Assembleia Geral das Nações Unidas: Terceiro Comitê: Social, Cultural e Humanitário (SoCHum)

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1 SÃO PAULO MODEL UNITED NATIONS Assembleia Geral das Nações Unidas: Terceiro Comitê: Social, Cultural e Humanitário (SoCHum) O conflito israelo-palestino Presidência Maria Larissa Silva Santos Eric Fernando Otofuji Abrantes Felipe Silva Rocha COM COLABORAÇÃO DE: Gustavo Lopes Ferreira SÃO PAULO V EDIÇÃO

2 SUMÁRIO 1 Carta de Apresentação O Comitê Histórico institucional da AGNU Escopo do comitê O Tema O conflito em duas visões O conflito na visão de Israel O conflito na visão da Palestina Confrontos bélicos Lideranças no conflito Ariel Arik Sharon Yasser Arafat Explicações do conflito Choque por território/água Choque por religião Choque para evitar conflitos internos Influências externas A realidade na Faixa de Gaza A situação interna de Gaza Outros fatores do conflito Eleições de Divergências Exército Mudanças que o conflito trouxe para a Palestina Panorama dos Posicionamentos Considerações Finais Referências Bibliográficas

3 1 CARTA DE APRESENTAÇÃO Caros delegados, Como já é de praxe do São Paulo Model United Nations, os comitês participantes do evento, bem como seus respectivos temas, em sua totalidade, possuem extrema relevância a nível acadêmico e humano, a ponto de engrandecer de modo considerável a bagagem intelectual e social do delegado de Ensino Médio. Antes de mais nada, entretanto, prossigamos com a apresentação dos diretores. Meu nome é Maria Larissa S. Santos, tenho 19 anos e curso o 3 o período do curso de Geografia pela Universidade de São Paulo. Atualmente, trabalho com pesquisas na área de indústria armamentista brasileira e integro o Grupo de Segurança Internacional do Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais da USP. Meu interesse pelos temas relacionados a políticas territoriais, economia política e relações internacionais só tem aumentado com o desenvolvimento de minha vida acadêmica e com a participação nos modelos. Acredito que a participação na SPMUN 2014, além de enriquecer ainda mais meu repertório nesses segmentos de interesse, representa uma oportunidade de articular os saberes construídos ao longo desta empolgante jornada. Felipe Silva Rocha tem 18 anos e cursa o 1 o semestre do curso de Geologia pela Universidade de São Paulo. Já simulou quatro vezes como delegado e se considera um apaixonado por simulações. Desde que iniciou sua vida como modeleiro, não pôde mais resistir aos debates oferecidos pela escola e simulações de São Paulo. Essas oportunidades, benéficas em diversos sentidos, agregaram-no na oratória, na responsabilidade e até mesmo despertaram seu gosto pela área das Ciências Humanas. Eric F. Otofuji Abrantes tem 18 anos e tem por ambição iniciar sua vida acadêmica em Ciências Econômicas. Os 11 modelos de simulações de que participou até hoje tiveram importância fundamental em seu desenvolvimento, além de terem se tornado uma paixão. Hoje, trabalha como pesquisador educacional e se prepara para enviar sua candidatura ao processo de seleção de universidades estrangeiras. Desejamos sinceramente foco, astúcia e que a AGNU possa chegar à decisão mais acertada na concepção coletiva para solucionar um conflito milenar entre dois povos. Cordialmente, Maria Larissa Silva Santos 2

4 2 O COMITÊ 2.1 Histórico institucional da AGNU As duas Grandes Guerras, que devastaram boa parte do globo no século XX, foram responsáveis por mudar o rumo da história da Humanidade em vários aspectos. Um deles, talvez o principal, foram as relações internacionais entre os países. Ao fim da Primeira Guerra Mundial, foi criada a Liga das Nações, que tinha por objetivo preservar a paz e resolver conflitos internacionais por meio da mediação. O organismo, no entanto, não foi capaz de evitar a Segunda Guerra Mundial e se autodissolveu durante este segundo conflito. A Segunda Guerra, por sua vez, deixou danos ainda mais inaceitáveis e confirmou a necessidade de um orgão supranacional que regesse as relações internacionais, buscasse a paz e evitasse a recorrência de tal catástrofe. Além disso, a Segunda Grande Guerra foi ainda mais forte no quesito étnico, humano e social, levantando a urgência de se garantir tolerância e o cumprimento dos Direitos Humanos. Desta necessidade, surgiu o órgão que viria para substituir e aprimorar a antiga Liga das Nações: de 25 de abril a 26 de junho de 1945, ocorreu a Conferência sobre Organização Internacional, também conhecida como Conferência de São Francisco, na qual representantes de 50 países presentes elaboraram a Carta das Nações Unidas. Oficialmente, a Organização das Nações Unidas entrou em vigor em 24 de outubro de 1945, após China, Estados Unidos, França, Reino Unido e a ex-união Soviética, bem como a maioria dos signatários, ratificarem a Carta. A Carta definiu que a Organização teria seis órgãos principais, para tratarem de assuntos mais específicos: a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Tutela, a Corte Internacional de Justiça e o Secretariado. A Assembleia Geral é o principal órgão deliberativo da ONU e é onde todos os Estadosmembros (193 países atualmente) se reúnem para discutir os assuntos que afetam a vida de povos, etnias, grupos e indivíduos ao redor do mundo. Na Assembleia Geral, cada um dos países-membros tem direito a um voto, de modo que há absoluta igualdade de decisão entre todos seus membros. No dia 10 de janeiro de 1946, alguns meses após o fim da Segunda Guerra Mundial, o centro histórico de Londres tornou-se palco para repórteres que anunciavam a realização da primeira Assembleia Geral das Nações Unidas. Tal sessão foi presidida pelo colombiano Eduardo Zuleta Angel, que coordenou a comissão preparatória da primeira Assembleia Geral. Aproximadamente 2 mil pessoas, representantes de 51 países, estiveram presentes para testemunhar o nascimento de uma organização que visava a manter a paz como base de uma cooperação internacional. Desde 1946 até os correntes dias, vários assuntos são tidos como pauta da AGNU, quais sejam: paz e segurança, aprovação de novos membros, questões de orçamento, desarmamento, cooperação internacional em todas as áreas, direitos humanos etc. Durante décadas, vários foram os momentos em que a Assembleia presenciou momentos históricos para a Humanidade, como a criação de Israel em 1947, a aceitação da Palestina 3

5 como Estado-membro da ONU e a criminalização e previsão legal do terrorismo internacional, após os acontecimentos do famoso 11 de Setembro. Observem que todos esses elementos citados guardam relação direta com o tema que será a base das nossas discussões, que é o embate milenar entre árabes e judeus, do ponto de vista militar, cultural, religioso, étnico, político, econômico e social. 2.2 Escopo do comitê Sem dúvida alguma, é possível afirmar que, hoje, a Assembleia Geral da ONU possui papel ímpar na manutenção da paz global, evitando colapsos e atuando diretamente na mediação de conflitos internacionais. Assim como o Conselho de Segurança, a AGNU também possui competência para discutir assuntos militares. Todavia, as pautas de ambos os organismos são excludentes entre si, ou seja, a competência da AGNU relativa a questões militares é de caráter residual, haja vista que a Assembleia só discutirá aquilo que não foi tratado pelo Conselho de Segurança. Além disso, o CSNU tem caráter mandatório, id est, suas resoluções são de execução obrigatória, enquanto a AGNU tem caráter recomendatório, assim como a maioria dos organismos da ONU. Este organismo guarda relação direta com a defesa dos mais necessitados. A garantia do pleno desenvolvimento e dos direitos primordiais aos jovens, mulheres e idosos é um dos pontos mais fortes que a AGNU costuma trabalhar. O órgão tem caráter preventivo na maioria das ocasiões, mas também há situações em que se evidencia seu caráter mandatório e/ou retributivo. Um exemplo disto foi a célebre reunião da AGNU em 1947, a qual tinha como pano de fundo uma Europa destruída pela guerra e uma das maiores atrocidades mundiais, o genocídio contra os judeus: tendo em vista este cenário, embora não tenha podido exercer seu poder preventivo, a Assembleia tratou de criar um Estado judeu como forma de apoiar frente ao ocorrido na Segunda Guerra Mundial. Era o momento da fundação de Israel. A AGNU já possuiu momentos célebres em sua história e está mais do que comprovado que, como um dos principais organismos das Nações Unidas, exerce papel crucial para a manutenção da paz e para o desenvolvimento harmônico das nações. No entanto, é importante observar que as decisões da Assembleia Geral não estão alheias a acordos e interesses políticos. 3 O TEMA 3.1 O conflito em duas visões Um dos conflitos mais polêmicos e importantes da atualidade - que vem se arrastando desde a segunda metade do século XX - é o conflito Israel-Palestina. Tanto para árabes quanto para judeus, um dos principais motivos do conflito gira em torno do domínio sobre a região conhecida como Terra Santa, na Palestina. São terras que possuem uma grande importância para as culturas judaica e islâmica (religiões predominantes na região) e são por elas consideradas sagradas. Com o apoio incondicional dos Estados Unidos, a ONU estabelece a 4

6 criação unilateral do Estado de Israel em 1948, um Estado judeu onde viviam árabes. Isto levou ao acirramento dos conflitos no Oriente Médio. Nesse ponto começa a ser enraizada a disputa. Entretanto, engana-se quem pensa ser esse o único ponto de discórdia O conflito na visão de Israel Para os judeus, a Terra Santa é prometida desde a época de Abraão. Portanto, esse povo, que se estabeleceu nas margens do Rio Jordão, vê-se no direito de conquistar a região, pois denominam-se os detentores legítimos das terras. Após a diáspora judaica pelo Império Romano e a dispersão dos judeus pelo mundo, surgiu, em 1897, o sionismo, movimento internacional judeu que visava ao retorno à terra natal. Mesmo após a diáspora, um número considerável de judeus ainda permanecera na região: estima-se que os judeus eram 10% da população da Palestina na época do Império-Turco Otomano, enquanto os outros 90% eram árabes palestinos, de maioria muçulmana. Havia ainda uma minoria de cristãos (HOUAT, 2006). O movimento sionista ganhou força principalmente com a ajuda britânica, que passou a controlar a região da Palestina após a derrota do Império Turco-Otomano, que até então dominava o território, na Primeira Guerra Mundial. Na Declaração de Balfour em 1917, o Reino Unido prometeu ceder aos judeus a Terra Santa para posteriormente criar um Estado, um lar nacional dos judeus na Palestina. Segundo Houat (2006, p. 36), À Grã-Bretanha, na realidade, interessava o apoio internacional da comunidade judia, como também os ganhos na partilha do Império Otomano. Com a chegada da Segunda Guerra Mundial e a perseguição nazista aos judeus, aumentouse o fluxo de emigração desse povo em direção à Palestina, intensificando os conflitos existentes. A ideia de que os judeus ao redor do mundo formavam uma única nação, devido a suas ligações étnicas, culturais, religiosas e ancestrais, aliada à realidade preocupante do antissetimistismo crescente na Europa, explicava a necessidade de terem um Estado próprio. O sionismo, nascido dessa ideia, tornou-se então o chamado nacionalismo judaico (HOUAT, 2006). Tanto a Inglaterra quanto os Estados Unidos permitiram que desde 1933, Hitler perseguisse os judeus, além de terem fechado suas fronteiras aos milhares de refugiados que escapavam buscando asilo. A Inglaterra, que naquele momento detinha o poder político e militar sobre o território palestino, fez um acordo com colonos sionistas para garantir que estes pudessem expulsar os palestinos de suas terras, confiscar seus bens e obrigar, antes mesmo da votação da ONU, a expulsão de mais de 1 milhão e meio de pessoas. Essa política respondia à orientação, ratificada na reunião sionista de Baltimore em 1942, de estabelecer na Palestina um Estado essencialmente judeu. (ISHIBASHI, 2009) Buscando resolver o problema, a ONU aprovou a criação de dois Estados na região - um árabe e outro judeu - e Jerusalém, a Terra Santa, se tornaria um enclave internacional, condição negociável para os judeus, mas não aceita pelos árabes, que já haviam se estabelecido na região, gerando mais conflitos entre os dois povos. 5

7 Garantida pela Carta da Nações Unidas, a permissão para a partilha da Palestina e a posterior criação do Estado de Israel em 1948 foi aprovada pela Resolução 181 da ONU em 1947, pondo fim ao Mandato Britânico na região (NAGM, 2013). A proposta aprovada foi apoiada principalmente pelos Estados Unidos e a ex-urss. A maioria dos membros da UNSCOP, a Comissão Especial das Nações Unidas para a Palestina, também apoiou tal proposta. Eram estes membros: Canadá, Guatemala, Países Baixos, Peru, Suécia, Tchecolosváquia e Uruguai. Já a proposta apresentada pela minoria dos membros da Comissão (Índia, Irã e Yugoslávia) perdeu. A Austrália, também membro, não havia aprovado nenhuma das duas propostas anteriormente, mas acabou por votar a favor na Assembleia Geral (Idem). As principais diferenças entre as duas propostas são explicadas por Gomes (2001 p. 86): A proposta apresentada pela maioria dos países integrantes da UNSCOP defendia, em síntese, a partilha da Palestina em um Estado árabe independente e um Estado judeu independente, com unidade econômica, além da internacionalização de Jerusalém, após um período de transição de dois anos. De acordo com esta proposta, uma parte da população árabe deveria permanecer dentro do Estado judeu e uma parte da população judaica dentro do Estado árabe, por ser inviável transferir milhares de pessoas espalhadas por todo território. A nacionalidade e cidadania seriam judaica ou árabe, de acordo com o local de residência. A proposta apresentada pela minoria dos integrantes da UNSCOP recomendava a fundação de um Estado Federal da Palestina independente, após um período de transição de no máximo três anos, e que esse se compusesse de um Estado árabe e outro Estado judeu, havendo uma só nacionalidade e cidadania palestina reconhecidas aos árabes, judeus e outras pessoas. Jerusalém deveria ser a capital do Estado federal, compreendendo duas municipalidades separadas, uma incluindo os setores árabes, incluindo a parte interna aos muros, e outra incluindo setores judaicos. Com 33 votos a favor, 13 contra e dez abstenções foi aprovada na Assembleia Geral da ONU, em 1947, a primeira proposta, levando a uma partilha nos moldes desejados pelos sionistas. Na ocasião, o Secretário-Geral da Liga Árabe, Abdul Haman Azzá Pashá, declarou que a decisão das Nações Unidas significava guerra aos judeus. No dia seguinte à Proclamação da Independência de Israel, em maio de 1948, árabes vizinhos invadiram a região, deflagrando a primeira guerra árabe-israelense: Egito, Jordânia, Síria, Iraque, Líbano e palestinos atacaram Israel, que resistiu e venceu, conquistando para si 78% do território palestino - 22% a mais do que o estipulado pela ONU na partilha da região. Diversas guerras seguiram, entre elas a Guerra dos Seis Dias, na qual Israel conquistou as Colinas de Golã, a Cisjordânia, parte de Jerusalém, a Península do Sinai e a Faixa de Gaza. As Colinas de Golã formam um importante território estratégico por conta da alta altitude e de suas fontes de água. Jerusalém possui uma importância ímpar nesse contexto, visto que é a região tratada como Santa. A Cisjordânia, o Deserto de Sinai e a Faixa de Gaza são territórios, originalmente, de países árabes. Sinai foi devolvida aos egípcios, a Faixa de Gaza aos Palestinos, entretanto ainda é uma região com muitos conflitos. Já a Cisjordânia, até hoje, é motivo de discórdia entre as nações. 6

8 Figura 1: Territórios conquistados por Israel na Guerra dos Seis Dias. Fonte: Blog Prof. Alfredo Machado. Ao analisar os fatos, os delegados podem perceber que, na visão israelense, as principais pautas que regem o conflito são as de questão territorial, religiosa, estratégico-militar ou vinculada aos recursos hídricos O conflito na visão da Palestina Os árabes descendem de povos nômades que habitavam a Península do Sinai. Constituem uma infinidade de povos e tribos do Oriente Próximo e do Oriente Médio, e foi apenas com a unificação da Arábia que surgiu a identidade do povo árabe, criando um dos maiores impérios que o mundo já viu. Apesar do rico desenvolvimento nas ciências e nas artes, o império árabe declina com o surgimento de outras dinastias e a derrota na Península Ibérica pelos Francos, dando lugar a novos impérios que dominariam a região por séculos. O Império Turco-Otomano foi o último deles. Ao longo de milénios, desde a chegada dos Povos do Mar, o povo da Palestina assistiu à passagem, pelo seu território, de diferentes povos e civilizações. Aos Assírios e Babilónios, Persas, Gregos e Romanos, sucederam Árabes e Otomanos. Com todos coexistiu o povo da Palestina, de cada um drenando, em maior ou menor extensão, elementos que ajudaram a formatar a sua cultura, sendo a influência muçulmana, porventura, a mais relevante. [...] 634 d.c. A conquista Árabe dá início a treze séculos de civilização muçulmana na Palestina Sucessivas invasões de Cruzados Início da ocupação Otomana que perdurará até (MOVIMENTO PELOS DIREITOS DO POVO PALESTINO E PELA PAZ NO MÉDIO ORIENTE, s. d.) 7

9 Assim como para Israel, a motivação principal para o conflito para os palestinos é a conquista por territórios, tidos como sagrados para a religião islâmica. A disputa não se restringe somente aos palestinos, mas também aos árabes da região. Para eles, Jerusalém é uma terra legítima de seu povo, que foi perdida após a invasão europeia no Oriente Médio, mais especificamente, a invasão britânica após a Primeira Guerra Mundial. Com a derrota e dissolução do Império Turco-Otomano e a dominação britânica na região, cresceu o movimento sionista e, portanto, a emigração de judeus para a Palestina. Com isso, os árabes, que eram imensa maioria, começaram a perder espaço e se sentiram incomodados com a invasão, a qual era legitimada pela Declaração de Balfour e pelo princípio sionista, mas que não beneficiavam os árabes. Sobre este movimento já apresentado anteriormente, é importante acrescentar: Apesar de a Palestina ter sido escolhida por seu significado religioso e histórico para o judaísmo, o movimento sionista é secular trata-se na verdade de uma ideologia política. Ao contrário dos outros nacionalismos, porém, o sionismo, em suas formulações anteriores a 1948, referiase a uma terra distante e que não pertencia àquela nação, dispersa pela Europa e América, o que implicou na criação de um movimento que, antes de nacionalista, era na verdade colonialista. (GATTAZ, s. d.) Como citado anteriormente, havia inclusive a intenção britânica de expulsar os árabes daquelas terras. Decidiu-se que grande parte do território ficaria em poder dos judeus (que eram a minoria) e uma menor parte com os palestinos (imensa maioria que já estava estabelecida no local). A partir disso, surgiram os primeiros conflitos mais intensos entre os povos. A partilha da Palestina, com a criação do Estado de Israel e a conversão de Jerusalém em Cidade Internacional, revoltaram árabes que consideravam os território seu e Jerusalém um espaço árabe que não poderia ser dividido. Ainda antes da decisão final na ONU, autoridades árabes indicaram sua postura terminantemente contra: além da declaração do Secretário-Geral da Liga Árabe, Abdul Haman Azzá Pashá, de que a divisão resultaria em guerra aos judeus, o príncipe Feisal, da Arábia Saudita, afirmou que era contra a partilha e que seu país não se considerava obrigado a aceitar os termos da decisão (JORNAL DO BRASIL, 1947). Após a invasão ao novo Estado israelense por parte do Egito, Jordânia, Síria, Iraque, Líbano e palestinos, na chamada primeira guerra árabe-israelense, em 1948, os palestinos perderam ainda mais território. O que se seguiu foi o sentimento de expulsão dos árabes para os países vizinhos, uma espécie de ultimato aos palestinos para que saíssem de seu território, e assim dar lugar aos judeus que estavam migrando em massa para a Palestina (NAGM, 2013). Já nos três primeiros meses após a declaração da partilha da Palestina, dados relatam 869 mortos e 1901 feridos (HOUAT, 2006). No recém-criado Estado, surgiram leis favoráveis à expulsão dos palestinos. O primeiro parlamento promulgou uma lei que negava aos palestinos que haviam fugido na guerra a permanência em Israel, a Absentees Property Law, que servia como mecanismo para a apropriação de terras rurais e urbanas para Israel. Foi também definida a Lei de Retorno, que garantia a todo judeu, de qualquer lugar do mundo, o direito de imigrar e povoar Israel livremente, tornando-se automaticamente um cidadão do país. 8

10 As duas leis agiram de forma combinada no sentido de classificar os refugiados palestinos como ausentes, como não-pessoas, sem direitos às suas propriedades, à residência e à cidadania em Israel. (JARDIM, 2003) A imposição dessas leis contribuiu para o agravamento do conflito na região, com os palestinos se vendo obrigados a migrar para países-vizinhos, esperando um dia voltar a seus lares. Em 1949, os refugiados palestinos contabilizavam (GOMES, 2001). A Palestina perdeu seus territórios, tornando-se um povo sem fronteiras. Apesar da derrota palestina, não se percebeu imediatamente que a guerra [de 1948], em vez de decidir o conflito, contribuiu para sua perpetuação e exacerbação (RABINOVICH, 1984). Nos anos seguintes, inicia-se a luta dos palestinos pelo reconhecimento de seu território, de sua nação e pela saída dos israelenses de suas terras. Esses alegam que sua nação existia antes da independência de Israel e que, por isso, é a legítima detentora das terras ocupadas pelos judeus. O governo da Palestina, em 1988, chegou a aceitar a proposta de partilha da ONU na Resolução 242, que obriga os israelenses a desocuparem os territórios conquistados. No entando, recusou a situação de Jerusalém. Além disso, Israel pretendia obedecer parcialmente a resolução, pois o Estado judeu decidiu devolver parte dos territórios, mas manter neles seus diversos assentamentos, o que seria uma afronta à soberania internacional da Palestina. Para os árabes, o problema principal se encontra na ajuda estadunidense aos judeus e na impotência da comunidade internacional em decidir o futuro dos povos da região. Dentre as diversas resoluções da ONU, Israel só acatou uma: a que aceita Israel como um membro da Organização das Nações Unidas. Nos territórios árabes ocupados pelos judeus na Guerra dos Seis Dias, em 1967, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, as populações locais foram privadas de toda a liberdade, respeito e direitos de expressão e organização política. Além disso, os árabes nessas regiões sofreram e ainda sofrem preconceito e exploração, recebendo salários mais baixos que os judeus. Esta realidade, somada à falta de vontade israelense em cumprir os acordos de paz firmados, levou no final dos anos 1980 ao surgimento da intifada, a revolta das pedras palestina contra a ocupação e as políticas desumanitárias de Israel. Tendo seu auge de 1987 a 1991, o movimento recuou com os acordos de Oslo, que acenaram com uma possibilidade de resolução do conflito através da boa relação entre os líderes Yasser Arafat e Ytzak Rabin. O final dos anos 1990, porém, viram uma guinada à direita no governo israelense primeiro com Benyamin Netanyahu, que recuou nos acordos firmados em Oslo, e posteriormente com Ariel Sharon, conhecido entre os árabes como o carniceiro de Beirute, que rompeu toda conversação com os palestinos implantando uma violentíssima política de repressão nos territórios ocupados. Aliada à recusa de Israel em aceitar as três exigências que os palestinos fazem para encerrar a luta de resistência (desocupação dos territórios; direito de retorno; Jerusalém como capital palestina), a repressão israelense aos árabe-palestinos reacendeu a intifada em setembro de 2000, encerrando por completo as possibilidades de solução do conflito segundo os parâmetros estabelecidos nas conversções do início dos anos (GATTAZ, s.d.) 9

11 Em novembro de 2012, a Assembleia Geral das Nações Unidas reconheceu os territórios da Palestina: a Faixa de Gaza, Jerusalém Oriental e a Cisjordânia. Entretanto, Israel não reconheceu o Estado da Palestina e continua a invadir os territórios árabes, além de não desocupá-los. Essas disputas de reconhecimento e de território acabam por aumentar a rivalidade entre os dois povos e arquitetam o conflito entre eles. 3.2 Confrontos bélicos Durante a década de 1950, o antagonismo manifestou-se em atos políticos, econômicos e militares. Realizaram-se um boicote árabe a produtos israelenses, o fechamento do golfo de Tirana e do Canal de Suez aos navios de Israel, a infiltração armada e ataques israelenses sobre Faixa de Gaza, Jordânia e Síria. Em 1956, o governo egípcio de Abdel Nasser, com o intuito de combater o colonialismo anglo-francês, nacionalizou o Canal de Suez e proibiu a navegação de navios israelenses no local. Inglaterra e França, que utilizavam-se do canal para ter acesso ao comércio oriental, juntamente com Israel, iniciaram uma guerra contra o Egito. Os egípcios foram derrotados, mas os Estados Unidos e a União Soviética, que não aceitaram que medidas tão importantes fossem tomadas em uma área de seu interesse sem sua autorização, interferiram e devolveram o Canal de Suez ao Egito, porém com o direito de navegação estendido a qualquer país. Tal atitude revelou a cumplicidade de Israel com as potências imperialistas ocidentais, o que acentuou o conflito entre árabes e judeus. Após o fim da Guerra de Suez, a tensão permaneceu e estava claro que qualquer provocação poderia levar a um novo embate armado. Egito e Israel haviam acordado de que os israelenses retirariam suas tropas, desde que o Egito parasse de apoiar ações de guerrilha na região. Porém, o líder egípcio Nasser armou um esquema com tropas da Síria e da Jordânia para apoio em caso de um ataque israelense. No dia 7 de abril de 1967, Israel atacou as bases e as posições da artilharia árabe nas Colinas de Golã, além de abater seis aviões com seus caças, que voaram baixo sobre Damasco, capital da Síria. Nasser então remilitarizou o Sinai e bloqueou novamente o estreito de Tirana, para prevenir-se de um provável ataque de Israel. Israel, que já se encontrava em estado de prontidão, atacou, na manhã de 5 de junho, as principais bases aéreas do Egito, destruindo quase toda a sua aeronáutica e inutilizando as pistas. O Exército israelense montou a Operação Lençol Vermelho e iniciou, assim, a chamada guerra-relâmpago de seis dias contra os países árabes Egito, Jordânia e Síria, que contavam com o apoio do Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão. Israel invadiu a Península do Sinai, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e as Colinas de Golã e venceu a Guerra dos Seis Dias. Contra tais ocupações, o Conselho de Segurança das Nações Unidas elaborou a Resolução 242 no mesmo ano, exigindo a retirada imediata das tropas israelenes das áreas ocupadas. No entanto, o governo de Israel jamais cumpriu a exigência - e nunca sofreu represálias por tal postura. Já em 6 de outubro de 1973, iniciou-se a guerra de denomidada pelos judeus como Guerra do Yom Kippur e pelos árabes, Guerra do Ramadam. Este conflito foi lançado por Anwar al-sadat, presidente egípcio após a morte de Nasser em Após a crise do petróleo no início dos anos 1970, os árabes conquistaram maior influência internacional e 10

12 al-sadat acreditava que tal poder poderia forçar Israel a um acordo (GOMES, 2001). De início, os árabes tiveram sucesso, pois o Egito dominou parte da península de Sinai e a Síria recuperou as Colinas de Golã. No entanto, com o apoio norte-americano, Israel invadiu o Egito e o Sinai, expulsou os sírios das Colinas de Golã e derrotou os árabes, encerrando a guerra com um cessar-fogo imposto pelos norte-americanos em 24 de outubro de Ainda que tenha conquistado novos territórios em Golã e o controle de grande parte do Egito, Israel também teve um alto número de baixas, além de enfraquecer-se politicamente tanto dentro de seu país quanto internacionalmente, enquanto os árabes aumentavam sua influência no globo. Uma importante consequência da Guerra de Outubro foi que provocou o fim do impasse que prevalecia desde 1967 entre Israel e Egito, levandoos a participar do processo de paz promovido pelos Estados Unidos que fornecera armas para Israel no meio da guerra e ao mesmo tempo salvara o Egito de uma derrota total. Com o adiamento da questão da autonomia palestina, tornaram-se possíveis os acordos de Camp David em 1978, que selaram a paz entre Egito e Israel. (GATTAZ, s.d.) As Intifadas, forma de revolta popular que surgiu em Gaza em 1987, consistiam de ataques da população palestina, como paus e pedras, aos israelenses. Diariamente, os soldados de Israel tentavam reprimir os atos com ataques brutais com paus, pedras, balas de borracha e bombas de gás, o que prejudicou a imagem do país e foi condenado pelo Conselho de Segurança da ONU. Ao redor do mundo, a opinião pública era favorável à OLP, a Organização para a Libertação da Palestina. 3.3 Lideranças no conflito O conflito israelo-palestino caracteriza-se por diversos personagens e lideranças marcantes. Serão apresentadas duas figuras que foram fundamentais para que o conflito assumisse a forma que possui a esta altura. Suas trajetórias de vida dizem muito sobre a história política de suas respectivas nacionalidades e uma análise mais cuidadosa de quem foram pode auxiliar significativamente na construção de uma compreensão histórica que propicie melhores discussões Ariel Arik Sharon Ex-Primeiro-Ministro israelense, nasceu em 1928 no seio de uma família sionista. Ingressou na carreira militar ainda muito jovem, assim como outros primeiros-ministros israelenses. A partir de 1948 (ano de criação do Estado de Israel) passou a atuar nos campos de batalha contra países árabes. Comandou a divisão de blindados na Guerra dos Seis Dias e teve uma participação decisiva na Guerra do Yom Kippur. Quando Ministro da Defesa, planejou a invasão do Líbano, em 1982, e o cerco ao quartel-general da Organização pela Libertação da Palestina (OLP), de Yasser Arafat, em Beirute. Em 1983, foi considerado um dos responsáveis pelo massacre promovido por cristãos nos campos de refugiados palestinos no Líbano, sendo apelidado por muitos opositores como Açougueiro de Beirute. No dia 28 de setembro de 2000, visitou o terceiro local 11

13 mais sagrado do islamismo, a Esplanada das Mesquitas. Esse fato foi considerado pelos árabes como uma afronta, causando um efeito catalisador nos ânimos dos palestinos. No dia seguinte, estourou a Segunda Intifada, uma revolta da população palestina contra a ocupação israelense. Figura 2: Ariel Arik Sharon. Fonte: Life News Recuperou, porém, sua reputação popular e foi eleito Primeiro-Ministro em Sharon foi um líder de decisões fortes e polêmicas, que trouxe muitas mudanças para Israel, porém em direções muitas vezes contrárias. Ainda que tenha tomado medidas na direção da paz, também foi incisivo contra os árabes, como quando implantou assentamentos judaicos na Cisjordânia ou quando ordenou a construção da barreira que divide o Estado judeu do território palestino (MORAES, 2014). Em 2005, ordenou a retirada dos 8 mil colonos judeus que ocupavam a Faixa de Gaza há mais de 30 anos e devolveu o território aos palestinos (Idem). Estava, portanto, no auge de seu governo, com alta popularidade, pouco após a decisão de retirar os colonos soldados e colonos da Faixa de Gaza primeiros passos de uma política de desligamento do conflito e uma busca por diálogo com os palestinos quando sofreu dois derrames em 2006, ficando em coma até falecer em janeiro de Apesar de ter seu governo interrompido numa fase de decisões unilaterais em direção à paz, Sharon teve sua imagem marcada pelas atrocidades cometidas anteriormente: quando morreu houve comemoração em Gaza, na Cisjordânia, no Líbano e na Síria Yasser Arafat A maior liderança da história palestina nasceu no Cairo, em Após a morte da mãe, viveu por um tempo com um tio em Jerusalém e sempre se considerou palestino. Em 1948, após a criação de Israel, Arafat abandonou os estudos na Universidade do Cairo para lutar contra o novo Estado. Foi presidente da Irmandade Muçulmana e, em 1969, foi nomeado líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). A OLP não é um movimento homogêneo, constituindo-se de um conjunto de movimentos de diferentes naturezas, e apresentando um processo de islamização que é muito recente. 12

14 Figura 3: Yasser Arafat. Fonte: Imbere Arafat ainda ajudou a criar o Fatah, uma organização dedicada a criar o Estado Palestino, que pregava a destruição de Israel (posição que mudou com o passar dos anos). Nos anos 1970 e 1980 esteve engajado na campanha pelo Estado Palestino, apoiando ações contra Israel em vários países muçulmanos (pregando inclusive a violência). Pode-se perceber, então, que, assim como outros chefes de Estado, como por exemplo, Nelson Mandela, Yitzhak Rabin e Dilma Rousseff, Arafat já foi considerado terrorista. Em 1993, junto com Yitzhak Rabin, então Primeiro-Ministro de Israel, assinou a Declaração de Princípios, também conhecida como Acordos de Oslo, em Washington, visando à paz na região. Graças à atitude, Arafat venceu o Prêmio Nobel da Paz ao lado de Rabin 1. Nos anos seguintes, como líder da Autoridade Palestina, Arafat lutou pacificamente pelo Estado Palestino, mas a nova política conservadora de Israel dificultava os avanços. Em novembro de 2004, esse rosto palestino morre aos 75 anos de falência múltipla dos órgãos, num hospital militar em Paris. Muitas polêmicas giram em torno de sua suspeita morte. Um dos biógrafos de Arafat sugere que sua morte tenha se dado em decorrência do envenenamento constante provocado pelos serviços secretos israelenses. 3.4 Explicações do conflito O conflito israelo-palestino é um dos mais conhecidos e polêmicos conflitos interestatais da atualidade. Essa polêmica se reflete inclusive no mapeamento das causas e consequências do conflito, muito divergente entre as diversas perspectivas teóricas que se dispõem a discutilo. Enumeramos a seguir algumas dessas possíveis causas para que possamos ter uma consciência mais completa a respeito da temática, a fim de elaborarmos resoluções mais coerentes e bem fundamentadas historicamente. 1 Em 1995, Rabin foi assassinado pelo direitista radical israelense Yigal Amir, que se opunha à assinatura de Rabin dos Acordos de Paz de Oslo. 13

15 3.4.1 Choque por território/água A questão territorial está posta no conflito israelo-palestino desde seus primórdios. O caráter estratégico do território palestino é histórica e geograficamente inquestionável, haja vista a atração que esta importante rota comercial (terrestre e marítima) já exerceu sobre diferentes impérios. Encontra-se próxima à Europa, é banhada pelo Mar Mediterrâneo, faz fronteira com o continente africano e é porta de entrada para a Ásia. Além disso, no atual momento geopolítico internacional, recursos naturais e, neste caso, especialmente os recursos hídricos, atuam de maneira determinante na busca por estabilidade e segurança, devido à importância da água para afazeres básicos na vida da população, como hidratação, preparo de alimentos e higiene; para a economia, como processos industriais e agricultura; e diversos outros motivos pelos quais recursos hídricos mostram-se como condição sine qua non para um Estado e seus habitantes. Entretanto, para compreendermos a importância dos recursos hídricos na tensão entre Israel e Palestina, é necessário conhecermos outros fatores estatais envolvidos nesse conflito que centraliza a questão da água. Seja a partir da guerra entre Israel e Síria que, por conta das Colinas de Golã 2, se estende tecnicamente desde 1967, seja através dos acordos estritamente vinculados às águas do Rio Jordão, estabelecidos entre Israel e Jordânia, notamos que a pauta da água, sob o argumento da segurança hídrica ou ambiental, tem sido central nas reivindicações de ambos os lados em conflito. A viabilidade da existência de um Estado sem controle de seus recursos hídricos (questionada especialmente pelo lado palestino) torna a água um elemento político fundamental na disputa Choque por religião O choque religioso entre ambos os lados do conflito, assim como os demais choques, se reflete na disputa por territórios. Entretanto, é importante ressaltar que trataremos esse choque em termos territoriais, uma vez que considerá-lo isoladamente como razão central do conflito constituiria um profundo erro de análise. Assim, os territórios que apresentam o componente religioso como uma das fontes de tensão serão apresentados a seguir. Tanto palestinos quanto judeus consideram Jerusalém uma Terra Santa. Os primeiros, porque seria lá onde o profeta Mohamed, ou Maomé, considerado o último profeta de Deus, teria recebido seus ensinamentos, revelado o Alcorão e ascendido aos céus, através do domo da rocha. Os últimos, porque Jerusalém é um símbolo de sua terra natal, sendo o local em que foram edificados, pelo rei Salomão, o Primeiro Templo e o Segundo Templo, este construído após o primeiro ter sido destruído. O Muro das Lamentações é o que restou deste último templo. Além disso, tanto a Cisjordânia como a Faixa de Gaza, outrora ocupadas por palestinos durante o Império Romano, apresentam territórios marcados pelo componente religioso, segundo o qual ambos se constituiriam como heranças de Abraão, e abrigam hoje fortificados assentamentos israelenses. A discussão dos delegados a respeito destes territórios, nesse sentido, deve levar em consideração a carga valorativa (em termos culturais) de cada 2 As Colinas de Golã abastecem os mananciais que desembocam no mar da Galileia, que é o grande reservatório natural de recursos hídricos de Israel (RODRIGUES JUNIOR, 2010). 14

16 território, o que coloca mais um obstáculo a ser superado diplomaticamente. Outra questão causadora do choque religioso trata sobre a posição patriarcal de Abraão para as duas culturas, sendo seus filhos que originaram os dois povos: Ismael teria originado o povo árabe, e Isaque, o povo judeu. Segundo os livros sagrados, o Alcorão do lado árabe e o Tanakh 3 do hebraico, Deus havia prometido a Abraão as terras em que houve as peregrinações. Estas passariam, após um tempo, para a posse de um seus filhos, Ismael ou Isaque. Cada livro narra a história de uma maneira. No Alcorão, Ismael é o detentor das terras, já no Tanakh, Isaque. Nota-se que a grande disputa territorial gira em torno de uma contradição de ideais, surgida há séculos Choque para evitar conflitos internos Os conflitos internos são outro agravante dessa discussão, uma vez que se questiona se a criação de um Estado palestino poderia garantir de fato o fim destes. O desafio de um eventual novo Estado na região não seria apenas o de manter a autoridade de tal forma a impedir ataques palestinos contra Israel e vice-versa. Existe um grande temor de que se repitam choques como o que aconteceu em 2005, quando o Hamas, partido fundamentalista islâmico que defende o fim de Israel e promove atentados terroristas contra o país, venceu as eleições legislativas da Palestina. O Hamas iniciou uma guerra civil contra o Fatah (partido mais moderado que havia abandonado o terrorismo e se abriu para negociar o Estado palestino). A partir de então, o Hamas assumiu o controle de Gaza e o Fatah, da Cisjordânia. Outro exemplo de conflito interno digno de ser estudado, evitado e temido numa eventual repetição histórica, é o caso da Palestina no Setembro Negro (1970), o maior massacre já posto em prática no Oriente Médio. Jordanianos entraram em confronto com guerrilhas da Organização pela Libertação Palestina (OLP) que se encontravam na Jordânia, a fim de expulsá-las do país. O número de palestinos (em grande parte civis) mortos e refugiados foi absurdo, porém as fontes divergem quanto ao número exato, variando de a mortos, evidenciando a potencialidade nociva dos conflitos internos à região Influências externas É impossível falar de aspectos políticos deste conflito sem fazer considerações sobre a influência dos Estados Unidos da América no Oriente Médio e na política externa israelense. Por ser parceiro diplomático e financiador, os EUA influencia as decisões de Israel de forma estratégica. Ambos fazem exigências para a paz na região, com o fim imediato do terrorismo palestino (demonstração de uma legítima parceria diplomática) como condição necessária para que Israel aceite a proposta histórica da Liga Árabe: 57 países árabes e muçulmanos propuseram normalizar as relações com Israel, se este se retirar dos territórios ocupados desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e se houver a criação de um Estado Palestino e a solução do problema dos refugiados palestinos. 3 Conjunto dos principais livros sagrados dos judeus, incluindo a Torá. 15

17 O objetivo da paz somente será alcançado quando houver um reconhecimento mútuo dos dois Estados de suas soberanias, e quando se tornarem mais independentes do ocidente ou mesmo de países asiáticos. A incondicional influência externa, determinando a postura internacional dos países, só tende a aumentar essa pressão que gera choques de interesse em dimensões maiores do que o suportável, colaborando para a persistência do conflito. 3.5 A realidade na Faixa de Gaza O objetivo desta sessão é esclarecer alguns aspectos que hoje engendram a realidade política da instável região da Faixa de Gaza. A fim de que nossas discussões não se distanciem do efetivo ambiente em que focam, preocupamo-nos em abordar tanto questões institucionais e diplomáticas, quanto espaciais e cotidianas, focando não apenas nos negociadores que trabalham diretamente com a questão deste território, mas também na vida das pessoas que o habitam. A Faixa de Gaza é um território palestino de cerca de 41 km de comprimento, com largura variando entre 6 e 12 km. A área de 360 km 2 abrigava em 2013 uma população de 1,7 milhão de pessoas (predominantemente sunitas), e faz fronteira com Egito e Israel A situação interna de Gaza Em setembro de 2005, sob a gestão de Ariel Sharon, o Knesset (Parlamento israelense) aprovou a retirada unilateral dos assentamentos judeus em territórios palestinos de Gaza (definidos pelo Acordo de Oslo em 1994). Na época, cerca de 9 mil colonos Figura 4: Mapa da Faixa de Gaza. habitavam os 21 assentamentos existentes, dos quais alguns foram construídos desde o início da ocupação israelense, em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias. Como pode-se imaginar, o plano gerou controvérsias, especialmente por parte dos israelenses extremistas. Os custos políticos da retirada em 2005 foram muito significativos, especialmente aqueles vinculados à retirada de áreas militares. Apesar de o plano poder ser visto como uma vitória palestina, também é possível analisálo como um passo estratégico de Israel com o objetivo de conservar o controle sobre a Cisjordânia e evitar eventuais atentados aéreos israelenses a Gaza. A vida em Gaza seguiu, 16

18 porém com mais dificuldades que antes, haja vista toda destruição promovida ao longo da retirada e, claro, o fato de que os colonos agora concentravam-se na Cisjordânia. Hoje, a Faixa de Gaza possui cinco universidades, uma grande biblioteca pública, 640 escolas e uma taxa de analfabetismo em torno de 1%. Além disso, uma das cinco universidades, a University College of Applied Sciences (UCAS), que ministra cursos de tecnologia, engenharia, computação, entre outros, apresenta cerca de 50% de mulheres em seu corpo discente. 3.6 Outros fatores do conflito Eleições de 2007 Em 2007, a ONU fiscalizou eleições na Faixa de Gaza, nas quais o partido Hamas (movimento sunita que não reconhece Israel) assumiu o controle. Em 2008, foguetes e morteiros começaram a ser lançados contra Israel, tornando a violência constante a partir dos ataques promovidos diariamente na região Divergências Os conflitos e divergências presentes na opinião pública também marcaram profundamente este período. Os Estados Unidos, por exemplo, afirmavam que a grande estratégia palestina era criar centros militares ao lado de escolas e mesquitas, a fim de utilizá-las como escudo humano e acusar Israel por suas mortes. Os dois mapas a seguir ilustram bem esse tipo de acusação. Porém, é importante ressaltar que, em ambientes de conflitos, surgem muitas versões da história. Figura 5: Instalações do Hamas na região de Tel Zaatar. 17

