Emprego e Redes Sociais e Eletrônicas: análise da situação de jovens usuários dos Infocentros

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1 Anexo - Conexões Científicas III Emprego e Redes Sociais e Eletrônicas: análise da situação de jovens usuários dos Infocentros Selim Rabia 1

2 III Anexo - Conexões Científicas Emprego e Redes Sociais e Eletrônicas: análise da situação de jovens usuários dos Infocentros Selim Rabia Resumo O problema do desemprego ronda toda a sociedade, mas especialmente os jovens, de baixa renda e educação mediana. Para abordar esse problema, buscou-se compreender como as formas de busca de trabalho podem ser utilizadas por essa população, mais especificamente, redes sociais e eletrônicas. De acordo com diversos trabalhos analisados, nota-se que essa população tem redes sociais restritas, que não conseguem auxiliarsignificativamente na conquista de trabalho. Ao mesmo tempo, o uso da Internet, e seu imenso conteúdo, para esse fim, requer alguma habilidade e competência. A inclusão digital é um passo extremamente importante, mas outras ações devem ser feitas para que as pessoas alcancem uma posição melhor na sociedade. Introdução Os jovens das camadas mais desfavorecidas da população, recém formados ou cursando o ensino médio são as maiores vítimas do desemprego. A falta de acesso ao emprego tende a perpetuar as diferenças crônicas entre as classes sociais no Brasil no que diz respeito à distribuição de renda. Sem trabalho não há ampliação da renda familiar e ainda menos a inclusão social, no sentido a ampliar seu acesso aos bens materiais e culturais. A conquista de uma posição no mercado de trabalho requer informação, conhecimento e estratégia para ser atingida. No caso do emprego, são importantes variáveis relacionadas ao grau de informação que o postulante possui, como a qualidade da educação, os relacionamentos e o conhecimento dos possíveis caminhos para se colocar num mercado de trabalho no qual os recursos humanos são abundantes. O acesso à Internet enquanto forma de acesso a informações pode ser um impulsionador na busca por uma colocação. Os governos do Estado e do município de São Paulo oferecem, nas localidades mais carentes, o acesso à rede visando promover a inclusão digital. Mas o simples 2

3 Anexo - Conexões Científicas III acesso às informações fornecidas pela Internet não se traduz necessariamente num aumento da possibilidade de inclusão ou desenvolvimento social, que resulte em melhoria das condições de vida dessa população. É necessário compreender os aspectos que vão do acesso à rede a inclusão digital e dessa para a efetiva inclusão social traduzida na forma oportunidades de emprego e renda, Sem uma visão mais abrangente do processo de inclusão, essa população continuará à margem do desenvolvimento econômico e social, contando apenas com um verniz tecnológico. Infocentros e seus usuários Os Infocentros são espaços em que são disponibilizados computadores com acesso gratuito à Internet. Essa é uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo que procura combater a exclusão digital junto à população de baixa renda, estimulando o desenvolvimento humano e social das comunidades. Os Infocentros fazem parte do Programa Acessa São Paulo que oferece também monitores para auxiliar os usuários no uso dos equipamentos e sistemas e também conteúdos através do Portal do Acessa São Paulo no endereço (ACESSA SÃO PAULO, 2005) Para analisar a população usuária dos Infocentros e os processos de inclusão digital foi desenvolvida a Ponline Pesquisa Online através de metodologia inovadora que utiliza os meios digitais em seus procedimentos. A Ponline de 2004 (ACESSA SÃO PAULO, 2004), apresenta o 4 perfil da população que freqüenta os Infocentros, distribuídos pela periferia da capital, interior e litoral com sendo jovens, basicamente pertence às classes mais desfavorecidas da população: - 76% das pessoas tem menos de 25 anos de idade; - 85% solteiros; - 64% cursam ou estão cursando o ensino médio (em geral há uma significativa defasagem entre a idade e o ano escolar); - 11% tem curso superior ou pós-graduação (1%); - 74% não trabalha e desses 76% declara estar em busca de novas oportunidades; - 24% deles não estudam e não trabalham; e - 70,8% declara sua renda familiar como sendo inferior a quatro salários mínimos. 3

4 III Anexo - Conexões Científicas A Ponline (2004) mostra também que existe o interesse da população por informações e por se desenvolver no uso da rede computadores. Alguns dados da pesquisa apontam nessa direção: as principais atividades dos usuários são receber e enviar s (18%), pesquisas diversas (17%); procurar emprego (12%), bate-papo (11%) conhecer novas pessoas (9%), sites do governo (8%), acesso a jogos (6%), serviços bancários (3%), compras (2%), cursos à distância (2%); 29% participam de espaços virtuais sendo as principais atividades bate-papo online (46%), comunicadores em tempo real como o Microsoft Mensager (19%), fóruns (12%),cursos à distância (11%) e listas de discussão (10%); e dos 71% que não participam, 33% declaram que não sabem como fazer. Os Infocentros do governo do Estado de São Paulo vêm obtendo sucesso sob a ótica de seus usuários. Na avaliação procedida pela Ponline 2004, mostra uma ampla aceitação e valorização do programa. Mas, observando-se mais atentamente os dados referentes ao impacto da Internet em sua vida pessoal, percebe-se que os aspectos que poderiam refletir uma melhoria na vida dos usuários são os únicos que deixam a desejar. Numa escala de zero a dez, o programa recebeu as seguintes avaliações: Saber usar a Internet melhorou minha vida pessoal (8,5); Através da Internet consegui novas oportunidades de trabalho (4,6); A Internet melhorou meu desempenho profissional (7,4); Tenho mais facilidade em aprender depois da Internet (8,0); Estou mais informado sobre as notícias do país com a Internet (8,2); Participo mais da comunidade depois da Internet (6,9); Tenho novos amigos que conheci através da Internet (6,4); Eu me divirto através da Internet (8,5); Cuido melhor da saúde usando as informações da Internet (6,3); e Minha vida financeira melhorou depois que comecei a usar a Internet (3,9). 4

