A PNRS e o Acordo Setorial de Embalagens
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- Lídia Benke Affonso
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1 A PNRS e o Acordo Setorial de Embalagens Jacques Demajorovic Professor Programa de Pós-Graduação em Administração/FEI
2 EPR no ciclo de vida de um produto (MASSOTE, 2014)
3 Evolução da destinação dos resíduos na EU-15 (EEA, 2013b)
4 Reciclagem de Embalagens por país em 2008 e 2010 (MASSOTE, 2014)
5 Taxa anual por material de embalagem - França em 2010 (MASSOTE, 2014) Material da Embalagem Taxa por tonelada em 2010 Plásticos 222,20 Papel/Papelão 152,60 Outros 152,60 Alumínio 56,60 Aço 28,20 Vidro 4,50
6 Tabela 1 Principais modificações observadas nas embalagens na Holanda Fonte: Autor adaptado de Sluisveld e Worrell (2013), p. 138 Categoria (# ref) Conceito Frequência Aplicação (%) Potencial de redução de recursos (%) Eficiência de Material (redução de recursos) (1) Eliminar excesso de embalagens (2) Extensão dos recursos (3) Reduzir espaços vazios/enchimentos (4) Embalagem tamanho família (5) Redução do peso/espessura (6) Escolha de um material mais leve (7) Produtos concentrados Eficiência energética (reuso e reciclagem) (1) Reuso (2) Design para durabilidade (3) Embalagem refil (4) Materiais únicos (5) Simplificação da separação (6) Conteúdo reciclado (7) Substituto biodegradável (8) Recursos renováveis Postergação (1) Aumento do tempo de vida/tempo na prateleira 1 -
7 Efetividade Brouillat e Oltra (2012) concluíram por meio de um modelo de simulação que considera as interações entre empresas, consumidores e recicladores, que as taxas de reciclagem só produzem efeito significativo se forem individualizadas e cobradas proporcionalmente à reciclabilidade do resíduo gerado por cada produtor. Como resultado, fabricantes são incentivados a investir em P&D de forma utilizar em suas embalagens materiais que gerem menos danos ambientais e favoreçam a reciclabilidade, assegurando sua competividade
8 Politica Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS PRINCÍPIOS OBJETIVOS INSTRUMENTOS Prevenção Precaução Poluidor pagador Protetor recebedor Visão sistêmica na gestão dos resíduos sólidos Desenvolvimento sustentável Ecoeficiência Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos Não gerar, reduzir, reutilizar, reciclar, tratar e dispor de maneira adequada os resíduos sólidos Estimular a adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo Incentivar à indústria da reciclagem Gestão integrada dos resíduos Integração dos catadores Estimular a avaliação do ciclo de vida do produto Melhorar os processos produtivos Estimular à rotulagem ambiental Planos de gestão de resíduos Coleta seletiva e os sistemas de logística reversa Estímulo a criação e desenvolvimento de cooperativas Educação ambiental Incentivos fiscais, financeiros e creditícios Acordos setoriais Licenciamento ambiental Termos de compromisso e de ajustamento de conduta
9 Acordo Setorial Assinado em 25 de novembro de Representando diversas associações de classe incluindo fabricantes, distribuidores, comercio para implantar a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto Fase inicial: apoio aos municípios para instalação de PEVS Investimentos em infraestrutura e equipamentos para a expansão da triagem dos materiais recicláveis em cooperativas
10 Plano de metas acordo setorial 45% 40% 34% 28% 22% Fonte: CEMPRE, 2016
11 Modelo Dinâmico com base na Revisão da Leitura (Massoti: Demajorovic, Moraes, 2015) Resíduos aterrados Rejeito Volume descartado no LIXO COMUM Volume descartado COLETADA SELETIVA Triagem pelas cooperativas Embalagens Comercializáveis Volume descartado PONTOS ENTREGA VOLUNTÁRIA Receita para os catadores Descarte de embalagens Embalagens Plásticas Laminadas Embalagens Plásticas Recicláveis Outras Embalagens PIB Consumo de produtos embalados
12 Paradoxo das embalagens Pesquisa e desenvolvimento: garantia de embalagens mais leves, com propriedades físico-químicas que garantem maior conservação do alimento, menores perdas e gerando expressivos ganhos nas atividades logística. Avanço tecnológico garante maior reaproveitamento para algumas embalagens
13 Fatores não considerados no AS Padrão de desenvolvimento de embalagens. Estruturas mais complexas e multicamadas: alumínio, papel/cartão, tintas, vernizes, entre outros produtos comumente usados nos processos de laminação e impressão de embalagens plásticas a fim de melhorar o desempenho das mesmas, são identificados como contaminantes. Sache de maionese (PP) trocado pelo uso do Sache (PET + PE + Alumínio) Viabilidade deste material: baixa relação de peso e volume e processos caros ou inexistentes de reciclagem: pouco ou nenhum valor de mercado (Massote, Demajorovic, Moraes, 2015).
14 Modelo Dinâmico com base entrevistas (Massoti, Demajorovic, Moraes, 2015)
15 Considerações Finais O AS privilegia a coleta e não a reciclagem AS tenderá a beneficiar somente as embalagens já com cadeias mais estruturadas como alumínio, PET e papelão. Problemas estruturais da cadeia de reciclagem, como materiais com níveis diferentes de atratividade (dificuldades enfrentadas pela indústria em garantir fornecimento constante e com qualidade de materiais recicláveis para aplicação em seus processos produtivos Cadeias). AS de embalagens privilegiou os aspectos econômicos relacionados à divisão dos custos de LR das embalagens e não contemplam ações concretas para o melhor reaproveitamento destas embalagens Vantagens competitivas de embalagens não comercializáveis pautam as atividades de P&D no setor: embalagens multicamadas. AS propiciou uma alternativa de cumprir a legislação com custos pouco significativos para seus participantes inviabilizando seu caráter indutor de mudança nos padrões de desenvolvimento de embalagens As propicia que seus integrantes se beneficiem com free-riders de estruturas já financiadas pelas autoridades municipais. Aumento da coleta e reaproveitamento de materiais recicláveis deve ser contrabalançada pelo aumento de materiais não comercializáveis em aterros, lixões e destinação irregulares (coleta informal)
16 Obrigado! Jacques Demajorovic Professor Programa de Pós-Graduação em Administração/FEI
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