Documento informativo
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- Eduardo Santarém Gama
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1 Documento informativo
2 Alicia Bárcena Secretária-Executiva Antonio Prado Secretário-Executivo Adjunto Osvaldo Kacef Diretor da Divisão de Desenvolvimento Econômico Ricardo Pérez Diretor da Divisão de Documentos e Publicações O Estudo econômico da América Latina e Caribe é um documento anual da Divisão de Desenvolvimento Econômico da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). A elaboração da presente edição, , foi chefiada por Osvaldo Kacef, diretor da Divisão, e a coordenação geral esteve a cargo de Jürgen Weller. Nesta edição a Divisão de Desenvolvimento Econômico contou com a colaboração da Divisão de Estatística e Projeções Econômicas, da Divisão de Comércio Internacional e Integração, das sedes sub-regionais da CEPAL na cidade do México e em Port of Spain, e dos escritórios nacionais da Comissão em Bogotá, Brasília, Buenos Aires, Montevidéu e Washington, D.C. A primeira parte A economia da América Latina e do Caribe em foi escrita por Osvaldo Kacef, com insumos preparados por Vianka Aliaga, Claudio Aravena, José Manuel Arroyo, Rodrigo Cárcamo, Fernando Cantú, Juan Pablo Jiménez, Luis Felipe Jiménez, Cornelia Kaldewei, Sandra Manuelito, Ramón Pineda e Jürgen Weller. A segunda parte, As mudanças no financiamento externo e nos regimes macroeconomicos da região: efeitos heterogêneos dos choques externos e políticas para enfrentá-los, foi elaborada por Luis Felipe Jiménez e Sandra Manuelito. Para isso utilizou-se material preparado pelos consultores Ricardo Carneiro, Roberto Fruskel e Roberto Zahler, assim como insumos preparados por funcionários da Divisão de Desenvolvimento Econômico e outros participantes de um workshop realizado em abril de 211 em Santiago. O Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha e a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) colaboraram com o financiamento desta capacitação. As notas sobre os países baseiam-se em estudos realizados pelos seguintes expertos: Martín Abeles (Argentina), Olga Lucía Acosta e Alejandra Corchuelo (Colômbia), Dillon Alleyne (Guiana e Jamaica), Claudio Aravena (Equador), José Manuel Arroyo (Paraguai), Rodrigo Cárcamo (Venezuela (República Bolivariana da)), Álvaro Fuentes (Uruguai), Juan Alberto Fuentes (Cuba), Randolph Gilbert (Haiti), Michael Hendrickson (Bahamas e Belize), Luis Felipe Jiménez (Chile), Beverly Lugay (União Monetária do Caribe Oriental), Sandra Manuelito (Peru), Rodolfo Minzer (Panamá), Carlos Mussi (Brasil), Ramón Padilla (Costa Rica e México), Benjamin Rae (Bolívia (Estado Plurinacional da)), Juan Carlos Rivas (Guatemala), Kelvin Sargeant (Barbados, Suriname e Trinidad e Tobago), Francisco Villarreal (El Salvador e República Dominicana) e Willy Zapata (Honduras e Nicarágua). As notas dos países do Caribe foram revisadas por Benjamin Rae. Claudio Aravena, Fernando Cantú e Sandra Manuelito realizaram as projeções econômicas. O processamento e a apresentação da informação estatística estiveram a cargo de Alejandra Acevedo, Vianka Aliaga, Leandro Cabello, Jazmín Chiu, Diana Fajardo, Rodrigo Heresi, Isabel López e Damián Vergara. Notas Nos quadros da presente publicação foram empregados os seguintes sinais: Três pontos ( ) indicam que os dados faltam, não constam por separado ou não estão disponíveis. Um traço (-) indica que a quantidade é nula ou desprezível. A vírgula (,) se usa para separar os decimais. A palavra dólares se refere a dólares dos Estados Unidos, salvo quando indicado em contrário
3 3 ÍNDICE Página Apresentação... 7 Resumo executivo... 9 Capítulo I Panorama regional A. Introdução B. Economia internacional O contexto financeiro internacional e seu efeito sobre as economias da região C. Aspectos destacados da evolução recente das economias da América Latina e do Caribe Os agregados macroeconômicos O mercado de trabalho e os salários A inflação As contas externas D. As políticas macroeconômicas A política monetária e a cambial A política fiscal Balanço e perspectivas Apêndice estatístico Quadros Quadro I.1 Quadro I.2 Quadro I.3 Quadro I.4 América Latina: mudança de prêmios por risco de incumprimento de crédito a cinco anos, América Latina (países selecionados): elasticidade do emprego assalariado e do emprego assalariado formal em relação ao produto, América Latina e Caribe: variação em 12 meses do índice de preços ao consumidor (IPC), do grupo de alimentos e bebidas e dos demais grupos de produtos, de maio de 21 a maio de América Latina: taxas de variação interanual do comércio internacional segundo principais grupos de produtos, Quadro I.5 América Latina (19 países): fluxos financeiros externos, Quadro I.6 América Latina e Caribe: indicadores fiscais do governo central Gráficos Gráfico I.1 América Latina e Caribe: taxas de crescimento do PIB, Gráfico I.2 Taxas de crescimento da economia mundial, Gráfico I.3 América Latina: taxas de variação dos componentes do gasto em relação à igual trimestre do ano anterior, Gráfico I.4 América Latina: taxas de variação anual da formação bruta de capital fixo,
