DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO

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1 DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO Sonia Soares

2 DIFERENÇA ENTRE TERCEIRIZAÇÃO, TRABALHO TEMPORÁRIO E LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA PARA MELHOR COMPREENSÃO DAS RAZÕES PELAS QUAIS SE REVELA INADMISSÍVEL A TERCEIRIZAÇÃO DE ATVIDADE FIM: Terceirização trata-se de relação trilateral, pelo qual o trabalhador, empregado da empresa prestadora de serviços, realiza suas atividades junto à empresa tomadora de serviços. O mero fornecimento de trabalhadores para uma determinada empresa configura intermediação de mão-de-obra, que é denominada de marchandage, figura proibida pela legislação do trabalho, salvo no caso de trabalho temporário (Lei 6.019/74). A locação de serviço adotada pelo CC de 1916 foi abolida e não existe o termo locação de mão-deobra porque o trabalho não é uma mercadoria que pode ser alugada.

3 A prestação de serviço, não sujeita às leis trabalhistas ou à lei especial, está regida pelas disposições dos artigos 593 e seguintes do Código Civil de A única forma legal de intermediação de mão-de-obra subordinada que o ordenamento jurídico admite é o trabalho temporário regido pela Lei 6.019/74, que trata do fornecimento de trabalhadores por uma empresa, para atendimento de excepcional e extraordinária necessidade de outra empresa (tomadora de serviços), devido a imperativo transitório de substituição de seu pessoal regular e permanente, ou a acréscimo extraordinário de serviços. O trabalho temporário não se trata de hipótese de terceirização, com prestação de serviços, mas, sim, de fornecimento temporário de trabalhadores para atuação para a empresa tomadora, sob suas ordens e subordinação direta (presente os requisitos da pessoalidade e subordinação).

4 ORIGEM: Estratégia utilizada como técnica de administração das empresas, observada a partir da Segunda Guerra Mundial com a sobrecarga na demanda por armas. A indústria bélica passou a delegar serviços a terceiros para conseguir dar conta da enorme procura por armamentos.

5 Conseqüências: A experiência acarretou uma mudança no modelo de produção tradicional. Do fordismo, com a noção de centralização de todas as etapas da produção sob um comando único, passou-se ao toyotismo, com a desconcentração industrial, o enxugamento das empresas, mantendo apenas o negócio principal, e o aparecimento de novas empresas especializadas, gravitando como satélites ao redor da empresa principal. A estrutura vertical horizontalizou-se com o objetivo de concentrar as forças da empresa em sua atividade principal, propiciando maior especialização, competitividade e lucratividade.

6 A terceirização e a Administração de Empresas Na administração de empresas, a terceirização se apresenta como importante estratégia; A Administração de empresas é a ciência responsável pelo desenvolvimento inicial da terceirização, que a conceitua como fenômeno que consiste em um processo de gestão pelo qual se repassam algumas atividades para terceiros com os quais se estabelece uma relação de parceria ficando a empresa concentrada apenas em tarefas essencialmente ligadas ao negócio em que atua. (Giosa, L.A. citado por Amauri Cesar Alves. Direito do Trabalho Essencial. Ltr.p.192)

7 A terceirização e o Direito do Trabalho A terceirização que surgiu como estratégia de administração de empresas passou a repercutir de forma significativa no direito do trabalho, visto que além de promover substancial alteração na definição típica da relação de emprego, que era bilateral por natureza, passou a redundar em grave precarização das condições de trabalho.

8 Terceirização no Brasil Origem na década de 1950, montadores de automóveis. na década de 70 assumiu clareza estrutural no país; O cenário começou a mudar quando o próprio Estado adotou a terceirização, como parte da descentralização administrativa, a partir do Decreto-Lei 200/67, as tarefas executivas passaram a ser executadas indiretamente, via contrato de intermediação de mão-de-obra; Diante da necessidade de especificar quais serviços públicos poderiam ser terceirizados, foi publicada a Lei 5.645/70, que previa que as atividades relacionadas com transporte, conservação, custódia, operação de elevadores, limpeza e outras assemelhadas seriam objeto de execução mediante contrato, conforme determinado pelo Decreto-Lei 200/67;

9 A Lei 8.949/94 introduziu o parágrafo único do art. 442 da CLT, estimulando as terceirizações por meio de cooperativas; Lei 6.019: regulamentou o serviço terceirizado no mercado privado, autorizando o trabalho temporário não só na atividade meio da empresa, mas também na atividade fim, permitindo ao empregado terceirizado substituir o trabalhador regular ou permanente nos casos de necessidade transitória ou acréscimo extraordinário de serviço Lei 7.102: terceirização permanente nos serviços de vigilância bancária TST em 1986 editou a Súmula 256, cancelada em 11/2003; Em 1993 foi editada a Súmula n 331; EXEMPLOS DE TERCEIRIZAÇÃO NO BRASIL

10 A Súmula 331 C.TST, admite 4 modalidades de terceirização: 1) Situações empresariais que autorizem contratação de trabalho temporário Sumula 331, I I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de ). 2) Serviços de Vigilância S. 331 III 3) Atividade de conservação e limpeza S. 331, III 4) Serviços ligados à atividade meio do tomador - S.331 III III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de ) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividademeio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.

