Edição Especial I Oficina de Educomunicação

Transcrição

1 Comunicação Área Social - Província Marista Brasil Centro Norte - PMBCN Expediente Brasília, 10 de outubro de 2011 Volume 1. edição 4 Edição Especial I Oficina de Educomunicação Reportagem e Edição Fernanda Carmo Gerente Social Cláudia Laureth Coordenadora Milda Moraes Analistas Sociais Fábio Feitosa Geraldo Costa Lauriene Queiroz Auxiliar Administrativo Edileuza de Oliveira Analista de Comunicação Social/Jornalista Fernanda Carmo Projeto Gráfico e Assessoria de Comunicação Instituto Marista de Assistência Social (IMAS) Jornalista Responsável Fernanda Carmo Caro (a) Leitor (a), No dia 30 de setembro de 2011 o Instituto Marista de Assistência Social - IMAS realizou, em parceria com o Centro Marista Circuito da Criança - CMCJ, a I Oficina de Educomunicação, em Brasília, na cidade de Ceilândia. Nessa 1ª Edição a temática das discussões foram O protagonismo juvenil e a violação de Direitos Humanos de crianças e adolescentes. A ocasião recebeu educadores sociais e educandos (as) - adolescentes - de diversas instituições parceiras como: Cesam, Aldeias Infantis, Fórum dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Sebastião (FDCA SEBAS), GRES Bola Preta de Sobradinho e Procuradoria dos Direitos da Infância e Juventude do Distrito Federal (PDIJ-DF). O evento foi uma idealização dos analistas do IMAS, a jornalista Fernanda Carmo e o pedagogo Geraldo Costa e tem o objetivo de subsidiar educadores a utilizar a metodologia pedagógica Educomunicação ou Educom (como também a prática é conhecida), que propõe o uso de recursos tecnológicos, modernos e criativos das mais diversas mídias de comunicação na aprendizagem, além de minimizar as diferenças hierárquicas entre educadores e educandos (as), disseminando o acesso à cultura e à informação de maneira crítica e participativa facilitando assim a interatividade no ambiente socioeducacional. O Boletim IMAS Informa traz todos os detalhes Institucionais desse mês destaca os detalhes do evento para você. Boa leitura! Comunicação da Área Social PMBCN Fale Conosco: fmsilva@marista.edu.br Telefones: (61) /1324

2 P Á G I N A 2 IMAS lança o desafio: é preciso Educomunicar Na abertura das atividades, a coordenadora do IMAS, Milda Moraes e o coordenador do CMCJ/DF Clemilson Graciano deram as boas vindas aos participantes. Na seqüência a jornalista do IMAS Fernanda Carmo ministrou uma apresentação sobre a importância da metodologia Educomunicação nos espaços sociais e educacionais. Segundo ela, a prática da Educom é uma excelente oportunidade de estreitar as relações humanas entre educadores e educandos (as), rompendo assim às barreiras hierárquicas existentes no ambiente de ensino e promover a prática do protagonismo juvenil. Ouvimos falar sempre na participação de adolescentes e jovens nas mais variadas circunstâncias, mas o discurso esbarra na prática. A Educomunicação é o canal que torna o protagonismo uma realidade a- lém de tornar a escola e os centros sociais mais atrativos para nossos jovens, disse ela. A jornalista mostrou ainda diversas maneiras de como utilizar as mídias de comunicação (rádio- escolar, jornal mural, produção de vídeos e a internet) para potencializar o processo de ensino- a- prendizagem. Ela aconselhou os educadores a interagirem sobre as novas tecnologias, como as redes sociais (twitter, facebook, Orkut e outros) afim de facilitar o diálogo com os adolescentes. A maior aliada da Educom é a criatividade. Mesmo com poucos recursos é possível realizar um trabalho eficaz em Educomunicação sendo apenas criativo, aconselhou. O analista social do IMAS, Geraldo Costa, fez uma narrativa da história, O que os olhos não vêem o coração não sente, da escritora Ruth Rocha, que enfatiza a participação e mobilização popular. Ele fez uma adaptação da mensagem para o protagonismo juvenil, temática trabalhada na oficina.

3 P Á G I N A 3 No IMAS o Protagonismo Juvenil é levado a sério O jovem Weberson Nascimento (19 anos) foi um dos oficinitas da I Oficina de Educomunicação, juntamente com os analistas do IMAS. Ele relatou aos participantes sua expressiva participação nos espaços políticos de garantia de Direitos Humanos de crianças, adolescentes e jovens há pouco mais de dois anos. Nesse período, Weberson detalhou sua atuação em algumas conferências nacionais, na fundação da Rede Somos Jovens, em El Salvador e palestras em vários congressos e fóruns. Ele explicou aos participantes sobre seu trabalho com criação publicitária e consultoria de marketing publicitário e disse também que atualmente está montando uma campanha para o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Weberson disse aos participantes, especialmente aos adolescentes, que o protagonismo juvenil só sairá do discurso e ganhará concretude quando os adolescentes assumirem o seu papel na garantia de seus Direitos. Ele defendeu a Educomunicação como uma ferramenta positiva nesse processo. Com uma máquina fotográfica comum você é capaz de fazer Educom na sua escola e na sua comunidade. O importante é estar atento às mensagens que você precisa transmitir, disse. Participantes se dividem em oficinas para produções de vídeos em Educom Monitorados pelos(as) oficinistas, Fernanda Carmo, Geraldo Costa, Rafael Santana, educador social do CMCJ/DF e Weberson Nascimento os participantes se dividiram em grupos para realizar as produções de vídeo em Educomunicação com foco na violação de Direitos Humanos das crianças e adolescentes. Subsidiados pelas apresentações e pelo material distribuído nas pastas, os grupos tiveram a missão de criar trabalhos em formato de programas televisivos que pautassem a temática proposta.