4 4 Gráfico I.5 América Latina (9 países): taxa global de participação e taxa de ocupação, média móvel de quatro trimestres, do primeiro trimestre de 28 ao primeiro trimestre de Gráfico I.6 América Latina (países selecionados): variação do salário médio real no setor formal e do salário mínimo real, Gráfico I.7 América Latina e Caribe: taxas de variação interanual do emprego, segundo categoria de ocupação e ramo de atividade econômica, 29 e Gráfico I.8 América Latina e Caribe: taxas de variação em 12 meses do índice de preços ao consumidor, do item alimentos e bebidas e dos demais componentes, dezembro de 29-dezembro de Gráfico I.9 América Latina: taxas de variação em 12 meses do índice de preços ao consumidor (IPC) e da inflação correspondente, Gráfico I.1 América Latina e Caribe: taxas de variação do IPC em 12 meses em média simples, Gráfico I.11 América Latina: estrutura da conta corrente, Gráfico I.12 América Latina: exportações totais segundo o destino, Gráfico I.13 América Latina: projeção da taxa de variação do valor das exportações segundo contribuição de volume e preço, Gráfico I.14 América Latina: projeção da taxa de variação do valor das importações segundo contribuição de volume e preço, Gráfico I.15 América Latina e Caribe: taxa de variação interanual das chegadas de turistas internacionais, Gráfico I.16 América Latina e Caribe: índices de preços dos produtos básicos e manufaturados, Gráfico I.17 América Latina: variação dos termos de troca, Gráfico I.18 América Latina e Caribe (9 países): variação trimestral interanual das remessas de trabalhadores emigrados, Gráfico I.19 América do Sul e México: saldo da conta corrente e composição do financiamento externo, Gráfico I.2 América Central, Haiti e República Dominicana: saldo em conta corrente e composição do financiamento externo, Gráfico I.21 Caribe: saldo da conta corrente e composição do financiamento externo, Gráfico I.22 América Latina: emissões de bônus externos e risco-país, Gráfico I.23 América Latina e Caribe: evolução da dívida externa bruta, Gráfico I.24 América Latina e Caribe (países selecionados): taxas de política monetária, Gráfico I.25 América Latina e Caribe (países selecionados): evolução de alguns agregados monetários, Gráfico I.26 América Latina (países selecionados): evolução do crédito total em termos reais, Gráfico I.27 América Latina e Caribe (países selecionados): variação da taxa de câmbio real efetiva, maio de 211 em comparação com o período Gráfico I.28 América Latina e Caribe (19 países): variação do espaço fiscal (receita, gasto e dívida do governo central), e Gráfico I.29 América Latina e Caribe: evolução das contas públicas, Gráfico I.3 América Latina (19 países): contribuição das variações da receita e dos gastos à variação do resultado global, Gráfico I.31 América Latina e Caribe (19 países): receitas do governo central,
5 5 Gráfico I.32 América Latina (países selecionados): evolução da arrecadação tributária em termos reais, sem seguridade social, Gráfico I.33 América Latina: gastos do governo central, Gráfico I.34 América Latina: fluxos de capitais e termos de troca, Gráfico I.35 América Latina e Caribe: crescimento do PIB, Requadros Requadro I.1 Possíveis efeitos para a América Latina e o Caribe do terremoto e tsunami ocorridos no Japão Requadro I.2 A evolução da produtividade do trabalho Requadro I.3 Tendência da conta corrente na América Latina... 6
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7 7 APRESENTAÇÃO A edição número 63 do Estudo econômico da América Latina e Caribe corresponde ao biênio , período durante o qual a região da América Latina e Caribe se manteve na senda da reativação de suas economias após a crise financeira e econômica global que golpeou a região na segunda metade de 28 e em 29. Esta reativação, apoiada por uma recuperação com características inéditas na economia mundial e pelas políticas macroeconômicas aplicadas na própria região, iniciou-se no segundo semestre de 29 e mostrou um dinamismo inesperado no ano 21. Em 211 a recuperação persistiu, embora o crescimento econômico tenha se desacelerado por razões tanto externas quanto internas. Na primeira parte deste Estudo econômico se analisam as características da reativação e os fatores que explicam sua fortaleza inicial, assim como sua posterior moderação. Destacam-se as diferenças entre os países e as sub-regiões, além dos obstáculos que encontram no contexto de uma economia com abundante liquidez e altos preços dos principais produtos básicos. Mostra-se como a reativação se expressou na evolução da atividade econômica, nos mercados de trabalho e no setor externo, e se examina como as políticas macroeconômicas se ajustaram aos desafios que surgiram no contexto posterior à crise. Por outro lado, se enfatiza a incerteza que caracteriza a economia mundial, os fatores de risco aí gerados para o crescimento da região e os fatores internos que permitem projetar outra, ainda que moderada, desaceleração do crescimento para o ano 212. Esta primeira parte do Estudo se apoia em um extenso anexo estatístico. Na segunda parte deste Estudo econômico se analisam com detalhe os desafios que apresenta um contexto de elevada liquidez nos mercados financeiros internacionais e altos preços dos produtos básicos mais importantes. Destacam-se os contrastes que implica este contexto externo para países que se caracterizam por marcadas diferenças nas pautas de seu comércio exterior assim como o grau de sua vinculação com os mercados financeiros internacionais e a profundidade de seus sistemas financeiros internos. Revisam-se os instrumentos macroeconômicos à disposição dos formuladores de política neste contexto e se discutem suas vantagens e desvantagens, tanto para enfrentar os obstáculos de curto prazo quanto do ponto de vista do desenvolvimento sustentado de longo prazo. Finalmente, analisa-se a conjuntura dos países da América Latina e do Caribe em 21 e no primeiro semestre de 211. As notas de cada país são acompanhadas por quadros que mostram a evolução dos principais indicadores econômicos. Estas notas, como o anexo estatístico específico para cada país, encontram-se publicadas no CD-ROM que se adjunta à versão impressa, assim como na página web da CEPAL ( Os quadros do anexo estatístico permitem visualizar rapidamente a informação dos últimos anos e criar quadros em páginas eletrônicas. Neste disco encontram-se também as versões eletrônicas da primeira e da segunda parte. A data limite para a atualização da informação estatística da presente publicação foi 3 de junho de 211.
