Planejamento Tributário Empresarial

Transcrição

1 Planejamento Tributário Empresarial Aula 16 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

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3 Aula 16: Da execução fiscal Objetivo: Dar seguimento ao estudo do processo administrativo quanto à ação de execução fiscal. Da execução fiscal segunda parte sabemos: Na aula anterior iniciamos os estudos da ação de execução fiscal e agora já Petição inicial deverá estar instruída da certidão da dívida ativa. O juiz dará o seu primeiro despacho mandando citar o devedor-executado. A citação será feita por correio AR. A citação será pessoal por meio do oficial de justiça se a citação por AR for infrutífera ou a pedido da Fazenda Pública. Caso citação seja positiva (efetivada), o executado terá 5 dias para pagar, garantir a execução. Na citação negativa (não efetivada), a Fazenda pesquisará bens do executado para garantir a execução. Encontrando bens, eles serão arrestados e a citação e intimação do executado serão realizadas por oficial de justiça ou edital; em seguida, o arresto será convolado em penhora. Não encontrado bens, será suspensa a execução e os autos arquivados de modo provisório. Agora que já notamos que seja a citação efetivada ou não, se não houver bens o processo será suspenso e aguardará no arquivo, vamos estudar quando há bens a serem penhoras ou bens que foram arrestados e convolados em penhora. Começa a partir da citação e intimação da penhora ou da convolação do arresto o prazo de 30 (trinta) dias para ingressar com recurso de embargos a execução.

4 O executado, já citado e com o bem penhorado ou com a execução garantida com o depósito ou com garantia bancária, terá o prazo contado a partir da intimação da penhora ou do depósito ou ainda da apresentação da garantia bancária. Nesta oportunidade, ele terá duas oportunidades: embargar a execução ou não embargá-la. O exequente embarga a execução O embargo é uma das defesas do executado contra a execução e será dirigida ao Juiz da causa, e somente poderá versar sobre: na nulidade do título; na ilegitimidade de parte; na prova do pagamento já realizado; na prescrição e nas demais causas elencadas na Lei. Este embargo será autuado em apartado da ação de execução fiscal, entretanto, o Juiz despachará na execução para o seu sobrestamento até a decisão dos embargos e mandará intimar a Fazenda Pública (exequente) para manifestar-se sobre os motivos e fatos apresentados pelo executado nos embargos. Após esta manifestação, o Juiz designará audiência de conciliação para tentar a composição entre as partes. Não havendo acordo nesta audiência, o Juiz instruirá o processo com as provas apresentadas, documentos juntados e, se for o caso, com oitiva de testemunhas e perícias. Após a instrução haverá a prolação da sentença que poderá ser: Procedente: o executado venceu. Improcedente: o executado perdeu vencida a Fazenda Pública.

5 Sentença procedente Neste caso, ao ser prolatada a sentença procedente os embargos, o Juiz já declara a improcedência da execução, o executado venceu e haverá a extinção do crédito e da ação de execução fiscal. Esta sentença deverá, obrigatoriamente, ser confirmada pelo Tribunal Superior nos termos do Artigo 475 do Código de Processo Civil. CPC Art. 475 Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada a sentença: I proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, as autarquias e fundações de direito público; II que julgar procedente, no todo ou em parte, os embargos a execução de dívida ativa da Fazenda Pública.

6 Sentença improcedente exequente. Julgada improcedente os embargos, o juiz intimará a Fazenda Pública Ela terá prazo para manifestar-se sobre a suspensão e, ao concordar, os autos se manterão em cartório pelo prazo de um ano. Após este prazo, se não houver qualquer movimento quanto à citação (endereço do executado) ou bens passíveis de penhora, os autos serão encaminhados no arquivo provisório. No período de suspensão ou arquivamento dos autos não ocorre a prescrição. O processo da execução fiscal não encerra por aqui, mas vamos voltar a ver este assunto na próxima aula. Agora, para fixar o seu aprendizado, vamos aos exercícios do AVA. Caso fique alguma dúvida, leve a questão ao Fórum e divida-a com seus colegas e professor.

7 REFERÊNCIAS Código Tributário Nacional. Códigos 3 em ed. São Paulo: Saraiva, Constituição Federal. Códigos 3 em ed. São Paulo: Saraiva, COSTA, Regina Helena. Curso de Direito Tributário. 1. ed. São Paulo: Saraiva, FÜHRER, Maximilianus Cláudio Américo; FÜHRER, Maximiliano Roberto Ernesto. Resumo de Direito Constitucional. 7. ed. São Paulo: Malheiros Editores, FÜHRER, Maximilianus Cláudio Américo; FÜHRER, Maximiliano Roberto Ernesto. Resumo de Direito Tributário. 19. ed. São Paulo: Malheiros Editores, SCHOUERI, Luís Eduardo. Direito Tributário. 1. ed. São Paulo: Saraiva, SILLOS, Lívio Augusto de. Planejamento Tributário: Aspectos teóricos e práticos. São Paulo: Livraria e Editora Universitária de Direito LEUD, ZANLUCA, Júlio César. Planejamento Tributário: Luxo ou necessidade? Disponível em: < Acesso em: 26 dez