona pequenos danos em edificações. 6,1 a 6,9 Pode causar danos graves em regiões onde vivem muitas pessoas. 7,0 a 7,9 Terremoto de grande proporção, causa danos graves. de 8 graus ou mais Terremoto muito forte. Causa destruição total na comunidade atingida e em comunidades próximas. Esta tabela é aberta, portanto não é possível determinar um limite máximo de graus. Ainda que cada terremoto tenha uma magnitude única, os efeitos de cada abalo sísmico variam bastante devido à distância, às condições do terreno, às condições das edificações e de outros fatores. NÚMERO DE MORTOS POR TERREMOTO NO CHILE CHEGA 795, DIZ BACHELET da Folha Online 02/03/ h05 O número de mortos no terremoto de 8,8 graus na escala Richter que atingiu o Chile no último sábado (27) subiu de 763 para 795, anunciou nesta terça-feira a presidente chilena, Michelle Bachelet. Ela deu as declarações durante visita a Curicó, cidade no sul do país afetada pelo tremor, segundo o site do jornal chileno "El Mercurio". Pouco antes, um funcionário do escritório nacional de emergências (Onemi), ligado ao governo, disse que havia 763 mortos. Os desabrigados continuam em 2 milhões, segundo o governo chileno. Além dos mortos, cerca de 500 pessoas ficaram feridas, disse o governo hoje. Essa é a primeira vez que o numero de feridos pelo tremor é informado oficialmente. O ministro da Saúde, Alvaro Erazu, disse a jornalistas que ao menos cem pessoas se encontram em estado grave. Cerca de 500 mil casas foram destruídas, de acordo com informações anteriores divulgadas por Bachelet. "Estamos enfrentando uma catástrofe gigantesca, que irá exigir um esforço de recuperação gigantesco", disse após encontro com ministros no palácio La Moneda. Chile. Pessoas recolhem objetos que sobreviveram ao terremoto nas ruas de Talcahuano, no Em Concepción, a maior cidade da área próxima do epicentro, muitas ruas da cidade ficaram cobertas de escombros e centenas de detentos escaparam da penitenciária após o tremor. Em 1960, o Chile foi atingido por um terremoto de magnitude 9,5, um dos mais fortes já registrados. O tremor devastou a cidade de Valdivia, matou pessoas e causou um tsunami que atingiu a Ilha da Páscoa, distante quilômetros da costa chilena. A onda continuou e chegou ao Havaí, Japão e Filipinas. As ondas que chegaram nas Filipinas demoraram cerca de 24 horas para atingir o país. 38

39 O terremoto deste sábado foi sentido em São Paulo e também nas Províncias argentinas de Mendoza e San Juan. Uma série de abalos subseqüentes atingiram a região costeira do Chile. Saques A presidente Bachelet condenou nesta terça-feira os saques e violência registrados nas áreas mais afetadas pelo terremoto e afirmou que os criminosos "receberão todo o rigor da lei". Bachelet se reuniu nesta manhã com os comandantes das Forças Armadas para coordenar o envio de ajuda às zonas mais afetadas pelo terremoto, no centro-sul do país. A presidente pediu ainda a compreensão dos chilenos, já que "nunca antes na história do Chile" houve um terremoto tão devastador. "O que nos preocupa é levar segurança e tranqüilidade à população. Entendemos perfeitamente as angústias e as necessidades das pessoas, mas sabemos perfeitamente que há ações delinqüentes de pequenos grupos que estão provocando enormes danos materiais. Isso não vamos aceitar", disse. Brasileiros A Embaixada do Brasil continua buscando informações sobre um brasileiro que estaria desaparecido em Concepción, cidade mais afetada pelo terremoto. Estamos tentando localizar, mas estamos tendo dificuldade especialmente porque o comunicação com a região está bem complicada", disse o embaixador do Brasil no país, Mario Vilalva. O diplomata conversou com a Folha Online por telefone de Santiago. Mapa mostra a região atingida por tremor no Chile; terremoto foi o maior no país em 25 anos. Segundo ele, outro problema é que as informações que chegam à embaixada não são ofi- ciais, o que dificulta a busca porque há poucos detalhes sobre o desaparecido. Vilalva diz ainda que a embaixada já investigou três suspeitas de brasileiros entre as vítimas, que não se confirmaram. O único caso que ainda não foi encerrado é desse brasileiro que estaria em Concepción. A situação na cidade é crítica: ainda não foi implementado um canal de distribuição de alimentos e, apesar da forte presença militar nas ruas, os saques prosseguiam. Voos Um novo avião da FAB (Força Aérea Brasileira) deverá trazer mais brasileiros do Chile na próxima quinta-feira, segundo o embaixador. Na madrugada de hoje, uma aeronave trouxe 30 brasileiros. O avião modelo Hercules, C-130, irá transportar aparelhos de hemodiálise, telefones satélites, um hospital de campanha da Marinha, além de técnicos em avaliação de estrutura -- parte do material foi doado por empresas e a outra pertence a FAB. No retorno ao Brasil, será possível trazer 70 pessoas. Ao todo, mais de mil brasileiros procuraram a embaixada do Brasil no Chile desde sábado, quando o terremoto de magnitude 8.8 atingiu o Chile. Eles buscam desde informações sobre o terremoto até orientações sobre como agir. 39