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9 9 RESUMO EXECUTIVO Logo após a contração observada em 29, o PIB da América Latina e Caribe cresceu 5,9% em 21, embora, como característico da região, se evidencie uma grande heterogeneidade ao avaliar o desempenho específico dos países. Este comportamento do PIB esteve impulsionado por um elevado dinamismo da demanda interna, tanto do consumo como do investimento, assim como pelo aumento da demanda de origem externa. Quanto à demanda interna, o crescimento do consumo privado (5,9%) sustentou-se na melhoria dos indicadores do trabalho, tanto em termos de emprego como de salários, nas melhores expectativas em relação ao desempenho da economia, no aumento do crédito para o setor privado e, em alguns países, na recuperação das remessas de emigrantes. O consumo público, por sua vez, expandiu-se a taxas mais moderadas (3,9%) e o investimento aumentou 14,5%, destacando-se o dinamismo em máquinas e equipamentos. Em relação à demanda externa, o crescimento das exportações de bens e serviços foi particularmente notável nos países do MERCOSUL, El Salvador, México, Nicarágua e na República Dominicana, cujas taxas de expansão foram superiores a 1%. Ao mesmo tempo, o mencionado elevado dinamismo da demanda interna regional (7,5%) induziu uma alta, superior a 1%, das importações de bens e serviços a preços constantes. Para 211 a CEPAL projeta uma taxa de crescimento do PIB regional de 4,7%, o que implica um aumento de 3,6% no PIB por habitante. Este crescimento será o resultado da consolidação da recuperação que as economias da América Latina e do Caribe iniciaram na segunda metade de 29. Contudo, a perda paulatina do dinamismo da economia internacional e, em alguns casos, a retirada gradual das políticas públicas adotadas na região para enfrentar a crise, contribuiriam para explicar a desaceleração do crescimento em relação ao observado em 21. Também, e ainda que esteja previsto um contexto externo menos favorável e um entorno interno caracterizado por tensões quanto à evolução de algumas variáveis macroeconômicas que definem complexos dilemas de política para as autoridades econômicas dos países da região, espera-se um crescimento regional de 4,1% para 212, equivalente a um aumento de 3,% do produto por habitante. A evolução da atividade das economias da América Latina e do Caribe no futuro próximo se baseia, em grande medida, no impulso do consumo privado, associado, por sua vez, aos melhores indicadores de trabalho e ao aumento do crédito. Ao mesmo tempo, as expectativas favoráveis em relação à evolução da demanda interna e ao esgotamento da capacidade produtiva ociosa, em um contexto de maior disponibilidade de crédito, estão impulsionando um aumento do investimento. De igual forma, a sustentação do crescimento e a consequente maior capacidade de geração de emprego das economias da região antecipam uma nova redução da taxa de desemprego, que em 211 se projeta entre 6,7 e 7,%, com o que a taxa de desemprego alcançaria níveis inferiores aos existentes antes da crise. Além disso, a evolução do emprego assalariado formal em uma série de países, que na primeira parte de 211 estaria aumentando sua participação no emprego total, indica melhora da qualidade dos postos de trabalho criados. Este contexto de crescimento e de melhoria (quantitativa e qualitativa) dos indicadores laborais permite augurar um novo avance nos indicadores de pobreza. Por outro lado, o aumento dos preços dos produtos básicos, e em especial dos alimentos e dos combustíveis, no âmbito de um significativo crescimento da demanda interna, pressiona a alta a taxa de inflação e tem começado a colocar os bancos centrais da região frente ao renovado dilema de priorizar a estabilidade de preços ou tratar de defender em alguma medida a competitividade dos setores produtores de bens exportáveis e substitutivos de importações, em um momento em que a combinação de uma elevada liquidez internacional e da solidez de algumas economias latino-americanas, somada em vários
10 1 países à maciça entrada de divisas causada pelos altos preços dos produtos básicos de exportação e pelo renovado apetite dos investidores estrangeiros por realizar investimentos nos países emergentes, traduz-se em uma forte pressão à apreciação das moedas locais. A situação descrita apresenta uma série de riscos e dificuldades tanto no curto prazo como no médio e longo prazo. Por um lado, a maior entrada de fluxos financeiros estaria aumentando a vulnerabilidade da região a movimentos de capitais especulativos, com o agravante de que a magnitude dos recursos envolvidos poderia exceder a capacidade dos sistemas financeiros, dando origem a bolhas nos preços dos ativos financeiros e nos mercados imobiliários. Em um horizonte além do curto prazo, a apreciação da taxa de câmbio real pode afetar o componente externo da demanda de bens, especialmente em um cenário de perda de dinamismo do comércio mundial como o que pode derivar-se de uma diminuição do crescimento das nações desenvolvidas como a projetada a meados de 211. Assim, a ocorrência simultânea de apreciações reais das moedas e de aumentos dos preços dos produtos básicos operam como um incentivo para uma especialização intensiva em produção e exportação de produtos primários, aumentando a vulnerabilidade das economias da região aos choques externos e possivelmente gerando maior volatilidade nos agregados macroeconômicos internos, afetando negativamente a capacidade das economias de crescer, gerar emprego produtivo e de reduzir a desigualdade. Vale a pena reiterar que, embora os riscos não sejam iminentes, a situação deve ser considerada com cautela, o que aconselha aproveitar a conjuntura favorável para fortalecer a posição externa da região e gerar economias no setor público de modo a recuperar o espaço de políticas que se contraiu na crise. Por outro lado, medidas como controles ou limitações quanto à entrada de capitais de curto prazo também contribuiriam a diminuir a vulnerabilidade da economia. Estas recomendações, por outro lado, são compatíveis com a necessidade de conter a apreciação cambial referida anteriormente. Neste sentido, a reconstrução do espaço fiscal resulta de vital importância para os países da região, uma vez que contribuiria não apenas para enfrentar os tradicionais desafios das políticas públicas (necessidade de aumentar o investimento em capital físico e social), mas também a atender alguns desafios que surgem a partir da evolução do cenário internacional. O incremento da poupança do setor público permitiria ter uma política monetária menos contrativa e ajudaria a diminuir a tensão entre as estratégias antiinflacionárias e cambiais. Na segunda parte do documento (na versão em espanhol) se analisam os desafios que emanam de um contexto caracterizado por altos preços de produtos básicos e elevada liquidez que se inclina por ativos latino-americanos. Os países latino-americanos e caribenhos que se encontram nesta situação têm a oportunidade de aproveitar estes recursos para estimular o crescimento de longo prazo, mas enfrentam obstáculos como maior pressão inflacionária, perda de competitividade por processos de apreciação de suas moedas e ameaça de reprimarização de sua estrutura produtiva. As economias da região dispõem de uma série de instrumentos para conter os efeitos negativos deste contexto internacional que, além de terem custos associados, não têm efetividade assegurada e podem gerar efeitos secundários não desejados. Neste contexto o desafio para os encarregados da formulação de políticas consiste em conceber a adequada combinação de instrumentos que considere as características específicas da inserção comercial e financeira de cada país para criar um entorno favorável ao investimento, ao emprego e à melhora do bem-estar da população em geral.
