LEGISLAÇÃO POLICIAL 1
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- Natália Teixeira Antas
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1 LEGISLAÇÃO POLICIAL 1
2 1.ª Sessão Ilícito de Mera Ordenação Social A presente Sessão divide-se em: 4 Aulas, perfazendo 300 ; 4 Tempos letivos de 50 cada; 2
3 1.ª Sessão Ilícito de Mera Ordenação Social Caracterizar o ilícito Contraordenacional; Distinguir o ilícito Contraordenacional do Ilícito Criminal; Conhecer o processo Contraordenacional; 3
4 1.ª Sessão Ilícito de Mera Ordenação Social Definir conceito de CO; Enunciar as suas caraterísticas e as diferenças relativamente ao crime no que se refere às suas consequências; Determinação da medida concreta da coima e aplicação de sanções acessórias; Caraterizar as competências das autoridades administrativas; Saber identificar a aplicação subsidiária do CPP; Definir competências das autoridades policiais e fiscalizadoras; 4
5 1.ª Sessão Ilícito de Mera Ordenação Social O arguido e seu defensor; A marcha do processo comum previsto no RGCO; As fases judiciais posteriores como garantia de recurso da decisão da entidade administrativa; Remissão para o artigo 243.º do CPP no que respeita ao conteúdo do auto de notícia. 5
6 1. Legislação Base Regime Geral do Ilícito de Mera Ordenação Social - DL 433/82 de 27 de Outubro, com as alterações introduzidas pelo DL 356/89 de 17OUT, pelo DL 244/95 de 14SET e pela Lei 109/2001 de 24DEC. 2. Legislação Subsidiária Código do Processo Penal - Lei 48/2007 de 29 de Agosto Código Penal Lei 20/2013 de 21 de Fevereiro 6
7 1. Regime Geral do Ilícito de divide-se em 02 Partes: Parte I Da Contra ordenação e da coima em geral 05 Capítulos Parte II Do processo de Contra Ordenação 10 capítulos 7
8 Constitui Contraordenação todo o facto ilícito e censurável que preencha um tipo legal no qual se comine uma coima 8
9 Só será punido como Contraordenação o facto descrito e declarado passível de coima por lei anterior ao momento da sua prática. 9
10 Viola uma obrigação ou imposição Descrito em norma legal, de forma clara, precisa e concisa Conduta dolosa, com intenção de atingir determinado objetivo Sanção pecuniária aplicada ao agente de uma Contraordenação. 10
11 As coimas aplicam-se: Pessoas singulares Pessoas coletivas Associações sem personalidade jurídica. 11
12 É sempre punido o facto praticado com dolo; O facto praticado com negligência é punido nos casos previstos na lei. Menores de 16 anos; 12
13 SANÇÃO PROCESSAMENTO 13
14 SANÇÃO PRINCIPAL DAS C.O. Constitui somente uma sanção pecuniária 3, ,98 (P. SING.) ,81 (P. COLECT).) 1/2 ( ASSOCIAÇÕES, FUNDAÇÕES, SOCIEDADES COMERCIAIS, ETC ) ( ASSOCIAÇÕES SEM PERSONALIDADE JURÍDICA ) 14
15 Faz-se em função da gravidade da contraordenação, da culpa, da situação económica do agente e do benefício económico que este retirou da prática da contraordenação; Se o agente retirou da infração um benefício económico calculável superior ao limite máximo da coima, e não existirem outros meios de o eliminar, pode este elevar-se até ao montante do benefício, não devendo todavia a elevação exceder um terço do limite máximo legalmente estabelecido; Quando houver lugar à atenuação especial da punição por contraordenação, os limites máximos e mínimo da coima são reduzidos para metade. 15
16 Regras a aplicar (art. 19.º): É aplicada uma única coima; Resulta da soma de cada uma das coimas concretamente aplicadas às C.O. em concurso; Não pode exceder o dobro do limite máximo mais elevado das C.O. em concurso: Não pode ser inferior à coima mais elevada das coimas concretamente aplicadas às várias C.O. em concurso. 16
17 Exemplo: 1ª C.O: mínimo 10 / máximo aplicado 40 2.ª C.O: Mínimo 100 / máximo aplicado ª C.O: mínimo 150 / máximo aplicado 1000 Única coima a aplicar: Não pode exceder 6000 (2*3000 ) Não pode ser inferior a
18 Concurso de Infracções Artigo 20º Se o mesmo facto constituir, simultaneamente, crime e C.O.: Punido a título de crime; Pode ser aplicado as sanções acessórias previstas para a C.O. Sanções Acessórias Artigo 21º Simultaneamente com a coima, podem ser aplicadas as sanções acessórias previstas no Artigo 21º. Pressupostos da aplicação das sanções acessórias Artigo 21º-A 18
