GUIA DO EDUCADOR. Experimentação audiovisual em ambientes educativos.

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1 a p r e s e n t a GUIA DO EDUCADOR Experimentação audiovisual em ambientes educativos SUPLEMENTO PEDAGÓGICO DO MINIGUIA DE PRODUÇÃO DE VÍDEOS DE CURTÍSSIMA METRAGEM

2 Caro Educador, 02 Este Guia foi idealizado para oferecer subsídios que estimulem o desenvolvimento de atividades com seus alunos, envolvendo aprendizados sobre linguagem audiovisual e sobre tecnologias de informação e comunicação (TICs). Com a popularização de equipamentos e dispositivos capazes de gravar fotos e vídeos, como celulares, webcams e câmeras fotográficas dig itais, surge um amplo universo de experimentação, discussão e reflexão, possibilitando a construção de relações ainda mais próximas entre educador e aluno. A publicação deste Guia tem como objetivo aproximar currículo e cotidiano e estimular profissionais da educação formal e informal a explorar as possibilidades de utilização das novas tecnologias e do audiovisual como instrumentos de investigação, expressão e participação social, além de dinamizar o aprendizado. Este material acompanha o Miniguia de Produção de Vídeos de Curtíssima Metragem, desenvolvido para amparar o realizador audiovisual que está começando a experimentar esta linguagem para produzir e compartilhar suas criações em rede. Esperamos que as dicas, orientações e sugestões apresentadas pelo Miniguia e pelo Guia do Educador sejam incorporadas às suas práticas de ensino como instrumentos para enriquecer o aprendizado em escolas, universidades, ONGs, cineclubes, pontos de cultura e outras instituições culturais e educacionais de todo o Brasil. Imagens do vídeo Sou de Duda Hernandez, finalista do Festival Nacional de Curtíssima Metragem Claro Curtas 1ª Edição Jovens, audiovisual e inter net Segundo pesquisa FNazca/Datafolha de 2010, entre a população brasileira com mais de 12 anos, 54% costumam acessar a internet, isto é, 81,3 milhões de pessoas. O principal local de acesso é a lan house, com 31%, seguido da própria casa, com 27%, e da casa de parentes e amigos, com 25%. Eles também são os que mais tempo passam conectados em cada acesso em média, 3 horas por dia e os que mais costumam postar conteúdo de própria autoria, 57% do total, em geral fotos e vídeos digitais.

3 04 Com distribuição gratuita, em versões impressa e digital, para redes educativas formais e informais de todo o Brasil, o Miniguia e este Guia do Educador integram ações propostas pela plataforma Claro Curtas, uma iniciativa do Instituto Claro ( que envolve ainda a realização do Festival Nacional de Curtíssima Metragem Claro Curtas ( e das oficinas gratuitas do Projeto Laboratório Experimentações Audiovisuais ( Olhar, pensar, fazer e compartilhar. Quais os potenciais de aplicação do audiovisual e das novas tecnologias como instrumento de aprendizado? Aprendendo e ensinando a partir do audiovisual Depois de descoberto o DNA, quanto tempo foi preciso esperar para que conteúdos sobre genética entrassem no currículo e na bibliografia escolar? O que determina a inclusão de determinado autor numa lista de leituras do currículo do Ensino Médio? Quando o escândalo do site WikiLeaks, com o vazamento de informações sigilosas da diplomacia americana, entrará como conteúdo obrigatório dos livros de História? Se um fato histórico, uma obra literária e uma descoberta científica precisam de bastante tempo para ser incorporados aos processos de ensino formal, é possível compreender por que o ensino da linguagem audiovisual ainda não foi introduzido em larga escala no currículo escolar no Brasil e em outros países. Se pensarmos bem, o cinema já completou mais de 100 anos e a televisão, no Brasil, passou dos 50. Quantas horas um aluno passa em frente à TV ou submetido a conteúdos audiovisuais diversos até completar 15 anos? O que esse conteúdo representa na formação desse aluno como cidadão? Mídia e juventude De acordo com pesquisa estatística da Kaiser Family Foundation (Rideout, Roberts & Foehr, 2005), jovens entre 8 e 18 anos passam