11 Com a Súmula SURGIU CONCEPÇÃO DE TERCEIRIZAÇÃO LÍCITA E ILÍCITA São consideradas ilícitas, dentre outras hipóteses, contratações condenáveis e que precarizam as relações de trabalho/consequências: Responsabilidade é solidária com fulcro no artigo 942 do Código Civil, por analogia. Forma-se o vínculo de emprego diretamente com a empresa tomadora. todos os benefícios da categoria do tomador passam para o empregado

12 Particularidades da terceirização (Amauri Cesar Alves Direito do Trabalho Essencial): Para o empregador, a terceirização é uma das estratégias para a readequação de suas estruturas para o mercado mais exigente. A tese é a da especialização, da ênfase em sua atividade preponderante, da redução de custos e aumento da lucratividade. A realidade, demonstra no entanto, que no plano do Direito do Trabalho e no sentimento operário a terceirização é quase sempre perversa, pois traz dentro da classe trabalhadora patamares desiguais de valorização da força produtiva. Na terceirização há, em um mesmo estabelecimento empresarial, diversas classes de trabalhadores empregados, de acordo com quem é o seu empregador.

13 A relação jurídica empregatícia clássica é bilateral. Na terceirização insere uma terceira pessoa na contratação, que se interpõe na relação jurídica básica. Na terceirização, aquele que se interessa pelo aproveitamento do trabalho de alguém (aqui denominado tomador dos serviços), ao invés de ir ao mercado e fazer diretamente a contratação (bilateral, clássica), opta por contratar uma interposta pessoa, que por sua vez contrata o trabalhador, que entrega seu trabalho no interesse daquele.

14 Há, então, uma relação trilateral ou triangular, que recebe a seguinte definição de Mauricio Godinho Delgado (Curso de Direito do Trabalho. LTr): Terceirização é o fenômeno pelo qual se dissocia a relação econômica de trabalho da relação justrabalhista que lhe seria correspondente. Por tal fenômeno insere-se o trabalhador no processo produtivo do tomador de serviços sem que se estendam a este os laços justrabalhistas, que se preservam fixados com uma entidade interveniente.

15 TERCEIRIZAÇÃO NÃO TEM CONCEITO LEGAL; TERCEIRIZAÇÃO TRATA-SE DE ESTRATÉGIA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS TERCEIRIZA-SE ATIVIDADE DA EMPRESA, UTILIZANDO- SE PARA TANTO MÃO DE OBRA RELAÇÃO TRIANGULAR: TOMADOR DOS SERVIÇOS QUE TERCEIRIZAA ATIVIDADE; EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS E O TRABALHADOR.

16 Empresa prestadora de serviços ou contratada Relação de Relação comercial emprego Empregado Empresa Contratante

17 Terceirização é um neologismo da palavra terceiro, aqui compreendido como intermediário. Em outras palavras, a relação de emprego não está diretamente relacionada com a relação econômica onde o trabalho está inserido. É um fenômeno típico do final do século XX, com a alteração da economia e da forma de atuação do Estado nas relações privadas. É uma forma de flexibilização

18 Passou a ser regulamentada por Lei no Brasil pela Lei , de 31/03/2017, que veio dispor sobre alterações no trabalho temporário nas empresas urbanas e dispor também sobre as relações de trabalho na empresa de prestação de serviços a terceiros. Esta última até então, tratada por meio da Súmula 331 do TST. A LEI , de 31/03/2017 já sofreu alteração pela Reforma Trabalhista, Lei , 13/07/2017. A lei não utiliza expressão TERCEIRIZAÇÃO. A Lei trata de empresa prestadora de serviços a terceiros, também denominada de contratada e empresa contratante.