5 Anexo - Conexões Científicas III Portanto, vemos uma percepção bastante positiva do programa. Os usuários valorizam o programa no que diz respeito ao uso da rede. Na periferia, ele funciona como um espaço de educação e alternativa de lazer, reconhecidas pelos pais, como espaço seguro e que mantém os adolescentes longe das ruas (PONLINE, 2004). Mas refutam a idéia de que há resultados na melhoria de vida através das avaliações referentes a oportunidades de trabalho obtidas por meio da Internet (4,6) e melhoria da vida financeira (3,9). O estudo concluí que os Infocentros têm possibilidades de desempenhar um papel importante na questão trabalho/emprego, fortalecendo as conexões entre os usuários e as organizações sociais, capazes de gerar novos conhecimentos, oportunidades de trabalho e renda. Para isso, continua, deveriam ser implantados sistemas públicos para mapeamento e aproximação entre as competências e demandas locais. Esta função potencial já faz parte das expectativas dos usuários em relação à atuação dos Infocentros. Portanto, percebemos uma situação em que o ciclo não se completa. O acesso à Internet e aos computadores melhora, de certa forma, a capacitação do usuário do Infocentro, num momento onde usar os recursos da informática é tão importante quanto saber ler e escrever. Daí para se alcançar uma situação de emprego, existem outras necessidades. A realidade do usuário dos Infocentros Os usuários do Infocentro são, em sua maioria jovens, pessoas de baixa renda residentes na periferia das grandes cidades neste caso no Estado de São Paulo com carências de diversos tipos: educacionais, culturais, de lazer, saúde e eventualmente alimentação. A inclusão dessa população nos processos de produção e consumo representa um dos maiores desafios do país. Por suas carências ela tem dificuldade de se colocar num mercado onde o fator mão de obra é abundante e a oferta de vagas escassa, indicando que há uma tendência de que a exclusão se perenize. À parte alguns programas assistenciais existentes, é necessário que esta população consiga se desenvolver social e economicamente através de habilidades que permitam que ela se ocupe em atividades que elevem sua renda, e o consequente acesso aos bens e serviços de que necessita, de forma autônoma. 5

6 III Anexo - Conexões Científicas Diversas iniciativas, como cooperativas e organizações do terceiro setor buscam levar a essa população auxílio para o seu crescimento. O Programa Acessa São Paulo, por meio dos Infocentros, oferece oportunidade de inclusão digital na tentativa de evitar que o fosso que a separa das camadas médias da população se acentue. Entretanto, a oferta pura e simples de equipamentos para uso dessa população não garante, por si só, nenhum resultado concreto. Os computadores e a Internet são um meio que pode resultar em benefícios reais na medida em que o usuário consiga operá-lo adequadamente, localizando informações relevantes, mantendo contato com outras pessoas e entidades e transformando isso em uma nova forma de acessar oportunidades ou competências, que no momento seguinte lhe propiciarão renda e acesso a um lugar mais central na sociedade. A Economia e o acesso a posições de trabalho Estudo do IPEA de 1997 (Barros et al), revela que os trabalhadores jovens, entre 10 e 29 anos, filhos, cônjuges, trabalhadores sem carteira e trabalhadores com educação mediana (cinco a sete anos de estudo) são as principais vítimas do desemprego. A idade e a experiência do trabalhador também contribuem para evitar o desemprego. Os jovens, que naturalmente tem menos experiência, tendem a ter maior probabilidade de ficar desempregado. Quanto à duração do emprego, esta cresce na medida em que aumenta o nível de educação e de experiência do trabalhador. É interessante notar que no aspecto educacional, as pessoas sem instrução têm uma taxa de desemprego similar àquelas com nível superior incompleto. Dados do IBGE (2004) confirmam essas informações. A Taxa de desemprego em 2003 na Região Metropolitana de São Paulo foi: de 10 a 17 anos 40,9%; de 18 a 24 anos 24% e de 25 a 49 anos 10,9%. Da população que freqüenta os Infocentros 86% está cursado ou cursou o segundo grau ou menos (ACESSA SÃO PAULO, 2004). É um nível de educação razoável para o Brasil. Portanto, existe uma característica estrutural que não contribui para a inserção desse jovem no mundo do trabalho. 6

7 Anexo - Conexões Científicas III A busca do emprego, numa visão da microeconomia clássica seguiria as leis da oferta e da procura, tendo-se como pressuposto o conhecimento de todas as oportunidades pelos atores. Portanto, alguém que está vendendo sua força de trabalho, conheceria todos os potenciais compradores (empregadores) e estipularia seu preço - mais alto se houvesse excesso de posições e mais baixo se houvesse carência de posições. Racionalmente, o contratante também conheceria todos os candidatos e selecionaria aquele que lhe proporcionasse o melhor retorno. A competição em última instância determinaria os contratados. Esse tipo de raciocínio já foi reconhecido como idealista e por sua desconexão com a realidade, os economistas introduziram o conceito da informação assimétrica (VARIAN, 2003) A distribuição e o acesso à informação é imperfeita no mercado, tanto para o contratado quanto para o contratante, e aquele que tem mais condições de acessar informações tem vantagens sobre os outros atores. Em outras palavras, pessoas que têm melhores relações ou maior acesso às informações sobre oportunidades de trabalho disponíveis, terão vantagem sobre as outras que não dispõem. O indivíduo que busca uma posição no mercado de trabalho terá mais chances se tiver melhor preparo para localizar uma vaga. As vagas de trabalho são ofertadas, em geral, nos jornais, revistas, agências de emprego, em meio físico ou em meio eletrônico na Internet. A outra forma, eventualmente mais eficiente, de se conseguir uma colocação é por meio da rede social, composta por colegas, amigos e parentes, que se encontram empregados e tem condições de informar e indicar pessoas para ocupar posições vagas. Forrester (1997) tem uma posição radical sobre as perspectivas do emprego. Embora as pessoas continuem tratando do emprego e desemprego como se fossem ligados a problemas conjunturais que algum dia deverão retornar a seu estado normal, ela acredita que as mudanças do ambiente socio-econômico não permitirão que o desemprego diminua. A globalização, a informatização e automação, a redução dos estados e concentração de renda não permitirão que o fator trabalho volte a ter poder de pressão para ampliar sua parcela na renda gerada no mundo. Ela acredita que o momento é bastante diferente e que o desemprego permanecerá e que os cidadãos irão se humilhar em busca de uma posição: Uma quantidade importante de seres humanos já não é mais necessária ao pequeno número que molda a economia e detém o poder. (FORRESTER, 1977) 7