aproximadamente 6h30min por dia expostos a mídias diversas. Isso supera o tempo que eles passam com seus pais, fazendo lições ou praticando esportes. Imagens do vídeo Homo Digitalis de Ariel Schvartzman, finalista do Festival Nacional de Curtíssima Metragem Claro Curtas 2ª Edição A revolução digital permitiu que jovens do mundo inteiro passassem de espectadores a criadores de conteúdos audiovisuais. São novas fronteiras de expressão que permitem ampliar possibilidades de leitura e de escrita a partir das tecnologias, dinamizando o aprendizado das mais diversas disciplinas e propiciando a expressão e a participação social em ambientes educativos. Este Guia estabelece algumas possibilidades de experimentação da linguagem audiovisual como instrumento de aprendizado, e propõe aos educadores o estimulante desafio de realizar vídeos digitais junto com os seus alunos. Leia o Miniguia de Produção de Vídeos de Curtíssima Metragem, sugira a leitura dele por seus alunos, assistam juntos aos Vídeos Educativos disponíveis no site www. clarocurtas.com.br e confiram dicas e truques para aprimorar a produção de vídeos de curta duração. Esses materiais foram concebidos em linguagem simples e acessível, permitindo a comunicação com públicos diversos. Neste momento inicial, é muito importante escutar a classe e descobrir os conhecimentos que os alunos já possuem sobre produção de vídeos digitais. Quantos já acumulam alguma experiência na linguagem audiovisual ou em fotografia? Proponha que apresentem sua produção para a classe. Depois, é só escolher um universo de pesquisa e expressão e colocar mãos à obra. Vale utilizar celulares, webcams, câmeras fotográficas digitais ou qualquer outro equipamento de captação e edição de imagens.

4 06 OLHAR Quem já fez um vídeo da festa de aniversário da filha? Se não fez, com certeza assistiu a alguns minutos do aniversário da filha ou do filho de alguém. Esses vídeos costumam ser um exemplo clássico do nosso analfabetismo audiovisual. Um vídeo mal gravado e mal editado é tão tedioso quanto um texto mal escrito. Plano, contraplano, enquadramento, movimento de câmera, seleção de material, edição e montagem, captação de áudio, trilha sonora, roteiro. Estes são apenas alguns elementos da linguagem audiovisual constantemente ignorados nas gravações caseiras. Sugestão de atividade: Olhar Que tal assistir com os alunos ao vídeo Arroba, vencedor do Júri Popular da 2ª edição do Festival Nacional de Curtíssima Metragem Claro Curtas? Debata com os alunos os elementos que foram utilizados pelo realizador para construir a narrativa. Quais os cenários escolhidos? Quais as cores e o tipo de iluminação predominante nas cenas internas? E nas cenas externas? Qual o elemento surpresa? Qual o desfecho da narrativa? Foi surpreendente? Por quê? Compartilhar uma curiosidade do seu bairro, levantar questionamentos sobre realidades diversas, histórias reais ou inventadas, por meio de imagens e sons, são formas de expressar o olhar singular dos seus alunos sobre o mundo. São novas maneiras de ler e escrever utilizando a linguagem audiovisual. Sugira aos seus alunos a leitura da seção Olhar no Miniguia de Produção de Vídeos de Curtíssima Metragem e convide-os a assistir ao vídeo educativo que leva o mesmo nome. Divida a classe em grupos e debata com eles o tema e a abordagem que cada grupo quer dar ao assunto escolhido. Permita que os alunos criem livremente e facilite o processo com novas ideias para enriquecer o exercício do olhar. Fazer pesquisas de aprofundamento temático e assistir a filmes que abordem o mesmo tema são atividades que podem ajudar bastante. Acervo Claro Curtas O site disponibiliza um acervo com os vídeos finalistas de todas as edições do Festival Nacional de Curtíssima Metragem Claro Curtas. A cada edição, um novo tema é abordado em vídeos de 30 a 90 segundos de duração. É interessante discutir com os alunos as múltiplas expressões a partir de um só tema. Isso pode ajudar bastante na concepção dos vídeos que pretendam realizar. Imagens do vídeo Arroba de Ricardo Martins Pereira e Souza, vencedor