4 P Á G I N A 4 Produções em vídeo são apresentadas na I Oficina de Educom Um dos momentos mais aguardados na I Oficina de Educom foi a apresentação das produções em vídeos. Os trabalhos foram exibidos em imagem bruta (sem edição) para que as criações dos participantes fossem valorizadas. Todo o roteiro, conteúdo e direção foram conduzidos pelos integrantes de cada grupo. A idéia da oficina não é exibir grandes produções, pelo contrário. Visamos mostrar que com criatividade e a participação de um coletivo que contemple educadores e educandos (as) é possível desenvolver um trabalho de qualidade em que todos se sintam valorizados no processo construtivo de suas mídias de Educom, disse Fernanda Carmo, uma das oficinistas. A interatividade entre os grupos foi notória. Em três momentos as produções foram construídas: a elaboração coletiva do conteúdo a ser transmitido para os receptores, os ensaios e a gravação final do produto. Os formatos de programas televisivos foram: telejornal, game show, e teleteatro. Cada trabalho trouxe mensagens sobre a questão dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, trabalho infantil, violência e exploração sexual contra crianças e adolescentes. As produções de vídeos da I Oficina de Educomunicação do IMAS estão disponíveis no youtube. Acesse os trabalhos na íntegra: Game Show - Trabalho Infantil Telejornal - Violência contra a criança e o adolescente Teleteatro - Exploração Sexual Infantojuvenil v=dy38p3tacfk&feature=mfu_in_order&list=ul

5 P Á G I N A 5 O que você achou da I Oficina de Educomunicação? Minha expectativa ao vir participar da I Oficina de Educomunicação realizada pelo IMAS foi aprender novas metodologias e levá-las para a sala de aula. Aprendi aqui com vocês a não somente trabalhar pensando na escola mas principalmente na sociedade e na formação que estamos transmitindo para nossos adolescentes. Toda a programação da oficina foi muito produtiva. As diversas maneiras de se fazer Educom, como a sugestão do Jornal Mural, são demonstrações de como podemos e devemos avançar em nosso trabalho. Vocês estão de parabéns! Josefa Brito - Centro Juvenil Do Bosco (CESAM) A oficina foi ótima e mostrou pra mim muitas coisas positivas: Utilizar os meios de comunicação como forma de aprender nos divertindo e acima de tudo trouxe a importância do trabalho integrado. Foi ótimo poder construir os vídeos com profissionais que respeitaram nossas limitações. A experiência de hoje foi uma troca e tenho certeza que todos aprenderam mais juntos. Valeu a pena acordar às 5h da manhã e aprender tanto com vocês. Espero que continuem esse trabalho das oficinas pois vários adolescentes que não puderam estar aqui hoje querem e precisam conhecer essa experiência. Thalison Felipe (16 anos) - Projeto A Bola da Vez é o Bola Preta - Sobradinho A idéia da Oficina de Educomunicação realizada pelo IMAS foi maravilhosa e certamente irá gerar bons frutos para a sociedade. O conteúdo transmitido ligado aos trabalhos práticos unindo nós adultos aos adolescentes foi algo fantástico! Parabéns ao IMAS pelas idéias inovadoras. Rosângela Ferreira - Promotoria da Infância e Adolescência do DF junto à Adolescente Thalita Cristina (14 anos) do CMCJ DF A participação na Oficina de Educom só veio a acrescentar ao meu trabalho como educador social. Aprendemos a atualizar nossa linguagem ao trabalhar com o público jovem e ter transparência com o diálogo. Foi muito positivo ter vindo! Almiron Ribeiro - Centro Juvenil Do Bosco (CESAM)

6 P Á G I N A 6 Gostei muito de ter participado. O conteúdo e os trabalhos em grupo me ensinaram muito. Espero que outros adolescentes venham participar das próximas oficinas realizadas pelo IMAS e aprendem bastante como hoje eu aprendi. Achei tudo excelente! Luana de Jesus (15 anos) - FDCA de São Sebastião Essa I Oficina de Educomunicação foi excelente. E olha que foi a primeira. O conteúdo foi transmitido de forma prática e objetiva e os trabalhos em grupo envolvendo nós educadores com os educandos (as) foi genial. Foi uma ótima experiência de aprendizados e trocas. Construir juntos é bem mais fácil e enriquecedor. Lidiane Nunes - Centro Juvenil Do Bosco (CESAM) A oficina foi muito bem organizada. Gostei do conteúdo e dos trabalhos em grupo juntamente com os adultos. Acho legal se o IMAS levar esse trabalho para as escolas particulares e públicas. Com certeza vai motivar bastante alunos e professores. Nayane Estefane - Centro Marista Circuito Jovem de Ceilândia CMCJ/DF

7 P Á G I N A 7 Reflexão IMAS - I Oficina de Educomunicação Adolescentes GRES Bola Preta de Sobradinho na I Oficina de Educomunicação do IMAS Quando mais comunicamos o bem, mas abundante ele se torna