19 Redação anterior LEI Nova redação Lei , 13/07/2017 (L. 6019/74): Art. 4º-A. Empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de direito privado destinada a prestar à contratante serviços determinados e específicos. X (L. 6019/74): Art. 4 o -A. Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução. A empresa prestadora de serviços a terceiros, não pode ser pessoa física, nem mesmo um empresário individual, devendo ser necessariamente pessoa jurídica

20 CRÍTICA TERCEIRIZAÇÃO DA ATIVIDADE FIM: Ainda que a terceirização de serviços não seja um fenômeno propriamente jurídico, deve o operador do direito conciliar seus efeitos com o valor social do trabalho e a livre iniciativa, ambos fundamentos da República Federativa do Brasil (artigo 1º, IV, da CRFB/88). Por se tratar de forma de contratação, que distorce a bilateralidade inerente à relação de emprego clássica, a terceirização deve ficar restrita à hipótese de subcontratação de serviços especializados relacionados à atividade-meio do tomador de serviços. Desse modo, resta patente a inconstitucionalidade da lei que autoriza a terceirização da atividade fim, pois tal situação equipara-se à locação de mão-de-obra, o que viola frontalmente o princípio da dignidade da pessoa humana, bem como o valor social do trabalho. A terceirização ampla e irrestrita das atividades do empregador, ocasiona grave retrocesso ao Direito do Trabalho, por permitir o retorno da locação de serviços há muito superada - resulta em inegáveis prejuízos para a sociedade e para o Estado.

21 Ocasiona também prejuízo de ordem social pois resulta em rebaixamento remuneratório acarretado pela terceirização de serviços e piora na qualidade vida dos terceirizados que também são consumidores..segundo estudo realizado pelo Ministério Público do Trabalho ( os trabalhadores terceirizados: o Recebem salários menores do que os empregados diretos; o Cumprem jornadas maiores do que os empregados diretos; o Desempenham as atividades de maior risco, sem o necessário treinamento; o Recebem menos benefícios indiretos, como planos de saúde, auxílio-alimentação, etc. o Permanecem menos tempo na empresa (maior rotatividade de mão de obra, com contratos mais curtos); o Sofrem com a fragmentação da representação sindical.

22 COMENTANDO O ARTIGO: O legislador optou por inserir a terceirização na Lei de Trabalho temporário (Lei 6.019/74) ao invés de fazer uma Lei própria. A Lei /2017 tinha mantido o pudor de dizer que a empresa contratada prestaria serviços determinados e específicos e não explicitou a possibilidade de terceirização da atividade principal. Havia aqui algum espaço para interpretação. Isto porque a Súmula 331, III do C. TST, ao permitir a terceirização em atividade-meio, tratava claramente de serviços específicos. Poderíamos então entender que se a Lei tratava de serviços específicos, não caberia a terceirização na atividade-fim. Verificando este risco, a Lei declarou expressamente a possibilidade de transferência da atividade principal e eliminou a expressão relativa aos serviços determinados e específicos. Deixou, entretanto, claro que a empresa contratada deve ter idoneidade financeira compatível com a execução do contrato.

23 O malefício da terceirização é pulverizar a atuação sindical. Sindicatos diferentes, direitos diferentes. Cria o emprego precário, pois conviverão na mesma bancada trabalhadores diretos e terceirizados, com salários e direitos diferentes. Retira a razão existencial da empresa contratante, cuja única justificativa é a obtenção do lucro, eliminando o sentido dos dispositivos constitucionais que se referem ao valor social da livre iniciativa. Coloca em risco os trabalhadores e demais usuários e consumidores. Ex: Motorista de ônibus terceirizado. Para o empresário também é ruim. Não há vínculo do trabalhador com a empresa contratante, afastando a noção de dever de fidelidade e colaboração com o empreendimento ( vestir a camisa ) que é inerente ao contrato de emprego.

24 Redação anterior 1 o A empresa prestadora de serviços X contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços. Nova redação IDEM

25 O poder de direção é exercido pela empresa prestadora de serviços em face de seus empregados, embora estes laborem na empresa contratante. Desse modo, os referidos empregados são juridicamente subordinados à empresa prestadora de serviços e não à tomadora dos serviços/contratante. Caso haja subordinação direta dos empregados terceirizados à empresa contratante, a terceirização deverá ser considerada ilícita, gerando o vínculo de emprego diretamente com a tomadora (exceto no caso da administração pública, em razão da exigência de aprovação prévia em concurso público, nos termos do art. 37, inciso II, da Constituição da República), incidência art. 9º da CLT.

26 O artigo em comento admite a quarteirização. A quarteirização que é o próximo estágio da terceirização, é a contratação de uma empresa de serviços para gerenciar outras empresas. Havendo a quarteirização/subcontratação esta terá o poder de direção e deverá ter condições econômicas compatíveis para o exercício do contrato

27 Redação anterior 2 o Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante. Nova redação X IDEM Comentário: Desde que cumpridos os requisitos da terceirização, quais sejam: que a subordinação jurídica esteja com a empresa contratada e esta empresa tenha idoneidade econômica compatível com o contrato executado.

28 Redação anterior Art. 4 -B. São requisitos para o funcionamento da empresa de prestação de serviços a terceiros: I - Prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); II Registro na Junta Comercial; III - Capital social compatível com o número de empregados, observando-se os seguintes parâmetros: a) empresas com até dez empregados - capital mínimo de R$ ,00 (dez mil reais); b) empresas com mais de dez e até vinte empregados -capital mínimo de R$ ,00 (vinte e cinco mil reais); c) empresas com mais de vinte e até cinquenta empregados -capital mínimo de R$ ,00 (quarenta e cinco mil reais); d) empresas com mais de cinquenta e até cem empregados -capital mínimo de R$ ,00 (cem mil reais); e e) empresas com mais de cem empregados - capital mínimo de R$ ,00 (duzentos e cinquenta mil reais)." X Nova redação IDEM

29 Exigência de valores mínimos de capital social forma que o legislador entende para proteger os direitos de credores e empregados envolvidos na prestação dos serviços; Critério escolhido pode ser equivocado se considerado que o valor do capital social diz respeito tão somente ao montante que foi aportado pelos sócios na empresa, não representando efetiva disponibilidade de recursos (caixa) para fazer frente às obrigações assumidas pela empresa perante seus colaboradores e terceiros. Talvez fosse mais seguro exigirum valor mínimo de patrimônio líquido; A lei é omissa sobre o momento de integralização do capital social, pois pode ocorrer a constituição sem integralização total e na hipóteses das empresas já constituídas se deveriam ou não estar com o capital integralizado observando as novas exigências. A quem caberá fiscalizar essa exigência quanto ao valor de capital social?

30 De acordo com a nova lei: Art. 19-A., O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita a empresa infratora ao pagamento de multa. Parágrafo único. A fiscalização, a autuação e o processo de imposição das multas reger-se-ão pelo Título VII da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de A fiscalização será feita pelo Ministério do Trabalho, nos termos do artigo 626 da CLT. Dúvida sobre o poder de fiscalização das Juntas Comerciais

31 Redação anterior Nihil Nova redação X (L. 6019/74): Art. 4 o -C. São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a que se refere o art. 4 o -A desta Lei, quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante, forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições: I - relativas a: a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em refeitórios; b) direito de utilizar os serviços de transporte; c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela designado; d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir. II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço.

32 Redação anterior Nova redação Nihil X 1 o Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros direitos não previstos neste artigo.

33 Salário equitativo: artigo 12, a, Lei 6019/74: Art Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos: a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional; OJ 383. TERCEIRIZAÇÃO. EMPREGADOS DA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS E DA TOMADORA. ISONOMIA. ART. 12, A, DA LEI Nº 6.019, DE (mantida) - Res. 175/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com ente da Administração Pública, não afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o direito dos empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos serviços, desde que presente a igualdade de funções. Aplicação analógica do art. 12, a, da Lei nº 6.019, de

34 Redação anterior Nihil X Nova redação 2 o Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da contratada em número igual ou superior a 20% (vinte por cento) dos empregados da contratante, esta poderá disponibilizar aos empregados da contratada os serviços de alimentação e atendimento ambulatorial em outros locais apropriados e com igual padrão de atendimento, com vistas a manter o pleno funcionamento dos serviços existentes.

35 Questão relevante a destacar, num rol claro de direitos assegurados, é a questão relativa à proteção de saúde do trabalhador e meio ambiente de trabalho, na medida em que o país tem elevado número de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Segundo estudo realizado pelo Ministério Público do Trabalho ( os trabalhadores terceirizados: o Sofrem 80% dos acidentes de trabalho fatais; o Sofrem com piores condições de saúde e segurança no trabalho.

36 Redação anterior (L. 6019/74): Art. 5º-A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços determinados e específicos. 1 o É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em atividades distintas daquelas que foram objeto do contrato com a empresa prestadora de serviços. 2 o Os serviços contratados poderão ser executados nas instalações físicas da empresa contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes. Nova redação X (L. 6019/74): Art. 5 o -A.. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal X X IDEM IDEM

37 O caput deixou clara a possibilidade de terceirizar a atividade principal (atividade-fim); O parágrafo primeiro veda a designação de trabalhador para a atividade diversa daquela para a qual foi contratada. Na redação original do caput este parágrafo tinha por finalidade evitar que um trabalhador fosse contratado para atividade-meio e fosse designado para a atividade-fim. Com a atual redação, não faz muito sentido. Entretanto, foi mantido. Possibilidade de reconhecer vínculo de emprego diretamente com a contratante na sua inobservância? O parágrafo segundo é auto-explicativo. Serve apenas para dizer que o trabalho executado nas dependências da contratante não é elemento para invalidar o contrato.