11 11 Capítulo I PANORAMA REGIONAL A. INTRODUÇÃO A CEPAL projeta para 211 uma taxa de crescimento do PIB regional de 4,7%, que implica um aumento de 3,6% no PIB por habitante. Este crescimento é o resultado da continuidade da recuperação que as economias da América Latina e Caribe iniciaram na segunda metade de 29, embora a perda paulatina de dinamismo da economia internacional, somada à retirada gradual de algumas das políticas implementadas na região para enfrentar a crise, tenha contribuído a desacelerar o crescimento. Pelas razões mais adiante analisadas, cabe esperar que a região continue crescendo, mesmo em um contexto global menos favorável e com tensões relativas à evolução de algumas variáveis macroeconômicas que dão origem a complexos dilemas de política para as autoridades econômicas dos países da região. Para o próximo ano se espera um crescimento regional de cerca de 4,1%, equivalente a um aumento de 3,% do produto por habitante. No gráfico I.1 mostra-se que, como ocorrido nos últimos anos, as maiores taxas de crescimento são observadas na América do Sul, com uma taxa projetada de 5,1% para 211. Espera-se que a subregião centro-americana em seu conjunto, onde se destaca o sustentado crescimento do Panamá, cresça 4,3% e as economias do Caribe 1,9%. Gráfico I.1 AMÉRICA LATINA E CARIBE: TAXAS DE CRESCIMENTO DO PIB, 211 a (Em porcentagens) Panamá Argentina Haiti Peru Uruguai Equador Chile Paraguai Colômbia Bolívia (Est. Plur. da) AméricadoSul(1países) Rep. Dominicana América Latina e Caribe Venezuela (Rep. Bol. da) América Central (9 países) Guatemala Nicarágua México Brasil Costa Rica Cuba Honduras El Salvador Caribe 1,9 2,5 3,1 3, 3,2 5,7 5,3 5,3 5,1 5, 4,7 4,5 4,3 4, 4, 4, 4, 7,1 6,8 6,4 6,3 8, 8,3 8, Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em dados oficiais. a Dados preliminares.
12 12 O crescimento das economias da América Latina e do Caribe em 211 se baseia, em grande medida, em um impulso do consumo privado, que obedece à melhoria dos indicadores de trabalho e ao aumento do crédito. Ao mesmo tempo, o esgotamento da capacidade produtiva ociosa, originado na sustentação da demanda interna, em um contexto de maior disponibilidade de crédito está ocasionando um aumento do investimento que, desta forma, recupera os níveis alcançados antes da crise. Também o crescimento sustentado está repercutindo em forma positiva na capacidade de criação de emprego das economias da região e isto permite esperar uma nova redução da taxa de desemprego, que se projeta entre 6,7 e 7%. Deste modo, a taxa de desemprego poderia situar-se abaixo dos níveis prévios à crise, no âmbito de uma melhoria da qualidade dos postos de trabalho criados, como sugere o aumento da participação do emprego assalariado formal no emprego total, que se observa em uma série de países na primeira parte de 211. A continuidade do crescimento e a melhora (quantitativa e qualitativa) dos indicadores de trabalho permitem augurar uma nova queda dos indicadores de pobreza. A subida dos preços internacionais de alimentos e combustíveis, no contexto de aumento da demanda interna tem propiciado o surgimento de pressões inflacionárias. Como consequência, se aprecia um relativo endurecimento da política monetária em vários países da região, que tende a incrementar o diferencial entre as taxas de juros internas e as internacionais, o que, em uma conjuntura caracterizada por uma enorme liquidez internacional, pressiona em direção à apreciação das moedas regionais. Os países da região continuam incrementando suas reservas internacionais, mas este aumento já não responde tanto ao saldo em conta corrente (que na maioria dos países é crescentemente deficitário), mas ao resultado da conta financeira e, em especial, das operações de menor prazo relativo. Considerando a importância destes temas, tanto para a administração da política macroeconômica de curto prazo como para a alocação de recursos e a definição dos padrões de especialização produtiva, os capítulos conceituais deste documento se dedicam à análise da política macroeconômica e, em particular, de suas consequências sobre a paridade cambial, sob diferentes modalidades de inserção na economia internacional. O restante deste capítulo está estruturado do seguinte modo: na seção B se analisa a situação que a economia internacional atravessa; na seção C se estuda o comportamento dos principais agregados macroeconômicos internos e externos, enquanto a seção D se dedica a analisar as políticas macroeconômicas e os desafios que a região enfrenta neste sentido, assim como a avaliar as perspectivas quanto ao crescimento econômico. B. ECONOMIA INTERNACIONAL O produto mundial se recupera mais lentamente que o esperado dos efeitos da crise financeira global, o que obrigou a revisar as estimativas sobre a evolução do nível de atividade global. Para 211 se projeta um crescimento de 3,3% e para 212 se estima um crescimento de 3,6% 1. O escasso dinamismo observado na economia mundial e especialmente nos países mais desenvolvidos está indubitavelmente ligado às dificuldades desses mercados financeiros, associadas, entre outros fatores, à redução do endividamento das famílias, às debilidades do mercado imobiliário e aos problemas em relação às dívidas soberanas de alguns países europeus. Ao mesmo tempo, a crescente preocupação pela sustentabilidade da dívida pública das mencionadas economias está ocasionando um viés crescentemente austero nas finanças públicas, o que agrega outro elemento negativo às perspectivas de crescimento. 1 Veja Nações Unidas, World Economic Situation and Prospects. Monthly Briefing, Nº 32, Nova York, Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais (DAES), junho de 211.