8 III Anexo - Conexões Científicas Com a redução dos Estados a fragilidade dos cidadãos aumenta, pois são reduzidos os investimentos em saúde, educação, habitação e seguro desemprego. Pode-se inferir que se isso é sentido no primeiro mundo, a situação da periferia como América Latina e África é ainda pior. Como as pessoas imaginam um formato de mercado de trabalho similar à sua forma nos anos de industrialização, quando, em alguns momentos, os trabalhadores ampliavam seu poder de barganha e conseguiam algumas vitórias, hoje, aquele que está desempregado se culpa por essa situação. Os dados mostram problemas importantes para se conseguir emprego e ainda assim os que buscam tendem a se considerar incompetentes, incultos, fracos. Bourdieu, de certa forma, (2004) reforça a posição de Forrester. Segundo ele, a criação de oportunidades são bastante diferentes entre as classes sociais. Desde a infância, as probabilidades de êxito são diferentes entre os indivíduos, em função da escola e do ambiente que freqüentam. E essa diferença de oportunidades é, mais uma vez, vista pelo ator como um fracasso pessoal. Segundo ele as escolas...levam a maioria das crianças das classes e frações de classe mais desfavorecidas culturalmente à auto-eliminação, como por exemplo, a depreciação de si mesmo...ou a resignação ao fracasso e à exclusão... (Bourdieu, 2004) Redes Sociais e a Busca de emprego As redes sociais são compostas por indivíduos que se conhecem, sejam parentes, amigos, colegas de trabalho, parceiros comerciais ou qualquer outra forma de relacionamento. Ao se organizarem em redes, as pessoas passam a ter acesso às informações existentes na rede como um todo. A quantidade de informação recebida será tão grande quanto o tamanho da rede. Granovetter (1993) argumenta que a amplitude de informações e a mobilidade social de um indivíduo relacionam-se diretamente ao número de contatos indiretos que ele tiver, pois esses trazem novas idéias, informações e oportunidades. Granovetter ressalta que, ao contrário da intuição, os laços fracos formados por contatos pouco próximos - são indispensáveis para a geração de oportunidades e para a integração do indivíduo nas comunidades. Diferentemente de sua tradicional concepção como fonte de alienação dos 8

9 Anexo - Conexões Científicas III indivíduos, os laços fortes composto por pessoas mais próximas, como amigos íntimos ou parentes -, que eram concebidos como responsáveis pelas melhores relações e oportunidades, podem ser vistos, por um outro prisma, como causadores de fragmentação e inibidores de oportunidades, em função da força que promove na coesão das comunidades. Laços fortes fazem com que seus participantes se fechem num pequeno espaço social, inibindo o acesso a informações de outras redes. Segundo Burt (1995), as redes também podem ser mais ou menos eficientes, em função da existência de laços redundantes e da intensidade desses laços. Quando um grupo de pessoas estabelece uma relação do tipo todos ligados com todos, haverá um maior gasto de energia/custo sem que haja ganho para a rede no que diz respeito à informação e competitividade; apenas existirão mais relações para se gerenciar. No que diz respeito à intensidade, Burt afirma que um laço forte requer elevada dose de tempo e esforço dedicados à relação, feição emocional, confiança e reciprocidade. É um relacionamento que se molda e auto-reforça ao longo do tempo. Um laço fraco envolve transações pontuais entre agentes, onde a identidade dos indivíduos é menos importante e questões de confiança e reciprocidade são mínimas. Burt acredita que redes com maior número de contatos não-redundantes agregam mais benefícios por contato; maior diversidade traz maiores benefícios de acesso a informações; a eficiência de uma rede aumenta à medida que são inseridos novos contatos não-redundantes. Portanto, a existência de uma rede coesa, mas com muitos laços fortes e redundantes resultará em um alto investimento, sem que haja um retorno proporcional em informações/retorno. Imaginando-se um grupo pequeno que mantém laços de amizade muito fortes, esses investirão suas energia na manutenção dessa rede, que gerará informações redundantes. Esse tipo de rede, segundo Burt e Granovetter parece ser mais importante para a auto-estima do participante, mas não para sua colocação e competição no mercado de trabalho. Uma rede com laços fortes e redundantes estimula-o a não se integrar a outras redes. Dessa forma, não ocorre a troca e a renovação de informações e relacionamentos. Se alguém busca um emprego, não será numa rede desse tipo que irá encontrar, pois a informação se restringe àquela existente no grupo. Burt (2003) relaciona os buracos estruturais das redes, que é um caminho potencial entre duas 9

10 III Anexo - Conexões Científicas redes como uma oportunidade de se acessar novas informações e com isso atingir novas oportunidades e vantagens competitivas. Em outras palavras, é uma ponte que une uma rede à outra através de um indivíduo. Ao preencher esse buraco estrutural, o sujeito tem a oportunidade agir de forma inovadora em ambas as redes de acordo com os seus interesses, sendo a figura principal da ligação entre ambas as redes. O capital social é uma variável crítica para que o indivíduo ocupe uma posição importante na rede ou como ponte entre duas redes. A classe social colabora para ocupar uma posição de destaque dado que ele possuí contatos importantes (capital social) e repertório (capital intelectual) para manter relações em ambas as redes. E isso determina a taxa de retorno, ou seja, quais os benefícios que poderão ser conquistados ao ocupar essa posição de relevância. A taxa de retorno é algo decorrente da posição de ligação, pois o individuo é capaz de trocar informações entre as duas redes e ganhar com isso, já que essas informações encerram algum valor. Seidel (SEIDEL et al, 2000) não concorda com Granovetter sobre a vantagem de ter laços fracos sobre laços fortes. Para esse autor, os laços fracos têm maior alcance que os fortes e fornece maior quantidade de informações e influência. Seidel e outros discordam e afirmam que um amigo em uma organização trará maiores favorecimentos, pois privilegiará o candidato amigo, em detrimento da organização. Outra análise seria que laços fracos seriam apropriados para momentos em que se está em posições mais seguras e fortes, em momento de mercado recessivo. Elliot (2000), comparou as formas e resultados de busca de trabalho de três tipos de profissionais, que de alguma forma refletem classes sociais: posições gerenciais (posições de autoridade), trabalhadores qualificados e trabalhadores não qualificados. Esses profissionais podem entrar no mercado de trabalho por canais formais, ou seja, processos abertos de recrutamento e seleção ou por canais informais, através de sua rede social (indicações). Elliot relata, diferentemente de Granovetter e Burt, que para a busca de uma posição no mercado de trabalho, os laços fortes podem ser mais importantes que os laços fracos. Em seu estudo ele percebe que a forma de colocação varia em função das diferentes classes de trabalho. As posições de trabalhadores não qualificados para atividades gerais têm maior probabilidade de ocorrer através de contatos pessoais, vizinhos laços fortes, enquanto as posições de profissionais qualificados ocorrem por meio de processos formais laços fracos. As posições de autoridade também são feitas através de relacionamentos, mas de forma e motivos distintos dos trabalhadores não qualificados. Portanto, 10

11 Anexo - Conexões Científicas III a existência de uma rede social pode contribuir significativamente para que um trabalhador com baixa qualificação encontre uma posição. Um estudo realizado na Suécia com desempregados reafirma o que foi observado por Elliot (2000). Korpi (2001) realizou sua pesquisa junto a desempregados suecos e percebeu que 53% deles não utilizavam qualquer rede para localizar uma vaga. Quem usou a rede de contatos, na sua grande maioria utilizou aqueles laços fortes de ligação: 34% contra 14% que utilizaram conexões com laços fracos. Apesar de não conclusivo, os laços fortes também parecem oferecer melhores resultados na busca de trabalho. Com relação ao tamanho da rede, há evidência de um impacto na probabilidade de localização de trabalho. Quanto maior a rede maior a probabilidade de colocação. É possível se concluir que para o acesso a certo tipo de emprego, os laços fortes têm maior importância que os laços fracos, diferentemente das situações em que se busca uma melhoria na carreira e localização de oportunidades, em especial em níveis de comando, quando os laços fracos se tornam mais relevantes. (Granovetter, 1973 e Burt, 2003). A situação das redes e do desemprego no Brasil pode ter outra dinâmica que em outros lugares como EUA e Europa. Na Suécia as vagas têm que ser reportadas para o Board. Lá, de 90% a 95% dos desempregados acessam o Board, em especial para receber o seguro desemprego. 1 O trabalho de Granovetter Getting a Job: A Study of Contacts and Careers de 1974 (apud Korpi, 2000) conclui que a existência e estrutura de uma rede social afeta significativamente a chance de mobilidade de emprego. Isso, segundo Korpi (2001) é crucial para a estratificação social em sociedades industriais. Portanto, as redes sociais são muito importantes para a conquista de uma oportunidade de emprego. A ineficiência dessa rede é, de certa forma, responsável pela manutenção dos indivíduos em uma situação desfavorável no que diz respeito à qualidade de ocupação e renda. 1- Board é um órgão Sueco que opera um sistema nacional de agências públicas de emprego, com no mínimo um escritório em cada município. As informações de trabalho são obtidas nas listagens da agência ou através da Internet. 11

12 III Anexo - Conexões Científicas Isso remete a um raciocínio circular de causa e efeito: o jovem não encontra emprego por falta de experiência e acesso à redes que possam facilitar essa conquista e, por não ter emprego, não conseguirá experiência e ampliar sua rede social. A origem desse circulo provavelmente está na história de vida do indivíduo: onde nasceu, seus laços sociais, sua formação. Mas nesse momento de inserção, isso não se configura de forma clara. Educação É voz corrente que a educação, em especial as escolas públicas, vêm perdendo qualidade de ensino. Muito aspectos evidenciam essa constatação, desde os equipamentos públicos até o perfil do aluno e suas condições familiares para freqüentar uma escola. Na área da educação existem muitas discussões a respeito da qualidade do currículo escolar e sua capacidade de formar pessoas. Alguns acreditam que a escola deveria orientar-se mais para o mercado de trabalho no sentido de criar mão de obra qualificada e motivada, com mais chances de conseguir um emprego (RAMOS, 1977). Ele ressalta que o fenômeno do desemprego entre os jovens vai além das fronteiras brasileiras. Nos países da OCDE - Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - a faixa etária entre 20 a 24 anos é a que mais sofre o problema e conclui que o desemprego entre os jovens pode ser resultado da dissociação entre as escolas e o mundo do trabalho, sem descartar o problema estrutural de falta de vagas. Outros autores defendem que, pela velocidade com que as coisas estão mudando no mundo do trabalho, o conhecimento específico se torna rapidamente obsoleto. Portanto o aprendizado deveria ser direcionado para a solução de problemas. A educação deveria, portanto, passar pelo desafio de fornecer aos alunos o conhecimento necessário para que ele aprenda a aprender. Conseqüentemente, cabe à educação preocupar-se com as competências, que envolvem todos os tipos de saberes (formais, informais, teóricos, práticos/da experiência, sociais, etc.), e que o sujeito seja capaz de articulá-los de forma eficaz para superar os desafios que se colocam no mundo do trabalho (Desaulniers, 1997). Aprendizado e conhecimento são outros aspectos que estão ganhando novos contornos. Macedo (1999, apud Primi et. al) coloca que até há pouco tempo, o objetivo da aprendizagem era 12

13 Anexo - Conexões Científicas III acumular conceitos, estar informado sobre grandes conhecimentos. Apesar desse tipo de aprendizagem manter sua validade, é necessário também o conhecimento do saber como fazer ; um conteúdo procedimental. Macedo afirma que com os computadores, a questão do acúmulo de conhecimento não é mais processar, guardar ou atualizar informações, papel esse desempenhado muito bem pelas máquinas, mas encontrar e interpretar informações para a solução de problemas. Pierre Levy (1999) coloca que pela primeira vez na história da humanidade, a maioria das competências adquiridas por uma pessoa no começo de seu percurso profissional serão obsoletas no fim de sua carreira. Portanto um novo aprendizado se faz necessário. O fato é que independentemente das diretrizes da educação, a qualidade de tudo o que está sendo ensinado deixa a desejar. A segunda participação brasileira no Pisa - Programa Internacional de Avaliação de Alunos - em 2003 demonstrou dificuldades da maior parte dos estudantes em matemática e leitura. De 250 mil adolescentes de 41 países o Brasil teve a pior colocação em matemática (Pacheco e Scholze, 2004). O Saeb - Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica mostrou que o resultado do aprendizado de matemática na quarta série do ensino fundamental apresentou uma média nacional de 177 pontos, frente a um mínimo desejável de 200 pontos. Isso coloca 11,5% dos alunos da 4ª série em estágio muito crítico e 40,1% em estágio crítico. Essa avaliação envolve a capacidade do aluno em: estabelecer relações entre medidas de tempo; identificar a troca de moedas com pequenas quantias de dinheiro; decompor um número natural em suas ordens; calcular o resultado de subtrações mais complexas; efetuar multiplicações com números de dois algarismos e divisões exatas por números de um algarismo e resolver problemas simples, utilizando dados apresentados em gráficos ou tabelas. (Araújo e Luzio, 2004). No ensino médio, a situação é similar. Dados do Saeb mostram 42% dos alunos do 3º ano estão no estágio crítico ou muito crítico em suas competências em Língua portuguesa, com dificuldades em leitura e interpretação de textos (Araújo e Luzio, 2003). São considerados adequados apenas 5% desses alunos. Um aspecto é ainda mais lamentável nesse quadro: entre 1995 e 2001 o desempenho em língua portuguesa caiu 10%. Quando se analisa o problema, percebe-se que os alunos com desempenho muito crítico apresentam o seguinte perfil: 13

14 III Anexo - Conexões Científicas...76% estão matriculados no ensino noturno, 96% em escolas públicas, 48% conciliam trabalho e estudo e 84% têm idade acima da considerada ideal para a série. São filhos de mães com baixa escolaridade. O perfil dos estudantes com desempenho adequado é quase o oposto.(...) Os dados mostram que o ensino é mais ineficaz justamente para os estudantes mais carentes. (Araújo e Luzio, 2003) Segundo Araújo e Luzio, no nível fundamental, a educação oferecida no Brasil está muito aquém da qualidade necessária a um desenvolvimento sustentado e de longo prazo (2004b). Esta situação do ensino traz algumas conseqüências. A primeira é que pela limitação de seu aprendizado ele terá menos condições de criar estratégias para a busca de emprego, a segunda diz respeito ao próprio indivíduo, que terá menos chances ao concorrer com outros candidatos mais preparados. Por fim, seu desempenho poderá ser medíocre, impedindo que ele se desenvolva profissionalmente e, conseqüentemente terá dificuldades para melhorar suas condições de vida. O acesso e a qualidade da educação são aspectos fundamentais do controle social. A escola e o processo educacional resultam, de forma dissimulada, numa estrutura que impede a mobilidade social e mantém inalterada a estrutura de classes. (Bourdieu, 2004). A escola, e suas distinções de grupos sociais e qualidade de ensino, separa os indivíduos de diferentes classes sociais. Aqueles que tiveram acesso, através da escola e de contatos sociais, a uma cultura erudita acompanhada de uma estrutura de percepção, linguagem, apreciação se distinguem em meio dos outros que tiveram acesso a um sistema de ensino de menor qualidade e cujo meio social é tido como culturalmente inferior. (Bourdieu, 2004, p. 221). A Classe Social e Comportamento de Consumo O grupo social exerce uma importante influência no comportamento de consumo e nas motivações do indivíduo. As classes sociais, por suas características intrínsecas, vão determinar padrões de consumo e comportamento, ditado pela própria disponibilidade de recursos para o consumo. Max Weber (1968) define classe social como um agrupamento com interesses comuns no 14

15 Anexo - Conexões Científicas III mercado. É importante ressaltar que Weber vê as classes sociais como uma hierarquia, formando grupos com interesses comuns, mas não necessariamente com os mesmos padrões, estilos e comportamento de consumo. As classes sociais constroem e compartilham seus sistemas de idéias o que as torna mais homogêneas. Normalmente, indivíduos de um mesmo grupo compartilham as mesmas crenças, valores e identidade, que é um fenômeno que deriva da dialética entre o indivíduo e a sociedade (Berger e Luckmann, 2003), num fenômeno de influência mútua. A todo o momento, os consumidores decidem sobre objetos de consumo. Neste processo, uma série de fatores exerce influência com diferentes graus sobre o consumidor. A imagem de marca, os amigos, a pesquisa do próprio consumidor e a propaganda são alguns desses fatores e exercerão diferentes influências em função do tipo de produto e do risco envolvido. Produtos que demandam grande envolvimento por parte do consumidor, pelo seu custo monetário e emocional, como a compra de uma moradia, irão demandar mais tempo e maior pesquisa junto a fontes confiáveis do que a aquisição de refrigerantes que, em última instância, poderá ser consumido e/ou descartado sem maiores conseqüências. O consumo de informações não é diferente. A escolha do consumidor passará pela ponderação de seus atributos, pela pesquisa, pela influência de seu grupo social e pela imagem associada à fonte publicadora. A busca de informação demandará um tempo maior ou menor de acordo com o envolvimento do indivíduo, traduzido pela importância que aquela informação terá em sua vida. O preço da informação, que pode ou não existir monetariamente, será traduzido pelo esforço despendido na localização. Um modelo clássico de compra tem início com o reconhecimento de uma necessidade. A partir disso tem início o processo de busca que terá como principais fontes a própria memória e estímulos externos, como a propaganda e similares. Outros fatores influenciarão essa busca e a própria tomada de decisão, como a cultura, classe social, influências pessoais, família e a própria situação. A escolha é ainda influenciada por diferenças individuais, envolvendo os recursos do consumidor, motivação e envolvimento, conhecimento, atitudes, personalidades, valores e estilo de vida (Engel et. al, 1995 p. 237). 15

16 III Anexo - Conexões Científicas A aquisição de informações e/ou conhecimentos passará por um processo similar, partindo de uma necessidade e sofrendo influência de aspectos pessoais e ambientais, até a decisão da fonte mais apropriada de informação. E ainda será influenciada pela importância da informação e/ou conhecimento que está sendo procurada. Informações menos importantes serão adquiridas a partir de um esforço menor, enquanto informações mais vitais serão alvo de uma busca mais requintada. O comportamento de consumo reforça as distinções de classe. Bourdieu (2004) citando Max Weber distingue a situação de classe do grupo de status. O primeiro define-se pela posse de bens, enquanto o segundo se define menos por ter e mais por ser, ou seja, por uma certa maneira de usar os bens capaz de tornar raro o bem de consumo mais trivial. Nesse sentido as distinções simbólicas ampliam as diferenças exprimindo uma posição social e, por conseguinte uma estrutura social. Os bens ao lado da linguagem e da cultura realizarão as funções de associação e dissociação entre os grupos das diferentes classes sociais. A moda se presta muito bem à distinção. Mesmo sendo possível a produção em série, os fornecedores da elite limitam sua produção a poucas unidades ou sua distribuição a poucas unidades por região ou cadeia de lojas. Portanto, numa relação, o acesso a informações e bens simbólicos, expressos na aparência e na linguagem irão ter diferenças entre as classes sociais, impedindo, de certa forma uma integração e a ascensão social dos mais desfavorecidos. Eles possivelmente serão barrados por não exibir os símbolos adequados. O que se pretende argumentar é que o consumo de informações está interligado com o acesso às redes que o individuo tem condições de acessar, devido a limitações financeiras, cognitivas ou de relacionamento. Assim, as informações que os usuários dos Infocentros têm condições de consumir ficam restritas aquelas que são de propriedade de seu grupo social. Em se tratando do espaço dos Infocentros, esses poderiam representar o canal de acesso à rede eletrônica, que conecta indivíduos, organizações e informações, e possibilitar maior consumo de informações por meio da Internet. Entretanto, a rede social com tendências periféricas, e aspectos cognitivos oriundos de uma formação escolar de baixa qualidade em instituições 16

17 Anexo - Conexões Científicas III públicas, limitam esse consumo e acesso a um rol de informações que se abre e se disponibiliza preferencialmente aos indivíduos que têm acesso ao centro das redes sociais. Portanto, o posicionamento na periferia das redes sociais implica também ocupação do espaço periférico nas redes eletrônicas. Como conseqüência, o consumo de informações que possa mobilizar os indivíduos da periferia para o centro de suas redes sociais e eletrônicas passa por melhorar suas condições de educação e formação. Por outro lado, a forma como recursos da rede eletrônica são apresentados aos usuários também interfere para reforçar o seu posicionamento na rede social. A apresentação dos dados na rede eletrônica, ou mais especificamente, em sites que os usuários acessam, consumindo informações, esta restrita a problemas de usabilidade. Os sites são desenvolvidos, em sua grande maioria, para atender as necessidades de um publico com formação, competências e habilidades cognitivas desenvolvidas no centro das redes sociais. São esquemas mentais dos privilegiados para outros privilegiados. A capacidade de lidar com informações seja para acessá-las, seja para usá-las é um aspecto importante no desenvolvimento de habilidades e competências para uso pleno da Internet. Há uma quantidade incomensurável de informações disponíveis na rede, mas acessar a informação relevante e saber como utilizá-la em prol do desenvolvimento pessoal ou da busca de oportunidades requer alguma competência que nem sempre está presente na periferia das redes sociais. Relatório final de 2003 do ENEM Exame Nacional do Ensino Médio -, que mostra as competências necessárias para que os indivíduos tenham sua formação reconhecida, mostra que, na parte objetiva da prova (excluindo a redação) 35,7% encontra-se na faixa insuficiente a regular e 49,5% de regular a bom, com 18,9% de bom a excelente (ENEM, 2004). Portanto, um desempenho aquém do desejável no que diz respeito ao aprendizado formal. Os sites, de uma forma geral, são desenvolvidos retratando a expectativa de que os usuários tenham essas competências desenvolvidas. Eles são desenvolvidos por técnicos com boa qualificação que se encontram na dianteira do desenvolvimento tecnológico. Cumpre então um questionamento de quais as competências, objeto do ENEM, devem ser desenvolvidas, de forma que 17

18 III Anexo - Conexões Científicas os usuários se tornem mais capacitados a acessar e utilizar os sites. Em outras palavras, o desenvolvimento dos sites deveria prever as limitações dos usuários ou os usuários deveriam ter desenvolvidas as competências relacionadas ao uso da Internet. Sem isso, a inclusão digital se torna mais complexa, separando os entendidos dos limitados. Um estudo com estudantes universitários apresentou um desafio e forneceu quatro possíveis fontes para aquisição de informações para tomar uma decisão de negócios durante um curso: sites empresariais, sites governamentais, index de negócios e index completo. Sites empresariais na Internet foram o mais freqüentemente usados para realização da tarefa (64,3%). Os estudantes consideram mais rápido, fácil e divertido utilizar a Internet para pesquisas do que outras fontes e consideram as informações obtidas como sendo confiáveis, apesar delas não possuírem nenhuma referência. (Morrison et. all, 1998). Isso mostra que há uma lacuna referente à crítica no uso da informação (e sua fonte) que pode tornar o aprendizado na Internet falho, no que diz respeito a sua validade. No que se refere à capacidade de acessar informações, um estudo feito com estudantes na Universidade de Tel Aviv, com 54 estudantes com pelo menos um ano de usos da Internet, concluiu que esta não é uma competência trivial nem mesmo para pessoas com boa formação educacional. Aos estudantes foi solicitado realizar três buscas relativamente simples. Encontrar uma foto da Mona Lisa, Encontrar o texto completo do livro Robison Crusoe ou David Copperfield e uma receita de torta de maçã com foto (Gilad e Nachmias, 2002). Os resultados mostram um índice de sucesso de 54,5% dentre todas as buscas (3 x 54 = 162). Apenas 15% dos estudantes conseguiram cumprir as três tarefas e 6% não conseguiram cumprir nenhuma. Outras medidas mostraram que há grande variação entre o número de passos (páginas visitadas), variando de 2 a 111 e o tempo despendido no cumprimento da tarefa, variando de 1 a 41 minutos. Os autores notaram que há diferentes estratégias na procura, como usar os operadores de busca (como Yahoo ou Google) ou operadores boleanos (e/ou) e que os conhecimentos gerais dos usuários influenciam no sucesso da busca (por exemplo, saber que a Mona Lisa está no Museu do Louvre). Eles concluem que localizar informações na Web não é uma tarefa trivial e que há necessidade de um aprendizado formal para que haja sucesso. Se pessoas com suposta boa formação tem dificuldades em utilizar a Internet, pessoas com deficiências tendem a ter ainda mais. Se a qualidade da formação está vinculada à classe social, pode-se presumir que quanto 18