do júri popular do Festival Nacional de Curtíssima Metragem Claro Curtas 2ª Edição Conseguir fazer um vídeo bem dirigido e roteirizado pode ser mais simples do que parece. Para começar, é preciso saber olhar, sentir e compreender a mensagem audiovisual que queremos transmitir, prestando atenção aos elementos que tornam a narrativa envolvente. Se ler bons livros é imprescindível para se tornar um bom escritor, com o audiovisual é a mesma coisa. Ao analisarmos filmes, programas de TV ou documentários com atenção, vamos formando um repertório de possibilidades narrativas. As formas de apresentar um espaço, um personagem, o desenvolvimento da trama são problemas que foram resolvidos de inúmeras maneiras pelos realizadores de obras audiovisuais. Quanto mais seus alunos assistirem a conteúdos audiovisuais diversos, observando as escolhas e os elementos narrativos presentes em cada obra, mais rápido e facilmente eles encontrarão novas formas de olhar o mundo e de construir suas próprias narrativas. Imagens do vídeo educativo Olhar disponível no site

5 08 PENSAR Hoje, existem mais celulares do que pessoas no Brasil e grande parte desses aparelhos dispõem de recursos de captação de fotos e vídeos. Produzir vídeos tornouse uma atividade acessível. Mas produzir o quê? Definir o tema do seu vídeo é estabelecer o alicerce dessa construção e, como em todo processo de construção, é preciso planejar. Decisões precisam ser tomadas tendo em vista o tema do vídeo. Um vídeo bem pensado geralmente faz pensar. Esta é uma das funções do audiovisual: despertar reflexões coletivas sobre assuntos de relevância artística ou social. Sugestão de atividade: Pensar O vídeo As imagens de Atatiro, finalista da 2ª edição do Festival Nacional de Curtíssima Metragem Claro Curtas, é um bom disparador de perguntas sobre o que e por que produzir. Ao longo desse documentário, ficamos sabendo que as imagens iniciais, que apresentam índios dançando, foram feitas por um índio chamado Atatiro. Vemos como ele faz essas imagens, por que as faz e para quem. A partir do conteúdo apresentado, As imagens de Atatiro pode inspirar professores de História, Geografia, Língua Portuguesa a realizar diversas atividades, além de abrir espaço para discussões sobre diversidade e pluralidade cultural. alunos que criem ficções sobre os impactos atuais do período da escravatura no Brasil. O aprendizado pode se tornar muito mais interessante a partir desses novos elementos. O próprio exercício de pensar sobre o tema e a sua abordagem, assim como sobre o planejamento da produção, já oferece diversas possibilidades de aprendizagem. Tem gente que pensa com o corpo e se expressa por meio da dança ou dos esportes; tem gente que pensa com as mãos e faz esculturas, roupas, bijuterias e outros objetos; tem gente que pensa com palavras e faz textos, poemas, artigos; e tem gente que pensa com os olhos, expressando-se por meio de imagens. A linguagem audiovisual envolve, em geral, processos de construção coletiva e colaborativa. Para a produção de vídeos digitais, mesmo de curta duração, são necessárias diversas habilidades técnicas e artísticas, o que possibilita que cada aluno exerça e mostre o seu talento. Ao pensar e planejar o vídeo, cada aluno encontrará naturalmente o seu espaço de expressão, seja captando imagens, seja confeccionando figurinos ou selecionando os melhores locais para a filmagem. Outros podem trabalhar como atores ou construir objetos para a composição da cena. Há também espaço para aqueles que se destacam na escrita, pois o vídeo precisará de alguém para construir roteiro e as falas dos personagens. Selecionar um poema ou escrever um texto que sustente as imagens captadas para o vídeo é outro talento que pode ajudar muito. Habilidades musicais e sonoras são também extremamente úteis. Facilite o processo de planejamento das equipes de filmagem e de edição de acordo com os talentos naturais de cada um dos seus alunos. Que tal pensar em temas universais que estão presentes em todos os lugares? É mais fácil começar por objetos e assuntos presentes no