ÍNDICE -Nome popular: Apaiari, Oscar -Nome popular: Bagre africano -Nome popular: Bagre-do-canal, Catfish -Nome popular: Black-Bass
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- Amália de Santarém Carreiro
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1 ÍNDICE Página -Nome popular: Apaiari, Oscar 07 Nome científico: Astronotus ocellatus -Nome popular: Bagre africano 08 Nome científico: Clarias gariepinus -Nome popular: Bagre-do-canal, Catfish 10 Nome científico: Ictalurus punctatus -Nome popular: Black-Bass 11 Nome científico: Micropterus salmoides -Nome popular: Carpa cabeça grande 13 Nome científico: Aristichthys nobilis -Nome popular: Carpa capim 13 Nome científico: Ctenopharyngodon idella -Nome popular: Carpa comum 15 Nome científico: Cyprinus carpio -Nome popular: Carpa prateada 17 Nome científico: Hypophthalmichthys molitrix -Nome popular: Curimatã, Curimbatá, Papa-terra 18 Nome científico: Phochilodus argenteus -Nome popular: Dourado 19 Nome científico: Salminus maxillosus -Nome popular: Lambari, Piaba 20 Nome científico: Astyanax sp. -Nome popular: Matrinchã, Piraputanga 21 Nome científico: Brycon sp -Nome popular: Pacu 22 Nome científico: Piaractus mesopotamicus -Nome popular: Piau, Piauçu, Piapara 23 Nome científico: Leporinus sp -Nome popular: Pintado, Surubim 24 Nome científico: Pseudoplatystoma sp
2 -Nome popular: Piranha 25 Nome científico:serrasalmus sp, Pygocentrus sp -Nome popular: Pirarucu 26 Nome científico: Arapaima gigas -Nome popular: Tambaqui, Tambacu 27 Nome científico: Colossoma macropomum -Nome popular: Tilápia-do-nilo 28 Nome científico: Oreochromis niloticus -Nome popular: Traíra, Trairão 31 Nome científico: Hoplias sp -Nome popular: Truta arco-íris 32 Nome científico: Oncorhynchus mykiss Nome popular: Tucunaré 33 Nome científico: Cichla sp -Nome popular: Tuvira 35 Nome científico: Gymnotus carapo -Encarte figuras ilustrativas 36 2
3 I - INTRODUÇÃO PEIXES DE IMPORTÂNCIA PARA A PISCICULTURA BRASILEIRA Eduardo Lopes Beerli 1 Priscila Vieira Rosa Logato 2 A piscicultura brasileira vem crescendo rapidamente, cerca de 30% ao ano, principalmente por ser fonte de proteína de alta qualidade e por apresentar boa lucratividade. Devido a este crescimento, aliado ao fato de que novas espécies exóticas estão proibidas de serem introduzidas no país e em vista da vasta diversidade ictiológica nacional, várias espécies nativas estão sendo estudadas quanto à sua importância e adequação ao cultivo. A piscicultura caracteriza-se por apresentar espécies variadas que melhor se adaptam a determinadas regiões e onde, encontram melhor aceitação no mercado. Os peixes carnívoros, por exemplos, estão sendo pesquisados e sua criação já se tornou rentável. Com essa diversificação, muitas espécies importantes precisam ser melhor conhecidas pelos profissionais da área. 1 Estudante de Zootecnia UFLA 3
4 2 Professora do Departamento de Zootecnia - UFLA Além disso, o número de pesque-pagues e a busca por peixes esportivos vêm aumentando rapidamente, sendo importante enfatizar que estas atividades estão dando impulso à piscicultura. Um dos problemas dos piscicultores que produzem peixes para a comercialização e dos proprietários rurais que possuem tanques ou açudes em seus sítios e fazendas e que pretendem aproveitar essas águas para produzir peixes é justamente a escolha da espécie mais adequada para a criação. Como o sucesso da piscicultura está associado a uma escolha adequada da espécie de peixe a ser explorada, o produtor deverá estar atento para uma série de requisitos indispensáveis à seleção da melhor espécie, pois está no fim do cultivo o produto final de comercialização. A decisão técnica inadequada quanto a escolha da espécie a ser criada pode representar o fracasso nesta atividade. A adaptação ao clima local é uma condição essencial que limita a escolha de espécies de águas quentes ou frias. O exame cuidadoso das características de cada uma delas pode conduzir à escolha dos peixes mais adequados, nacionais ou exóticos, adaptadas às condições da propriedade. 4
