Clusters de Base Tecnológica Potencialidades e Constrangimentos
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- Miguel Figueiroa Castel-Branco
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1 Clusters de Base Tecnológica Potencialidades e Constrangimentos Por:LuísTodoBom ( Angopartners@gmail.com) Professor Associado Convidado do ISCTE Engenheiro Especialista em Engenharia e Gestão Industrial pela Ordem dos Engenheiros Membro da Academia de Engenharia Comunicação Apresentada no Seminário sobre Clusters organizado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo - CCDRLVT Lisboa, 07 de Janeiro de 2015
2 Globalização Variáveis Críticas Inexistência de fronteiras para pessoas, bens, fluxos financeiros e fluxos de informação; Diferentes unidades nos vários pontos da cadeia de valor localizadas em diferentes países e regiões; Importância da Inovação e da Gestão do Conhecimento Tácito e Explícito; Existência de Redes e Plataformas Tecnológicas de Comunicação e Informação com maior largura de banda, maior capacidade de transmissão, linguagem comum e fluxos bidireccionais; Competição inter-regiões Clusters tecnológicos, regiões cidade, competências e capacidades únicas e exclusivas.
3 Processos de Internacionalização Activos que criam uma vantagem competitiva para a Empresa Tecnologia Proprietária; Know-How de Gestão; Rede de distribuição multinacional; Acesso a matérias primas; Economias de escala de produção; Economias de escala financeiras; Posse de uma marca ou notoriedade comercial forte.
4 Clusters Definição, Características Cluster Conjunto de Unidades Empresariais, Industriais e de Serviços, interligadas, contemplando unidades da cadeia de valor e unidades instrumentais. Podem classificar-se em Tradicionais e Tecnológicos. Características Têm uma óptica regional a maioria e as mais relevantes unidades dos clusters estão na mesma região; A eficiência do cluster depende do grau da interligação e do nível de competitividade de cada unidade; A construção e desenvolvimento dos clusters é sempre suportada na inovação; A competitividade internacional dos clusters depende da sua integração na Rede de Inovação.
5 Tipos de Clusters numa Economia Globalizada Clusters Tradicionais Ex: Cluster do Calçado, da Cortiça, do Turismo, Integrando Unidades Industriais e de Serviços de Sectores Maduros. Clusters Tecnológicos Integrando Unidades Industriais e de Serviços de Sectores de Vanguarda, com alta incorporação tecnológica. Ex: Cluster das TICs, da Biotecnologia, Uma Economia Globalizada Não se mantém competitiva só com Clusters Tradicionais, tem que desenvolver Clusters Tecnológicos; Os Clusters Tradicionais beneficiam das inovações radicais dos Clusters Tecnológicos, através de processos de transferência de novas tecnologias e da criação de um clima criativo; A distribuição regional dos Clusters Tecnológicos deve seguir uma óptica Europeia e não Nacional.
6 A Inovação nos Clusters Tradicionais e nos Clusters Tecnológicos Clusters Tradicionais Inovação Incremental, Tecnologias sustentáveis; Adopção das melhores Tecnologias disponíveis; Inovação nos produtos, processos e posicionamento; Utilização das TICsdirectamente nos processos empresariais; Aquisição das tecnologias verticais. Clusters Tecnológicos Inovação Radical, Tecnologias sustentáveis e disruptivas; Desenvolvimento de novas Tecnologias; Inovação nos produtos, processos, posicionamento e paradigma; Utilização das TICsnos processos de Inovação Radical; Desenvolvimento das tecnologias verticais.
7 Cadeia de Valor Indústria e Serviços Concepção Desenho Projecto Produção Distribuição Logística Vendas Serviços Pós-Venda Assistência Outsourcing Actualizações e Up-Grading Prestação de Novos Serviços Desenvolvimento de Aplicações Serviços de Valor Acrescentado
8 Um Cluster Típico dos Sectores de Conhecimento Intensivo Actividades Culturais Universidades Institutosde Investigação Aplicada Fornecedores de Serviços de Marketing e Telemarketing Hospitais Centros Desportivos Unidadesde conhecimento Intensivo- várias Fornecedores de Hardware Telecomunicações e Banda Larga Hoteise Restaurantes Fornecedores de Software Unidades concorrentes e complementares da Fileira do conhecimento Sociedades de Capital de Risco Operadores de Logística
9 Um Modelo do Processo de Inovação Mercado Visão e Processo de Gestão das Ideias Inovadoras (Geração de ideias - Avaliação - Escolha - Validação) Clientes Processode Conhecimento Estratégia e Processo de Planeamento do Produto/Tecnologia Processo de Gestão dos Programas de Desenvolvimento de Produtos Processo de Gestão do Ciclode vida do Produto Concorrentes Tecnologia Processo de Desenvolvimento dos Recursos Tecnológicos Base de Conhecimentos e Competências
10 Fluxos de Conhecimento e de Informação para Produtos e Serviços de Alto Valor Acrescentado Unidades de Produção de Conhecimento Unidades de Interface Empresas Mercado/ Consumidores Universidades. Parques Tecnológicos. Nacionais; Internacionais. Nacional; Internacional. Institutos de Investigação. Incubadoras de Empresas. Ges; PMEs. Consumo; Corporate. Centros Tecnológicos. Unidades de Formação Universitária de Executivos. Agricultura e Pescas; Indústria; Serviços. De Massas; Diferenciação.
11 Tipos de Redes de Inovação Radical Zona 2 Aliança Estratégica ou Consórcio sectorial para desenvolver um novo produto ou um novo sistema de distribuição Zona 3 Redes de inovação de empresas múltiplas em sistemas de produtos complexos Tipo de Inovação Zona 1 Zona 4 Incremental Fóruns do Sector Aprendizagem na Corrente de Abastecimentos Clusters regionais, Clubs da Melhor Prática Semelhantes Características das Empresas Heterogéneas
12 Tipos de Interacção no Âmbito das Redes de Inovação Interacções no Produto Produtos e Grupos de Produtos e Serviços interagem, são adaptados e evoluem. Interacções no Processo Interdependência entre Produtos e Processos e entre diferentes processos. Interacção Social no Âmbito da Organização Interacção Social entre Organizações Interacção entre o Conhecimento e a Capacidade para trabalhar com outras unidades de negócio dentro da Organização. Relações de negócio que propiciam oportunidades para a Inovação, em especial para Inovações Sistémicas.
13 Regiões Nacionais de Base Tecnológica e Parques Tecnológicos Definições Região Nacional de Base Tecnológica Região Integrada de Desenvolvimento, suportada em unidades de conhecimento intensivo ligadas a Clusters Tecnológicos Específicos onde são criadas as condições necessárias para a localização a nível internacional destas unidades, promovendo emprego qualificado e condições ímpares de qualidade de vida e de ambiente de trabalho. Integram, frequentemente, um Parque Tecnológico. Parque Tecnológico Conjunto integrado de unidades de produção de conhecimento Universidades e Institutos de Investigação - e Empresas de Base Tecnológica, em que a competitividade internacional das várias unidades é garantida através de processos de fertilização cruzada. Integram, frequentemente, Incubadoras de Empresas de base tecnológica e entidades financeiras de seed capital e venture capital.
14 Regiões Nacionais de Base Tecnológica Análise SWOT Sistémica O. Aposta Nacional e Europeia em I&D; Surgimento de Novos Playersa nível mundial; Disponibilidade de Fundos Estruturais. S. Localização Geográfica -Qualidade de Vida; Desenvolvimento Integrado/ Potencial de Crescimento; Interacção Universidades Institutos de I&D Empresas; Baixo Custo dos Quadros Tecnológicos. W. Baixa Competitividade para atrair Empresas Internacionais; Infra-estruturas físicas de qualidade mediana; Mobilidade e Serviços Complementares deficientes; Reduzido Conhecimento e Notoriedade do País nas áreas Tecnológicas. T. Extensão da crise económica e financeira global; Dispersão da utilização de Fundos, não privilegiando massas críticas; Perda de competitividade em relação a novas regiões de maior dinamismo.
15 Fluxos Internacionais entre Regiões de Base Tecnológica Região Tecnológica Nacional Outras Regiões Tecnológicas Internacionais Redes de Conhecimento Unidades de Produção de Conhecimento: Universidades Institutos de I&D Unidades de Produção de Conhecimento: Universidades Institutos de I&D Empresas de Base Tecnológica Atracção de Investimento Estrangeiro Promoção de Investimento Estrangeiro Alianças entre Empresas de Base Tecnológica Empresas de Base Tecnológica
16 O Posicionamento dos Parques Tecnológicos Nacionais nas Redes Globais Outras Regiões com os Mesmos Clusters Tecnológicos Cooperação intensa em I & D Alianças entre Empresas para explorar novos mercados Fusões, Aquisições, Redimensionamento Empresarial. Outros Parques Tecnológicos Internacionais Parque Tecnológico Nacional Competição Diferenciação Melhoria contínua Outros Parques Empresariais da mesma Região Nacional de Base Tecnológica Aprendizagem Troca de Experiências Cooperação em I & D Alianças entre Empresas Hi Tech Outras Regiões Europeias e Atlânticas do Conhecimento e Desenvolvimento da Tecnologia de Novos Clusters Tecnológicos. Atracção de Investimento Estrangeiro Exportação do conhecimento do Parque Tecnológico Nacional
17 Hierarquização dos Clusters de Base Tecnológica 1. Clusters com posicionamento internacional relevante Cluster das TICs 2. Clusters já com algum posicionamento internacional Cluster das Biotecnologias e das Tecnologias da Saúde 3. Clusters com Base Tecnológica mínima e com Potencial de Crescimento Cluster das Tecnologias Energéticas Cluster das Tecnologias Tropicais Cluster das Tecnologias dos Materiais 4. Sonhos ou Equívocos, ou Fábulas Cluster das Tecnologias do Mar (Economia do Mar?)
18 Uma Estratégia baseada na Inovação e nos Clusters Tecnológicos (1) Focus prioritário nos Clusters em estádios de desenvolvimento mais avançado, com presença internacional relevante; Hierarquização e concentração de recursos financeiros e de conhecimento nos restantes clusters com potencial de crescimento a curto-prazo; Diferenciar os incentivos à inovação incremental clusters tradicionais e à inovação radical clusters tecnológicos; Adoptar uma aproximação internacional na definição dos incentivos, privilegiando as empresas que se localizam nas Regiões Nacionais de Base Tecnológica.
19 Uma Estratégia baseada na Inovação e nos Clusters Tecnológicos (2) Focus nos bens e serviços transaccionáveis e na competitividade internacional, suportada em Redes de Inovação; Reposicionar e hierarquizar os incentivos às Unidades de Interface; Concentrar os incentivos do lado da Procura e não da Oferta da inovação. As Empresas, integradas em Redes de Inovação, contratam as Unidades de Produção de Conhecimento.
20 Cluster das TICs Tecnologias de Base IT Services Tecnologias de Base ECMS Enterprise Content Management Systems Web Development Mobile Development Network Implementation Services Internet Services Telecommunications GIS (Geographical Information Systems) Fleet Management Companies Companies who provide APT (Automatic Payment Terminals) services Hardware Components
21 Cluster da Biotecnologia Tecnologias de Base Tecnologias de Base Biotecnologia Médica e de Diagnóstico Biotecnologia Alimentar Biotecnologia Marinha e Aquacultura Biotecnologia Agrícola Biotecnologia Ambiental Bioindústrias ligadas à Genética Tecnologia dos Bioprocessos Bioinformática Transferência de Tecnologia
22 Potencialidadese Constrangimentos do Desenvolvimento de Clusters em Portugal (1) Potencialidades: Existência de Clusters Tradicionais e Clusters Tecnológicos com boa presença internacional, reforçada nos anos recentes; Existência de um Sistema Científico e Tecnológico e Universidades de referência que podem suportar o desenvolvimento de Clusters; Existência de uma Infra-estrutura Tecnológica Parques Tecnológicos, Centros Tecnológicos, Incubadoras que podem permitir o crescimento de Clusters; Utilização focada e selectiva do sistema de apoio Portugal 2020 no robustecimento dos Clusters Tecnológicos; Regiões com potencialidades de desenvolvimento de Clusters Tecnológicos com capacidade competitiva Europeia: TICs Região da Grande Lisboa; Biotecnologia e Tecnologias da Saúde Eixo Lisboa/Coimbra; Tecnologia dos Materiais Eixo Aveiro/Porto; Tecnologias Energéticas Eixo Porto/Braga.
23 Potencialidadese Constrangimentos do Desenvolvimento de Clusters em Portugal (2) Constrangimentos: Falhas em unidades essenciais da cadeia de valor de alguns Clusters Tradicionais; Redes de Inovação frágeis, mal desenhadas e deficientemente geridas; Fluxos de conhecimento e de informação deficientes entre as várias unidades do Sistema Tecnológico; Parques Tecnológicos ineficientes e geridos pelas Câmaras Municipais como centros de escritórios; Incubadoras e Centros Universitários de formação de executivos ineficientes com baixas exigências no âmbito da Gestão da Inovação e uma preocupação de maximização de receitas públicas e privadas; Desaparecimento de Empresas Nacionais Âncora que suportem os processos de Gestão da Inovação (o efeito da destruição da Cimpor e da Portugal Telecom édevastador).
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