cotidiano dos alunos. Você poderá sugerir a eles que utilizem celulares ou câmeras fotográficas digitais para captar entrevistas e produzir um documentário sobre a história do bairro ou da rua em que moram. Como realizar um documentário sobre a minha rua? Utilizarei um plano que mostre todas as casas? Tomarei o depoimento do vizinho de 80 anos que sempre morou aqui? Utilizarei fotos antigas para ilustrar o depoimento? Os grafites no muro da esquina podem ajudar a contar a história? Escolha uma abordagem que tenha conexão com o currículo ou com o projeto pedagógico da sua instituição de ensino. Uma opção interessante é sugerir que os alunos captem depoimentos de seus avós sobre a Segunda Guerra Mundial ou sobre o período da Ditadura Militar no Brasil. Incentive-os a utilizar imagens de época, mapas e desenhos para ilustrar os depoimentos. Outra ideia é pedir aos Leia o Miniguia de Produção de Vídeos de Curtíssima Metragem com seus alunos e discuta os aspectos de preparação para a gravação do vídeo. Sugira que assistam ao vídeo educativo Pensar e, em seguida, será possível planejar com precisão os passos da filmagem a ser realizada. Imagens do vídeo educativo Pensar disponível no site

6 10 fazer Antes de incentivar os alunos a fazer um vídeo, é sempre bom saber as etapas de uma produção audiovisual. Assim, você poderá dar apoio ao processo dos alunos, instigando-os a encontrar as melhores soluções. A realização de vídeos deve seguir alguns passos básicos de planejamento e produção: f f Definição de projeto: escolher o tema e como será abordado no vídeo, sempre pensando nos aspectos de construção de conhecimento que deseja atingir. f f Roteiro: elaborar documento contendo a ideia principal, a estrutura e a ordem do que será filmado. f f Seleção de recursos: definir os equipamentos a serem utilizados (celular, filmadora, gravador, câmera fotográfica digital, microfones, iluminação, computador) e planejar locais de filmagem, cenários, objetos, figurinos etc. f f Filmagem: realizar a gravação do vídeo, seguindo o que foi definido nas etapas anteriores e prestando atenção a elementos como enquadramento, foco, iluminação, som etc. f f Edição de áudio e vídeo: selecionar e montar as cenas, inserir trilha sonora, dublagens e locuções, além de título e créditos. f f Compartilhamento: publicação do vídeo em website, blog ou redes sociais, divulgação do link, realização de sessões para públicos de interesse. Acredite no potencial de seus alunos. O processo coletivo de aprendizagem por meio do audiovisual pode ser uma aventura de descobertas. Valorizar a experimentação, a livre criação e o olhar singular do aluno sobre o tema é fundamental. Durante a produção do vídeo, muitas coisas podem dar errado. Aqui, no ambiente de ensino, o processo é mais importante do que o resultado. Incentive os alunos a refazer as coisas que não funcionaram exatamente conforme o planejado, seja o áudio, alguma cena ou qualquer outro elemento. Lembre a eles que na edição muitas coisas podem ser corrigidas. Cada erro significa acúmulo de experiência para acertar nas próximas tentativas. Quando não souber as respostas, convide os alunos a pesquisar com você as possíveis soluções. Envolver professores de artes, a equipe do laboratório de informática da sua unidade de ensino ou mesmo profissionais das áreas de cinema, televisão e vídeo da sua cidade pode ser uma boa estratégia. Na internet, há também vários canais de comunicação como blogs e sites nos quais é possível tirar dúvidas sobre equipamentos e programas de edição, entre outras. O educador atua aqui como mediador das experiências e dos aprendizados dos seus alunos. Leia o Miniguia de Produção de Vídeos de Curtíssima Metragem junto com os alunos e debata com eles as dicas e orientações de cada etapa de produção e edição dos vídeos. Ao final, sugira que assistam ao vídeo educativo Fazer e peça-lhes que anotem tudo o que acharem relevante para o processo de realização. Imagens do vídeo educativo Fazer disponível no site Sugestão de atividade FAZER Às vezes, é mais fácil entender um processo de trás para a frente. Que tal passar para os alunos o curta Nova mensagem, finalista da 2ª edição do Festival Nacional de Curtíssima Metragem Claro Curtas? Ele só tem uma fala. É interessante pedir que eles escrevam o roteiro desse vídeo, descrevendo o que acontece em cada uma das cenas e onde elas se passam. Depois, peça uma lista detalhada com todos os itens necessários às cenas (figurinos, locações, elenco). Imagens do vídeo Nova Mensagem de Evandro Garcia Silva, finalista do Festival Nacional de Curtíssima Metragem Claro Curtas 2ª Edição