19 Decorridos 5 anos --- coima => ,79 Decorridos 3 anos --- coima => 2 493,99 < ,79 Decorrido 1 ano --- restantes casos 19
20 20
21 Da iniciativa e da instrução Artigo 54º Inicia-se oficiosamente mediante: Participação das autoridades policiais ou fiscalizadoras; Mediante denúncia particular. A Autoridade Administrativa Procede à investigação e instrução; Arquiva ou aplica coima. A Autoridade Administrativa pode: Conferir a investigação e instrução, no todo ou em parte, 21 às autoridades policiais (AP)
22 Compete às AA (Artigo 33º): Processamento das Contra-Ordenações; Aplicação das Coimas; Aplicação das Sanções Acessórias. 22
23 Regime Geral do Ilícito de São AA, as determinadas pela lei que prevê e sanciona as C.O.; Em caso de omissão --- serviços designados pelo membro do governo responsável pela tutela dos interesses que a C.O. visa defender ou promover É competente a AA em cuja área de actuação: Infracção consumada Último ato de execução Último ato preparatório Se abordo de aeronave ou navio português Cuja circunscrição se situe no aeroporto ou porto que primeiro for escalado depois do cometimento 23 da infração.
24 Competência por conexão Artigo 36º: Em caso de concurso de contraordenação será competente a autoridade a quem, segundo os preceitos anteriores, incumba processar qualquer das contraordenações; Aplica-se também aos casos em que um mesmo facto torna várias pessoas passíveis de sofrerem uma coima; 24
25 Autoridades Competentes em Processo Criminal Artigo 38º: O processamento da C.O. cabe as Autoridades Judiciais (AJ) competentes para o processo crime; As AA remetem às AJ competentes para o processo crime os processos Contraordenacionais pendentes; As AJ podem devolver os processos às AA; A decisão da AJ vincula as AA. 25
26 Competência do tribunal Artigo 39º: A aplicação da coima e das sanções acessórias para a C.O. (quando se verifique concurso de crime e de contraordenação) cabe ao Juiz competente para processar o crime; Envio do processo à AJ (Ministério Público) Artigo 40º: Sempre que a infração constitua crime, a AA remete à AJ; Se AJ considerar não haver lugar para a responsabilidade criminal, devolve o processo à AA. 26
27 27
28 CPP Artigos 124º e seguintes Todos os factos juridicamente relevantes: Averiguar a existência de infração, a punibilidade do infrator e a determinação da medida da pena São admissíveis todas as que não forem proibidas por lei Provas obtidas através de métodos proibidos de prova consideradas nulas 28
29 CPP Artigos 128º e seguintes Prova testemunhal Prova de acareação Prova por reconhecimento Prova documental Prova pericial / exames directos 29
30 CPP Artigos 171º e seguintes Dos exames Das revistas e buscas Das apreensões 30
31 Não é permitido: Prisão preventiva; Intromissão na correspondência e nos meios de telecomunicação; Utilização de provas que impliquem a violação segredo profissional. Só admissíveis se houver consentimento do visado, expresso por escrito, ou da AJ: Prova que colida com a reserva da vida privada; Prova de sangue; Exames corporais. 31
32 RGCO- Artigos 44º e 52º / CPP Artigos 131.º a 134.º Não presta juramento Deveres: Obrigadas a obedecer às AA quando forem solicitadas a comparecer e pronunciar-se sobre a matéria do processo; Obedecer às indicações que legitimamente lhes forem dadas quanto à forma de prestar depoimento; Responder com verdade às perguntas que lhe forem redigidas; 32
33 RGCO- Artigos 44º e 52º / CPP Artigos 131.º a 134.º Direitos: Pode recusar-se a responder nos termos legais; Pode fazer-se acompanhar de advogado; Em caso de recusa injustificada, AA podem aplicar sanções pecuniárias 49,88 Notificação da Testemunha Artigo 113.º do CPP 33
34 Artigo 50º O Arguido possui o direito de, num prazo razoável, se pronunciar sobre a C.O. que lhe é imputada e sobre a sanção ou sanções em que incorre, antes de lhe ser aplicada qualquer coima ou sanção acessória. 34
35 Do defensor (RGCO- Artigo 53º/CPP Artigo 62.º e 63.º) O arguido possui o direito de fazer-se acompanhar por defensor, escolhido em qualquer fase do processo; Se as circunstâncias revelarem necessidade ou conveniência de assistência por defensor, a AA nomeia um nos termos previstos na legislação sobre do apoio judiciário; 35
36 Forma e prazo Artigo 59º: A decisão da AA é passível de impugnação judicial, através de recurso interposto pelo arguido ou pelo defensor; Apresentado à AA no prazo de 20 dias após o seu conhecimento; Deve fundamentar-se em circunstâncias de facto e de direito, com as necessárias conclusões; 36
37 Envio dos autos ao MP Artigo 62º: A Autoridade Administrativa decide no prazo de 5 dias; Revogar a decisão de aplicação da coima, ou Não altera a decisão e envia os autos ao MP competente. O MP torna os autos presentes ao Juiz, valendo este ato como acusação. 37
38 O da área territorial: Onde a infração se consumou, ou; Onde foi praticado o último ato de execução, ou; Onde foi praticado o último ato preparatório (em caso de punibilidade destes). 38
39 Compete ao MP promover a prova de todos os factos que considere relevantes para a decisão; Compete ao Juiz determinar o âmbito da prova a produzir. 39
40 Tomar conta de todos os eventos ou circunstâncias susceptíveis de implicar C.O.; Tomar medidas tendentes a impedir o desaparecimentos de provas; Possuem os direitos e deveres equivalentes aos que têm em matéria criminal; Remetem às Autoridades Administrativas as participações e as provas recolhidas; Efectuar apreensões provisórias (Artigo 48º-A); Exigir a identificação aos agentes de C.O. (Artigo 49º). 40
41 Podem, provisoriamente, ser apreendidos pelas AA e AP: Serviram ou estavam destinados a servir para prática de CO; Por esta foram produzidos; Quaisquer outros susceptíveis de servir de prova. São restituídos logo que se tornem desnecessários para efeitos de prova, excepto se se pretender declarar os mesmos perdidos; Serão sempre restituídos logo que decisão transite em julgado, salvo se tiverem sido declarados perdidos. 41
42 As autoridades Administrativas e Policiais: Podem exigir ao agente de uma C.O. a respectiva identificação; Aplica-se subsidiariamente o Artigo 250.º do CPP: As Autoridades devem provar a sua qualidade e comunicar o porquê da obrigação de identificação; O arguido pode identificar-se mediante: BI, CC ou Passaporte, se cidadão português; BI, Título de Residência, Passaporte ou documento que o substitua, se cidadão estrangeiro. 42
43 O processo iniciar-se-á oficiosamente, mediante: Participação das autoridades policiais; ou Participação das Entidades Fiscalizadoras; ou Mediante denúncia particular. 43
44 Elementos que constituem o Auto de Notícia Artigo 48º RGCO/ Artigo 243.º CPP Data/Hora da ocorrência - Dia, Mês, Ano e Hora; Local da Ocorrência - Local onde foi praticado o ilícito contraordenacional: Av. Rua, Praceta, estabelecimento, etc. Identificação do infrator (singular ou coletiva) que praticou o ilícito, que deve conter o seguinte: Nome; Estado civil e Profissão; Data de nascimento e Filiação; Naturalidade e Residência; Número do BI, data de emissão e Arquivo de Identificação. 44
45 Elementos que constituem o Auto de Notícia Artigo 48º RGCO/ Artigo 243.º CPP Descrição dos factos - breve resumo da infração praticada Legislação infringida e outras disposições legais aplicáveis Legislação punitiva Valor da coima mínima e máxima Testemunhas - se as houver Data da elaboração do auto Identificação do autuante - (Nome Completo e Posto) 45
46 Destino do Auto de Notícia Original Autoridade Administrativa Duplicado Arquivo do Destacamento Territorial Triplicado Arquivo do Posto Territorial 46
47 Elementos que devem constar no Auto de Apreensão Artigo 48º-A / Artigo 249.º CPP Quantidades descriminadas por espécies/artigos Descrição do estado de conservação e valor objetos apreendidos; Identificação do possuidor objetos apreendidos; Motivos que conduziram à apreensão; Local, dia e hora da apreensão; Data da elaboração do auto Identificação do Autuante (nome completo e posto) 47
48 Não é permitida a aplicação de uma coima ou de uma sanção acessória sem antes se ser assegurado ao arguido a possibilidade de, num prazo razoável, se pronunciar sobre a contraordenação que lhe é imputada e sobre a sanção ou sanções em que incorre. 48
49 É admissível o pagamento voluntário Se a C.O. for sancionada com coima de valor não superior a metade dos montantes máximos previstos (Artigo 17º) Pessoas singulares , 98 ; Pessoas coletivas ,81. Pode ser efetuado Em qualquer altura do processo, mas sempre antes da decisão final; Pode ser sancionado pelo mínimo, mais as custas do processo; Não exclui a possibilidade de aplicação de sanções acessórias. 49
50 A Autoridade Administrativa procederá à investigação e instrução da C.O., finda a qual arquivará o processo ou aplicará uma coima. Quando o processo é realizado pelas autoridades competentes para o processo criminal, as autoridades administrativas são obrigadas a darlhes toda a colaboração; Sempre que a acusação diga respeito à contraordenação, esta deve ser comunicada às autoridades administrativas; As mesmas autoridades serão ouvidas pelo Ministério Público se este arquivar o processo. 50
51 1 - A decisão que aplica a coima ou as sanções acessórias deve conter: (Artigo 58º) a) A identificação dos arguidos; b) A descrição do facto imputados, com indicação das provas obtidas; c) A indicação das normas segundo as quais se pune e a fundamentação da decisão; 2 Da decisão deve ainda constar a informação de que: a) A condenação se torna definitiva e exequível se não for judicialmente impugnada nos termos do Artigo 59º; 51
52 b) Em caso de impugnação judicial, o tribunal pode decidir mediante audiência ou, caso o arguido e o Ministério Público não se oponham, mediante simples despacho; 3 A decisão conterá ainda: a) A ordem de pagamento da coima no prazo máximo de 10 dias após o carácter definitivo ou o trânsito em julgado da decisão; b) A indicação de que em caso de impossibilidade de pagamento tempestivo deve comunicar o facto por escrito à autoridade que aplicou a coima. 52
53 Quando a reduzida gravidade da infração e da culpa do agente o justifique, pode a entidade competente limitar-se a proferir uma admoestação (Artigo 51º). A admoestação é proferida por escrito, não podendo o facto voltar a ser apreciado como contraordenação. 53
54 Ilícito de A decisão da autoridade administrativa que aplica uma coima é susceptível de impugnação judicial. O recurso de impugnação poderá ser interposto pelo arguido ou pelo seu defensor. O recurso será feito por escrito e apresentado à autoridade administrativa que aplicou a coima, no prazo de 20 dias (suspende-se aos sábados, domingos e feriados) após o seu conhecimento pelo arguido, devendo constar de alegações e conclusões. alegação e conclusões. 54
55 Ilícito de A AA após receber o recurso, no prazo de cinco dias, envia os autos ao Ministério Público, que os tornará presentes ao juiz, valendo este ato como acusação. Até ao envio dos autos, pode a autoridade administrativa revogar a decisão de aplicação da coima. O juiz rejeitará, por meio de despacho, o recurso feito fora do prazo ou sem respeito pelas exigências de forma. Deste despacho há recurso, que sobe imediatamente. 55
56 Ilícito de Quando for aplicada ao arguido uma coima superior a 249,40; Quando a condenação do arguido abranger sanções acessórias; Quando o arguido for absolvido ou o processo for arquivado em casos em que a autoridade administrativa tenha aplicado uma coima superior a 249,40 ou em que tal coima tenha sido reclamada pelo Ministério Público; Quando a impugnação judicial for rejeitada; 56
57 Ilícito de Quando o tribunal decidir através de despacho não obstante o recorrente se ter oposto a tal. Para além dos casos acima descritos, poderá a relação, a requerimento do arguido ou do Ministério Público, aceitar o recurso da sentença quando tal se afigure manifestamente necessário à melhoria da aplicação do direito ou à promoção da uniformidade da jurisprudência. 57
58 Ilícito de 58
59 FASE ADMINISTRATIVA Facto Ilícito Aut Policial Levanta Auto CO Envia para AA (Art 48º nº 1 e 3) Aut Adm Inquérito ou Instrução: 1Aut Adm 2ou Aut Pol (Art 54º nº 2 e 3) Em qualquer altura mas antes decisão Pagamento Voluntário (Art 50-Aº) DECISÃO (Art 54º nº 2 arts 58º e 33º) M.P. arquiva (art 38º nº3) Crime e CO (art 20º e 38º) 20 dias COIMA Sanção Acessória (art21º Arquivamento RECURSO (Art 55º e 59º) Pagamento Coima (art88º) (20+10) dias Execução Art 89º ( ) dias 5 dias AA pode revogar decisão (art 62º nº2) F A S E J U D I C I A L M. P. retira acusação (art 65-Aº) M..P. (Art 62º nº2) TRIBUNAL (Arts 61º e 62º) Decisão c/ s/ Julgamento (art 64º) 59
60 Ilícito de FIM 60
