A ÚLTIMA BELEZA. O JOVEM TURISTA Amor. Vou levar... É tão lindo. Parece vivo. Olhe. A JOVEM TURISTA Será que ele sairá do quadro e voará até nós?

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Iasmin Alcaide de Sousa
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1 Roteiro

2 A ÚLTIMA BELEZA FADE IN EXT. PRAÇA DO BAIRRO - DIA Miguel, 40 anos, estatura mediana, negro, cabelos crespos. Está sentado entre um quadro grande de um beija-flor e uma dezena de quadros de demais aves com um cesto a frente. Um jovem turista com sua acompanhante com uma bolsa aproxima-se. Analisa as obras com paixão, em especial o quadro do beija-flor. Olha para sua acompanhante. Amor. Vou levar... É tão lindo. Parece vivo. Olhe. A JOVEM TURISTA Será que ele sairá do quadro e voará até nós? O Jovem turista dirige-se até Miguel. Começa a tirar a carteira do bolso. Conta as cédulas. Com as cédulas nas mão, oferece-as a Miguel. Dou. Mil e quinhetos no quadro gande do beija-flor. Pago em dinheiro. Miguel faz uma cara de reprovação. Levanta a mão aberta em sinal negativo. Aponta para eles. Não meu amigo. O quadro grande é apenas para doação. Os que estão a venda são os quadros menores. (CON T) Estes aqui. O Jovem turista enrola o dinheiro. Olha para a bolsa de sua acompanhante. Me dê todo seu dinheiro. Quando chegar a pousada, retiro mais no caixa-eletrônico.

3 CONTINUED: 2. Com a bolsa aberta. A Jovem turista retiras algumas cédulas e dar ao Jovem turista. Que pega, colocar junto com as outras cédulas e conta. Agora eu tenho dois mil e oitocento reis, dou todo este dinheiro no quadro grande do beija-flor. Sinto muito. Já disse. O quadro grande, é apenas para apreciação e doação. Pode levar um dos pequenos, é apenas cinquenta reais. O Jovem turista, enraivecido, entrega o dinheiro para a Jovem turista, pega a tela grande, a jogar no chão e pisa. Não me vendeu. Também não vai levar ela novamente para sua casa. O Jovem turista, dar uma garganhada maldosa e sai junto com a sua acompanhante. Um locutor de uma motopublicidade, ver a situação. Chega perto e colocar cem reais na cesta de doação. Eu sei seu Miguel. Aquela era a obra da sua filha que morreu de leucemia. E que o dinheiro arrecadado é para o hospital do câncer em Salvador. Que lutou juntamente com o senhor por todo o tempo que puderam, espero ajudar com este cem reais. Obrigado amigo locutor. Miguel pega a tela amassada, talvez com alguns rasgões. Coloca num canto. (CON T) Vou tentar retrata-la. Para continuar a obra. O locutor vai até a moto, pega o microfone. Do lado do Miguel começa a fazer teste de som.

4 CONTINUED: 3. Alô... Som... Um, dois, testando. Dar uns tapas no microfone. Um rapaz com uniforme para, observar. Bem, pessoal. Agora a pouco, o Sr. Miguel foi vítima da intolerência. Porque não que vender por preço nenhum, um quadro feito por sua alunae filha, que veio a falecer de leucemia. Peço a você que ajudem na obra do Sr. Miguel, e doem o quanto puder. Todo o arrecadado sempre foi e sempre irá para o hospital do câncer em Salvador. Em sequência. Cinco pessoas de diferentes generos aproximam-se do cesto e jogam uma cédula, ficam paradas. Obrigado. Deus abençoes a todos. Vamos dar uma saúva de palma para o Sr. Miguel. Todos aplaudem. Miguel fica meio que envergonhado. EXT. PRAÇA DO BAIRRO - DIA - MAIS TARDE O ambiente está sem movimento. Vemos uma carroça se aproximar. Miguel coloca os quadros encima dela. CARROCEIRO É seu Miguel, hoje soube que perdeu sua obra mais relevante sentimentalmente. Mas tem que seguir em frente. Ela ficará guardada sempre comigo. Contudo, para exposição vou tentar retratar em outra tela. CARROCEIRO Artista, tento ideia de artista. O Carroceira dar uma gargalhada e um tapinha no ombro de Miguel. Ele rir também.

5 CONTINUED: 4. É o que posso fazer para manter a obra viva. Não será a mesma coisa para mim, já que era como se minha filha estivesse do meu lado. CARROCEIRO Agora as duas estarão sob proteção divina. Assim espero. Uma das coisas que mais quero é ajudar as outras pessoas com câncer e manter a memoria da minha filha. Agora vamos. Miguel sobe na carroça. O carroceiro da a partida e começa a seguir em direção a casa do Miguel. INT. CASA DE - QUARTO - DIA - FIM DE TARDE Um ambiente simples. Cama, porta-telas e tintas, rack. Os quadros estão encima da cama. Miguel está quardando a tela amassada de sua filha em um guarda-roupas. EXT. PRAÇA DO BAIRRO - DIA O movimento está fraco. Miguel está com seus quadros expostos a venda e com um quadro grande com um beija-flor com um coração no bico na tela. O cesto de doações está no chão, a frente das telas. Uma comerciante aproxima-se. Olha o quadro grande com o beija-flor com o coração no bico. Demonstra admiração. A COMERCIANTE Quantos quadros de cinquenta reais o senhor tem para vender seu Miguel? Quinze. Dona Benedite. D. BENEDITE Vou comprar todos, e ainda deixar cento e cinquenta para a doação ao hospital do câncer.

6 CONTINUED: 5. Muito obrigado, mas não precisa. D. BENEDITE Está decidido. Vou comprar. metado ou dar de presente e metado vou deixar um rapaz aqui vendendo. Ela abre a bolsa, conta o dinheiro e dar a Miguel. Pega os quadros e telefona para um rapaz. D. BENEDITE (CON T) Vá descansa seu Miguel. Deve estar mentalmente, exausto. Agora que ficou clara suas intenções. Vou sim, D. Benedite. Ele aproxima-se do novo quadro do beija-flor. Passa suavimente a mão. (CON T) Também vou ver se dou uma realçada nas cores desta obra. Já sei, ela será meu neto artistico. Miquel e D. Benedite dão gargalhadas. FIM FADE OUT

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