13 13 Gráfico I.2 TAXAS DE CRESCIMENTO DA ECONOMIA MUNDIAL, (Em porcentagens) 8 7,4 6 5,9 6,2 6,2 4 3,9 3,3 4,7 3,6 4,1 2 2,4 2,5 2, 2,4-2 -2,1-2,1-4 -3, a 212 b Mundo Países desenvolvidos Países em desenvolvimento América Latina e Caribe Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em dados oficiais. a Dados preliminares. b Projeções. Espera-se uma taxa de crescimento de 2% para o conjunto de economias desenvolvidas durante 211, que poderia incrementar-se a 2,4% em 212. Pelas razões antes mencionadas, prevê-se uma frágil recuperação da economia estadunidense, cuja taxa de crescimento se projeta em 2,6% para 211 (2,8% em 212). A economia japonesa, severamente afetada pelo terremoto, maremoto e pelos problemas associados à geração de energia nuclear, se recuperará muito lentamente, pelo que se estima que a taxa de crescimento de 211 se situará em,7% (2,8% em 212). Na Europa, no entanto, se observa uma grande disparidade quanto às perspectivas de crescimento. Por conseguinte, com base em um crescimento projetado para o agregado regional de 1,85% em 211 (1,9% para 212), se espera que a Alemanha e os países nórdicos cresçam mais que a média, enquanto os países mais severamente afetados por problemas de dívida soberana e de índole fiscal continuem atravessando um período de baixo crescimento ou de recessão. As economias em desenvolvimento liderarão o crescimento global, com 6,2% de crescimento estimado em 211 (6,2% em 212). Dentro deste grupo, se destaca o crescimento estimado para a China (9,1% em 211 e 8,9% em 212) e a Índia (8,1% em 211 e 8,2% em 212), em um contexto de crescimento generalizado superior às taxas médias esperadas para a economia mundial.
14 14 1. O contexto financeiro internacional e seu efeito sobre as economias da região Ao longo de 21, vieram se intensificando os problemas de um grupo de países (Espanha, Grécia, Irlanda, Itália e Portugal) caracterizados por posições fiscais estruturalmente deficitárias e níveis de poupança privada muito baixos, situação que gerou um aumento contínuo da dívida pública e um déficit sustentado em conta corrente 2. Esta situação derivou em uma série de episódios críticos na Grécia, Irlanda e Islândia, cujo processo de resgate requereu a criação de uma instituição especial (o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF)), assim como a participação do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Central Europeu (BCE) e de governos de países em melhor situação financeira. Estas turbulências também afetaram outros países de menor tamanho da zona do euro (os denominados países periféricos) e países europeus que não pertencem a essa zona. Ao mesmo tempo, nos Estados Unidos se adotaram medidas monetárias para permitir um saneamento ordenado das carteiras de empréstimos de qualidade inferior e do sistema financeiro em geral, que havia sido afetado pela recessão derivada da crise financeira. Em consequência, em 21 começou a serem observados alguns sintomas de melhoria na economia desse país, embora a lentidão da recuperação tenha determinado que a Reserva Federal dos Estados Unidos mantivesse a taxa de referência da política monetária em níveis historicamente baixos. O Japão, por seu lado, afetado por uma estagnação que tem durado vários anos, durante 21 manteve uma política monetária orientada à recuperação de sua economia, com taxas de juros muito baixas. Em contraste com este panorama, os países emergentes mostraram uma pronta recuperação da crise e muitos deles o fizeram com baixos níveis de endividamento público e sistemas financeiros solventes, pelo que sua posição relativa comparada com as economias desenvolvidas aparecia claramente fortalecida. Isto se expressou em menores riscos percebidos na região em relação aos países desenvolvidos, antes considerados mais sólidos. O resultado deste conjunto de fatores foi uma expansão da liquidez global, que se expressou numa perda de valor das principais moedas de reserva, em especial do dólar 3. Em contrapartida, se registrou um incremento dos fluxos financeiros em direção à região, incluindo o investimento estrangeiro direto (IED), e uma apreciação real e nominal, em alguns casos, das moedas locais. Não obstante, esse não foi o único choque externo que afetou a região. O dinamismo das economias emergentes traduziu-se em uma renovada fortaleza da demanda de produtos básicos, que gerou uma alta dos preços dos metais, dos hidrocarbonetos e dos alimentos reforçada pela perda de valor das principais moedas de reserva. Deste modo, se exacerbaram as pressões para a apreciação das moedas dos países que são exportadores líquidos destes bens, ao mesmo tempo em que se incrementavam as pressões inflacionárias. 2 3 O caso mais grave foi o da Grécia, com altos níveis de endividamento público, déficit fiscal estrutural de 12,5% do PIB e déficit em conta corrente externa próximo a 14% do PIB. Veja as medições da posição fiscal estrutural e da conta corrente destes países na base de dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), World Economic Outlook Database, abril de 21. No caso da zona do euro, decidiu-se esterilizar os efeitos monetários das intervenções, tendo como prioridade melhorar a liquidez dos ativos bancários mais que estimular a demanda agregada. Consequentemente, essa moeda mostrou menor debilidade que o dólar.