40 PRESIDENTE DO HAITI DIZ QUE QUASE 170 MIL CORPOS JÁ FORAM RECOLHIDOS da Folha Online 27/01/ h55 O presidente do Haiti, René Préval, anunciou nesta quarta-feira que os corpos de quase 170 mil vítimas do terremoto de 12 de janeiro já foram recolhidos, um número superior ao último balanço fornecido pelas autoridades. Muitos esforços foram feitos em 15 dias. A Companhia Nacional de Equipamento já retirou quase 170 mil mortos das ruas e removeu grande parte dos escombros para facilitar a circulação, disse. Segunda-feira, o ministro da Saúde, Alex Larsen, disse esperar um balanço final de 150 mil mortos após o terremoto, destacando que as autoridades já tinham contado 90 mil. À agência de notícias Reuters, Préval confirmou ainda que as eleições legislativas do Haiti programadas para 28 de fevereiro estão adiadas por tempo indeterminado. A campanha eleitoral deveria ser aberta amanhã, mas por razões óbvias isto não poderá acontecer. Os escritórios do Conselho Eleitoral desabaram com o forte terremoto que matou até 200 mil pessoas. Membros da ONU (Organização das Nações Unidas) que trabalhavam com o grupo morreram e materiais da eleição ficaram soterrados, afirmou Préval. Por razões humanas e técnicas, é óbvio que o processo eleitoral não poderá proceder como o planejado. [...] Agora temos que discutir com os vários partidos o que irá acontecer, e qual será o próximo plano. Préval disse que não se candidatará à reeleição. Seu atual mandato acaba em 11 de fevereiro de Hoje, agências da ONU presentes no Fórum Econômico de Davos pediram que seja doado ao Haiti dinheiro vivo e não mercadorias. No que diz respeito a mercadorias há duas exceções: os haitianos necessitam desesperadamente de comida pronta para consumir e barracas, diz Catherine Bragg, do órgão humanitário da ONU (Ocha, na sigla em inglês). Ela lembrou que se aproxima a temporada de chuvas no país. Em Washington, o FMI (Fundo Monetário Internacional) aprovou a entrega, ainda nesta semana, de US$ 114 milhões em ajuda emergencial ao Haiti. As necessidades do Haiti são imensas e urgentes, falou o diretor-geral do Fundo, Dominique Strauss-Kahn, em uma nota. O aumento das somas enviadas pelo Fundo (...) contribui para ajudar nos gastos que o país tem, permitindo que o governo local pague importações de primeira necessidade sem esgotar as reservas do Haiti, acrescentou. Especial A Catástrofe Do Haiti N o Edição: Jan - 21:00 Atualizado em 18.Jan.10-16:22 O TREMOR QUE MATOU UM PAÍS Com um terço de sua miserável população atingida por um terremoto, o Haiti virou um dos mais graves casos de emergência humanitária da história e corre o risco de mergulhar, de novo, na selvageria. Claudio Dantas Sequeira e Luiza Villaméa TERRA ARRASADA - A capital Porto Príncipe, onde imperam a destruição e o caos. 40

41 Sete mil corpos já foram enterrados em valas comuns. Milhares de outros estão sob escombros ou empilhados pelas ruas da capital Porto Príncipe. Feridos e desabrigados caminham a esmo em busca de socorro. A água se tornou o bem mais precioso no Haiti arrasado por um terremoto com capacidade destrutiva equivalente à de 25 bombas atômicas. Com epicentro a apenas 15 quilômetros de Porto Príncipe, o fenômeno registrado às 16h53 locais da terça-feira 12 multiplicou uma miséria secular. No dia seguinte à catástrofe inimaginável, como definiu o presidente René Préval, ele mesmo foi encontrado na rua por uma equipe da rede americana CNN em aparente estado de choque. Préval sintetizou então o sentimento de uma nação: Não tenho onde dormir. No dia seguinte, Préval ajudou a enterrar os primeiros corpos resgatados dos escombros. Com um terço da população de nove milhões de habitantes atingido pela catástrofe, o Haiti virou um dos mais graves episódios de emergência humanitária da história. Tragédia sem fim. O cenário é de absoluto terror. No país sem infraestrutura, os já precários sistemas de energia, de comunicação e de abastecimento de água entraram em colapso. Como o Haiti não tem Defesa Civil, os esforços iniciais de resgate foram feitos por funcionários da ONU, militares e cidadãos comuns, a maioria desesperada em busca de familiares desaparecidos. À medida que o tempo passa, aumentam os riscos de que epidemias se alastrem. Quando todos os mortos forem enterrados e os feridos tratados é que se começará a dimensionar o legado dessa tragédia sem fim. A situação vai piorar. Muitas outras pessoas vão acabar morrendo, afirma o radialista haitiano Carel Pedre. Algumas, no momento, querem apenas resgatar aqueles que amam. É o caso do vendedor ambulante Lionnel Dervil, pai de quatro filhos: Eu só quero o corpo da minha mulher. Sei que estão ocupados tratando dos sobreviventes, mas há uma divisão cheia de corpos onde não consigo chegar. VALA COMUM - Corpos amontoados, busca heroica e saques aumentam o desespero e a dor da população. 41

42 Os principais símbolos do Haiti o palácio do governo e a catedral viraram pó, apagando os últimos resquícios da colonização francesa. Também vieram ao chão o Parlamento, o Palácio da Justiça, os ministérios das Finanças, Comunicação, Trabalho e Cultura, os três hospitais da capital, o principal hotel e o prédio da Minustah, a missão de paz da ONU instalada no país desde Institucionalmente, o Haiti desapareceu. Parte de seu investimento no futuro ruiu quando os cinco andares da universidade desabaram sobre estudantes e professores. Segundo a Cruz Vermelha, 70% dos edifícios de Porto Príncipe foram destruídos. O Brasil, por sua vez, nunca esteve tão envolvido em uma tragédia natural no Exterior. Como comandante militar das forças de paz da ONU, o Brasil mantém no país caribenho mais de 1,2 mil militares, que se voltaram desde o primeiro momento ao resgate e atendimento às vítimas do terremoto. A contagem do Ministério da Defesa até a sexta-feira 15 somava 15 brasileiros mortos em decorrência da catástrofe, entre eles a pediatra e sanitarista Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança (leia reportagem à pág. 40). Os outros 14 são militares, sete deles vindos do 5º Batalhão de Infantaria Leve, sediado em Lorena (SP), que, pelo sistema de rodízio da Minustah, deveriam voltar para casa neste final de semana. Moradora da cidade vizinha de Cachoeira Paulista, a dona de casa Dalila Anaya Henrique se preparava para receber o filho mais velho, o soldado Tiago, 23 anos: Eu soube do terremoto, mas nem pensei que meu filho estaria morto. SOBREVIVÊNCIA - No país onde 80% são miseráveis, a pobreza piorou e a água virou o bem mais precioso. 42

43 Há ainda 25 militares brasileiros feridos e quatro desaparecidos. Para o ministro da Defesa, Nelson Jobim, há poucas chances de encontrá-los com vida. Falar em sobreviventes é eufemismo, disse. Além deles, também está desaparecido o diplomata Luiz Carlos da Costa, número dois da Minustah. Aos 60 anos, casado e com duas filhas, Costa é o brasileiro de maior hierarquia na ONU. Com toda a carreira dedicada a missões de paz, ele pediu há poucas semanas que o secretário-geral Ban Ki-moon estendesse seu mandato no Haiti por mais um ano. O diplomata estava animado com a nomeação do expresidente Bill Clinton como enviado especial da ONU para o Haiti. A amigos, disse que havia um novo sopro de esperança para impulsionar projetos econômicos que pudessem gerar emprego e renda para a população. Além de Costa, 188 funcionários da Minustah estão desaparecidos e 36 mortos. O corpo do chefe da missão da ONU, o tunisiano Hedi Annabi, foi encontrado morto entre os escombros. No vácuo de autoridade, o comandante militar, o general brasileiro Floriano Peixoto, que estava na sede da ONU em Nova York, viajou a Porto Príncipe para assumir a missão até a chegada de Edmond Mulet, antecessor de Annabi, indicado como responsável interino. Sem classe média Está tudo acabado. Teremos que recomeçar do zero, disse o brasileiro Ricardo Seitenfus, representante da Organização dos Estados Americanos (OEA) para o Haiti. Com 80% dos habitantes vivendo abaixo da linha de pobreza, o Haiti era um país agonizante que levou um golpe sem precedentes. A Cruz Vermelha estima em até 50 mil as mortes provocadas pelo terremoto, mas esse número pode aumentar à medida que avançar o trabalho das equipes de resgate enviadas das mais diversas partes do mundo. Um dos maiores entraves para os trabalhos de socorro e para a reconstrução do país está na própria composição da sociedade haitiana. Na prática, não há ligação entre a elite formada na França ou no Canadá e a massa de miseráveis. Tem um ministro da Educação muito bem formado, com cursos no exterior, mas não há um grupo intermediário que faça funcionar o projeto escolar, exemplifica o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, que chefiou a missão de paz da ONU entre janeiro de 2007 e abril de A inexistência de uma classe média com profissionais capacitados a fazer escoar a ajuda humanitária internacional que começa a chegar agrava ainda mais a desgraça que se abateu sobre o país. Com as ruas bloqueadas por destroços de todos os gêneros, as equipes que desembarcam no Haiti têm dificuldade até de locomoção. Acreditamos que há três milhões de pessoas afetadas no país, feridas ou desabrigadas, afirmou Victor Jackson, coordenador- 43

44 assistente da Cruz Vermelha no Haiti. Sem abrigo, água ou comida, muitos haitianos circulam a esmo pelas ruas e dormem ao relento, aglomerando-se principalmente no centro de Porto Príncipe e no estádio que abrigou o Jogo da Paz em 2005, entre as seleções de futebol do Brasil e do Haiti. Antiga colônia francesa, o Haiti chegou a ser conhecido no final do século XVIII como a pérola das Antilhas, por conta de sua exuberante cultura do açúcar, o petróleo da época. Inspirado na Revolução Francesa e com base em uma revolução de escravos, foi o primeiro país da América Latina a conquistar a independência, em Foi também o primeiro a acabar com o regime escravocrata. De lá para cá, porém, as tragédias que assolam o país são tamanhas que existe entre os organismos de ajuda humanitária o temor de que a comunidade internacional tenha se cansado do país. Resgate pedra por pedra Não desistam do Haiti como se fosse uma causa perdida, apelou Bill Clinton em um comovente pedido de ajuda ao país, tentando sensibilizar governos e também as pessoas comuns. Aos primeiros, pediu de imediato a cessão de helicópteros para o socorro aos feridos. Precisamos também de água, comida, abrigos e primeiros-socorros. O mais imediato que podem fazer é enviar dinheiro, mesmo um ou dois dólares, completou, em parte de discurso na Assembleia-Geral da ONU, dirigindo-se aos cidadãos. Cerca de 30 países, entre eles Estados Unidos, Brasil, França, Canadá, Cuba, China, Argentina, Venezuela e Israel, se mobilizaram de imediato. O presidente americano, Barack Obama, foi o mais generoso. Na quinta-feira 14, Obama anunciou a liberação de US$ 100 milhões para a recuperação do país caribenho, além do envio de dez mil soldados e fuzileiros, 300 médicos, um porta-aviões e um navio-hospital. No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a liberação de US$ 15 milhões e a criação de um gabinete de crise coordenado pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Félix. No país que faz resgates à mão, pedra por pedra, devido à ausência de equipamentos adequados, as perspectivas para o futuro são dramáticas. Além das colossais e imediatas perdas, há o risco de o Haiti voltar a um estado selvagem, submergindo numa crise políticoinstitucional similar à que protagonizou no começo da década de Com as forças internacionais de paz concentradas nas buscas aos sobreviventes e uma polícia precária, a segurança pública está ameaçada. O principal presídio do Haiti desabou com o tremor, deixando escapar um número ainda não conhecido de detentos. Na quinta-feira 14, um caminhão que tentava vender água na periferia de Porto Príncipe foi atacado por moradores sedentos. Na madrugada do mesmo dia, 44

45 o porta-voz da ONG Viva Rio, Valmir Fachini, informou por que as ruas de Porto Príncipe viraram palco de saques. Ouvimos vários disparos de armas de fogo sem poder dizer de onde vêm. Os saques começaram nos supermercados, que desabaram parcialmente, contou Fachini, usando a internet, o único meio de comunicação que sobreviveu ao terremoto por usar no país o sistema de transmissão via satélite. Antes de o tremor jogar o Haiti no chão, 2010 representava um importante passo para a normalização do país que, em 200 anos de história, sofreu 32 golpes militares. Desde o fim da ditadura de Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, em 1986, os haitianos sonham com uma democracia que abra caminho para instituições democráticas sólidas. As eleições legislativas estavam marcadas para o mês que vem e as presidenciais para novembro. Antes de o desastre natural lembrar ao mundo que o Haiti existe, o país já era uma miséria só. O simples cruzar de sua fronteira com a República Dominicana país com o qual ocupa a ilha de Hispaniola, no Mar do Caribe é uma experiência chocante. Assim que passa a divisa, o verde das florestas dominicanas cede lugar ao cinza de um deserto tropical. A porção oeste da ilha, ocupada pelo Haiti, tem aparência de terra arrasada reflexo do desmatamento para produzir o carvão que gera a energia usada pelo mais pobre país do continente. O que parecia não poder ficar pior, ficou. A Presença Brasileira A presença das tropas brasileiras no Haiti é resultado de compromisso assumido pelo governo em 2004, quando a ONU estabeleceu a Minustah, a missão multinacional convocada depois que uma crise política apeou do poder o presidente Jean-Bertrand Aristide e mergulhou o país no caos institucional. 45

46 O mosaico de barbárie formado por ex-militares, membros da polícia nacional e milícias governistas fez reféns civis inocentes, submetidos a toques de recolher e atos de violência extrema. No cálculo do Itamaraty, o protagonismo numa operação de paz é a chance para credenciar o Brasil na campanha por um assento no Conselho de Segurança da ONU. O primeiro brasileiro a pisar em Porto Príncipe foi o general Augusto Heleno, que se deparou com o caos e a falta de recursos. Por meses, ele se viu premido por um contingente reduzido, bem aquém do previsto pela ONU. O problema só foi resolvido no ano seguinte, mas a situação de instabilidade perdurou por quase um ano e meio. Pacificadas as favelas do Haiti, as tropas brasileiras intensificaram as ações de apoio social e de infraestrutura, mudando o perfil da missão. Dos militares, 230 são engenheiros, que trabalham na pavimentação de rodovias, construção de pontes e perfuração de poços artesianos. Segundo a ONU, a missão hoje tem o apoio de 78% da população. Até agora, o Brasil já desembolsou R$ 704,5 milhões com ações no Haiti, doou 500 mil doses de vacina contra a raiva e desenvolve com a França o projeto do banco de leite materno. A Agência Brasileira de Cooperação investe ainda US$ 16 milhões em projetos na área de agricultura familiar, coleta de lixo e formação de militares. Colaboraram: Adriana Prado, André Julião e Fabiana Guedes ISTO É - Especial Tragédia no Japão N o Edição: Mar.11-21:00 Atualizado em 20.Mar.11-21:59 O Big One do Oriente? Era início da tarde no Japão, quando um terremoto de 8.9 graus na escala Richter detonou a tragédia. O pior ainda estava por vir: um tsunami com ondas de até 10 metros devastou cidades, arrastou navios, matou e feriu milhares de pessoas Luiza Villaméa A DESTRUIÇÃO Sexta-feira 11, em Natori, nordeste do Japão: casas e fazendas arrasadas por água e fogo 46

47 Com dez metros de altura, a extensa parede de água avançou sobre a costa nordeste do Japão, arrastando tudo o que encontrava pela frente. Nos portos, a onda gigante jogou embarcações e contêineres de um lado para o outro, como se fossem feitos de papel. Nas cidades, veículos de todos os tipos flutuavam por ruas alagadas, aeroportos foram invadidos por águas transformadas em lama negra por causa da quantidade de destroços que carregavam, enquanto as pessoas buscavam abrigo em áreas mais elevadas. Nos campos, plantações de arroz submergiram em segundos. O devastador tsunami, que chegou a engolir um navio e um trem de passageiros, foi provocado por um terremoto de 8.9 graus na escala Richter às 14h46 locais (2h46 em Brasília) na sexta-feira 11. Seguido por 94 réplicas de menor magnitude, mas que chegaram a atingir até 7.4 graus. Foi, até agora, o maior terremoto da história do Japão, que há 140 anos começou a registrar o fenômeno natural. Formado por quatro ilhas principais e três mil ilhas menores, o país do extremo leste da Ásia situa-se sobre três placas tectônicas cuja movimentação assombra seu cotidiano. São mais de cinco mil abalos por ano e um imenso temor: a possibilidade de ocorrer a qualquer momento o chamado Big One do Oriente, um terremoto de magnitude tão extrema que arrase totalmente o arquipélago. Nunca se sabe quando pode chegar o daishinsai (o grande terremoto), é uma frase que se ouve com frequência nos mais diversos pontos do país. Não por acaso, estrangeiros recém-chegados ao Japão logo aprendem o significado do termo jishin (terremoto). Da mesma forma, desde a préescola as crianças japonesas passam por treinamentos para aprender a se abrigar durante terremotos (leia quadro à pág. 84). Na cidade de Kobe, no centro-sul do Japão, existe até um museu a céu aberto para relembrar o pior tremor que havia atingido o país antes da sexta-feira 11. Trata-se do Kobe-ko Shinsai, um parque que expõe de forma permanente marcas dos estragos provocados pelo Hanshin Awaji Daishinsai em setembro de 1923, com 7.9 graus de magnitude na escala Richter. No parque encontra-se parte do antigo atracadouro de barcos da cidade tal qual ficou após o tremor de 1923 com um grande fenda em sua estrutura de concreto e postes inclinados. O IMPACTO Ondas de dez metros chegam às praias de Iwanuma, em Miyagi, e colocam em alerta ilhas do Pacífico, partes dos EUA e Canadá A cada tremor de terra, por mais bem preparado que o país esteja, volta à memória dos japoneses a ameaça de uma ocorrência com maior potencial destrutivo. O perigo é real. Os grandes terremotos ocorrem de forma cíclica, como já está comprovado pela teoria do rebote elástico, afirma o 47

48 sismólogo João Willy Rosa, do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília. As placas tectônicas vão acumulando energia e, depois de um intervalo de tempo, essa energia culmina em um terremoto. Para que o evento se repita, é preciso que se passe um determinado período de tempo. No Japão, estima-se que este período seja de 100 a 150 anos. O fenômeno, portanto, não tem data marcada para ocorrer, como lembra o sismólogo José Roberto Barbosa, da Universidade de São Paulo (USP). Toda a região do cinturão de fogo está sujeita a grandes terremotos, diz Barbosa, referindo-se à área de grande atividade vulcânica e de terremotos no Oceano Pacífico. A ocorrência de um terremoto superior ao que acabou de ocorrer é sempre possível. AS PERDAS Tsunami destrói completamente zona residencial em Miyagi. O alerta aos moradores havia sido dado horas antes, permitindo uma fuga em massa Como se sinalizasse a tragédia que estava prestes a chegar, na quarta-feira 9 a região já havia registrado um terremoto de 7.2 graus, que não causou grandes impactos. Dois dias depois, quando o tremor eclodiu, seguido pela grande onda, a vulnerabilidade da região e o potencial de propagação da tragédia ficaram evidenciados por alertas de tsunami emitidos por 50 países, da Austrália ao Canadá, passando pelo Chile e pela Costa Rica e por toda a costa oeste americana. As organizações Cruz Vermelha e Crescente Vermelho anunciaram que algumas ilhas da região podem desaparecer. No interior do próprio Japão, mais de 80 focos de incêndios resistiam à ação dos bombeiros. Chamas gigantescas devastaram o complexo petroquímico da cidade de Sendai, no nordeste do país. Os maiores riscos, no entanto, vinham do setor nuclear, que produz 23% da energia consumida no Japão. Pouco depois do terremoto, embora ressaltando que não havia indícios de materiais radioativos fora das instalações, o governo declarou estado de emergência de energia atômica. Na cidade de Onahama, a cerca de 270 quilômetros a nordeste de Tóquio, o tremor causou falhas de energia e paralisou geradores da usina de Fukushima, impedindo o sistema de resfriamento de fornecer água suficiente para diminuir a temperatura do reator. Num primeiro momento, uma área de três quilômetros em volta da usina foi evacuada. Mais tarde, o círculo de proteção foi ampliado para dez quilômetros. A Agência de Segurança Nuclear do Japão admitiu a possibilidade de liberação de fumaça radioativa do reator de Fukushima. A medida, que seria inócua para os seres humanos e o meio ambiente, permitiria aliviar a pressão no reator que está 1,5 vez superior ao nível 48

49 considerado normal. Já o nível de radioatividade na sala de controle da usina era mil vezes além do normal. Dos 55 reatores do país, 11 foram desligados por precaução. Parar as centrais garantiu que não ocorressem explosões, afirma o especialista em radiobiologia Eduard Rodríguez-Farré, integrante do Comitê Científico da União Europeia. O lógico é que os reatores sejam mantidos parados até que sejam revisados um por um. 49

50 A DOR Resgate de feridos em Tóquio e estrada destruída em Mito. No porto de Onahama, carros, barcos e contêineres no mesmo cais. Em Miyagi restou observar a destruição Durante a madrugada do sábado 12, os moradores da capital, Tóquio, continuaram a sentir tremores de terra, como contou à ISTOÉ a carioca Manuela Leão, 25 anos. Estudante de engenharia eletroeletrônica na Universidade Cidade de Tóquio, ela desistiu de tentar dormir. Durante um tempo os tremores pararam, mas agora, às 4h da manhã, começou a ter alguns terremotos fortinhos um atrás do outro, diz Manuela. Desisti de dormir por medo de ter um terremoto forte de novo. Ao contrário do nordeste do país, Tóquio foi atingida pelo tremor, mas poupada da onda gigante. De acordo com o embaixador do Brasil no Japão, Marcos Galvão, a maioria dos 254 mil brasileiros que vivem no país mora em Tóquio. Não havia informações de vítimas na comunidade brasileira. Relatos de sustos, porém, não faltaram. Moradora da província de Kanagawa, a 32 quilômetros de Tóquio, a modelo brasileira Suzy Shimada, da agência internacional Cinq Deux Un, estava no centro da capital quando a terra tremeu. Mais exatamente, ela passava pelo cruzamento de Shibuya, 50

51 que é atravessado diariamente por três milhões de pessoas. Eu vi os materiais da fachada de uma loja tremendo, olhei para os lados e as pessoas estavam em pânico. Os pés não ficavam firmes no chão. As árvores balançavam como num filme de terror. No prédio em construção em frente aos meus olhos, um imenso guindaste balançava como se fosse uma mola. Foi um pavor! Só via as pessoas gritando Sugoi Kowaai, o que significa: Meu Deus! Que medo! A modelo, que há quatro anos vive no Japão, contou que já havia passado por outros tremores de terra, mas jamais imaginara testemunhar algum de tamanha magnitude. Um minuto depois o alarme soou, as pessoas saíam correndo dos prédios. Foi um desespero. Estava com o coração nas mãos. Eu só pensava no meu filho (Vitor, 5 anos) que estava na casa da babá, em Kanagawa. Só consegui contato com eles duas horas depois. Estava tudo bem. No Twitter, o cantor e compositor canadense radicado no Japão Blaise Plant fez um relato minuto a minuto do terremoto e seu impacto em Sendai, uma das cidades mais próximas do epicentro do terremoto: 15h07: A minha casa está um lixo! Eu estou bem! Foi assustador... o maior até agora! 16h47: Olá a todos! Parece que a situação se acalmou um pouco. Onde eu estou, os prédios estão danificados. Outdoors estão prestes a cair. 16h48: Peço a todos para se manter alertas... as coisas estão caindo... Ouvi que o tsunami parece muito grande na tevê. 16h49: Neste momento eu não posso ir para casa, o chão está tremendo. 17h16: Um monte de gente do bairro se reuniu para se manter aquecida. 17h24: Ainda grandes agitações... o tsunami parece realmente ter feito estragos... Parece que há mortes... mas eu não posso ter certeza sobre isso. 18h28: A cidade está em completo blecaute! Não consigo ver nada exceto luzes de carro! 18h41: Tenho que ir buscar meu primo na estação de Sendai... 18h50: Eu estou em pé no meio da cidade... 19h32: Graças a Deus vivemos em um país grande e organizado, onde todo mundo está ajudando uns aos outros! Na virada da noite da sexta-feira 11 para o sábado, quando o cantor já estava abrigado em sua casa, a 144 quilômetros de Sendai, a cidade de Kesennuma continuava em chamas. Horas depois, o governo do Japão estimava que 378 pessoas haviam morrido e 547 estavam desaparecidas. 51

52 O CAOS As águas tomaram o terminal do aeroporto de Sendai. No aeroporto de Narita, em Tóquio, a evacuação de passageiros. Na Índia, estudantes acendem velas pelas vítimas do Japão 52

53 As ondas que varreram o Japão e provocaram perdas humanas também causaram estragos na economia do país. Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkey fechou a sexta-feira em queda de 1,73%, o menor nível em cinco semanas. Grandes empresas sentiram imediatamente o impacto dos tremores. Maior fabricante de carros do Japão, a Toyota paralisou a produção em três plantas industriais, o que deve causar prejuízos superiores a US$ 30 milhões. Na Nissan, quatro fábricas foram fechadas, sem previsão de retorno das operações. Trezentos milhões de celulares ficaram mudos no Japão. A economia global foi igualmente afetada. Na própria sexta-feira, o preço do barril do petróleo caiu 3%, enquanto as ações de algumas das principais seguradoras do mundo despencaram. Estima-se que o setor terá de desembolsar cerca de US$ 10 bilhões em prêmios decorrentes da tragédia. O pior, porém, é a ameaça que continua no ar. O daishinsai (o grande terremoto) está para chegar? 53

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55 PREVENÇÃO E TECNOLOGIA AMENIZAM OS ESTRAGOS Por que o Japão é o país mais equipado do mundo para enfrentar grandes tremores de terra Nenhum lugar é tão suscetível a terremotos quanto o Japão. A cada ano, o país sofre cinco mil tremores de terra ou 10% de todos os abalos sísmicos registrados no mundo inteiro. Na nação que deu ao mundo a palavra tsunami, quase que a totalidade dos terremotos não deixa vítimas e sequer provoca danos materiais. De tempos em tempos, porém, os japoneses têm de enfrentar terremotos tão brutais que acabam por se transformar em tragédias de grandes proporções. O da semana passada, que entrou para a história como o maior de todos os tremores já ocorridos no país, fez um número recorde de vítimas, mas o resultado seria pior se os japoneses não fossem os maiores especialistas do planeta na prevenção de terremotos. Dos sistemas de alerta até a construção de prédios, dos treinamentos periódicos ao atendimento de emergência, o Japão é a nação mais bem equipada para sobreviver a hecatombes como essas. 55

56 Não é exagero afirmar que o Japão está permanentemente de prontidão. Nas escolas, a partir dos 6 anos as crianças aprendem a enfrentar desastres sísmicos. Uma vez por mês, os alunos simulam situações de fuga e bombeiros são convocados para dar palestras centradas em assuntos como sobrevivência em escombros. Mas não apenas os jovens são treinados. No Dia da Prevenção, celebrado em 1º de setembro, os trabalhadores são dispensados para que possam participar de exercícios que ensinam procedimentos seguros em caso de terremotos. Quando uma tragédia está em via de acontecer, as autoridades agem com velocidade impressionante. Alertas sonoros são disparados nas cidades e as emissoras de tevê e rádio mandam mensagens ininterruptas para toda a população. O videomaker brasileiro Carlos Nonnenmacher, 42 anos, é testemunha dessa agilidade. Ele mora há três anos no município de Hamamatsu, que fica a seis horas de carro de Tóquio e que entrou em alerta vermelho assim que o terremoto eclodiu. Sua casa fica a apenas 300 metros de praia. Poucos minutos depois dos tremores, a polícia foi a todas as casas, inclusive a minha, pedindo para irmos para os pontos mais altos da cidade. Segundo ele, a praia possui barreiras de proteção que são acionadas quando há risco de um tsunami. Em outros lugares, existem comportas que se fecham para evitar a propagação das ondas. Nos últimos 20 anos, o desenvolvimento tecnológico se tornou um aliado importante. Em pontos estratégicos do arquipélago japonês foram instalados 300 sensores que monitoram a atividade sísmica, além de outros 80 sensores aquáticos que indicam a altura, velocidade, localização e horário de chegada de um tsunami. A engenharia japonesa é a mais avançada do mundo na construção de prédios à prova de terremotos. Desde os anos 2000, os grandes edifícios são feitos com estrutura de aço no lugar de concreto, o que os torna resistentes a grandes tremores. Foram também os japoneses que criaram os sistemas de amortecimento instalados na base das construções, cuja função é absorver parte da energia dos tremores. Não é possível eliminar por completo os riscos, mas o Japão ensina que a prevenção é o caminho a ser seguido. 56

57 57

58 PEDOLOGIA EXERCÍCIOS 01. (UEFS) Diversos são os fenômenos que agem em íntima correlação nos processos intempéricos. Tais fenômenos agem separados ou conjuntamente, dependendo das condições climatológicas locais e da própria rocha em si. Sua ação consiste, pois, na degradação da rocha matriz com a consequente formação do solo. (LEINZ; AMARAL, s/d, p. 75). Com base no texto e nos conhecimentos sobre o intemperismo como raiz de transformação das rochas e dos solos e sua importância socioeconômica, pode-se concluir: a) O intemperismo deveria ser conhecido como erosão complementar, tendo em vista que ele constitui a última etapa no processo de destruição das rochas. b) O intemperismo, dentre os agentes de origem externa, tem sua ação resultante de processos mecânicos, químicos e biológicos que ocasionam a desintegração e a decomposição das rochas. c) Os solos, quanto à origem, são agrupados em vários tipos, como orgânicos e aluviais, sendo estes últimos formados por materiais transportados pelos ventos. d) Os solos, nos climas úmidos, têm uma pequena espessura, são ricos em sais minerais e elementos orgânicos, sendo fundamentais para as práticas agrícolas. e) O húmus resulta da decomposição do calcário e de detritos vegetais e produz solos pouco permeáveis, secos, claros e salubres. 02. (UEFS) Com base nos conhecimentos sobre a organização do espaço brasileiro, é correto afirmar: a) O café foi introduzido racionalmente, a partir do litoral de São Paulo, nas encostas das serras do Mar e da Mantiqueira, sem provocar a erosão dos solos. b) As planícies do Centro-Oeste correspondem às áreas planas das chapadas resultantes da acumulação de sedimentos antigos, onde estão assentadas as plantações de soja. c) Os espaços ao sul da Região Norte, favorecidos pelo clima tropical, pela distribuição racional de propriedades e pelas reservas indígenas estruturadas, dificultam o avanço da pecuária e da mineração. d) O deslocamento dos corumbás, vaqueiros contratados que saem da Zona da Mata rumo ao Agreste e ao Sertão, ocorre no período da seca. e) Os solos profundos, as temperaturas sempre elevadas, as chuvas abundantes e as baixas altitudes foram condições fundamentais para o desenvolvimento do cacau no sul da Bahia. 03. (UEFS) A destruição das florestas tropicais, em várias partes do mundo, é o preço pago, atualmente para que algumas atividades econômicas se desenvolvam. O desmatamento, em particular, proporciona várias conseqüências sobre os ecossistemas, dentre as quais se pode citar: a) o assoreamento dos rios, devido à maior quantidade de material transportado pelas águas correntes. b) aumento da lixiviação, com a consequente perda de nutrientes minerais e a ampliação da fonte geradora da matéria orgânica. c) a alteração do regime de chuvas locais, devido ao aumento do processo de evapotranspiração. 58

59 d) a aceleração da erosão sobre as formas de relevo e a consequente umidificação do clima. e) o aumento do numero de espécies vegetal e animal, em função da destruição da biomassa. 04. (UEFS) Solos que surgem nas regiões intertropicais de clima úmido com estações alternadas. O solo adquire uma coloração avermelhada por causa da concentração do minério de ferro e da lixiviação das bases trocáveis, tornando-o, assim, ácido. (GUERRA, 1966, p. 370). Considerando-se a importância das atividades agrícolas no mundo tropical,o texto acima se refere aos solos: a) lateríticos. b) imaturos. c) aluviais. d) podzólicos. e) oceânicos. 05. (UEFS) A propósito das inter-relações clima x solo x relevo X vegetação e dos fatores bióticos e abióticos da paisagem, pode-se afirmar: a) A savana africana é semelhante aos cerrados da América do Sul, pois, além de uma semelhança fisionômica, possui uma mesma composição de espécies e é explicada pela ecologia. b) As florestas tropicais Atlântica, Amazônica, do Caribe ou da Indonésia são semelhantes em muitos aspectos como em sua estrutura e composição das espécies, porque, além de estarem nas mesmas latitudes, desenvolvem-se nos mesmos tipos de solo, relevo e clima. c) Os solos se desenvolvem a partir de uma matriz vegetal que, por ação do relevo e dos seres vivos, se diversificam em muitos tipos. d) A região equatorial registra o domínio de massas frias, que aí se formam e prevalece a circulação oeste (alísios), produzindo climas secos nas costas orientais dos continentes. e) A capacidade nutricional de um solo é fundamental para o desenvolvimento das comunidades biológicas, pois as propriedades físicas e químicas da fração mineral dos solos são profundamente influenciadas pela presença de materiais orgânicos. 06. (UEFS) São solos zonais típicos das regiões de clima tropical úmido e semiúmido, como o do Brasil e da área central da África. Sua coloração pode ser vermelha, alaranjada ou amarela, em função da maior ou menor quantidade de minerais, como os óxidos de ferro e de alumínio que os compõem. Esses solos apresentam-se profundos, com espessura superior a 2m, bastante porosos, fortemente intemperizados e com pequena diferenciação entre os seus horizontes. De um modo geral, somente a camada superior se destaca das demais, devido ao acúmulo da matéria orgânica decomposta. (COIMBRA, 1993, p. 328). Considerando-se os conhecimentos dos solos e sua importância socioeconômica, pode-se afirmar que o texto se refere ao solo do tipo: a) massapê. b) tchernoziom. c) Iöess. d) terra roxa. e) latossolo. 59