7 12 COMPARTILHAR Os vídeos feitos por você e por seus alunos podem ser postados em sites de compartilhamento, como o YouTube ( o maior acervo de vídeos na internet. Assim, os vídeos produzidos ficam disponíveis para todo o público escolar, para alunos e professores de outras escolas e instituições da sua cidade e para qualquer pessoa que pesquise vídeos a partir do tema específico. Além do YouTube, existem outros sites na internet que permitem o upload e a publicação de vídeos, como o Vimeo ( este é geralmente utilizado para trabalhos profissionais. É possível também postar vídeos diretamente para algumas redes sociais, como o Orkut e o Facebook, além do Twitter, através do Yfrog ( Lembre-se de que, além da internet, existem espaços disponíveis para reunião de público na sua comunidade. Escolas, cineclubes, pontos de cultura, centros culturais são ambientes propícios à realização de sessões de vídeos digitais seguidas de debate, valorizando a produção audiovisual e os talentos da sua comunidade. sugestão de atividade: COMPARTILHAR É possível criar no YouTube um canal exclusivo para publicar os vídeos produzidos pela sua classe. Nesse canal, vocês poderão ainda criar álbuns com links para outros vídeos que dialoguem com os assuntos tratados. Ou mesmo incorporar os curtas a um blog sobre o tema, incluindo textos sobre os processos de aprendizado audiovisual, como roteiro, plano de filmagem, equipes e equipamentos utilizados. Convergência de mídias e aprendizado colaborativo em rede tornam-se, portanto, mais uma fronteira desta experiência educativa. Imagens do vídeo Pontapé Inicial de Mikael Santiago, finalista do Festival Nacional de Curtíssima Metragem Claro Curtas 1ª Edição Audiovisual e acessibilidade Compartilhar também significa tornar os conteúdos acessíveis ao maior número possível de pessoas. Os Vídeos Educativos e os vídeos finalistas das edições anteriores do Festival Nacional de Curtíssima Metragem Claro Curtas trazem versões acessíveis a pessoas com deficiência visual e auditiva, com inserção de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), subtitulação e audiodescrição. Que tal assistir a essas versões com os seus alunos e estabelecer debates sobre educação inclusiva e acessibilidade de bens culturais? Se sua escola ou instituição já tem programas de Educação Inclusiva, a atividade pode se tornar ainda mais interessante. Incentivar a produção audiovisual de seus alunos a partir de elementos mais próximos do seu cotidiano é fundamental para dar significado aos aprendizados propostos a partir desta nova linguagem. Sugerimos estudar antecipadamente como pretende utilizar a produção de vídeos de curtíssima metragem em seus planos de aula, seja integrando-a aos conteúdos curriculares, seja como atividade transversal. Discuta suas ideias com seus colegas e com a coordenação da sua instituição de ensino. Pesquise projetos semelhantes em outros lugares do Brasil e do mundo. Festival Nacional de Curtíssima Metragem Claro Curtas O Festival Nacional de Curtíssima Metragem Claro Curtas valoriza e premia a produção audiovisual em curtíssimos formatos (de 30 a 90 segundos) feita a partir de celulares, webcams, câmeras digitais e outros dispositivos móveis. Podem participar realizadores audiovisuais nas categorias: f falunos de Ensino Médio f funiversitários f fparticipantes de ONGs, pontos de cultura ou cineclubes f flivre Incentive a participação dos seus alunos no Festival. Educadores também podem participar, inscrevendo seus vídeos na categoria Livre.