15 15 Quadro I.1 AMÉRICA LATINA: MUDANÇA DE PRÊMIOS POR RISCO DE INCUMPRIMENTO DE CRÉDITO A CINCO ANOS, a (Em pontos básicos) Argentina Brasil Chile Colômbia México Panamá Peru Venezuela (República Bolivariana da) Primeiro semestre de 27 28,1 81, 15, 94,9 37,6 72,7 78,3 19,1 Segundo semestre de ,3 1,2 24,1 133,1 58,9 112, 19,2 41,6 Primeiro semestre de ,6 13, 6,3 17,7 16,4 154,6 128,9 576,7 Segundo semestre de ,1 231, 146,2 247,5 215,7 245,1 231, ,9 Primeiro semestre de ,1 285,4 188,8 329,1 32,8 331,8 37, ,1 Segundo semestre de ,2 131,2 76, 16,1 158,2 151,8 138, 1 149,3 21 eiro 1 27,4 144, 76,7 168,2 15,3 155,6 145,4 1 2,1 Fevereiro 1 15,6 13,2 74,2 157, 126,8 141,9 131,6 1 26,9 Março 92,8 13,5 82,9 15,1 116,2 126,6 127,8 927,9 Abril 85,4 123,7 84,2 146,2 115,1 115,6 121,5 899,7 Maio 1 212,3 135,8 13,4 163,4 133,6 129,4 135, , Junho 986,9 139,9 14,5 152,2 137,5 135, 136, ,6 Julho 793,6 116,9 77,9 123,8 116,9 18,5 19,3 1 4,3 Agosto 945,7 131,5 77,9 137,8 143,8 114,1 116, ,8 Setembro 75,5 115,9 73,9 117,8 122, 112,2 12, , Outubro 625,1 99,8 67,9 1,3 15,8 94,1 17,3 1 73,5 Novembro 735, 123,4 93,6 125,7 125,8 115,6 131, ,8 Dezembro 61,9 111,3 84,4 112,7 113,6 98,7 113, 1 15,9 211 eiro 625, 118,9 82,2 12, 122, 17,2 112,7 1 45,1 Fevereiro 658, 118, 78,4 119,9 114,5 14,2 113, ,3 Março 591,8 111,2 61,3 18,5 15,4 9,8 137,8 1 15,3 Abril 586,8 15,4 59,4 1,2 98,5 84,2 154,5 1 23,1 Maio 62,8 14,1 67,9 1,5 12,9 84,3 132,9 1 11,4 Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em cifras oficiais. a Os dados de 211 correspondem aos primeiros cinco meses. Durante 211 esta complexa conjuntura externa se mantém, com indícios inclusive de um possível agravamento. Nos Estados Unidos, a prioridade continua sendo a recuperação dos níveis do produto e do emprego, considerada também uma das condições necessárias para o saneamento do sistema financeiro. Além disso, o entorno de baixas expectativas inflacionárias tem permitido às autoridades monetárias assinalar que no prazo imediato e até meados de 212 não esteja prevista uma retirada do estímulo monetário 4. Embora as autoridades fiscais se encontrem em um prolongado processo de negociação para a redução do déficit, não se antecipam ajustes tão pronunciados como os adotados pelos países europeus. Em consequência, cabe esperar que a liquidez global originada nos Estados Unidos se mantenha no segundo semestre de 211. Na Europa, e na zona do euro em particular, o foco da política macroeconômica aplicada até este momento é muito diferente. À diferença do ocorrido nos Estados Unidos, as consequências monetárias das medidas destinadas a atender a crise financeira foram em sua maioria esterilizadas. Além disso, o BCE iniciou em abril de 211 um processo de aumento de taxas, 4 A necessidade de manter os estímulos monetários até que a economia mostre sinais mais claros de recuperação tem sido defendida com inusitado rigor por Paul Krugman, Inflation and economic Hooliganism, New York Times, 11 de maio de 211.
16 16 devido à elevação das expectativas inflacionárias. As projeções indicam que os níveis de inflação estarão situados em torno de 3%, o que excede a meta de 2% anual estabelecida por este banco, pelo que não se espera uma mudança na orientação da estratégia da entidade no curto prazo. A política fiscal na zona do euro, por sua vez, privilegia a recuperação da solvência como prérequisito da reativação econômica, embora no curto prazo estes ajustes orçamentários tenham efeitos recessivos. As crescentes dúvidas sobre a sustentabilidade da dívida de vários países levaram à implementação de drásticas medidas de corte de gastos, supondo que, no médio prazo, a confiança na estabilidade e na solvência pública estimularia o investimento e o emprego. Não obstante, os problemas relativos à sustentabilidade da dívida pública nos países mais comprometidos não estão solucionados. Em especial, se destaca o caso da Grécia, que voltou a ser fonte de incertezas ao constatar-se que as medidas adotadas para cumprir as metas fiscais comprometidas no plano estabelecido com o FMI, o BCE e o FEEF não surtirão o efeito desejado em termos de redução do déficit, pelo que o desembolso dos fundos contemplados na etapa posterior estaria em risco. Deste modo, tanto as autoridades desse país quanto expertos em finanças internacionais têm indicado a necessidade de reestruturar a dívida (isto é, reduzir o valor atual da dívida em poder dos credores), a fim de diminuir a carga do serviço da dívida e aumentar as probabilidades de cumprimento, evitando assim o círculo vicioso derivado de uma contração fiscal com efeitos recessivos no curto prazo, que agravaria o déficit interno. Os problemas que esta proposta determina para o patrimônio do BCE (um dos credores após o processo de resgate), assim como o temor sobre o contágio de outros países sobre-endividados postergam a implementação de uma solução deste tipo. No imediato, apesar de que a política monetária do BCE pudesse fortalecer o euro, a falta de resolução dos problemas de dívida soberana causa uma grande incerteza sobre o futuro desta zona, que continuará incentivando o fluxo de recursos financeiros a zonas mais seguras e rentáveis do mercado financeiro global. O rebaixamento na qualificação da dívida soberana de alguns destes países no segundo trimestre de 211 favorece ainda mais a possível saída de recursos financeiros desta área. No Japão, as implicações dos desastres naturais sobre o nível de atividade e do gasto público afetaram negativamente a qualidade da dívida soberana. Ao mesmo tempo, as autoridades econômicas mantêm os objetivos de evitar a apreciação da moeda e estimular a recuperação, pelo que se espera que a política monetária continue orientada a aumentar a liquidez. Deste modo, há uma tendência a ver-se consolidado um panorama global com acentuados contrastes entre as políticas macroeconômicas adotadas em centros econômico-financeiros decisivos. Isso permite antecipar um cenário de sustentada afluência de recursos financeiros aos países emergentes, com as conseguintes tendências à apreciação real das moedas, elevados preços dos produtos básicos e crescentes pressões inflacionárias. No entanto, prevalecem incertezas, particularmente em relação à sustentabilidade da dívida pública de alguns países europeus altamente endividados, assim como quanto ao momento em que os Estados Unidos alcançarão um ritmo de recuperação econômica que permita mudanças em sua política monetária.
17 17 Requadro I.1 POSSÍVEIS EFEITOS PARA A AMÉRICA LATINA E O CARIBE DO TERREMOTO E TSUNAMI OCORRIDOS NO JAPÃO Como sucedido em desastres naturais anteriores, o terremoto e maremoto (tsunami) ocorridos em 11 de março de 211 no Japão terão repercussões econômicas profundas e duradouras no âmbito local, mas seus efeitos para a economia mundial serão de menor duração. Mesmo assim, embora a atividade econômica das zonas afetadas represente uma fração inferior a 4% da economia japonesa, a destruição de parte da capacidade de geração elétrica teve consequências sistêmicas que influem no conjunto da economia do Japão. A experiência com o terremoto ocorrido em Kobe em 1995 mostrou a rápida capacidade de recuperação da economia japonesa. Ainda que no curto prazo tenha havido uma significativa queda da produção, os esforços de reconstrução rapidamente impulsionaram a recuperação da atividade e em um prazo relativamente breve se restauraram a infraestrutura e as moradias destruídas. No caso atual, o fenômeno natural foi muito mais intenso que o de 1995 e mesmo prevendo que depois de um período de contração ocorrerá a retomada da atividade econômica, o tsunami e a conseguinte deterioração das centrais elétricas nucleares ameaçam com postergar esta dinâmica e poderiam causar efeitos mais extensos sobre a produção. De fato, a redução da capacidade de geração de eletricidade, não só nas instalações diretamente afetadas, mas também naquelas fechadas preventivamente ante a alta probabilidade de novos fenômenos sísmicos num prazo imediato, tem provocado efeitos negativos nas demais indústrias, sobretudo no setor automobilístico, em autopeças, eletrônica e em produção de semicondutores. Em vários casos o suprimento de insumos foi interrompido temporariamente, afetando tanto a produção do país quanto a de outros países integrantes das cadeias globais de produção em que o Japão assume um papel fundamental. As estimativas indicam que por causa destes fatores o nível de produto poderia contrair-se entre 1 e 3%, para voltar a um nível levemente positivo em 212. Em consequência disso, o crescimento global em 211 será reduzido em meio ponto percentual. As implicações para a América Latina e o Caribe, como em crises externas prévias, serão transmitidas por canais comerciais e financeiros. No plano comercial, é muito provável que num prazo imediato a interrupção da operação normal nos canais de transporte e distribuição e a contração da atividade econômica interna do Japão se traduzam em menores importações, mas no médio prazo, à medida que prime o esforço de reconstrução, as importações de matérias-primas e combustíveis deveriam recuperar-se. A região da América Latina e Caribe dirigiu ao Japão cerca de 3,6 e 3,8% de suas exportações em 28 e 29 respectivamente, ou seja, um valor que poderia ser considerado baixo. As exportações do Chile, Bolívia (Estado Plurinacional da) e do Peru com destino ao Japão superam a média regional, porém num ambiente de dinamismo da demanda em nível global e ao tratar-se de minérios e hidrocarbonetos, seria possível redirecioná-las a outros mercados, compensando a redução da demanda do Japão. Em valores absolutos, o Brasil e o Chile são os principais exportadores regionais ao Japão, seguidos pelo Peru, México e pela Argentina. No âmbito dos serviços, a região registra uma baixa participação das exportações dirigidas ao Japão. Em particular, é baixa a participação do turismo de origem japonês nas exportações de serviços turísticos dos países do Caribe. Por outro lado, o investimento estrangeiro direto que chega à região proveniente do Japão em 21 alcançou 3% do total e recentemente tem adquirido algum significado no Brasil (5% do total), como também no Chile e no Peru em anos anteriores a. Historicamente o IED tem sido orientado a áreas de recursos minerais (Brasil, Chile, Peru) e nos últimos tempos também à provisão de serviços financeiros (Brasil). A orientação de longo prazo das motivações deste investimento não permite prever uma mudança radical devida ao terremoto no Japão. No que se refere aos efeitos sobre o investimento em carteira e outros fluxos de caráter financeiro que chegam à região como consequência do terremoto no Japão, as análises indicam uma possível intensificação das tendências prévias, que se expressam em algumas incertezas quanto ao curso futuro da dívida pública no Japão e nos Estados Unidos, e a exigência de maiores rendimentos (taxas de juros implícitas) aos títulos financeiros, o que afetaria o custo do financiamento para a região.
18 18 Requadro I.1 (conclusão) Certamente o Japão tem experimentado um contínuo aumento de sua dívida pública, como resultado de sustentados déficits e baixo ou nulo crescimento econômico, o que tem se traduzido em um escasso incremento de sua receita tributária. Em termos brutos a dívida pública alcança magnitudes próximas a 225% do PIB, embora quando se desconta a porção detida pelos organismos governamentais se reduza a 1% do PIB, cifra comparável com a de outros países desenvolvidos. No entanto, à diferença de outros países, a maior parte da dívida pública do Japão está em mãos de seus próprios residentes. Mesmo assim, as tendências indicam uma deterioração no curto prazo, devido a uma perda de receita tributável que poderia ser atribuída à projetada redução dos níveis de atividade e ao maior gasto público destinado à reconstrução. Por outro lado, no médio e longo prazo, o contínuo envelhecimento da população continuará pressionando o ritmo de gasto em pensões e saúde. Estes fatores levaram as agências qualificadoras de risco a rebaixar a perspectiva da qualidade da dívida soberana do Japão. Depois da China, o Japão é o principal possuidor da dívida dos Estados Unidos. Inicialmente estimou-se que os possuidores privados venderiam parte destes ativos para financiar a reconstrução e cobrir os seguros comprometidos por parte das companhias de seguros que mantêm esses bônus. Em consequência, nas primeiras semanas após o sismo observou-se uma apreciação do yen, que teve de ser compensada por meio da intervenção dos bancos centrais do Grupo dos Sete (G-7). Contudo, as análises, indicam que as companhias de seguros dispõem de recursos correntes suficientes (fluxo de prêmios) para fazer frente aos pagamentos correspondentes ao terremoto, pelo que a liquidação de ativos financeiros seria em escala inferior à antecipada inicialmente. No médio prazo, por sua vez, o envelhecimento da população do Japão permite projetar uma tendência ao consumo da poupança, e, em consequência, a uma menor demanda de ativos financeiros, dentre eles bônus do Tesouro dos Estados Unidos, pressionando ao aumento do custo financeiro da dívida em nível global. O resultado final dependerá de um conjunto de fatores relativos às finanças públicas globais, que no curto e médio prazo, em especial no caso dos países desenvolvidos, continuarão afetadas negativamente pelas medidas adotadas para enfrentar a recente crise financeira global. Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). a Veja CEPAL, La inversión extranjera directa en América Latina y el Caribe, 21, Santiago do Chile, 211. C. ASPECTOS DESTACADOS DA EVOLUÇÃO RECENTE DAS ECONOMIAS DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE 1. Os agregados macroeconômicos O PIB regional cresceu 5,9% em 21, embora com grande heterogeneidade quanto ao desempenho dos países. Os maiores crescimentos foram os dos membros do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) Argentina (9,2%), Brasil (7,5%), Paraguai (15,%) e Uruguai (8,5%), além do Panamá (7,5%), Peru (8,8%) e da República Dominicana (7,8%). No entanto, o Haiti (-5,1%) e a Venezuela (República Bolivariana da) (-1,4%) registraram quedas do PIB devidas, no primeiro caso, ao efeito negativo que o terremoto, que afetou o país em janeiro de 21, teve na atividade econômica. No caso da Venezuela (República Bolivariana da), a queda do PIB obedeceu à redução da demanda interna, derivada da perda de receitas do governo por exportações de petróleo e do racionamento elétrico estabelecido no primeiro semestre por causa da intensa seca. Por sub-regiões, a América do Sul registrou um crescimento de 6,4% enquanto a América Central mostrou uma expansão de 4% 5. Os países do Caribe, por sua vez, cresceram,4%, destacando-se a queda do PIB da Jamaica (-1,3%), a estagnação de Barbados (,3%) e o baixo dinamismo de Trinidad e Tobago (2,5%), economias que representam cerca de 7% do PIB dessa sub-região. 5 Este cálculo inclui Costa Rica, Cuba, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, Nicarágua, Panamá e República Dominicana.
19 19 O crescimento do PIB esteve impulsionado pelo elevado dinamismo da demanda interna, tanto em matéria de consumo quanto de investimento, e também pelo aumento da demanda externa. O crescimento do consumo privado (6,%) deveu-se à melhoria dos indicadores de trabalho em termos de emprego e salários, às melhores expectativas sobre o desempenho das economias, ao aumento do crédito ao setor privado e, em alguns países, à recuperação das remessas de emigrantes, enquanto o consumo público expandiu-se a taxas mais moderadas (3,9%). O investimento aumentou 14,3%, destacando-se o dinamismo do setor de máquinas e equipamentos. Como porcentagem do PIB, a formação bruta de capital fixo aumentou de 2,3% em 29 para 21,4% em 21, ainda inferior ao crescimento de 22,1% registrado em 28. O desempenho das exportações de bens e serviços foi particularmente destacado nos países do MERCOSUL, El Salvador, México, Nicarágua e na República Dominicana, onde se expandiram a taxas superiores a 1%. Ao mesmo tempo, o elevado dinamismo da demanda interna regional (7,5%) refletiu-se no aumento das importações de bens e serviços que, a preços constantes, cresceram a taxas superiores a 1%, destacando-se o aumento das importações de bens de capital e de bens de consumo duráveis, em particular, de automóveis. Dentre os setores da atividade econômica, destacou-se o desempenho do comércio, dos serviços financeiros, dos serviços a empresas e do setor de transporte e comunicações, que cresceram em forma generalizada. Em contraste, no setor produtivo alguns segmentos como a mineração, a indústria e a agricultura tiveram desempenhos heterogêneos. O setor agrícola registrou crescimentos importantes nos países do MERCOSUL, devidos às boas colheitas obtidas graças à normalização das condições climáticas. A atividade de extração mineral cresceu no Brasil, Colômbia (em ambos os casos, devido ao aumento da produção de petróleo) e na Bolívia (Estado Plurinacional da) (pela produção de gás natural). Contudo, a atividade industrial expandiu-se a taxas mais elevadas que a média na Argentina, Brasil, Colômbia, México e no Peru. A renda nacional bruta disponível da região incrementou-se 7,6%, graças à melhora, em média, dos termos de troca e à recuperação das entradas de remessas de emigrantes 6. Em dólares correntes, o investimento aumentou para 21,6% do PIB, de 19,8% do PIB registrado em 29. A pesar de o crescimento do consumo privado, medido em porcentagem do PIB, a poupança nacional também ter aumentado (de 19,5% em 29 para 2,5% em 21), a poupança externa aumentou para 1,2% do PIB. Os dados disponíveis indicam que a atividade econômica tem mantido seu dinamismo na primeira metade de 211. Em vários países, as taxas de crescimento do primeiro trimestre de 211 mantêm-se em níveis similares aos registrados ao longo de 21 e se projeta uma taxa regional de crescimento do PIB em 4,7% para Como porcentagem do PIB, o ganho derivado dos termos de intercâmbio em 21 situou-se em 3,4%. Os países exportadores de petróleo, assim como os de minerais e metais, foram os mais beneficiados e em quase todos os países da América Central (Costa Rica, El Salvador, Honduras, Panamá e República Dominicana) o efeito dos termos de intercâmbio foi negativo.
20 2 Gráfico I.3 AMÉRICA LATINA: TAXAS DE VARIAÇÃO DOS COMPONENTES DO GASTO EM RELAÇÃO AO MESMO TRIMESTRE DO ANO ANTERIOR, a (Em porcentagens e em dólares constantes de 25) I II III IV I II III IV I II III IV I Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em dados oficiais dos países. a Os dados de 211 correspondem ao primeiro trimestre. Gráfico I.4 AMÉRICA LATINA: TAXAS DE VARIAÇÃO ANUAL DA FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO, (Em dólares constantes de 25) 15 Consumo privado Formação bruta de capital fixo Importações de bens e serviços Consumo do governo geral Exportações de bens e serviços PIB Construção Máquinas e equipamentos Fonte: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com base em dados oficiais dos países.
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