19 Figura 6: Instalações do Hamas no setor sudeste da cidade de Gaza Exército Dois tópicos importantes que merecem uma atenção especial dos delegados são os que tangem o poderio bélico de cada lado, o desenvolvimento dessa força ao longo dos anos e como ela é difundida nas conquistas e disputas entre os países. A questão bélica é um ponto importantíssimo para a assimilação da dimensão do conflito discutido. Durante toda a história da disputa entre árabes e judeus, seus respectivos exércitos formaram a base para a edificação de uma nação forte. Várias guerras seguiram, como a Guerra da Independência de Israel e a Guerra dos Seis Dias, e um desfecho favorável poderia mudar toda a situação de um país. Nessa última, Israel conquistou diversos territórios importantes, demonstrando todo seu poder ofensivo. Desde o surgimento do movimento sionista, Israel conta com o respaldo político e militar de certos países, começando com o Reino Unido até chegar aos Estados Unidos da América. A partir disso, facilitou-se que os judeus adentrassem o território atualmente ocupado. Esse fato justifica o grande poder bélico que os israelenses possuem em suas mãos. A ajuda militar, estratégica e financeira fez com que, hoje, Israel possuísse um dos melhores exércitos do mundo, muito bem preparado e com tecnologia de ponta, compensando, assim, a inferioridade numérica. Em 1948, com a independência de Israel e a guerra consequente, o país árabe-palestino desapareceu, perdendo suas fronteiras. Com isso, iniciou-se a luta pela criação de uma nação árabe chamada Palestina. Para a concretização desse ideal, foi necessária a organização de partidos, que buscassem o estabelecimento dessas fronteiras. Um deles é o Fatah, fundado, entre tantos outros, por Yasser Arafat, e o Hamas, fundado em 1987, uma organização fundamentalista islâmica, mais extremista que o Fatah. Essas duas são organizações paramilitares, que partilham de ideais parecidos, mas com meios diferentes de se conquistar. Atualmente, as duas fortalecem a questão militar da Palestina, pois são seus seguidores que pegam em 18

20 armas e vão em busca da concretização do reconhecimento palestino. Essas organizações disputam força com o exército de Israel e, apesar de terem mudado o estigma de assassinos de judeus, ainda lutam contra o domínio israelita no território árabe. Infelizmente, muitos ainda veem o meio violento como aquele que trará a vitória, mas será esse o único? Cabe aos delegados responder a esta pergunta e analisar se realmente foram inevitáveis os milhares de assassinatos ocorridos todos os anos, em ambos os lados. 3.7 Mudanças que o conflito trouxe para a Palestina Desde a Primeira Guerra Mundial, é notória a mudança na vida de um palestino. A primeira delas é de cunho social: com a migração, aumentou o número de judeus na região e, com a grande diferença cultural, fez-se necessário um mútuo respeito para uma convivência, no mínimo, suportável. Além disso, os judeus começaram a disputar empregos com os árabes e diversas terras foram compradas pelos recém-chegados, ou seja, os árabes perderam espaço em seu próprio território. A segunda mudança, complementando a primeira, foi de cunho territorial: com as antigas pequenas disputas entre árabes e judeus, a ONU buscou a criação de um Estado Duplo. Outrora, o território era praticamente ocupado apenas pelos árabes, mas a partir daquele momento teriam de dividi-lo com os judeus. Porém, o mais conflituoso foi ter de repartir Jerusalém, a Terra Sagrada. O ápice dessa mudança territorial para os palestinos veio com a independência de Israel e sua guerra subsequente. Ao término do conflito, Israel ficou com cerca de 75% do território Palestino, sendo que os outros 25%, que seriam a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, ficaram sob domínio egípcio e jordaniano, respectivamente. Ou seja, de todo o território palestino, já dividido pela ONU, não sobrou praticamente nada para a própria Palestina. Neste ponto, ocorre a terceira mudança, que é muito marcante para o decorrer da disputa: o início do êxodo dos palestinos para outros países. Esses refugiados, atualmente, estão espalhados por todo o território árabe, e o desejo do governo palestino é reunir todos em uma região bem definida e reconhecida pela comunidade internacional, inclusive pelos próprios israelenses. Para concretizar esse anseio pelo fortalecimento de uma nação, foi criada, em 1964, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Com o decorrer dos anos, os palestinos foram expulsos da Jordânia (episódio conhecido como Setembro Negro) e, posteriormente, do Líbano, enfraquecendo a OLP e dificultando seu objetivo final. Para lutar ao lado dessa organização, contra os israelenses, foram criados diversos grupos e movimentos, como o Fatah e o Hamas, o que causou a entrada de muitos civis nos campos de batalha. A população palestina, já cansada de sofrer e viver com medo, iniciou, em 1987, a primeira intifada, contra a ocupação israelense na Faixa de Gaza. Nota-se nesse ato, a união de ideais dos palestinos, alertando Israel para uma possível guerra com maiores dimensões. Finalmente, com os acordos em Oslo no ano de 1993, a OLP, que se tornou a Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), foi reconhecida pelos judeus. Além disso, Israel retiraria suas tropas da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, sendo estes os territórios da Palestina. Após um tempo, Israel retira partes das tropas, mas ainda mantém assentamentos nos locais, resguardados pelo exército, o que mantém uma enorme rivalidade na região. 19

21 Desse modo, atualmente, a Palestina se encontra dividida nos dois territórios supracitados, a Faixa de Gaza, comandada pelo grupo extremista Hamas, e a Cisjordânia, sob controle da Autoridade Nacional Palestina. Figura 7: A divisão entre Israel e Palestina hoje. Fonte: CMI Brasil Em 2012, numa decisão histórica, a Assembleia Geral da ONU reconheceu a Palestina como um Estado observador da ONU. No dia do aniversário de 65 anos da partilha da Palestina, a Assembleia Geral aprovou - com 138 votos a favor, 9 contra e 41 abstenções - a proposta apresentada pelo presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, Mahmoud Abbas, que estabelece para a Palestina as fronteiras pré-1967 e a capital em Jerusalém Oriental. A mudança do status dos territórios palestinos, de entidade observadora para Estado observador não-membro, significa um reconhecimento implícito da existência do Estado Palestino no Oriente Médio (G1, 2012). Os EUA e Israel votaram contra a mudança. O embaixador de Israel na ONU, Ron Prosor, afirmou que a petição é tão unilateral, que afasta a possibilidade de paz. [...] Não há atalhos, não há soluções fáceis (Idem.). Benjamin Netanyahu, Primeiro-Ministro de Israel desde 2009, declarou que a votação não muda nada, enquanto a Secretária de Estados norte-americana, Hillary Clinton, julgou uma resolução desafortunada e contraproducente colocou mais obstáculos no caminho da paz (CHACRA, 2012). Em 2011, Abbas havia tentado tornar sua nação um membro pleno da organização. O problema é que esse status exige aprovação também do Conselho de Segurança, no qual os EUA anteciparam que usariam o poder de veto. A ideia não foi adiante. (Idem.) Ainda assim, a mudança do status dos territórios palestinos, de entidade observadora para 20

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