INTEMPERISMO E FORMAÇÃO DE SOLOS. Prof. Deia Maria Ferreira Elementos de Ecologia 2017/2

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1 INTEMPERISMO E FORMAÇÃO DE SOLOS Prof. Deia Maria Ferreira Elementos de Ecologia 2017/2

2 Todas as rochas da Terra vêm sofrendo a deterioração há bilhões de anos

3 Qual a origem: das areias? das argilas? dos nutrientes?

4 EROSÃO Processos que desagregam e transportam solo e rochas morro abaixo ou na direção do vento. Transportam material solido alterado de um lugar e depositam em outro; Novas porções de rocha fresca e inalterada são expostas ao intemperismo.

5 Processo que produz: todas as areias, todas as argilas, todos os solos e as substâncias dissolvidas e carregadas pelos rios e para os oceanos INTEMPERISMO INTEMPERISMO: Conjunto de alterações físicas (desagregação) e químicas (decomposição) que as rochas sofrem quando ficam expostas na superfície da Terra. 2 tipo: físico e químico.

6 Intemperismo Físico: fragmentação mecânica Ocorre por ação de: variação de temperatura ciclos gelo/degelo; umidade, cristalização de sais, raízes de plantas e ouriços.

7 Intemperismo Físico: processo de fragmentação mecânica da rocha: não muda sua composição química

8 Intemperismo Químico: decomposição com alteração química Processo de decomposição da rocha com a alteração química dos seus minerais quando reagem com o ar e a água. Nessas reações alguns minerais dissolvem-se. Outros combinam-se com a água e com alguns componentes da atmosfera como o oxigênio ou com o dióxido de carbono, formando novos minerais.

9 Feldespato: o mineral mais abundante da crosta da Terra Reação química: Resultado:

10 Principais efeitos da decomposição dos silicatos 1) Produz as argilas 2) Lixivia sílica e cátions 3) Libera íons de bicarbonato dissolvidos Reação química: Resultado (1) (2) (3)

11 Liberação de minerais essenciais O anfibólio, a mica e outros silicatos se comportam de forma similar ao feldspato. Absorvem água e sílica e perdem íons como Ca 2+, Mg 2+, Na +, K +

12 Intemperismo químico: ação biológica Líquens, fungos, microorganismos

13 Fatores que controlam o intemperismo Material de Origem: natureza dos minerais Clima Relevo Presença/ausência de solos (organismos) Tempo

14 Material de origem Material de Origem: Clima Relevo Presença/ausência de solos (organismos) Tempo A natureza da rocha matriz controla o intemperismo porque: 1) os minerais alteram-se com taxas diferentes 2) a estrutura das rochas influencia sua suscetibilidade de fraturar-se e fragmentar-se.

15 Clima: variáveis importantes Material de Origem Clima Relevo Presença/ausência de solos (organismos) Tempo Precipitação: intensidade e frequência Temperatura; insolação Pressão atmosférica O tipo climático e suas variações ao longo do tempo são determinantes para a formação dos solos e também para a velocidade do desgaste do material original. Regiões de clima mais quente: processos mais acelerados de formação dos solos, pois o calor acelera as reações químicas.

16 Relevo: a dinâmica interna da Terra constrói o relevo, produzindo desníveis na superfície Material de Origem Clima Relevo Presença/ausência de solos (organismos) Tempo Interfere na distribuição de energia, afetando composição e textura na redistribuição de materiais: Água: escoamento superficial e infiltração (diferentes inclinações) Sedimentos: carreamento e deposição Nutrientes: lixiviação e fixação

17 Relevo: a dinâmica interna da Terra constrói o relevo, produzindo desníveis na superfície Material de Origem Clima Relevo Presença/ausência de solos (organismos) Tempo

18 Presença ou ausência de solo Material de Origem Clima Relevo Presença/ausência de solos (organismos) Tempo SOLO: fragmentos de rocha, argilominerais formados pela alteração química dos minerais da rocha-mãe e pela matéria orgânica produzida pelos organismos que nele vivem. funciona como um agente geológico que acelera desintegração da rocha; retém água e hospeda organismos gera um ambiente ácido que, com a umidade promove o intemperismo químico, que altera e dissolve os minerais.