60 07. (UEFS) O principal elemento que explica a formação e os tipos de solo é o clima, uma vez que os solos resultam da decomposição das rochas pelo intemperismo. Sobre os solos do Brasil e do mundo e sua importância econômica, é correto afirmar: a) O predomínio do intemperismo químico na formação dos solos do sertão semiárido brasileiro resultou na decomposição profunda das rochas. b) Os solos de maior fertilidade natural do Brasil se localizam nas faixas litorâneas do Nordeste e nas áreas dos planaltos sedimentares balsáticos. c) A intensa lixiviação dos solos das savanas africanas decorre do estabelecimento de uma agricultura rudimentar e da não-utilização de terraceamento nas áreas acidentadas. d) A importância econômica atribuída ao solo negro de Tchernoziom se deve à capacidade de permitir, ainda que na estiagem, o desenvolvimento das estepes e pradarias. e) Os solos aluviais, formados a partir da desagregação e da decomposição das rochas, apresentam grande fertilidade para o desenvolvimento de uma agricultura irrigada. 08. (UEFS) A análise dos perfis de solos e os conhecimentos sobre os tipos de solo permitem afirmar que o perfil: a) A apresenta configuração de solo maduro, com horizontes bem caracterizados, do tipo zonal. b) B possui características marcantes do intemperismo químico, no seu processo de formação, e são solos profundos do tipo aluvial. c) C, embora apresente boa fertilidade, não possui o horizonte B, sendo um solo com baixa acidez e elevada fertilidade. d) A e o perfil C não podem ser encontrados no Brasil, porque, apesar de se constituírem solos muito férteis, são rasos e pouco intemperizados. e) B e o perfil C apresentam configurações do tipo azonal, em regiões áridas, onde predomina o processo de lixiviação. 09. (UCSAL) Disseminar informação... eis o que, provavelmente faltou para o proprietário das terras onde surgiu o fenômeno apresentado na figura ao lado. O proprietário dessas terras, para melhor aproveitá-las, devia receber a seguinte informação correta: a) como nesse local há muita chuva, não derrube a vegetação, deixando o solo exposto. b) passe o trator para diminuir as ondulações do terreno e plante vegetais de raízes pouco profundas. c) com esses longos períodos de estiagem, a melhor forma de utilizar essa terra é utilizando irrigação. d) aproveite os sulcos deixados pela enxurrada e plante milho ou feijão. e) com o problema que essas terras apresentam, a única solução é criar gado de corte. 60

61 DESÉRTICO VESTIBULAR 10. (UFBA) As figuras I e II representam, esquematicamente, a ação das chuvas (erosão pluvial) sobre duas áreas em declive, uma com cobertura florestal e outra sem essa cobertura. Faça uma análise comparativa das duas situações, explicando a ação das águas da chuva em cada uma, e cite duas consequências ambientais da ocorrência verifi cada em II, sendo uma na área urbana e outra na área rural. 11. (UEFS 2010) A fertilidade do solo está intimamente relacionada à disponibilidade de elementos nutritivos, que possibilita ou não um bom desenvolvimento dos vegetais. Quanto aos solos de maior fertilidade natural, no território brasileiro, pode-se afirmar que eles: a) pertencem à classe dos litossolos, cujo horizonte A está alojado diretamente sobre o substrato rochoso. b) são de origem aluvial, com textura arenosa, grande profundidade e estrutura típica dos cambissolos. c) resultam do intemperismo químico na decomposição de rochas básicas, o que lhes confere uma coloração clara e PH acima de 7. d) ocorrem em superfícies planas e levemente ondulosas, relacionadas com derrames balsáticos e diques de diabásio. e) são encontrados no litoral nordestino, onde as camadas interiores, bastante adensadas, permitem o desenvolvimento de lavouras permanentes com raízes profundas. 12. (UFBA a FASE) Algumas das regiões carentes de água no globo Continentes Região Área (Km 2 ) África Saara Kalaari Tipo de ambiente Ásia América do Sul Superfície total Península Arábica Atacama

62 Com base no mapa, nas informações contidas no quadro e nos conhecimentos sobre as regiões desérticas destacadas: indique um aspecto comum, quanto à localização geográfica, existente entre os desertos africanos e o sul-americano referidos; identifique o tipo de erosão predominante nos ambientes desérticos; cite uma razão da importância estratégica da península arábica no cenário mundial. 13. UFBA 2012 O HOMEM E A TERRA: UMA UNIÃO POSSÍVELDE SER HARMONIOSA O homem é ao mesmo tempo criatura e criador do meio ambiente, que lhe dá sustento físico e lhe oferece a oportunidade de desenvolver-se intelectual, moral, social e espiritualmente. (CONFERÊNCIA DE ESTOCOLMO, , p. 7). A vida sobre a Terra e a dinâmica externa são movidas, basicamente, pela incidência da energia solar. 62

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