5 Pode-se considerar que qualquer peixe pode ser criado em qualquer lugar, mas os custos para criá-lo fora das condições adequadas para sua sobrevivência e desenvolvimento serão elevados, inviabilizando o cultivo comercial. Apesar do potencial comprovado para o cultivo de algumas espécies nativas, os conhecimentos referentes à sua biologia e às técnicas apropriadas de cultivo ainda necessitam ser aprimorados. Para que uma espécie seja cultivada com sucesso em cativeiro, são necessários conhecimentos básicos sobre hábitos alimentares, potencial de crescimento, reprodução em cativeiro, comportamento em confinamento, bem como aspectos econômicos do seu cultivo e sua aceitação pelo mercado consumidor. Outro aspecto de importância é o nível de manejo a ser utilizado, do mais simples, sem mesmo adubação ou adição de rações, ao mais tecnificado, com altas densidades de povoamento. Esta decisão deve ser tomada antes de se iniciar a atividade, pois representa a quantidade de capital a ser investido e quanto peixe será produzido. A seguir serão mostrados alguns critérios para a escolha da espécie ou espécies ) a serem cultivadas: existência de mercado para a espécie a ser produzida; preço final do produto; 5
6 custos de construção ou adequação dos viveiros para a espécie; estimativa do custo de produção; tempo previsto para o retorno do capital investido; rápido crescimento; exigências nutricionais da espécie; clima adequado; solo adequado; água de qualidade e em quantidade suficiente; facilidade para compra de insumos, como rações, alevinos, etc. Visando contribuir para o conhecimento dos principais aspectos técnicos e biológicos do cultivo das espécies de maior importância, este manual poderá ser utilizado por estudantes, técnicos, especialistas em extensão, professores, produtores e outros profissionais envolvidos com a piscicultura. Aqui estão citados os principais peixes de importância para a piscicultura brasileira e também alguns que ocorrem com freqüência nos viveiros em algumas regiões, como as piranhas. Para utilizar este manual, deve-se primeiramente recorrer ao índice, no qual as espécies estão relacionadas em ordem alfabética de acordo com o seu nome popular mais usado. 6
7 Procura-se a espécie de interesse e a página em que se encontra a sua descrição. No final do manual, estão as fotos dos peixes com seus nomes indicados na parte inferior de cada foto. II - ESPÉCIES 2.1- Nome popular: Apaiari, Oscar Nome científico: Astronotus ocellatus. Origem: Brasil, Bacia do Amazonas. Utilização: fornecimento de carne e ornamental. Água: são resistentes a grandes variações de ph, desde que não sejam bruscas. Temperatura: ideal de 22 a 27 o C. Alimentação: onívora, tendendo a carnívora; consomem pequenos peixes, larvas, crustáceos e insetos. As larvas alimentam-se de plâncton, pequenos crustáceos e insetos; em cativeiro aceitam ração. Iscas: naturais - pequenos peixes (lambari), insetos, pitu e minhoca; artificiais: jigs, spinners, plugs de superfície e meia água. Maturidade sexual: por volta de 1 ano. Reprodução: lênticos (reproduzem naturalmente nos viveiros); a fêmea deposita os ovos aderentes numa superfície plana 7
8 previamente limpa e o macho os fertiliza. A 25 o C os ovos eclodem em 36 horas. É aconselhável separar os pais dos filhotes, para evitar o canibalismo. Sexagem: para peixes da mesma idade e tamanho, os machos são mais coloridos que as fêmeas, mais agressivos e têm nadadeiras maiores. Além disso, a ponta da nadadeira dorsal é mais arredondada nas fêmeas e mais pontuda nos machos. Vantagens: indicado para pesque-pague, pois brigam arduamente quando fisgados; carne de boa qualidade. Deficiências: predador de outros peixes e pratica canibalismo. Observações: pode ser criado com peixes forrageiros; não sendo recomendado para cultivos intensivos. Podem chegar a medir 30cm e atingir 1,5kg. Atinge 250 a 300g em um ano Nome popular: Bagre africano Nome científico: Clarias gariepinus. Origem: África. Utilização: fornecimento de carne. Água: bem adubada para os alevinos com até 15cm aproximadamente; suportam águas com baixos teores de oxigênio dissolvido. Temperatura: ideal de 27 o C. 8
9 Alimentação: carnívora e zooplanctônica; aceita ração peletizada. Iscas: massas feitas à base de ração de peixe, miúdos de frango (coração, fígado, intestino), camarão descascado, insetos vivos, filés de peixe e pequenos peixes vivos ou mortos. Reprodução: lóticos (ou reofílicos, não se reproduzem naturalmente em viveiros). Vantagens: pode ser cultivado em altas densidades; bastante rústico. Deficiências: predador de outros peixes e pratica canibalismo; é um peixe que apresenta limitações, pois devido ao fato de serem extremamente rústicos e terem a capacidade de sair fora d água e caminhar de um viveiro para o outro podem fugir para a natureza e causar grandes estragos nas populações de peixes nativos, pois são muito vorazes. Atualmente é proibido o seu cultivo em alguns estados do território nacional. Observações: podem permanecer longos períodos fora da água, com a pele hidratada e também em viveiros com baixo teor de oxigênio, pois apresentam respiração facultativa, através de órgãos arborescentes. Pode chegar a 1kg em 10 meses e pode ser criado com peixes forrageiros, como a 9
10 tilápia, para diminuir o canibalismo. Densidade para engorda de 5 peixes/m Nome popular: Bagre-do-canal, Catfish, Bagre Americano Nome científico: Ictalurus punctatus. Origem: América do Norte. Utilização: fornecimento de carne. Água: ph de 6,0 a 7,0; oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0 mg/l. Temperatura: de 18 a 28 o C; não se alimentam abaixo de 18 o C. Alimentação: carnívoras e aceitam ração. Reprodução: lênticos (reproduzem naturalmente nos viveiros), dentro de caixas ou latas de 18 a 20 litros de volume e com buracos. Essas caixas devem ser colocadas próximas à margem do viveiro de reprodução em locais rasos, com 40 a 50cm de profundidade. O macho protege as desovas que são retiradas e incubadas em bandejas de tela. A incubação demora de 7 a 8 dias. Densidade de reprodutores de 1kg/5m 2 de viveiro, na proporção de 2 machos para cada 3 fêmeas. Sexagem: os machos são de maior porte, com a cabeça mais larga e o poro urogenital de menor tamanho e um pouco mais distante do ânus. 10
11 Deficiências: predador de outros peixes; prática canibalismo Nome popular: Black-Bass Nome científico: Micropterus salmoides. Origem: América do Norte. Utilização: fornecimento de carne. Água: preferem águas limpas e ricas em oxigênio dissolvido. Temperatura: ideal de 18 a 26 o C, suportando até 32 o C, que pode ser garantido com áreas sombreadas e viveiros fundos (de 2 a 3m). Abaixo de 10 o C deixam de se alimentar e param de crescer. Ideal para incubação em torno de 20 o C; abaixo de 16 o C a perda da desova é total. Alimentação: carnívora e pratica muito o canibalismo; aceitam ração com alto teor protéico, predominantemente de origem animal. Alimentação consiste de pequenos peixes, rãs, larvas e insetos. Iscas: naturais minhoca e pequenos peixes (lambaris, tilápias, acarás); artificiais - colheres, spinners, jigs e plugs de superfície, meia-água ou profundidade (Rapala Original, Husky, Jointed, Fat Rap, Shad Rap e Rattl n Rap, tamanhos 5, 7, 9, 11 e 13); em especial, minhoca artificial para pesca em grandes profundidades. Maturidade sexual: com cerca de 1 ano. 11
12 Reprodução: lênticos (reproduzem naturalmente nos viveiros); o macho constrói um ninho no fundo do viveiro com seixos rolados, em locais geralmente rasos ( 0,5m ). Ao terminar a construção, o macho sai à procura de uma fêmea que se encontre apta para a reprodução e a conduz ao ninho, onde ocorre a desova e a fecundação. Após a fecundação, o macho expulsa a fêmea e fica protegendo os ovos e os filhotes até completarem 1 mês de vida. A eclosão ocorre de 4 a 6 dias após a fecundação. Densidade de reprodutores de 10m 2 /casal, na proporção de 1 macho para cada fêmea. Os viveiros de reprodutores devem ser rasos (de 60 a 80cm) para facilitar a retirada das desovas ou filhotes. Vantagens: carne de excelente sabor; indicado para pesquepague, pois são extremamente esportivos. Tolera variações bruscas de temperatura. Deficiências: predador de outros peixes e pratica canibalismo. Observações: atinge o peso de abate (500g) em torno de 1 ano. Não é recomendado para cultivos intensivos. Pode ser criado com peixes forrageiros, como o lambari ou tilápia. As larvas são zooplanctônicas, necessitando de farta produção de zooplâncton em tanques separados. 12
13 2.5- Nome popular: Carpa cabeça grande Nome científico: Aristichthys nobilis. Origem: China. Utilização: fornecimento de carne. Água: ph de 6,0 a 7,0; oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0 mg/l. Temperatura: de 16 a 30 o C. Alimentação: Zooplanctófaga é capaz de consumir grãos, pelets e pasta. Iscas: massas. Maturidade sexual: machos aos 2 anos e fêmeas aos 3 anos. Reprodução: lóticas (ou reofílicas, não se reproduzem naturalmente em viveiros). Vantagens: carne magra, crescimento rápido, rústica e bastante prolífica. Deficiências: aceitação limitada no mercado devido ao sabor pouco atrativo da carne. Observações: pode chegar a 2kg em 1 ano; recomendada como espécie secundária no policultivo Nome popular: Carpa capim Nome científico: Ctenopharyngodon idella. Origem: Sudeste da Ásia, China. Utilização: fornecimento de carne. 13
14 Água: ph de 6,0 a 7,0; oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0 mg/l. Temperatura: de 16 a 30 o C. Alimentação: herbívora; os alimentos devem ser frescos e se possível, triturados ou picados. Consome capins e outras gramíneas, folhagens de leguminosas, certas plantas aquáticas, frutos, algumas raízes e tubérculos. Ingere 40 a 60% de seu peso vivo em alimentos por dia. Maturidade sexual: por volta dos 2 anos de idade. Reprodução: lóticas (ou reofílicas, não se reproduzem naturalmente em viveiros). Vantagens: crescimento rápido, rústica e bastante prolífica; fertiliza o viveiro. Deficiências: aceitação limitada no mercado devido ao sabor pouco atrativo da carne, considerada um peixe que transmite parasitas a outros peixes e carne de baixo valor de mercado. Observações: devido à grande quantidade de alimentos que ingere, produz muitas fezes, fertilizando os viveiros. A conversão alimentar desta espécie chega a 30:1. Pode chegar a 1,8kg em 1 ano. Recomendada como espécie secundária no policultivo. 14
15 2.7- Nome popular: Carpa comum Nome científico: Cyprinus carpio. Origem: Ásia. Utilização: fornecimento de carne e ornamental. Água: ph de 6,0 a 7,0; oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0mg/l. Temperatura: suportam de 5 a 35 o C. Param de crescer com temperaturas abaixo de 13 o C e param de se alimentar com temperaturas abaixo de 5 o C. Ideal de 20 a 30 o C. Alimentação: onívora, embora prefira pequenos organismos animais, geralmente bentônicos; os primeiros alimentos das larvas são rotíferos e cladóceros. Se alimentam de fitoplâncton, pequenos organismos do zooplâncton; aceitam vários tipos de alimentos; consomem muito bem rações fareladas, frutas e legumes maduros e esterco fresco de aves e suínos. Iscas: massas, minhocas, ração em pelets. Maturidade sexual: por volta de 1 ano, desde que alcancem 800g. Reprodução: lênticas (reproduzem naturalmente nos viveiros). Proporção de 2 a 3 machos por fêmea e densidade de 1 reprodutor para cada 3 a 5m 2 de viveiro. Para ocorrer a desova natural, a água deve estar com 20 a 30 o C. Desovam em 15
16 aguapés e cordas de nylon desfiadas, colocadas no lado onde o viveiro é abastecido e, no mesmo dia, a desova deve ser transferida para um tanque fertilizado evitando que os ovos sejam comidos. A incubação dos ovos demora de 60 a 80 horas, dependendo da temperatura da água. A reprodução induzida também é utilizada. Sexagem: muito simples e rápida; comprimir a barriga do peixe em direção ao orifício urogenital. Se sair um líquido esbranquiçado é o sêmen do macho, se nada sair é fêmea. Vantagens: crescimento rápido, resistência, rusticidade, facilidade de manejo, reproduzem naturalmente nos viveiros, são prolíficas, aceitam vários tipos de alimentos. Deficiências: aceitação limitada no mercado devido ao sabor pouco atrativo da carne, grande quantidade de espinhas, natureza muito friável da carne quando cozida. Observações: existem várias linhagens e dentro delas podemse observar diversas variedades, tais como: escama, espelho, linha e couro. Tanto a carpa linha como a carpa couro podem gerar descendentes com problemas genéticos: mortalidade total nas fases embrionárias e larvais e grande número de indivíduos com deformações. Com 1 ano podem pesar de 800g a 1kg. Recomendada para policultivo, como espécie secundária. 16
17 2.8- Nome popular: Carpa prateada Nome científico: Hypophthalmichthys molitrix. Origem: China. Utilização: fornecimento de carne. Água: deve ser mantida bem adubada; ph de 6,0 a 7,0; oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0mg/l. Temperatura: de 16 a 30 o C. Alimentação: fitoplanctófaga; não ingere pelets, grãos ou massas, mas pode ingerir alimento finamente triturado. Maturidade sexual: por volta dos 2 anos de idade. Reprodução: lóticas (ou reofílicas, não se reproduzem naturalmente em viveiros). Vantagens: crescimento rápido; o consumo de fitoplâncton evita as concentrações excessivas de algas nos viveiros e melhora a qualidade da água para outras espécies, acarretando uma produção total maior das outras espécies. Deficiências: aceitação limitada no mercado devido ao sabor pouco atrativo da carne; sensível ao manejo, especialmente quando a temperatura estiver baixa. Observações: podem chegar a 1,5kg em 1 ano; recomendada como espécie secundária no policultivo. 17
18 2.9- Nome popular: Curimatã, Curimbatá, Papa-terra Nome científico: Phochilodus argenteus e outros. Origem: Brasil. Utilização: fornecimento de carne. Água: ph de 6,0 a 7,0; oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0mg/l. Alimentação: Iliófaga (consumidores de resíduos orgânicos e fezes de outros animais); consomem também fauna bentônica e aceitam ração. Iscas: minhocas, larvas e massas. Maturidade sexual: por volta dos 2 anos de idade. Reprodução: lóticos (ou reofílicos; não se reproduzem naturalmente em viveiros), mas respondem facilmente à desova induzida. Vantagens: rústico; movimenta o fundo dos viveiros liberando gases tóxicos e colocando a matéria orgânica em suspensão, auxiliando na fertilização. Deficiências: sua carne não apresenta sabor dos melhores. Observações: bons para policultivo, por serem iliófagos. Atingem cerca de 0,8kg em 1 ano e até 2kg em 2 anos, em baixas densidades. 18
19 Nome popular: Dourado Nome científico: Salminus maxillosus. Origem: Brasil. Utilização: fornecimento de carne. Água: ph de 6,0 a 7,0; oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0mg/l. Alimentação: carnívoras. Iscas: naturais - pequenos peixes (cascudo, lambari, piau, piava, curimbatá, tuvira), pequenas rãs e coração de boi; artificiais - colheres, jigs, spinners e plugs de superfície ou meia-água (Rapala Magnum Floating, Countdown e Original, tamanhos 9, 11, 13, 14). Reprodução: lóticos (ou reofílicos, não se reproduzem naturalmente em viveiros). Vantagens: uma das espécies de mais esportividade e carne de excelente sabor. Deficiências: predador de outros peixes e pratica canibalismo. Observações: pode ser criado com peixes forrageiros; não é recomendado para cultivos intensivos; indicado para pesquepague, pois brigam arduamente quando fisgados. 19
20 2.11- Nome popular: Lambari, Piaba Nome científico: Astyanax sp. Origem: Brasil. Utilização: fornecimento de carne e isca. Água: não são muito resistentes a baixos teores de oxigênio na água; ph de 6,0 a 7,0; oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0mg/l. Temperatura: ideal acima de 17 o C. Alimentação: onívora; consomem plâncton, ração, larvas de insetos, bentos, ovos e larvas de pequenos insetos e moluscos aquáticos. Iscas: naturais - massas, minhocas e larvas; artificiais - pequenos plugs, flies e spinners. Reprodução: lênticas (reproduzem naturalmente nos viveiros). Sexagem: ao corrermos os 2 dedos indicador e polegar pela nadadeira peitoral traseira observamos uma lixa que arranha e sensibiliza ligeiramente a ponta dos dedos. Nas fêmeas não se sente nenhuma lixa ou ranhura, ocorrendo somente nos machos. Vantagens: prolíficos e rústicos. Observações: indicado como peixe forrageiro; podem ser criados na densidade de 200 peixes/m 2. 20
21 2.12- Nome popular: Matrinchã, Piraputanga Nome científico: Brycon sp. Origem: Brasil, Bacia Amazônica, São Francisco e Parnaiba. Utilização: fornecimento de carne. Água: exigente quanto ao teor de oxigênio. Alimentação: onívora; frutos e sementes; aceitam bem rações peletizadas. Iscas naturais - pequenos peixes, queijo, frutas, coração de boi e até certos tipos de flores, além de minhocas, insetos, caranguejo e pitu; artificiais - colheres, jigs e principalmente spinners de um único anzol, além de plugs de meia-água (Rapala Husky, Original, Fat Rap, Shad Rap, Countdown, Rattl n Rap e Magnum Floating, tamanhos 5, 7, 9, 11). Maturidade sexual: com cerca de 3 anos de idade. Reprodução: lóticos (ou reofílicos, não se reproduzem naturalmente em viveiros). Vantagens: são peixes extremamente esportivos, rústicos e de crescimento rápido. Observações: indicado para policultivos; alcançam de 700g a 1kg em 1 ano e 1,3 a 1,6kg no segundo ano. 21
22 2.13- Nome popular: Pacu Nome científico: Piaractus mesopotamicus. Origem: Brasil, Bacia do Paraná. Utilização: fornecimento de carne. Água: ph de 6,0 a 7,0; oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0 mg/l. Temperatura: suporta melhor o frio do que o tambaqui. Alimentação: onívora; baseia-se em frutas, sementes, grãos, pequenos moluscos, crustáceos e insetos, consomem legumes, tubérculos e aceitam bem a ração. Os alevinos alimentam-se principalmente de zooplâncton. Iscas: coco, coquinhos, mandioca, genipapo, pedaços de peixe, coração de boi, escargot, minhoca, ração em pelets, pequenos caranguejos, pitu e massas. Maturidade sexual: entre 3 e 4 anos de idade. Reprodução: lóticos (ou reofílicos, não se reproduzem naturalmente em viveiros). Vantagens: mais resistentes ao frio que o tambaqui; rústico e prolífico. Deficiências: carne com certo acúmulo de gordura. Observações: requerem de 30 a 35% de proteína bruta em cultivos intensivos; normalmente não ultrapassam 1kg em 1 ano. 22
23 2.14- Nome popular: Piau, Piauçú, Piapara Nome científico: Leporinus sp. Origem: Brasil. Utilização: fornecimento de carne. Água: ph de 6,0 a 7,0; oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0 mg/l. Alimentação: onívora, com predominância para herbívoro. Consome algas filamentosas, raízes, folhas e frutos de macrófitas aquáticas, frutos de plantas ribeirinhas, insetos, crustáceos e larvas aquáticas; aceitam ração. Iscas: milho verde, minhocas, coração de boi ou frango, salsicha, larvas, insetos, pitu, queijo, pedaços de salsicha e massas. Reprodução: lênticos (reproduzem naturalmente nos viveiros) Sexagem: macho mais comprido e esguio; fêmea mais arredondada e mais pesada. Vantagens: são peixes muito esportivos e com carne de excelente qualidade. Observações: indicados para policultivo e pesque-pague, pois brigam arduamente quando fisgados. A piapara e o piauçu assemelham-se muito ao piau. 23
24 2.15- Nome popular: Pintado, Surubim, Cachara Nome científico: Pseudoplatystoma sp. Origem: Brasil. Utilização: fornecimento de carne. Água: ph de 6,0 a 7,0. Oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0 mg/l. Temperatura: deve ser superior a 22 o C. Alimentação: carnívoras; alimentam-se de pequenos peixes, crustáceos, vermes, etc. Iscas naturais - pequenos peixes (lambari, tuvira, cascudo, muçum, jejú, etc) inteiros ou em pedaços, pequenas rãs, minhocuçu, caranguejo; artificiais - colheres e plugs de meiaágua (Rapala Original e Magnum Floating, tamanhos 9, 11, 13, 14). Reprodução: lóticos (ou reofílicos, não se reproduzem naturalmente em viveiros) Vantagens: carne com excelente sabor, sendo muito apreciados na culinária brasileira. Observações: O pintado e a cachara são espécies diferentes de peixes, mas são praticamente idênticos quanto às suas características. Podem ser criados com peixes forrageiros. Não são recomendados para cultivos intensivos. 24
25 2.16- Nome popular: Piranha Nome científico: Serrasalmus sp, Pygocentrus sp, Pigopristis sp. Origem: Brasil. Utilização: fornecimento de carne e ornamental. Água: são resistentes quanto a qualidade da água. Temperatura: ideal de 24 a 28 o C. Alimentação: carnívoras e pratica muito o canibalismo. Iscas: pequenos peixes vivos, coração de boi, minhoca, iscas artificiais, etc. Os exemplares grandes conseguem partir uma isca artificial ao meio. Reprodução: lênticas (reproduzem naturalmente nos viveiros). Vantagens: brigam bastante quando fisgadas, sendo uma alternativa interessante e divertida para uma boa pescaria. Apresentam carne de bom sabor. Observações: atacam violentamente suas presas com seus dentes afiadíssimos. Podem ser criadas com peixes forrageiros, embora sejam consideradas pragas de viveiros e que sejam peixes que estragam a pescaria. Não é recomendado para cultivos intensivos. 25
26 2.17- Nome popular: Pirarucu Nome científico: Arapaima gigas. Origem: Brasil, Bacia Amazônica. Utilização: fornecimento de carne. Água: suporta baixos teores de oxigênio dissolvido e adapta-se a todos os tipos de água. Temperatura: ideal de 23 a 27 o C. Alimentação: carnívoras, alimentam-se exclusivamente de peixes; aceitam peixes mortos; larvas alimentam-se de organismos bentônicos e, com o crescimento, alimentam-se de pequenos peixes. Iscas: peixes. Maturidade sexual: por volta dos 40kg, com cerca de 4 anos. Reprodução: lênticos (reproduzem naturalmente nos viveiros). A fêmea deposita os ovos num ninho escavado num local no fundo do tanque. O pai protege os filhotes. Sexagem: macho apresenta coloração vermelha mais intensa e mais escura na parte superior da cabeça e na região dorsal, durante a época da reprodução. Vantagens: carne de ótimo sabor, rápido crescimento. Se alimenta pouco quando adulto. Não praticam o canibalismo, mesmo entre os filhotes; rústico. 26
27 Deficiências: não suporta locais com grandes variações de temperatura durante o ano. Observações: pode ser criado com peixes forrageiros; pode chegar a 6kg em 1 ano, consorciado com tilápias. Respiração branquial e aérea obrigatória, tolerando baixos teores de oxigênio. Densidade de engorda até 15 peixes/100m 2. Não é recomendado para cultivos intensivos. Na natureza atinge o porte máximo de 3m e 200kg Nome popular: Tambaqui, Tambacu Nome científico: Colossoma macropomum. Origem: Brasil, Bacia Amazônica. Utilização: fornecimento de carne. Água: tolera baixos teores de oxigênio dissolvido. Temperatura: cresce muito lentamente abaixo de 22 o C e pode morrer abaixo de 16 o C, ideal de 25 a 30 o C. Alimentação: onívora, baseia-se em frutas, sementes, partes de macrófitas aquáticas, organismos zooplanctônicos grandes, moluscos, crustáceos e larvas de insetos; aceita bem ração peletizada. Iscas: caranguejo, pitu e filés de peixes, como curimbatá e piau, minhocas, frutas (jenipapo, melancia-do-pacu, 27
28 laranjinha). No sistema de batida, usa-se muito o tucum e as bolotas de massa. Maturidade sexual: por volta do quarto ano de idade, com cerca de 55cm de comprimento. Reprodução: lóticos (ou reofílicos, não se reproduzem naturalmente em viveiros). Vantagens: boa adaptação ao cativeiro, rusticidade, grande habilidade de ganho de peso, alta prolificidade e bom sabor e consistência de sua carne. Deficiências: baixa resistência ao frio e a mudança brusca de temperaturas. Observações: pode chegar a 2 kg em 1 ano, embora o comum seja pouco mais de 1kg. Requer 35% de proteína bruta em cultivos intensivos. O tambacu é um híbribo, obtido à partir do cruzamento do Tambaqui com o Pacu. Espécie recomendada para policultivos Nome popular: Tilápia-do-nilo Nome científico: Oreochromis niloticus. Origem: África, Bacia do Nilo. Utilização: fornecimento de carne. 28
29 Água: toleram baixos teores de OD ( até 0,25 mg/l ); devem ser bem adubadas (transparência < 30 cm); não se alimentam abaixo de o C. Temperatura: ideal entre 26 e 28 o C; inferior a 15 o C, pouco se alimenta e não se reproduz. Alimentação: planctófaga e detritívora; consome algas grandes, zooplâncton e certas plantas aquáticas. Aceitam bem as rações. Iscas: capim, minhoca, massas, milho. Maturidade sexual: por volta do sexto mês, mas pode ser mais precoce. Reprodução: lênticas (reproduzem naturalmente nos viveiros). Os machos constróem um ninho no fundo dos viveiros e nele a fêmea coloca seus óvulos, que são fecundados logo em seguida pelo macho. Após a fecundação, a fêmea recolhe os ovos e os incuba na boca, liberando as larvas quando elas estão com 7 a 8 dias de idade, continuando a proteção até o fim do primeiro mês. Densidade de reprodutores de 1/m 2 de viveiro, na proporção de 1 macho para cada 2 a 3 fêmeas. Sexagem: pode ser feita com peixes jovens observando-se o poro genital, mas necessita de alguma prática. 29
30 Vantagens: elevada prolificidade, carne saborosa e com poucas espinhas, extremamente resistentes às condições adversas do meio e às enfermidades. Resistem muito bem à superpopulação ou superfertilização da água. Indicada para criações intensivas ou como peixe forrageiro. Deficiências: a reprodução se inicia com indivíduos muito pequenos, dificultando a obtenção de peixes de tamanhos uniformes e acima do mínimo exigido para o mercado. Se estiverem reproduzindo nos viveiros, acarretarão limitações de alimento e oxigênio, gerando indivíduos pequenos. Observações: acima de 20 o C pode desovar a cada 50 ou 60 dias, gerando de 100 a 500 alevinos, dependendo do tamanho da fêmea. A reprodução é inibida abaixo de 20 o C. O manejo abaixo de 17 o C causa elevada mortalidade. Existem algumas técnicas para evitar a superpopulação: cultivo unicamente de machos obtidos por sexagem, cultivo consorciado com predadores, cultivos de machos obtidos por hibridação, cultivo de machos obtidos por inversão sexual e cultivo de machos obtidos pelo cruzamento de fêmeas normais com os supermachos. Atinge o peso comercial (400 a 500g) entre 6 a 8 meses. 30
31 2.20- Nome popular: Traíra, Trairão Nome científico: Hoplias sp. Origem: Brasil. Utilização: fornecimento de carne. Água: suporta águas com baixo teores de oxigênio dissolvido. Temperatura: deve ser mais elevada para facilitar a reprodução do Trairão. Alimentação: carnívoras; alimentam-se de peixes menores; podem comer miúdos de animais e barrigadas. Iscas naturais - pequenos peixes, de preferência vivos, rãs e minhocas; artificiais - plugs de superfície e meia água, spinnerbaits e colheres. Maturidade sexual: por volta do segundo ano de vida. Reprodução: lênticas (reproduzem naturalmente nos viveiros). A fêmea deposita os ovos em tocas escavadas nas laterais dos viveiros e protege os filhotes. A incubação é de 4 dias e a desova de julho a março. Sexagem: não apresentam dimorfismo sexual aparente. Vantagens: carne de ótima qualidade, rápido ganho de peso, indicado para pesque-pague devido a sua valentia, muito rústico. Deficiências: predador de outros peixes e pratica canibalismo. 31
32 Observações: é um dos peixes mais encontrados pelo território nacional; é voraz, completamente territorial e muito esportivo. Pode ser criado com peixes forrageiros, não sendo recomendado para cultivos intensivos. O trairão pode chegar a 1kg em 1 ano Nome popular: Truta arco-íris Nome científico: Oncorhynchus mykiss. Origem: Estados Unidos, Europa e Japão. Utilização: fornecimento de carne. Água: deve ter baixa turbidez e alto fluxo, pois deve ter teor de oxigênio acima de 6mg/l, sendo 5mg/l o limite crítico. Esta água é conseguida geralmente em locais com mais de 1200m de altitude. Deve ter variação de ph entre 6,5 e 8,0 com média entre 7,0 e 7,5. Temperatura: de 8 a 20 o C, nunca ultrapassando os 26 o C; quase não se alimenta abaixo de 10 o C. Alimentação: carnívora; aceitam rações granuladas ou extrusadas. Iscas naturais - pequenos peixes e insetos; artificiais - plugs de superfície e meia água, spinner, spinnerbait e jigs. 32
33 Maturidade sexual: machos entre 400 e 500g e fêmeas acima de 600g; por volta dos dois anos de vida. Reprodução: lóticas (ou reofílicas; não se reproduzem naturalmente em viveiros). A eclosão ocorre quando os ovos forem expostos a 300 graus/dia, que corresponde a cerca de 22 a 25 dias. Sexagem: no período de reprodução, os machos adquirem coloração mais escura que o normal, principalmente na parte dorsal e a extremidade anterior do maxilar inferior fica bem desenvolvida. As fêmeas ficam com o ventre avolumado. Vantagens: carne de excelente sabor. Deficiências: só pode ser cultivada em regiões frias. Observações: só se consegue altas produtividades em sistemas de manejo intensivo, ou seja, com altas densidades de estocagem, pois são de clima frio. Atinge o peso de abate (200 a 250g) em 1 ano de engorda. Reprodutores devem ser separados por sexo, pois os machos são agressivos Nome popular: Tucunaré Nome científico: Cichla sp. Origem: Brasil, Bacia do Amazonas. Utilização: fornecimento de carne. 33
34 Água: são bastante resistentes; preferem águas rasas e limpas para se reproduzirem. Temperatura: ideal por volta dos 30 o C. Alimentação: carnívoras; pode aceitar ração na fase de alevinagem, desde que sejam condicionados a ela; quando adulto é extritamente ictiófago. Iscas naturais - iscas vivas (pequenos peixes, camarões, etc), minhocas e insetos; artificiais - plugs de superfícies e meia água, spinnerbaits, jigs, spinners e colheres. A pesca de corrico também é utilizada. Maturidade sexual: por volta de 1 ano. Reprodução: lênticas (reproduzem naturalmente nos viveiros). Constróem ninhos em superfícies duras, cuidam da prole, e os defendem abrigando-os na boca. É aconselhável separar os filhotes para que não sejam devorados por outros peixes. Sexagem: na época da reprodução, forma-se uma protuberância na cabeça do macho. Vantagens: são um dos peixes mais esportivos do Brasil; carne de excelente qualidade. Deficiências: predador de outros peixes e pratica canibalismo. 34
35 Observações: pode ser criado com peixes forrageiros. Não é recomendado para cultivos intensivos. Alcança 300 a 400g em um ano Nome popular: Tuvira Nome científico: Gymnotus carapo. Origem: Brasil. Utilização: isca e ornamental. Água: resistentes quanto a qualidade da água. Alimentação: carnívora Iscas: minhoca. Observações: é uma isca muito utilizada, mas tem a des vantagem de ser apreciada pelas piranhas. 35
36 PEIXES DE IMPORTÂNCIA A PISCICULTURA BRASILEIRA 36
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