61 Ilícito de 1. Defina Contraordenação? 2. Será possível aplicar coima a uma pessoa coletiva, baseada em lei posterior ao momento da prática do facto? 3. Quem pode ser considerado inimputável no âmbito do DL 433/82 de 27Outubro? 4. A tentativa é punível no âmbito do DL 433/82 de 27 Outubro? 61
62 Ilícito de 1. Constitui Contraordenação todo o facto ilícito e censurável que preencha um tipo legal no qual se comine uma coima 2. Não. 3. É considerado inimputável: Os menores de 16 anos; Quem for possuidor de anomalia psíquica que o torne incapaz de avaliar a ilicitude do facto. 4. É, quando a lei expressamente o determinar. 62
63 Ilícito de 1. Uma C.O. sancionada com coima pode ser convertida em prisão se o infrator não efetuar o correspondente pagamento? 2. Quais as principais diferenças entre uma C.O. e um crime? 3. Quando é admissível o pagamento voluntário da coima? 4. Qual é o direito subsidiário das C.O.? 63
64 Ilícito de 1. Não. 2. Diferenças Crime/Contraordenação Os crimes são punidos com multas e/ou penas de prisão, podendo também serem aplicadas as sanções acessórias previstas para a C.O., as contraordenações são punidas com coimas e sanções acessórias, nunca podendo ser convertida em prisão. O processamento dos crimes exige sempre a intervenção dos Tribunais. As C.O. são processadas pela Autoridades Administrativas, só intervindo os 64 Tribunais em caso de recurso.
65 Ilícito de 3. É admissível quando: A C.O. for sancionada com coima de valor não superior a metade dos montantes máximos previstos (Artigo 17º) Pessoas singulares , 98 ; Pessoas coletivas , É direito subsidiário das C.O. o CP e CPP 65
66 Ilícito de 1. Quem são as entidades competentes para o processamento das C.O.? 2. Em caso de uma infração constituir simultaneamente crime e contraordenação quem é a entidade competente para o seu processamento? E quais os seus efeitos práticos? 3. Quais os deveres e direitos da testemunha? 66
67 Ilícito de 1. As Entidades competentes são as Autoridades Administrativas. 2. A entidade competente é o Tribunal, sendo que o facto é punido a titulo de crime e podem ser aplicadas as sanções acessórias previstas para a contraordenação. 3. Os direitos da Testemunha são: Pode recusar-se a responder nos termos legais; Pode fazer-se acompanhar de advogado; 67
68 Ilícito de 3. Os deveres da Testemunha são: Obrigadas a obedecer às AA quando forem solicitadas a comparecer e pronunciar-se sobre a matéria do processo; Obedecer às indicações que legitimamente lhes forem dadas quanto à forma de prestar depoimento; Obrigadas a responder com verdade às perguntas que lhe forem redigidas; 68
69 Ilícito de 1. Pode recorrer-se de uma decisão que aplique uma coima? Em que prazo e a quem é dirigido esse recurso? 2. O que deve e o que pode essa entidade fazer quando recebe o recurso? 3. Quais as situações que determinam a apreensão de objetos? E quando é que estes serão restituídos ao arguido? 4. Quais os elementos que devem constar no Auto de Notícia e no Auto de Apreensão? 69
70 Ilícito de 1. Pode. No prazo de 20 dias e dirigidos à Entidade Administrativa que aplicou a coima (ex: Presidente da Câmara). 2. Pode revogar/alterar a decisão de aplicação da coima OU enviar o recurso para o Tribunal no prazo de 5 dias. 3. O objetos são apreendidos quando: Serviram ou iam servir para a prática de uma C.O.; Foram produzidos pela prática de uma C.O.; Sempre que sejam susceptíveis de servir de prova 70 da prática de uma C.O..
71 Ilícito de 3. Os objetos são restituídos logo que se tornem desnecessários para efeitos de prova, excepto se se pretender declarar os mesmos como perdidos; 4. Devem constar no Auto de Notícia: Data/hora da ocorrência; Local da ocorrência; Identificação do infrator; Descrição dos factos; Legislação infringida e punitiva; Valor da coima mínimo e máximo; Testemunhas se as houver; Data da elaboração do auto; Identificação do autuante. 71
72 Ilícito de 4. Devem constar no Auto de Apreensão: Quantidades descriminadas por espécies/artigos; Descrição do seu estado de conservação e respetivos valores; Identificação do possuidor dos bens apreendidos; Motivo da apreensão; Data/hora da apreensão; Local da apreensão;; Data da elaboração do auto; Identificação do autuante. 72
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