38 Redação anterior 3 o É responsabilidade da contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou local previamente convencionado em contrato. 4 o A contratante poderá estender ao trabalhador da empresa de prestação de serviços o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado. 5 o A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei n o 8.212, de 24 de julho de X X X Nova redação IDEM IDEM IDEM

39 Os parágrafos 3º e 4º quase que repetem o art. 4º-C introduzido pela reforma. Entretanto, o parágrafo 3º explicita que a responsabilidade pelo meio ambiente de trabalho é da contratante em qualquer ambiente. Já o parágrafo 4º reafirma faculdades. Parece que a ideia é não caracterizar o vínculo de emprego caso a contratante forneça tais benesses.

40 O parágrafo 5º consagra a responsabilidade subsidiária do tomador. Consagra a teoria da responsabilidade contratual, ou seja, não há necessidade de culpa, mas, sim, do mero inadimplemento. Entretanto, não é aplicável à administração pública, que tem lei específica (art. 71, L. 8666/93) e, para a qual, é necessária a prova (ADC 16) da culpa e, ao que parece, esta prova deve estar robustamente provada pelo trabalhador, segundo se extrai de notícia de julgamento recentemente proferido pelo E. STF, cujo teor, infelizmente, ainda não foi publicado.

41 Redação anterior Art. 5º-B. O contrato de prestação de serviços conterá: I - qualificação das partes; II - especificação do serviço a ser prestado; III - prazo para realização do serviço, quando for o caso; IV - valor. Nova redação X IDEM Comentário: O contrato entre as empresas é formal.

42 Redação anterior Nova redação Nihil X (L. 6019/74): Art. 5 o -C. Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 4 o -A desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os referidos titulares ou sócios forem aposentados. Quarentena para evitar fraude

43 Nihil X (L. 6019/74): Art. 5 o -D. O empregado que for demitido não poderá prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, contados a partir da demissão do empregado. Comentário:Institui a quarentena com o objetivo de evitar a fraude de dispensar empregados para que estes formem empresa para prestar serviços como contratada

44 Art. 19-B. O disposto nesta Lei não se aplica às empresas de vigilância e transporte de valores, permanecendo as respectivas relações de trabalho reguladas por legislação especial, e subsidiariamente pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n o 5.452, de 1 o de maio de (Incluído pela Lei nº , de 2017)

45 Art. 19-C. Os contratos em vigência, se as partes assim acordarem, poderão ser adequados aos termos desta Lei.

46 CONTRATO DE FACÇÃO O contrato de facção é um pacto de natureza mercantil em que a empresa faccionária se obriga, a partir da transformação da matéria-prima, a fornecer à empresa contratante produtos acabados. Tal contrato não importa em terceirização de serviços, pois não se contrata a mão-de-obra de terceiros, mas sim o fornecimento de produtos acabados.

47 Súmula nº 96 do TRT12: SÚMULA Nº 96 do TRT12. CONTRATO DE FACÇÃO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA TOMADORA DOS SERVIÇOS. No contrato de facção, a tomadora dos serviços responde subsidiariamente pelos créditos trabalhistas devidos aos empregados da empresa prestadora, desde que verificada a ingerência na administração desta ou a exigência de exclusividade.

48 Franquia, franchising ou franchise [francháiz] [1] é uma estratégia utilizada em administração que tem, como propósito, um sistema de venda de licença na qual o franqueador (o detentor da marca) cede, ao franqueado (o autorizado a explorar a marca), o direito de uso da sua marca, patente, infraestrutura, knowhow e direito de distribuição exclusiva ou semiexclusiva de produtos ou serviços. O franqueado, por sua vez, investe e trabalha na franquia e paga parte do faturamento ao franqueador sob a forma de royalties. Eventualmente, o franqueador também cede ao franqueado o direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistemas desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta. Wikipédia,

49 Outsourcing é uma expressão em inglês normalmente traduzida para português como terceirização. No mundo dos negócios, o outsourcing é um processo usado por uma empresa no qual outra organização é contratada para desenvolver uma certa área da empresa. Em inglês, a palavra "out" significa "fora", e "source" significa "fonte", ou seja, a expressão remete para uma fonte que está no exterior. Assim, uma empresa procura uma fonte no exterior que possa trabalhar uma área do negócio de forma mais eficiente, obtendo desta forma mais tempo para se concentrar nos aspectos fulcrais da gestão empresarial

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