19 Presença ou ausência de solo Material de Origem Clima Relevo Presença/ausência de solos (organismos) Tempo Mata Atlântica: Chuva intensa, temperatura alta, presença de solo e intensa atividade orgânica Deserto: escassez de água, extremos de temperatura, pouco solo, pouca atividade orgânica

20 Tempo de exposição Material de Origem Clima Relevo Presença/ausência de solos (organismos) Tempo Áreas formadas em épocas geológicas mais recentes: menos tempo expostas aos agentes intempéricos; solos jovens e mais rasos, geralmente com menor quantidade de material orgânico. Áreas geologicamente mais antigas podem apresentar solos mais profundos (a depender dos fatores anteriormente citados) e, em muitos casos, mais lavados e alterados quimicamente.

21 Resumindo... Processos tectônicos e vulcânicos Montanhas Intemperismo químico Intemperismo físico Depois dos processos tectônicos e vulcânicos formam-se as montanhas, a decomposição química e a fragmentação física juntamente com a chuva, o vento, o gelo e a neve desgastam estas regiões elevadas. DEPÓSITOS

22 Mata Atlântica: fragmentos e depósitos

23 Perfil Mata Atlântica: rochas, fragmentos e depósitos QUEBRA, DESMANCHA E FORMA!!!

24 Floresta Ombrófila

25 Manguezal: fragmentos e depósitos

26 Restinga: fragmentos e depósitos

27 Pedogênese: processo de formação do solo SOLO Solo camada mais superficial da crosta terrestre, é composto por material inconsolidado, resultante da fragmentação/decomposição de rochas (por processo físicos, químicos e biológicos) associados a ação de seres vivos.

28 Desenvolvimento do perfil do solo SOLO Os organismos vivos atuam de forma contínua sobre o solo, tanto na sua formação quanto na sua transformação, conservando-o, degradando-o ou alterando sua composição físicoquímica. Nessa categoria, podemos incluir desde os microorganismos até os seres humanos.

29 Horizontes SOLO

30 Horizontes SOLO Horizonte orgânico Horizonte A Horizonte B Horizonte C

31 Organismos: atuam na formação, manutenção e transformação SOLO Conservam, degradam ou alteram composição físico-química do solode forma contínua. Microorganismos: intemperismo; alteração dos compostos vegetais e mineralógicos do solo (mais férteis ou mais pobres) Decomposição de seres vivos, liberando o humus Animais Galerias (tatus, minhocas, cupins, formigas) Plantas

32 Plantas SOLO Biomassa subterrânea: - estruturam e ancoram os solos íngremes, - distribuem a água para o solo, constitunido caminhos preferenciais de percolação e contribuindo para recarga do lençol freático; - na funcionalidade hidrológica: - heterogeneidade e profundidade das raízes arbóreas x raízes superfícias das gramíneas

33 Plantas SOLO Biomassa subterrânea: - estruturam e ancoram os solos íngremes, - distribuem a água para o solo, constitunido caminhos preferenciais de percolação e contribuindo para recarga do lençol freático; - na funcionalidade hidrológica: - heterogeneidade e profundidade das raízes arbóreas x raízes superfícias das gramíneas

34 SOLO Biomassa aérea: troncos, folhas, galhos e folhiço: interceptam, amortecem e redistribuem as aguas das chuvas

35 Plantas - folhiço: distribuição de água: interceptação, redução do escoamento superficial, contenção de sedimentos SOLO

36 Homem SOLO Impactos rápidos: erosões, desertificações Altera atributos como drenagem, adubação e o uso de herbicidas

37 SOLO Solo: propriedades Textura Estrutura Matéria orgânica Capacidade de troca catiônica

38 Textura: proporção relativa das classes de tamanho de partículas de um solo. SOLO separação diâmetro (mm) Areia 2,0 0,05 Silte 0,05 0,002 Argila < 0,002 O total de partículas de um solo é igual ao somatório da proporção de areia, silte e argila. A classe textural e o tipo de argila afetam outras propriedades físicas como a drenagem e a retenção de água, a aeração, a quantidade de matéria orgânica e a consistência.

39 Manguezal: predomínio argila e silte SOLO Restinga: predomínio areias Floresta: areias, argilas e matéria orgânica

40 SOLO Propriedades das argilas: Pequeno tamanho Carga negativa das partículas Retém cátions Ca 2+, Mg 2+, Na +, K + (Bases de Troca BT)

41 SOLO Sistema de classificação gráfico e funcional para definição das classes de textura dos solos. Adaptado do Serviço de Solos, USA

42 SOLO Estrutura: formação de agregados por forças químicas e físicas O tipo de agregado caracteriza a estrutura do solo A estrutura influencia o movimento de água e dos gases através do solo, a disponibilidade de nutrientes, atividade microbiana, a penetração de raízes, drenagem, entre outros.

43 Porosidade: espaço do solo não ocupado por sólidos e ocupado pela água e ar, determinada pela estrutura. SOLO Microporosidade: classe de tamanho que, após ser saturada em água, a retém contra a gravidade; são os responsáveis pela retenção e armazenamento da água no solo. Macroporosidade: ao contrário, após serem saturados em água não a retém, ou são esvaziados pela ação da gravidade; são responsáveis pela aeração e pela maior contribuição na infiltração de água no solo.

44 Matéria Orgânica do solo SOLO Componentes de origem de materiais vegetais, animais, fungos, microorganismos incorporados ao solo ou dispostos sobre sua superfície, na forma viva ou nos vários estágios de decomposição.

45 Importância dos solos SOLO Principal substrato utilizado pelas plantas para o seu crescimento (água e nutrientes) e disseminação; Reciclagem e armazenamento de nutrientes e detritos orgânicos; Controle do fluxo da água e ação protetora da qualidade da água subterrânea; Habitat para os organismos do solo.

46 EROSÃO: processo ou conjunto de processos, tais como desgaste e acumulação, que transformam e modelam a superfície terrestre, devido à ação de agentes naturais, como o vento, as chuvas, os rios e os mares, assim como o homem.

47 Resumindo... Rocha íntegra: fragmenta/decompõe Deposita Depósitos + Chegada de organismos vivos SOLOS + processo de erosão Solos Fragmentos carreados

48 Bibliografia Press, F., Siever, R., Grotzinger, J. e Jordan, T. Para Entender a Terra. Trad. Menegat, Rualdo et al Porto Alegre. Bookman. Primavesi, A. Manejo ecológico do solo: a agricultura em regiões tropicais São Paulo. Ed. Nobel.

49 Contribuições ao processo ensino/aprendizagem na educação básica Cursos de formação continuada para professores ( ) Desenvolvimento de materiais educativos sobre os ecossistemas costeiros da Mata Atlântica Participação em eventos diversos

50 Caixa de Erosão: modelo

51 Caixa de Erosão

52 Caixa de erosão Mata ciliar Escoamento superficial Papel das raízes Cobertura vegetal: o dossel Interação rio-mata Distribuição da água Desmatamento Erosão Assoreamento Desigual distribuição de água secas e cheias Deslizamentos Soterramento de casas O que fazer?

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54 Laboratório de Ecologia de Peixes: um modelo

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56 Modelo: uma maquete

57 Maquete

58 Bacia Hidrográfica

59 Bacia Hidrográfica Os pequenos riachos: de onde vem, para onde vão. Pedaços de rocha Sedimentos trajeto Água: sedimentos e distribuição Interface água-terra

60 Fonte:

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