19 Anexo - Conexões Científicas III mais baixo na escala social maior será a dificuldade em utilizar a rede eletrônica para resolver problemas. No mesmo sentido, Roper Starch (2000, apud Gilad e Nachmias, 2002) descobriu que boa parte do tempo despendido na Internet é utilizado para buscas e que 71% dos usuários se frustram no processo de busca de uma informação específica. Portanto, uma boa educação ou talvez um aprendizado específico, seja necessário para que as pessoas tenham sucesso em lidar com a Internet. Comportamento do Consumidor A teoria do comportamento do consumidor pode contribuir para compreender aspectos das motivações dos usuários dos Infocentros. Os motivos pelo qual eles adquirem um produto, tangível ou intangível, utilizando-se de dinheiro ou qualquer tipo de esforço na troca. Existem diversas definições de Comportamento do Consumidor na literatura. Mooji (2004) apresenta a definição processual de Michael Solomon et al (1999 apud Mooji, 2004) como sendo o estudo do processo envolvido quando indivíduos ou grupos selecionam, compram, usam ou descartam produtos, serviços, idéias ou experiências para satisfazer necessidades e desejos. Esta definição é valiosa na medida em que incluí a noção de grupo e de idéias ou experiências. O comportamento do consumidor utiliza-se de conhecimentos da psicologia e da sociologia, entre outros, para compreender comportamentos dos consumidores em nível individual e grupal respectivamente. Mas para se compreender melhor o consumidor, suas necessidades e desejos, necessitamos uma visão que utilize diversos ângulos, envolvendo o indivíduo, a sociedade e a cultura, que se encontram no ambiente no qual ele está inserido e também interiorizada no individuo. A compreensão do comportamento dos usuários dos Infocentros deve passar pela análise de suas necessidades e de como elas são satisfeitas. A necessidade de informação, para a empregabilidade, a melhoria de vida, lazer ou socialização é resultado de um processo social e individual, marcado pela cultura, crenças e valores. Uma vez que estas influências estão presentes, elas terão 19

20 III Anexo - Conexões Científicas repercussão tanto no avanço quanto na limitação das decisões e experiências, fazendo com que o grupo e o indivíduo não consigam alcançar seus objetivos. Ou seja, uma vez que o grupo (ou rede) social tem uma limitação de saberes, esse não contribuirá muito para que o indivíduo complete satisfatoriamente o processo de compra. O comportamento de consumo é influenciado por quatro fatores básicos: fatores culturais, fatores sociais, fatores pessoais e fatores psicológicos (Gianesi e Correa, 1996). Já Hawkins, Best e Coney (1989) utilizam outro recorte, que incluí influencias externas, influências internas e processo decisório. Em ambos os casos, percebe-se a abordagem de aspectos pessoais, sociais e do ambiente. Essa compreensão é importante na medida em que ao se compreender as motivações torna-se possível encaminhar soluções. Muitas vezes essas motivações não são transparentes, nem mesmo para o consumidor. É preciso aprofundar-se na sua lógica para descobrir o que está por trás de seus desejos e como satisfazê-los. As necessidades humanas podem sofrer um primeiro a amplo recorte para sua caracterização. Podem ser de cunho fisiológico como a fome, a sede, a segurança ou de cunho psicológico, como o reconhecimento ou a auto-estima (Kotler 2000). Juntamente com as motivações surgem as expectativas, muito importante no contexto da prestação de serviço na medida em que o consumidor a compara com a experiência vivida. Os consumidores formam suas expectativas com base em suas necessidades, influência de amigos ou parentes, experiências passadas e informações recebidas através da propaganda ou outras fontes. Ao comparar a experiência real com as expectativas que a precederam haverá uma confirmação ou desconfirmação da qualidade e da satisfação. Com relação à motivação, podemos defini-la como um estado alterado de uma pessoa a qual conduz a um comportamento voltado a um objetivo (Mowen e Minor, 2003). A pessoa sente um estímulo, como a fome (interno) ou uma propaganda (externo) e a partir disso reconhece uma necessidade ou desejo. A necessidade podem ser de dois tipos: necessidade de expressão, ligados a aspectos sociais, de ego e estéticos; e a necessidade utilitária, ligada ao consumo. Um aspecto importante da necessidade é que ela pode ser natural ou aprendida. 20

21 Anexo - Conexões Científicas III Necessidades naturais estão ligadas a aspectos fisiológicos, como fome ou frio, e as necessidades aprendidas são resultantes de condicionamento ou socialização. O resultado da satisfação dessa necessidade é um sentimento de afeição, positivo quando atendida ou negativo quando não atendidas. A teoria de motivação mais conhecida é a Hierarquia de Necessidades de Maslow, na qual as pessoas necessitam primeiramente atender suas necessidades fisiológicas e depois as necessidades ligadas à afeição, estima, compreensão cognitiva, necessidades estéticas e auto-realização. Um individuo não se preocuparia com uma necessidade superior como afeição ou auto-estima enquanto não atendesse as necessidades inferiores, ligadas à fisiologia. A busca de uma posição no mercado de trabalho, por um lado está vinculado às necessidades fisiológicas, pois é necessário ganhar algum dinheiro para se manter. Por outro, temos os aspectos ligados à auto-estima e reconhecimento. A busca de uma posição no mercado de trabalho passa pelo acesso à educação, informação e relacionamentos. Não é possível comprar uma vaga. Ela surgirá da busca dos canais formais e informais e será bem sucedida se o indivíduo tiver capital social e cultural no sentido de competências relevantes para fornecer ao empregador. Considerações Finais A situação dos jovens de baixa renda, residentes na periferia de São Paulo, e eventualmente em qualquer local do Brasil, com relação ao emprego, merece uma abordagem ampla para sua solução. O desemprego é uma situação que persiste na sociedade e é agravada nas camadas mais jovens com nível educacional mediano. A inclusão digital não é suficiente para permitir a inclusão social e econômica e a melhoria de condições de vida das pessoas através das gerações. Quanto aos fatores objetivos, temos a situação crônica do desemprego no modelo econômico atual que impede que os jovens tenham acesso a posições de trabalho e renda. Apesar de terem 21

22 III Anexo - Conexões Científicas estudado vários anos, isso não está sendo traduzido em sucesso, sendo um dos principais motivos a queda estrutural no nível de emprego. A educação formal de baixa qualidade tem dois corolários importantes. O primeiro diz a redução da competitividade do aluno com um nível educacional qualitativamente deficitário. O segundo diz respeito à compreensão, pelo jovem, que freqüentou uma escola de baixa qualidade, de sua situação sócio-econômica e de como conseguir quebrar o ciclo vicioso para encontrar seu espaço na sociedade em que vive. Os aspectos menos objetivos dizem respeito à estratificação social e ao acesso ao poder. As redes sociais dos menos favorecidos não têm condições de alçá-lo a oportunidades no mercado de trabalho. Segundo Bordieu (2004) existe o capital cultural e o capital social, e esses andam de mãos dadas. As redes formadas nas periferias (físicas e sociais) dificilmente terão acesso às redes centrais, onde se encontram as oportunidades e a riqueza. Aliás, essa situação tem início no próprio ambiente familiar, que investe na educação de seus filhos imaginando que, com isso eles terão melhores oportunidades. Mas as escolas que eles freqüentam não conseguem reduzir o abismo existente. As mudanças por que passou o mundo como um todo nas últimas duas década, com sua virtualização e concentração de poder e redução do estado alteraram profundamente a paisagem relativa ao emprego (Forrester, 1997). Dificilmente, no curto prazo, os trabalhadores conseguirão adquirir algum poder de barganha frente ao capital. Portanto, políticas de estado devem ser organizadas para fazer frente a esse quadro social. A melhoria da qualidade da educação é um aspecto fundamental, se não para permitir o acesso ao emprego, ao menos para permitir a conscientização do cidadão quanto a sua posição na sociedade e ampliar as possibilidades de surgirem estratégias criativas para a mobilidade social, seja através da arte, lazer, empreendedorismo ou qualquer coisa que possibilite, aos excluídos, ter uma oportunidade de aumento de renda. A educação, mais do que nunca, deve estar atenta às mudanças por que está passando o mundo: a volatilidade das informações estáticas e do dinamismo das competências derivados no desenvolvimento das tecnologias de comunicação e informação e sua velocidade, a nova natureza do 22

23 Anexo - Conexões Científicas III trabalho, que é aprender, transmitir saberes e produzir conhecimentos e a alteração cognitiva gerada pelo ciberespaço (Levy, 1999). É importante salientar que a baixa qualidade da educação não é exclusividade das escolas públicas, mas se manifestam com maior veemência nessas. E isso reforça a exclusão social, pois com poucas vagas disponíveis, as empresas localizarão os mais capacitados e/ou os que possuem uma rede social mais poderosa. Portanto, uma escola de baixa qualidade inviabiliza o acesso às oportunidades de trabalho. Sistemas tradicionais dificilmente funcionarão. O Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego para Jovens, lançado em outubro de 2003 tem quase 250 mil jovens inscritos, mas as contratações apresentam números decepcionantes: em abril de 2005, o que significa menos de 1,5% de sucesso (Tabela 1). Há menos jovens contratados do que empregadores inscritos. Tabela 1: Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego para Jovens LINHA DE AÇÃO JOVENS INSCRITOS JOVENS QUALIFICADOS EMPREGADORES INSCRITOS VAGAS CAPTADAS VAGAS DISPONÍVEIS JOVENS CONTRATADOS APRENDIZAGEM (1) CONSÓRCIO SOCIAL DA JUVENTUDE (2) SERVIÇO CIVIL VOLUNTÁRIO n/d (3) n/d (3) n/d (3) n/d (3) SUBVENÇÃO ECONÔMICA RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPREENDEDORISMO JUVENIL Fonte: Ministério do Trabalho ( 23

24 III Anexo - Conexões Científicas Para Pierre Levy (1999) a Internet (o ciberespaço) são capazes de criar comunidades virtuais e inteligências coletivas, permitindo oportunidades e recursos (informação e conhecimentos). Assim, podemos inferir que a inclusão digital e o acesso universal promoveriam o desenvolvimento de regiões desfavorecidas, juntamente com outras medidas inclusivas. Isso não parece ser verdadeiro no caso da busca de emprego. Sem uma capacitação e compreensão da dinâmica social, é possível que o jovem não consiga compreender quais informações consumir. Como foi visto, apesar do volume de informações na Internet ser virtualmente infinito, se perder é uma possibilidade sempre presente. Figura 1 Classe Classe Social Social Redes Redes Sociais Educação Consumo de de Informações Internet Emprego A Figura 1 apresenta alguns aspectos que influenciam a conquista de um emprego. A classe social reflete no nível educacional e na qualidade das redes sociais do indivíduo. Essas por sua vez irão determinar o acesso a informações, sejam educacionais ou culturais, no sentido de que o ambiente irá estimular ou não o desenvolvimento cognitivo. Com uma melhor formação, em termos estruturais, a Internet pode contribuir para a ampliação de informações e de busca de oportunidades através da rede. Ao final, a conquista de um emprego poderá ser facilitada pelas redes sociais, abrindo portas e pela capacidade de localizar oportunidades e criar relações através da Internet. 24

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