8 A utilização do audiovisual e das novas tecnologias em ambientes educativos demanda um educador dinâmico e curioso, aberto a novas experiências. Muitas vezes, as perguntas e situações que surgem em sala de aula exigem pesquisas complementares e busca de soluções para os imprevistos. Você poderá alertar previamente os alunos e a sua coordenação sobre o caráter experimental desta atividade, iluminando os acertos e incentivando-os a valorizar os erros e as dúvidas, sempre fundamentais ao aprendizado. Se não conseguirem concluir os vídeos dentro do programado na primeira tentativa, tudo bem. Faça um balanço da experiência junto com os alunos e estimule-os a começar tudo de novo. Vale a experimentação dos potenciais da linguagem audiovisual e o prazer da criação e do aprendizado coletivo. Este Guia do Educador e o Miniguia de Produção de Vídeos de Curtíssima Metragem estão disponíveis para download gratuito no site Indique esta oportunidade aos seus colegas. Boas aulas e boas experiências audiovisuais. Uma iniciativa: Realização: Patrocínio: Expediente e créditos CASA REDONDA PRODUÇÃO EXECUTIVA Jasmin Pinho e Minom Pinho COORDENAÇÃO EDITORIAL Minom Pinho REVISÃO Mirian Paglia Costa ARTE E PROJETO GRÁFICO JT Zochi INSTITUTO CLARO Apoio Institucional: TEXTOS Carlos Seabra, Jasmin Pinho, Marco Del Fiol e Minom Pinho COORDENAÇÃO DE CONTEÚDO Amanda Ferreira Gomes e Andréa Borrotchin PRODUÇÃO Neide Bispo, Josilene Diogo dos Santos e Sheila dos Santos Silva PRESIDENTE Rodolpho Tourinho Neto VICE-PRESIDENTE Carime Kanbour EQUIPE Aline Yukari Tozaki, Fernando Viana Felix, Maria Tereza Sita, Valerya Borges Coprodução: Apoio: DIREITOS DE CÓPIA É permitida a cópia e a distribuição desta obra sob as seguintes condições: deve ser dado crédito ao Instituto Claro; esta obra não pode ser usada com finalidades comerciais; a obra não pode ser alterada, transformada ou utilizada para criar outra obra com base nesta; esta obra está licenciada pela Licença Creative Commons 2.5 BR (informe-se sobre este licenciamento em

9 Este Guia do Educador integra, junto com o Miniguia de Produção de Vídeos de Curtíssima Metragem, o conjunto de iniciativas de estímulo ao uso da linguagem audiovisual como instrumento de aprendizado propostas pelo Instituto Claro, por meio da plataforma Claro Curtas. Foi idealizado com o objetivo de oferecer subsídios para o desenvolvimento de atividades com alunos nos mais diversos ambientes educativos, envolvendo o audiovisual e as tecnologias de informação e comunicação (TICs). Esperamos que as dicas, orientações e sugestões apresentadas nestes materiais sejam incorporadas às suas práticas de ensino em escolas, universidades, ONGs, cineclubes, pontos de cultura e outras instituições culturais e educacionais de todo o Brasil. Olhar, pensar, fazer e compartilhar são os passos sugeridos para que os educadores possam aproximar a experimentação audiovisual das suas práticas pedagógicas, aceitando o estimulante desafio de realizar vídeos digitais junto com os seus alunos. SOBRE O INSTITUTO CLARO Criado em março de 2009, o Instituto Claro desenvolve e dissemina iniciativas que utilizam as tecnologias de informação e comunicação (TICs) para gerar oportunidades inovadoras de aprendizagem e para transformar realidades sociais, trabalhando o conceito de empreendedorismo em todas as suas ações. Para conhecer melhor a atuação do Instituto e seus projetos, acesse: Siga-nos nas redes: Patrocínio: Uma iniciativa: Realização: